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Parte_5/8_-_Sinais_de_fertilidade

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Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 87
13 AVALIAÇÃO DE BOVINOS PELA EFICIÊNCIA FUNCIONAL 
 A morfologia ou fenótipo do animal ou ainda as características como tamanho 
do esqueleto, desenvolvimento muscular, acúmulo de gordura e cor do pêlo, são todas 
predeterminadas geneticamente. Estas características podem ser modificadas 
posteriormente pela interação entre a herança e o meio ambiente, incluindo o 
ambiente onde se desenvolve o feto. Esta interação determinará como serão os 
órgãos internos, qual será o tamanho dos membros, com que altura o animal ficará, 
qual será a cor dos pêlos, como será o desenvolvimento de seu esqueleto, sua 
musculatura e o acúmulo de gordura. Portanto, os genes vão agir para determinar o 
funcionamento das glândulas endócrinas que atuarão na fisionomia da estrutura 
corporal. 
 O potencial genético da pituitária, tireóide, glândulas suprarrenais, ovários e 
testículos também são determinados no momento da concepção. O genótipo 
determinará como funcionarão as glândulas endócrinas, que atuarão sobre a 
morfologia dos animais. Se houver mau funcionamento em alguma glândula, o 
desequilíbrio hormonal se refletirá em toda conformação do animal, modificando-o. O 
desenvolvimento do animal, da concepção até a idade adulta, será determinado pelas 
glândulas endócrinas, tecidos, sistema nervoso central e hipotálamo, determinando a 
conformação e a formação dos tecidos muscular, gorduroso e ósseo, bem como o 
funcionamento do úbere. 
 Se o animal for estimulado via sistema nervoso central, o hipotálamo 
estimulará as glândulas endócrinas. Estas enviarão um impulso ao sistema nervoso 
central causando determinados tipos de comportamento. O sistema nervoso central 
atua através de mecanismos termorreguladores e estímulos da pituitária. A expressão 
do genótipo em fenótipo é o resultado da ação das glândulas endócrinas sobre o 
complexo de genes definidos no momento da fecundação. 
 A interação entre as glândulas endócrinas ocorre através da pituitária, que 
secreta gonadotrofinas, hormônios estimuladores das gônadas, testículos e ovários. 
As gonadotrofinas da pituitária influi diretamente sobre as células intersticiais dos 
testículos e estas por sua vez produzem testosterona, hormônio sexual masculino, que 
determina os caracteres sexuais secundários do macho. Se em qualquer momento 
ocorrer uma ruptura nesta cadeia de reações entre hormônios, haverá um reflexo na 
morfologia corporal do animal, o mesmo ocorrendo com as fêmeas. A determinação do 
potencial genético completo do animal e suas interações está resumida na Figura 1. 
 Outro hormônio trófico da pituitária é a corticotrofina, cujos efeitos sobre o 
córtex da suprarrenal se refletem no crescimento do pêlo, no metabolismo dos 
carboidratos e nas características sexuais masculinas e femininas. A glândula tireóide 
tem papel central no metabolismo do animal. Se qualquer das funções hormonais for 
interrompida severamente, haverá reflexos na conformação do animal. 
 Os hormônios secretados pelas gônadas têm influência sobre as 
características sexuais secundárias do bovino, tanto macho quanto fêmea. Por 
exemplo, os hormônios sexuais masculinos definem a masculinidade da cabeça. No 
touro há pêlos mais grosseiros na cabeça e parte superior do pescoço, um tipo 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 88
especial de pêlo no bordo inferior do pescoço, na parte superior dos membros 
dianteiros, região média inferior do costado e a parte baixa da coxa. Além disso, o 
som emitido pelos animais é próprio, isto é, quando um animal muge, pode-se fazer a 
distinção se é touro, novilho ou vaca. 
 
 
 
 
 
 Os hormônios sexuais masculinos têm influência direta sobre o 
desenvolvimento muscular. A musculatura do costado do tourinho é maior do que o da 
fêmea ou do novilho. Como os hormônios sexuais masculinos dão a expressão visual 
exterior de masculinidade, qualquer desequilíbrio ou diminuição da secreção dos 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 89
hormônios fará com que o touro perca a aparência de um macho normal. A ossificação 
das epífises depende da secreção de estrógeno na vaca e de testosterona no touro. 
Os hormônios sexuais influem no desenvolvimento dos órgãos sexuais e também da 
libido. Os produtos finais dos hormônios são eliminados através dos rins e são 
excretados também pelo fígado na bílis. A Figura 2 mostra onde estão localizadas as 
diferentes glândulas endócrinas em uma vaca e como atuam entre si, cujas relações se 
visualiza na morfologia externa do animal. 
 
 
 
FIGURA 2 - Localização das diferentes glândulas endócrinas (BONSMA, 1966). 
 
 
 Os hormônios sexuais que são esteróides (compostos químicos lipídicos) são 
absorvidos ou diluídos pela gordura de um animal muito gordo. Estes hormônios se 
encontram secretados na bílis desses animais e são absorvidos pelo tecido adiposo e 
excretados pelo fígado. Abaixo estão descritas a ação de cada hormônio no 
desenvolvimento dos bovinos. Na Figura 3 está demonstrado a interação entre 
glândula pituitária e gônadas. 
 A epífise ou a linha da cartilagem epifisial, cujo extremo ao osso se desenvolve 
em comprimento, se ossifica quando o animal chega a puberdade e a fase adulta. O 
tempo de ossificação depende do equilíbrio hormonal, de modo que a secreção de 
estrógeno na fêmea e testosterona no macho estimula a ossificação e o 
desenvolvimento total do animal, que se detém quando cessa o crescimento dos ossos. 
Se a ossificação é tardia, o animal segue crescendo e fica cada vez mais alto; por isto 
se faz objeção aos animais com altura demasiada. Um animal deve ser amplo, mas não 
alto ou com membros longos em demasia, pois é indicativo de animal que não tem 
controle hormonal. 
 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 90
 
 
FIGURA 3 - Resposta hormonal em bovinos (BONSMA, 1966) 
 
 
 Na Figura 4 observa-se a montagem de um fêmur esquerdo de uma vaca que 
alcançou a puberdade, enquanto na Figura 5 estão a escápula e o metacarpo de uma 
vaca fértil e outra subfértil. 
 Os hormônios do ovário determinam a formação do úbere. Quando as novilhas 
alcançam a puberdade inicia-se o desenvolvimento do úbere. Esta é a forma que se 
pode prever quando o organismo do animal está funcionando normalmente. Na vaca, os 
hormônios sexuais determinam a ossificação dos ossos longos. A relação entre os 
diversos ossos e o corpo influirá na masculinidade ou feminilidade, respostas 
diretamente relacionada à função da gônada. 
 A glândula pituitária, situada acima do palato e abaixo do cérebro, secreta 
hormônios que influenciam a tireóide e o metabolismo geral, assim como as glândulas 
suprarrenais, especialmente o córtex. O córtex da suprarrenal elabora o hormônio 
sexual andrógeno, que estimula a atividade sexual. Também produz hormônios que 
causam melanização (escurecimento) e também engrossamento dos pêlos nos touros, 
dando-lhes uma marcada aparência masculina. A pituitária secreta hormônios que 
influem diretamente sobre os testículos, os ovários e o crescimento dos ossos longos. 
A somatotrofina é o hormônio que estimula o desenvolvimento total. 
 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 91
 
 
FIGURA 4 - Ossificação dos ossos longos em bovinos. 
 
 
 
 
FIGURA 5 – Escápula acima e metacarpo abaixo de vaca fértil e subfértil (BONSMA, 
1966). 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 92
 Na Figura 6 estão apresentados os ossos dos membros dianteiros de uma vaca 
fértil e outra subfértil, denotando delicadeza nos ossos da vaca fértil a direita. 
 As escápulas e os metacarpos foram extraídos de duas vacas de 12 anos que 
pariram oito bezerros e de duas vacas que nunca tiveram cria. Se pode observar que 
tanto as escápulas como todos os ossos das vacas subférteis são maiores e pesados 
do que os da vaca de grande fertilidade. O crescimento dos chifres dos novilhos e das 
vacas subférteiscontinua indefinidamente. 
 
 
 
FIGURA 6 – Ossos dos membros dianteiros de vaca subfértil e fértil (BONSMA, 
1966). 
 
 
 Ao se castrar um galo, o sistema endócrino se desequilibra e o animal se 
transforma em capão; porém ao se colocar em seu pescoço um ovário de uma galinha, 
desenvolvem-se nele todas as características sexuais secundárias da galinha. Se uma 
galinha for ovarioctomizada, se transformará em um capão, porém ao se colocar em 
seu pescoço testículos de um galo, se obtém um animal com características sexuais 
secundárias de um galo. Experimentalmente a reversão sexual é possível, tendo-se em 
conta somente as características sexuais secundárias. Deve ser a base para levar ao 
julgamento pela eficiência funcional, ou seja, se o touro for castrado será um boi e se 
for tratado com hormônios sexuais femininos terá a aparência de uma vaca. 
 Por que julgar animais baseado-se na eficiência funcional? Novilhos (castrados) 
não se parecem com as vacas, mas com um novilho mesmo. É muito comum em animais 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 93
de elite ou de exposições se observar que touros têm poucas características sexuais 
masculinas. 
 Na Figura 7 a conformação de três animais de doze anos pode ser observada – 
um touro, um novilho castrado aos dois anos e um novilho castrado aos 6 meses de 
idade – demonstram diferenças marcantes por influência dos hormônios masculinos ou 
por sua deficiências. Um touro com testículos intactos funcionais tem pêlos 
masculinos na pelagem e na saída do pênis, tem congote ou cupim masculinos e 
apresenta escurecimento do pêlo na região do pescoço, garrote, na parte baixa do 
costado, sobre a coxa e na região superior dos membros dianteiros. Os músculos 
sobre o pescoço, garrote, parte superior das coxas, costelas dianteiras e rótula são 
bem definidos. A cor do touro não é uniforme e qualquer associação de criadores que 
estabeleça nas normas da raça que os touros devem ter cor uniforme estará tomando 
uma decisão equivocada. O córtex suprarrenal também produz o hormônio sexual 
masculino – testosterona – que define a libido do animal. As investigações tendem a 
demonstrar que o andrógeno, secreção dos testículos e do córtex supra-renal, influi 
sobre o escurecimento da cor dos pêlos. Um touro não pode ter cor uniforme porque 
seu pêlo deve ser masculino em todas as regiões já mencionadas. O animal castrado 
aos dois anos, que se mostra na Figura 7, é meio irmão do touro inteiro. Desde a 
castração, sua cor se tornou uniforme. Tem o dorso saliente porque a ossificação das 
vértebras dianteiras não se realizou por completo. Quando a ossificação se atrasa, o 
crescimento do esterno e do processo dorsal continua. O processo dorsal continua 
alongando-se entre a lâmina cartilaginosa e o osso ossificado até que o animal alcance 
a suficiente maturidade sexual, em que os hormônios sexuais determinam o cessar do 
crescimento ósseo. O terceiro animal, outro meio irmão dos dois mencionados 
anteriormente, foi castrado aos seis meses. Seus ossos longos são muito mais longos e 
finos do que do touro e do novilho castrado aos dois anos. No animal fértil, as regiões 
das nádegas e lombo, são as últimas partes do corpo que alcançam maturidade. No 
animal castrado ou na fêmea estéril, as últimas partes do corpo que alcançam a 
maturidade são as costelas dianteiras, o tórax, o dorso, o peito e a cabeça; isto é, a 
metade anterior do corpo até a 6ª ou 7ª costelas dianteiras. 
 As costelas dianteiras, a cabeça e os chifres continuam crescendo 
aparentemente até a morte. O animal castrado aos seis meses (Figura 7), com 17 
anos, ainda tem certo crescimento no comprimento das costelas, cabeça e chifres. O 
tamanho do touro limitado pela ossificação dos ossos longos, se determina genética e 
endocrinologicamente. No novilho castrado aos seis meses a ossificação é atrasada de 
todos os ossos longos nos quais se manteve a linha epifisial, sendo esta a causa de seu 
grande tamanho. É bastante alto e estreito, muito desenvolvido em sua parte 
posterior e pouco na anterior. O touro castrado tardiamente tem muito mais 
desenvolvimento muscular na parte superior dos membros dianteiros do que um 
novilho castrado. 
 Os chifres do castrado continuam crescendo, assim como o corpo da mandíbula 
que tem cartilagem epifisial e que no bovino nunca se ossifica completamente. A 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 94
região das nádegas é relativamente pequena, curta desde as ancas até a ponta dos 
ísquios e relativamente superficial desde as ancas até a rótula. 
 Todos os machos castrados aos seis meses ou antes apresentam mandíbula bem 
desenvolvida. Os maxilares são ossos longos e o corpo das mandíbulas contém 
cartilagem epifisial. Esta cartilagem não se ossificará normalmente se o animal for 
castrado, não se encontrando novilhos de três ou quatro anos que tenham a mandíbula 
inferior ossificada. 
 
 
 
 
FIGURA 7 – Morfologia de bovinos castrados aos seis e 12 meses e de animal 
inteiro(BONSMA, 1966). 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
 
 
 
Touro 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 95
 Os touros chamados de eunucoides parecem castrados; muitas vezes são bem 
altos, com testículos hipoplásicos ou pequenos, muito largos de garupa, os músculos 
não são bem definidos e a gordura está distribuída como nas fêmeas. Esses touros 
têm potencialidades para crescer em altura durante um período maior que os touros 
normais e sexualmente ativos, porque a deficiência de andrógenos retarda a 
ossificação das cartilagens epifisiais dos ossos longos, especialmente dos membros 
dianteiros e das costelas longas. A atividade das glândulas que promove o 
crescimento, tais como a pituitária e a tireóide se fixa pela herança, e estas glândulas 
continuam produzindo hormônios que determinam se as extremidades crescerão ou 
não excessivamente. 
 A Figura 8 é um touro subfértil ou também chamado de eunucóide, 
considerando sua conformação de vaca, angulosidade, membros compridos e cabeça 
comprida (de vaca). 
 
 
 
FIGURA 8 – Touro subfértil ou eunucóide (cabeça de vaca). 
 
 
 A Figura 9 exibe uma cabeça de touro máscula, a fronte é larga, assim como 
sua expressão, contrário à cabeça da Figura 8. 
 
 
FIGURA 9 – Touro fértil (cabeça larga e máscula) 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 96
 Pode ser observar na Figura 10 que o touro eunucóide tem testículos 
hipoplásicos conforme pode-se notar também na Figura 11. 
 
 
 
FIGURA 11 – Testículos pequenos (hipoplasia testicular) 
 
 
 Novilhas descendentes de touros de baixa fertilidade são altas, mugem como 
novilhos e apresentam as mesmas proporções corporais que seus pais. A ossificação 
de seus ossos longos se atrasam, como resultado da menor atividade das gônadas. 
Vacas de baixa fertilidade têm ciclos estrais irregulares e úberes com 
desenvolvimento infantil. Úbere proeminente é próprio de vacas que têm cios 
regulares. O corpo das vacas de alta fertilidade é de proporções femininas, o peito 
não é cheio e nele termina a papada. Tem grande capacidade estomacal, garupa larga e 
comprida, o costado é amplo. Ao ser observada por trás, dorso e lombo são largos em 
relação às ancas. Quando a região posterior vista por trás for bastante ampla em 
relação à largura da região do dorso e lombo, o touro tem características de 
subfertilidade. 
 Na Figura 12 estão apresentadas duas vacas, cuja debaixo apresenta a forma 
de um animal de alta fertilidade. A vaca tem uma boa circunferência de peito, cuja 
parte baixa está relativamente próxima do solo. A garupa é ampla, desde as ancas até 
os ísquios e destes até a rótula. Por outro lado, a profundidade do peito em uma vaca 
subfértil (acima) com três ou quatro parições é maior em relação à vaca que pariu 
nove ou dez bezerros no mesmo período. Do ponto de vista funcional, o úbere da vaca 
subfértil é menoseficiente, o pêlo é mais grosseiro, inclusive na parte média do lombo 
até a cabeça. Pêlo mais escuro e na forma de cerdas, indica que é uma vaca subfértil. 
 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 97
 
 
FIGURA 12 – Vacas da raça Santa Gertrudis, acima subférteis e abaixo férteis 
(BONSMA, 1966). 
 
 
 A forma e a proporção do esqueleto dos membros dianteiros e traseiros são 
típicos como nas Figuras 12 e 13. No animal subfértil, o bordo dorsal das escápulas é 
mais baixo que as vértebras dianteiras e a escápula se inclina para trás com esterno 
descido. O pêlo do pescoço é masculino, grosseiro e espesso, a garupa e estreita e 
curta e com pouca profundidade. 
 O peito de uma vaca estéril é muito profundo e cheio, caindo para adiante e 
abaixo. Tem pêlo na forma de cerdas em todo corpo, bochechas muito carnudas, 
determinando um ângulo maior da mandíbula ao olho. 
 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 98
 
 
FIGURA 12 – Esqueleto do dianteiro de vaca subfértil e vaca fértil. 
 
 
 
 
 
FIGURA 13 - Quartos dianteiros de vacas Hereford de baixa fertilidade a esquerda e 
de alta fertilidade à direita (BONSMA, 1966). 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 99
 Tem a região do dorso parecida com a de búfalo muito desenvolvida, bem 
carnuda e gorda. A vaca subfértil tem carne e gordura sobre as escápulas, peito 
muito cheio e a parte inferior deste próxima do solo. A vaca estéril é mais alta que a 
muito fértil e todas as regiões da parte anterior do corpo são muito grandes em 
relação à vaca fértil. 
 Ao se comparar os quartos posteriores (Figura 14), a região pélvica e as 
nádegas da vaca fértil, pode-se observar que são mais desenvolvidas que a subfértil. 
Em uma mesma raça encontramos que o tamanho total do animal de baixa fertilidade é 
maior que a de alta fertilidade, porém os quartos posteriores deste último estão mais 
desenvolvidos e são maiores que na de baixa fertilidade. 
 
 
 
 
FIGURA 14 – Esqueleto do traseiro de uma vaca subfértil e vaca fértil (BONSMA, 
1966). 
 
 
 Nas vacas leiteiras observa-se bem a diferença relativa à eficiência funcional. 
Antes da sexta, sétima e oitava costelas, cada parte do corpo de uma vaca 
funcionalmente eficiente é delgada. No continente europeu se cria gado com duplo 
propósito (carne e leite). Outrossim, não é necessário criar gado com esta dupla 
aptidão; simplesmente se deve selecionar gado para carne de modo que não tenha 
demasiada gordura sobre as escápulas, que tenha um desenvolvimento ósseo 
equilibrado entre as mesmas, características sexuais secundárias. 
 O tipo de vaca que tem pescoço musculoso, redondo e com músculos 
nítidamente definidos, não tem papada ao redor do peito, os pêlos no centro do lombo 
são mais escuros e grossos e as escápulas carnudas são subférteis. A pelagem da vaca 
estéril é muitas vezes seca e áspera, e sobre o úbere, os pêlos são compridos e 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 100
lanosos e mais escuros que a da fértil. Provavelmente, o córtex suprarrenal da estéril 
secreta hormônios andrógenos que são os responsáveis pelo escurecimento do pêlo. 
 Os hormônios sexuais têm uma marcada influência sobre a qualidade, textura e 
muda dos pêlos. Os touros têm pêlos lisos e sedosos e os castrados têm pêlos secos e 
mais longos. Na parte superior dos membros dianteiros dos touros, os músculos estão 
bem desenvolvidos e claramente definidos e cernelha masculina, uma vez que um 
animal de formas suaves normalmente é subfértil. Os novilhos ou castrados têm pouco 
pêlo masculino no prepúcio, o pescoço é mais fino, não é redondo, e não tem congote 
desenvolvido (Figura 8). Ao se comparar um touro de 14 meses por um novilho de 
idade semelhante, é evidente que diferem em tamanho e conformação corporal, 
musculatura, qualidade e textura do pêlo. O pêlo do touro jovem é brilhante e liso, e 
do novilho subfértil é opaco e seco, os membros do novilho são bem mais finos que o 
do touro. 
 Os pêlos de vacas se tornam lisos, e durante a prenhês ou gestação, 
permanecem assim durante toda a lactação, enquanto uma vaca vazia ou subfértil 
alisará seu pêlo sem ficar prenha. Através de aplicações de hormônios sexuais se 
pode trocar artificialmente a pelagem de um animal. Vacas tratadas com hormônios 
sexuais masculinos mudam sua pelagem em três semanas. Desde o momento em que 
uma fêmea fica prenha, apresenta uma linha estreita lisa e mais escura sobre a 
espinha dorsal como se essa zona tivesse sido embebida com um pano azeitado. Este 
alisamento do pêlo aparece também no novilho e na vaca subfértil vazia que têm boa 
saúde, bom nível nutricional, mas quando o clima se torna quente, porém não é tão 
marcado como na subfértil ou na vaca penha. 
 O animal estéril ou de baixa fertilidade não tem um tipo definido de pêlo. 
Muitas vezes não tem alisamento natural e tampouco escurecimento sobre a espinha 
dorsal. A cor e a textura dos chifres diferem muito entre animais estéreis ou 
subférteis e férteis. Nos animais subférteis ou estéreis, frequentemente, têm anéis 
ou emplastros brancos ossificados muito lisos e duros e que parecem de porcelana. A 
vaca que aborta muitas vezes desenvolve nos chifres anéis sobrepostos lisos, duros e 
brancos. Na cabeça, pescoço, espáduas e regiões baixas das coxas o pêlo é áspero, 
opaco e seco. As características típicas das vacas subférteis são os acúmulos de 
gordura depositados a frente do úbere e longitudinalmente abaixo da vulva, enquanto 
nas vacas que abortam são irregulares, mais duros e encapsulados. 
 Certos acúmulos de gordura se desenvolvem no corpo da vaca subfértil. O 
primeiro se situa nas bochechas, o segundo no peito, que se enche, a papada e as 
pregas da pele em torno do pescoço desaparecem. Normalmente tem uma grande 
quantidade de carne e gordura entre as espáduas, forma-se um acúmulo oval de 
gordura sobre a parte baixa das costelas e outro muito pesado e firme sobre as 
ancas. Este último é uma espécie de gordura imóvel que fica dura como a cartilagem 
quando o animal emagrece, pois não se absorve e nem se utiliza como fonte de energia. 
Se a vaca chega neste estágio é pouco provável, se não impossível, que fique prenha. 
As características típicas da vaca estéril ou subfértil são: um acúmulo de gordura 
sobre a ponta dos ísquios, outro oval sobre o escudo, a 15 cm abaixo da vulva e o 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 101
último, situado geralmente na região anterior do úbere. 
 A vaca infértil Free-martin (Figura 15) é oriunda de uma gestação gemelar 
(casal), cuja fêmea apresenta características bissexuais em seu aparelho genital, 
considerando-se a possibilidade da passagem de hormônios masculinos para o feto 
feminino, via anastomose de vasos coriônicos, antes da diferenciação sexual ou pela 
passagem de cromossomas através de células embrionárias também antes do período 
de diferenciação sexual. A presença de formações testiculares e vesiculares na 
cavidade peritonial, órgãos genitais tubulares subdesenvolvidos e clitóris 
hipertrofiado podem ser observados (Palhano, 2008). 
 
 
FIGURA 15 – Vaca infértil (Free martin). 
 
 
 Pelo exterior observa-se na vaca Free-martin maior desenvolvimento do trem 
anterior em relação ao posterior, vulva infantil, úbere subdesenvolvido e dorso 
convexo. 
 A vaca fértil que não mais concebe mostra também tais características em sua 
morfologia. O peito cai e perde a prega da pele e a papada que o rodeia; além disso, a 
vaca infértil apresenta uma conformação corporal particular nos quartos posteriores 
e quando é vista completamente redonda em todos os lados e atrás pelos costados, a 
vulva é geralmente infantil. Como resultado da descontinuidade da função 
reprodutiva, sobrevive a hipoplasia dos órgãos genitais. Um acúmulo de gordura oval 
se desenvolve definitivamente debaixo da vulva, a região dos quartos posteriores fica 
redondo, assemelhando-sea uma grande bola cortada pela metade e colocada sobre o 
animal. Uma vaca com esse formato, cujos quartos posteriores são parecidos com a 
anca de cavalo, dificilmente ficará prenha. Muitas vacas inférteis têm quartos 
posteriores demasiadamente desenvolvidos, dando a impressão de que estão 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 102
empurradas para trás. Também há muita gordura na frente do úbere; o peito é 
demasiado cheio e o pêlo é mais escuro, especialmente na região do pescoço, na parte 
superior dos membros dianteiros e parte inferior das coxas. Se a cauda de uma vaca 
não desce perpendicularmente, muito difícil ficar prenha. 
 O animal que aborta muitas vezes tem acúmulos de gordura na forma de 
emplastro sobre o peito. Este não é liso e vai até o úbere desenvolvendo-se e voltando 
ao seu tamanho natural, que indica abortamento. A vaca que perde um bezerro antes 
de amamentá-lo por meses ou antes de nascer, desenvolve uma marca porcelanizada 
branca sobre os chifres. Um empenho efetivo em fazer crescer um animal, se produz 
um desequilíbrio entre as somatotrofinas (hormônios do crescimento) e as 
gonadotrofinas (hormônios sexuais) e sua fertilidade diminui. 
 Se uma vaca for tratada com hormônios sexuais masculinos, sua vulva 
desenvolve um clitóris muito grande. Se a vulva de uma vaca for muito grande, há 
desequilíbrio dos hormônios sexuais femininos e muitas vezes entram em cio 
irregularmente. 
 As vacas férteis têm aspecto feminino, vulva e úbere, normalmente 
desenvolvidos, que indicam ciclo normal. A vaca subfértil geralmente é muito grande, 
tem aspecto masculino, cabeça de novilho, vulva e úbere infantis. Seu pêlo é untuoso 
sobre o lombo; é profundo de tórax, o peito se projeta a frente e abaixo, e não cicla 
regularmente. Em geral, os chifres de uma vaca adulta, que pare regularmente, têm 
uma cor uniforme sem emplastros duros e lisos. Tem a cara delgada, o pescoço 
absolutamente fino, pregas da pele em torno do peito e as zonas que rodeiam a parte 
superior das espáduas são mais altas que os pontos mais elevados das apófises 
espinhosas das vértebras dorsais. Estas vacas têm ventre amplo e um úbere bem 
desenvolvido que é funcionalmente eficiente. O animal que na realidade é 
funcionalmente eficiente tem tetos pequenos ou médios, lisos e brilhantes e sua 
cauda desce perpendicularmente. Quando uma vaca fica muito pesada no peito e na 
região das espáduas, deixa de parir regularmente e se o faz seu leite é pobre. 
 No touro eficiente funcionalmente há um escurecimento do pêlo. Ainda em um 
touro Aberdeen Angus é conveniente o pêlo negro e masculino sobre o pescoço e 
garrote. O touro deve ter uma cernelha masculina bem musculosa e músculos bem 
definidos no pescoço, na parte superior dos membros dianteiros e sobre as rótulas. 
Não é conveniente que tenha um prepúcio demasiadamente solto e comprido. Visto de 
trás o touro fértil deve apresentar costelas bem salientes e em sua parte inferior 
mais larga. 
 A Figura 16 mostra um touro Brahman com um bom par de testículos. Os 
órgãos sexuais masculinos, tais como os testículos, o escroto, o prepúcio e o pênis, são 
muito importantes e de grande utilidade para avaliar o potencial sexual do animal. 
Porém, é mais interessante julgar pelo binômio anatomia exterior e fisiologia da 
reprodução. 
 O escroto tem o mecanismo termorregulador mais perfeito, pois tem a função 
de manter os testículos frios em tempo quente e quente em tempo frio. O escroto 
pode refrescar-se quando faz frio; isto é, sua pele pode encolher-se e formar pregas 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 103
que fazem esta o melhor órgão de retenção de calor, pois se reduz a superfície de 
irradiação e se conserva ar nessas pregas. As artérias e veias espermáticas têm uma 
função termorreguladora. O animal cujo escroto e testículos têm um mecanismo 
termorregulador bom está associado à veia espermática tortuosa e muito 
desenvolvida, que o capacita a manter a temperatura dos testículos. Se estes forem 
demasiadamente grandes, pendentes e de movimentos livres podem sofrer lesões ou 
varicelas que bloqueiam a veia, afetando toda função termorreguladora e como 
conseqüência, o animal pode ficar estéril. 
 
 
 
 
 
 
FIGURA 16 – Um par de testículos bem desenvolvidos acima e um bom prepúcio 
nivelado com a face inferior do escroto. Abaixo, os testículos são bons, mas o 
prepúcio é grande demais, assim como sua abertura (BONSMA, 1966). 
 
 
 Na Figura 17 os testículos e os órgãos sexuais de um touro com hipoplasia em 
um testículo e desenvolvimento normal no outro. Há prolapso de prepúcio e uma 
grande abertura. Todos esses defeitos são hereditários. Na Figura 18 o tamanho dos 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 104
testículos é normal, mas há prolapso de prepúcio, fato que afeta a reprodução. 
 
 
 
 
FIGURA 17 - Órgão sexual masculino indesejável, um testículo hipoplásico, prepúcio 
longo e com prolapso (BONSMA, 1966). 
 
 
 
 
FIGURA 18 – Testículos de bom tamanho, mas com prolapso de prepúcio. 
 
 
 A Figura 19 ilustra a diferença que existe entre o desenvolvimento dos quartos 
traseiros de um touro eunucóide hipoplásico (tipo novilho) e um normal. Este último 
tem testículos que funcionam normalmente com um epidídimo bem formado, enquanto 
o touro eunucóide tem testículos completamente hipoplásicos, que é uma 
característica herdável. 
 Os animais para reprodução com jarretes retos são inconvenientes. Estes 
touros têm a parte superior do trocanter elevada, ou seja, o fêmur com a pélvis 
empurrada para cima, dando como resultado uma anca reta. A bacia é mais reta que o 
desejável, trocando a posição da abertura da pélvis. Estas características promovem 
 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 105
distocia ou dificuldade na parição, resultantes de métodos errados de seleção. Se o 
íleo desce, a pélvis do animal tem uma abertura maior. 
 Alguns defeitos hereditários, como quartos fracos e calos entre os cascos 
traseiros, interferem na capacidade de serviço do touro. A boa qualidade do sêmen 
não garante a capacidade para o serviço do touro a menos que não haja defeitos 
físicos que interfiram negativamente. 
 
 
 
 
FIGURA 19 - Touros de baixa (esquerda) e alta (direita) fertilidade (BONSMA, 
1966). 
 
 
 A qualidade e a prova do sêmen não asseguram se o touro é fértil e se 
produzirá muitos bezerros. O touro deve ser observado e inspecionado para 
determinar se há incapacidade física e impulso sexual. Um defeito físico como calos 
entre os cascos constitui um sério impedimento para caminhar e servir, especialmente 
se estão localizados nos membros posteriores, pois ao saltar sobre a vaca, o touro 
sentirá dor e não completará o serviço. A artrite é outro defeito hereditário causado 
por um distúrbio no metabolismo dos esteróides e relacionado com a reprodução. Os 
hormônios sexuais são produtos derivados do metabolismo dos esteróides. É um sério 
prejuízo que se faz a raça, propagando animais predispostos a esta enfermidade. 
 A musculatura dupla constitui outro sério problema porque acarreta no gado 
menor fertilidade e os bezerros são de partos difíceis (Figura 20). Não deve 
interessar como reprodutor touro que tenha um desenvolvimento muscular anormal, 
qualquer que seja sua localização. Os touros que não têm uma conformação corporal 
bem equilibrada e quando são relativamente grandes com cabeça comprida e com 
demasiada profundidade no trem anterior são propensos a causar problemas de parto 
nas vacas que cobrem. 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 106
 
 
 
Figura 20 – Animal com hipertrofia muscular ou musculatura dupla. 
 
 
 No touro, os hormônios sexuais têm uma influência direta sobre a cor da 
pelagem, o alisamento e o escurecimento do pêlo. Os touros com pêlo liso sobre o 
pescoço e a parte superior dos membros anteriores e posteriores, têm geralmentemais libido que os de pelagem opaca e uniformemente colorida. O escurecimento do 
pêlo e a musculosidade no pescoço, características sexuais secundárias são causados 
pelos andrógenos secretados pelos testículos e a córtex suprarrenal. Se a cor de um 
touro fica clara nas regiões mais escuras de sua pele, sua atividade sexual diminui. Por 
outro lado, um touro de alta fertilidade e com muita libido tem geralmente um 
escurecimento pronunciado no pescoço, na parte superior dos membros anteriores, no 
peito, na área mais baixa das costelas e nas laterais. As Figuras 21 e 22 exibem 
touros de alta e baixa fertilidade. 
 
 
 
 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 107
FIGURA 21 - Touro com características de baixa fertilidade (BONSMA, 1966). 
 
 
 
FIGURA 22 – Touro com característica de alta fertilidade (BONSMA, 1966). 
 
 
 A Figura 23 mostra um tipo de vaca mestiça Holandês-zebu de alta fertilidade 
bem caracterizada. 
 
 
 
 
 
FIGURA 23 - Vaca mestiça com características de alta fertilidade 
 
 
 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 108
 
SELEÇÃO PELA EFICIÊNCIA FUNCIONAL 
 
 
FIGURA 24 - Tipo feminino de vaca Zebu (BONSMA, 1966) 
 
 
1 Cabeça com bochechas magras e lisas, mandíbula inferior sem muito 
desenvolvimento. Olhos tranqüilos e femininos. 
2 Pescoço magro, relativamente plano, sem músculos proeminentes. Pêlos finos e lisos. 
3 Espáduas isentas de depósitos de gordura. A parte superior da escápula se acha à 
altura das vértebras torácicas (Veja-se o número 5). 
4 Peito sem proeminência, isento de depósitos de gordura, barbela estendendo-se em 
torno de peito. 
5 Extremidade superior e região das espáduas livres de gorduras e de massas 
musculares. 
6 Membro anterior com parte superior magra e definida claramente, sem musculatura 
grossa. 
7 Costelas anteriores relativamente curtas e bem arqueadas. 
8 Cadeiras bem proeminentes, porém sem grandes depósitos de gordura. 
9 Articulações com desenvolvimento muscular não completamente definido um tanto 
profundas desde anca (8) até a articulação (9). 
10 Costelas Dorsais compridas, profundas, bem arqueadas, indicando estômago com 
grande capacidade. 
11 Úbere bem desenvolvido com pêlos curtos e untuosos. Tetas lisas e brilhantes, 
úbere de grande eficiência funcional. 
12 Nádegas angulosas, quadradas nas cadeiras, magras e sem depósitos de gordura. 
A Quarto, anterior bem desenvolvido e bastante magro. 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 109
B Quarto posterior sem depósitos de gordura nas cadeiras, cancelas e períneo. Cauda 
caída aprumo. 
 
FIGURA 25 – Tipo de vaca zebu masculinizada, pouco fecunda (BONSMA, 1966). 
 
1 Cabeça com mandíbula inferior grossa. Cabeça anovilhada. 
2 Pescoço grosso e musculoso. Pêlos longos, duros e ásperos por cima. 
3 Espáduas grossas e muito carnudas, com depósitos de gordura. 
4 Peito grosso e cheio, inclinado para diante e para baixo: pouca barbela. 
5 Processo espinhoso das vértebras torácicas protuberante, com depósitos de 
gordura entra as espáduas. 
6 Braço musculoso. 
7 Costelas anteriores.compridas e planas. 
8 Cadeiras com depósitos de gordura. 
9 Articulações com músculos bem desenvolvidos. 
10 Costelas bem arqueadas e de capacidade em relação aos estômagos. 
11 Úbere mal desenvolvido e deficiente. 
12 Nádegas bem desenvolvidas, com massa de gordura de 15 cm, por baixo da vulva. 
13 Canelas relativamente compridas e grossas. 
A Quarto anterior excessivamente desenvolvido, carnudo e com depósitos de gordura. 
B Quarto traseiro mal desenvolvido, com depósitos de gordura nas pernas, canelas, 
articulação da rótula, sob a vulva e frente do úbere. 
C Profundidade máxima até B. 
 
 
 
 
 
Victor Cruz Rodrigues DRAA-IZ 
 110
 
 
FIGURA 26 – Tipo de vaca européia leiteira, pouco fecundo (BONSMA, 1966). 
 
1 Cabeça com mandíbula inferior grossa. Cabeça anovilhada. 
2 Pescoço grosso e musculoso. Pêlos duros e ásperos em cima. 
3 Espáduas grossas e muito carnudas, com depósitos de gordura. 
4 Peito grosso e cheio, projetado para frente e para baixo, isento de barbela. 
5 Processo espinhoso das vértebras torácicas protuberante, depósitos de gordura 
entre as espáduas. 
6 Braço musculoso. 
7 Costelas anteriores compridas e planas. 
8 Ancas com depósitos de gordura. 
9 Articulação da rótula, músculos bem desenvolvidos. 
10 Costelas posteriores mal arqueadas e de pouca capacidade para os estômagos. 
11 Úbere mal desenvolvido e deficiente. 
12 Nádegas bem desenvolvidas, com massa de gordura de 15 cm por baixo da vulva. 
13 Canelas relativamente compridas e grossas. 
A Quarto dianteiro excessivamente desenvolvido, muito carnudo e com deposito de 
gordura. 
B Quarto traseiro mal desenvolvido, com depósitos de gordura nas pernas, canelas, 
rótula, em baixo da vulva e em frente do úbere. 
C Máxima distância até B. 
 
 
 
 
 
 
Exterior e raças de bovinos e bubalinos 
 111
 
FIGURA 27 – Tipo de vaca européia fecunda (BONSMA, 1966). 
 
1 Cabeça com bochechas magras e lisas. Mandíbula inferior sem muito 
desenvolvimento. Olhos tranquilos e femininos. 
2 Pescoço magro relativamente plano, sem músculos proeminentes. Pêlos finos e lisos. 
3 Espáduas isentas de depósitos de gordura. A parte superior da espádua está a 
altura das vértebras torácicas. 
4 Peito sem proeminência, isento de depósitos de gordura. A barbela estende-se até o 
peito. 
5 Extremidade superior e região das espáduas livres de gordura e de desenvolvimento 
muscular. 
6 Membros anteriores e parte superior definidos, sem musculatura grossa. 
7 Costelas anteriores relativamente curtas e bem arqueadas. 
8 Ancas bem proeminentes, porém sem grandes depósitos de gordura. 
9 Articulação da rótula com desenvolvimento muscular não totalmente definido. 
10 Costelas dorsais compridas e profundas, bem arqueadas, ventre de grande 
capacidade. 
11 Úbere bem desenvolvido com pêlos curtos e untuosos. Tetas lisas e brilhantes. 
Úbere de grande eficiência funcional. 
12 Nádegas angulosas, quadradas desde as ancas e sacro, magras e sem depósito de 
gordura. 
A Quarto anterior bem desenvolvido e bastante magro. 
B Quarto posterior sem depósitos de gordura nas ancas, canelas e pernas. Cauda 
pendente e perpendicular.

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