Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GESTÃO FINANCEIRA JOSÉ LUCENILDO PARENTE PIMENTEL FEVEREIRO-2019 � GESTÃO FINANCEIRA ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Balanço Patrimonial Demonstração de Resultados ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Definição e Objetivos Técnicas de Análise ANÁLISE VERTICAL Definição Análise Vertical – Balanço Patrimonial Análise Vertical – Demonstração de Resultados Análise Vertical – Comparabilidade ANÁLISE HORIZONTAL Definição Análise Horizontal – Balanço Patrimonial Análise Horizontal – Demonstração de Resultados Análise Horizontal – Comparabilidade ANÁLISE POR INDICADORES ECONÔMICO FINANCEIROS Indicadores de Capacidade de Pagamento Indicadores de Atividade Indicadores de Rentabilidade ANÁLISE DO CAPITAL DE GIRO Ativo Circulante, Passivo Circulante e Capital Circulante Líquido Relação entre Risco e Retorno Composição do Ativo Circulante Administração do Disponível Administração dos Recebíveis Administração dos Estoques 7. ESTRUTURA DE CAPITAL 7.1 Alavancagem Operacional 7.2 Alavancagem Financeira Alavancagem Combinada PONTO DE EQUILÍBRIO CUSTO DE CAPITAL VALOR ECONÔMICO ADICIONADO (EVA) Definição e Cálculo do EVA Contribuições do EVA GESTÃO FINANCEIRA 1. ESTRUTURA DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 1.1 Balanço Patrimonial O Balanço Patrimonial é composto do ATIVO, que é formado pelos Bens e Direitos da empresa e, de outro, do PASSIVO e do PATRIMÔNIO LÍQUIDO, correspondentes às obrigações para com os terceiros e para com os sócios, respectivamente. As contas do ATIVO são agrupadas de acordo com a sua facilidade de conversão em dinheiro, ou seja, de acordo com o seu Grau de Liquidez. Sendo assim, são apresentadas nessa ordem: ATIVO CIRCULANTE – São agrupadas as contas de mais elevado nível de liquidez. Mesmo assim, também em cada grupo, as contas são apresentadas dentro desse mesmo critério: Disponível, Aplicações Financeiras, Valores a Receber de Curto Prazo, Estoques, Despesas Antecipadas. ATIVO NÃO CIRCULANTE – Agrupa as contas de baixa liquidez e as que não se destinam a venda B.1 - REALIZÁVEL A LONGO PRAZO – São agrupadas aquelas contas de liquidez mais lenta, como por exemplo, Valores a Receber com prazos maiores. B.2 a B.4 – Subgrupos com características de PERMANENTE: B.2 – INVESTIMENTOS – onde se classificam as participações em outras empresas, imóveis fins especulativos, não utilizados na atividade da empresa etc. B.3 – IMOBILIZADO - onde são registrados os imóveis, veículos, máquinas, equipamentos utilizados no processo operacional da entidade B.4 – INTANGÍVEL (Goodwill) – onde são registrados os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercido com esta finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. Ex: Marca, softwares, patentes, direitos de comercialização etc. As contas do PASSIVO e PL são agrupadas pela proximidade de exigência por parte do credor, conforme a seguir: PASSIVO CIRCULANTE – As obrigações que deverão ser pagas em um curto prazo, tais como: Salários a Pagar, Impostos, Fornecedores etc. PASSIVO NÃO CIRCULANTE – Onde estão os recursos de longo prazo da empresa B.1 - EXIGÍVEL A LONGO PRAZO – As contas que só serão exigidas em um prazo mais longo, como a conta de Financiamentos. B.2 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO - São as obrigações para com os sócios, ou seja, não são exigíveis, como Capital, Lucros Acumulados, Reservas etc. 1.2 DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Como a própria denominação esclarece, a Demonstração de Resultados apresenta a composição do resultado do exercício evidenciando Receitas, Despesas, Impostos, Lucro ou Prejuízo, conforme segue: RECEITA BRUTA (-) Deduções: Abatimentos, Devoluções, Impostos sobre Vendas etc. = RECEITA LÍQUIDA (-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) = LUCRO BRUTO (-) Despesas Operacionais: Despesas de Vendas, Despesas Administrativas e Despesas Financeiras = LUCRO OPERACIONAL (-) Despesas não Operacionais (+) Receitas não Operacionais = Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) (-) Provisão para Imposto de Renda = Lucro Depois do Imposto de Renda (-) Participações: Empregados, Doações etc. = Lucro Líquido: À disposição dos acionistas. 2 ANÁLISES DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 2.1 Definição e Objetivos A Análise das Demonstrações Contábeis é um processo de estudo dos demonstrativos, objetivando uma avaliação da situação da empresa, em seus aspectos operacionais, econômicos, patrimoniais e financeiros. Desse modo, essa análise tem por finalidade detectar os pontos fortes e os pontos fracos do processo operacional e financeiro da companhia, objetivando propor alternativas de curso futuro a serem tomadas e seguidas pelos gestores da empresa. 2.2 Técnicas de Análise Com a finalidade de proceder a essa análise, podem-se utilizar diversas técnicas, dentre as quais destacamos aquelas que serão nesse curso apresentadas: Análise Vertical Análise Horizontal Análise por Índices 3. ANÁLISE VERTICAL 3.1 Análise Vertical – Definição É a análise da estrutura da Demonstração de Resultados e do Balanço Patrimonial, buscando evidenciar as participações dos elementos patrimoniais e de resultados dentro do total, ou dentro de cada grupo de contas. 3.2 Análise Vertical – Balanço Patrimonial No Balanço, a análise vertical procura evidenciar a participação de cada elemento do ativo ou do passivo em relação ao ativo total. Desse modo, atribui-se o parâmetro 100% para o total do ativo e todos os outros valores são traduzidos em relação percentual sobre esse total. Pode-se analisar, também, a participação de cada conta, com relação ao total do grupo a que pertence. Utilizaremos em todas as nossa análises os Balanços Patrimoniais da Cia. Plutão S/A apresentados nas páginas a seguir: Com base na Análise Vertical, verificamos que há uma significativa mudança na estrutura do Ativo. Em primeiro lugar, verifica-se um aumento na participação Ativo Circulante, de 52,76% no Período 0, para 55,68% no Período 1. A mudança significativa nesse grupo decorreu de aumento nos Estoques. É interessante observar se esse aumento em estoques é decorrente de aumento nas compras por incremento nas vendas ou o contrário, ou seja, redução nas vendas, com excesso de estoques. � � Verificou-se, também uma redução conseqüente no Ativo Permanente, basicamente no subgrupo do Imobilizado. Isso pode representar, simplesmente, um despesamento maior a título de depreciação, ou uma utilização de eventual capacidade ociosa nesse item, existente anteriormente, ou ainda uma redução do item por alienação de parte dos bens, especialmente ociosos. No que se refere ao Passivo, não se vê alteração significativa em sua estrutura, já que a maior modificação ocorre no Passivo Circulante, porém em proporção bem reduzida com relação às mudanças na sua contrapartida que é o Ativo Circulante. Verifica-se, no entanto, um aumento bem relevante no item Salários e Encargos, podendo significar aumento de provisões ou mesmo necessidade de mão-de-obra mais qualificada ou mesmo em maior quantidade. Já com relação à redução na participação do Patrimônio Líquido, mesmo que em proporções reduzidas, faz-se necessária uma análise mais aprofundada quanto à rentabilidade da empresa, individualmente e em comparação a outras empresas do setor e da economia. 3.3 Análise Vertical – Demonstração de Resultados A análise vertical da demonstração de resultados conduz à apresentação da estrutura de custos e despesas, em relação ao total das receitas líquidas. Sendo assim, ela conduz à avaliação da lucratividade, representada pela relação entre o lucro e as vendas, passando pela relação entre custos e despesas e as receitas de vendas. A seguir, apresentamos uma análise feitaa partir das demonstrações de Resultados da Cia. Plutão: Observamos, através da Análise Vertical das Demonstrações de Resultados da Cia. Plutão, que é o Lucro com relação às Receitas Líquidas de Vendas reduziu no Período 1. Isso, no entanto, pode representar um problema maior se o Lucro diminuiu em valor absoluto, o que é o caso. A partir da análise das Despesas Operacionais, com relação à Receita Operacional Líquida, vemos que não houve grande variação na participação de nenhum dos itens. Na verdade, a participação do Custo dos Produtos Vendidos foi que teve variação mais significativa. � 3.4 Análise Vertical – Comparabilidade A análise vertical realizada nos demonstrativos financeiros de uma empresa, em um determinado período, ou mesmo em uma série de períodos, será muito mais enriquecida se houver alguma possibilidade de comparação. É necessário saber, por exemplo: a) o que está havendo com a participação do imobilizado das outras empresas do setor? b) o que tem acontecido com a estrutura de capital dos concorrentes, ou seja, qual o seu grau de endividamento? c) como está o nível de estoque do setor? d) há perspectiva de mudança nos preços por excesso de estoque nas outras empresas? São algumas questões que interessam à empresa e que, certamente, deverão influir no seu processo decisório. 4. ANÁLISE HORIZONTAL 4.1 Análise Horizontal – Definição A Análise Horizontal é o instrumental que calcula a variação percentual ocorrida de um período para outro, buscando evidenciar se houve crescimento ou decréscimo do item analisado. Através da análise dos dados que mostram se houve aumento ou diminuição do elemento analisado, poderemos confrontar os dados extraídos e efetuar as correlações necessárias. Assim, por exemplo, se houve aumento da produção e das vendas, deverá ter havido um crescimento relativamente proporcional do consumo de materiais. 4.2 Análise Horizontal – Balanço Patrimonial No Balanço Patrimonial, a base para a Análise Horizontal é escolher o período que será o ponto de partida. Os dados desse período receberão número 100 ou 1. Os dados dos outros períodos serão considerados como evolução do período base escolhido. Em uma economia inflacionária é interessante que se trabalhe, no entanto, com valores dos demonstrativos atualizados por um índice inflacionário. No nosso exemplo, apresentado a seguir, estaremos usando a mesma Cia. Plutão, ao tempo em que fazemos a apresentação, em conjunto, da Análise Vertical e Horizontal: Observando a análise horizontal da Cia. Plutão, verificamos uma variação de 32,54% do Período 0, para o Período 1, no Ativo Circulante, no entanto observamos que esse aumento foi compensado por semelhante crescimento no Passivo Circulante. O Patrimônio Líquido da empresa cresceu 21,59% em 1 período, sendo que o crescimento do Permanente cresceu apenas 19,24%. Esse cálculo pode representar uma melhor utilização do Imobilizado da Companhia, é claro, se o aumento do PL não significar uma simples injeção de novos recursos pelos sócios. Observa-se uma grande variação de 52,24% nos estoques, o que, se não for acompanhado por um aumento no volume de vendas, poderá significar excesso de estoques e, conseqüentemente, menor giro. Além disso, verifica-se uma variação excessiva na rubrica Salários e Encargos, o que pode significar uma mudança na sistemática de pagamento ou mesmo uma maior contratação de pessoal em função de eventual aumento no volume de vendas. 4.3 Análise Horizontal – Demonstração de Resultados O processo de elaboração da Análise Horizontal na Demonstração de Resultados se processa de maneira semelhante àquela utilizada no Balanço Patrimonial, já que tem o mesmo motivo de apresentar a variação de itens, só que, no caso, itens de composição de resultados: Receitas, Despesas, Impostos, Dividendos etc. A seguir apresentamos, novamente, as demonstrações de Resultado dos Períodos 0 e 1 da Cia. Plutão, dessa feitas juntando Análise Vertical e Horizontal: Na análise horizontal da Cia. Plutão, observamos um crescimento de 30,78% nas Receitas Líquidas da empresa, sendo que acompanhado por um crescimento de 41,60% no Custo das Mercadorias Vendidas, significando um crescimento no Lucro Bruto apenas da ordem de 14,70% Observando-se que o crescimento das Despesas Operacionais foi de 23,91%, superior, portanto, ao crescimento do Lucro Bruto, resultou uma variação negativa no Lucro Antes do Imposto de Renda da ordem de 12,01%. � � � Há de se observar, portanto, as causas do crescimento exagerado de Custos e Despesas, de modo a que sejam tomadas decisões para a solução do problema. 4.4 Análise Horizontal – Comparabilidade Conforme citado anteriormente, uma análise das informações da Companhia, isoladamente, não nos dá uma perfeita idéia das questões a serem analisadas, faz-se necessária, portanto, uma comparação com outras empresas do setor, da economia etc. Aqui também são apresentadas algumas questões relevantes a serem examinadas: qual tem sido a relação entre o Custo das Mercadorias Vendidas e as Receitas Líquidas? como tem se comportado o volume de vendas dos concorrentes? qual tem sido a rentabilidade do Patrimônio Líquido de empreendimentos com o mesmo nível de risco? Se você consegue responder essas e outras questões, certamente estará fazendo uso bem proveitoso de sua análise vertical. Em tempos de globalização, com a economia aberta, o conhecimento do custo, preço, qualidade, tecnologia utilizada, dos produtos de outros países também assume importância fundamental. 5. ANÁLISE POR INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS Indicadores Econômico-Financeiros são os elementos que, tradicionalmente, representam o conceito de análise de balanço. São cálculos matemáticos, geralmente simples, a partir do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados, com a produção de índices que possam representar a situação da empresa, em termos de Liquidez, Rentabilidade, Nível de Atividade etc. O cálculo desses indicadores objetiva detectar eventuais problemas, identificar tendências, dando mais subsídios para que a administração da empresa adote providências no sentido de reverter uma situação desfavorável. A análise por índices deve vir acompanhada de outras análises, como Vertical e Horizontal, além, evidentemente, de outras que não se prendam exclusivamente aos demonstrativos financeiros, incluindo análises econômicas setoriais etc. Não há necessidade de muitos índices e normalmente eles são apresentados em cinco grupos, conforme a seguir: Indicadores de Capacidade de Pagamento . Liquidez Corrente . Liquidez Seca . Liquidez Imediata . Liquidez Geral . Endividamento Indicadores de Atividade . Prazo Médio de Recebimento . Prazo Médio de Pagamento . Giro dos Estoques . Giro do Ativo Total Indicadores de Rentabilidade . Margem Operacional sobre Vendas . Margem Líquida sobre Vendas . Rentabilidade do Ativo Total . Rentabilidade do Patrimônio Líquido 5.1 Indicadores de Capacidade de Pagamento Esses indicadores buscam evidenciar a condição da empresa de saldar seus compromissos financeiros e de sua estrutura de endividamento. Considerando que são indicadores calculados a partir de dados do Balanço Patrimonial, são chamados indicadores estáticos, já que representam a situação apenas naquele momento. 5.1.1 Liquidez Corrente Objetiva verificar a capacidade de pagamento dos valores de curto prazo. Liquidez Corrente = Ativo Circulante/Passivo Circulante No nosso exemplo da Cia Plutão, no Período 1: Liquidez Corrente = 1,97 Indica que, para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, a empresa dispõe de R$ 1,97 em Ativos também de curto prazo. 5.1.2 Liquidez Seca É um indicador mais duro que o anterior porque exclui os Estoques do total de Ativos de Curto Prazo: Liquidez Seca =(Ativo Circulante – Estoques)/Passivo Circulante Cia. Plutão: Liquidez Seca = 0,92 Indica que para cada R$ 1,00 de dívida de curto prazo, se ela não lançar mão dos estoques, ela dispõe de outros Ativos de Curto Prazo, no total de R$ 0,92. 5.1.3 Liquidez Imediata É um indicador muito restrito, que imagina a empresa não realizando nenhum dos seus outros ativos, exceto Caixa e Bancos, no momento de saldar suas dívidas de curto prazo: Liquidez Imediata = Disponibilidades/Passivo Circulante Cia Plutão: Liquidez Imediata = 0,13 Indica que a empresa só disporia de R$ 0,13, em Caixa e Bancos, para cada R$ 1,00 de dívidas de curto prazo, se tivesse que saldá-las imediatamente. 5.1.4 Liquidez Geral Objetiva verificar a capacidade de pagamento de curto e longo prazos, utilizando para isso todo o seu Ativo, exceto o Permante, ou seja, Circulante e Realizável de Longo Prazo: Liquidez Geral=Ativo Circulante + Ativo Realizável de Longo Prazo Passivo Circulante + Exigível de Longo Prazo Cia: Plutão: Liquidez Geral = 1,06 Indica que, para cada R$ 1,00 de dívida de Curto Prazo ou Longo Prazo, a empresa dispõe de R$ 1,06 em ativos de curto e longo prazos, sem lançar mão de seu Ativo Permanente. 5.1.5 Endividamento Esse indicador tem por objetivo apresentar como está o nível de endividamento da empresa em determinado momento. Ele pode ser apresentado de duas formas, com leituras diferentes, mas que levam à mesma conclusão: Endividamento=Passivo Circulante + Exigível de Longo Prazo Ativo Total Cia. Plutão: Endividamento = 0,54 Ou Endividamento=Passivo Circulante + Exigível de Longo Prazo Patrimônio Líquido Cia. Plutão: Endividamento = 1,20 Indicam que do total de recursos utilizados pela empresa, 54% são de terceiros, ou ainda, para cada R$ 1,00 de recursos próprios, a empresa utiliza R$ 1,20 de terceiros. 5.2 Indicadores de Atividade Buscam evidenciar a dinâmica operacional da empresa, normalmente no que se refere à produtividade dos seus ativos. 5.2.1 Prazo Médio de Recebimento Objetiva dar um parâmetro médio de quanto tempo em média a empresa demora a receber pelas suas vendas. Prazo Médio de Recebimento=Valores a Receber CP (Média) x 360 Vendas Líquidas Cia. Plutão: Prazo Médio de Recebimento = 89,7 dias Indica que a empresa passa 89,7 dias, em média, para receber pelas vendas que realiza. 5.2.2 Prazo Médio de Pagamento A finalidade desse indicador é mostrar o prazo médio que a empresa consegue para pagar seus fornecedores. Prazo Médio de Pagamento=Fornecedores(Média) x 360 Compras Como descobrir o valor das Compras: Se CMV = Estoque Inicial + Compras – Estoque Final Compras = CMV – Estoque Inicial + Estoque Final Cia. Plutão: Prazo Médio de Pagamento = 39,8 dias Indica que a empresa paga os seus fornecedores num prazo médio de 39,8 dias. 5.2.3 Giro dos Estoques Tenta mostrar a velocidade com que o estoque se transforma em produção vendida. Giro dos Estoques=Custo dos Produtos Vendidos Estoque Médio Cia Plutão: Giro dos Estoques = 2,09 vezes Indica que a empresa só consegue renovar os estoques 2,09 vezes a cada ano, ou seja, a cada 180 dias. 5.2.4 Giro do Ativo Total Tenta identificar a velocidade com que o investimento total se transforma em volume de vendas. Giro do Ativo=Receita Operacional Líquida Ativo Total Médio Cia. Plutão: Giro do Ativo Total = 0,88 Indica que o volume de vendas líquidas anuais corresponde a apenas 88% do Ativo Total Médio. 5.3 Indicadores de Rentabilidade Objetivam avaliar a rentabilidade da empresa e é mais um indicador a ser comparado com o setor ao qual a empresa pertence, e também com relação aos outros investimentos. 5.3.1 Margem Operacional sobre Vendas Representa o quanto se obtém de Lucro Operacional sobre cada unidade vendida. Margem Operacional sobre Vendas =______Lucro Operacional_________ Receita Operacional Líquida Cia. Plutão: Margem Operacional sobre Vendas = 0,0694 = 6,94% Conforme se pode verificar também na análise vertical, o Lucro Operacional corresponde a 6,94% das Vendas Líquidas. 5.3.2 Margem Líquida sobre Vendas Indica o quanto se obtém de Lucro Líquido por cada unidade vendida. Margem Líquida sobre Vendas = _______Lucro Líquido__________ Receita Operacional Líquida Cia Plutão: Margem Líquida sobre Vendas = 0,039 = 3,90% Indica que o Lucro Líquido corresponde a 3,9% do total das vendas líquidas. 5.3.3 Rentabilidade sobre Ativo Total Indica a relação entre o Lucro Líquido e o valor do Ativo Total, ou seja, o total investido na empresa. É interessante que o cálculo seja feito sobre o Ativo Total Inicial. Rentabilidade sobre o Ativo Total = __Lucro Líquido__ Ativo Total Inicial Cia. Plutão: Rentabilidade sobre Ativo Total = 0,039 = 3,90% a.a. Desse modo, lucro líquido correspondeu a 3,9% do Ativo Total Inicial 5.3.4 Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido Indica a relação entre o Lucro Líquido e o valor dos recursos próprios investidos. É interessante que o cálculo seja feito sobre o Patrimônio Líquido Inicial. Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido =_____Lucro Líquido_____ Patrimônio Líquido Inicial Cia. Plutão: Rentabilidade sobre o PL = 0,0821 = 8,21% a.a. Desse modo, o lucro líquido correspondeu a 8,21% sobre os recursos próprios investidos. � 6. ADMINISTRAÇÃO DO CAPITAL DE GIRO A Administração do Capital de Giro abrange a administração das contas circulantes da empresa, incluindo Ativos e Passivos. 6.1 – ATIVO CIRCULANTE, PASSIVO CIRCULANTE E CCL ATIVOS CIRCULANTES - Caixa e Títulos Negociáveis - Aplicações Financeiras - Valores a Receber de Curto Prazo - Estoques PASSIVOS CIRCULANTES - Duplicatas a Pagar - Títulos a Pagar - Despesas Provisionadas a Pagar CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO (CCL) Também conhecido como Capital de Giro Próprio CCL = Ativo Circulante – Passivo Circulante OU CCL = Parcela dos Ativos Circulantes financiada com Recursos de Longo Prazo 6.2 RELAÇÃO ENTRE RISCO E RETORNO Quanto maior o retorno, através da manipulação do Capital de Giro, a conseqüência é um acréscimo correspondente no risco, medido pelo nível de CCL. VARIAÇÕES NO ATIVO CIRCULANTE - Aumento no Ativo Circulante => Redução no Risco e Redução no Retorno - Redução no Ativo Circulante => Aumento no Risco e Aumento no Retorno VARIAÇÕES NO PASSIVO CIRCULANTE - Aumento no Passivo Circulante => Aumento no Risco e Aumento no Retorno - Redução no Passivo Circulante => Redução no Risco e Redução no Retorno 6.3 COMPOSIÇÃO DO ATIVO CIRCULANTE TÉCNICAS PARA DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO ADEQUADA DE FINANCIAMENTO AGRESSIVA => Alto Retorno e Alto Risco - Necessidades Sazonais financiadas com recursos de curto prazo - Necessidades Permanentes financiadas com recursos de longo prazo CONSERVADORA => Baixo Retorno e Baixo Risco - Todas as necessidades são financiadas com recursos de longo prazo, tanto permanentes como sazonais. INTERMEDIÁRIA => Médio Retorno e Médio Risco - É um misto entre as duas técnicas - Todas as necessidades permanentessão financiadas com recursos de longo prazo e parte das necessidades sazonais também. 6.4 ATIVO DISPONÍVEL Ativo disponível refere-se ao ativo que a empresa pode reunir, sem grande demora, para satisfazer à demanda de Caixa. Composição: - Caixa, Bancos e Títulos Negociáveis. EXEMPLO: Empresa KLM - Desembolsos Totais Anuais (DTA) = $ 12.000.000 - Prazo Médio de Pagamento (PMP) = 35 dias - Prazo Médio de Cobrança ou de Recebimento (PMC ou PMR) = 70 dias - Idade Média dos Estoques (IME) = 85 dias CICLO DE CAIXA (CC) Período de tempo que vai do ponto em que a empresa paga pela aquisição de mercadorias ou matérias-primas, até o dia em que ela recebe pelas vendas efetuadas. CC = IME + PMC – PMP Cia. KLM => CC= 85 + 70 – 35 = 120 dias Compra de Recebimento Matéria-Prima ou Venda das de Duplicatas Mercadorias Mercadorias a Receber |______________________35__________________|____________________________| 0 | 85 155 Pagamento das Duplicatas GIRO DE CAIXA (GC) É o número de vezes, por ano, que o caixa da empresa é renovado. GC = 360/Ciclo de Caixa Cia. KLM => GC = 360/120 = 3 vezes CAIXA MÍNIMO OPERACIONAL (CMO) Caixa mínimo que permitirá à empresa saldar suas contas, no vencimento, e que dará uma margem de segurança para efetuar pagamentos não programados ou quando os encaixes esperados não se realizarem. CMO = Desembolsos Totais Anuais/Giro de Caixa Cia. KLM => CMO = 12.000.000/3 = $ 4.000.000 ESTRATÉGIAS BÁSICAS NA ADMINISTRAÇÃO DO CAIXA A – Procurar sempre aumentar o prazo de pagamento das contas, sem perder, é claro, vantagens oferecidas pelo pagamento antecipado. Ex: Se a KLM conseguisse aumentar o prazo médio de pagamento, de 35 para 45 dias: CC = IME + PMC – PMP CC = 85 + 70 – 45 => CC = 110 dias GC = 360/CC GC = 360/110 => GC = 3,27 vezes CMO = DTA/GC CMO = 12.000.000/3,27 => CMO = $ 3.669.725 B – Procurar Girar Estoques com maior rapidez, sem comprometer a linha de produção ou perder vendas. Ex: Se a KLM conseguisse reduzir a Idade Média dos Estoques, de 85 para 70 dias: CC = IME + PMC – PMP CC = 70 + 70 – 35 => CC = 105 dias GC = 360/CC GC = 360/105 => GC = 3,43 vezes CMO = DTA/GC CMO = 12.000.000/3,43 => CMO = $ 3.498.542 C – Receber o mais cedo possível as contas a receber, sem perder vendas futuras por técnicas excessivamente rígidas de cobrança. Ex: Se a KLM conseguisse reduzir o prazo médio de cobrança, de 70 para 50 dias: CC = IME + PMC – PMP CC = 85 + 50 – 35 => CC = 100 dias GC = 360/CC GC = 360/100 => GC = 3,6 vezes CMO = DTA/GC CMO = 12.000.000/3,6 => CMO = $ 3.333.333 D – Combinação de Estratégias Ex: Se a KLM conseguisse simultaneamente: . Aumentar o PMP de 35 para 45 dias . Reduzir a IME de 85 para 70 dias . Reduzir o PMC de 70 para 50 dias CC = IME + PMC – PMP CC = 70 + 50 – 45 => CC = 75 dias GC = 360/CC GC = 360/75 => GC = 4,8 vezes CMO = DTA/GC CMO = 12.000.000/4,8 => CMO = $ 2.500.000 Custo de Oportunidade – caso do disponível, significa quanto está sendo perdido por ter que manter recursos esterilizados Ex: KLM => Custo de Oportunidade = 10% a.a. CMO inicial da KLM = 4.000.000 Custo com a manutenção do disponível = 4.000.000 x 0,1 = 400.000 CMO da KLM após as modificações = 2.500.000 Custo com a manutenção do disponível = 2.500.000 x 0,1 = 250.000 6.5 ADMINISTRAÇÃO DOS RECEBÍVEIS Valores a Receber são os montantes devidos à empresa, provenientes da venda de mercadorias ou serviços no curso ordinário dos negócios. Oferecendo crédito aos clientes e aceitando o compromisso de fundos correspondentes, a empresa espera gerar um volume maior de ganhos nas operações. Ao mesmo tempo, contudo, a decisão de comprometer fundos com os valores a receber dará a custos adicionais. Natureza da decisão: Determinação do volume de fundos melhor ou ótimo para esta aplicação. Ponto Ótimo: Ponto em que o custo adicional da última unidade de fundos comprometida com os valores a receber é exatamente igual à receita deles esperada. Ponto em que o custo marginal é igual à receita marginal. A empresa está disposta a aceitar os prejuízos com devedores duvidosos, conquanto que o total de todos os custos somados – incluídos os prejuízos com devedores duvidosos – não exceda os benefícios de caixa esperados das vendas adicionais. 6.5.1 VARIÁVEIS-CHAVE NOS PADRÕES DE CONCESSÃO DE CRÉDITO Volume de Vendas . Padrões menos apertados => aumento no volume de vendas . Padrões mais apertados => redução no volume de vendas Investimentos em duplicatas a receber . Padrões menos apertados => maior investimento em duplicatas a receber . Padrões mais apertados => menor investimento em duplicatas a receber Perdas com Devedores Incobráveis . Padrões menos apertados => maiores perdas com devedores incobráveis . Padrões mais apertados => menores perdas com devedores incobráveis 6.5.2 DETERMINAÇÃO DE VALORES DAS VARIÁVEIS-CHAVE Exemplo: Companhia XYZ . Preço do Produto = $ 10 . Vendas a crédito (totais) = 60.000 unid . Custos Fixos da Empresa = $ 120.000 . Custos Variáveis por Unidade = $ 6 Plano a ser analisado: afrouxamento nos padrões de crédito aumento de 5% nas vendas período médio de cobrança passa de 30 para 45 dias perdas com incobráveis passam de 1% para 2% retorno exigido sobre o investimento = 15% a.a. Itens a analisar: . Margem de Contribuição Adicional . Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber . Custo marginal com Devedores Incobráveis Margem de Contribuição Adicional É igual ao produto das vendas adicionais pela margem de contribuição por unidade . Receita Adicional por Unidade = 10 . Custo Variável por Unidade = 6 . Margem de Contribuição Unitária = 4 . Margem de Contrib. Total = 4 x 3.000 = $ 12.000 Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber É a diferença entre o custo de manter duplicatas a receber antes e após a mudança nos padrões de crédito Custo das Vendas Anuais Investimento Médio em Duplicatas a Receber = ________________________ Giro das Duplicatas a Receber 360 Giro das Duplicatas a Receber = ________________________________ Período Médio de Cobrança Custo das Vendas Anuais: Custo Atual = 120.000 + (60.000 x 6) = 480.000 Custo da Proposta = 120.000 + (63.000 x 6) = 498.000 Giro das Duplicatas a Receber Atual = 360/30 = 12 Proposta = 360/45 = 8 Investimento Médio em Duplicatas a Receber Atual = 480.000/12 = 40.000 Proposta = 498.000/8 = 62.250 Investimento Marginal em Duplicatas a Receber 62.250 – 40.000 = $ 22.250 Custo do Investimento Marginal em Duplicatas a Receber Investimento Marginal = 22.250 Retorno Exigido sobre o Investimento = 15% a.a. Custo do Investimento Marginal = $ 3.338 Custo Marginal dos Devedores Incobráveis Atual = 60.000 x 10 x 1% = 6.000 Proposta = 63.000 x 10 x 2% = 12.600 Custo Adicional= 6.600 Tomada de Decisão: É necessário comparar a margem de contribuição adicional, com a soma dos custos do investimento marginal em Duplicatas a Receber e Custos Marginal com Devedores Incobráveis => Margem de Contribuição Adicional = 12.000 => Custos com Investimentos Marginais em Dp a Rec = 3.338 => Custo Marginal com Devedores Incobráveis = 6.600 => Lucro Líquido Adicional = 2.062 6.6 ADMINISTRAÇÃO DOS ESTOQUES A natureza fundamental da decisão de estoques é decidir sobre o nível ótimo de compromissos de fundos com estoques, o que repousa numa comparação entre os custos incorridos e os benefícios esperados, considerando: . as vantagens de se manter estoque têm um preço; . exposição ao risco aumenta Tipos de Estoque: - Matérias-primas - Produtos em elaboração - Produtos acabados 6.6.1 O Estoque como Investimento Investimento Médio em Estoque = Custo das Mercadorias Vendidas Giro do Estoque Exemplo: A Empresa AEI deseja adotar política de aumentar o tamanho dos lotes de produção. Vai, com isso, economizar $ 20.000 com redução nos custos de preparação das máquinas, mas reduz o giro do estoque, de 6 para 4 vezes. O Custo das Mercadorias Vendidas permanece em $ 1.200.000. O Retorno exigido em investimentos de risco semelhante é de 25% a.a.. Deverá implantar a nova política? . Investimento Médio em Estoque = CMV/Giro do Estoque = 1.200.000/6 = $ 200.000 (Situação Atual) = 1.200.000/4 = $ 300.000 (Situação Proposta) . Investimento Médio Adicional = Situação Proposta – Situação Atual = 300.000 – 200.000 = $ 100.000 . Custo do Investimento Adicional = Investimento Médio Adicional x Custo de Oportunidade = 100.000 x 0,25 = $ 25.000 . Redução nos custos de preparação das máquinas = $ 20.000 . Resultado Adicional = 20.000 – 25.000 = ($ 5.000) => Proposta desvantajosa � 6.6.2 Relação entre Estoques e Duplicatas a Receber Exemplo: Companhia Erker . Custo Anual do Investimento de $ 1,00 em Estoques = $ 0,25 . Custo Anual do Investimento de $ 1,00 em Duplicatas a Receber = $ 0,15 . Estoque Médio = $ 300.000 . Duplicatas a Receber Médio = $ 200.000 Alterações através de novas condições de crédito implicariam em: . Redução no Estoque Médio = $ 150.000 . Aumento em Duplic. a Receber = $ 150.000 Situação Atual: . Custo Atual de Manter Estoque (A) = 300.000 x 0,25 = $ 75.000 . Custo Atual de Manter Duplicatas a Receber (B) = 200.000 x 0,15 = $ 30.000 . Custo Total Atual (A + B) = 75.000 + 30.000 = $ 105.000 Proposta . Custo de Manter Estoques, na Proposta (C) = (300.000 - 150.000) x 0,25 = $ 37.500 . Custo de Manter Duplicatas a Receber, na Proposta (D) = (200.000 + 150.000) x 0,15 = $ 52.500 . Custo Total da Proposta = 37.500 + 52.500 = $ 90.000 Resultado da Proposta = Custo Total Atual - Custo Total da Proposta = 105.000 – 90.000 = Lucro Adicional de $ 15.000 6.6.3 Lote Econômico S = Demanda em Unidades, por período O = Custo de pedir, por pedido C = Custo de manter uma unidade em estoque, por período Q = Quantidade de unidades do pedido LE = Lote Econômico Custo de Pedir = (O x S/Q) Custo de Manter Estoque = (C x Q/2) Custo Total = Custo de Pedir + Custo de Manter Estoque = (O x S/Q) + (C x Q/2) Lote Econômico: Exemplo: Suponha que uma Empresa use 1.600 unidades de um item; seu custo de pedir seja $ 50 por pedido e seu custo de manter seja $ 1 por unidade ao ano. Qual o lote em que ela estará minimizando seu custo total do estoque? S = 1.600 O = 50 C = 1 Considerando que: Então: => Lote Econômico = 400 unidades � 7. ESTRUTURA DE CAPITAL É determinada pelo composto de Endividamento e Capital Próprio que uma empresa usa para financiar suas operações. 7.1 RISCO E ESTRUTURA DE CAPITAL A Estrutura de Capital deve ser consistente com o risco do negócio A Estrutura de Capital resulta em determinado nível de risco financeiro Risco do Negócio Diz respeito ao resultado da Alavancagem Operacional, ou seja, ao relacionamento entre as vendas e os Lucros Antes dos Juros e Imposto de Renda (LAJIR) Grau de Alavancagem Operacional = _Variação Percentual no LAJIR_ Variação Percentual nas Vendas Quanto maior o Custo Operacional Fixo, maior será seu risco de negócio Empresas com risco de negócio elevado tendem a ter estruturas de capital menos alavancadas e vice-versa. EXEMPLO (Cálculo do Grau de Alavancagem Operacional): a) Companhia ABC Situação 1 Situação 2 . Vendas 1.000 800 . Custos Fixos 300 300 . Custos Variáveis (40% das Vendas) 400 320 LAJIR 300 180 Grau de Alavancagem Operacional (GAO) = -40% = 2 -20% b) Companhia XYZ Situação 1 Situação 2 . Vendas 1.000 800 . Custos Fixos 400 400 . Custos Variáveis (30% das Vendas) 300 240 LAJIR 300 160 Grau de Alavancagem Operacional (GAO) = -46,67% = 2,33 -20% Risco Financeiro É resultante do uso da alavancagem financeira, que refere-se à relação entre a variação nos Lucros Antes de Juros e Impostos (LAJIR) e no Lucro Líquido (LL) ou no Lucro por Ação(LPA) Grau de Alavancagem Financeira = _Variação Percentual no LL ou LPA_ Variação Percentual no LAJIR Quanto maior o nível de despesas financeiras, como custo fixo, maior será o seu risco financeiro Empresas com risco financeiro alto tendem a obter fundos de terceiros a custo mais elevado EXEMPLO (Cálculo do Grau de Alavancagem Financeira): Companhia AEI Total Rec. Terceiros + Rec. Próprios = 1.000 Número de Ações = 500 Relação Rec. Terceiros/Rec.Total = 0,50 Alíquota Imp.Renda = 25% Taxa de Juros = 8% a.a. Situação 1 Situação 2 . LAJIR 300 200 . Juros 40 40 . LAIR 260 160 . Imp. Renda 65 40 . Lucro Líquido 195 120 . Lucro por Ação 0,39 0,24 Grau de Alavancagem Financeira (GAF) = -38,46% = 1,15 -33,33% Companhia BCD Total Rec. Terceiros + Rec. Próprios = 1.000 Número de Ações = 300 Relação Rec. Terceiros/Rec.Total = 0,70 Alíquota Imp.Renda = 25% Taxa de Juros = 9% a.a. Situação 1 Situação 2 . LAJIR 300 200 . Juros63 63 . LAIR 237 137 . Imp. Renda 59,25 34,25 . Lucro Líquido 177,75 102,75 . Lucro por Ação 0,5925 0,3425 Grau de Alavancagem Financeira (GAF) = -42,19% = 1,27 -33,33% 7.1.3 Alavancagem Combinada É resultante do uso da alavancagem operacional e financeira e refere-se à relação entre a variação nas Vendas e no Lucro Líquido ou no Lucro por Ação (LPA) Grau de Alavancagem Combinada = _Variação Percentual no LL ou LPA_ Variação Percentual nas Vendas OU Grau de Alavancagem Combinada = G.A.O. X G.A.F EXEMPLO (Cálculo do Grau de Alavancagem Combinada): Companhia FELICIDADE Total Rec. Terceiros + Rec. Próprios = 1.000 Número de Ações = 500 Relação Rec. Terceiros/Rec.Total = 0,50 Alíquota Imp.Renda = 25% Taxa de Juros = 10% a.a. Situação 1 Situação 2 . Vendas 1.000 800 . Custos Fixos 300 300 . Custos Variáveis (40% das Vendas) 400 320 LAJIR 300 180 . Juros 50 50 LAIR 250 130 . Imp. de Renda 62,50 32,50 Lucro Líquido 187,50 97,50 . Lucro por Ação 0,3750 0,1950 Grau de Alavancagem Operacional (GAO) = -40% = 2 -20% Grau de Alavancagem Financeira (GAF) = -48% = 1,2 -40% Grau de Alavancagem Combinada (GAC) = -48% = 2,4 -20% OU Grau de Alavancagem Combinada = 2 x 1,2 = 2,4 � 8. PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL Correponde ao volume de vendas em que as Receitas Totais equivalem aos Custos Totais. PONTO DE EQUILÍBRIO OPERACIONAL DADOS SIT.0 SIT.1 SIT.2 PEO Volume de Vendas = 40.000 32.000 48.000 20.000 T Preço de Venda = $ 5,00 $ 5,00 $ 5,00 $ 5,00 p/t Custo Variável Unitário = $ 2,00 $ 2,00 $ 2,00 $ 2,00 p/t Custo Fixo = $ 60.000,00 $ 60.000,00 $ 60.000,00 $ 60.000,00 DISCRIMINAÇÃO SIT. 0 SIT.1 SIT.2 PEO VARIAÇÃO NA RECEITA OPERAC.= -20,00% 20,00% ( + ) RECEITA OPERACIONAL 200.000 160.000 240.000 100.000 ( - ) CUSTO FIXO (60.000) (60.000) (60.000) (60.000) ( - ) CUSTO VARIÁVEL (80.000) (64.000) (96.000) (40.000) ( = ) LUCRO OPERACIONAL 60.000 36.000 84.000 - VARIAÇÃO NO LUCRO OPERAC.= -40,00% 40,00% PONTO DE EQUILÍBRIO (PEO) = CF OPERACIONAL P - Cvu PEO = $ 60.000,00 = 20.000 t $ 3,00 � 9. CUSTO DE CAPITAL Taxa de Retorno mínima exigida pelos investidores do mercado (Acionistas e Terceiros) para atrair o Financiamento. Embora o Custo de Capital seja determinado em dado momento, este deve refletir o custo dos recursos por longo tempo, com base nas melhores informações necessárias. Fatores Fundamentais que afetam o Custo de Capital: - Risco - Oferta e demanda de recurso - Impostos 9.1 Custo dos Recursos de Terceiros Kt = i x (1 – T) Onde: Kt -> Custo dos Recursos de Terceiros i -> Taxa de juros cobrada pelos recursos de terceiros T -> Taxa de Tributação 9.2 Custo dos Recursos Próprios Kp -> Taxa mínima exigida pelos acionistas para investirem no projeto, dado o risco e dadas as outras alternativas de investimento de que dispõem. 9.3 Custo Médio Ponderado de Capital K = Kp x Fp + Kt x Ft Ou K = Kp x Fp + i (1 – T) x Ft Onde: K -> Custo Médio Ponderado de Capital Kp -> Custo do Capital Próprio Fp -> Fração dos Recursos Totais representada por Recursos Próprios Kt -> Custo dos Recursos de Terceiros, já considerado o efeito da Tributação Ft -> Fração dos Recursos Totais representada por Recursos de Terceiros i -> Taxa de juros cobrada pelos recursos de terceiros � 10. VALOR ECONÔMICO ADICIONADO (EVA) Diferença entre o retorno e o custo do capital Se EVA é positivo -> Existe criação de Valor Se EVA é negativo -> Existe destruição de Valor Existe forte correlação entre EVA e o preço das ações da Companhia COMO CALCULAR O EVA? Lucro Operacional Líquido Após IR - Custo de Capital = EVA ALGUMAS FORMAS DE ELEVAR O EVA . Aumentando Vendas . Eliminando gastos desnecessários . Identificando oportunidades de investimento . Vendendo ativos improdutivos ÁREAS DE CONTRIBUIÇÃO DO EVA . Comunicação de Resultados Financeiros . Avaliação de Estratégias . Avaliação de Aquisições e Desinvesti-mentos . Definição de Objetivos . Remuneração por performance . Estímulo ao pensamento empreendedor MVA (Market Value Added) . Valor Presente dos fluxos de caixa gerados pelos futuros EVA’s. � � 3. EBITDA Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization, ou melhor, Lucro Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização. Um indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital aberto e pelos analistas de mercado é o chamado EBITDA. O EBITDA equivale à geração operacional de caixa da companhia, ou seja, o quanto a empresa gera de recursos apenas em suas atividades operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. O conhecimento do EBITDA é importante porque analisar apenas o resultado final da empresa (lucro ou prejuízo) muitas vezes tem sido insuficiente para avaliar seu real desempenho em um dado período. 3.1 CÁLCULO DO EBITDA A partir do Lucro antes dos Juros e Imposto de Renda (LAJIR), adicionar a depreciação e amortização, as quais não representam saída de caixa efetiva no período. Acrescentar, também, no EBITDA, a despesa financeira líquida, que foge do escopo de análise do indicador, ou seja, de efetivo desempenho operacional. Assim, para o cálculo do EBITDA, adicionam-se os juros, depreciação e amortização ao Lucro Operacional. 3.2 APLICAÇÃO DO EBITDA Útil na análise da origem dos resultados das empresas e, uma vez que retira os efeitos dos juros e despesas que não significam saídas de caixa, pode melhorar a avaliação da produtividade e a eficiência do negócio. Vale lembrar, porém, que o EBITDA, por não considerar o montante de reinvestimento requerido (pela depreciação), pode levar a falsas conclusões sobre a capacidade de pagamento da empresa.Em um cenário extemo, uma empresa pode apresentar um EBITDA enorme, sem que tenha condições de liquidez para honrar seus compromissos. Isto deve-se ao fato deste indicador analisar somente as contas de resultado, não se importando com a movimentação patrimonial. O EBITDA é, pois, um indicador financeiro muito relevante, mas que deve ser utilizado combinado com outros indicadores de desempenho para fornecer uma visão mais apropriada da performance da empresa. � BIBLIOGRAFIA UTILIZADA ASSAF NETO, Alexandre – Estrutura e Análise de Balanços – Um Enfoque Econômico-Financeiro – São Paulo – Ed. Atlas S.A. – 9ª. Edição – 2010 IUDÍCIBUS, Sérgio de – Análise de Balanços – Ed. Atlas S.A. – 10ª. Edição - 2010 GITMAN, Lawrence J. – Princípios de Administração Financeira – São Paulo –Pearson Addison Wesley - 10ª. Edição – 2006 SANVICENTE, Antônio Zoratto – Administração Financeira – São Paulo – Ed. Atlas S.A. – 3ª. Edição – 1997 GROPPELLI, A.A. & NIKBAKHT, Ehsan – Administração Financeira – São Paulo – Editora Saraiva – Série Essencial � Lista de Exercícios 1 – Análise das Demonstrações Contábeis 1. Faça Análise Horizontal, Vertical e por Indicadores Econômico-Financeiros da Cia. Antuérpia: � � Lista de Exercícios 2 – Administração do Capital de Giro e de Caixa No ano de 20X0, a Companhia XYZ apresentou o seguinte Balanço Patrimonial: ATIVO PASSIVO E PATR. LÍQUIDO Circulante 3.000 Circulante 2.000 Permanente 8.000 Recurso de Longo Prazo 9.000 T O T A L 11.000 T O T A L 11.000 A empresa estimou que ganharia 10% a.a. sobre seus ativos circulantes e 25% a.a. sobre seus ativos permanentes, e que teria um custo de 14% a.a. e 16% a.a. pelos seus passivos circulantes e recursos de longo prazo, respectivamente. Para o Ano 20X1, calcule a receita esperada sobre o ativo total, os custos do financiamento, o lucro e o índice de liquidez corrente, sob as seguintes diferentes circunstâncias: se não houver alterações nem no Ativo, nem no Passivo; se houver redução de R$ 1.100, no Ativo Circulante, com conseqüente aumento no Ativo Permanente; se R$ 250, atualmente financiados a longo prazo, passarem a ser financiados a curto prazo; discuta as variações de risco e retorno ocorridas nas situação b e c. Considere as necessidades de recursos estimadas para a Companhia ABC, apresentadas no quadro a seguir. Admita, ainda, que os custos anuais dos recursos de curto e longo prazo são de 4,1% e 10,1%, respectivamente: Pede-se os custos totais de financiamento para as estratégias Agressiva e Conservadora; considerando a estratégia intermediária, imagine a utilização de R$ 7.950, como sendo financiados a longo prazo, ou seja, o ponto médio entre a maior e a menor necessidade de financiamento. Quaisquer outras necessidades serão financiadas a curto prazo. Calcule os custos totais de financiamento; comente a relação risco-retorno em cada uma das estratégias. Uma empresa precisa dimensionar seu caixa mínimo operacional. Já foram levantadas as seguintes informações: os desembolsos totais que ela estima fazer em um ano são de R$ 40 milhões; o prazo médio de cobrança é de 60 dias; o prazo médio de pagamento é de 40 dias; e o prazo médio de rotação dos estoques é de 70 dias. Uma empresa cobra suas duplicatas, em média, após 70 dias. Os estoques têm uma idade média de 95 dias. As duplicatas são quitadas, em média, 60 dias após sua emissão. Que modificações ocorrerão no ciclo de caixa e no giro de caixa, com cada uma das seguintes diferentes circunstâncias? o período médio de cobrança muda para 60 dias. a idade média dos estoques muda para 85 dias. o período médio de pagamento muda para 80 dias. todas as circunstâncias (a), (b) e (c) ocorrem simultaneamente. Uma companhia tem prazo de cobrança de suas duplicatas de 45 dias. O giro do estoque é de 6 vezes ao ano. O prazo médio de pagamento é de 45 dias. Os desembolsos totais anuais são estimados em R$ 20 milhões. Considerando um custo de oportunidade 12% a.a., calcule: o custo de manutenção do caixa mínimo operacional; e qual seria o novo custo se se aumentasse o giro dos estoques para 8 vezes? � LISTA DE EXERCÍCIOS 3 - ADMINISTRAÇÃO DE RECEBÍVEIS Prof. José Lucenildo Parente Pimentel A Empresa CARAMBOLA vende a prazo um total de R$ 40.000.000,00, anuais, e sabe-se que ela trabalha com margem bruta de 30%, calculada sobre o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). O prazo médio de recebimento das duplicatas é de 60 dias. Pede-se: O investimento médio em duplicatas a receber; O custo total de oportunidade, considerando a existência de alternativas de investimento, com risco idêntico, a uma taxa de 11,5% a.a.; Considerando a informação da alínea “b”, qual seria a economia anual se o prazo médio das duplicatas passasse de 60 para 52 dias. A Empresa MALIBU vende a prazo um total de R$ 50.000.000,00, anuais, e sabe-se que ela trabalha com margem bruta de 40%, calculada sobre o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV). O prazo médio de recebimento das duplicatas é de 50 dias. Pede-se: O investimento médio em duplicatas a receber; O custo total de oportunidade, considerando a existência de alternativas de investimento, com risco idêntico, a uma taxa de 15,3% a.a.; Considerando a informação da alínea “b”, qual seria o aumento de custo anual se o prazo médio das duplicatas passasse de 50 para 72 dias. A Empresa PALOMA realiza um total de vendas anuais, a crédito, de R$ 300 Milhões, sendo que recebe suas duplicatas, em média, com 50 dias. O preço unitário é de R$ 60,00, os custos variáveis são de R$ 25,00 por unidade e os custos médios por unidade são de R$ 40,00, a esse nível de vendas. Decorrente de nova política de crédito mais rígida, a empresa estima uma redução nas suas vendas a prazo, em torno de 12%, e, ainda, uma redução no período médio de cobrança, de 50 para 45 dias. O nível de incobráveis passará de 2% para 1%. Pede-se: Os custos fixos totais, com e sem a mudança na política de crédito; A margem de contribuição total antes e depois da nova política; A redução no investimento médio em duplicatas a receber; Considerando um custo de oportunidade de 12% a.a., qual a economia com a redução do investimento médio em duplicatas a receber; Qual a economia com incobráveis com a nova política; A empresa deve adotar a nova política? Por quê? A Empresa PANORAMA realiza um total de vendas anuais, a crédito, de R$ 90 Milhões, sendo que recebe suas duplicatas, em média, com 60 dias. O preço unitário é de R$ 15,00, os custos variáveis são de R$ 4,00 por unidade e os custos médios por unidade são de R$ 10,00, a esse nível de vendas. Decorrente de nova política de crédito menos rígida, a empresa estima um aumento nas suas vendas a prazo, em torno de 14%, e, ainda, um aumento no período médio de cobrança, de 60 para 75 dias. O nível de incobráveis passará de 2% para 4%. Pede-se: Os custos fixos totais, com e sem a mudança na política de crédito; A margem de contribuição total antes e depois da nova política; O aumento no investimento médio em duplicatas a receber; Considerando um custo de oportunidade de 15,2% a.a., qual o aumento de custo com a elevação do investimento médio em duplicatas a receber; Qual o aumento de custo com incobráveis com a nova política; A empresa deve adotar a nova política? Por quê? � LISTA DE EXERCÍCIOS 4 – ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES Prof. José Lucenildo Parente Pimentel Uma empresa deseja adotar política de aumentar o tamanho dos lotes de produção. Vai, com isso, economizar R$ 35.000,00 com redução nos custos de preparação das máquinas, mas reduz o giro do estoque de 7 para 5 vezes. O CMV permanece em R$ 1.400.000,00. O retorno exigido para investimentos de risco semelhante é de 26% a.a.. Deverá implantar a nova política? Uma empresa deseja adotar política de reduzir o tamanho dos lotesde produção. Vai, com isso, elevar em R$ 16.000,00 os custos de reparação das máquinas, eleva o giro do estoque de 4 para 6 vezes. O CMV permanece em R$ 1.300.000,00. O retorno exigido para investimentos de risco semelhante é de 23,5% a.a.. Deverá implantar a nova política? O gasto anual com a manutenção de estoques por uma empresa é de R$ 30.000,00 e o custo de oportunidade é de 29,5% a.a.. O total de vendas é de R$ 6.000.000,00 e a margem bruta calculada sobre o CMV é de 40%. Qual a idade média dos estoques dessa empresa? O gasto anual com a manutenção de estoques por uma empresa é de R$ 40.000,00 e o custo de oportunidade é de 24,3% a.a.. O total de vendas é de R$ 500.000,00 e a margem bruta calculada sobre o CMV é de 35%. Qual a idade média dos estoques dessa empresa? A Companhia América calcula que, para manter R$ 1,00 em estoque, ele gasta cerca de R$ 0,24, e para manter R$ 1,00 em duplicatas a receber, ela gasta cerca de R$ 0,19. Considerando as seguintes informações, calcule o que aconteceria com o custo total de manter estoques e duplicatas a receber, se o Investimento Médio em Estoques reduzisse em R$ 100.000,00 e o Investimento Médio em Duplicatas a Receber aumentasse em R$ 100.000,00. Calcule, também, os custos totais de manter estoques e Duplicatas a receber antes e depois: o total de vendas anuais é de R$ 35.000.000,00, sendo que 70% são a prazo e 30% são à vista; o prazo médio de recebimento das duplicatas a receber é de 60 dias; a idade média dos estoques é de 70 dias; a empresa ganha 35% sobre o CMV. A Companhia Antares calcula que, para manter R$ 1,00 em estoque, ele gasta cerca de R$ 0,20, e para manter R$ 1,00 em duplicatas a receber, ela gasta cerca de R$ 0,16. Considerando as seguintes informações, calcule o que aconteceria com o custo total de manter estoques e duplicatas a receber, se o Investimento Médio em Estoques aumentasse em R$ 130.000,00 e o Investimento Médio em Duplicatas a Receber diminuisse em R$ 150.000,00. Calcule, também, os custos totais de manter estoques e Duplicatas a receber antes e depois: o total de vendas anuais é de R$ 45.000.000,00, sendo que 65% são a prazo e 35% são à vista; o prazo médio de recebimento das duplicatas a receber é de 45 dias; a idade média dos estoques é de 50 dias; a empresa ganha 40% sobre o CMV. Suponha que uma Empresa use 2.400 unidades de um item. Seu custo de pedir seja de R$ 30,00 por pedido e seu custo de manter seja de R$ 0,90 por unidade ao ano. Qual o lote em que ela estará minimizando seu custo total do estoque? Supondo que no exercício anterior o custo de pedir se elevasse para R$ 35,00 por pedido e o custo de manter reduzisse para R$ 0,85 por unidade ao ano, qual seria o tamanho do lote econômico? � LISTA DE EXERCÍCIOS 5 – ALAVANCAGEM/PONTO DE EQUILÍBRIO Prof. José Lucenildo Parente Pimentel A Companhia TVA tem custos operacionais fixos de R$ 75.000 e custos operacionais variáveis de 70% das vendas. A empresa paga R$ 12.000 de juros em cada período. O Imposto de Renda é de 40%. Calcule o Grau de Alavancagem Operacional, de Alavancagem Financeira e Alavancagem Combinada, considerando os níveis de venda de R$ 300.000 e R$ 400.000. Considere a existência de 1.000 ações. Considerando a inexistência de recursos de terceiros, repita os cálculos da questão anterior. Considere a existência de 1.500 ações. Admita, agora, a hipótese de que os juros em cada período são de R$ 10.000 e repita, também, os cálculos relativos à Alavancagem Operacional, Alavancagem Financeira e Alavancagem Combinada. Considere a existência de 1.100 ações. A que conclusões podemos chegar? A Companhia MKW tem custos operacionais fixos de R$ 35.000 e custos operacionais variáveis de 60% das vendas. A empresa paga R$ 18.000 de juros em cada período. O Imposto de Renda é de 43%. Calcule o Grau de Alavancagem Operacional, de Alavancagem Financeira e Alavancagem Combinada, considerando os níveis de venda de R$ 200.000 e R$ 280.000. Considere a existência de 1.000 ações. Considerando a inexistência de recursos de terceiros, repita os cálculos da questão anterior. Considere a existência de 1.000 ações. Admita, agora, a hipótese de que os juros em cada período são de R$ 25.000 e repita, também, os cálculos relativos à Alavancagem Operacional, Alavancagem Financeira e Alavancagem Combinada. Considere a existência de 1.000 ações. A que conclusões podemos chegar? Analisando-se as operações de uma empresa com único produto, levantaram-se as seguintes informações: Preço de Venda : R$ 15,00 por unidade Capacidade de Produção: 800.000 unidades Custos associados à produção (ao volume de 600.000 unidades (vide abaixo) DISCRIMINAÇÃO CUSTOS FIXOS CUSTOS VARIÁVEIS Matéria-prima direta R$ 900.000,00 Mão-de-obra direta R$ 3.000.000,00 Custos Indiretos de Produção R$ 1.500.000,00 R$ 100.000,00 Desp. de Venda e Administ R$ 1.500.000,00 R$ 50.000,00 Pede-se: calcular os valores da seguintes variáveis: Custos Fixos Totais, Custo Variável Unitário, Margem de Contribuição Unitária, Custos Totais e Receita Total; calcular o ponto de equilíbrio das operações; fazer um gráfico de Custo e Receita em função do Volume, identificando o ponto de equilíbrio das operações. Utilizando os dados do exercício anterior, pede-se: calcular o preço unitário mínimo necessário para que a empresa obtenha um lucro de R$ 2.000.000,00, sendo vendidas 580.000 unidades; calcular o custo variável unitário máximo permitido para que, a 400.000 unidades vendidas, o lucro seja de R$ 1.000.000,00; calcular o volume físico que deve ser vendido para que o lucro seja de R$ 1.500.000,00. � Lista de Exercícios 6 – Custo de Capital A empresa NOVO TEMPO, sobre a qual recai uma alíquota de 50% de Imposto de Renda, compõe usualmente sua estrutura de capital com um terço de capital de terceiros e dois terços de capital próprio. A empresa sempre levantará fundos nesta proporção. Para o período em curso, os custos de vários totais são dados abaixo: ____________________________________________________________________________ Projeto Taxa de Juros Capital Próprio A 8,0% a.a. 12,0% a.a. B 8,5% a.a. 13,0% a.a. C 9,0% a.a. 14,0% a.a. D 10,0% a.a. 16,0% a.a. E 12,0% a.a. 18,0% a.a. F 16,0% a.a. 22,0% a.a. determine o custo de capital de cada um dos projetos; se um projeto tem um retorno de 10,5% a.a., líquido de impostos, sob quais condições será adotado? Dada a estrutura financeira a seguir e considerando-se que a empresa paga imposto de renda com base na alíquota de 20% sobre o lucro tributável, pede-se: calcular o custo médio ponderado de capital na empresa; supondo levantamento de um novo empréstimo no valor de R$ 200.000, à taxa de 27% a.a., calcular o novo custo médio ponderado de capital da empresa; supondo que os novos recursos destinem-se a financiar um projeto de investimento, qual deve ser a sua taxa interna de retorno para que seja aceito? Por quê? ESTRUTURA FINANCEIRA EXISTENTE FONTE TAXA % A.A. PROPORÇÃO Debêntures 25,0% 30% Empréstimos 28,0% 30% Capital Próprio 21,0% 40% VALOR TOTAL DO EXIGÍVEL E DO PATR. LÍQUIDO = R$ 1.000.000 Considerando a estrutura financeira abaixo, e admitindo uma taxa de imposto de renda de 25%, calcule o custo de capital da empresa, sabendo-se que a taxa de juros paga pelos recursos de terceiros é de 20% a.a. e os acionistas requerem 18% a.a.: ATIVO PASSIVO e PL Ativos deGiro 250.000 Recursos Alheios 400.000 Ativos Fixos 750.000 Recursos Próprios 600.000 TOTAL 1.000.000 TOTAL 1.000.000 ____________________________________________________________________________ Considerando a estrutura financeira abaixo, e admitindo uma taxa de imposto de renda de 30%, calcule o custo de capital próprio da empresa, sabendo-se que a taxa de juros paga pelos recursos de terceiros é de 25% a.a. e o custo de capital total é de 22% a.a.: ATIVO PASSIVO e PL Ativos de Giro 380.000 Recursos Alheios 700.000 Ativos Fixos 1.620.000 Recursos Próprios 1.300.000 TOTAL 2.000.000 TOTAL 2.000.000 O custo de capital de uma empresa é de 18,5% a.a., a taxa de juros paga pelos recursos de terceiros é de 26% a.a., o custo do capital próprio é de 20% a.a. e a alíquota de Imposto de Renda sobre o lucro é de 34%. Calcule as frações de recursos próprios e de terceiros. � Lista de Exercícios 7 – Valor Econômico Adicionado (EVA) Calcule o EVA das situações a seguir, considerando o custo de capital estabelecido: DESCRIÇÃO SITUAÇÃO A SITUAÇÃO B SITUAÇÃO C ATIVO TOTAL 10.000 12.000 180.000 RECEITAS OPERACIONAIS 9.000 10.000 150.000 DESPESAS OPERACIONAIS 4.000 6.000 80.000 DESPESAS FINANCEIRAS 0 2.000 20.000 CUSTO DE CAPITAL 16% 15% 13% IMPOSTO DE RENDA 35% 35% 35% Considere a Estrutura de Capital e os dados a seguir, calcule o EVA, sabendo-se que o Custo do Capital Próprio é de 15% a.a., a taxa de juros paga pelos recursos de terceiros é de 18% a.a. e a alíquota do Imposto de Renda é de 35%. (Calcule pelos dois métodos) ATIVO PASSIVO Ativos Circulantes 300.000 Recursos de Terceiros 400.000 Ativos Fixos 500.000 Recursos Próprios 400.000 TOTAL 800.000 TOTAL 800.000 Preço de Venda = R$ 15,00 Quantidade Vendida = 30.000 unidades Despesas Operacionais = R$ 250.000 Calcule o valor de X nas seguintes situações: DESCRIÇÃO SITUAÇÃO A SITUAÇÃO B Total de Recursos 10.000 10.000 Receitas Operacionais 8.000 8.000 Despesas Operacionais 2.800 X Despesas Financeiras 1.000 1.200 Custo de Capital 15% a.a. 14% a.a. Imposto de Renda 30% 30% E.V.A. X 2.100 Considere a Estrutura de Capital e os dados a seguir, calcule o EVA, sabendo-se que o Custo do Capital Próprio é de 16% a.a., a taxa de juros paga pelos recursos de terceiros é de 21% a.a. e a alíquota do Imposto de Renda é de 34%. Calcule pelos dois métodos. ATIVO PASSIVO Ativos Circulantes 430.000 Recursos de Terceiros 600.000 Ativos Fixos 670.000 Recursos Próprios 500.000 TOTAL 1.100.000 TOTAL 1.100.000 Preço de Venda = R$ 24,00 Quantidade Vendida = 68.000 unidades Custo das Mercadorias Vendidas = 60% das Receitas de Vendas Outras Despesas Operacionais = R$ 252.000 Calcule o valor de “X”, em cada uma das situações a seguir: DESCRIÇÃO SITUAÇÃO A SITUAÇÃO B Total de Recursos Terceiros 250.000 320.000 Receitas Operacionais 390.000 X Despesas Operacionais + CMV 208.000 225.000 Despesas Financeiras 50.000 65.000 Custo de Capital 14,8% a.a. 17,2% a.a. Imposto de Renda 34% 34% E.V.A X 20.200 Participação dos Recursos Próprios 55% 60% LISTA DE EXERCÍCIOS DE REVISÃO – GESTÃO FINANCEIRA Prof. José Lucenildo Parente Pimentel No ano de 20X0, a Companhia Natureza apresentou o seguinte Balanço Patrimonial: ATIVO PASSIVO E PATR. LÍQUIDO Circulante 7.000 Circulante 6.000 Permanente 12.000 Recurso de Longo Prazo 13.000 T O T A L 19.000 T O T A L 19.000 A empresa estimou que ganharia 13,9% a.a. sobre seus ativos circulantes e 17,7% a.a. sobre seus ativos permanentes, e que teria um custo de 14,4% a.a. e 16,6% a.a. pelos seus passivos circulantes e recursos de longo prazo, respectivamente. Para o Ano 20X1, calcule a receita esperada sobre o ativo total, os custos do financiamento, o lucro e o índice de liquidez corrente, sob as seguintes diferentes circunstâncias: se não houver alterações nem no Ativo, nem no Passivo; se houver aumento de R$ 2.500 no Ativo Circulante, com conseqüente redução no Ativo Permanente; se R$ 2.800, atualmente financiados a curto prazo, passarem a ser financiados a longo prazo; discuta as variações de risco e retorno ocorridas nas situação b e c. Considere as necessidades de recursos estimadas para a Companhia Maloca, apresentadas no quadro a seguir. Admita, ainda, que os custos anuais dos recursos de curto e longo prazo são de 7% e 9,50%, respectivamente: Pede-se: os custos totais de financiamento para as estratégias Agressiva e Conservadora; considerando a estratégia intermediárias, imagine a utilização de R$ 9.400, como sendo financiados a longo prazo, ou seja, o ponto médio entre a maior e a menor necessidade de financiamento. Quaisquer outras necessidades serão financiadas a curto prazo. Calcule os custos totais de financiamento; comente a relação risco-retorno em cada uma das estratégias. Uma empresa precisa dimensionar seu caixa mínimo operacional. Já foram levantadas as seguintes informações: os desembolsos totais que ela estima fazer em um ano são de R$ 70 milhões; o prazo médio de cobrança é de 75 dias; o prazo médio de pagamento é de 85 dias; e o prazo médio de rotação dos estoques é de 30 dias. Uma empresa cobra suas duplicatas, em média, após 75 dias. Os estoques têm uma idade média de 95 dias. As duplicatas são quitadas, em média, 60 dias após sua emissão. Que modificações ocorrerão no ciclo de caixa e no giro de caixa, com cada uma das seguintes diferentes circunstâncias? o período médio de cobrança muda para 65 dias; a idade média dos estoques muda para 75 dias; o período médio de pagamento muda para 75 dias; todas as circunstâncias (a), (b) e (c) ocorrem simultaneamente. Um projeto para ser implantado precisa de recursos da ordem de R$ 3.000.000. Um banco está interessado em emprestar R$ 1.600.000, a uma taxa de 24% a.a.. Existem investidores interessados em ações do projeto, que exigem uma remuneração mínima de 19% a.a.. Sabe-se que o Imposto de Renda a ser pago é de 25%. Pergunta-se qual o custo de capital desse projeto? Considerando o Balanço Patrimonial da Empresa Pelicano, a seguir, e admitindo uma taxa de imposto de renda de 25%, calcule o custo de capital próprio da empresa, sabendo-se que a taxa de juros paga pelos recursos de terceiros é de 12,5% a.a. e o custo médio ponderado de capital é de 13% a.a.: ATIVO PASSIVO e PL Ativos de Giro 22.000 Recursos Alheios 24.500 Ativos Fixos 25.000 Recursos Próprios 22.500 TOTAL 47.000 TOTAL 47.000 Calcule o EVA da seguinte situação: . Uma empresa vende 12.000 unidades de um produto a um preço unitário de R$ 55,00. . O Lucro Bruto equivale a 70% da Receita de Vendas . As despesas operacionais são de R$ 130.000,00 . A alíquota de Imposto de Renda é de 30% . O total de Ativos da empresa é de R$ 700.000,00 . O Custo médio ponderado de capital é de 12%. Calcule o valor de X nas seguintes situações: DESCRIÇÃO SITUAÇÃO A SITUAÇÃO B Totalde Recursos 20.000 20.000 Receitas Operacionais 18.000 18.000 Despesas Operacionais X 7.500 Despesas Financeiras 0 2.200 Custo de Capital 16% a.a. 14% a.a. Imposto de Renda 30% 30% E.V.A. 3.800 X �PAGE � �PAGE �2� _1205843358.unknown _1205843679.unknown
Compartilhar