Análise de medidas da temperatura do ar

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CAMPUS CURITIBANOS
AMANDA NOVACOSKI
Análise de medidas da temperatura do ar
CURITIBANOS
2015
AMANDA NOVACOSKI
Análise de medidas da temperatura do ar
Trabalho apresentado como parte da avaliação da disciplina Meteorologia e Climatologia; Universidade Federal de Santa Catarina – Campus Curitibanos.
Orientadora: Profa. Dra. Leosane Cristina Bosco.
Curitibanos
2015
INTRODUÇÃO
	A temperatura do ar é um elemento importantíssimo da meteorologia que possui influência direta sobre a vida na Terra. 
Como toda biota, as plantas necessitam de temperaturas ideais para realizar todos seus processos biológicos adequadamente e desenvolver-se plenamente. 
	Como um fator agronômico, é necessário haver acompanhamento da temperatura do ar para inferir sobre condições de cultivo, por exemplo.
Existem agentes como latitude, altitude, continentalidade e características da superfície, que agem em conjunto e são considerados determinantes da temperatura do ar.
A fim de conhecer mais sobre a temperatura da região Curitibanense, foi realizado o acompanhamento da mesma durante uma semana, e o resultado do estudo, segue neste trabalho.
OBJETIVOS
Analisar a precisão dos diferentes instrumentos de medição da temperatura; 
Determinar a temperatura média para cada dia da semana de acordo com cada instrumento de medida utilizado.
MATERIAIS E MÉTODOS
	Durante a 3ª semana do mês de abril, foram realizadas medições da temperatura do ar na Estação Meteorológica Didática do Campus UFSC Curitibanos, que é composta pelas estações meteorológicas convencional e automática. As medições foram realizadas desde o dia 11/04 até o dia 17/04, sempre às 17h 00min. Os alunos da disciplina de Meteorologia e Climatologia organizaram-se em grupos para realizar as leituras dos termômetros da estação convencional de segunda à sexta-feira, com auxílio da professora Leosane Cristina Bosco e da bolsista Andressa Kemer – que tiraram dúvidas sobre como realizar a leitura, e que coletaram os dados no sábado (11/04) e domingo (12/04).
	Os dados analisados foram: temperatura máxima e mínima do dia, e temperatura instantânea – às 17h 00min, que foram registrados pelos termômetros de vidro, de plástico, digital, e pela estação meteorológica automática1. A relação dos dados coletados é apresentada na tabela 1.
Tabela 1 – Temperaturas máximas, mínimas e instantâneas obtidas de 11 a 17 de abril
	Dia
	Termômetro de vidro
	
	Temperatura instantânea
	Temperatura mínima
	Temperatura máxima
	11/04/2015
	22,8 °C
	11,2 °C
	24,8 °C
	12/04/2015
	18,6 °C
	12,6 °C
	25,4 °C
	13/04/2015
	22,0 °C
	13,8 °C
	24,3 °C
	14/04/2015
	21,5 °C
	15,4 °C
	24,2 °C
	15/04/2015
	21,0 °C
	15,8 °C
	23,8 °C
	16/04/2015
	23,8 °C
	15,4 °C
	24,0 °C
	17/04/2015
	19,8 °C
	15,2 °C
	21,0 °C
	Dia
	Termômetro de plástico
	
	Temperatura instantânea
	Temperatura mínima
	Temperatura máxima
	11/04/2015
	22,8 °C
	11,5 °C
	24,0 °C
	12/04/2015
	19,2 °C
	12,9 °C
	24,8 °C
	13/04/2015
	22,0 °C
	14,0 °C
	26,0 °C
	14/04/2015
	21,2 °C
	15,0 °C
	23,0 °C
	15/04/2015
	20,0 °C
	16,0 °C
	22,0 °C
	16/04/2015
	23,5 °C
	15,5 °C
	24,0 °C
	17/04/2015
	19,6 °C
	15,5 °C
	23,5 °C
1Os dados da estação automática foram repassados pela professora, após o término das leituras pelos grupos.
	Dia
	Termômetro digital
	
	Temperatura instantânea
	Temperatura mínima (ºC)
	Temperatura máxima
	11/04/2015
	24,1 °C
	11,7 °C
	25,1 °C
	12/04/2015
	20,1 °C
	13,1 °C
	25,5 °C
	13/04/2015
	23,6 °C
	13,9 °C
	26,9 °C
	14/04/2015
	20,8 °C
	15,8 °C
	23,5 °C
	15/04/2015
	20,0 °C
	16,1 °C
	23,1 °C
	16/04/2015
	24,1 °C
	15,8 °C
	24,1 °C
	17/04/2015
	20,2 °C
	15,5 °C
	23,8 °C
	Dia
	Estação meteorológica automática
	
	Temperatura instantânea
	Temperatura mínima
	Temperatura máxima
	11/04/2015
	23,0 °C
	11,8 °C
	24,2 °C
	12/04/2015
	21,9 °C
	13,0 °C
	24,2 °C
	13/04/2015
	21,8 °C
	13,6 °C
	24,6 °C
	14/04/2015
	20,3 °C
	15,3 °C
	22,4 °C
	15/04/2015
	19,3 °C
	15,6 °C
	21,6 °C
	16/04/2015
	22,9 °C
	15,3 °C
	22,9 °C
	17/04/2015
	19,2 °C
	15,0 °C
	21,2 °C
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Nos gráficos das figuras 1, 2 e 3, estão representadas as medidas de temperaturas máximas, mínimas e instantâneas registradas durante o período de 11 a 17 de abril.
Figura 1 – Gráfico de temperaturas máximas obtidas de 11 a 17 de abril
Figura 2 – Gráfico de temperaturas mínimas obtidas de 11 a 17 de abril
Figura 3 – Gráfico de temperaturas instantâneas obtidas às 17h00min h, de 11 a 17 de abril
Analisando os gráficos, percebemos que houve a maior variação nas medições instantâneas, essa maior diferença aconteceu no dia 12/04 onde a estação automática marca 21,9°C, o termômetro digital 20,1°C, o termômetro de plástico 19,2°C e o de vidro 18,6°C, a diferença entre os dados foi de 3,3°C. Essa diferença de valores pode ter como causa, erros na medição; a posição dos sensores (perto de metais que retém calor, ocasionando uma variação na temperatura); ou variação na temperatura, devido aproximação da pessoa que realizou a leitura. Isso devido em outros momentos, como na medida instantânea do dia 17/04, a diferença ser de apenas 1°C (SEIBT, 2014).
As temperaturas mínimas foram as mais constantes, no dia 14/04 houve a maior variação, de 0,8°C.
Nas medidas de temperaturas máximas, houve mais variação durante a semana, principalmente nos dias 13 e 17/04 onde a diferença foi de 2,6°C e 2,8°C respectivamente.
Pode-se notar que a precisão dos instrumentos de medida de temperatura do ar depende de vários fatores. O termômetro de vidro pode ser considerado muito preciso por ser mais resistente em relação aos sensores do termômetro digital e da estação meteorológica, e por ser calibrados. 
Isso não quer dizer que os sensores não são precisos, porém é recomendável que se faça uma recalibração anualmente. Como a estação meteorológica foi instalada na semana anterior às medidas e o equipamento é novo, pode-se considerar que sua precisão é muito alta, já o termômetro digital pode haver variação devido fatores como bateria e falta de calibração dos sensores.
Analisando as temperaturas médias no gráfico da Figura 4, percebe-se que houve variação significativa entre os dados coletados da estação meteorológica automática e dos demais termômetros. Essa diferença se deve à forma de medição da estação, que é dada de hora em hora. Assim a média dos 24 valores se aproxima mais da média real de temperaturas diárias.
Figura 4 – Gráfico de temperaturas médias de 11 a 17 de abril
De acordo com a Tabela 2, também é perceptível essa diferença, onde as médias da estação automática são menores que as demais. Porém a variação entre os diferentes termômetros é pequena e pouco significativa.
Tabela 2 – Temperaturas médias diárias de 11 a 17 de abril
	Dias
	Vidro
	Plástico
	Digital
	Estação automática
	11/abr
	18,00°C
	17,75°C
	18,40°C
	16,80°C
	12/abr
	19,00°C
	18,85°C
	19,30°C
	17,20°C
	13/abr
	19,05°C
	20,00°C
	20,40°C
	18,10°C
	14/abr
	19,80°C
	19,00°C
	19,65°C
	17,90°C
	15/abr
	19,80°C
	19,00°C
	19,60°C
	17,70°C
	16/abr
	19,70°C
	19,75°C
	19,95°C
	18,00°C
	17/abr
	18,10°C
	19,50°C
	19,65°C
	17,30°C
Considerando as médias diárias, podemos inferir média semanal (Tabela 3).
Tabela 3 – média semanal de acordo com o método de medida utilizado
 a
	Vidro
	Plástico
	Digital
	Estação automática
	19,06°C
	19,12°C
	19,56°C
	17,57°C
De acordo com a tabela 3, percebemos que a semana iniciou e terminou com temperaturas um pouco abaixoda média semanal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como se pôde observar, os dados de um termômetro para outro variam consideravelmente – assim como destes para a estação meteorológica, devido sua baixa ou alta precisão. A estação meteorológica pode ser considerada mais precisa por estar com sensores calibrados.
De acordo com os valores obtidos, o termômetro de plástico foi o que apresentou os dados mais aproximados da estação meteorológica automática, seguido do termômetro de vidro e então o digital. Por fim, as médias diárias giraram entorno de 18,8°C.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
BRASIL. INMET - INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. (Org.). Estação Meteorológica de Observação de Superfície Automática. Disponível em: <http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesAutomaticas>. Acesso em: 20 abr. 2015.
BRASIL. INMET - INSTITUTO NACIONAL DE METEOROLOGIA. (Org.). Estação Meteorológica de Observação de Superfície Convencional. Disponível em: <http://www.inmet.gov.br/portal/index.php?r=estacoes/estacoesConvencionais>. Acesso em: 20 abr. 2015.
LIMA FILHO, José Moacir Pinheiro; TEIXEIRA, Antonio Heriberto de Castro. Temperatura do ar. Disponível em: <http://www.agencia.cnptia.embrapa.br/Agencia22/AG01/arvore/AG01_79_24112005115223.html>. Acesso em: 20 abr. 2015.
SEIBT, T. Entenda por que a temperatura dos termômetros de rua não bate com a oficial. Zero Hora, Rio Grande do Sul, jan. 2014. Disponível em: <http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/verao/noticia/2014/01/entenda-por-que-a-temperatura-dos-termometros-de-rua-nao-bate-com-a-oficial-4398249.html>. Acesso em: 20 abr. 2015.