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Mola hidatiforme Distúrbio da gravidez em que a placenta e o feto não se desenvolvem adequadamente. As células do embrião formam sacos de líquidos. Também pode ser chamado de tumor trofoblástico gestacional. Classificação Total: Toda placenta e embrião se desenvolvem anormalmente. Parcial: Apenas parte da placenta e embrião se desenvolvem anormalmente. Mola Hidatiforme Parcial A doença trofoblástica gestacional (DTG) constitui um grupo heterogêneo de patologias do trofoblasto com diferentes potenciais de invasão local e a distância, que, de modo geral, acometem mulheres em idade reprodutiva. Uma das formas de apresentação da DTG é a mola hidatiforme parcial (MHP), cuja provável causa é a fertilização de um oócito normal por dois espermatozoides, resultando em cariótipo triplóide (69,XXY ou 69,XXX). Com a avaliação histopatológica, é possível caracterizar a DTG como MHP pela presença de hemácias fetais e âmnio, ausentes na forma completa, bem como pela limitação da invasão trofoblástica e do edema vilositário, que são difusos nas outras formas de apresentação. Além disso, com certa frequência, observa-se a presença de feto em meio ao tecido molar. A apresentação clínica da MHP não difere muito das outras formas da DTG. O principal sinal é a presença de sangramento vaginal no primeiro trimestre, associado, dentre outros, a matriz uterina aumentada em relação à idade gestacional, náuseas e vômitos, cistos teca-luteínicos vistos à ultra-sonografia e, pouco freqüentes, sinais de toxemia gravídica precoce, como hipertensão, edema e proteinúria. Os quadros hipertensivos associados à DTG, apesar de descrições clássicas, não são freqüentes na literatura e revisões recentes dos últimos anos mostram poucos casos de eclâmpsia e DTG. Causa É causado por um desequilíbrio genético que pode ocorrer quando um óvulo é fecundado por dois espermatozoides ou quando o óvulo não tinha material genético suficiente (23 cromossomos em humanos). É um tumor usualmente benigno invulgar que se desenvolve a partir de tecido placentário em fases precoces de uma gravidez em que o embrião não se desenvolve normalmente. A mola hidatiforme, se assemelha a um punhado de pequenos bagos de uva, é causada por uma degeneração das vilosidades coriônicas (projeções minúsculas e irregulares penetrando no útero no período de fixação). Em 2-3% dos casos, penetra excessivamente e sem controle, tornando-se um tumor maligno, que passa a classificar-se como coriocarcinoma. Sinais e sintomas Dentre os possíveis sintomas estão: Perdas sanguíneas vaginais indolores; Enjoos e vômitos matinais excessivos; Pressão sanguínea elevada; Arritmia cardíaca; Proteinúria (proteínas na urina); Desconforto na pélvis. Diagnóstico O sangramento no quarto ou quinto mês indica a complicação, e o útero e ovários costumam estar visivelmente maiores que o esperado para esse mês. Os tumores hidatiformes são visíveis numa ecografia ou ultrassom. As análises de sangue e de urina detectam níveis excessivos de gonadotrofina coriônica humana produzidas pelo tumor. Pode estar associado a sintomas de hipertireoidismo. Prevalência A mola hidatiforme é a forma mais comum de tumor trofoblástico. Nos países desenvolvidos, ocorre em cerca de uma em cada 1500 gravidezes. A incidência é muito mais elevada em alguns países em desenvolvimento. Em cerca de 3% das gravidezes afetadas, o tumor transforma-se em coriocarcinoma, um tumor maligno que pode invadir as paredes do útero se não for tratado e espalhar para outros órgãos. O risco é maior após os 35 anos e em mulheres com histórico de outras gravidezes mal sucedidas. Também está associado a uma dieta pobre em vitamina A. Tratamento O tumor pode ser removido quer por sucção do conteúdo do útero, quer por raspagem, podendo ser necessário, por vezes, recorrer ao tratamento por quimioterapia para eliminação total do tumor. O mais importante é que, assim que for diagnosticada a Doença Trofoblástica Gestacional, a mulher procure um centro de referencia, onde lá terá um tratamento especializado e a cura. Prognóstico Em 80% dos casos a recuperação é completa e sem complicações, nem reincidências e permitindo nova gravidez saudável. Mesmo sem tratamento é possível que o corpo reabsorva ou elimine as células anormais. Existe 2 a 3% de chance que uma mola hidatiforme se transforme em um tumor maligno por este motivo, devem efetuar análises regulares para verificar os níveis de gonadotrofina coriônica humana no sangue e na urina. O tratamento é feito com quimioterapia e tem baixo nível de reincidência. As mulheres que tenham tido uma mola hidatiforme numa gravidez não devem voltar a engravidar até que os seus níveis de gonadotrofina coriônica humana se mantenham normais, o que demora de seis meses a um ano. Uma em cada 75 gravidezes futuras corre o risco de ser novamente afetada. Algumas mulheres que não querem mais ter filhos podem remover o útero para evitar complicações como metástase do coriocarcinoma.
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