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APOSTILA CONTABILIDADE GERAL

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CURSO GRADUAÇÃO CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APOSTILA 
CONTABILIDADE GERAL 
 
 
 
 
 
 
 
VOTUPORANGA – SP 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 CONTABILIDADE – DEFINIÇÃO ................................................................ 7 
1.1 Objeto de estudo .................................................................................. 8 
1.2 Quanto à finalidade .............................................................................. 8 
1.3 Funções da Contabilidade .................................................................... 9 
1.4 Usuários da Contabilidade ................................................................. 10 
1.5 Importância da Contabilidade ............................................................. 11 
1.6 Campo de Atuação ............................................................................. 12 
1.7 O profissional contábil ........................................................................ 13 
1.8 Nossos símbolos ................................................................................ 14 
2 AS ESCOLAS DO PENSAMENTO CONTÁBIL ........................................ 16 
2.1 Escola Contista .................................................................................. 16 
2.2 Escola Administrativa ......................................................................... 17 
2.3 Escola Personalista ............................................................................ 18 
2.4 Escola Matemática ............................................................................. 19 
2.5 Escola Controlista .............................................................................. 20 
2.6 Escola Norte-americana ..................................................................... 20 
2.7 Escola Neocontista ............................................................................. 21 
2.8 Escola Alemã ..................................................................................... 22 
2.9 Escola Patrimonialista ........................................................................ 23 
2.10 Moderna Escola Italiana – Economia Aziendal ............................... 24 
3 DÉBITO E CRÉDITO ................................................................................ 24 
3.1 Noções de débito e crédito ................................................................. 26 
4 LIVRO DIÁRIO .......................................................................................... 28 
4.1 Formalidades extrínsecas .................................................................. 29 
4.2 Formalidades intrínsecas ................................................................... 30 
 
 
 
4.3 Escrituração Manual ........................................................................... 30 
4.4 Lançamentos no Livro Diário .............................................................. 31 
4.5 Quando debitar e quando creditar? .................................................... 31 
5 LIVRO RAZÃO .......................................................................................... 33 
5.1 Escrituração manuscrita do Livro Razão ............................................ 34 
6 MÉTODOS DE ESCRITURAÇÃO ............................................................ 35 
6.1 Método das Partidas Simples ............................................................. 35 
6.2 Método das Partidas Dobradas .......................................................... 36 
7 RAZONETES ............................................................................................ 37 
8 EQUAÇÕES PATRIMONIAIS ................................................................... 40 
9 BALANÇO PATRIMONIAl ......................................................................... 41 
9.1 Estrutura do Balanço Patrimonial ....................................................... 41 
9.2 Classificação das Contas no Balanço patrimonial .............................. 42 
9.3 Direitos ............................................................................................... 45 
9.4 Obrigações ......................................................................................... 45 
9.5 Patrimônio Líquido (PL) ...................................................................... 46 
9.6 Estrutura do Balanço Patrimonial ....................................................... 46 
10 CONTAS ................................................................................................ 49 
10.1 Teoria das Contas ........................................................................... 49 
10.2 Teoria Personalista ......................................................................... 50 
10.3 Teoria Materialista ........................................................................... 51 
10.4 Teoria Patrimonialista ..................................................................... 51 
11 CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS .......................................................... 51 
11.1 Contas Patrimoniais ........................................................................ 52 
11.2 Contas de Resultado ....................................................................... 52 
12 PLANO DE CONTAS ............................................................................. 53 
 
 
 
13 CONTAS PATRIMONIAIS ..................................................................... 54 
14 CONTAS DE RESULTADO ................................................................... 55 
15 PLANO DE CONTAS ............................................................................. 57 
15.1 Conceito .......................................................................................... 58 
15.2 Elenco de Contas Simplificado ........................................................ 58 
16 INFORMAÇÕES SOBRE O ELENCO DE CONTAS SIMPLIFICADO ... 59 
16.1 CONTAS PATRIMONIAIS ............................................................... 60 
16.2 Ativo Circulante ............................................................................... 61 
16.3 Ativo Não Circulante ....................................................................... 61 
17 PASSIVO ............................................................................................... 62 
17.1 Passivo Circulante .......................................................................... 62 
17.2 Passivo Não Circulante ................................................................... 63 
17.3 Patrimônio Líquido .......................................................................... 64 
18 CONTAS DE RESULTADO ................................................................... 64 
19 ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS ................................................... 65 
19.1 Atos Administrativos ........................................................................ 65 
19.2 Fatos Administrativos ...................................................................... 66 
19.3 Fatos Permutativos ......................................................................... 67 
19.4 Diminuição ...................................................................................... 70 
19.5 Fatos Modificativos ......................................................................... 70 
19.6 Diminuição ...................................................................................... 71 
19.7 Aumento .......................................................................................... 72 
19.8 Fatos Mistos .................................................................................... 72 
19.9 Aumento ..........................................................................................72 
19.10 Diminuição ...................................................................................... 73 
19.11 Escrituração .................................................................................... 74 
 
 
 
20 LIVROS UTILIZADOS NA ESCRITURAÇÃO ........................................ 75 
20.1 Livro Diário ...................................................................................... 75 
20.2 Livro Razão ..................................................................................... 79 
20.3 Livro Contas-Correntes ................................................................... 79 
20.4 Livro Caixa ...................................................................................... 80 
21 LANÇAMENTO ...................................................................................... 81 
21.1 Conceito .......................................................................................... 81 
21.2 Elementos Essenciais ..................................................................... 81 
22 APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO .................................. 87 
22.1 Roteiro para apuração do Resultado .............................................. 88 
23 BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................... 88 
23.1 Balanço Patrimonial conforme exigência legal ................................ 88 
23.2 Balanço Patrimonial conforme exigência do CPC ........................... 91 
24 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO – DRE ............ 96 
24.1 Demonstração do Resultado conforme exigência legal .................. 96 
24.2 Demonstração do Resultado conforme exigência do CPC ............. 98 
25 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ................................................... 101 
25.1 Principais demonstrações financeiras ........................................... 101 
25.2 Período de apresentação das Demonstrações Financeiras .......... 103 
25.3 Requisitos para Publicação das Demonstrações Financeiras....... 103 
26 ESTUDO DO PATRIMÔNIO ................................................................ 104 
26.1 Aspectos Quantitativos do Patrimônio .......................................... 104 
26.2 Aspectos Qualitativos .................................................................... 104 
26.3 Componentes do patrimônio ......................................................... 105 
26.4 Estrutura Básica do Patrimônio ..................................................... 107 
26.5 Origens e aplicações de recursos ................................................. 108 
 
 
 
26.6 Elementos que compõem a contabilidade .................................... 108 
26.7 Noções de Capital ......................................................................... 109 
26.8 Aspectos do termo Capital Social ................................................. 111 
26.9 Representação do capital social no balaço patrimonial ................ 111 
27 BALANÇO PATRIMONIAL .................................................................. 112 
27.1 Ativo .............................................................................................. 115 
27.2 Passivo.......................................................................................... 126 
27.3 Contas Retificadoras ..................................................................... 134 
27.4 Estrutura do Balanço Patrimonial .................................................. 135 
28 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO ...................... 136 
28.1 Conceito de Gestão ...................................................................... 136 
29 RESULTADO ....................................................................................... 137 
29.1 Demonstração do Resultado do Exercício .................................... 138 
29.2 Resultado antes das Participações ............................................... 148 
29.3 Lucro ou prejuízo líquido do exercício ........................................... 152 
29.4 Estrutura da Demonstração do Resultado do Exercício ................ 153 
30 ELENCO DE CONTAS ........................................................................ 153 
31 OPERAÇÕES MERCANTIS ................................................................ 156 
31.1 Descontos de Duplicatas .............................................................. 157 
31.2 Financiamentos e Empréstimos .................................................... 157 
31.3 Leasing (Arrendamento Mercantil) ................................................ 160 
31.4 Contratação de Seguro ................................................................. 161 
32 ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES 
FINANCEIRAS ........................................................................................................ 163 
32.1 As características qualitativas fundamentais das demonstrações 
financeiras 163 
 
 
 
32.2 As características qualitativas de melhoria das demonstrações 
financeiras 164 
32.3 Restrição de custo na elaboração e divulgação de relatório contábil-
financeiro 165 
33 CONTAS REDUTORAS ...................................................................... 165 
33.1 Depreciação .................................................................................. 165 
33.2 Amortização .................................................................................. 167 
33.3 Exaustão ....................................................................................... 168 
34 ESTOQUE ........................................................................................... 168 
BIBLIOGRAFIA BÁSICA ............................................................................... 172 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 CONTABILIDADE – DEFINIÇÃO 
 
 
 
Contabilidade é a ciência que tem por objetivo o estudo das variações 
quantitativas e qualitativas ocorridas no patrimônio (conjunto de bens, direitos e 
obrigações) das entidades (qualquer pessoa física ou jurídica que possui um 
patrimônio). Através dela é fornecido o máximo de informações úteis para as tomadas 
de decisões, tanto dentro quanto fora da empresa, estudando, registrando e 
controlando o patrimônio. 
Em resumo, a Contabilidade abrange um conjunto de técnicas para controlar o 
patrimônio das organizações mediante a aplicação do seu grupo de princípios, 
técnicas, normas e procedimentos próprios, medindo, interpretando e informando os 
fatos contábeis aos donos das empresas. Todas as movimentações existentes no 
patrimônio de uma entidade são registradas pela Contabilidade, que resume os fatos 
em forma de relatórios e entrega-os aos interessados em saber como está indo à 
situação da empresa. 
Através destes relatórios são analisados os resultados alcançados e a partir daí 
são tomadas decisões em relação aos acontecimentos futuros. Sendo assim, a 
Contabilidade é a responsável pela escrituração (registro em livros próprios) e 
apuração destes resultados e é só através dela que há condições para se apurar 
o lucro ou prejuízo em determinado período. 
1.1 Objeto de estudo 
Tem-se por objeto de estudo o Patrimônio das entidades/empresas (pessoa 
jurídica) ou das pessoas (pessoa física). Este patrimônio é administrável e está 
sempre em constante mudança. Trata-se na contabilidade a pessoa jurídica da 
entidade como distinta da pessoa física do proprietário. Sendo assim, a contabilidade 
é formada para a entidade e não para seus respectivos donos, estando voltada para 
os estudos da empresa pessoa jurídica. 
 
 
1.2 Quanto à finalidade 
A Ciência Contábil desenvolve suas funções em torno do patrimônio como meio 
 
 
 
para alcançar suafinalidade. A contabilidade faz o registro metódico e ordenado dos 
negócios realizados e a verificação sistemática dos resultados obtidos. Ela deve 
identificar, classificar e anotar as operações da entidade e de todos os fatos que de 
alguma forma afetam sua situação econômica, financeira e patrimonial. Com esta 
acumulação de dados, convenientemente classificados, a Contabilidade procura 
apresentar de forma ordenada, o histórico das atividades da empresa, a interpretação 
dos resultados, e através de relatórios produzir as informações que se fizerem 
precisas para o atendimento das diferentes necessidades. 
As finalidades fundamentais da Contabilidade referem-se à orientação da ad-
ministração das empresas no exercício de suas funções. Portanto a Contabilidade é 
o controle e o planejamento de toda e qualquer entidade sócio-econômica. 
 
Controle: a administração através das informações contábeis, via relatórios 
pode certificar-se na medida do possível, de que a organização está agindo em con-
formidade com os planos e políticas determinados. 
Planejamento: a informação contábil, principalmente no que se refere ao esta-
belecimento de padrões e ao inter-relacionamento da Contabilidade e os planos orça-
mentários, é de grande utilidade no planejamento empresarial, ou seja, no processo 
de decisão sobre que curso de ação deverá ser tomado para o futuro. 
1.3 Funções da Contabilidade 
 As principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar, demonstrar, 
analisar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade econô-
mica ou social que a empresa exerce no contexto econômico. 
Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor 
monetário; 
Organizar: um sistema de controle adequado à empresa; 
Demonstrar: com base nos registros realizados, expor periodicamente por 
meio de demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa; 
Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a finalidade de apura-
ção dos resultados obtidos pela empresa; 
 
 
 
Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os 
pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros, e aler-
tando para eventuais problemas. 
1.4 Usuários da Contabilidade 
Os usuários dos serviços contábeis são todas as pessoas físicas ou jurídicas 
que, direta ou indiretamente, tenham interesse na avaliação e no desenvolvimento de 
sua empresa, portanto serão os contratantes dos serviços contábeis. Por outro lado, 
temos os usuários das informações geradas pela contabilidade, são: administradores, 
sócios e acionistas, governo, bancos, concorrentes, sindicatos, empregados, 
fornecedores etc. Estes grupos de usuários, os das informações, podem ser 
classificados em internos e externos, cada um deles com interesse específico pelas 
informações contábeis. 
De uma forma mais completa e detalhada podemos dizer que os usuários 
externos são aqueles que se utilizam dos relatórios formatados pelos órgãos 
reguladores da profissão: acionistas e investidores; instituições financeiras; 
fornecedores; órgãos públicos; sindicatos e o mercado em geral. São aqueles que 
não atuam diretamente na empresa, mas que externamente querem ter conhecimento 
da situação patrimonial. 
 
Bancos: interessados nas demonstrações financeiras a fim de analisar a con-
cessão de financiamentos e medir a capacidade de retorno do capital emprestado; 
Concorrentes: interessados em conhecer a situação da empresa para poder 
atuar no mercado; 
Governo: que necessita obter informações sobre as receitas e as despesas 
para poder atuar sobre o resultado operacional no que concerne a sua parcela de 
tributação e planejamento macroeconômico; 
Fornecedores: interessados em conhecer a situação da entidade para poder 
continuar ou não as transações comerciais com a entidade, além de medir a garantia 
de recebimento futuro; 
Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de que 
seu pedido será atendido nas suas especificações e no tempo acordado. 
 
 
 
Já os usuários internos são aqueles que, por atuarem na atividade da empresa, 
além de utilizarem dos relatórios normalizados, também solicitam e utilizam relatórios 
específicos: administradores; encarregados; diretoria e pessoal interno em geral. São 
aqueles que por estarem fazendo a gestão da entidade necessitam de informações 
específicas e detalhadas. 
Usuários Internos: são todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas 
com a empresa e que têm facilidade de acesso às informações contábeis, tais como: 
Gerentes: para a tomada de decisões; 
Funcionários: com interesse em pleitear melhorias; 
Diretoria: para a execução de planejamentos organizacionais. 
O usuário interno principal da informação contábil na entidade moderna é a 
alta-administração que pela proximidade à Contabilidade, pode solicitar a elaboração 
de relatórios específicos para auxiliar na gestão do negócio. 
Os relatórios específicos podem, além de abranger quaisquer áreas de infor-
mação (fluxo financeiro, disponibilidades, contas a pagar, contas a receber, aplicações 
financeiras, compra e vendas no dia ou no período e os gastos gerais de funciona-
mento), ser elaborados diariamente ou em curtos períodos de tempo (semana, quin-
zena, mês, etc..), de acordo com as necessidades administrativas. 
Os usuários que utilizam as informações comunicadas pela contabilidade têm 
características muito diferenciadas, por isso os relatórios devem ser elaborados em 
função da necessidade do usuário. Os usuários externos devem utilizar das demons-
trações definidas pela legislação, mas os usuários internos podem e devem solicitar 
informações das mais diversas possíveis para instruir as ferramentas no desempenho 
de suas funções. 
1.5 Importância da Contabilidade 
A Contabilidade tem evoluído ao longo dos anos em função de diversos estudos 
que possibilitam o surgimento de novas e melhores formas de controlar o patrimônio 
através de um sistema informações que possibilitam a tomada de decisões mais raci-
onais no intuito de garantir a continuidade e o sucesso das organizações. 
Para isso, o estudo da Contabilidade como o de qualquer outra ciência, neces-
sita está centrada num foco, num objeto que será investigado e desnudado, visando 
 
 
 
conhecer intimamente o mesmo. Também é necessário identificar o objetivo, ou seja, 
o alvo, a meta, a finalidade do que se pretende atingir com o estudo do objeto; bem 
como as funções que são as ações naturais da contabilidade, as atribuições que são 
desencadeadas para garantir o atendimento dos objetivos. 
1.6 Campo de Atuação 
Obrigatoriamente toda empresa deve ter um contador que é o responsável 
técnico perante os órgãos governamentais. Assim, todas as pessoas jurídicas por 
força de lei fazem parte do campo de atuação da contabilidade, além delas as pessoas 
físicas possuidoras de um grande patrimônio normalmente contratam um contabilista 
para controlar o seu patrimônio. 
Algumas atividades econômicas têm características peculiares, necessitando 
assim de uma aplicação específica da contabilidade. Uma atividade comercial adquire 
as mercadorias para revender, sendo assim de pequena complexidade o seu controle, 
já uma indústria, que adquire os materiais e os transforma em um novo bem aplicando 
mão de obra, utilizando equipamentos, instalações e edifícios para o desenvolvimento 
de sua atividade tem no controle de seu patrimônio uma complexidade muito maior. 
Com relação à atividade econômico-financeira podemos classificar as empresas em 
três grandes grupos: indústria, comércio e serviços. 
Algumas atividades utilizam da contabilidadegeral ou empresarial para o 
registro de seus fatos contábeis, outras precisam de aplicações específicas dos 
artefatos contábeis para suas atividades: 
• Indústria: contabilidade de custos, contabilidade industrial; 
• Agronegócio: contabilidade de custos, contabilidade rural; 
• Instituições Financeiras: contabilidade bancária; 
• Órgãos públicos: contabilidade pública etc. 
 
Na atuação em empresas, a contabilidade é uma das áreas profissionais que 
mais proporciona oportunidades, as alternativas são: planejador tributário, analista 
financeiro, contador societário, auditor interno, contador de custos, contador 
gerencial, controller etc. 
A terceirização de serviços contábeis, as alternativas são: consultor, 
 
 
 
empresário da contabilidade, auditor independente, perito contábil e investigador de 
fraudes. Na área pública, pode ser: contador público, auditor interno, agente fiscal de 
rendas, oficial contador, auditor fiscal da fazenda e Analista de contas do tribunal de 
contas. 
1.7 O profissional contábil 
Para atingir os objetivos da contabilidade os profissionais devem ser habilitados 
e vinculados a órgão de classe, que além de regulamentar a profissão é responsável 
pela fiscalização do exercício da profissão. 
O profissional contábil é denominado contabilista. O contabilista que tem 
formação acadêmica de ensino médio (antigo segundo grau), foi aprovado no exame 
de suficiência (do CFC) e se registrou no Conselho Regional de Contabilidade – CRC, 
é denominado técnico em contabilidade. O contabilista que conclui o ensino superior 
no curso de ciências contábeis, foi aprovado exame de suficiência (do CFC) e se 
registrou no CRC é denominado contador. 
Portanto após concluir o curso de ciências contábeis você não será nem 
contabilista e nem contador. Como assim professor? O aluno concluinte em um curso 
superior de ciências contábeis será bacharel em ciências contábeis e terá formação 
acadêmica necessária para ser um profissional contábil, no entanto para atuar 
profissionalmente precisa ser aprovado no exame de suficiência (do CFC) e fazer o 
registro no CRC de acordo com as regras deste órgão profissional. 
 
 
 
 
 
Fonte:www.cultura.culturamix.com 
Conforme Marion tanto o contador quanto o técnico em contabilidade podem 
“[...] ser responsáveis pela contabilidade das empresas, analistas de balanços, 
pesquisadores contábeis etc.”. Cabe, no entanto, ao contador algumas atividades que 
o técnico em contabilidade não pode assumir: auditoria; perícia contábil e professor 
de contabilidade, para esta última até o contador deverá se especializar e aprender 
as técnicas de ensino-aprendizagem. Segundo Marion “a função básica do contador 
é produzir informações úteis aos usuários da contabilidade para a tomada de 
decisões”. 
1.8 Nossos símbolos 
O termo símbolo, (originado do grego súmbolon), designa um elemento 
representativo essencial no processo de comunicação. De acordo com um dos 
significados trazidos pelo Dicionário Houaiss, símbolo é aquilo que por um princípio 
de analogia formal ou de outra natureza, substitui ou sugere algo. Ou mesmo aquilo 
que por pura convenção representa ou substitui outra coisa. Ou ainda representação 
convencional de algo; emblema; insígnia. 
 
 
Os símbolos da profissão contábil são o Anel, o Caduceu e o Padroeiro São 
 
 
 
Mateus. 
 
Anel do Contabilista 
 
 
 
 
 
 
 Fonte:www.socontabilidade.com.br 
Pedra: Turmalina Rosa Clara, ladeada de Diamantes. 
Aro: De um lado, o Caduceu de Mercúrio, que é a insígnia do Deus do Comércio 
(bastão que representa o poder, com duas Serpentes entrelaçadas, simbolizando a 
sabedoria; e o capacete com duas Asas que representam Atividade e Diligência); do 
outro, as Tábuas da Lei, com a legenda "LEX". 
 
Caduceu 
 
 Fonte: www.whkbiosystems.com 
Bastão entrelaçado com duas serpentes, que na parte superior tem duas 
pequenas asas ou um elmo alado. Sua origem se explica racional e historicamente 
pela suposta intervenção de Mercúrio diante de duas serpentes que lutavam, as quais 
 
 
 
se enroscavam em seu bastão. 
 
Padroeiro dos Contabilistas - São Mateus 
São Mateus foi um contabilista. Atuava na área da Contabilidade Pública, pois 
era um rendeiro, isto é, um arrendatário de tributos.1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: www.cfc.org.br 
 
 
2 AS ESCOLAS DO PENSAMENTO CONTÁBIL 
2.1 Escola Contista 
A Escola Contista foi o alicerce, inaugurando no século XV o primeiro 
movimento científico-contábil, o qual destacava no processo de escrituração, a 
personificação das contas. Seus principais colaboradores, já descritos, tornaram-se 
responsáveis pelo pioneirismo dos livros impressos na Itália. A preocupação principal 
dava-se sobre o processo e as técnicas envolvidas na escrituração e centralização 
das contas, daí a origem do nome. 
Devido ao desenvolvimento comercial motivado pelo abandono do feudalismo, 
as necessidades de registro dessas atividades tornaram-se evidentes em relação ao 
que se devia e ao que se tinha de receber (dever e haver). Após o surgimento da 
Escola idealizadora da contabilidade como ciência, um amplo período (1494 a 1840), 
segundo vários estudiosos, provocou a estagnação contábil. 
A denominada Idade da Estagnação Contábil, surgida dentre as publicações 
 
1 Texto Adaptado de: www.portaldecontabilidade.com.br 
 
 
 
da obra de Pacioli em 1494, até a publicação de Francesco Villa, foi analisada como 
a concretização da utilização do Método das Partidas Dobradas no que dizia respeito 
à escrituração dos fatos. 
O contismo, centrado no problema de evidenciar os saldos das contas a 
receber e a pagar, e seguindo os princípios ditados pelos primeiros trabalhos escritos 
sobre técnicas comerciais, seguiu a regra de quem recebe deve e quem entrega tem 
a haver. As contas, na realidade, representam o conjunto de débitos e de créditos que 
uma pessoa tem em relação à outra. As contas a receber e a pagar, com o 
desenvolvimento da teoria das contas ao longo dos anos, uniram-se a várias outras 
contas representando valores e outros bens, como dinheiro, mercadorias, etc. Sua 
movimentação seguia os mesmos princípios ditados para as contas a receber: eram 
debitadas quando aumentavam e creditadas quando diminuíam. Por outro lado, as 
contas de passivo deveriam funcionar de forma equivalente à movimentação das 
contas a pagar, ou seja, aumentavam com créditos e diminuíam com débitos 
2.2 Escola Administrativa 
Surgida no norte da Itália, na região da Lombardia, a qual a designou, também 
denominada Materialismo Substancial por Lopes de Sá (1997), a Escola Lombarda, é 
considerada por esse como a escola precursora de pensadores contábeis por seu 
caráter científico. Conforme já exposto anteriormente, Schmidt (2000) considera a 
primeira escola de pensamento contábil, a Escola Contista. 
Suas bases de raciocínio sobre os meios patrimoniais, a utilidade e os limites 
da mesma, a renda, o princípio da competência, o valor, os fenômenos contábeis das 
imaterialidades, em suma, os fundamentos que levam aos conceitos, são suficientes 
para colocar o seu trabalho no campo da dignidade científica. 
Após 246 anos a partir da Escola contista, surge a segunda linha de 
pensamento contábil, a Escola Administrativa ou Lombarda, impulsionada pela obra 
de Francesco Villa (La contabilitá applicata alle amministrazioni private e pubbliche). 
O interesse principal da Escola voltou-se à administração das entidades, ou seja, seu 
controle, segregando da contabilidade cifras e números e, atribuindo a idéia ao qual o 
contadordeveria não só dominar as técnicas necessárias de escrituração, mas 
profundo conhecimento de gestão. 
 
 
 
Em meio a novas considerações e contribuições para a Contabilidade, para 
Schmidt (2000, p. 55), um dos maiores méritos da Escola Lombarda “foi desvincular a 
Contabilidade do campo do formalismo das cifras e dos números, que era o interesse 
predominante dos estudiosos da época”. Dessa forma, pode-se considerar Villa como 
o precursor do estudo contábil como fonte de informação gerencial, ou seja, 
estabeleceu-se o controle como objetivo da Contabilidade. 
2.3 Escola Personalista 
Nessa escola de pensamento, os trabalhos iniciaram com Francesco Marchi, 
entretanto, foi Giuseppe Cerboni quem desenvolveu a teoria personalista, conforme 
exposto por Schmidt (2000, p. 61). Para Marchi, a entidade era confiada ao 
administrador em virtude de sua responsabilidade sobre o montante do ativo e do 
passivo, sendo assim, quatro contas representariam quatro pessoas: consignatários 
e correspondentes, que figuravam devedores e credores do administrador e do 
proprietário, bem como o próprio administrador e proprietário. 
Foi a consolidação teórico-científica da personificação das contas eminentes 
aos mesmos passos do Método das Partidas Dobradas. Cerboni defendia a opinião 
de que a entidade era constituída pelo proprietário (atualmente o sócio), os 
correspondentes (fornecedores, clientes, ou seja, os que possuem vínculo comercial 
com a empresa) e os agentes consignatários (colaboradores responsáveis pela 
gerência administrativo-financeira) e que essas relações gerariam vínculos jurídicos 
dentre as pessoas. Foi também o precursor da contabilidade como um ramo científico, 
não só limitada aos registros. 
Para Schmidt (2000, p. 62 – 63), sob a luz logismográfica, Cerboni verificou a 
essência contábil: “o campo ideal para análise de todos os fatos econômicos, 
administrativos e contábeis” tanto de natureza teórica ou prática, compreendendo o 
estudo da determinação das leis e organização interna da azienda, da aplicabilidade 
da matemática aos fatos administrativos, além de considerar o estudo da 
logismografia “como método de coordenar e representar os fatos administrativos da 
azienda, analisar seus processos e efeitos jurídicos e econômicos e reuni-los em uma 
única e continua equação”. 
A saber, conceitua-se azienda pela definição de Iudícibus et al. (2003), “são 
 
 
 
entidades que têm um objetivo que está ligado aos objetivos da sociedade. Esse é um 
termo italiano que nos nossos dias é muito pouco utilizado”. O que também “alguns 
substituem este termo por empresa, entidade etc.”. 
O pensamento logismosgráfico era estruturado sob dois sistemas de 
escrituração, o patrimonial e o financeiro, objetivando a elaboração de balanço 
patrimonial com contas representativas ao proprietário e terceiros e correspondentes, 
o que também era previsto para órgãos públicos, ou seja, as duas Contabilidades (a 
financeira e a econômico-patrimonial) são representadas por distintos balanços 
apoiados sobre a mesma base: uma coluna demonstrando a quantidade e o valor do 
evento econômico passível de registro, podendo interessar a uma Contabilidade ou à 
outra, ou as duas simultaneamente (SCHMIDT, 2000, p. 63). 
2.4 Escola Matemática 
Após uma extensa fase de aprimoramentos contábeis, desde sua existência 
até seu contínuo crescimento, surge através de um dos pensadores da Escola 
Personalista, Giovanni Rossi, uma nova Escola de Pensamento Contábil não tão 
relevante no contexto histórico. Talvez devido ao fato de a Escola Matemática ter 
contrariado todos os demais pensamentos criados ao decorrer dos séculos, 
defendendo a idéia central a qual a Contabilidade seria apenas uma ciência aplicada 
e não social, essa Escola não contribuiu tanto ao desenvolvimento contábil. 
Ainda conforme Schmidt (2000, p. 151), essa corrente de pensamento julgava 
como fundamentais as contas contábeis, “pois representavam o elemento de 
evidenciação da Contabilidade”, requerendo análise abstrata das mesmas. Neste 
sentido, “uma conta representa um elemento matemático, que pode ser dividido em 
duas seções, uma do dever e outra do haver”. 
As contas da teoria matemática, segundo Schmidt (2000, p. 151) são de 
natureza abstrata, o que as difere da natureza dos valores, e, contrariamente à maioria 
dos estudiosos contábeis, os teóricos dessa escola consideravam que “o ponto central 
de interesse são as grandezas matemáticas e não o que elas representam”. 
A consideração de a Contabilidade ser “um simples instrumento de escrituração 
aplicável em inúmeras disciplinas” além de resumi-la em “um simples processo de 
registro matemático desligado completamente da gestão”, consentiu para que a 
 
 
 
Escola Matemática fosse alvo de críticas, conforme expõe Schmidt (2000, p. 152). 
2.5 Escola Controlista 
Em 1880, destacando o controle, se opondo à teoria personalista do final do 
século XIX na Itália, Fábio Besta, mais especificamente através de sua obra La 
ragioneria, idealiza a Escola Controlista. Com a visão focada no usuário interno, Besta 
segregou a administração em geral e econômica, tomando por base que a primeira 
voltava-se para a ação de administrar. Já a econômica destacava o patrimônio da 
entidade e sua utilização na geração de riquezas, através de três formas: gestão, 
direção e controle. A esse período vincula-se também a divisão da contabilidade em 
termos de conhecimento, na forma de Contabilidade Geral, aplicada a todos os 
segmentos, e Contabilidade Aplicada, ou seja, específica a diferentes tipos de 
atividades econômicas. 
2.6 Escola Norte-americana 
Objetivando padronizar e qualificar a contabilidade, surge em 1887 a Escola 
Norte-americana, a principal contribuição da Escola Norte-americana foi justamente a 
separação da Contabilidade em Gerencial, a qual atendia aos seus usuários internos 
e, Financeira, onde as informações eram voltadas aos interesses externos. Segundo 
Kaplan e Johnson apud Schmidt (2006), a contabilidade gerencial foi idealizada 
quando as organizações comerciais, nos Estados Unidos, não dependiam mais dos 
mercados externos para transações econômicas diretas, foi quando isso passou a ser 
feito internamente. Historicamente a teoria apresentada pelos autores destacava a 
Escola Norte-americana como a precursora do surgimento da Contabilidade 
Gerencial, muito antes do Reino Unido. Tais teorias foram comprovadamente 
negadas, demonstrando que a verdadeira origem desenvolveu-se no próprio período 
da Idade Média. 
É inegável que a contribuição ao desenvolvimento da Contabilidade Gerencial 
pelos norte-americanos foi imprescindível. A qualificação das informações internas às 
tomadas de decisões foram um dos fatores sustentados e trabalhados nesse período. 
Quanto ao progresso financeiro da contabilidade, destaca-se também o 
 
 
 
aperfeiçoamento dos relatórios e da prática contábil através das várias associações 
citadas. 
Mediante tantos fatores de desenvolvimento analisados, não resta dúvidas em 
relação ao destaque da Escola Norte-americana no cenário histórico como a principal 
base organizacional da contabilidade mundial. A origem europeia da contabilidade 
como ciência sofre relevantes modificações no período norte-americano, fruto da 
necessidade de aperfeiçoamento das informações emitidas, atendendo ao 
crescimento econômico preponderantes nesse sentido. 
2.7 Escola Neocontista 
A Contabilidade francesa ficou em evidência novamente a partir de 1880, 
conforme Schmidt (2000, p. 155), quando em Congresso de Contadores, padronizou-
se os balanços patrimoniais, ganhando força, o neocontismo surgido “como um 
movimento contrário ao personalismodas contas e defendendo o valor das contas” 
No final do século XIX, surge na França a Escola Neocontista, com o conceito 
de que “uma conta pode ser definida como toda classe de unidades de valor” 
(SCHMIDT, 2006, p.118), relacionando as unidades de valor com a Contabilidade. 
Evidencia-se o ativo, o passivo e a situação líquida da entidade, registrando todas as 
variações patrimoniais nas necessidades de sua verificação. 
Nota-se na definição neocontista o aparecimento da fórmula A = P + S (Ativo 
igual a passivo mais situação líquida), utilizada até os dias atuais. Os primeiros sinais 
da chamada teoria positivista ou materialista das contas começam a surgir, devido ao 
entendimento ao qual o principal foco da Contabilidade é justamente o estudo da 
revelação patrimonial e suas modificações. 
Os neocontistas atribuíram à Contabilidade a finalidade de acompanhar a 
evolução e a modificação que ocorre no patrimônio das entidades, com o objetivo de 
conhecer, sempre que necessário, sua composição e valor. Os registros contábeis 
são os responsáveis pela inscrição das modificações do patrimônio, tanto quando a 
variação ocorre no valor unitário dos bens quanto se ocorrer na quantidade. [...] O que 
deve ser registrado, na realidade, não são as flutuações das contas do proprietário, 
do agente ou do correspondente, mas os aumentos e as diminuições dos valores 
possuídos ou devidos (SCHMIDT, 2000, p. 156). 
 
 
 
Quanto à origem dos recursos, os neocontistas já tinham distintas as fontes em 
duas categorias: os recursos investidos pelo dono da empresa e os provenientes de 
terceiros. 
A escola neocontista concentrou-se na chamada teoria materialista ou 
positivista das contas, pois para a maioria dos seus adeptos, a principal função da 
Contabilidade resume-se a revelação patrimonial, ocupando-se principalmente dos 
processos de classificação e registro das contas, em detrimento dos aspectos 
econômico-administrativos dos eventos registrados. O objeto de estudo da 
Contabilidade, na visão dos neocontistas, é a própria revelação patrimonial 
(SCHMIDT, 2000, p. 158). 
No século passado, em meados dos anos 1942, segundo Schmidt (2000, p. 
158), o governo francês, influenciado pela corrente neocontista, implantou um modelo 
de plano de contas que visava padronizar a confecção de demonstrações fidedignas. 
Sob críticas por parte das empresas, esse plano foi modificado posteriormente por 
comissões designadas para este fim, fazendo assim distinções entre Contabilidade 
financeira e gerencial. Posteriormente, em 1946, um novo plano foi desenvolvido a fim 
de padronizar a prática contábil, fundamentado em uma “terminologia básica, 
processo de classificação lógica, método de padronização para o registro contábil e 
procedimentos para realizar avaliações”. 
2.8 Escola Alemã 
Na Alemanha, surge a Escola do Pensamento Contábil que destaca a 
demonstração do resultado de exercício ao balanço patrimonial foi a Escola Alemã em 
1919. Surgiram teorias do balanço divididas em estática, onde o resultado da entidade 
dá-se na confrontação inicial e final do balanço patrimonial, a teoria orgânica que 
ressalta a importância pelo balanço da situação patrimonial e seus resultados, e a 
teoria dinâmica segregando o balanço do resultado, preocupando-se com seus 
usuários externos. Os principais autores alemães destacados foram Eugen 
Schmalenbach e Fritz Julius August Schmidt. 
Para os seguidores dessa doutrina, as empresas desempenham uma função 
social que tem de ser determinada de acordo com as conveniências gerais da 
sociedade. Os resultados das atividades devem basear-se não nos preços 
 
 
 
efetivamente pagos ou recebidos, mas no valor econômico social ou valor intrínseco 
dos bens consumidos e dos produtos obtidos. 
Nesta corrente, segundo Schmidt (2000, p. 166) era importante distinguir entre 
resultado econômico e resultado financeiro. Para tanto, seriam necessários dois 
balanços: “um estático, para demonstrar a composição e o valor do patrimônio em 
determinado momento, e um dinâmico, para revelar a eficiência da entidade do ponto 
de vista econômico-social, ou seja, sua evolução”. 
O pós Primeira Guerra Mundial segundo Schmidt (2000, p. 170 – 171) foi 
marcado pela inflação na Alemanha, quando se desenvolviam modelos e sistemas 
que pudessem ajustar informações contábeis em períodos inflacionários. “A escola 
alemã foi também das mais prodigiosas no impulso da Contabilidade de custos. 
Schmalenbach [...] definiu custos fixos pela primeira vez em 1908”. 
Nesse sentido a Contabilidade de custos alemã faz uma clara distinção entre 
custos, gastos e pagamentos. Os custos são tratados como equivalentes monetários 
dos meios de produção consumidos no processo produtivo; os gastos equivalem 
monetariamente aos bens e serviços adquiridos, ocorrendo seu reconhecimento no 
momento da declaração contábil da dívida ou do desembolso; os pagamentos 
correspondem à entrega do ativo relativo ao gasto. Assim, custo ocorre na data do 
consumo, o gasto na data da aquisição e o pagamento na entrega do dinheiro ou de 
outro ativo. 
2.9 Escola Patrimonialista 
Em 1926 na Itália, através da obra de Vicenzo Masi (Ragioneria Generale), foi 
criada a Escola Patrimonialista, que tinha por objetivo destacar o patrimônio da 
entidade como aspecto mais importante ao seu desenvolvimento, sendo a 
escrituração apenas uma ferramenta do processo contábil. Tal estudo distinguiu-se 
em três partes: a estática, a dinâmica e a revelação patrimonial. 
Para os patrimonialistas, conforme Schmidt, o aspecto patrimonial das 
entidades não se formou de imediato. As representações iniciais foram das contas 
que demonstravam as relações de débitos e créditos da empresa para com terceiros, 
passando para a relação de outros elementos de ativo e passivo, consolidando, aos 
poucos, uma maneira conveniente de representar seu patrimônio total, bem como sua 
 
 
 
movimentação, em unidades monetárias. Para Masi, o passar do tempo foi o fator que 
contribuiu para a formação do conceito de patrimônio não como objeto imediato de 
investigações, mas apenas como um todo suscetível de representação contabilística, 
podendo afirmar-se que a história da Contabilidade até nossos dias gira em torno do 
fenômeno patrimonial. Portanto, para os patrimonialistas, o objeto de estudo da 
Contabilidade é o patrimônio das entidades (2000, p. 201). 
Críticas ao patrimonialismo de Masi surgiram principalmente na Itália conforme 
Schmidt (2000, p. 202 – 203), sobretudo ao fato de considerar a Contabilidade em 
uma ciência com objeto próprio de estudo, o patrimônio e sua administração, o que 
ultrapassa as possibilidades da disciplina. 
2.10 Moderna Escola Italiana – Economia Aziendal 
Esta escola, mais conhecida como economia aziendal é fruto do processo evo-
lutivo da Contabilidade italiana, tendo Gino Zappa como seu principal expoente. As 
ideias de Zappa revolucionaram a Contabilidade de sua época, entendendo, segundo 
Canziani (apud Schmidt, 2000, p. 188), que “o resultado é o mais importante fenômeno 
econômico da firma”. 
Schmidt (2000, p. 188) sintetiza as características da Economia Aziendal em 
dois segmentos: “a tentativa de integrar em uma única disciplina todos os conheci-
mentos da vida econômica da entidade”; e “desenvolver uma teoria para a Contabili-
dade a partir do resultado, sendo que esse representa o produto algébrico dos custos 
e proveitos (receitas) resultantes das operações da entidade”. 
De maneira similar ao que ocorreu na Alemanha, Schmidt (2000, p. 194 – 195) 
discorre que o trabalho de Zappa inspirou a uniformização da Contabilidade italiana 
por comissão designada, instituindo o Código Civil “padrões mínimos para asdemons-
trações contábeis”. 
3 DÉBITO E CRÉDITO 
As palavras Débito e Crédito, na linguagem contábil, têm significados muito 
diferentes daqueles que têm na linguagem cotidiana. É errado associar o débito e o 
 
 
 
crédito da contabilidade, com “subtração” e “adição” do financeiro. O correto é 
associá-los aos termos Destino e Origem, respectivamente. 
 
Debitar significa anotar na coluna do Débito de uma conta, para aumentar o 
seu valor (se a conta representa um Bem ou um Direito), ou para diminuir seu valor 
(se a conta representa uma obrigação). 
Creditar significa registrar uma importância na coluna de Crédito de uma conta, 
para aumentar seu valor (se a conta representa uma obrigação), ou para diminuir seu 
valor (se a conta representa um Bem ou Direito). 
Há duas formas de os lançamentos débito e crédito serem feitos: 
 
 
 
No primeiro caso, "D" e "C" significam débito e crédito, respectivamente. Já no 
segundo caso, o "a" sinaliza crédito, sem a necessidade de colocar a letra "D" antes 
da conta Estoque. Tem-se por mais usada a primeira opção. 
Débito é a aplicação de recurso, enquanto Crédito é a origem do recurso 
aplicado. Ou seja, quando um contador faz um lançamento a débito em uma conta, 
significa que o dinheiro, o bem ou o serviço destina-se àquela conta. Agora, quando 
ele faz um lançamento a crédito em uma conta, significa que o dinheiro, o bem ou o 
serviço teve origem naquela conta. 
Por exemplo: Uma empresa comprou um terreno do valor de $80.000,00. Para 
pagar à vista, foi usado o dinheiro disponível no caixa da empresa. Lançamos o 
registro destas duas contas da seguinte forma: 
 
D- Imóveis (O terreno teve destino na conta em questão, já que faz parte dos 
imóveis da empresa.) 
C- Caixa (O lançamento teve origem na conta Caixa, já que foi pago à vista 
com o dinheiro da empresa.) 
 
 
 
 
Se uma conta recebe algo ou assume o compromisso de entregar algo, 
é debitada. Se uma conta entrega algo ou adquire o direito de receber algo, 
é creditada. 
 
 
OBS.: Para corrigir um erro em um lançamento contábil, não se usa borracha 
ou corretivo. Para corrigi-lo, faz-se o registro contrário. Um débito anula um crédito e 
vice-versa (operação conhecida como estorno). Pode-se usar para corrigir os erros 
em geral (inversão das contas, lançamentos em duplicidade, omissão de 
lançamentos, erro no valor, etc.) vários tipos de métodos, como por exemplo, estorno 
do lançamento, lançamento retificativo, lançamento complementar e ressalva por 
profissional qualificado. 
3.1 Noções de débito e crédito 
Mais um alerta para não confundir termos da linguagem comum, quando 
usados na terminologia contábil. 
Débito: na linguagem comum, significa: 
• dívida; 
• situação negativa; 
• estar em débito com alguém; 
• estar devendo para alguém etc. 
 
Quando falarmos na palavra débito, procure não ligar o seu significado do ponto 
de vista técnico com o que ela representa na linguagem comum. 
Na terminologia contábil, essa palavra tem vários significados, os quais 
raramente correspondem aos da linguagem comum. Quando o aluno principiante no 
 
 
 
estudo da Contabilidade não se conscientiza disso, dificilmente aceita que débito pode 
representar elementos positivos, o que prejudica sensivelmente a aprendizagem. 
Portanto, muito cuidado com a terminologia. 
Neste tópico é importante memorizar o seguinte: 
 
a) Na representação gráfica em forma de T, que estamos usando para 
representar as contas que compõem o Patrimônio (Balanço Patrimonial), 
o lado esquerdo é o lado do débito. 
b) Na representação gráfica, também em forma de T, que vamos usar para 
representar as Contas de Resultado, o lado esquerdo é o lado do débito. 
 
Crédito: na linguagem comum, significa: 
 
• ter crédito com alguém, em uma loja etc.; 
• situação positiva; • poder comprar a prazo etc. 
 
Na terminologia contábil, a palavra crédito também possui vários significados. 
As mesmas observações que fizemos para a palavra débito aplicam-se à palavra 
crédito. Portanto, neste momento é importante memorizar: 
 
a) Na representação gráfica em forma de T, que estamos usando para 
representar as contas que compõem o Patrimônio (Balanço Patrimonial), 
o lado direito é o lado do crédito. 
b) Na representação gráfica, também em forma de T, que vamos usar para 
representar as Contas de Resultado, o lado direito é o lado do crédito. 
 
Veja, a seguir, os gráficos das referidas contas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Observações finais sobre as primeiras noções de débito e crédito 
 
Parece realmente estranho dizer que Ativo é igual a débito, não é? Isto ocorre 
porque, para nós, débito tem os significados que já comentamos. Na realidade, há 
muita lógica em chamar de débito o lado do Ativo. Existem até teorias que explicam 
tal fato. Preferimos ficar, por enquanto, com a seguinte convenção: 
Na Ciência Contábil, em toda representação gráfica em forma de T, o lado 
esquerdo será sempre o lado do débito e o direito, o do crédito. Como no Balanço 
Patrimonial apresentado no gráfico em forma de T as Contas do Ativo foram 
naturalmente posicionadas do lado esquerdo, e as do Passivo do lado direito, temos 
que: 
a) as Contas do Ativo são de natureza devedora; 
b) as Contas do Passivo são de natureza credora. 
 
Da mesma forma, como no gráfico em forma de T, utilizado para representar 
as Contas de Resultado, as Contas de Despesas foram naturalmente posicionadas 
do lado esquerdo, e as de Receitas do lado direito, temos que: 
 
a) as Contas de Despesas são de natureza devedora; 
b) as Contas de Receitas são de natureza credora 
4 LIVRO DIÁRIO 
É um livro contábil de preenchimento obrigatório (exigido por lei) e de maior 
importância, onde são lançadas as operações DIÁRIAS de uma empresa. Nele, são 
registrados os fatos contábeis em partidas dobradas, ou seja, os totais débito e crédito 
deverão ser sempre iguais, sendo a conta débito lançada SEMPRE antes da conta 
crédito. Suas principais características são: Obrigatório, Cronológico e Fundamental 
ao processo contábil. 
O livro Diário tradicional pode ser substituído porfichas (contínuas, em forma 
de sanfona, soltas ou avulsas). Porém, a adoção desse sistema não exclui a empresa 
 
 
 
de obediência aos requisitos intrínsecos, previstos na lei fiscal e comercial para o livro 
Diário. As empresas que utilizam fichas, são obrigadas a adotar o livro próprio para a 
inscrição das demonstrações financeiras. 
Em resumo, o Diário registra oficialmente todas as transações de uma 
empresa. Sendo assim, é necessário que ele atenda determinadas exigências e 
preencha certas formalidades. Estas formalidades têm a ver com sua apresentação 
exterior (formalidades extrínsecas) ou com a escrituração (formalidades intrínsecas). 
 
OBS: O livro Diário foi instituído pelo Decreto-Lei 486 de 03/03/69 e 
regulamentado pelo Decreto-Lei 64.567 de 22/05/69. 
4.1 Formalidades extrínsecas 
O livro Diário deve: 
 
 Ser encadernado; 
 Ter suas folhas numeradas tipograficamente; 
 Se for empresa, deverá ser autenticado pelas Juntas Comerciais ou 
repartições encarregadas do Registro do Comércio; 
 Se for Sociedade Simples ou entidade sem fins lucrativos, deverá ser 
autenticado no cartório de Registro Civil das Pessoas Jurídicas; 
 Conter termo de abertura e de encerramento (na primeira e última 
página, respectivamente) devidamente preenchidos e autenticados. 
 
Termo de abertura: finalidade a que se destina o livro, o número de ordem, o 
número de folhas, a firma individual ou o nome da sociedade a que pertença, o local 
da sede ou estabelecimento,o número e data do arquivamento dos atos constitutivos 
no Órgão de Registro estipulado e o número de registro no Cadastro Nacional de 
Pessoas Jurídicas (CNPJ). 
Termo de encerramento: indica o fim a que se destinou o livro, o número de 
ordem, o número de folhas e a respectiva firma individual ou sociedade mercantil. 
OBS: Estes termos serão datados e assinados pelo comerciante ou por seu 
procurador e por um contabilista legalmente habilitado. Na localidade em que não haja 
 
 
 
profissional habilitado, os termos de abertura e encerramento serão assinados, 
apenas, pelo comerciante ou seu procurador. 
Se estas formalidades não forem respeitadas, o Diário acaba 
sendo completamente invalidado, passando a fazer prova apenas contra o 
contribuinte. 
4.2 Formalidades intrínsecas 
 Utilização do idioma nacional e da moeda corrente do país; 
 Uso da linguagem mercantil; 
 Individualização e clareza dos lançamentos nele feitos; 
 O registro dos fatos em rigorosa ordem cronológica de dia, mês e ano; 
 A inexistência, na escrituração, de intervalos em branco, entrelinhas, 
borrões, rasuras, emendas, ou transportes para as margens 
 
Se estas formalidades não forem respeitadas, será invalidado apenas os 
registros onde ocorrerem. 
4.3 Escrituração Manual 
É necessário que o Livro Diário contenha: 
Data da operação (transação); 
Título da conta débito e da conta crédito; 
Valor do débito e do crédito; 
Histórico (alguns dados fundamentais sobre a operação em registro: número 
da nota fiscal, cheque, terceiros envolvidos, etc. O histórico deve ser o mais breve 
possível, escrito de forma reduzida). 
OBS.: Todas as empresas, independentemente do seu porte ou tipo societário, 
são obrigadas a efetuar escrituração contábil. Cabe destacar ainda que o regime 
tributário que a empresa venha a utilizar também não pode interferir quanto ao assunto 
escrituração contábil, pois quem tem autoridade para emanar sobre este tema é tão 
somente o CFC (Conselho Federal de Contabilidade), para o qual os profissionais de 
contabilidade são obrigados a prestar contas. 
 
 
 
4.4 Lançamentos no Livro Diário 
Lançamento é o meio pelo qual se processa a escrituração contábil, ou seja, é 
a forma de se efetuar o lançamento contábil no livro Diário. Este lançamento é feito a 
partir de operações. 
4.5 Quando debitar e quando creditar? 
 
Exemplo 1: 
Operações realizadas durante o mês de dezembro de 2011 na empresa "Bem 
Viver": 
1) A empresa retirou dinheiro do caixa para depósito no banco no valor de $200. 
D- Banco (+A)..... $200 
C- Caixa (-A)....... $200 
Explicação: Neste lançamento, a empresa diminui seu dinheiro disponível em caixa 
(-A) e aumentou seu dinheiro disponível na conta banco (+A). 
2) Recebimento de $600 de clientes em dinheiro. 
D- Caixa (+A)........ $600 
C- Clientes (-A)...... $600 
Explicação: A empresa recebeu dinheiro (mais bens) e diminuiu sua conta clientes 
(menos bens a receber), pois uma parte acaba de ser paga (a conta clientes 
significa valores que ainda não entraram, mas devem entrar - ex: cartão de crédito, 
cheque). 
3) Pagamento de fornecedor em cheque no valor de $500. 
D- Fornecedor (-P)...... $500 
C- Banco (-A)............. $500 
 
 
 
Explicação: A conta Fornecedores diminuiu em $500, ou seja, diminuiu a dívida (-P), 
e como foi pago em cheque, diminuiu o ativo da conta bancos. 
4) Constituição da empresa "ABC" - capital totalmente integralizado em dinheiro - 
$5.000. 
D- Caixa (+A)............................ $5.000 
C- Capital subscrito (+PL)........... $5.000 
Explicação: Nesta operação, os sócios colocaram dinheiro na empresa, aumentando 
o caixa. Como o capital aumentou, há também mais receita (+PL). 
5) Compra de veículo com pagamento 50% à vista em cheque e 50% financiado a 
curto prazo em 10 parcelas. Valor total de $2.000. 
D- Veículos (+A)............................ $2.000 
C- Banco (-A)................................ $1.000 
C- Financiamentos a pagar (+P)...... $1.000 
Explicação: Com a compra do veículo, a empresa aumentou sua quantidade de bens 
(+A), pagou 50%, em cheque, diminuindo este valor do banco (menos recursos) e 
financiou a outra metade em 10 parcelas de $100, ou seja, criou uma 
dívida/obrigação. 
Exemplo 2: 
Operações realizadas na empresa XYZ no mês de Abril/2010: 
 
 03/04/2010 - Constituição da empresa - o capital subscrito no contrato social é 
de R$120.000,00. Os sócios integralizaram todo o capital em dinheiro. 
 12/04/2010 - Realizaram a abertura de uma conta corrente em nome da 
empresa para realizar sua movimentação e depositaram R$90.000,00 
do dinheiro da empresa nesta conta bancária. 
 17/04/2010 - Pagaram a despesa com aluguel do mês corrente (abril/2010), no 
valor de R$5.000,00. O pagamento foi realizado em dinheiro. 
 21/04/2010 - A empresa realizou a compra de dois computadores e uma 
impressora. O valor total da compra foi de R$6.000,00 pago à vista em cheque. 
 
 
 
 24/04/2010 - A empresa comprou mesas e cadeiras para uso na empresa, 
desembolsando à vista em dinheiro o total de R$1.600,00. 
 27/04/2010 - A empresa comprou mercadorias para revender. Efetuou a 
compra a prazo no valor de R$27.000,00. 
 30/04/2010 - A empresa vendeu parte de seus estoques à vista em dinheiro, 
no valor de R$15.000,00 com CMV (Custo da Mercadoria Vendida) de 
R$7.000,00. 
 
 
 
5 LIVRO RAZÃO 
 
 
 
O Razão é um livro fundamental ao processo contábil e exigido pela legislação 
brasileira para empresas cuja tributação do Imposto de Renda seja com base no Lucro 
Real. Em virtude de sua eficiência, ele é indispensável em qualquer tipo de empresa. 
Por meio do razão é possível controlar separadamente o movimento de todas as 
contas. O controle individualizado das contas é importante para se conhecer os seus 
saldos, possibilitando a apuração de resultados e elaboração de demonstrações 
contábeis, como o balancete de verificação da razão, balanço patrimonial, etc. Ou 
seja, é o detalhamento por contas individuais dos lançamentos realizados no diário, 
sendo usado para resumir e totalizar, por conta ou subconta, estes lançamentos. 
Este livro agrega as contas Patrimoniais (contas do BP e da DRE), compostas 
por ativo, passivo e patrimônio líquido e por receitas, despesas e custos. Antigamente, 
o razão existia apenas em forma de livros, onde se atribuía o título de uma conta para 
cada página. Desta forma, havia uma página para Caixa, outra para Banco, outra para 
Estoque, e assim por diante. Com o passar do tempo, as folhas avulsas foram 
substituindo as páginas do livro, sendo muito comum o uso das fichas razão hoje em 
dia. 
É dispensada a autenticação ou registro do livro pelos órgãos competentes, isto 
porque o Razão é cópia autentica do que foi escriturado no Livro Diário. Porém, na 
escrituração, deverão ser obedecidas as regras da legislação comercial e fiscal 
aplicáveis aos lançamentos em geral. 
5.1 Escrituração manuscrita do Livro Razão 
 Deve conter no mínimo as seguintes informações: 
 
Nome da conta 
Data do lançamento: dia, mês e ano de ocorrência do fato que alterou o valor do 
componente patrimonial; 
Contrapartida: é a conta que completa o lançamento de outra conta que está sendo 
escriturada; 
Histórico do lançamento: descrição do fato administrativo do evento registrável na 
escrituração; 
Débito e Crédito: indicação do valor que será acrescido e/ou diminuído do saldo da 
 
 
 
conta; 
Saldo: diferença entre o somatório do débito e somatório do crédito; e 
D/C: indicação da natureza do saldo - D (devedor) e C (credor). 
OBS.: Se for usado escrituração mecanizada, além destes itens,deve conter 
também o nº da folha correspondente no livro diário. 
 
6 MÉTODOS DE ESCRITURAÇÃO 
A palavra método vem do grego methodos (caminho) e se refere ao meio 
utilizado para chegar a um fim. É o caminho pelo qual se atinge um objetivo. Método 
de Escrituração é o meio pelo qual procedemos ao registro de fatos contábeis. Embora 
haja diversas maneiras diferentes de escriturar os fatos contábeis, todas elas 
procedem de dois métodos fundamentais: o método das Partidas Simples e o método 
das Partidas Dobradas. 
6.1 Método das Partidas Simples 
Este método encontra-se em desuso por ser incompleto e deficiente. Nele, 
registramos apenas as operações realizadas com pessoas, omitindo-se o registro de 
elementos do patrimônio e do resultado. Todos os itens do patrimônio e do resultado 
como mercadorias, veículos, imóveis, despesas, receitas, etc., são controlados extra 
contabilmente. Nele, apenas uma das operações débito (D) ou crédito (C) é 
contabilizada. 
 
 
 
 
6.2 Método das Partidas Dobradas 
Descrito pela primeira vez em 1494, na Itália, pelo frade Luca Pacioli no 
livro “Summa de Arithmetica, Geometria, Proportioni et Proportionalità” (Coleção de 
conhecimentos de Aritmética, Geometria, Proporção e Proporcionalidade), no capítulo 
“Particulario de computies et Scripturis” (Contabilidade por Partidas Dobradas), que 
fala sobre um tratado da contabilidade. Neste capítulo, ele enfatiza que a teoria 
contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos. 
O método teve rápida difusão e foi universalmente aceito e adotado desde esta época, 
sendo hoje considerado um dos pilares da contabilidade moderna. 
Este método reza que em cada lançamento, o valor total lançado nas 
contas a débito deve ser sempre igual ao total do valor lançado nas contas a 
crédito. 
Ou seja, não há devedor sem credor correspondente. A 
todo débito corresponde um crédito de igual valor e vice-versa. Se aumentar de um 
lado, deve consequentemente aumentar do outro lado também. 
Como é mais comum uma transação conter somente duas entradas, sendo 
uma entrada de crédito em uma conta e uma entrada de débito em outra conta, daí a 
origem do nome "dobrado". 
 
Maneiras que podem ser lançadas: 
1 conta débito + 1 conta crédito 
1 conta débito + Várias contas crédito 
Várias contas débito + 1 conta crédito 
Várias contas débito + Várias contas crédito 
Sendo assim, seguem quatro verdades: 
 Ativo = Passivo + PL 
Saldo devedor =Saldo credor 
Não há débito sem crédito 
Não há crédito sem débito. 
 
Exemplo 1: Se "X" tem um crédito de $200,00 contra "Y", é certo que "Y" tem 
um débito de $200,00 para com "X". 
 
 
 
Em consequência do método das partidas dobradas, a soma dos saldos das 
contas do Ativo deve ser sempre idêntica à soma dos saldos das contas do Passivo e 
Patrimônio Líquido (no Balanço Patrimonial), de tal forma que, se esses dois saldos 
não "baterem no centavo", isso denuncia um erro de lançamento que precisa ser 
detectado e corrigido. 
Em algum momento pode ocorrer uma modificação na composição quantitativa 
ou qualitativa do ativo, sem que ele, como um todo, tenha sido aumentado. Nesse 
caso, ao aumento de um dos elementos do ativo corresponderá uma diminuição de 
igual valor em outro elemento do ativo. A mesma coisa se aplica ao passivo. 
Exemplo 2: A empresa XYZ possui $200.000,00 do item dinheiro no seu 
patrimônio. Em determinado momento, foi apurada a necessidade de comprar um 
veículo para uso da empresa no valor de $40.000,00. Realizada a compra, o item 
veículo aumentou em $40.000,00 e o item dinheiro foi diminuído nesse mesmo valor. 
A utilização das Partidas Dobradas permite que através de um único 
lançamento, as duas alterações sejam anotadas: 
 
Redução de $40.000,00 no dinheiro existente no patrimônio; e 
Aumento de $40.000,00 aplicados em aquisição de veículo. 
 
Em termos contábeis: Debita-se a conta veículos (representando a aplicação 
de recurso) e credita-se a conta caixa (representando a origem dos recursos 
aplicados). 
7 RAZONETES 
Razão e razonete são a mesma coisa. O razonete deriva do razão, ele é uma 
versão simplificada, uma forma didática do razão. O razonete, também denominado 
gráfico ou conta em T, é bastante utilizado pelos contadores e é por meio dele que 
são feitos os registros individuais por conta. Ele foi criado para ser um recurso que 
ajude o entendimento da mecânica dos lançamentos contábeis. 
No lado esquerdo do razonete são lançados os débitos (saldos devedores) e 
no lado direito são lançados os créditos (saldos credores), ficando o nome da conta 
 
 
 
na parte de cima do T. 
Sendo assim, de um lado do razonete registram-se os aumentos e do outro as 
diminuições. A natureza da conta é que determina que lado deve ser utilizado para 
aumentos e que lado deve ser utilizado para diminuições. 
Toda conta de Ativo e todo acréscimo de Ativo são lançados no lado esquerdo 
do razonete (lado do débito). Toda conta de Passivo ou Patrimônio Líquido, bem como 
os acréscimos, serão lançados no lado direito do razonete (lado do crédito). Toda 
diminuição de Ativo será lançada no lado direito e toda diminuição de Passivo será 
lançada no lado esquerdo do razonete. 
Em resumo, a importância dos razonetes é principalmente didática, para ajudar 
a entender como as operações de uma empresa ou organização são processadas 
pela contabilidade. Na prática, a fonte de dados para a obtenção do balancete (que é 
a fonte do Balanço Patrimonial e da DRE), é o Livro Diário. 
 
 
 
 
 
 
 
 
No razonete da conta Veículos, o valor foi debitado (lado esquerdo) pois gerou 
um aumento no ativo (bens e direitos) da empresa. Já no razonete da conta Bancos, 
o valor foi creditado (lado direito) pois gerou uma diminuição de ativo (diminuiu o valor 
disponível da conta). 
 
As contas que foram lançadas no Diário a débito, são lançadas no Razão (razonetes) no 
 
As contas que foram lançadas no Diário a débito, são lançadas no Razão 
(razonetes) no lado esquerdo e as que foram lançadas a crédito no Diário, no lado 
direito. Em cada razonete é registrado todas as operações do Livro Diário referentes 
a conta em questão. 
 
 
 
8 EQUAÇÕES PATRIMONIAIS 
O estado patrimonial de uma empresa pode apresentar-se de diferentes 
maneiras na equação patrimonial: 
 
a) Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido --> Indica uma situação de 
normalidade da empresa, pois o conjunto de bens e direitos supera as obrigações (há 
PL positivo). É uma situação favorável, positiva ou superavitária. 
b) Ativo = Patrimônio Líquido (sendo Passivo = 0) --> Não existe obrigações 
para com terceiros, o que geralmente ocorre na abertura da empresa, sendo o passivo 
igual a zero. 
c) Ativo = Passivo (sendo PL = 0) --> Neste caso, não existe capital próprio, 
o que significa que o ativo da empresa foi totalmente financiado com recursos de 
terceiros. É um estado de alerta, pois a empresa está com dificuldades financeiras. É 
uma situação nula ou compensada. 
d) Ativo + Patrimônio Líquido = Passivo --> Nesta situação, a empresa se 
encontra em estado de insolvência, uma parcela das obrigações ficará sem ser paga, 
mesmo que a empresa venda todo o seu ativo. Ou seja, o ativo não é suficiente para 
liquidar todas as dívidas. Para eliminar o déficit, deve-se aumentar o PL com o 
acréscimo de capital por parte dos seus proprietários. Esta é uma situação 
denominada Passivo a Descoberto. É uma situação desfavorável, negativa 
ou deficitária. 
Em resumo, os bens, direitos e obrigações podem ser chamados 
de componentes patrimoniais, sendo o patrimônio representado da seguinte forma:9 BALANÇO PATRIMONIAL 
O Balanço Patrimonial (BP) é a principal Demonstração Financeira existente 
(relatório contábil obrigatório por Lei). Ele mostra como de fato está o Patrimônio da 
empresa, refletindo sua posição financeira em um determinado momento (no fim do 
ano ou em qualquer data predeterminada). 
No Balanço, o Patrimônio se encontra em equilíbrio, equilibra os bens e direitos 
com as obrigações e as participações dos acionistas. Desta forma, ele é a igualdade 
patrimonial. O BP mostra o Patrimônio da entidade tanto quantitativa quanto 
qualitativamente (apresenta cada item que faz parte do Patrimônio e quanto se tem 
de cada um). 
O termo "Balanço" origina-se do equilíbrio 
 
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido (PL) 
Aplicações = Origens 
Bens + Direitos = Obrigações 
 
Parte da ideia de uma balança de dois pratos, onde sempre há a igualdade de 
um lado com o outro (se não estiver em igualdade, significa que há erros na 
contabilidade da entidade). 
O BP demonstra, de maneira organizada, quais são (aspecto qualitativo) e 
quanto valem (aspecto quantitativo) os bens, direitos e obrigações. Em resumo, o 
Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e 
qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da 
entidade. 
9.1 Estrutura do Balanço Patrimonial 
O BP tem na sua constituição duas colunas: a coluna do lado esquerdo é a do 
Ativo e a coluna do lado direito é a do Passivo (determinado por convenção). No lado 
esquerdo são discriminados os bens e direitos, especificando-se qualitativamente 
cada componente e indicando seu valor monetário (aspecto quantitativo). No lado 
direito são discriminadas as obrigações (dívidas) que a empresa possui para com 
 
 
 
terceiros, por sua natureza e por sua expressão monetária. 
Também no lado direito são discriminadas as contas do Patrimônio Líquido, 
sendo as obrigações para com a empresa. São os recursos que os acionistas, sócios 
investiram na entidade. Ex.: investimento feito pelos proprietários (dinheiro aplicado), 
reserva de lucros, etc. 
9.2 Classificação das Contas no Balanço patrimonial 
Todos as contas do Ativo encontram-se discriminadas no lado esquerdo do 
Balanço Patrimonial e são classificadas em ordem decrescente do grau de 
liquidez dos elementos patrimoniais que representam. Ou seja, de acordo com a 
rapidez com que podem ser convertidas em dinheiro (ordem de liquidar as dívidas, de 
pagar os compromissos). 
Os itens de maior liquidez aparecem no começo do Ativo, já os de menor 
liquidez aparecem em último lugar. Ex.: a conta Caixa é a de maior liquidez, 
encontrando-se no topo. Já a conta Máquinas e Equipamentos tem uma liquidez 
menor, encontrando-se classificada mais abaixo, pois não possui o mesmo potencial 
que a conta Caixa para ser convertida em dinheiro. 
Todas as contas do Passivo encontram-se discriminadas no lado direito do 
Balanço Patrimonial e são classificadas segundo a ordem decrescente de 
exigibilidade. As contas são originadas de recursos de terceiros e são classificadas 
de acordo com o seu vencimento, isto é, aquelas contas que serão liquidadas mais 
rapidamente (curto prazo) aparecem no topo da coluna do Passivo, e as que serão 
pagas em um prazo maior (longo prazo) aparecem mais para o final. 
Já no Patrimônio Líquido (PL) (que faz parte do Passivo), também do lado 
 
 
 
direito do Balanço Patrimonial, as contas são originadas de recursos próprios, como 
investimentos feitos pelos proprietários (dinheiro aplicado) para abertura da empresa, 
por reserva de lucros, prejuízos ou lucros acumulados, etc. Quando o saldo do PL 
aumenta, significa que a empresa ficou mais rica. Quando o saldo do PL diminui, 
significa que ela ficou mais pobre. 
 
 
 
O artigo 179 da Lei 6.404/76 (Lei das Sociedades por Ações) fala sobre como 
as contas deverão ser classificadas. Porém, podemos classificá-las da seguinte forma 
para um melhor entendimento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As contas que fazem parte dos grupos e subgrupos acima demonstrados se 
classificam de formas diferentes. A partir da próxima página veremos qual o 
significado de cada grupo (Ativo, Passivo Exigível e Patrimônio Líquido) e também 
seus subgrupos e contas existentes. 
 
BENS 
São bens tudo o que possui valor econômico e que pode ser convertido em 
dinheiro, sendo utilizado na realização do objetivo principal de seu proprietário. São 
as coisas úteis, capazes de satisfazer as necessidades das pessoas e das empresas. 
Os bens classificam-se em: Bens Móveis, Bens Imóveis, Bens Tangíveis e Bens 
Intangíveis. Os bens fazem parte do ATIVO (patrimônio bruto). 
 
Bens Móveis 
São móveis os bens passíveis de remoção sem dano, seja por força própria ou 
por força alheia. Ou seja, objetos concretos, palpáveis, físicos, que não são fixos ao 
solo. Ex.: dinheiro, veículos, móveis, utensílios, máquinas, estoques, animais (que 
possuem movimentos próprios, semoventes), etc. 
 
Bens Imóveis 
São imóveis os bens que não podem ser retirados de seu lugar natural (solo e 
subsolo) sem destruição ou dano, ou seja, aqueles que, para serem deslocados, terão 
de ser total ou parcialmente destruídos (pois são fixos ao solo). Ex.: árvores, edifícios, 
terrenos, construções, etc. 
 
 
 
 
Bens Tangíveis 
Também chamados de bens corpóreos e bens materiais, são tangíveis os bens 
que constituem uma forma física, bens concretos, que podem ser tocados. Ex.: 
veículos, terrenos, dinheiro, móveis e utensílios, estoques, etc. 
 
Bens Intangíveis 
Também chamados de bens incorpóreos e bens imateriais, são intangíveis os 
bens que não constituem uma realidade física e que não podem ser tocados. Ex.: 
nome comercial (marca), patente de invenção, ponto comercial, o domínio de internet, 
etc. 
9.3 Direitos 
São os recursos que a empresa tem a receber e que gerarão benefícios 
presentes ou futuros. É o poder de exigir alguma coisa. Pode ser, por exemplo, o valor 
que uma empresa receberá decorrente de uma venda a prazo. O comprador já levou 
a mercadoria, porém ainda não pagou, então a empresa tem o direito de receber o 
valor correspondente. Fazem parte do ATIVO (patrimônio bruto). 
Exemplos de direitos: duplicatas a receber, salários a receber, aluguéis a 
receber, contas a receber, títulos a receber, etc. 
9.4 Obrigações 
São dívidas, valores a serem pagos a terceiros (empresa ou pessoa física). 
Fazem parte do PASSIVO 
Quando se compra um bem a prazo, ele integra-se ao patrimônio a partir do 
momento que o fornecedor o entrega. Como foi uma venda a prazo, a empresa passa 
a ter uma obrigação com o fornecedor, representada por uma conta a pagar 
equivalente ao preço do bem. Assim como aumenta de um lado o Ativo (bem) da 
empresa, de outro lado aumenta o Passivo (obrigação) da empresa. Exemplos de 
Obrigações: salários a pagar, aluguéis a pagar, contas a pagar, Fornecedores ou 
Duplicatas a pagar (referente à compra de mercadorias a prazo), impostos a pagar 
 
 
 
(ou impostos a recolher), etc. 
9.5 Patrimônio Líquido (PL) 
A Situação Patrimonial Líquida também faz parte do PASSIVO (obrigações), 
mas contém uma natureza especial, onde também fazem parte das obrigações os 
direitos dos acionistas, sócios ou titular da empresa individual em relação ao 
patrimônio da pessoa jurídica. Representa aquilo que, de fato, a pessoa tem. Isto é, 
sua riqueza efetiva, o que lhe sobra depois de pagar todas as suas dívidas. 
O Patrimônio Líquido é a diferença entre os valores do ativo (+) e do passivo (-
) de uma entidade em determinado momento, ou seja, se a empresa tem um Ativo 
(bens + direitos)

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