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Princípios do direito penal: são valores fundamentais que inspiram a criação e manutenção do sistema jurídico.
Princípio da reserva legal ou da legalidade: alguém só pode ser punido se, anteriormente ao fato por ele praticado, existir uma lei que o considere como crime.
Princípio da Anterioridade: somente poderá ser aplicada ao criminoso pena que esteja prevista anteriormente na lei como aplicável ao autor do crime praticado.
Princípio da insignificância: abrange os crimes de bagatela. Para que haja crime exige-se lesão ou ameaça de lesão a um bem jurídico prootegido pelo direito penal. Em alguns casos o fato é tão insignificante para o direito penal que não há interesse. É o que acontece no chamado crime de bagatela.
Princípio da individualização da pena: o julgador deve fixar a pena conforme a cominação legal e determinar a forma de sua execução.
Princípio da alteridade: ninguém pode ser punido por causar mal a si próprio.
Princípio da confiança: todos os indivíduos devem confiar que o seu próximo se comportará de acordo com a lei e visando harmonia social.
Princípio da adequação social: não será considerada típica se estiver de acordo com a ordem social da vida históricamente condicionada.
Princípio da intervenção mínima: só deve ser utilizado quando extremamente necessário. O direito penal deve ser a última ratio. Logo, deve atuar somente quando os demais ramos forem incapazes de promover a devida proteção dos bens jurídicos mais importantes para a vida em sociedade.
Princípio da fragmentariedade: o direito é a última etapa de proteção do bem jurídico.
Princípio da subsidiariedade:o direito penal funciona como um executor de reserva.
Princípio da proporcionalidade: a pena deve ser proporcional a gravidade do delito.
Princípio da humanidade: em um Estado de direito democrático vedam-se a criação, a aplicação ou a execução de pena, bem como qualquer outra medida que atentar contra a pessoa humana.
Princípio da ofensividade: Não há infração penal quando a conduta não oferecer ao menos perigo de lesão ao bem jurídico.
Princípio da exclusiva proteção ao bem jurídico: só serve para proteção do bem jurídico, não podendo ser utilizado para resguardar questões de ordem moral, ética, ideológica, religiosa, política e assemelhados.
Princípio da imputação pessoal: explícito nos artigos 26 e 27 do código penal, onde fala sobre a pessoa que sofre de doença mental ou desenvolvimento mental incompleto e sobre os menores de dezoito anos, que ficarão sujeitos a lei especial.
Princípio da responsabilidade de fato: não se admite, pois, um direito penal do autor.
Princípio da personalidade ou intranscedência: art. 5º,XLV,CF
Princípio da responsabilidade subjetiva: lei n° 9.605/98 art. 3º; Rixa art. 137 CP.
Princípio do Ne bis in Idem: se restringe da esfera penal. Ninguém pode ser condenado duas vezes pelo mesmo crime.
Princípio da Isonomia: importa dizer que as pessoas (nacionais e estrangeiros) devem receber tratamento jurídico igual e os que tiverem situações diferentes merecem um enquadramento diverso.
Direito Penal
“Direito penal é o conjunto de princípios e leis destinados a combater o crime e a contravenção penal mediante a imposição de sansão penal”
As fontes do direito penal divide-se em: Fontes materiais e Fontes formais.
Materiais- A única fonte material do direito penal é o Estado. Determina a Constituição Federal que compete privativamente à União legislar sobre direito penal.
Formais- subdivide-se em: Imediatas: A única fonte direta é a lei; Mediatas: são os costumes, princípios gerais do direito, a doutrina e a jurisprudência.
Vacatio legis- período decorrente entre a públicação e a data que começa a vigência da lei. Esse período é de 45 dias quando a lei não dispõe de modo contrário e de 3 meses num país estrangeiro, quando é admitida.
Encerra-se a vigência da lei com a revogação, que pode ser expressa (quando declarada na lei revogadora) ou tácita (quando a lei posterior regulamenta a materia disciplinada pela antiga). A revogação pode ser parcial, caso em que é denominada derrogação, ou total, quando é chamada de ab-rogação. Existe a auto-revogação quando cessa a situação de emergência na lei excepcional ou se esgota o prazo da lei temporária.
“Tempus regit actum”- a lei rege, em geral, os atos praticados em sua vigência. Não pode, em tese, alcançar fatos ocorridos em período anterior ao início de sua vigência nem ser aplicada àqueles ocorridos após sua revogação.
Retroatividade da lei- fenômeno pelo qual uma norma jurídica é aplicada a fato ocorrido antes do início de sua vigência.
Ultratividade da lei- fenômeno pelo qual uma norma jurídica é aplicada a fato após sua revogação.
Havendo conflitos de leis penais com o surgimento de novos preceitos jurídicos após a pratica do fato delituoso, será aplicada sempre a leis mais favorável.
NORMAS PENAIS INCRIMINADORAS
Definem a infração penal, proibindo ou impondo condutas sob a ameaça de pena. Sempre que a gente fala em norma penal é nela que nós pensamos. Por isso são consideradas normas penais em sentido estrito. 
Preceitos da norma penal incriminadora:
preceito primário – é aquele que descreve detalhadamente a conduta que se procura proibir ou impor
preceito secundário – cabe a tarefa de cominar a pena em abstrato. 
Ex: art. 121: Matar alguém – preceito primário
Pena: reclusão de 6 a 20 anos – preceito secundário.
NORMAS PENAIS NÃO INCRIMINADORAS
Possuem as seguintes finalidades:
tornar lícitas determinadas condutas (permissivas justificantes – art. 23, 24 e 25)
afastar a culpabilidade do agente, erigindo causas de isenção de pena (permissivas exculpantes – art. 26 caput)
esclarecer determinados conceitos (explicativas – art. 150 §4º)
fornecer princípios gerais para a aplicação da lei penal (complementares – art. 59)
NORMAS PENAIS INCOMPLETAS OU IMPERFEITAS
São aquelas normas que o tipo penal nos remete a outro texto de lei para que possamos saber a sanção que será imposta. Ex.: art. 304 do CP.
as teorias que tratam de tempo do crime:
a) Teoria da atividade – para essa teoria, o tempo do crime é o momento da ação ou da omissão, ainda que outro seja o do resultado. Essa é a teoria adotada pelo Código Penal. Tempus regit actum
b) Teoria do resultado – aqui, o tempo do crime seria o do momento do resultado
c) Teoria da ubiquidade – o tempo do crime será o da ação ou omissão, bem como o momento do resultado. 
É importante se reconhecer o tempo do crime para que se possa saber qual a norma penal será aplicada, bem como para reparar quanto à menoridade. Ex.: A , na véspera de completar 18 anos atira em B, que falece no dia seguinte, quando A completa 18 anos. A, por ser menor, não comete crime, uma vez que o tempo do crime é o da ação ou omissão.
Extra-atividade da lei penal: é a capacidade que a lei penal tem de se movimentar no tempo. Ela pode regular fatos ocorridos durante a sua vigência se já tiver sido revogada bem como poderá retroagir a situações anteriores à sua vigência, desde de que favoráveis ao réu.
Ultra-atividade: a lei, mesmo depois de revogada, continua regulando fatos ocorridos na sua vigência. Então, um ótimo exemplo que podemos pegar de ultra-atividade está no caso do homicídio qualificado (previsto no art. 121 §2º). Tal crime somente se transformou em hediondo a partir de 1994. Então, o homicídio da Daniela Perez, embora tenha sido qualificado, aos réus não pode ser aplicada essa lei, porque no tempo do crime, o homicídio qualificado não era considerado crime hediondo.
Retroatividade: Aqui ocorre exatamente o contrário. Uma lei penal posterior, estabelece um crime menos grave e que, por ser mais benéfica, alcança fatos passados, ainda que já tenha uma sentença transitada em julgado. Só não terá aplicação da lei nova se o agente já tiver cumprido a pena.
Leis temporárias e leis excepcionais
Leis temporárias são aquelas que trazem expressamente em seu texto uma data para início e uma data para término.
Leis excepcionais são aquelas criadas para terem duração enquantoexistir a situação excepcional que levou à edição da lei (ex: caso de guerra, de calamidade).
Seria possível o juiz, ao perceber que uma lei tem uma parte mais benéfica e outra prejudicial ao acusado? Há divergência: uma primeira corrente sustenta que o juiz não pode fazer isso porque estaria criando uma terceira lei – estaria legislando e, portanto, ofenderia o princípio da separação dos poderes. A segunda corrente, majoritária na doutrina, sustenta que o juiz pode combinar leis porque ele estaria obedecendo ao que determina a constituição (ou seja, fazendo retroagir a lei penal mais benéfica ao acusado).

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