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Aula 05 Análise Criminal

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Prévia do material em texto

DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 1 
 
Aula 5: Análise Criminal ........................................................................................................... 2 
Introdução ............................................................................................................................ 2 
Conteúdo............................................................................................................................... 3 
Mapeamento da criminalidade .......................................................................................... 3 
Métodos de mapeamento mais utilizados ...................................................................... 5 
Elementos de um mapa ...................................................................................................... 7 
Tipos de informação dos mapas ....................................................................................... 8 
Mapa temático ...................................................................................................................... 8 
Cuidados na interpretação das informações ................................................................ 16 
Outras opiniões sobre a pesquisa IPEA .......................................................................... 18 
Atividade proposta ............................................................................................................. 19 
Aprenda Mais ..................................................................................................................... 19 
Referências ......................................................................................................................... 21 
Exercícios de fixação ........................................................................................................ 23 
Chaves de resposta ................................................................................................................ 29 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 2 
Introdução 
Nesta aula, estudaremos os mapas criminais mais utilizados e como eles são 
desenvolvidos. Todo ano, várias pesquisas de criminalidade são publicadas com 
o uso de dados oficiais de segurança pública; entenderemos como podemos 
interpretá-las e que cuidados devemos observar evitando interpretações 
imprecisas na análise criminal. 
 
Objetivo: 
1. Entender como é feito o mapeamento da criminalidade e de que maneira ele 
pode influenciar no planejamento e nas pesquisas de segurança pública; 
2. Identificar os cuidados necessários na interpretação dos resultados da 
análise criminal. 
 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 3 
Conteúdo 
Mapeamento da criminalidade 
O mapeamento da criminalidade seria a representação visual da distribuição 
espacial dos dados de registros de delitos por meio de mapas. Essa é uma das 
técnicas mais utilizadas na análise criminal para a produção de conhecimento 
necessário ao planejamento operacional. 
 
Aliado às técnicas estatísticas de processamento de dados, o geoprocessamento 
torna-se ferramenta imprescindível na gestão da informação focada em 
prevenção e redução dos delitos. 
 
Muita coisa evoluiu desde a época em que os antigos mapas estáticos não 
podiam ser manipulados ou investigados e os pontos de criminalidade eram 
marcados com um conjunto de alfinetes (às vezes com cores e tipos diferentes 
para diferenciar o que se queria classificar). 
 
Ao longo dos anos, com a evolução da informática, o processamento de 
imagens passou a ser mais corriqueiro, o acesso a equipamentos e softwares 
ficou mais fácil, e o desenvolvimento de mapas, que antes levavam semanas 
para ficarem prontos, hoje pode ser feito com apenas alguns cliques. 
 
Normalmente, o processo de produção de um mapa criminal inicia-se com a 
coleta de dados dos registros criminais introduzidos no banco de dados. 
Realizado o processamento dos dados por meio de técnicas estatísticas para 
filtrar os delitos no período requerido ao estudo, utilizando-se um software de 
SIG, os dados são geoposicionados por meio da conversão do endereço em 
uma coordenada geográfica e, dessa forma, transferidos a uma base 
geográfica. 
 
As tecnologias mais recentes de manipulação de mapas permitem até que se 
construam mapas na web, como é o caso do WikiCrimes. O uso de sistemas de 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 4 
GPS para obter automaticamente informações sobre a área a ser patrulhada 
impacta substancialmente a qualidade do serviço prestado. 
 
Deve-se ressaltar que o mapeamento da criminalidade serve como um 
instrumento e mais uma fonte de informação disponível para o planejamento da 
atuação policial. 
 
Veja, um exemplo de uso da tela inicial do WikiCrimes. 
 
 
 
Atenção 
 Cabe observar que a produção com qualidade de tais mapas 
carece ainda de um processo de conscientização dos agentes 
para o preenchimento mais adequado das referências de 
localização. É comum ver a localização da ocorrência escrita com 
carência de dados, ou seja, de forma incompleta ou 
incompreensível. 
 
A partir da localização dessas informações, inúmeras medidas podem ser 
tomadas, como a identificação dos melhores recursos a serem empregados nas 
atividades de policiamento. Como afirma Azevedo (2012), “teoricamente, parte-
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 5 
se do pressuposto de que deva ser aplicado maior efetivo onde ocorrem mais 
crimes, mas é importante também considerar que a base de chamadas de 
emergência e as redes de apoio e atendimento locais também podem contribuir 
para produzir uma maior sensação de segurança”. 
 
Nesse sentido, Harries (1999, p. 7) ressalta que “os mapas e outros gráficos 
são basicamente figuras de informação, aquelas figuras proverbiais que valem 
mais que mil palavras. Se bem feitos, passam sua mensagem mais ou menos 
de uma só vez”. Acompanhe, a seguir, os meios de mapeamentos mais 
utilizados. 
Métodos de mapeamento mais utilizados 
Para Groff (2001, p. 34), existem diversos métodos de mapeamento criminal, 
sendo os mais comuns os seguintes: 
 
Hot spot (ponto-quente): 
É a metodologia mais utilizada na análise criminal. Representa os pontos com 
maior incidência de crimes, assumindo que essas localizações se manterão no 
futuro. Pode ser muito útil para a investigação do deslocamento do crime por 
comparar instantes do passado, como se estivéssemos comparando fotografias 
de um mesmo objeto, assim como para o planejamento; porém, teremos 
melhores resultados quando aplicado a séries temporais mais curtas 
(SPELLMAN, 1995). Para Adams-Fuller, características importantes de um hot 
spot são sua persistência e coincidência ao longo do tempo. 
De acordo Eck, et al. (2005), este método, parte do princípio de que se deve 
focar no mapeamento dos locais, as referencias da localidade, e não somente 
nas ocorrências criminais. Dessa forma, seria possível compreender porque em 
certos locais, há maior concentração de determinados tipos de crimes. 
Exemplo de um mapa de pontos para arrombamentos em Ipatinga, MG – 2003. 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 6 
 
 
Segundo Ainsworth (2001:88), o conceito de Hot–Spot seria. 
“Um Hot-Spot criminal é normalmente entendido 
como uma localização ou pequena área com 
fronteiras bem identificadas onde existe uma 
concentração de incidentes criminais, que excedem o 
normal para essa área; o termo pode também ser 
usado para descrever localidades que demonstram 
um crescimento da criminalidade num determinado 
período de tempo…” 
 
Repeat victimization (vitimização repetida):Também conhecida como hot dots, refere-se aos modelos preditivos de curta 
duração. Esse conceito aplica-se a pessoas ou locais que foram vítimas uma vez 
e que terão grandes chances de serem vitimadas novamente, sendo o tempo 
de projeção bastante curto, no máximo três meses. 
De acordo com Anderson et al. (1995), nesse método, temos a ideia de que os 
locais hot dots tendem a se transformar, em um futuro próximo, em hot spots. 
 
Métodos univariados: 
Essa metodologia utiliza o valor de uma determinada variável para realizar a 
previsão de crimes. Apesar de pouco usado, é um método atrativo por requerer 
pouca informação – por outro lado, a margem de erro é alta. Então, embora 
seja de fácil implementação, é pouco confiável. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 7 
A inclusão de outras variáveis, embora torne o método mais robusto, também o 
deixa mais complexo. 
 
Time span (lapso temporal): 
É um método relativamente novo associado à criminalidade segundo o qual se 
estuda o tempo decorrido entre ocorrências criminais. A ideia é o lag entre as 
ocorrências servir de previsão para a próxima ocorrência. É adequado para 
previsões de curto prazo. 
A principal dificuldade, conforme explica Ratcliffe (2000), em Aoristic Analysis, 
é, por vezes, ser difícil identificar o momento exato da ocorrência. 
 
Elementos de um mapa 
Os mapas apresentam, em geral, os seguintes elementos que ajudam a 
proporcionar consistência e clareza aos leitores: 
 
1 - Um título (ou legenda) 
para a descrição do mapa; 
 
2 - Uma legenda com 
símbolos e cores para a 
interpretação do conteúdo 
do mapa; 
 
3 - Uma escala para a 
tradução da distância no 
mapa em distância no solo; 
 
4 Orientação indicando a 
direção. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 8 
Tipos de informação dos mapas 
Os mapas podem fornecer uma ampla variedade de informações que inclui, 
dentre outras: localização, distância, direção e padrão de apresentação de 
dados pontuais ou de área. 
 
Cada tipo de dado significa coisas diferentes para usuários diferentes: 
 Localização: Tipo mais importante de informação que deve ser 
representada no mapa. É o local onde os fatos aconteceram ou onde 
podem acontecer 
 Distância: Não é muito útil como informação abstrata, mas precisa 
estar relacionada com outra variável, como, por exemplo, a distância 
entre os locais de roubo e recuperação de um automóvel ou o local de 
morte e ou residência da vítima. 
 Direção: Essa informação é mais útil quando relacionada à distância, 
embora não seja tão importante, utilizada apenas como descritivo (“a 
zona quente está se movendo para o norte”, por exemplo). 
 Padrão: Muito útil na análise criminal, a identificação de um padrão nas 
ocorrências criminais é uma ferramenta poderosa para a investigação. 
 
Mapa temático 
O que é um mapa temático? 
Como o próprio nome diz, trata-se de um mapa baseado em um tema 
específico. Esse tipo pode apresentar uma variedade infinita, sendo a maioria 
dos mapas mostrados pela mídia, os mapas de densidade demográfica, mapas 
sobre a situação dos impostos no mundo etc. 
 
 Os mapas temáticos são como um grande kit de ferramentas onde 
podemos selecionar aquela que melhor atende à nossa demanda. Os 
mapas temáticos podem ser quantitativos ou qualitativos. 
 Mapas quantitativos apresentam informações numéricas, como o número 
de crimes em uma área ou a taxa de criminalidade. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 9 
 Mapas qualitativos mostram dados não numéricos, como o tipo de 
utilização da terra ou características de vítima/criminoso, como homem 
ou mulher, jovem ou adulto etc. 
 
Normalmente, os analistas criminais utilizam ambos os tipos de mapa. Os 
mapas temáticos podem incluir quatro tipos de medidas: nominal, ordinal, 
proporção e intervalo. 
 
Medidas nominais 
Nomeiam itens em categorias não ordenadas, como raça. Se um mapa mostra 
vítimas de homicídio por raça, ele é um mapa temático qualitativo. 
 
Medidas ordinais 
Classificam características dos incidentes, vítimas ou transgressores, ou algum 
outro atributo (talvez área) de acordo com uma ordem. Assim, as áreas de 
patrulha ou distritos podem ser ordenadas de acordo com sua taxa de 
criminalidade, incidência de queixas ou idade média dos policiais. 
 
Escalas de proporção 
Distâncias medidas em polegadas, pés, jardas, milímetros, metros etc. – 
começam no zero e continuam indefinidamente (taxas de homicídio, por 
exemplo). 
 
Escalas de intervalo 
Apresentam valores, mas não mostram a proporção entre eles (uma escala 
para temperatura é um bom exemplo). Nós podemos medi-la, mas não 
podemos dizer que 80 graus é duas vezes mais quente que 40 graus. 
 
 
 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 10 
Os mapas temáticos, segundo Harries, podem ser classificados em: 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 11 
 
 
 
 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 12 
 
 
Como escolher o melhor tipo de mapa? 
Algumas decisões são muito claras, e outras dependem de interpretação. 
Se a intenção for ressaltar as diferenças de áreas dentro da estrutura policial, 
isso demanda um mapa do tipo coroplet. 
 
Se por exemplo, desejamos ter localizações precisas de um determinado delito, 
o mapa de pontos pode ser a melhor opção. 
A conexão entre as residências da vítima e do criminoso demanda uma 
representação linear. 
Um quadro geral do risco de crimes e incidentes é melhor visualizado através 
de um mapa de isolinhas ou de superfície, e a informação do censo que ilustra 
a relação entre pobreza e raça pode ser visualizada utilizando-se um mapa 
estatístico ou coroplet. 
 
Tendo em vista a infinidade de configurações e as características dos dados, 
podemos combinar diferentes tipos de mapas visando aumentar a quantidade 
de informações em um mesmo mapa, cuidando, no entanto, para não deixá-lo 
sobrecarregado e incompreensível. 
 
Interpretações imprecisas na análise criminal 
Conforme cita o Manual de Interpretação de Estatísticas de 
Criminalidade, elaborado pela Coordenadoria de Análise e Planejamento da 
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, em 2005, a interpretação das 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 13 
estatísticas criminais deve levar em consideração aspectos que exercem 
influência sobre o fato criminal, o exercício da atividade policial e o uso 
adequado das ferramentas estatísticas. 
Abaixo, reproduzimos alguns dos aspectos mais relevantes: 
 
1 – Sazonalidade e escolha do período base de comparação: os índices 
criminais estão sujeitos a variações de diversos tipos (climáticas, 
fenomenológicas ou cíclicas). Dessa forma, alterações das atividades sociais e 
econômicas implicam na inibição ou no favorecimento de determinados crimes. 
Por isso, é importante o cuidado na comparação estatística entre períodos, de 
modo que sejam utilizados intervalos equivalentes de tempo, por exemplo, o 1º 
trimestre de 2015 com o 1º trimestre de 2014. 
O período escolhido para a comparação estatística também pode “provar” um 
aumento ou uma redução da criminalidade, dependendo da interpretação. É 
importante tomar como regra que a escolha do período de comparação deve 
considerar um período normal, fugindo dos períodos atípicos, por exemplo: se 
compararmos o mês de junho de 2014 com junho de 2013 ou 2012, veremos 
distorções causadas pela Copa do Mundo de Futebol no Brasil. Deve-se evitar 
comparar períodos muito distantes entre si, afinal a dinâmica das mudanças narealidade social pode influenciar nos indicadores. 
 
2 – O problema da unidade de análise: é inadequado comparar taxas de 
criminalidade de uma região, como um bairro, com a de uma cidade, estado ou 
país. Por exemplo, se pegarmos as taxas de homicídio da cidade de São Paulo e 
as compararmos com as taxas de homicídio na França, os indicadores 
socioeconômicos serão bem diferentes. Recomenda-se que se comparem 
unidades territoriais que sejam equivalentes administrativamente: bairro com 
bairro, distrito policial com distrito policial, estado com estado etc. 
Sempre que possível, a comparação deve ser feita entre unidades com 
características sociais, econômicas e culturais semelhantes. Dependendo do 
delito estudado, ao fazer a comparação entre um bairro miserável e um bairro 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 14 
de classe alta, haverá diversas distorções que não terão aplicabilidade efetiva 
na análise criminal. 
 
3 – Cálculos de porcentagens e taxas com bases muito pequenas: em 
áreas onde a incidência criminal é baixa, isso é muito comum acontecer. 
Exemplo: ao se comparar um período em que temos um caso com outro 
quando ocorreram três casos, o aumento percentual daquele delito específico 
para a área será de 300 %. Por isso, é comum serem veiculadas manchetes 
alardeando aumentos elevados no percentual de crimes, que foram baseadas 
em números absolutos pequenos, transmitindo uma sensação de insegurança 
que nem sempre condiz com a realidade. 
4 – Tomar dados de notificação de crimes como se fossem o universo 
dos crimes: sabemos que por diversos motivos os cidadãos vitimados nem 
sempre relatam os delitos ocorridos, gerando uma subnotificação daquele tipo 
delituoso. Isso pode variar em decorrência de uma série de fatores, por 
exemplo: a criação de delegacias especializadas para atendimento à mulher 
pode incentivar o aumento da notificação, o que é positivo, mas, por outro 
lado, pode ser interpretado como um aumento da criminalidade. 
 
5 – Atividade policial: a produtividade policial mensurada por seus 
resultados, como veículos recuperados, cargas recuperadas, armas 
apreendidas, prisões efetuadas, cativeiros descobertos etc., pode aumentar em 
decorrência do aumento de crimes. 
 
6 – Certos indicadores refletem simultaneamente atividade policial e 
fenômenos criminais: o aumento de apreensões de armas ou drogas pode 
significar tanto um aumento da circulação desses produtos na sociedade quanto 
um aumento da atividade policial relacionada à repressão dos crimes por meio 
da intensificação das suas ações. 
 
7 – Diferenças conceituais entre as estatísticas de homicídio da 
Segurança Pública e outros órgãos: há divergências entre os números de 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 15 
homicídio apresentados pela Segurança Pública e pela Saúde. Nesse sentido, 
cabe esclarecer que, na esfera da Segurança, o registro da morte tem como 
documento principal o boletim de ocorrência com um enfoque criminológico, 
visando enquadrar o fato em um tipo penal, utilizando-se o local da ocorrência 
para referenciar o local da morte. Por outro lado, a esfera da Saúde tem como 
fonte principal de informação a declaração de óbito visando buscar a 
identificação das causas da morte sob um enfoque sanitário. 
Visando reduzir essa disparidade, algumas iniciativas plausíveis foram tomadas 
em alguns estados, como é o caso do Programa Pacto pela Vida, no estado de 
Pernambuco, por meio da experiência da utilização de pulseiras de identificação 
de cadáver, onde um número único facilita a contabilização e a integração das 
estatísticas dos diversos órgãos. 
Fonte: Gerard V. Sauret (2012). 
 
8 – Identificação de tendências: descontados os efeitos sazonais que 
podem influenciar na análise, em uma série estatística, quanto maior o número 
de observações consecutivas na mesma direção, maior a certeza de que se está 
diante de uma tendência. 
 
9 – Taxa de crimes por 100 mil habitantes: para que se permita a 
comparação entre unidades territoriais equivalentes ou em períodos de tempo 
muito distantes, o ideal é que se utilize uma taxa por habitante em vez dos 
números absolutos. Isso se deve ao fato de se crer que, à medida que aumenta 
a população, aumentam os crimes. 
Apesar de o estado mais populoso (São Paulo) ter um número absoluto de 
homicídios maior, usando-se a taxa por 100.000 habitantes, observa-se que ele 
possui relativamente menos homicídios que outros de menores população e 
valor absoluto de casos. 
 
10 – População flutuante e pendular: alguns locais, como áreas centrais, 
de intenso comércio e regiões turísticas, sofrem com o fenômeno da flutuação 
da população em alguns períodos, caracterizando-se uma distorção das taxas, 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 16 
caso não sejam considerados os números da população flutuante ou pendular 
no cálculo. 
 11 – Hierarquização de cidades, bairros e outros “rankings”: é comum 
vermos alguns periódicos utilizarem as estatísticas oficiais para elaborar 
rankings de cidades e estados. Deve-se tomar cuidado com rankings que não 
possuem nenhuma percepção sobre muitas variáveis que moldam o crime 
numa cidade ou região em particular, o que pode levar a interpretações 
simplistas ou incompletas da realidade, criar percepções enganosas e afetar 
negativamente cidades e seus residentes. 
 
Cuidados na interpretação das informações 
Antes de crermos em informações dispostas em gráficos, infográficos, mapas e 
qualquer outra representação de dados de uma pesquisa como sendo verdades 
incontestáveis, devemos confrontá-las com outras informações processadas 
acerca do mesmo dado. Esse cuidado decerto evitará transtornos na divulgação 
das informações colhidas, até mesmo das fontes mais fiáveis. 
 
É importante observar que as pesquisas elaboradas sob rigor científico, 
baseadas em uma metodologia coerente e ordenada, sempre explicitarão seus 
objetivos e os caminhos que conduziram os trabalhos ao resultado apresentado. 
 
Alguns problemas podem decorrer da interpretação errônea a respeito do 
assunto, deixando o resultado eivado de preconceitos. É o que podemos 
observar no ocorrido com a pesquisa de Indicadores de Percepção Social 
elaborada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do governo 
federal, e que ainda está tendo grande repercussão nos meios de comunicação. 
 
Em vários periódicos brasileiros ocorreram manifestações contrárias ao 
resultado da pesquisa. E praticamente todos incidiam em um aspecto, a escolha 
inadequada de algumas palavras no formulário de entrevista do pesquisador. 
Veja o que afirma o colunista Mauricio Tuffani: 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 17 
“Essas afirmações demonstram que os responsáveis pela pesquisa 
desconsideraram que, além de poder ser percebida como ‘justificativa’ ou 
aceitação do comportamento masculino agressivo contra a mulher, a expressão 
‘dá para entender’ também pode ser interpretada como compreensão do 
processo de formação dessa agressividade no comportamento masculino”. 
 
“[Em outro trecho da matéria.] Na verdade, pelo simples fato de ter sido 
construída com essa expressão, a questão é inadequada para uma pesquisa de 
opinião. E isso vale também para a outra frase apresentada aos entrevistados 
que trata sobre rasgar ou quebrar pertences de mulheres e está citada nesse 
mesmo trecho acima transcrito. Nesses dois casos, em vez de ‘dá para 
entender’, deveria ter sido usada outra expressão para identificar 
inequivocamente a tolerância à agressão”. 
 
Objetivamente, a terminologia utilizada na pesquisa, não foi bem empregada, 
permitindointerpretações diferentes do foco da pesquisa. 
 
Para piorar o cenário da pesquisa, o IPEA emitiu uma errata alegando que os 
dados no gráfico apresentado estavam trocados no relatório final e que, onde 
constam 65% de informantes em concordância sobre as mulheres merecerem 
ser atacadas, deveria ser de fato 26% o percentual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 18 
Outras opiniões sobre a pesquisa IPEA 
 
Marco Prates da Revista Exame afirma que a rigor a publicação da errata não 
traz grandes consequências práticas, já que se trata de uma pesquisa de 
opinião. No entanto, são imprevisíveis os efeitos sobre a percepção nacional, 
dada a dimensão que o levantamento atingiu. E, ainda, segundo ele, o erro 
afetou a imagem do Brasil no exterior: jornais e revistas das maiores economias 
do planeta repercutiram a informação, que ficou tachada como símbolo do 
grande machismo da sociedade brasileira. 
 
Várias pessoas aderiram à campanha #naomereçoserestuprada lançada 
pela jornalista Nana Queiroz, de Brasília, em que mulheres tiraram fotos em 
que, normalmente tampando os seios, apresentando a frase título do 
movimento. Foram milhares de adesões nas redes sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 19 
Atividade proposta 
A partir do conteúdo visto em aula, elabore um projeto de mapa criminal, 
focando na descrição dos elementos que ajudam a proporcionar consistência e 
clareza aos leitores. 
 
Chave de resposta: Não se esqueça de discorrer sobre elementos 
importantíssimos que auxiliam na leitura de um mapa, são eles: título (ou 
legenda) para a descrição do mapa; legenda com símbolos e cores para a 
interpretação do conteúdo do mapa; escala para a tradução da distância no 
mapa em distância no solo e orientação indicando a direção. 
 
Aprenda Mais 
 
Material complementar 
 
Para aprender mais sobre mapeamento da criminalidade acesse os links abaixo: 
http://www.mapadaviolencia.org.br 
http://andersonmedeiros.com/traducao-mapeamento-da-criminalidade/ 
 http://www.qgis.org/pt_BR/site/ 
Para saber mais sobre o WikiCrimes acesse o link abaixo: 
http://www.wikicrimes.org/main.html;jsessionid=5AE519F4A0B3F7983B0A642484C3E
6C8 
Para aprender mais sobre interpretação criminal acesse o link abaixo: 
http://www.ssp.sp.gov.br/media/documents/manual_interpretacao.pdf 
Para aprender mais sobre a taxa de crimes acesse o link abaixo: 
http://veja.abril.com.br/blog/ricardo-setti/tag/instituto-sangari/ 
Para saber mais sobre o caso da pesquisa IPEA acesse os links abaixo: 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 20 
http://veja.abril.com.br/blog/felipe-moura-brasil/2014/03/28/a-culpa-do-estupro-nao-
e-da-mulher-mas-a-da-confusao-e-da-pesquisa-do-ipea-essa-sim-merece-ser-
atacada/#.UzcqdOHruKU.facebook 
http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/ipea-reconhece-erro-em-pesquisa-de-estupro-
65-era-26 
http://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=2197
1 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 21 
Referências 
AZEVEDO, Ana Luísa Vieira de. Uso das estatísticas criminais e planejamento 
das atividades policiais: um estudo sobre a percepção dos profissionais de 
segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. FGV: 2012. Disponível em: 
http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/10171/Tese%20A
na%20Lu%C3%ADsa%20V.%20de%20Azevedo%20Vers%C3%A3o%20Definiti
va.pdf?sequence=1 Acesso em: 20 out. 2014. 
BOBA, Rachel. Crime analysis and crime mapping. United States: Sage 
Publications, 2005. 
BURKE, P. Violência urbana e civilização. In: OLIVEIRA, Nilson Vieira (org.). 
Insegurança pública: reflexões sobre a criminalidade e a violência urbana. São 
Paulo: Nova Alexandria, 2002. p. 32-50. 
CLARKE, Ronal V.; ECK, John E. Análise de Crime para solucionadores e 
problemas em 60 pequenos passos. Traduzido por Alessandro Souza Soares e 
revisado por Elenice de Souza. 
COHEN, Lawrence; FELSON, Marcus. Social change and crime rate trends: a 
routine approach. American Sociological Review, 44, 1979, p. 588-608. 
DANTAS, G. F. L.; PERSIJN, A.; SILVA JUNIOR, A. P. O medo do crime. 
Disponível em: www.observatorioseguranca.org/pdf/01%20(60).pdf Acesso em: 
02 fev. 2015. 
DANTAS, George Felipe. Velhas coisas sempre novas: os nove princípios de 
Robert Peel & Scotland Yard. 2002. Disponível em 
http://www.fenapef.org.br/htm/com_tribuna_exibe.cfm?Id=288 Acesso em: 29 
abr. 2005. 
FELSON, M.; CLARKE, R. V. Opportunity Makes the Thief: practical theory for 
crime prevention. Police Research Series Paper: London, Home Office, 1998. 
KEITH, Harries. Mapeamento da Criminalidade. U.S. Department of Justice, 810 
Seventh Street N. W. Washington, DC 20531. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 22 
ROLIM, Marcos. A Síndrome da Rainha Vermelha: policiamento e segurança 
pública no século XXI. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006. 
SÃO PAULO. Estatística de criminalidade: manual de interpretação. São Paulo: 
Secretaria de Segurança Pública; Coordenadoria de Análise e Planejamento, 
2005. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 23 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
O mapeamento da criminalidade aliado às técnicas estatísticas de 
processamento de dados é ferramenta imprescindível na gestão da informação 
focada na prevenção e redução dos delitos. Baseado nessa afirmação, marque 
a alternativa correta. 
a) Os mapas de criminalidade geram a distorção das inferências estatísticas. 
b) O processo de confecção de mapas de criminalidade se inicia com a 
coleta de dados dos registros criminais. 
c) Os dados dos mapas de criminalidade são geoposicionados pelo software 
Microsoft Word. 
d) Os mapas web como o WikiCrimes não podem ser manipulados. 
e) Um dos resultados do mapeamento da criminalidade é o aumento dos 
delitos. 
Questão 2 
“É a metodologia mais utilizada na análise criminal, representa os pontos com 
maior incidência de crimes, assumindo que essas localizações se manterão no 
futuro.” Com base no conceito, podemos afirmar que ele diz respeito a que tipo 
de método para confecção de mapas? 
a) Vitimização repetida 
b) Univariado 
c) Lapso temporal 
d) Hot spots 
e) Isolinha 
Questão 3 
Com relação aos tipos de mapas temáticos, analise as afirmações: 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 24 
Mapas quantitativos apresentam informações numéricas, como número de 
crimes etc. 
I - Mapas qualitativos mostram dados não numéricos, como tipo de terra ou 
características. 
II - Mapas estatísticos utilizam gráficos ou histogramas para auxiliar na 
visualização dos aspectos quantitativos dos dados. 
III - Mapas pontuais são aqueles que utilizam pontos para representar áreas do 
mapa, com pouca precisão sobre a localização. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I, II, III e IV 
b) I, II 
c) I, II e III 
d) I, II e IV 
e) II, III 
Questão 4 
Um mapa pode conter dados que possibilitem o entendimento do deslocamento 
de uma zona quente em um estudo temporal indicando uma direção. Nesse 
caso, que outra informação do mapa correlacionada à direção é importante 
para se entender o fenômeno criminoso? 
a) Hot spots 
b) Direção 
c) Localização 
d) Distância 
e) Padrão 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 25 
Questão 5 
Um mapa pode conter dados que possibilitem o entendimento do deslocamento 
de uma zona quente em um estudo temporal indicando umadireção. Nesse 
caso, que outra informação do mapa correlacionada à direção é importante 
para se entender o fenômeno criminoso? 
a) Hot spots 
b) Direção 
c) Localização 
d) Distância 
e) Padrão 
Questão 6 
As variações nos índices criminais podem descrever a influência de fatores 
climáticos, fenomenológicos ou cíclicos que implicam na inibição ou no 
favorecimento de determinados crimes. Identifique o nome que se dá a esse 
efeito. 
a) Sazonalidade 
b) Efeito padrão 
c) Porcentagem 
d) Hierarquização 
e) Efeito da unidade territorial 
Questão 7 
Considerando a tabela de unidades territoriais abaixo, marque a afirmação 
correta. <center><img src="imagens/a03_questao07.png" /></center> 
I - A unidade A possui a maior taxa de homicídio; assim, relativamente ao 
número de casos, C tem menos homicídios do que A. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 26 
II - A unidade A possui a maior taxa de homicídio; assim, relativamente ao 
número de casos, C tem mais homicídios do que A. 
III - A unidade A possui pouca equivalência com as outras cidades; por esse 
motivo, não é recomendado que entre nesse tipo de comparação. 
a) I, II 
b) I 
c) III 
d) I, III 
e) II 
Questão 8 
Ao longo do tempo, a evolução do crescimento da população e as mudanças 
sociais podem delinear um quadro de crescimento da criminalidade. A escolha 
adequada do período base para comparação estatística deve levar em 
consideração alguns aspectos; assim sendo, marque a alternativa correta: 
a) Deve-se tomar como base um período “normal”, quando valores não 
sejam nem muito altos nem muito baixos. 
b) Períodos atípicos, quando o crime está superestimado – dessa forma, 
haverá sempre a conclusão de que há uma tendência de queda da 
criminalidade. 
c) Períodos distantes entre si são mais adequados para a comparação, pois 
abrangem grandes mudanças administrativas. 
d) O mais adequado para a escolha do período base de comparação é 
marcar intervalos regulares de tempo descontando as sazonalidades e a 
população flutuante. 
e) Períodos atípicos nos quais o crime está subestimado – dessa forma, 
haverá sempre a ideia de que o crescimento populacional pode explicar o 
aumento da criminalidade. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 27 
 
Questão 9 
Ao longo do tempo, a evolução do crescimento da população e as mudanças 
sociais podem delinear um quadro de crescimento da criminalidade. A escolha 
adequada do período base para comparação estatística deve levar em 
consideração alguns aspectos; assim sendo, marque a alternativa correta: 
a) Deve-se tomar como base um período “normal”, quando valores não 
sejam nem muito altos nem muito baixos. 
b) Períodos atípicos, quando o crime está superestimado – dessa forma, 
haverá sempre a conclusão de que há uma tendência de queda da 
criminalidade. 
c) Períodos distantes entre si são mais adequados para a comparação, pois 
abrangem grandes mudanças administrativas. 
d) O mais adequado para a escolha do período base de comparação é 
marcar intervalos regulares de tempo descontando as sazonalidades e a 
população flutuante. 
e) Períodos atípicos nos quais o crime está subestimado – dessa forma, 
haverá sempre a ideia de que o crescimento populacional pode explicar o 
aumento da criminalidade. 
Questão 10 
Ao longo do tempo, a evolução do crescimento da população e as mudanças 
sociais podem delinear um quadro de crescimento da criminalidade. A escolha 
adequada do período base para comparação estatística deve levar em 
consideração alguns aspectos; assim sendo, marque a alternativa correta: 
a) Deve-se tomar como base um período “normal”, quando valores não 
sejam nem muito altos nem muito baixos. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 28 
b) Períodos atípicos, quando o crime está superestimado – dessa forma, 
haverá sempre a conclusão de que há uma tendência de queda da 
criminalidade. 
c) Períodos distantes entre si são mais adequados para a comparação, pois 
abrangem grandes mudanças administrativas. 
d) O mais adequado para a escolha do período base de comparação é 
marcar intervalos regulares de tempo descontando as sazonalidades e a 
população flutuante. 
e) Períodos atípicos nos quais o crime está subestimado – dessa forma, 
haverá sempre a ideia de que o crescimento populacional pode explicar o 
aumento da criminalidade. 
 
 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 29 
Aula 5 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - B 
Justificativa: A coleta de dados dos registros criminais é a primeira etapa de 
confecção de um mapa. Introduzindo os dados no banco de dados, realizando o 
processamento dos dados por meio de técnicas estatísticas para filtrar os 
delitos no período requerido ao estudo e utilizando um software de SIG, os 
dados são geoposicionados por meio da conversão do endereço em uma 
coordenada geográfica e, dessa forma, transferidos para uma base geográfica. 
 
Questão 2 - D 
Justificativa: O conceito apresentado é relativo ao método de confecção de 
mapas por meio do geoposicionamento dos pontos com maior incidência 
criminal. 
 
Questão 3 - C 
Justificativa: Somente o item IV está incorreto. Utilizam-se pontos para 
representar incidentes. Os mapas pontuais são provavelmente os mais 
utilizados pela polícia, na medida em que mostram a localização dos incidentes 
de maneira bastante precisa quando se utilizam dados no nível dos endereços. 
 
Questão 4 - D 
Justificativa: A distância do deslocamento de um hot spot é a informação que 
será importante numa análise para entender o fenômeno criminal, seus padrões 
e tendências ao longo do tempo, pois permitirá observar se reflete o resultado 
de ações de policiamento ou outras interveniências. 
 
Questão 5 - D 
Justificativa: A distância do deslocamento de um hot spot é a informação que 
será importante numa análise para entender o fenômeno criminal, seus padrões 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 30 
e tendências ao longo do tempo, pois permitirá observar se reflete o resultado 
de ações de policiamento ou outras interveniências. 
 
Questão 6 - A 
Justificativa: A sazonalidade pode explicar a variação dos índices criminais, pois 
alterações das atividades sociais e econômicas em determinados períodos 
podem inibir ou favorecer o acontecimento de crimes. 
 
Questão 7 - D 
Justificativa: Somente o item II está errado, tendo em vista que, relativamente, 
considerando a taxa de homicídios, de acordo com os dados da tabela 
apresentada, a unidade A possui mais homicídios do que a unidade C. Isso se 
deve a ideia de que se A tivesse a mesma população que C, baseado em seu 
histórico, proporcionalmente teria mais homicídios. 
 
Questão 8 - A 
Justificativa: Importante tomar como regra que a escolha do período de 
comparação deve ser um período normal, fugindo dos períodos atípicos; por 
exemplo se compararmos o mês de junho de 2014 com junho de 2013 ou 
2012, veremos distorções causadas pelo fato da realização do Copa do Mundo 
de Futebol no Brasil. Outra coisa é evitar comparar períodos muito distantes 
entre si, afinal a dinâmica das mudanças na realidade social pode influenciar 
nos indicadores. 
 
Questão 9 - A 
Justificativa: Importante tomar como regra que a escolha do período de 
comparação deve ser um período normal, fugindo dos períodos atípicos; por 
exemplo se compararmos o mês de junho de 2014 com junho de 2013 ou 
2012, veremos distorções causadas pelo fato da realização do Copa do Mundo 
de Futebol no Brasil. Outra coisa é evitar comparar períodos muito distantes 
entre si, afinal a dinâmica das mudançasna realidade social pode influenciar 
nos indicadores. 
 
 DADOS CRIMINAIS NA GESTÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA 31 
 
Questão 10 - A 
Justificativa: Importante tomar como regra que a escolha do período de 
comparação deve ser um período normal, fugindo dos períodos atípicos; por 
exemplo se compararmos o mês de junho de 2014 com junho de 2013 ou 
2012, veremos distorções causadas pelo fato da realização do Copa do Mundo 
de Futebol no Brasil. Outra coisa é evitar comparar períodos muito distantes 
entre si, afinal a dinâmica das mudanças na realidade social pode influenciar 
nos indicadores.

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