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EAD-Enfermagem a Distância-Material do curso[Fisiologia Geral]

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FISIOLOGIA GERAL 
 
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pontuação igual ou superior a 6,00 na avaliação. 
 
Boa sorte! 
 
A fisiologia é o estudo de como o nosso corpo 
funciona. À medida que você aprende mais com 
a função de cada sistema, adquire elementos 
para entender o nosso complexo corpo humano 
e conhecimento para interceder quando um 
evento fisiopatológico ocorre. 
 
 
 
 
 
1. Introdução à Fisiologia 
 
Fisiologia: do grego, physic- = natureza + logos = 
estudo, estudo da natureza. (GUYTON; HALL, 
2006). 
É a parte da ciência que estuda o funcionamento 
dos seres vivos. Assim, a fisiologia humana se 
dedica ao estudo do funcionamento dos 
diferentes sistemas que compõem o corpo 
humano. (LOPES, 2002). 
A Fisiologia Humana teve origem na Grécia por 
volta do ano 420 A.C. com Hipócrates (460-370 
A.C.; o pai da medicina). É uma ciência que 
estuda os processos da vida, as funções dos 
diferentes órgãos e sistemas do organismo 
humano. Seu objetivo é elucidar os processos 
responsáveis pela origem, desenvolvimento e 
continuação da vida do ser humano. (GUYTON; 
HALL, 2006). 
Todos os seres vivos são formados de células, 
que são compartimentos envolvidos por 
membranas, preenchidos com uma solução 
aquosa concentrada de substâncias químicas, e 
banhadas por líquido nutritivo. Assim, a unidade 
funcional dos seres vivos é a célula. As células 
constituem os tecidos, os quais formam os 
órgãos do nosso corpo. (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 
1995). 
Os sistemas que vamos estudar são, por sua vez, 
constituídos desses órgãos e, em seu conjunto, 
formam o organismo. Assim, é importante que 
haja um perfeito funcionamento de todos os 
órgãos e sistemas do corpo para o que o 
organismo mantenha-se com saúde. (LOPES, 
2002). 
Qualquer problema ou limitação na atividade de 
um dos órgãos pode produzir alteração na sua 
respectiva função, comprometendo a 
desempenho do respectivo sistema e o estado 
de saúde do indivíduo. 
 
 
 
 
 
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 Vejamos abaixo os principais sistemas 
do nosso corpo: 
 
2. Sistema Cardiovascular 
 
O sistema cardiovascular ou circulatório é uma 
vasta rede de tubos de vários tipos e calibres, 
que põe em comunicação todas as partes do 
corpo. Dentro desses tubos circula o sangue, 
impulsionado pelas contrações rítmicas do 
coração. (CÉSAR; CEZAR, 2002). 
 
2.1. Esse sistema tem como principais 
funções 
 
Transporte de gases, nutrientes, resíduos 
metabólicos, hormônios, calor; 
Intercâmbio de materiais; 
Distribuição de mecanismos de defesa; 
Coagulação sanguínea. 
 
2.2. Componentes do Sistema 
Cardiovascular 
 
Os principais componentes do sistema 
circulatório são: coração, vasos sanguíneos, 
sangue, vasos linfáticos e linfa. 
 
2.2.1. Coração 
 
O coração é um órgão muscular oco que se 
localiza sob o osso esterno, ligeiramente 
deslocado para a esquerda. Em uma pessoa 
adulta, tem o tamanho aproximado de um 
punho fechado e pesa cerca de 400 gramas. 
O coração humano, como o dos demais 
mamíferos, apresenta quatro cavidades: duas 
superiores, denominadas átrios e duas 
inferiores, denominadas ventrículos. O átrio 
direito comunica-se com o ventrículo direito 
através da válvula tricúspide. O átrio esquerdo, 
por sua vez, comunica-se com o ventrículo 
esquerdo através da válvula bicúspide ou mitral. 
A função das válvulas cardíacas é garantir que o 
sangue siga uma única direção, sempre dos 
átrios para os ventrículos. (CÉSAR; CEZAR, 2002). 
As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se 
alternadamente 70 vezes por minuto, em média. 
O processo de contração de cada câmara do 
miocárdio (músculo cardíaco) denomina-se 
sístole. O relaxamento, que acontece entre uma 
sístole e a seguinte, é a diástole. (GUYTON; 
HALL, 2006). 
 
2.2.2. A atividade elétrica do coração 
 
Sistema De Purkinje ou fascículo átrio-
ventricular: embora o impulso cardíaco possa 
percorrer perfeitamente todas as fibras 
musculares cardíacas, o coração possui um 
sistema especial de condução denominado 
sistema de Purkinje, composto de fibras 
musculares cardíacas especializadas, ou fibras 
de Purkinje (Feixe de Hiss ou miócitos átrio-
ventriculares), que transmitem os impulsos com 
uma velocidade aproximadamente 6 vezes 
maior do que o músculo cardíaco normal, cerca 
de 2 m por segundo, em contraste com 0,3 m 
por segundo no músculo cardíaco. 
 
2.2.3. Controle Nervoso do Coração 
 
O sistema nervoso é conectado com o coração 
através de dois grupos diferentes de nervos, os 
sistemas parassimpáticos e simpáticos. A 
estimulação dos nervos parassimpáticos causa 
os seguintes efeitos sobre o coração: 
 
 Diminuição da frequência dos 
batimentos cardíacos; 
 Diminuição da força de contração do 
músculo atrial; diminuição na velocidade 
de condução dos impulsos através do 
nódulo AV (átrio-ventricular), 
aumentando o período de retardo entre 
a contração atrial e a ventricular; 
 
 
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 Diminuição do fluxo sanguíneo através 
dos vasos coronários que mantêm a 
nutrição do próprio músculo cardíaco. 
A estimulação parassimpática diminui todas as 
atividades do coração. Usualmente, a função 
cardíaca é reduzida pelo parassimpático durante 
o período de repouso, juntamente com o 
restante do corpo. Isso ajuda a preservar os 
recursos do coração. 
A estimulação dos nervos simpáticos apresenta 
efeitos exatamente opostos sobre o coração: 
 
 Aumento da frequência cardíaca; 
 Aumento da força de contração; 
 Aumento do fluxo sanguíneo através dos 
vasos coronários visando a suprir o 
aumento da nutrição do músculo 
cardíaco. 
 
A estimulação simpática aumenta a atividade 
cardíaca como bomba, algumas vezes 
aumentando a capacidade de bombear sangue 
em até 100 por cento. Esse efeito é necessário 
quando um indivíduo é submetido a situações 
de estresse, tais como exercício, doença, calor 
excessivo, ou outras condições que exigem um 
rápido fluxo sanguíneo através do sistema 
circulatório. Por conseguinte, os efeitos 
simpáticos sobre o coração constituem o 
mecanismo de auxílio utilizado numa 
emergência,tornando mais forte o batimento 
cardíaco quando necessário. (AMABIS; MARTHO, 
2002) 
Os neurônios pós-ganglionares do sistema 
nervoso simpático secretam principalmente 
noradrenalina, razão pela qual são denominados 
neurônios adrenérgicos. A estimulação 
simpática do cérebro também promove a 
secreção de adrenalina pelas glândulas adrenais 
ou supra-renais. A adrenalina é responsável pela 
taquicardia (batimento cardíaco acelerado), 
aumento da pressão arterial e da frequência 
respiratória, aumento da secreção do suor, da 
glicose sanguínea e da atividade mental, além da 
constrição dos vasos sanguíneos da pele. 
O neurotransmissor secretado pelos neurônios 
pós-ganglionares do sistema nervoso 
parassimpático é a acetilcolina, razão pela qual 
são denominados colinérgicos, geralmente com 
efeitos antagônicos aos neurônios adrenérgicos. 
Assim, a estimulação parassimpática do cérebro 
promove bradicardia (redução dos batimentos 
cardíacos), diminuição da pressão arterial (PA) e 
da frequência respiratória, relaxamento 
muscular e outros efeitos antagônicos aos da 
adrenalina. (AMABIS; MARTHO, 2002). 
A estimulação do hipotálamo posterior aumenta 
a PA e a frequência cardíaca, enquanto que a 
estimulação da área na porção anterior do 
hipotálamo acarreta efeitos opostos, 
determinando notável diminuição da frequência 
cardíaca e da pressão arterial. Esses efeitos são 
transmitidos através dos centros de controle 
cardiovascular da porção inferior do tronco 
cerebral, e daí passam a ser transmitidos através 
do sistema nervoso autônomo. (GUYTON; HALL, 
2006). 
 
3. O Sistema Digestório 
 
O sistema digestório é formado por um longo 
tubo musculoso, ao qual estão associados 
órgãos e glândulas que participam da digestão. 
Apresenta as seguintes regiões: boca, faringe, 
esôfago, estômago, intestino delgado, intestino 
grosso e ânus. A parede do tubo digestivo, do 
esôfago ao intestino, é formada por quatro 
camadas: mucosa, submucosa, muscular e 
adventícia. (CÉSAR; CEZAR, 2002). 
 
3.1. Boca 
 
A abertura por onde passa o alimento indo ao 
tubo digestivo, é a boca. Nela, encontram-se os 
dentes e a língua, que preparam o alimento para 
a digestão, por meio da mastigação. (AMABIS; 
MARTHO, 2002) 
 
 
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Os dentes reduzem os alimentos em pequenos 
pedaços, misturando-os à saliva, o que irá 
facilitar a futura ação das enzimas. 
A língua movimenta o alimento empurrando-o 
em direção a garganta, para que seja engolido. 
Na superfície da língua existem dezenas de 
papilas gustativas, cujas células sensoriais 
percebem os quatro sabores primários: amargo, 
azedo ou ácido, salgado e doce. De sua 
combinação resultam centenas de sabores 
distintos. A distribuição dos quatro tipos de 
receptores gustativos, na superfície da língua, 
não é homogênea. (AMABIS; MARTHO, 2002). 
 
3.1.1. Glândulas Salivares 
 
A presença de alimento na boca, assim como 
sua visão e cheiro, estimulam as glândulas 
salivares a secretar saliva, que contém a enzima 
amilase salivar ou ptialina, além de sais e outras 
substâncias. A amilase salivar digere o amido e 
outros polissacarídeos, reduzindo-os em 
moléculas de maltose (dissacarídeo). Três pares 
de glândulas salivares lançam sua secreção na 
cavidade bucal: 
 
 Glândula parótida; 
 Glândula submandibular; 
 Glândula sublingual. 
 
Os sais da saliva neutralizam substâncias ácidas 
e mantêm, na boca, um pH neutro (7,0) a 
levemente ácido (6,7), ideal para a ação da 
ptialina. O alimento, que se transforma em bolo 
alimentar, é empurrado pela língua para o fundo 
da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, 
impulsionado pelas ondas peristálticas, levando 
entre 5 e 10 segundos para percorrer o esôfago. 
(GUYTON; HALL, 2006). 
Através do peristaltismo, você pode ficar de 
cabeça para baixo e, mesmo assim, seu alimento 
chegará ao intestino. Entra em ação um 
mecanismo para fechar a laringe, evitando que o 
alimento penetre nas vias respiratórias. Quando 
a cárdia (anel muscular, esfíncter) se relaxa, 
permite a passagem do alimento para o interior 
do estômago. (AMABIS; MARTHO, 2002) 
 
3.2. Faringe e Esôfago 
 
A faringe, situada no final da cavidade bucal, é 
um canal comum aos sistemas digestório e 
respiratório: por ela passam o alimento, que se 
dirige ao esôfago, e o ar, que se dirige à laringe. 
O esôfago, canal que liga a faringe ao estômago, 
localiza-se entre os pulmões, atrás do coração, e 
atravessa o músculo diafragma, que separa o 
tórax do abdômen. O bolo alimentar leva de 5 a 
10 segundos para percorrê-lo. (AMABIS; 
MARTHO, 2002) 
 
3.3. Estômago e Suco Gástrico 
 
O estômago é uma bolsa de parede musculosa, 
localizada no lado esquerdo abaixo do abdome, 
logo abaixo das últimas costelas. É um órgão 
muscular que liga o esôfago ao intestino 
delgado. 
Sua função principal é a digestão de alimentos 
protéicos. Um músculo circular, que existe na 
parte inferior, permite ao estômago guardar 
quase um litro e meio de comida, possibilitando 
que não se tenha que ingerir alimento de pouco 
em pouco tempo. Quando está vazio, tem a 
forma de uma letra "J" maiúscula, cujas duas 
partes se unem por ângulos agudos. (GUYTON; 
HALL, 2006). 
O estômago produz o suco gástrico, um líquido 
claro, transparente, altamente ácido, que 
contêm ácido clorídrico, muco, enzimas e sais. O 
ácido clorídrico mantém o pH do interior do 
estômago entre 0,9 e 2,0. Também dissolve o 
cimento intercelular dos tecidos dos alimentos, 
auxiliando a fragmentação mecânica iniciada 
pela mastigação. 
A pepsina, enzima mais potente do suco 
gástrico, é secretada na forma de pepsinogênio. 
Como este é inativo, não digere as células que o 
 
 
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produzem. Por ação do ácido clorídrico, o 
pepsinogênio, ao ser lançado na luz do 
estômago, transforma-se em pepsina, enzima 
que catalisa a digestão de proteínas. Ao 
catalisar a hidrólise de proteínas, promove o 
rompimento das ligações peptídicas que unem 
os aminoácidos. Como nem todas as ligações 
peptídicas são acessíveis à pepsina, muitas 
permanece intacto. Portanto, o resultado do 
trabalho dessa enzima são oligopeptídeos e 
aminoácidos livres. (AMABIS; MARTHO, 2002). 
A renina, enzima que age sobre a caseína, uma 
das proteínas do leite, é produzida pela mucosa 
gástrica durante os primeiros meses de vida. Seu 
papel é o de flocular a caseína, facilitando a ação 
de outras enzimas proteolíticas 
A mucosa gástrica é recoberta por uma camada 
de muco, que a protege da agressão do suco 
gástrico, bastante corrosivo. Apesar de estarem 
protegidas por essa densa camada de muco, as 
células da mucosa estomacal são continuamente 
lesadas e mortas pela ação do suco gástrico. Por 
isso, a mucosa está sempre sendo regenerada. 
Estima-se que nossa superfície estomacal seja 
totalmente reconstituída a cada três dias. 
Eventualmente ocorre desequilíbrio entre o 
ataque e a proteção, o que resulta em 
inflamação difusa da mucosa (gastrite) ou 
mesmo no aparecimento de feridas dolorosas 
que sangram (úlceras gástricas). 
A mucosa gástrica produz também o fator 
intrínseco, necessário à absorção da vitamina 
B12. 
O bolo alimentar pode permanecer no estômago 
por até quatro horas ou mais e, ao se misturar 
ao suco gástrico, auxiliado pelas contrações da 
musculatura estomacal, transforma-se em uma 
massa cremosa acidificada e semilíquida, oquimo. 
Passando por um esfíncter muscular, o piloro, o 
quimo vai sendo, aos poucos, liberado no 
intestino delgado, onde ocorre a maior parte da 
digestão. (GUYTON; HALL, 2006). 
 
3.4. Intestino Delgado 
 
O intestino delgado é um tubo com pouco mais 
de 6 m de comprimento por 4 cm de diâmetro e 
pode ser dividido em três regiões: 
 
 Duodeno, com cerca de 25 cm; 
 Jejuno, tem cerca de 5m; 
 Íleo, com 1,5cm. 
 
A porção superior ou duodeno tem a forma de 
ferradura e compreende o piloro, esfíncter 
muscular da parte inferior do estômago pela 
qual este esvazia seu conteúdo no intestino. 
A digestão do quimo ocorre 
predominantemente no duodeno e nas 
primeiras porções do jejuno. No duodeno atua 
também o suco pancreático, produzido pelo 
pâncreas, que contêm diversas enzimas 
digestivas. Outra secreção que atua no duodeno 
é a bile, produzida no fígado e armazenada na 
vesícula biliar. O pH da bile oscila entre 8,0 e 8,5. 
Os sais biliares têm ação detergente, 
emulsificando ou emulsionando as gorduras. 
(GUYTON; HALL, 2006). 
O suco pancreático, produzido pelo pâncreas, 
contém água, enzimas e grandes quantidades de 
bicarbonato de sódio. O pH do suco pancreático 
oscila entre 8,5 e 9. Sua secreção digestiva é 
responsável pela hidrólise da maioria das 
moléculas de alimento, como carboidratos, 
proteínas, gorduras e ácidos nucléicos. 
A amilase pancreática fragmenta o amido em 
moléculas de maltose. A lipase pancreática 
hidrolisa as moléculas de um tipo de gordura, os 
triacilgliceróis, originando glicerol e álcool. 
O suco pancreático contém ainda o 
tripsinogênio e o quimiotripsinogênio, formas 
inativas em que são secretadas as enzimas 
proteolíticas tripsina e quimiotripsina. Sendo 
produzidas na forma inativa, as proteases não 
digerem suas células secretoras. Na luz do 
duodeno, o tripsinogênio entra em contato com 
a enteroquinase, enzima secretada pelas células 
 
 
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da mucosa intestinal, convertendo-se me 
tripsina, que por sua vez contribui para a 
conversão do precursor inativo 
quimiotripsinogênio em quimiotripsina, enzima 
ativa. 
A tripsina e a quimiotripsina hidrolisam 
polipeptídios, transformando-os em 
oligopeptídeos. A pepsina, a tripsina e a 
quimiotripsina rompem ligações peptídicas 
específicas ao longo das cadeias de aminoácidos. 
A mucosa do intestino delgado secreta o suco 
entérico, solução rica em enzimas e de pH 
aproximadamente neutro. 
Uma dessas enzimas é a enteroquinase. Outras 
enzimas são as dissacaridades, que hidrolisam 
dissacarídeos em monossacarídeos (sacarase, 
lactase, maltase). No suco entérico há enzimas 
que dão sequência à hidrólise das proteínas: os 
oligopeptídeos sofrem ação das peptidases, 
resultando em aminoácidos. 
No intestino, as contrações rítmicas e os 
movimentos peristálticos das paredes 
musculares, movimentam o quimo, ao mesmo 
tempo em que este é atacado pela bile, enzimas 
e outras secreções, sendo transformado em 
quilo. 
A absorção dos nutrientes ocorre através de 
mecanismos ativos ou passivos, nas regiões do 
jejuno e do íleo. A superfície interna, ou mucosa, 
dessas regiões, apresenta, além de inúmeros 
dobramentos maiores, milhões de pequenas 
dobras (4 a 5 milhões), chamadas vilosidades, 
um traçado que aumenta a superfície de 
absorção intestinal. As membranas das próprias 
células do epitélio intestinal apresentam, por 
sua vez, dobrinhas microscópicas denominadas 
microvilosidades. O intestino delgado também 
absorve a água ingerida, os íons e as vitaminas. 
(GUYTON; HALL, 2006). 
Os nutrientes absorvidos pelos vasos sanguíneos 
do intestino passam ao fígado para serem 
distribuídos pelo resto do organismo. Os 
produtos da digestão de gorduras chegam ao 
sangue sem passar pelo fígado, como ocorre 
com outros nutrientes. Nas células da mucosa, 
essas substâncias são reagrupadas em 
triacilgliceróis (triglicerídeos), transferidos para 
os vasos linfáticos e, em seguida, para os vasos 
sanguíneos, onde alcançam as células 
gordurosas (adipócitos), sendo, então, 
armazenados. 
 
3.5. Intestino Grosso 
 
É o local de absorção de água, tanto a ingerida 
quanto a das secreções digestivas. Uma pessoa 
bebe cerca de 1,5L de líquidos por dia, que se 
une a 8 ou 9L de água das secreções. Glândulas 
da mucosa do intestino grosso secretam muco, 
que lubrifica as fezes, facilitando seu trânsito e 
eliminação pelo ânus. 
Mede cerca de 1,5m de comprimento e divide-
se em ceco, cólon ascendente, cólon transverso, 
cólon descendente, cólon sigmóide e reto. A 
saída do reto chama-se ânus e é fechada por um 
músculo que o rodeia, o esfíncter anal. 
Numerosas bactérias vivem em mutualismo no 
intestino grosso. Seu trabalho consiste em 
dissolver os restos alimentícios não assimiláveis, 
reforçar o movimento intestinal e proteger o 
organismo contra bactérias estranhas, geradoras 
de enfermidades. 
As fibras vegetais, principalmente a celulose, 
não são digeridas nem absorvidas, contribuindo 
com porcentagem significativa da massa fecal. 
Como retêm água, sua presença torna as fezes 
macias e fáceis de serem eliminadas. O intestino 
grosso não possui vilosidades nem secreta sucos 
digestivos, normalmente só absorve água, em 
quantidade bastante consideráveis. Como o 
intestino grosso absorve muita água, o conteúdo 
intestinal se condensa até formar detritos 
inúteis, que são evacuados. 
 
 
 
 
 
 
 
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4. Glândulas Anexas 
 
4.1. Pâncreas 
 
O pâncreas é uma glândula mista, de mais ou 
menos 15 cm de comprimento e de formato 
triangular, localizada transversalmente sobre a 
parede posterior do abdome, na alça formada 
pelo duodeno, sob o estômago. O pâncreas é 
formado por uma cabeça que se encaixa no 
quadro duodenal, de um corpo e de uma cauda 
afilada. A secreção externa dele é dirigida para o 
duodeno pelos canais de Wirsung e de Santorini. 
O canal de Wirsung desemboca ao lado do canal 
colédoco na ampola de Vater. O pâncreas 
comporta dois órgãos estreitamente imbricados: 
pâncreas exócrino e o endócrino. (GUYTON; 
HALL, 2006). 
O pâncreas exócrino produz enzimas digestivas, 
em estruturas reunidas denominadas ácinos. Os 
ácinos pancreáticos estão ligados através de 
finos condutos, por onde sua secreção é levada 
até um condutor maior, que desemboca no 
duodeno, durante a digestão. 
O pâncreas endócrino secreta os hormônios 
insulina e glucagon, já trabalhados no sistema 
endócrino. 
 
4.1.1. Fígado 
 
É o maior órgão interno, e um dos mais 
importantes. É a mais volumosa de todas as 
vísceras, pesa cerca de 1,5 kg no homem adulto, 
e na mulher adulta entre 1,2 e 1,4 kg. Tem cor 
arroxeada, superfície lisa e recoberta por uma 
cápsula própria. Está situado no quadrante 
superior direito da cavidade abdominal. 
O tecido hepático é constituído por formações 
diminutas que recebem o nome de lobos, 
compostos por colunas de células hepáticas ou 
hepatócitos, rodeadas por canais diminutos, os 
canalículos, pelos quais passa a bile, secretada 
pelos hepatócitos. Estes canais se unem para 
formar o ducto hepático que, junto com o ducto 
procedente da vesícula biliar, forma o ducto 
comum da bile, que descarrega seu conteúdo no 
duodeno. 
As células hepáticas ajudam o sangue a assimilar 
as substâncias nutritivas e a excretar os 
materiais residuais e as toxinas, bem como 
esteróides, estrógenos e outros hormônios.O fígado armazena glicogênio, ferro, cobre e 
vitaminas. Produz carboidratos a partir de 
lipídios ou de proteínas, e lipídios a partir de 
carboidratos ou de proteínas. Sintetiza também 
o colesterol e purifica muitos fármacos e muitas 
outras substâncias. O termo hepatite é usado 
para definir qualquer inflamação no fígado, 
como a cirrose. (AMABIS; MARTHO, 2002) 
 
 São funções do fígado 
 
 Secretar a bile, líquido que atua no 
emulsionamento das gorduras ingeridas, 
facilitando, assim, a ação da lipase; 
 Remover moléculas de glicose no 
sangue, reunindo-as quimicamente para 
formar glicogênio, que é armazenado; 
nos momentos de necessidade, o 
glicogênio é reconvertido em moléculas 
de glicose, que são relançadas na 
circulação; 
 Armazenar ferro e certas vitaminas em 
suas células; 
 Metabolizar lipídeos; 
 Sintetizar diversas proteínas presentes 
no sangue, de fatores imunológicos e de 
coagulação e de substâncias 
transportadoras de oxigênio e gorduras; 
 Degradar álcool e outras substâncias 
tóxicas, auxiliando na desintoxicação do 
organismo; 
 Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) 
velhas ou anormais, transformando sua 
hemoglobina em bilirrubina, o pigmento 
castanho-esverdeado presente na bile. 
 
 
 
 
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4.2. Controle da Atividade Digestiva 
 
A presença de alimento na boca, a simples visão, 
pensamento ou o cheiro do alimento, estimulam 
a produção de saliva. (GUYTON; HALL, 2006). 
Enquanto o alimento ainda está na boca, o 
sistema nervoso, por meio do nervo vago, envia 
estímulos ao estômago, iniciando a liberação de 
suco gástrico. Quando o alimento chega ao 
estômago, este começa a secretar gastrina, 
hormônio produzido pela própria mucosa 
gástrica e que estimula a produção do suco 
gástrico. Aproximadamente 30% da produção do 
suco gástrico é mediada pelo sistema nervoso, 
enquanto os 70% restantes dependem do 
estímulo da gastrina. 
Com a passagem do alimento para o duodeno, a 
mucosa duodenal secreta outro hormônio, a 
secretina, que estimula o pâncreas a produzir 
suco pancreático e liberar bicarbonato. Ao 
mesmo tempo, a mucosa duodenal produz 
colecistocinina (ou CCK), que é estimulada 
principalmente pela presença de gorduras no 
quimo e provoca a secreção do suco pancreático 
e contração da vesícula biliar, que lança a bile no 
duodeno. 
Em resposta ainda ao quimo rico em gordura, o 
duodeno secreta enterogastrona, que inibe os 
movimentos de esvaziamento do estômago, a 
produção de gastrina e, indiretamente, de suco 
gástrico. (GUYTON; HALL, 2006). 
 
4.3. Controle da Gordura Corporal 
 
Quando o valor calórico dos alimentos ingeridos 
em um determinado tempo supera o total da 
energia consumida no mesmo período, os 
alimentos excedentes são convertidos em 
gorduras corporais. Essa conversão acontece 
mais facilmente quando ingerimos gorduras do 
que quando ingerimos proteínas ou 
carboidratos. (GUYTON; HALL, 2006). 
Enquanto houver glicose disponível, ela será 
usada, e o metabolismo das gorduras será 
interrompido. O estoque de glicose é 
representado pelo glicogênio, armazenado no 
fígado e nos músculos. Em um adulto em jejum, 
o estoque de glicogênio esgota-se dentro de 12 
às 24h. A seguir, são consumidas as reservas de 
gordura e, se necessário, as de proteína, 
posteriormente. As células podem usar até 50% 
de suas proteínas como fonte de energia, antes 
que ocorra morte celular. 
 
5. Sistema Endócrino 
 
Dá-se o nome de sistema endócrino ao conjunto 
de órgãos que apresentam como atividade 
característica a produção de secreções 
denominadas hormônios, que são lançados na 
corrente sanguínea e irão atuar em outra parte 
do organismo, controlando ou auxiliando o 
controle de sua função. Os órgãos que têm sua 
função controlada e/ou regulada pelos 
hormônios são denominados órgãos-alvo. 
(GUYTON; HALL, 2006). 
Os hormônios influenciam praticamente todas 
as funções dos demais sistemas corporais. 
Frequentemente o sistema endócrino interage 
com o sistema nervoso, formando mecanismos 
reguladores bastante precisos. O sistema 
nervoso pode fornecer ao endócrino a 
informação sobre o meio externo, ao passo que 
o sistema endócrino regula a resposta interna 
do organismo a esta informação. Dessa forma, o 
sistema endócrino, juntamente com o sistema 
nervoso, atuam na coordenação e regulação 
das funções corporais. 
 
5.1. Alguns dos principais órgãos 
produtores de hormônios 
 
Alguns dos principais órgãos produtores de 
hormônios no homem são a hipófise, o 
hipotálamo, a tireóide, as paratireóides, as 
supra-renais, o pâncreas e as gônadas. 
 
 
 
 
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5.1.1. Hipófise ou pituitária 
 
Situa-se na base do encéfalo, em uma cavidade 
do osso esfenóide chamada tela túrcica. Nos 
seres humanos tem o tamanho aproximado de 
um grão de ervilha e possui duas partes: o lobo 
anterior, ou adeno hipófise e o lobo posterior, 
ou neuro hipófise. 
Além de exercerem efeitos sobre órgãos não-
endócrinos, alguns hormônios, produzidos pela 
hipófise são denominados trópicos porque 
atuam sobre outras glândulas endócrinas, 
comandando a secreção de outros hormônios. 
São eles: 
 
 Tireotrópicos: atuam sobre a glândula 
endócrina tireóide. 
 Adrenocorticotrópicos: atuam sobre o 
córtex da glândula endócrina adrenal. 
 Gonadotrópicos: atuam sobre as 
gônadas masculinas e femininas. 
 Somatotrófico: atua no crescimento, 
promovendo o alongamento dos ossos e 
estimulando a síntese de proteínas e o 
desenvolvimento da massa muscular. 
Também aumenta a utilização de 
gorduras e inibe a captação de glicose 
plasmática pelas células, aumentando a 
concentração de glicose no sangue 
(inibe a produção de insulina pelo 
pâncreas, predispondo ao diabetes). 
 
5.1.2. Hipotálamo 
 
Localizado no cérebro diretamente acima da 
hipófise, é conhecido por exercer controle sobre 
ela por meios de conexões neurais e substâncias 
semelhantes a hormônios chamados fatores 
desencadeadores, o meio pelo qual o sistema 
nervoso controla o comportamento sexual via 
sistema endócrino. 
O hipotálamo estimula a glândula hipófise a 
liberar os hormônios gonadotróficos (FSH e LH), 
que atuam sobre as gônadas, estimulando a 
liberação de hormônios gonadais na corrente 
sanguínea. Na mulher a glândula-alvo do 
hormônio gonadotrófico é o ovário; no homem, 
são os testículos. Os hormônios gonadais são 
detectados pela pituitária e pelo hipotálamo, 
inibindo a liberação de mais hormônio pituitário, 
por feedback. (GUYTON; HALL, 2006). 
Como a hipófise secreta hormônios que 
controlam outras glândulas e está subordinada, 
por sua vez, ao sistema nervoso, pode-se dizer 
que o sistema endócrino é subordinado ao 
nervoso e que o hipotálamo é o mediador entre 
esses dois sistemas. 
O hipotálamo também produz outros fatores de 
liberação que atuam sobre a adenohipófise, 
estimulando ou inibindo suas secreções. Produz 
também os hormônios ocitocina e ADH 
(antidiurético), armazenados e secretados pela 
neurohipófise. 
 
5.2. Tireóide 
 
Localiza-se no pescoço, estando apoiada sobre 
as cartilagens da laringe e da traquéia. Seus dois 
hormônios, triiodotironina (T3) e tiroxina (T4), 
aumentam a velocidade dos processos de 
oxidação e de liberação de energia nas células 
do corpo, elevando a taxa metabólica e a 
geração de calor. Estimulam ainda a produçãode RNA e a síntese de proteínas, estando 
relacionados ao crescimento, maturação e 
desenvolvimento. 
A calcitonina, outro hormônio secretado pela 
tireóide, participa do controle da concentração 
sangüínea de cálcio, inibindo a remoção do 
cálcio dos ossos e a saída dele para o plasma 
sanguíneo, estimulando sua incorporação pelos 
ossos. 
 
5.2.1. Paratireóides 
 
São pequenas glândulas, geralmente em número 
de quatro, localizadas na região posterior da 
tireóide. Secretam o paratormônio, que 
 
 
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estimula a remoção de cálcio da matriz óssea, 
que passa para o plasma sanguíneo, a absorção 
de cálcio dos alimentos pelo intestino e a 
reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, 
aumentando a concentração de cálcio no 
sangue. Neste contexto, o cálcio é importante 
na contração muscular, na coagulação sanguínea 
e na excitabilidade das células nervosas. 
 
5.2.2. Adrenais ou supra-renais 
 
São duas glândulas localizadas sobre os rins, 
divididas em duas partes independentes – 
medula e córtex - secretoras de hormônios 
diferentes, comportando-se como duas 
glândulas. O córtex secreta três tipos de 
hormônios: os glicocorticóides, os 
mineralocorticóides e os androgênicos. 
 
5.2.3. Pâncreas 
 
Também faz parte do sistema endócrino. É uma 
glândula mista ou anfícrina, apresenta 
determinadas regiões endócrinas e 
determinadas regiões exócrinas (da porção 
secretora partem dutos que lançam as secreções 
para o interior da cavidade intestinal) ao mesmo 
tempo. As chamadas ilhotas de Langerhans são a 
porção endócrina, onde estão as células que 
secretam os dois hormônios: insulina e 
glucagon, que atuam no metabolismo da glicose. 
 
 Principais hormônios humanos 
 
 Adenohipófise ou lobo anterior da 
hipófise 
 
Adrenocorticotrófico (ACTH): Estimula o córtex 
adrenal. 
Tireotrófico (TSH) ou tireotrofina: Estimula a 
tireóide a secretar seus principais hormônios. 
Sua produção é estimulada pelo hormônio 
liberador de tireotrofina (TRH), secretado pelo 
hipotálamo. 
Somatotrófico (STH) ou Hormônio do 
Crescimento (GH): Atua no crescimento, 
promovendo o alongamento dos ossos e 
estimulando a síntese de proteínas e o 
desenvolvimento da massa muscular. Também 
aumenta a utilização de gorduras e inibe a 
captação de glicose plasmática pelas células, 
aumentando a concentração de glicose no 
sangue (inibe a produção de insulina, 
predispondo ao diabetes). 
Gonadotróficos: sua produção é estimulada 
pelo hormônio liberador de gonadotrofinas - 
GnRH - secretado pelo hipotálamo. Podem ser: 
Folículo estimulante (FSH): Na mulher, estimula 
o desenvolvimento e a maturação dos folículos 
ovarianos. No homem, estimula a 
espermatogênese. 
Luteinizante (LH): Na mulher estimula a 
ovulação e o desenvolvimento do corpo lúteo. 
No homem, estimula a produção de 
testosterona pelas células instersticiais dos 
testículos. 
Prolactina ou hormônio lactogênico: Estimula a 
produção de leite pelas glândulas mamárias. Sua 
produção acentua-se no final da gestação, 
aumenta após o parto e persiste enquanto durar 
o estímulo da sucção. 
Neurohipófise ou lobo posterior da hipófise: 
não produz hormônios; libera na circulação dois 
hormônios sintetizados pelo hipotálamo. 
Antidiurético (ADH) ou vasopressina: Regula o 
volume de urina, aumentando a permeabilidade 
dos túbulos renais à água e, consequentemente, 
sua reabsorção. Sua produção é estimulada pelo 
aumento da pressão osmótica do sangue e por 
hemorragias intensas. O etanol inibe sua 
secreção, tendo ação diurética. 
Ocitocina: Na mulher, estimula a contração da 
musculatura uterina durante o parto e a ejeção 
do leite. No homem, provoca relaxamento dos 
vasos e dos corpos eréteis do pênis, 
aumentando a irrigação sanguínea. 
Hormônio melanotrófico ou melanocortinas 
(MSH) ou intermedinas: Estimulam a 
 
 
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pigmentação da pele (aceleram a síntese natural 
de melanina) e a síntese de hormônios 
esteróides pelas glândulas adrenal e gonadal. 
Ainda interferem na regulação da temperatura 
corporal, no crescimento fetal, secreção de 
prolactina, proteção do miocárdio em caso de 
isquemia, redução dos estoques de gordura 
corporal. 
 
5.2.4. Tireóide 
 
Tiroxina (T4) e triiodotironina (T3): Regula o 
desenvolvimento e o metabolismo geral. 
Calcitonina: Regula a taxa de cálcio no sangue, 
inibindo sua remoção dos ossos, o que diminui a 
taxa plasmática de cálcio. 
 
5.2.4.1. Paratireóides 
 
Paratormônio: Regula a taxa de cálcio, 
estimulando a remoção de cálcio da matriz 
óssea (o qual passa para o plasma sanguíneo), a 
absorção de cálcio dos alimentos pelo intestino 
e a reabsorção de cálcio pelos túbulos renais, 
aumentando a concentração de cálcio no 
plasma. 
 
5.3. Pâncreas 
 
Insulina (Ilhotas de Langerhans - células betas): 
Aumenta a captação de glicose pelas células e, 
ao mesmo tempo, inibe a utilização de ácidos 
graxos e estimula sua deposição no tecido 
adiposo. No fígado, estimula a captação da 
glicose plasmática e sua conversão em 
glicogênio. Portanto, provoca a diminuição da 
concentração de glicose no sangue. 
Glucagon (Ilhotas de Langerhans - células alfa: 
Ativa a enzima fosforilase, que fraciona as 
moléculas de glicogênio do fígado em moléculas 
de glicose, que passam para o sangue, elevando 
a glicemia (taxa de glicose sanguínea). 
 
 
 
5.4. Adrenais ou Suprarrenais 
 
Córtex - Glicocorticóides (principal: Cortisol): 
Estimulam a conversão de proteínas e de 
gorduras em glicose, ao mesmo tempo em que 
diminuem a captação de glicose pelas células, 
aumentando, assim, a utilização de gorduras. 
Essas ações elevam a concentração de glicose no 
sangue, a taxa metabólica e a geração de calor. 
Os glicocorticóides também diminuem a 
migração de glóbulos brancos para os locais 
inflamados, determinando menor liberação de 
substâncias capazes de dilatar as arteríolas da 
região; consequentemente há diminuição da 
reação inflamatória. 
Mineralocorticóides (aldosterona): Aumentam 
a reabsorção, nos túbulos renais, de água e de 
íons sódio e cloreto, aumentando a pressão 
arterial. 
Andrógenos: Desenvolvimento e manutenção 
dos caracteres sexuais secundários masculinos. 
Adrenalina: Promove taquicardia (batimento 
cardíaco acelerado), aumento da pressão 
arterial e das frequências cardíaca e respiratória, 
aumento da secreção do suor, da glicose 
sanguínea, da atividade mental e constrição dos 
vasos sanguíneos da pele. 
 
5.5. Testículos 
 
Testosterona (andrógeno): Promove o 
desenvolvimento e o crescimento dos testículos, 
além do desenvolvimento dos caracteres sexuais 
secundários masculinos, aumento da libido 
(desejo sexual), aumento da massa muscular e 
da agressividade. 
 
5.6. Ovários 
 
Estrógenos: Promove o desenvolvimento dos 
caracteres sexuais femininos e da parede uterina 
(endométrio); estimula o crescimento e a 
calcificação óssea, inibindo a remoção desse íon 
 
 
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do osso e protegendo contra a osteoporose; 
protege contra a aterosclerose (deposição de 
placas de gorduras nas artérias). 
Progesterona: Modificações orgânicas da 
gravidez,como preparação do útero para 
aceitação do óvulo fertilizado e das mamas para 
a lactação. Inibe as contrações uterinas, 
impedindo a expulsão do feto em 
desenvolvimento. 
 
6. Sistema Excretor 
 
O sistema excretor é formado por um conjunto 
de órgãos que filtram o sangue, produzem e 
excretam a urina - o principal líquido de 
excreção do organismo. É constituído por um 
par de rins, um par de ureteres, pela bexiga 
urinária e pela uretra. (CÉSAR; CEZAR, 2002). 
Os rins situam-se na parte dorsal do abdome, 
logo abaixo do diafragma, um de cada lado da 
coluna vertebral, nessa posição estão protegidos 
pelas últimas costelas e também por uma 
camada de gordura. Têm a forma de um grão de 
feijão enorme e possuem uma cápsula fibrosa, 
que protege o córtex - mais externo, e a medula 
- mais interna. (GUYTON; HALL, 2006). 
Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que 
sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares ou 
milhões de unidades filtradoras, os néfrons, 
localizados na região renal. 
O néfron é uma longa estrutura tubular 
microscópica que possui, em uma das 
extremidades, uma expansão em forma de taça, 
denominada cápsula de Bowman, que se 
conecta com o túbulo contorcido proximal, que 
continua pela alça de Henle e pelo túbulo 
contorcido distal; este desemboca em um tubo 
coletor. São responsáveis pela filtração do 
sangue e remoção das excreções. 
O sangue chega ao rim através da artéria renal, 
que se ramifica muito no interior do órgão, 
originando grande número de arteríolas 
aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior 
da cápsula de Bowman do néfron, formando um 
enovelado de capilares denominado glomérulo 
de Malpighi. (GUYTON; HALL, 2006). 
O sangue arterial é conduzido sob alta pressão 
nos capilares do glomérulo. Essa pressão, que 
normalmente é de 70 a 80 mmHg, tem 
intensidade suficiente para que parte do plasma 
passe para a cápsula de Bowman, processo 
denominado filtração. Essas substâncias 
extravasadas para a cápsula de Bowman 
constituem o filtrado glomerular, que é 
semelhante, em composição química, ao plasma 
sanguíneo, com a diferença de que não possui 
proteínas, incapazes de atravessar os capilares 
glomerulares. 
O filtrado glomerular passa em seguida para o 
túbulo contorcido proximal, cuja parede é 
formada por células adaptadas ao transporte 
ativo. Nesse túbulo, ocorre reabsorção ativa de 
sódio. A saída desses íons provoca a remoção de 
cloro, fazendo com que a concentração do 
líquido dentro desse tubo fique menor 
(hipotônico) do que do plasma dos capilares que 
o envolvem. Com isso, quando o líquido 
percorre o ramo descendente da alça de Henle, 
há passagem de água por osmose do líquido 
tubular (hipotônico) para os capilares 
sanguíneos (hipertônicos) – ao que chamamos 
reabsorção. O ramo descendente percorre 
regiões do rim com gradientes crescentes de 
concentração. Consequentemente, ele perde 
ainda mais água para os tecidos, de forma que, 
na curvatura da alça de Henle, a concentração 
do líquido tubular é alta. 
Esse líquido muito concentrado passa então a 
percorrer o ramo ascendente da alça de Henle, 
que é formado por células impermeáveis à água 
e que estão adaptadas ao transporte ativo de 
sais. Nessa região, ocorre remoção ativa de 
sódio, ficando o líquido tubular hipotônico. Ao 
passar pelo túbulo contorcido distal, que é 
permeável à água, ocorre reabsorção por 
osmose para os capilares sanguíneos. Ao sair do 
néfron, a urina entra nos dutos coletores, onde 
ocorre a reabsorção final de água. 
 
 
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Dessa forma, estima-se que em 24h são filtrados 
cerca de 180 litros de fluido do plasma; porém 
são formados apenas 1 a 2 litros de urina por 
dia, o que significa que aproximadamente 99% 
do filtrado glomerular é reabsorvido. (AMABIS; 
MARTHO, 2002) 
Além desses processos gerais descritos, ocorre, 
ao longo dos túbulos renais, reabsorção ativa de 
aminoácidos e glicose. Desse modo, no final do 
túbulo distal, essas substâncias já não são mais 
encontradas. 
Os capilares que reabsorvem as substâncias 
úteis dos túbulos renais se reúnem para formar 
um vaso único, a veia renal, que leva o sangue 
para fora do rim, em direção ao coração. 
A regulação da função renal relaciona-se 
basicamente com a regulação da quantidade de 
líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter 
água no interior do corpo, a urina fica mais 
concentrada, em função da maior reabsorção de 
água; havendo excesso de água no corpo, a 
urina fica menos concentrada, em função da 
menor reabsorção de água. 
O principal agente regulador do equilíbrio 
hídrico no corpo humano é o hormônio ADH 
(antidiurético), produzido no hipotálamo e 
armazenado na hipófise. A concentração do 
plasma sanguíneo é detectada por receptores 
osmóticos localizados no hipotálamo. Havendo 
aumento na concentração do plasma (pouca 
água), esses osmorreguladores estimulam a 
produção de ADH. Esse hormônio passa para o 
sangue, indo atuar sobre os túbulos distais e 
sobre os túbulos coletores do néfron, tornando 
as células desses tubos mais permeáveis à água. 
Dessa forma, ocorre maior reabsorção de água e 
a urina fica mais concentrada. Quando a 
concentração do plasma é baixa (muita água), 
há inibição da produção do ADH e, 
consequentemente, menor absorção de água 
nos túbulos distais e coletores, possibilitando a 
excreção do excesso de água, o que torna a 
urina mais diluída. 
Certas substâncias, como é o caso do álcool, 
inibem a secreção de ADH, aumentando a 
produção de urina. 
Além do ADH, há outro hormônio participante 
do equilíbrio hidro-iônico do organismo: a 
aldosterona, produzida nas glândulas supra-
renais. Ela aumenta a reabsorção ativa de sódio 
nos túbulos renais, possibilitando maior 
retenção de água no organismo. A produção de 
aldosterona é regulada da seguinte maneira: 
quando a concentração de sódio dentro do 
túbulo renal diminui, o rim produz uma proteína 
chamada renina, que age sobre uma proteína 
produzida no fígado e encontrada no sangue 
denominada angiotensinogênio (inativo), 
convertendo-a em angiotensina (ativa). Essa 
substância estimula as glândulas supra-renais a 
produzirem a aldosterona. (GUYTON; HALL, 
2006). 
Hormônio Antidiurético (ADH): Principal agente 
fisiológico regulador do equilíbrio hídrico, 
produzido no hipotálamo e armazenado na 
hipófise. 
Aldosterona: produzida nas glândulas supra-
renais, aumenta a absorção ativa de sódio e a 
secreção ativa de potássio nos túbulos distal e 
coletor. 
 
6.1. A Eliminação de Urina 
 
Ureter: Os néfrons desembocam em dutos 
coletores, que se unem para formar canais cada 
vez mais grossos. A fusão dos dutos origina um 
canal único, denominado ureter, que deixa o rim 
em direção à bexiga urinária. 
Bexiga urinária: A bexiga urinária é uma bolsa 
de parede elástica, dotada de musculatura lisa, 
cuja função é acumular a urina produzida nos 
rins. Quando cheia, a bexiga pode conter mais 
de ¼ de litro (250 ml) de urina, que é eliminada 
periodicamente através da uretra. 
Uretra: A uretra é um tubo que parte da bexiga 
e termina, na mulher, na região vulvar e, no 
homem, na extremidade do pênis. Sua 
 
 
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comunicação com a bexiga mantém-se fechada 
por anéis musculares - chamados esfíncteres. 
Quando a musculatura desses anéis relaxa-se e a 
musculatura da parede da bexiga contrai-se, 
urinamos. 
 
7. Sistema NervosoO sistema nervoso, juntamente com o sistema 
endócrino, capacitam o organismo a perceber as 
variações do meio interno e externo, a difundir 
as modificações que essas variações produzem e 
a executar as respostas adequadas para que seja 
mantido o equilíbrio interno do corpo, a 
homeostase. São os sistemas envolvidos na 
coordenação e regulação das funções corporais. 
(BEAR; CONNORS, 2002) 
No sistema nervoso diferenciam-se duas 
linhagens celulares: os neurônios e as células da 
glia (ou da neuróglia). 
Os neurônios são as células responsáveis pela 
recepção e transmissão dos estímulos do meio, 
possibilitando ao organismo a execução de 
respostas adequadas para a manutenção da 
homeostase. Para exercerem tais funções, 
contam com duas propriedades fundamentais: 
a irritabilidade, também chamada de 
excitabilidade ou responsividade, e a 
condutibilidade. (BEAR; CONNORS, 2002) 
Irritabilidade é a capacidade que permite a uma 
célula responder a estímulos, sejam eles 
internos ou externos. Portanto, não é uma 
resposta, mas a propriedade que torna a célula 
apta a responder. Essa propriedade é inerente 
aos vários tipos celulares do organismo. No 
entanto, as respostas emitidas pelos tipos 
celulares distintos também diferem umas das 
outras. A resposta emitida pelos neurônios 
assemelha-se a uma corrente elétrica 
transmitida ao longo de um fio condutor: uma 
vez excitados pelos estímulos, os neurônios 
transmitem essa onda de excitação - impulso 
nervoso - por toda a sua extensão em grande 
velocidade e em um curto espaço de tempo. 
Esse fenômeno deve-se à propriedade de 
condutibilidade. (GUYTON; HALL, 2006). 
O impulso nervoso: A membrana plasmática do 
neurônio transporta alguns íons ativamente, do 
líquido extracelular para o interior da fibra, e 
outros, do interior, de volta ao líquido 
extracelular. Assim funciona a bomba de sódio e 
potássio, que bombeia ativamente o sódio para 
fora, enquanto o potássio é bombeado 
ativamente para dentro. Porém esse 
bombeamento não é equitativo: para cada três 
íons sódio bombeados para o líquido 
extracelular, apenas dois íons potássio são 
bombeados para o líquido intracelular. 
Sinapses: é um tipo de junção especializada em 
que um terminal axonal faz contato com outro 
neurônio ou tipo celular. As sinapses podem ser 
elétricas ou químicas (maioria). 
 
7.1. Neurotransmissores 
 
A maioria dos neurotransmissores situa-se em 
três categorias: aminoácidos, aminas e 
peptídeos. 
Os neurotransmissores aminoácidos e aminas 
são pequenas moléculas orgânicas com pelo 
menos um átomo de nitrogênio, armazenadas e 
liberadas em vesículas sinápticas. (BEAR; 
CONNORS, 2002) 
Diferentes neurônios no SNC liberam também 
diferentes neurotransmissores. A transmissão 
sináptica rápida na maioria das sinapses do SNC 
é mediada pelos neurotransmissores 
aminoácidos glutamato (GLU), gama-
aminobutírico (GABA) e glicina (GLI). A amina 
acetilcolina medeia à transmissão sináptica 
rápida em todas as junções neuromusculares. 
(BEAR; CONNORS, 2002) 
As formas mais lentas de transmissão sináptica 
no SNC e na periferia são mediadas por 
neurotransmissores das três categorias. O 
mediador químico adrenalina, além de servir 
como neurotransmissor no encéfalo, também é 
 
 
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liberado pela glândula adrenal para a circulação 
sanguínea. (GUYTON; HALL, 2006). 
 
 Abaixo são citadas as funções 
específicas de alguns 
neurotransmissores. 
 
Endorfinas e encefalinas: bloqueiam a dor, 
agindo naturalmente no corpo como 
analgésicos. 
Dopamina: neurotransmissor inibitório derivado 
da tirosina. Produz sensações de satisfação e 
prazer. 
Serotonina: neurotransmissor derivado do 
triptofano regula o humor, o sono, a atividade 
sexual, o apetite, o ritmo circadiano, as funções 
neuroendócrinas, temperatura corporal, 
sensibilidade à dor, atividade motora e funções 
cognitivas. 
GABA (ácido gama-aminobutirico): principal 
neurotransmissor inibitório do SNC. Está 
envolvido com os processos de ansiedade. 
Ácido glutâmico ou glutamato: principal 
neurotransmissor estimulador do SNC. A sua 
ativação aumenta a sensibilidade aos estímulos 
dos outros neurotransmissores. 
 Tipos de neurônios 
 
De acordo com suas funções na condução dos 
impulsos, os neurônios podem ser classificados 
em: 
 
 Neurônios receptores ou sensitivos 
(aferentes); 
 Neurônios motores ou efetuadores 
(eferentes); 
 Neurônios associativos ou 
interneurônios. 
 
7.2. Células da Glia (neuróglia) 
 
As células da neuróglia cumprem a função de 
sustentar, proteger, isolar e nutrir os neurônios. 
Há diversos tipos celulares, distintos quanto à 
morfologia, a origem embrionária e às funções 
que exercem. Distinguem-se, entre elas, os 
astrócitos, oligodendrocitos e micróglia. Têm 
formas estreladas e prolongações que envolvem 
as diferentes estruturas do tecido. (BEAR; 
CONNORS, 2002) 
Os astrócitos são as maiores células da neuróglia 
e estão associados à sustentação e à nutrição 
dos neurônios. Preenchem os espaços entre os 
neurônios, regulam a concentração de diversas 
substâncias com potencial para interferir nas 
funções neuronais normais, como as 
concentrações extracelulares de potássio, 
regulam os neurotransmissores e restringem a 
difusão de neurotransmissores liberados e 
possuem proteínas especiais em suas 
membranas que removem os 
neurotransmissores da fenda sináptica. 
Os oligodendrócitos são encontrados apenas no 
sistema nervoso central (SNC). Devem exercer 
papéis importantes na manutenção dos 
neurônios, uma vez que, sem eles, os neurônios 
não sobrevivem em meio de cultura. No SNC, 
são as células responsáveis pela formação da 
bainha de mielina. Um único oligodendrócito 
contribui para a formação de mielina de vários 
neurônios. 
A micróglia é constituída por células 
fagocitárias, análogas aos macrófagos e que 
participam da defesa do sistema nervoso. 
O SNC recebe, analisa e integra informações. É o 
local onde ocorre a tomada de decisões e o 
envio de ordens. 
O SNC divide-se em encéfalo e medula. O 
encéfalo corresponde ao telencéfalo 
(hemisférios cerebrais), diencéfalo (tálamo e 
hipotálamo), cerebelo, e tronco cefálico, que se 
divide em: BULBO, situado caudalmente; 
MESENCÉFALO, situado cranialmente; e PONTE, 
situada entre ambos. (BEAR; CONNORS, 2002) 
O SNP carrega informações dos órgãos 
sensoriais para o sistema nervoso central e do 
sistema nervoso central para os órgãos efetores, 
músculos e glândulas. 
 
 
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O SNP é formado por nervos encarregados de 
fazer as ligações entre o sistema nervoso central 
e o corpo. NERVO é a reunião de várias fibras 
nervosas, que podem ser formadas de axônios 
ou de dendritos. (GUYTON; HALL, 2006). 
As fibras nervosas, formadas pelos 
prolongamentos dos neurônios (dendritos ou 
axônios) e seus envoltórios, organizam-se em 
feixes. Cada feixe forma um nervo e é envolvido 
por uma bainha conjuntiva denominada 
perineuro. O nervo também é envolvido por 
uma bainha de tecido conjuntivo chamada 
epineuro. Em nosso corpo existe um número 
muito grande de nervos. Seu conjunto forma a 
rede nervosa. Os nervos que levam informações 
da periferia do corpo para o SNC são: 
 
 Nervos sensoriais: nervos aferentes ou 
nervos sensitivos, que são formados por 
prolongamentos de neurônios sensoriais 
(centrípetos). 
 Nervosmistos: formados por axônios de 
neurônios sensoriais e por neurônios 
motores. 
 
Quando partem do encéfalo, os nervos são 
chamados de cranianos. Quando partem da 
medula espinhal são raquidianos. Os 31 pares de 
nervos raquidianos que saem da medula 
relacionam-se com os músculos esqueléticos. O 
conjunto de nervos cranianos e raquidianos 
forma o SNP, que pode ser: 
SNP Voluntário ou Somático, que tem a função 
de reagir a estímulos provenientes do ambiente 
externo. 
SNP Autônomo ou Visceral, como o próprio 
nome diz, funciona independentemente de 
nossa vontade e tem por função regular o 
ambiente interno do corpo, controlando a 
atividade dos sistemas digestório, 
cardiovascular, excretor e endócrino. O sistema 
nervoso autônomo divide-se em SN Simpático e 
SN Parassimpático. De modo geral, esses dois 
sistemas têm funções contrárias, ou seja, são 
antagônicas. Um corrige os excessos do outro. 
Por exemplo, se o sistema simpático acelera 
demasiadamente as batidas do coração, o 
sistema parassimpático entra em ação, 
diminuindo o ritmo cardíaco. Se o sistema 
simpático acelera o trabalho do estômago e dos 
intestinos, o parassimpático entra em ação para 
diminuir as contrações desses órgãos. (BEAR; 
CONNORS, 2002) 
 
A acetilcolina e a noradrenalina têm a 
capacidade de excitar alguns órgãos e inibir 
outros, de maneira antagônica. Em geral, 
quando os centros simpáticos cerebrais se 
tornam excitados, estimulam, simultaneamente, 
quase todos os nervos simpáticos, preparando o 
corpo para a atividade. 
 
Além do mecanismo da descarga em massa do 
sistema simpático, algumas condições 
fisiológicas podem estimular partes localizadas 
desse sistema. Duas das condições são as 
seguintes: 
 
Reflexos calóricos: o calor aplicado à pele 
determina um reflexo que passa através da 
medula espinhal e volta a ela, dilatando os vasos 
sanguíneos cutâneos. Também o aquecimento 
do sangue que passa através do centro de 
controle térmico do hipotálamo aumenta o grau 
de vasodilatação superficial, sem alterar os 
vasos profundos. 
Exercícios: durante o exercício físico, o 
metabolismo aumentado nos músculos tem um 
efeito local de dilatação dos vasos sanguíneos 
musculares; porém, ao mesmo tempo, o sistema 
simpático tem efeito vasoconstritor para a 
maioria das outras regiões do corpo. A 
vasodilatação muscular permite que o sangue 
flua facilmente através dos músculos, enquanto 
a vasoconstrição diminui o fluxo sanguíneo em 
todas as regiões do corpo, exceto no coração e 
no cérebro. (GUYTON; HALL, 2006). 
 
 
 
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8. Sistema Reprodutor 
 
Chamamos de sistema reprodutor o grupo de 
órgãos necessários ou acessórios aos processos 
de reprodução. As unidades básicas da 
reprodução sexual são as células germinais 
masculinas e femininas. 
 
8.1. Sistema Reprodutor Masculino 
 
O sistema reprodutor masculino é formado por: 
 
 Testículos ou gônadas; 
 Vias espermáticas: epidídimo, canal 
deferente, uretra; 
 Pênis; 
 Escroto; 
 Glândulas anexas: próstata, vesículas 
seminais, glândulas bulbouretrais. 
 
8.2. Puberdade 
 
Os testículos do menino permanecem inativos 
até que são estimulados entre 10 e 14 anos 
pelos hormônios gonadotróficos da glândula 
hipófise ou pituitária. 
O hipotálamo libera Fatores Liberadores dos 
Hormônios Gonadotróficos que fazem a hipófise 
liberar: 
Hormônio folículo estimulante (FSH): estimula a 
espermatogênese pelas células dos túbulos 
seminíferos. 
Hormônio luteinizante (LH): estimula a produção 
de testosterona pelas células intersticiais dos 
testículos à características sexuais secundárias, 
elevação do desejo sexual. 
 
8.2.1. Testosterona 
 
Depois que um feto começa a se desenvolver no 
útero materno, seus testículos começam a 
secretar testosterona, quando tem poucas 
semanas de vida apenas. Essa testosterona, 
então, auxilia o feto a desenvolver órgãos 
sexuais masculinos e características secundárias 
masculinas. Isto é, acelera a formação do pênis, 
da bolsa escrotal, da próstata, das vesículas 
seminais, dos ductos deferentes e dos outros 
órgãos sexuais masculinos. Além disso, a 
testosterona faz com que os testículos desçam 
da cavidade abdominal para a bolsa escrotal, se 
a produção de testosterona pelo feto é 
insuficiente, os testículos não conseguem 
descer; permanecem na cavidade abdominal. 
Imediatamente após o nascimento da criança, a 
perda de conexão com a placenta remove esse 
feito estimulador, de modo que os testículos 
deixam de secretar testosterona. 
Em consequência, as características sexuais 
interrompem seu desenvolvimento desde o 
nascimento até a puberdade. Na puberdade, o 
reaparecimento da secreção de testosterona 
induz os órgãos sexuais masculinos a retomar o 
crescimento. Os testículos, a bolsa escrotal e o 
pênis crescem, então, aproximadamente mais 
10 vezes. 
Além dos efeitos sobre os órgãos genitais, a 
testosterona exerce outros efeitos gerais por 
todo o organismo para dar ao homem adulto 
suas características distintivas. Faz com que os 
pêlos cresçam na face, ao longo da linha média 
do abdome, no púbis e no tórax. Origina, porém, 
a calvície nos homens que tenham predisposição 
hereditária para ela. Estimula o crescimento da 
laringe, de maneira que o homem, após a 
puberdade fica com a voz mais grave. Estimula 
um aumento na deposição de proteína nos 
músculos, pele, ossos e em outras partes do 
corpo, de maneira que o adolescente do sexo 
masculino se torna geralmente maior e mais 
musculoso do que a mulher, nessa fase. Algumas 
vezes, a testosterona também promove uma 
secreção anormal das glândulas sebáceas da 
pele, fazendo com que se desenvolva a acne 
pós-puberdade na face. (GUYTON; HALL, 2006). 
Na ausência de testosterona, as características 
sexuais secundárias não se desenvolvem e o 
 
 
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indivíduo mantém um aspecto sexualmente 
infantil. 
 
8.3. Sistema Reprodutor Feminino 
 
O sistema reprodutor feminino está localizado 
no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui 
um marco ósseo forte que realiza uma função 
protetora. E é constituído por: 
 
 Dois ovários; 
 Duas tubas uterinas, as trompas de 
Falópio; 
 Um útero; 
 Uma vagina; 
 Uma vulva. 
 
A pituitária (hipófise) anterior das meninas, 
como a dos meninos, não secreta praticamente 
nenhum hormônio gonadotrópico até a idade de 
10 a 14 anos. Também nessa época, começa a 
secretar dois hormônios gonadotrópicos. No 
inicio, secreta principalmente o hormônio 
folículo estimulante (FSH), que inicia a vida 
sexual na menina em crescimento; mais tarde, 
secreta o hormônio luteinizante (LH), que auxilia 
no controle do ciclo menstrual. 
FSH: causa a proliferação das células foliculares 
ovarianas e estimula a secreção de estrógeno, 
levando as cavidades foliculares a 
desenvolverem-se e a crescer. 
 LH: aumenta ainda mais a secreção das células 
foliculares, estimulando a ovulação. 
 
8.3.1. Hormônios Sexuais Femininos 
 
Os dois hormônios ovarianos, o estrogênio e a 
progesterona, são responsáveis pelo 
desenvolvimento sexual da mulher e pelo ciclo 
menstrual. 
 
 
 
 
 Estrogênio 
 
O estrogênio induz as células de muitos locais do 
organismo, a proliferar, isto é, a aumentar em 
número. Provoca o aumento da vagina e o 
desenvolvimento dos lábios que a circundam, 
faz o púbis se cobrir de pelos,os quadris se 
alargarem e o estreito pélvico assumir a forma 
ovóide, em vez de afunilada como no homem. 
Provoca o desenvolvimento das mamas e a 
proliferação dos seus elementos glandulares, e, 
finalmente, leva o tecido adiposo a concentrar-
se, na mulher, em áreas como os quadris e 
coxas, dando-lhes o arredondamento típico do 
sexo. 
Todas as características que distinguem a 
mulher do homem são devido ao estrogênio e a 
razão básica para o desenvolvimento dessas 
características é o estímulo à proliferação dos 
elementos celulares em certas regiões do corpo. 
Também estimula o crescimento de todos os 
ossos logo após a puberdade, mas promove 
rápida calcificação óssea, fazendo com que as 
partes dos ossos que crescem se "extingam" 
dentro de poucos anos, de forma que o 
crescimento, então, para. A mulher, nessa fase, 
cresce mais rapidamente que o homem, mas 
para após os primeiros anos da puberdade. Já o 
homem tem um crescimento menos rápido, 
porém mais prolongado, de modo que ele 
assume uma estatura maior que a da mulher, e, 
nesse ponto, também se diferenciam os dois 
sexos. O estrogênio tem, outrossim, efeitos 
muito importantes no revestimento interno do 
útero, o endométrio, no ciclo menstrual. 
(GUYTON; HALL, 2006). 
 
 Progesterona 
 
A progesterona tem pouco a ver com o 
desenvolvimento dos caracteres sexuais 
femininos. Está principalmente relacionada com 
a preparação do útero para a aceitação do 
embrião e à preparação das mamas para a 
 
 
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secreção láctea. Em geral, a progesterona 
aumenta o grau da atividade secretória das 
glândulas mamárias e, também, das células que 
revestem a parede uterina, acentuando o 
espessamento do endométrio e fazendo com 
que ele seja intensamente invadido por vasos 
sanguíneos; determina, ainda, o surgimento de 
numerosas glândulas produtoras de glicogênio. 
Finalmente, a progesterona inibe as contrações 
do útero e impede a expulsão do embrião que 
se está implantando ou do feto em 
desenvolvimento. 
 
9. Sistema Respiratório 
 
O sistema respiratório humano é constituído por 
um par de pulmões e por vários órgãos que 
conduzem o ar para dentro e para fora das 
cavidades pulmonares. Esses órgãos são as 
fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a 
traquéia, os brônquios, os bronquíolos e os 
alvéolos, os três últimos localizados nos 
pulmões. 
 
9.1. Ventilação pulmonar 
 
A inspiração, que promove a entrada de ar nos 
pulmões, dá-se pela contração da musculatura 
do diafragma e dos músculos intercostais. O 
diafragma abaixa e as costelas elevam-se, 
promovendo o aumento da caixa torácica, com 
conseqüente redução da pressão interna (em 
relação à externa), forçando o ar a entrar nos 
pulmões. 
 
A expiração, que promove a saída de ar dos 
pulmões, dá-se pelo relaxamento da 
musculatura do diafragma e dos músculos 
intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas 
abaixam o que diminui o volume da caixa 
torácica, com consequente aumento da pressão 
interna, forçando o ar a sair dos pulmões. 
(AMABIS; MARTHO, 2002) 
 
9.2. Transporte de gases respiratórios 
 
O transporte de gás oxigênio está a cargo da 
hemoglobina, proteína presente nas hemácias. 
Cada molécula de hemoglobina combina-se com 
4 moléculas de gás oxigênio, formando a 
oxihemoglobina. Nos alvéolos pulmonares o gás 
oxigênio do ar difunde-se para os capilares 
sanguíneos e penetra nas hemácias, onde se 
combina com a hemoglobina, enquanto o gás 
carbônico (CO2) é liberado para o ar, processo 
chamado hematose. 
Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás 
oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-
se pelo líquido tissular, atingindo as células. A 
maior parte do gás carbônico (cerca de 70%) 
liberado pelas células no líquido tissular penetra 
nas hemácias e reage com a água, formando o 
ácido carbônico, que logo se dissocia e dá 
origem a íons H+ e bicarbonato, difundindo-se 
para o plasma sanguíneo, onde ajudam a manter 
o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% do gás 
carbônico liberado pelos tecidos associam-se à 
própria hemoglobina, formando a 
carboemoglobina. O restante dissolve-se no 
plasma. (GUYTON; HALL, 2006). 
 
9.3. Controle da respiração 
 
Em relativo repouso, a frequência respiratória é 
da ordem de 14 a 20 movimentos por minuto. A 
respiração é controlada automaticamente por 
um centro nervoso localizado no bulbo. Desse 
centro partem os nervos responsáveis pela 
contração dos músculos respiratórios (diafragma 
e músculos intercostais). Os sinais nervosos são 
transmitidos desse centro através da coluna 
espinhal para os músculos da respiração. O mais 
importante músculo da respiração, o diafragma, 
recebe os sinais respiratórios através de um 
nervo especial, o nervo frênico, que deixa a 
medula espinhal na metade superior do pescoço 
e dirige-se para baixo, através do tórax até o 
diafragma. Os sinais para os músculos 
 
 
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expiratórios, especialmente os músculos 
abdominais, são transmitidos para a porção 
baixa da medula espinhal, para os nervos 
espinhais que inervam os músculos. Impulsos 
iniciados pela estimulação psíquica ou sensorial 
do córtex cerebral podem afetar a respiração. 
Em condições normais, o centro respiratório 
(CR) produz, a cada 5 segundos, um impulso 
nervoso que estimula a contração da 
musculatura torácica e do diafragma, fazendo-
nos inspirar. (GUYTON; HALL, 2006). O CR é 
capaz de aumentar e de diminuir tanto a 
frequência como a amplitude dos movimentos 
respiratórios, pois possui quimiorreceptores 
que são bastante sensíveis ao pH do plasma. 
Essa capacidade permite que os tecidos 
recebam a quantidade de oxigênio que 
necessitam, além de remover adequadamente o 
gás carbônico. Quando o sangue torna-se mais 
ácido devido ao aumento do gás carbônico, o 
centro respiratório induz a aceleração dos 
movimentos respiratórios. Dessa forma, tanto a 
frequência quanto a amplitude da respiração 
tornam-se aumentadas devido à excitação do 
CR. Em situação contrária, com a depressão do 
CR, ocorre diminuição da frequência e amplitude 
respiratória. 
 
9.4. A respiração é ainda o principal 
mecanismo de controle do pH do 
sangue. 
 
A ansiedade e os estados ansiosos promovem 
liberação de adrenalina que, frequentemente 
levam também à hiperventilação, algumas vezes 
de tal intensidade que o indivíduo torna seus 
líquidos orgânicos alcalóticos (básicos), 
eliminando grande quantidade de dióxido de 
carbono, precipitando, assim, contrações dos 
músculos de todo o corpo. Se a concentração de 
gás carbônico cair a valores muito baixos, outras 
consequências extremamente danosas podem 
ocorrer como o desenvolvimento de um quadro 
de alcalose que pode levar a uma irritabilidade 
do sistema nervoso, resultando, algumas vezes, 
em tetania (contrações musculares involuntárias 
por todo o corpo) ou mesmo convulsões 
epilépticas. Existem algumas ocasiões em que a 
concentração de oxigênio nos alvéolos cai a 
valores muito baixos. Isso ocorre especialmente 
quando se sobe a lugares muito altos, onde a 
concentração de oxigênio na atmosfera é muito 
baixa ou quando uma pessoa contrai pneumonia 
ou alguma outra doença que reduza o oxigênio 
nos alvéolos. Sob tais condições, 
quimiorreceptores localizados nas artérias 
carótida e aorta são estimulados e enviam sinais 
pelos nervos vago e glossofaríngeo, estimulando 
os centrosrespiratórios no sentido de aumentar 
a ventilação pulmonar. 
 
9.5. Capacidade e os volumes respiratórios 
 
O sistema respiratório humano comporta um 
volume total de aproximadamente 5 litros de ar 
– a capacidade pulmonar total. Desse volume, 
apenas meio litro é renovado em cada 
respiração tranqüila, de repouso. Esse volume 
renovado é o volume corrente. 
Se no final de uma inspiração forçada, 
executarmos uma expiração forçada, 
conseguiremos retirar dos pulmões uma 
quantidade de aproximadamente 4 litros de ar, 
o que corresponde à capacidade vital, e é dentro 
de seus limites que a respiração pode acontecer. 
(GUYTON; HALL, 2006). Mesmo no final de uma 
expiração forçada, resta nas vias aéreas cerca de 
1 litro de ar, o volume residual. Os atletas 
costumam utilizar o chamado “segundo fôlego”. 
No final de cada expiração, contraem os 
músculos intercostais internos, que abaixam as 
costelas e eliminam mais ar dos pulmões, 
aumentando a renovação. 
 
Em outra unidade, estudaremos os sistemas: 
Musculares, Esqueléticos e Epiteliais. 
 
Bons estudos! 
 
 
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1) Quando ingerimos um alimento, entra 
em ação um mecanismo para fechar a 
laringe, evitando que o alimento 
penetre nas vias respiratórias e assim, 
você pode até ficar de cabeça para baixo 
e mesmo assim o alimento chegará ao 
intestino. Que nome se dá esse 
processo? 
 
a) Reabsorção; 
b) Rejeição; 
c) Peristaltismo; 
d) Peritônio. 
 
2) Chamamos de sistema reprodutor o 
grupo de órgãos necessários ou 
acessórios aos processos de reprodução. 
Em relação a puberdade masculina, 
marque a alternativa INCORRETA: 
 
a) Os testículos do menino permanecem 
inativos até que são estimulados entre 
10 e 14 anos pelos hormônios 
gonadotróficos da glândula hipófise ou 
pituitária; 
b) O Hormônio folículo estimulante (FSH): 
estimula a espermatogênese pelas 
células dos túbulos seminíferos. 
c) O hipotálamo libera Fatores Liberadores 
dos Hormônios Gonadotróficos que 
fazem a hipófise liberar: Glucagon, 
Calcitonina e Gonadotrofina Coriônica. 
d) O Hormônio luteinizante (LH): estimula a 
produção de testosterona pelas células 
intersticiais dos testículos à 
características sexuais secundárias, 
elevação do desejo sexual. 
 
3) Assinale a alternativa que corresponde à 
redução e aumento dos batimentos 
cardíacos. 
 
a) Bradicardia e taquicardia; 
b) Taquicardia e bradicardia; 
c) Taquipnéia e bradipnéia; 
d) Bradipneia e taquipnéia. 
 
4) De acordo com o texto, em repouso, a 
frequência respiratória varia de: 
 
a) 10 a 15 
b) 12 a 17 
c) 14 a 20 
d) 16 a 22 
 
5) O hipotálamo estimula a glândula 
hipófise a liberar que tipos de 
hormônios? 
 
a) ACTH e TSH; 
b) STH, LH e GH; 
c) FSH e LH; 
d) ADH e FSH. 
 
6) O bolo alimentar pode permanecer no 
estômago por até quatro horas ou mais 
e, ao se misturar ao suco gástrico, 
 
 
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auxiliado pelas contrações da 
musculatura estomacal, transforma-se 
em uma massa cremosa acidificada e 
semilíquida, que chamamos de: 
 
a) Quimo; 
b) Bile; 
c) Casca; 
d) Piloro. 
 
7) A Fisiologia é a ciência que estuda: 
 
a) Os seres vivos e os seres não vivos. 
b) Como o nosso corpo funciona. 
c) Apenas mamíferos 
d) O cérebro das aves. 
 
8) Que parte do Sistema Nervoso que 
recebe, analisa e integra informações e 
é o local onde ocorre a tomada de 
decisões e o envio de ordens? 
 
a) Sistema Nervoso Periférico 
b) Sistema Nervoso Autônomo; 
c) Sistema Nervoso Central; 
d) Sistema Nervoso Voluntário. 
 
9) A ansiedade e os estados ansiosos 
promovem liberação de adrenalina que, 
frequentemente provoca: 
 
a) Bradipnéia; 
b) Sonolência; 
c) Cefaléia; 
d) Hiperventilação. 
 
10) O Sistema Nervoso Autônomo Simpático 
e Parassimpático têm funções: 
 
a) Idênticas; 
b) Contrárias; 
c) Semelhantes; 
d) Iguais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
 
1- AMABIS, JM; MARTHO, GR. 
Fundamentos da Biologia Moderna. 
Volume único. São Paulo, Ed. 
Moderna. 2002 
 
2- BEAR, M.F., CONNORS, B.W. & 
PARADISO, M.A. Neurociências – 
Desvendando o Sistema Nervoso. 
Porto Alegre 2ª ed, Artmed Editora, 
2002. 
 
3- CÉSAR & CEZAR. Biologia 2. São Paulo, 
Ed Saraiva, 2002. 
 
4- GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de 
Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de 
Janeiro, Elsevier Ed., 2006. 
 
5- JUNQUEIRA, L. C. & CARNEIRO, J. 
Histologia Básica. 8ª Edição. Rio de 
Janeiro, Editora Guanabara Koogan. 
1995. 
 
6- LOPES, S. Bio 1.São Paulo, Ed. Saraiva, 
2002.

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