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História da Arte Geral - Pré-história à Idade Moderna

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História da Arte
A história da arte está relacionada à cultura dos mais variados povos existentes. Ela atravessa os tempos, criando e contando o passado e recriando o presente. A arte está presente a nossa volta e com ela compomos a história de uma sociedade. Cada objeto artístico apresenta uma finalidade. Desde a pré-história, o homem sempre criou elementos que o ajudassem a superar as suas necessidades e a vencer desafios.
Existem objetos do homem que representam os seus sentimentos, algo que a utilidade pública muitas vezes não consegue questionar, somente considera a sua beleza. Eles são conhecidos como obras de arte. Elas fazem parte da cultura do povo e são capazes de ilustrar situações sociais ou não.
A arte pode ser definida como fruto da criação do homem e de seus valores junto a sociedade. Dentro dela existem vários procedimentos e técnicas utilizadas para compor uma obra.Ela é uma necessidade que faz o homem se comunicar e refletir sobre as questões sociais e culturais dentro da sociedade.
Podemos identificá-las de todas as formas:
Arquitetura;
Música;
Cinema;
Teatro;
Dança;
Pintura,
Artesanato, etc.
Por quê Estudar História da Arte?
Mas, será preciso estudar a história da arte, se ela está em tudo que existe? Por que ela é importante?
Para responder a tais questões, é preciso estar disposto a aprender, a conhecer o mundo. Nela, aprendemos a refletir sobre as principais filosofias e os principais críticos da arte, assim como o estudo dos objetos artísticos e os diferentes contextos sociais. A partir daí, você estará apto para criar, criticar e entender os movimentos artísticos que surgem no decorrer dos anos.
Saiba que um artista não é só aquele que é criativo, mas aquele que cria objetos capazes de atender as necessidades e divulgar os seus pensamentos, assim como estimular outras pessoas e descobrir novas formas de fazer arte.
Nesse site, você descobrirá um pouco sobre o contexto histórico de cada movimento artístico que existiu, assim como a arquitetura, a escultura, a pintura e artes menores. Interaja nesse mundo artístico, navegue pela linha do tempo, conhecendo mais sobre a arte na Pré-História, Idade Antiga,Idade Média, Idade Moderna, Idade Contemporânea, Arte do Século XX, dentre outras. Descubra as manifestações artísticas que ocorreram ao longo da história.
Arte na Pré-História
A Pré-História é uma época anterior à escrita, iniciada pelo aparecimento dos primeiros hominídeos, entre 1.000.000 até 4000 a.C.
Não há nenhum documento escrito revelando algo sobre esse período. Pesquisadores, antropólogos e historiadores, por meio da arqueológia, fizeram estudos para desvendar os povos que viviam nessa época. Nos primórdios da humanidade, a formação da Terra, de acordo com os cientistas, é de cinco bilhões de anos. Já o início da vida na Terra começou a se formar depois de um bilhão de anos. E foi evoluindo. A Pré-História, conhecida também como Idade da Pedra ou Paleolítico Superior, foi o período mais longo da época, é dividido em três períodos:
Paleolítico Inferior – até 500.000 a.C. (caça e e coleta, instrumentos feitos de pedra, madeira, ossos, controle do fogo e surgimento dos primeiros hominídeos); 
Paleolítico Superior – aproximadamente 30.000 a.C. (pinturas e esculturas, objetos feito de marfim, ossos, pedra e madeira);
Neolítico – por volta do ano 10.000 a.C. (objetos feitos de pedra polida, início da agricultura, artesanato, construção de pedra e a primeira arquitetura), de 5.000 até 3.500 a.C. surge a idade dos metais, o final desse período, quando acontece o desenvolvimento da metalurgia, surgimento de cidades, invenção da roda, da escrita e do arado de bois.
As primeiras manifestações artísticas foram encontradas no Paleolítico Superior ou Idade da Pedra Lascada.
Idade da Pedra Lascada
O naturalismo era a forma dos primeiros artistas da Pré-História registrarem aquilo que viam.
Muitos dos desenhos se assemelhavam aos desenhos infantis, mas as técnicas reproduzidas por eles não devem ser encaradas dessa forma. Como principal característica da arte, temos o naturalismo. Naquele tempo o artista desenhava aquilo que ele estava vendo, e isso pode ser notado através das pinturas deixadas nas cavernas, ou pinturas rupestres. Os animais, a natureza e tudo que eles podiam captar, eles reproduziam.
Uma das explicações sobre isso é que as pinturas eram feitas por caçadores que acreditavam em princípios mágicos: se fizessem a pintura de um animal na parede, poderiam capturá-lo no dia seguinte.
Técnicas na Idade da Pedra Lascada
Mãos em negativo – feitas com argila no interior das cavernas, começaram a desenhar e pintar animais. O motivo era que através da pintura de animais, feita por caçadores, eles poderiam capturá-lo no momento de sua caça.
Interpretação da natureza – suas imagens produzidas nas cavernas revelam traços de força e movimentos para figuras de animais selvagens, como os bisontes e traços mais leves e frágeis, como cavalos.
Escultura – as mulheres eram as mais reproduzidas nas esculturas. Nelas, encontramos uma mulher com ventre e quadris volumosos, seios grandes e a cabeça se juntava ao corpo. Ex.:
Vênus de Savinhano;
Vênus de Willendorf.
Instrumentos – utilizavam para fazer as pinturas óxidos minerais, osso, carvão, sangue de animais e vegetais e também o pó proveniente da trituração de pedras para fazer as mãos em negativo.
Idade da Pedra Polida
Homem começa uma revolução no último período da Pré-História (Neolítico ou Idade da Pedra Polida), por volta do ano de 10 000 a. C.
Nesse período eles criavam armas e instrumentos com pedra polida, fato que deu o nome ao período. Com êxito, é o período em que eles começam a domesticar animais e dão os primeiros passos na agricultura. Além disso, os objetos com cerâmica, a fiação, o artesanato e a arquitetura começam a compor o cotidiano do homem na Pré-História. Os povos passaram a formar famílias e foi feita a divisão do trabalho.
Técnicas da Idade da Pedra Polida
Técnica de tecer panos;
Fabricação de cerâmicas;
Arquitetura: construção das primeiras casas;
Técnicas para a produção do fogo;
Trabalho com metais.
A partir dessa revolução, os homens se transformaram em camponeses, trocaram o sentido de caça pela livre abstração e racionalização, ou seja, a arte deixou de ser natural e passou a ser mais geométrica e simples. Surgiu, então, a primeira transformação da história da arte. Nessa época, os trabalhos cotidianos eram representados e sentia-se a necessidade de dar movimento às imagens.
Vê-se nas imagens, a representação de danças, relacionadas as suas crenças, a criação de figuras leves, rápidos, pequenas e com pouca cor. A partir desses desenhos começou a surgir a escrita pictográfica.
Escrita pictográfica: a representação de seres e ideias, através do desenho.
Outro fato era a produção de cerâmicas: a beleza era considerada e não apenas a utilidade do objeto. Ex.: Ânfora em terracota, da Dinamarca, e o Vaso escandinavo em terracota, encontradas na Escandinava e na Sardenha.
Idade dos Metais
Geralmente, as esculturas em metais eram representadas por guerreiros, mulheres cheias de detalhes que mostravam roupas e armas utilizadas no período.
Os homens que antes moravam em cavernas passaram a construir suas próprias casas. As mais conhecidas são os nuragues, os dolmens.
Técnicas da Idade dos Metais
A técnica da cera perdida;
Método da forma de barro.
Monumentos em Destaque
Stonehenge na Inglaterra, considerada uma dos monumentos mais impressionantes do período, é um mistério;
Templo de Gdantija, em Malta;
Cromeleque do Alamendres, Portugal.
Arte Rupestre
   
Conhecida também como gravura ou pintura rupestre, a arte rupestre surgiu durante o Paleolítico Superior (cerca de 40.000 a.C.) e simbolizava as manifestações artísticas dos povos antigos. Em 1902, pesquisadores concordaram que esses achados representavam aarte na pré-história.
Basicamente, eram representações gráficas, através de desenhos, símbolose sinais, em paredes, tetos e outras superfícies de cavernas. Esse tipo de arte é conhecido como a expressão artística mais antiga da história.
Extrato de folhas, sangue de animais e fragmentos de rochas eram utilizados para tingir na parede pinturas de seus próprios hábitos, como a caça de animais (acreditavam que a pintura de uma caça bem sucedida se refletiria na realidade), danças, lutas corporais e rituais.
Os costumes e a rotina do homem pré-histórico eram reproduzidos nas cavernas, de maneira individual, ou coletiva, até mesmo partos e relações sexuais eram registrados. Há estudos que investigam a possibilidade dessa atividade ser dotada de um sentido especial para o homem primitivo, pois a produção de arte rupestre se distanciava de suas aldeias.
A pintura rupestre não se limitava apenas a registros do cotidiano, mas abrangia também aspectos religiosos da pré-história. Círculos, espirais, cruzes e outros objetos geométricos eram pintados, tornando a interpretação disso mais complexa e misteriosa. Isso demonstra o desafio enfrentado por arqueólogos e paleontólogos envolvidos nas pesquisas a respeito.
Observa-se que naqueles tempos já havia noção de proporção na pintura e que o homem procurava destacar um objeto com diferentes tonalidades, apesar de ser totalmente desprovido de senso estético.
Arte Rupestre no Brasil e no Mundo
Em todos os continentes é possível observar a pintura rupestre e, através dela, os pesquisadores conseguem obter estudos e informações da cultura primitiva. São mais de 400 mil sítios arqueológicos que contêm arte rupestre.
No Brasil, por exemplo, é possível encontrar vários sítios de arte rupestre pré-histórica. O maior deles se encontra no Parque Nacional da Serra da Capivara, na cidade de São Raimundo Nonato, no estado do Piauí. Outros parques brasileiros com sítios de arte rupestre:
Peruaçu, em Minas Gerais;
Lagoa Santa, em Minas Gerais;
Rondonópolis, no Mato Grosso;
Cariris Velhos, na Paraíba e
Parque Nacional Sete Cidades, no Piauí.
Em outros países, é possível encontrar os sítios na Caverna de Les Trois-Frères, Complexo de Cavernas de Lascaux, ambos na França e a última uma das de maior reconhecimento mundial e patrimônio da Unesco, Caverna de Altamira, na Espanha e Vale Camonica, na Itália.
Apesar de ser considerado um patrimônio da humanidade, a arte rupestre não é devidamente preservada, principalmente a brasileira, pois sofre ação de queimadas e depredação turística. Veja algumas imagens da arte rupestre:
Idade Antiga
   
O período da Idade Antiga se estende de 4000 a.C. 476 d.C. Já haviam vestígios de civilizações bastante avançadas, mostrando estruturas de sociedades escravistas e de servidão coletiva.
O povo era marcado por uma realidade mística: a religiosidade dos egípcios, as buscas gregas pela perfeição, o retorno da natureza humana até a fundação do cristianismo e a religião oficial do Império Romano, por exemplo.
Esse período iniciou com a escrita avançada e se estendeu até a queda do Império Romano do Ocidente.
 
Arte Egípcia
A arte egípcia foi marcada pela escrita avançada que consistia na criação de símbolos, os hieróglifos. Sendo politeístas e crendo na vida após a morte, sua arte era voltada para a criação de túmulos para faraós, estátuas de deuses, vasos antigos e uma arquitetura baseada em suas crenças.
Arte Grega
A arte grega representava o homem como centro da perfeição e das obras de arte. Eram realizadas pinturas, estátuas, edificações e outros monumentos que valorizavam o ser humano em todos os aspectos.
Arte Romana
Influenciados pela cultura etrusta, a arte romana estava baseada na cultura greco-helenística. Foi uma arte fundamental que ajudou na preservação da arte grega. Ela se destacou, principalmente, na arquitetura com a construção de monumentos grandiosos, como teatros, templos, casas, etc.
Arte Paleocristã
A arte paleocristã era baseada em Jesus Cristo, de forma a difundir os seus ensinamentos para os povos. Teria começado na Judeia, uma província de Roma, e logo em seguida se disseminou para todo o Império Romano.
Arte Bizantina
A arte bizantina está baseada na reprodução das culturas greco-romana e oriental. Foi uma das mais expressivas no período governado pelo Imperador Justiniano.
Arte Egípcia
   
A arte egípcia por um lado, é marcada pela escrita avançada e pela religião. Ela foi capaz de determinar o modo de vida, as relações sociais e hierarquias, direcionando todas as formas de representação artística daquele povo.
Eles eram politeístas, ou seja, acreditavam em vários deuses e esses poderiam mudar o curso de vida de cada um. Acreditavam, também, na vida após a morte. Baseados nisso, vemos túmulos, estátuas e vasos que eram deixados com os mortos. Toda a arquitetura egípcia, como exemplo, as pirâmides, eram edificadas sob contruções mortuárias, as chamadas tumbas. Elas eram idênticas às casas onde os faraós habitavam em vida. As pessoas de classe social mais importante eram sepultadas nas mastabas, que deram origem às grandes pirâmides.
A classe social era dividida entre sacerdotes e faraós, fazendo parte da classe alta, e de comerciantes, artesãos e camponeses, e mais abaixo ainda da camada estavam os escravos. Esse império se iniciou com Djoser o Antigo Império (3200-2200 a.C.) seu contribuição foi transformar o Baixo Egito no centro do reino. O império é dividido em:
Antigo Império - 3200 a 2300 a. C.
Médio Império - 2000 a 1580 a. C. - as convenções e o conservadorismo mostravam esculturas e retratos que representavam a aparência ideal e não a real das pessoas.
Novo Império - 1580 a 525 a. C.
Destaques que marcaram a imponência e poder do faraó:
A pirâmide de Djoser, na região de Sacará, construída pelo arquiteto Imotep;
Pirâmides do deserto de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos, sendo a maior a primeira.
Esfinge do Egito Antigo: uma representação do faraó Quéfren, a mais conhecida.
Pintura Egípcia
A arte, no período era padronizada, pois seguia critérios religiosos; assim, não se fazia uso da criatividade ou da imaginação. As pinturas eram anônimas e não registravam o estilo do artista, mas o faraó. A primeira regra a ser seguida era:
A lei da frontalidade: era obrigatória e consistia na representação de pessoas com o tronco de frente, os pés, a cabeça e as pernas ficavam de perfil. Portanto, não era uma arte naturalista. Na escultura, apesar das convenções, as estátuas eram representadas de acordo com os traços particulares da pessoa, principalmente a posição que ocupava na sociedade, o seu trabalho e traços raciais.
Depois, no Médio Império, o Egito apresentava suas esculturas e retratos com uma aparência ideal e não real, como, por exemplo, os reis. Já no Novo Império, o ápice do crescimento egípcio, é marcado pela reconstrução de templos inacabados.
Um novo tipo de coluna, nos templos mais conservados, Carnac e Luxor em homenagem ao deus Amon, se destacavam, pois eram trabalhados com papiro e a flor de lótus. Um dos monumentos que se destacaram foi o Túmulo da rainha Hatshepsut;
Arte Grega
   
A arte grega foi considerada livre, pois valorizava o homem, como sendo o ser mais importante do universo. A inteligência humana era superior à fé, encontrada na civilização egípcia. O dia a dia, a natureza e as manifestações dos gregos eram retratadas na arte. Eles procuravam o equilíbrio, o ritmo, a harmonia, pois estavam em busca da perfeição.
Suas características são buscar a beleza das coisas, a superioridade do homem, a razão e a democracia.
Contexto da Arte Grega
Sua civilização se deu entre o século XII a.C e X a. C.
Na formação inicial, participaram os aqueus, jônios, dórios e eólios, depois foram se reunindo em grupos, chamados 'pólis' grega, os povos da Grécia continental e das ilhas do Mar Egeu. No início, eram uma sociedade pobre, mas depois enriqueceram, tiveram contato com a cultura egípcia e desenvolveram a sua própria arte.
A arte grega começou a se manifestar em quatro períodos:
Período Homérico (776 a.C.);
Período Arcaico (séculoVIII a VI a.C.);
Período Clássico (século V a IV a.C.);
Período Helenístico (século III a II a.C).
Escultura Grega
A arte grega é marcada pela sua escultura, no final do século VII a.C. No Período Arcaico, eles começaram a esculpir e mostrar a influência que a escultura egípcia tinha sobre eles. Estátuas eram perfeitas. Inicialmente, o material era feito com mármore, cujo nome era Kouros, que significa homem jovem. O escultor fazia com que a estátua fosse um objeto belo e não somente a estátua de um homem.
O escultor valorizava a simetria natural, assim como os egípcios e ele esculpia a figura de homens nus eretos, numa posição frontal. Mas, como não havia regras rígidas para sua produção, a escultura evoluiu: a escultura possuía a cabeça mais levantada, como em pose, o corpo descansava sobre uma das pernas e o quadril era um pouco mais alto que o outro. Um exemplo disso é a escultura de Efebo de Crítios.
Como o mármore se quebrava facilmente, por ser pesado, foi substituído pelo bronze, mais leve e permitia dar mais movimento à escultura. Um exemplo é a escultura do Zeus Artemísio, em que braços e pernas traduzem movimento; porém, seu tronco era imóvel.
O problema da imobilidade do tronco, também feita na estátua Discóbolo, de Miron, foi resolvido por Policleto, em sua escultura Doríforo, mostrando um homem pronto a dar um salto.
Arquitetura Grega
A arquitetura grega tinha um único objetivo: proteger as estátuas dos deuses das ações do tempo.
Em seus templos, uma das características era a simetria entre a frente e os fundos (pronau e opistódomo, respectivamente). E foi a partir deles que se iniciaram as colunas, cujo modelo era de origem dórica ou jônica.
Ordem Dórica: simples e maciça.
Ordem Jônica: mais detalhada e com mais leveza.
Ao longo da evolução da arquitetura, os elementos que compunham as colunas, junto com o entablamento poderiam variar, tanto é que foi criado um capitel coríntio para ser colocado no lugar de um capitel da ordem jônica, para enriquecê-la, por exemplo.
Havia um espaço chamado frontal, um telhado grego ornamentado por esculturas e ficava tanto na parte da frente quando na de trás do templo. Outra decoração se encontrava nas métopas, que eram decoradas com relevos de esculturas. E também, no friso, que possuía o problema por ser longo, mas foi resolvido no Partenon, quando o escultor utilizou o tema de uma procissão em honra à deusa Atena.
Pintura Grega
A pintura foi utilizada para decorar a arquitetura, nas métopas, substituindo as esculturas, e principalmente na cerâmica. Havia um equilíbrio entre os vasos e a pintura.
Anteriormente, esses vasos eram usados em rituais religiosos para armazenar coisas, depois passaram a simbolizar um objeto artístico. Pessoas e cenas mitológicas eram representadas na pintura, com uma técnica onde o pintor fazia as imagens em preto e com um instrumento pontiagudo.
Assim, os vasos produzidos mostravam a harmonia existente entre as cores, os desenhos e o espaço utilizado para a pintura.
O maior pintor da arte grega foi Exéquias, que teve como uma das principais e famosas obras "Aquiles e Ajax jogando". Dispondo os personagens de forma harmoniosa.
No ano 530 a.C., um discípulo dele revolucionou a forma de pintar em vasos: deixou o fundo negro e as figuras ficaram vermelhas, na cor do barro cozido, dando mais vivacidade às imagens.
Período Helenístico
No final do século V a.C., após a morte de Felipe II, rei da Macedônia, que dominou as cidades estados da Grécia, seu sucessor, Alexandre, O Grande, construiu um vasto império. Com sua morte, o seu império foi dividido em vários reinos que, segundo os historiadores receberam o nome de helenístico.
Nesse período, no século IV a.C., as características da escultura são:
Naturalismo: representada pela idade, personalidade, emoções e sentimentos;
Representação: a escultura traduzia a paz, a liberdade, o amor, etc;
Nu feminino: as figuras esculpidas de mulher, anteriormente eram sempre vestidas;
Princípio de Policleto: opor membros tensos aos relaxados combinando-os com o tronco, garante movimento e sensualidade. Ex.: Afrodite de Melo, Vênus de Milo, com uma nudez parcial e esse princípio.
As esculturas eram representadas em grupos: na segunda metade do século III a. C. Ex.: a cópia romana de 'O Soldado Gálata' e sua mulher, o original grego se perdeu. Feita de forma a ser bela vista de todos os ângulos e revelando uma carga de dramaticidade.
Obras Famosas do Período
Afrodite de Cnido, esculpida por Praxíteles;
Afrodite de Cápua, de Lisipo, representando a sensualidade de uma deusa com os troncos despidos;
Vitória de Samotrácia, marcou o século III a. C. Pela mobilidade, traduzida pelo vento, em suas vestes e com asas abertas, significando vitória.
Características da Arquitetura
O sentimento cidadão e democrático foi substituído pelo individualista;
Casas com mais conforto e espaço, no século IV a.C.;
O coro foi substituído pelo desempenho dos atores;
Mudança na estrutura dos teatros: o palco sofreu uma remodulação, no século II a.C., os atores eram representados isolados e destacados, aproximando-se mais do público. Desenvolveu-se mais tarde, com os romanos. Ex.: Teatro de Priene, no século II a. C.
Arte Romana
   
De acordo com os historiadores, a civilização romana teria surgido em 753 a.C., cercada por  lendas e mitos.
Assim, a arte romana teria sido influenciada pela cultura etrusca, arte popular que retratava o cotidiano; e pela cultura greco-helenística, expressando o ideal de beleza, entre os séculos XII e VI a.C., em diferentes regiões da Itália.
Ela foi importante, pois representou e, até hoje representa, o legado artístico dos romanos. Uma das áreas mais expressivas foi a arquitetura com a construção de anfiteatros, templos, aquedutos, muralhas, dentre outras construções que mostram a magnitude do que foi a civilização romana.
Arquitetura Romana
Uma das características da arquitetura veio da arte etrusca, por meio do uso do arco e da abóbada nas construções. Essas estruturas diminuiram a utilização das colunas gregas e aumentaram os espaços internos. Antes, se as colunas não fossem usadas, o peso do teto poderia causar tensões nas estruturas. O arco ampliou o vão entre uma coluna e outra e a tensão do centro do teto era concentrado de formas homogênea.
No final do século I d.C., Roma havia superado as influências desenvolvendo criações próprias.
Nas moradias romanas, as plantas eram rigorosas e eram desenhadas sob um retângulo. As estruturas gregas, eram admiradas pela elegância e flexibilidade e foram implantadas nessas moradias, o peristilo (espaço formado por colunas isoladas e aberto na lateral).
Os templos, tinham uma arquitetura diferente: no pórtico de entrada, havia uma escadaria, as laterais se diferenciavam da entrada e não tinham a mesma simetria. Utilizada pelos gregos, acrescentaram, então, os peristilos. Ex.: Maison Carré, em Níves – França, feita no final do século I a.C. As colunas laterais tinham ideia de um falso peristilo.
Para fugir da inspiração grega, romanos criaram templos, valorizando os espaços interiores, como exemplo o Panteão, em Roma, construída durante o reinado do Imperador Adriano. Ele é o primeiro templo pagão ocupado por uma igreja cristã, devido a sua estrutura arquitetônica.
Teatro Romano
Foram criados os anfiteatros, com o uso das abóbadas e arcos; um espaço era amplo e suportava muitas pessoas. O público se encontrava no auditório, sendo possível construir os edifícios em qualquer lugar. O evento que eles mais gostavam eram as lutas dos gladiadores e não era necessário um palco para apreciar o espetáculo. Em um espaço central elíptico era circundado pela arquibancada, com grande número de fileiras. Um grande exemplo é o Coliseu, em Roma, uma das sete maravilhas do mundo moderno.
Pintura Romana
Os pintores romanos usaram, ao mesmo tempo que o realismo, a imaginação, dando origem à obras que ocupavam grandes espaços, enriquecendo mais a arquitetura. A maioria das pinturas originou-se dacidade de Pompeia e Herculano e foram soterradas pela erupção de um vulcão. Elas desencadearam a quatro estilos de pintura:
1º estilo - Não era considerada uma pintura: as paredes eram pintadas com gesso, dando impressão de placas de mármore;
2º estilo - Descobriu-se que a ilusão com gesso poderia ser substituída pela pintura: os artistas pintavam painéis, com pessoas, animais, objetos sugerindo profundidade;
3º estilo - Valorização dos detalhes: no final do século I a. C., a realidade das representações foi trocada por detalhes;
4º estilo - Volta da profundidade, dos espaços: a ilusão dos espaços foi combinada a delicadeza, dando origem ao quarto estilo. Ex.: sala da casa dos Vetti, em Pompeia.
Escultura Romana
Na escultura, os romanos eram muito diferentes dos gregos em alguns aspectos. Apesar de apreciarem a arte, eles não representavam o ideal de beleza, mas a cópia fiel das pessoas, buscando retratar traços particulares. Um exemplo disso é a estátua do imperador romano, Augusto, criada por volta de 19 a.C.. Numa cópia do Doríforo, dos gregos, o artista detalhou as feições reais do Imperador, a couraça e as capas romanas. Essa preocupação também foi encontrada em relevos esculpidos, pois eles buscavam representar acontecimentos e pessoas que participaram dele. Ex.:
Coluna de Trajano: construída no século I da era cristã, apresenta a luta do imperador romano com os exércitos romanos na Dácia.
Coluna de Marco Aurélio: construída um século depois, retrata a vitória dos romanos sob um povo da Alemanha do Norte.
Sem dúvida, os romanos contribuíram muito com a arte, tendo um espírito prático e apto para construir teatros, templos, casas, aquedutos, etc. No início do século III, eles começaram a enfrentar lutas internas, por causa da entrada dos povos bárbaros. A preocupação com a arte diminuiu e no século V, o Império Romano entrou em decadência e foi dominado pelos invasores germânicos.
Arte Paleocristã
   
Surgiu após a morte de Jesus Cristo, onde seus discípulos começaram a espalhar os seus ensinamentos. Inicialmente, a mensagem foi espalhada apenas pela Judeia, província romana e depois se espalhou pelo Império Romano. Nesse período, houveram várias perseguições aos cristãos, que se iniciou no ano de 64, no governo do Imperador Nero e a mais violenta delas ocorreu entre 303 e 305 no governo de Diocleciano.
Devido a essas perseguições, os primeiros cristãos faziam a arte nas catacumbas, nas paredes e tetos, nos sepulcros, onde eram colocados os mártires.
Primeiro, as pinturas somente representavam a cruz (sacrifício de Jesus), a palma (martírio), a âncora (salvação) e o peixe (suas letras em grego são as iniciais do nome de Jesus) que eram os símbolos dos cristãos.
Logo depois, começaram a surgir cenas do Antigo e Novo Testamento, sendo que, em destaque, os artistas retratavam Jesus Cristo. A arte não era feita por grandes artistas, mas por pessoas comuns, convertidas à religião. Com o final das perseguições em 313, o Imperador Constantino se converteu à religião e permitiu que ela fosse livre e professada. Assim em 391, no governo do Imperador Teodósio, o cristianismo foi oficializado como a religião do império.
Os primeiros templos começavam a surgir com o nome de basílica, mantidos até hoje e eram feitos com mosaicos e pinturas na parede com os ensinamentos de Jesus. Havia, também, a necessidade de ampliação do espaço, já que o número de convertidos aumentara.
Um exemplo de templo, é a Basílica de Santa Sabina (construção: 422-432), em Roma. Essa arte, marca um novo período da história que se inicia simples, nas catacumbas, e se mostrará firme no decorrer da Idade Média.
Arte Bizantina
   
Constantinopla foi fundada em 330, pelo Imperador Constantino. Lá se localizava Bizâncio, uma antiga colônia grega que abrigava várias culturas (greco-romano e oriental), dando origem ao termobizantino para designá-las.
O império foi dividido em 395, pelo Imperador Teodósio:
Império Romano do Ocidente - a capital Roma, foi tomada pelos bárbaros completamente em 476 - início da Idade Média.
Império Romano do Oriente (Império Bizantino) - se manteve até 1453 com a tomada dos turcos da capital Constantinopla - início à Idade Moderna.
O império Bizantino teve suas manifestações no ápice, no governo do Imperador Justiniano, cujo reinado foi entre os anos de 527-565.
 
Características da Arte Bizantina
Expressão de poder, grandiosidade e riqueza. Ex.: Basílica de Santa Sofia, construída no governo de Justiniano;
O imperador era considerado sagrado e representante de Deus na Terra;
Uso da frontalidade, proveniente da arte egípcia, dava ideia de autoridade e respeito ao personagem;
Toda representação era rigorosamente recomendada pelos sacerdotes para os artistas: local das mãos, pés, dobras das roupas, etc., assim como o local dos personagens;
Personalidades oficiais, como o Imperador Constantino, era representado como personagens sagrados, como Jesus Cristo e seus apóstolos, e vice versa (Cristo aparecia como rei, etc.);
As basílicas eram construídas em planos quadrados sobre uma grande cúpula e havia equilíbrio entre as partes.
Ainda no governo de Justiniano, quando ele quis reunificar o Império Romano, século VI, iniciaram-se as guerras. A cidade de Ravena era ponto estratégico para conquista da Península Itálica, que foi conquistada em 540, e Ravena se tornou domínio bizantino na Itália. A cidade, antes da presença do Imperador, já havia tido contato com a cultura bizantina. Um grande exemplo disso é a construção do mausoléu da Imperatriz Gala Placídia.
Foi no governo dele que as obras bizantinas eram mais amadurecidas pela arte e após a sua morte, em 565, as dificuldades para manter o império unido eram nítidas. Ele permaneceu até o fim da Idade Média, com a tomada dos turcos, na invasão de Constantinopla, a capital.
Outros destaques: Criação de ícones, quadros que representam figuradas sagradas, cuja técnica utilizada era a têmpera (mistura dos pigmentos a uma goma orgânica, como a gema do ovo) ou encáustica (diluição dos pigmentos em cera derretida e aquecida no momento da aplicação), em alguns eram inseridas jóias e pedras preciosas.
Idade Média
Esse período, conhecido com Idade Média ou Idade das Trevas, iniciou-se em 476 e terminou em 1453.
No contexto histórico que começou na Europa, o Império Romano do Ocidente sofreu uma invasão bárbara, no século V, e houve uma decadência da cultura. Seus princípios eram diferentes dos pregados na arte greco-romana e essa arte se baseou no decorativismo, sem nenhuma preocupação com as figuras humanas. Até o governo de Carlos Magno a cultura greco-romana quase desapareceu.
Como o Império havia decaído, a Igreja começou a exercer sua influência sobre o Estado e o governo ficou nas mãos de Carlos Magno, um imperador do Ocidente, coroado pelo papa Leão III. No Império Carolíngio foram produzidos manuscritos ilustrados e também objetos de arte, criados nas oficinas relacionadas ao rei.
A Igreja Católica influenciou bastante na arte medieval. Ensinamentos da Bíblia eram reproduzidos nas pinturas, nos vitrais das igrejas, em livros e esculturas. Eles eram criados para ensinar a população sobre religião, pois a maior parte das pessoas eram analfabetas, sendo a educação, um privilégio apenas da nobreza. Depois da morte de Carlos Magno, as atividades culturais deixaram de ser o centro do Império, sendo realizadas apenas nos monastérios.
Arte Românica
A arte românica era um estilo artístico criado dentro de oficinas e surgiu nos séculos XI e XII, na Europa. Deixou vestígios de sua arte, principalmente, na arquitetura, que era uma das mais valorizadas no período, com a criação de grandiosas basílicas românicas que muitas vezes eram chamadas de fortaleza de Deus e castelos.
Arte Gótica
A arte gótica prevaleceu no século XVI quando os bárbaros invadiram o Império Romano. Era caracterizada pela criação das abóbadas de arcos cruzados, arcos quebrados, vitrais, dentre outros. Na pintura, o destaquemaior eram a reprodução da realidade.
Arte Românica
   
A arte era produzida nas oficinas, no governo de Carlos Magno e, com isso, um novo estilo chamado de Românico, começou a surgir, nos séculos XI e XII, na Europa.
Características da Arte Românica
Na época, era utilizado a abóbada, dois pilares e paredes grossas com pequenas aberturas (janelas);
Leveza e repouso originários das construções. Algumas davam a impressão de estar no céu.
As igrejas românicas são grandes e sólidas e, por esse motivo, eram chamadas de fortaleza de Deus;
Eram nessas igrejas que os peregrinos, que percorriam grandes distâncias para se chegar ao santuário desejado se hospedavam. Os mais procurados se encontravam em Jerusalém, Roma e Santiago de Compostela, na Espanha. Um dos pontos de parada era a basílica de Saint-Sernin, na cidade de Toulouse, uma das paradas obrigatórias para aqueles que iriam para Santiago de Compostela. Na arquitetura, a base é representada por uma cruz e no cruzamento entre os eixos se encontra uma torre elevada.
Arquitetura Românica
Havia dois estilos que se destacavam:
Abóbada de berço – um semicírculo simples, chamado de arco pleno, que era ampliado pelas paredes. Suas desvantagens eram a pouca luminosidade, por causa das janelas pequenas, o excesso de peso do teto, provocava desabamentos e era impossível a abertura de grandes vãos.
Abóbada de arestas – criada para superar o estilo anterior, essa abóbada possui uma insterseção, em âgulo reto, de duas abóbadas de berço apoiadas sobre pilares. Com esse estilo de abóbada não havia mais o problema da má iluminação e do peso do teto.
No Ocidente, não foram construídas grandes cidades. As pessoas preferiam a vida nos campos, nos vilarejos e nesses locais eram construídas as igrejas. Como o poder não vinha mais da nobreza, nesse período, a igreja que fazia a produção dos trabalhos artísticos.
Nessa época, havia muitos analfabetos e através das pinturas e esculturas feitas nas igrejas, as pessoas podiam entender um pouco das histórias bíblicas e comunicá-las a outros fiéis.
Em 910, um movimento de reforma se estendeu dos séculos XI e XII, na cidade de Cluny uma abadia de beneditinos (a maior igreja do período). Havia mais de mil mosteiros espalhados no final do século XII.
No século XVIII, a abadia foi quase totalmente destruída. Os religiosos da ordem de Cluny desenvolveram várias obras que podem ser apreciadas nos mosteiros. Um exemplo disso é o mosteiro de Saint-Pierre, em Moissac. Nele existem esculturas e colunas que marcam o estilo românico, sendo o local onde se encontra um dos mais bonitos portais românicos.
Na Itália, a arquitetura e a pintura fizeram história. Com a influência greco-romana na arquitetura, os artistas a tornaram mais leve e delicada, diferente da imponência nos outros lugares. Um grande exemplo é o conjunto da catedral de Pisa, onde se localiza a famosa Torre de Pisa. O prédio iniciou em 1063 e sua planta tem forma de cruz.
Na pintura, era utilizada a técnica do afresco, que consiste na pintura sobre a parede úmida.
A arquitetura românica, com seus grandes espaços, propiciava a presença da pintura chamada também de mural. Eram pintadas ilustrações dos livros religiosos, em conventos, mosteiros e igrejas, sobre a criação do universo e do homem. Esse tipo de pintura praticamente não tinha nada profano. Suas principais características são a deformação, em que eram expressos os sentimentos religiosos e a interpretação dos artistas sobre a realidade, e o colorismo, cores chapadas, meios-tons, jogos de luz e sombras.
Arte Gótica
   
O comércio começou a ser intenso no século XII e as pessoas começaram a se deslocar do campo para a cidade. Anteriormente, o modo de vida da população se concentrava no campo e nos mosteiros, onde a arte se desenvolvia. E, a partir daí, ela começa a se instalar nas cidades.
No início do século, a arte românica em seus grandiosos edifícios, ainda era predominante, mas no século XVI, surgiu uma nova arquitetura, chamada de gótica. DIzem que ela foi criada pelos bárbaros quando invadiram o Império.
O primeiro e grande exemplo de arquitetura gótica pode ser encontrado na França, na abadia Saint Denis, uma igreja construída por volta de 1140.
As características dessa arquitetura são:
A entrada, diferente da românica, que possui apenas um portal, enquanto a gótica possui três portais que dão entrada para o interior da igreja;
Todas as igrejas do século XII e XIV têm a rosácea, uma janela redonda encontrada no portal central;
Tudo é voltado para o céu, para Deus, por exemplo, as torres que possuem pontas agulhadas;
Os arcos góticos ou ogivais permitiram a construção da abóbada de nervuras, assim como os pilares, que proporcionaram paredes menos grossas para suportar a estrutura. Com a utilização desses arcos as igrejas puderam ser mais altas;
Uso dos vitrais;
Os tímpanos eram trabalhados minuciosamente com esculturas que narravam histórias e as colunas eram outro fator que atraía a atenção de um visitante;
Uso do arcobotante, arcos que transmitem o peso de uma abóbada para os contrafortes externos.
Obras de destaque:
Catedral de Notre Dame de Paris;
Catedral de Notre Dame de Chartres.
Na Alemanha, no século XIII, um estilo gótico começou a se desenvolver e um dos exemplos a ser citado é a Elisabethkirche, em Marburgo.
Escultura Gótica
Estando relacionada à arquitetura, nas grandes igrejas, é um manifestação artística que enriquecia mais as construções. Os ensinamentos eram dados muitas vezes através delas. As obras que se destacam são a estátua do Cavaleiro Medieval, mostrando a cultura da cavalaria e os seus traços. Encontramos algumas esculturas assinadas, no século XIII, como por exemplo, as de Giovanni Pisano, um artista italiano que esculpiu várias esculturas em igrejas. Um dos exemplos de suas obras está na escultura da Virgem e o Menino, livre de colunas ou qualquer outro suporte.
Manuscritos ilustrados e iluminura
Dentre os objetos preciosos, durante o século XII até o século XV, surgiram os manuscritos ilustrados. Em pergaminhos de livros, eram feitas as ilustrações. Eram elaborados com delicadeza e passavam por uma técnica especial.
Esses manuscritos eram preparados, principalmente, para os burgueses e aristocratas, representantes da classe rica da época. Eram feitas por artistas leigos nos mosteiros e estavam relacionadas aos livros da Bíblia. Uma delas foi a Bíblia chamada de moralizada, que possuía algumas passagens, compostas por ilustrações.
Pinturas Góticas
Às vésperas do Renascimento, a pintura gótica surgiu nos séculos XII, XIV e início do século XV. Geralmente, as pinturas buscavam representar os seres com realismo e tratavam de temas religiosos. Os principais artistas do período foram os que deram início à pintura do Renascimento:
Giotto - os santos eram reproduzidos como seres humanos com simplicidade. A visão humanista, na qual o homem é o centro de todas as coisas, começava a surgir nas pinturas dos artistas. As obras mais importantes foram os Afrescos da Igreja de São Francisco de Assis, localizada na Itália e o Retiro de São Joaquim entre os Pastores.
Jan Van Eyck - ele retratava a vida da sociedade da época, registrando as paisagens urbanas e as suas características e detalhes. As obras mais importantes são O Casal Arnolfini e Nossa Senhora do Chanceler Rolin.
Idade Moderna
   
Idade Moderna é o período compreendido entre 1453 a 1789 - data que marca o início da Revolução Francesa.
Os principais acontecimentos que marcaram o período foram expansão marítima, reforma religiosa, renascimento, absolutismo, iluminismo, revolução francesa.
Essa arte acontece em meio a grandes transformações, com parte da história do Ocidente. Em 1453, temos a queda do Império com a tomada dos turcos pela capital Constantinopla. Esse foi um período de muitas transições, de revoluções e substituição do sistema feudal para o sistema capitalista.
O Renascimento, sem dúvida, foi um dos movimentosque mais influenciou a arte moderna. E não somente, a arte, mas nas áreas científicas, filosóficas, literárias, urbana e comercial.
No final da Idade Média, a arte moderna já se iniciava, sendo uma forma de preparação para o renascimento de um novo marco na história da arte.
Renascimento
O Renascimento é um período da história da arte que revolucionou várias áreas do conhecimento, trazendo novamente o retorno da arte greco-romana. A pintura renascentista foi uma das que se destacou, revelando grandes talentos e obras de artes impressionantes.
Barroco
O Barroco teve inicio na Itália e foi uma arte focada na valorização dos elementos das artes anteriores e também das emoções e sentimentos humanos. Foi neste período que aconteceu a Reforma Protestante e a Contrareforma que influenciou muito neste estilo.
Rococó
O Rococó valorizava os traços decorativos e ornamentais. Era voltada para a nobreza, um público que apreciava demasiadamente a ornamentação de seus espaços.
Renascimento
Na Itália, a partir do século XIV, o renascimento se inicia de 1300 a 1650. Esse foi um período marcante na história e representou muito mais do que a simples volta da arte greco-romana.
Cientificamente, o homem buscava abrir o pensamento e formular hipóteses e teorias, deixando o lado religioso e valorizando mais o homem. Foi nesse período que surgiu o Humanismo.
A Arquitetura Renascentista
A arquitetura buscava a ordem e equilíbrio, um exempo é a igreja de Saint Peter, em Roma. Eles queriam se livrar da grandiosidade buscada pelas catedrais góticas. Foi estabelecido, portanto, princípios matemáticos, que faziam com que o observador enxergasse a arte de qualquer ponto que observasse.
Um exemplo que encontramos é na reformulação da abóbada da catedral de Florença, feita pelo arquiteto Brunelleschi, em 1420. Através da geometria e suas regras, uma nova arquitetura pode mostrar a harmonia e a constância em que o homem produzia a sua arte.
A Pintura Renascentista
Na pintura renascentista, o homem, por meio das técnicas que já haviam sido feitas na arte gótica, começaram a fazer uso do realismo, da perspectivae do claro-escuro. Faziam isso através dos princípios da matemática e da geometria e, através do volume e as técnicas anteriormente citadas. A pintura se aproximava do realismo. Cada artista possuia seu estilo e individualidade e não estavam presos às regras como os artistas da Idade Antiga.
Artistas famosos
Masaccio (1401- 1428) - foi o primeiro artista a reproduzir a realidade através da pintura. As obras que se destacaram foram: Adão e Eva Expulsos do Paraíso, São Pedro Distribui aos Pobres os Bens da Comunidade e São Pedro Cura os Enfermos.
Fra Angelico (1387- 1455) - esse artista seguiu o mesmo estilo das pinturas de Massacio, mas devido a sua religião cristã suas obras ganharam religiosidade. As principais foram: O Juízo Universal e Deposição (o ser humano se mostra submisso à vontade de Deus), Anunciação (as figuras começam a ganhar volume).
Paollo Uccello (1397- 1475) - em suas obras, busca representar o mundo de acordo com seu conhecimento científico da época e também na utilização de princípios matemáticos. Principais obras: São Jorge e o Dragão(retratando as fantasias medievais), Batalha de São Romão (os cavalos parecem refrear no momento da largada, dando ideia de movimento).
Pierro della Francesca (1410- 1492) - ele utilizava princípios geométricos, excluindo os sentimentos humanos e valorizando o jogo de claro-escuro. Principais obras: Ressurreição de Jesus (o grupo de figuras pintadas compõe uma pirâmide), o díptico (tipo de quadro) que retrata o Duque Frederico de Montefeltro e sua esposa Battista Sforza (redução das figuras às suas formas geométricas)
Botticelli (1445- 1510) - a beleza era proveniente da graça divina, dos deuses e as pinturas apresentavam um ar gracioso. Principais obras: Nascimento de Vênus (ele transforma a deusa do amor no símbolo de pureza e verdade), A Primavera (representação paganismo e jogo de cores).
Leonardo da Vinci (1452-1519) - foi um pesquisador e contribuiu para diversos trabalhos, que auxiliaram no estudo da perspectiva, da Anatomia Humana e das proporções matemáticas. Dominou a técnica de luz e sombra e da pespectiva. Principais obras: O afresco da Santa Ceia, Anunciação, Gioconda e Santana, A Virgem e o Menino, A Virgem dos rochedos.
Michelangelo (1475-1564) - foi aprendiz de um renomado pintor de Florença e logo aos 13 anos, já entendia sobre o padrão grego de beleza e a filosofia de Platão. Suas obras apresentavam imagens do Antigo Testamento, com o foco na criação do homem.
Rafael Sanzio (1483-1520) - um dos melhores pintores que soube reproduzir o ideal de beleza grega, assim como, as suas regras. Era um exemplo para o ensino acadêmico de pintura, ele transmitia um equilíbrio e segurança por meio de suas obras. Uma das características era não exagerar no detalhes e valorizar os espaços entre as figuras. Principais obras: A Libertação de São Pedro, A Transfiguração e a Escola de Atenas.
Escultura na Renascença
Os artistas que se destacaram foram: Michelangelo, citado anteriormente, e Verrocchio.
Andréa del Verrocchio (1435-1488) - foi o primeiro escultor a utilizar o jogo de luz e sombra nesse tipo de arte. A sua principal obra foi Davi, um personagem bíblico, que enfrentou um gigante, chamado Golias. A escultura foi feita em bronze e ele destacou o heroísmo do personagem para melhor enfatizar a força que vinha de dentro dele. Esse fato não pode ser percebido na arte grega.
Essa capacidade de transmitir o sentimento de um personagem na obra também faz parte do conjunto de obras escultóricas, a Pièta, de Michelângelo. Eles conseguem registrar os sentimentos, a beleza, o tempo e outros elementos de uma nova arte conflitante, que ainda estava por vir.
Barroco
   
Iniciou-se na Itália e através dessa arte, os ensinamento cristãos puderam ser espalhados de uma forma diferenciada. Ela surgiu no século XVII e suas características enfatizaram as transformações ocorridas na Idade Moderna.
Foi no século XVI que ocorreu a Reforma Protestante, originando os Estados Nacionais e os governos absolutos, onde cada nação deveria se libertar do poder que a igreja católica possuia no período.
Eles reagiram com a Contrareforma, se fortalecendo e fazendo belas composições arquitetônicas, como as igrejas. O Barroco não demorou muito a chegar às Américas e foi através dele que a razão, proposta pelo renascimento, começou a se diluir. A grande característica da arte barroca é o uso das emoções.
Pintura Barroca na Itália
Disposição de elementos dos quadros, que sempre forma uma composição em diagonal;
Contraste de claro-escuro nas cenas, o que intensifica a expressão dos sentimentos;
Realismo, retratando não só a vida na burguesia, mas a vida do povo simples.
Principais Pintores do Barroco
Tintoretto (1515-1549), pintou temas religiosos, mitológicos e retratos, sempre com duas características bem marcantes: focou nos corpos, mais do que os seus rostos; a luz e a cor têm grande intensidade. O conjunto que formava personagens e as cores deveriam ser vistas primeiro e depois os detalhes.
Caravaggio (1573-1610), ele procurava retratar vendedores, os músicos ambulantes, as pessoas comuns. Para ele, não havia diferença entre a beleza do povo e das classes ricas. Havia pinturas em que ele utilizava a luz para chamar a atenção das pessoas. Por essa característica, foi considerado o criador do estilo iluminista.
Andréa Pozzo (1642-1709) pintou em tetos de igrejas e de palácios. Usava um efeito decorativo, detalhista e suas obras davam a ideia de que o céu estava perto ou se abrindo.
Escultura Barroca
Há a exaltação de sentimentos. As formas procuram expressar os movim
entos e recobrem-se de efeitos decorativos. Predominam as linhas curvas, os drapeados das vestes e o uso do dourado. Os gestos e os rostos das personagens revelam emoções violentas e atingem uma dramaticidade desconhecida no Renascimento.
Principais Artistasdo Barroco
Bernini (1598-1680) foi um dos mais completos artistas do Barroco, pois era arquiteto, urbanista, pintor, escultor e decorador. Principais Obras: O baldaquino e a cadeira de São Pedro e a obra que desperta maior emoção religiosa - Êxtase de Santa Tereza, escultura feita para uma capela da igreja de Santa Maria della Vittorio, em Roma.
Arquitetura Barroca
Teve seu início no século XVII e realizou-se principalmente nos palácios e igrejas.
Quanto ao estilo da construção, os arquitetos deixam de lado os valores de simplicidade e racionalidade, típicos da Capela Pazzi, de Brunelleschi, por exemplo, e insistem nos efeitos decorativos, pois no Barroco "todo muro se ondula e dobra para criar um novo espaço".
Disso, resultou a preocupação paisagística com os grandes jardins dos palácios e com a praça das igrejas, como por exemplo, a praça de Saint Peter, em Roma.
Rococó
   
Rococó, do francês rocaille que significa concha, era uma maneira utilizada para decorar jardins com conchas e rochas.
É a fase do Barroco compreendida entre 1710 e 1780, quando os valores decorativistas e ornamentais são exaltados tanto pelos artistas quanto pelos apreciadores da arte.
Houve a expressão de sentimentos agradáveis e a procura do domínio da técnica de uma execução perfeita. Teve início na França, no século XVIII e difundiu-se a seguir por toda a Europa. No Brasil sua manifestação se deu no mobiliário, conhecido como"estilo de Dom João V".
 
Principais diferença entre Barroco e Rococó
Entre este estilo e o Barroco, temos algumas diferenças:
• As cores fortes no Barroco são agora suaves e de tom pastel;
• As linhas retorcidas ficam de lado e há a busca de formas mais leves e delicadas.
A arte da classe alta da época
Com os problemas do cotidiano, muitos artístas procuravam na arte, amenizar as situações conflitantes do seu dia a dia. Eles a faziam para a sociedade rica da época, que se preocupavam muito com a ornamentação dos espaços. As obras foram se distorcendo com a morte de Luís XIV, século XVII, na França, momento em que a aristocracia pagava e protegia os artistas para atender às suas necessidades.
Arquitetura Rococó
Manifestou-se principalmente na decoração dos espaços interiores. Essa decoração era detalhada e bem ornamentada e um exemplo são suas salas e os salões. Os artistas procuravam fazer uma arquitetura diferenciada nessas áreas, com formato oval, paredes com pinturas luminosas e suaves, espelhos, florais, etc. Já por fora dos edifícios, eles amenizavam na decoração. Exemplos: O Hotel de Soubise, construído por Germain Boffrand e decorado por Nicolas Píneau, o Petit Trianon.
Existem lugares da Europa que não sofreram a diferenciação entre o Barroco e o Rococó, pois o Barroco veio aos poucos atingindo os outros países e conseguindo se consolidar, apenas, no século XVII. Nesse período, os artistas já estavam influenciados com o Rococó. . Como um exemplo de obras arquitetônicas temos: Palácio Episcopal e a igreja de Vierzehnheiligen, projetado pelo arquiteto Balthazar Neumann e pintura no teto por Giambatista Tiepelo, o mais importante dos decoradores do Rococó.
Pintura Rococó
Na pintura, ao invés de temas mitológicos ou religiosos, eles retraram cenas mundanas, compondo o plano de fundo, os parques e os jardins, assim como, os espaços internos de luxo. Eles procuravam dar uma ar mais luminoso a obra e nesse período, surgiu a técnica do pastel. Com essa técnica, é possível fazer efeitos delecados e leves nas roupas femininas, na pele, nos cabelos e outros pontos.
Principais Pintores do Rococó
Antoine Watteau (1684-1721) por causa de seus quadros amorosos, ele se tornou um dos pintores que mais retratou o estilo. Essas cenas que ele reproduzia não se limitava a temas religiosos e históricos. Principal obra: Embarque para Citera que mostra a elegância dos nobres do século XVIII.
Jean-Baptiste Siméon Chardin (1699-1779), em melhor situação econômica que Watteau, seus quadros, saiam do mundo da fantasia e procuravam retratar a vida da burguesia da época. Em seus quadros era utilizado uma composição nítida e única de todos os elementos.
Escultura no Rococó
Na escultura, esse estilo, veio substituir a energia da arte barroca por linhas suaves. Por meio dela, são retratadas as pessoas mais influentes da época. Houve, também, a criação de estatuetas decorativas, quando os cientistas Tischirnhaus e Boettger inventaram a porcelana. Os escultores decorativos que se destacam são: François Boucher e Étienne Maurice Falconet, que criaram modelos de pequenas estatuetas reproduzindo temas mitológicos, etc.
Biblografia: http://historia-da-arte.info/

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