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SEMINÁRIO SOBRE PROPRIEDADE E HERANÇA

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Propriedade e herança 
 
ASPECTO HISTÓRICO 
Propriedade 
 
As pesquisas hipotéticas históricas apontam que a evolução da sociedade 
primitiva teria sido atingida pela formação da família; a partir da união dos indivíduos 
(união entre homem e mulher, criação de família, proteção familiar, acolhimento de 
indivíduos vindos de fora do grupo), houve a fixação na terra e os grupos deixaram, 
aos poucos, o nomadismo; a partir daí a comunidade utilizava a terra, que era 
considerada de todos. 
A noção de propriedade surge primeiramente com objetos, bens móveis. A 
partir do momento que surgem os clãs (grupos extensos ou a união de grupos 
diversos, unidos por uma finalidade, a sobrevivência, união entre homens e mulheres 
de grupos diferentes, união contra um inimigo em comum), ele faz parte de um todo e 
também liga-se a certos objetos: ferramentas, objetos utilizados na caça e agricultura, 
alimentos, etc. estes são como a extensão do corpo; há uma íntima ligação e 
identidade entre o ente e seus bens móveis. 
Assim, aquilo que é considerado extensão do próprio corpo lhe pertence. Uma 
simples marca com algo que defina e distingue dos demais objetos, este é tomado 
como seu e a “ordem” dentro do clã é de que isto deve ser respeitado. Porém, aquilo 
que pertence a alguém é inalienável: 
 
“Com a morte do chefe do clã, o que lhe pertence é muitas vezes enterrado 
ou incinerado com ele, (...). Mas as necessidades econômicas obrigam 
muitas vezes a deixar subsistir certos objetos (armas, reservas de alimentos, 
etc.) em favor dos sobreviventes, fazendo assim aparecer as primeiras 
formas de sucessão de bens.”1 
 
Da necessidade de alimentar os sobreviventes e se proteger de inimigos – 
estes nem sempre físicos ou da mesma espécie – surge a sucessão, a herança 
 
1 GILISSEN, John. Introdução Histórica ao Direito. 2ª Ed. Editora Fundação Calouste Gulbenkian. Lisboa, 1995. 
p. 44 
(GILISSEN, 1995.p.44). Além disso, os bens de consumo imediato, como os alimentos 
por exemplo, tomam caráter de moeda de troca. 
É no direito romano que a noção de propriedade privada ganha força e caráter 
de coisa individual. Cada indivíduo cidadão da gens ou da família possuía meio 
hectare de terra (5.000 m² de terra), e não era alienável; somente bens moveis 
poderiam ser vendidos, doados, trocados, etc. (DINIZ, 2004.p.109-110). 
A partir daí, vemos a “evolução (ou poderíamos considerar uma regressão?) 
para o Feudalismo, onde prevalece a máxima “Nulle terre sans signateur”, ou seja, 
não há terra sem um Senhor. A característica mais básica e intrínseca do feudalismo 
é o Senhor feudal, detentor de uma quantidade grande de terras, dando a seus 
subordinados o usufruto dessas terras, mediante pagamento deste; a concessão das 
terras estava condicionada a prestação de serviços, incluindo os militares, servidão, 
fornecimento de grande parte da produção agrícola. 
Sob o aspecto tipológico, a definição de propriedade passou através da história 
por diversas mudanças, abrangendo, restringindo e voltando a considerar certos 
aspectos; nas Institutas, o proprietário tem pleno direito de utilizar sua propriedade 
como bem entender. Já a Declaração dos Direitos do Homem, de 1789, define a 
propriedade como bem inviolável e sagrado. (GILISSEN, 1995, p.635). 
 
Herança 
 
A transmissão em forma de herança dos feudos era somente pela parte 
masculina da família e somente bens imóveis; os bens móveis eram considerados 
patrimônio da família e não poderiam ser dispostos como herança. Pode-se notar aqui 
que a posse de terras envolve uma questão política, afinal, quem possui mais terras 
possui também mais vassalos, mais tributos, mais riqueza, mais poder de troca, enfim, 
mais poder. 
Os dois tipos existentes de herança (por testamento ou ab intestato) nem 
sempre coexistiram. Houveram sociedades, sobretudo as arcaicas, onde não era 
tolerado a passagem de bens a outrem que não fossem familiares. Nessa fase 
histórica / tipo de sociedade, o testamento não existe. 
Sociedades que possuíram caráter mais individualista, tal como a romana 
clássica e algumas sociedades do século XIX (orientadas pelo liberalismo), o 
testamento era amplamente difundido. Surge a definição de reserva, que assegurava 
legalmente aos parentes mais próximos uma parte dos bens do falecido. (GILISSEN, 
1995. p.673-674). O sistema que influiu grandemente nosso sistema foi o romano. Ele 
perdurou até à época de Justiniano. 
 
ASPECTO JURÍDICO 
Propriedade 
 
 Temos resumido, nas palavras de Maria Helena Diniz, o que é propriedade: 
 
“(...) não hesitamos em afirmar que (...) a propriedade é inerente à natureza 
do homem, sendo condição de sua existência e pressuposto de liberdade. É 
o instinto de conservação que leva o homem a se apropriar de bens, seja para 
saciar sua fome, seja para satisfazer suas variadas necessidades de ordem 
física e moral”. 2 
Ainda sobre propriedade, Carlos Roberto Gonçalves dialoga: 
 
“Constitui o direito de propriedade o mais importante e o mais sólido de todos 
os direitos subjetivos, o direito real por excelência, o eixo em torno do qual 
gravita o direito das coisas”.3 
 
Dessa forma, a propriedade surge para atender à demanda do indivíduo e da 
sociedade, pois aquele faz parte desse, e tendo remediado sua necessidade, 
remediada está a necessidade da sociedade. A função social da propriedade, tal como 
 
2 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil. Volume 4, 20ªEdição. Editora Saraiva, 2004. p.115. 
3 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Volume 5, 3ªEdição. Editora Saraiva, 2008. p.207. 
é elegida no inciso XXIII do Artigo 5º da nossa Constituição Federal, é de suma 
importância, pois, por mais que a propriedade seja privada, a Lei Máxima vem regular 
suas diretrizes para não haver abusos e para que haja o mínimo de boa convivência 
social entre as pessoas. A propriedade deve ser utilizada com vistas ao âmbito 
socioeconômico. Ainda conforme a autora supracitada, “O princípio da função social 
da propriedade está atrelado, portanto, ao exercício e não ao direito de propriedade” 
(DINIZ, 2004. p.111). Não é a obtenção, mas sim o que se faz com a propriedade que 
é importante. 
Mais do que isso, em se tratando de propriedade rural, além de dever cumprir 
seu intuito socioeconômico, a propriedade deve exercer atividade agrícola, pecuária, 
agropecuária, agroindustrial ou extrativa (dentro das normas ambientais). 
A intenção de nomear a propriedade uma instituição de cunho social, defende-
se o resguardo do interesse comum, bem como o da sociedade e o público. 
O direito positivado sobre a propriedade está inserido no Código Civil, do artigo 
1228 ao 1368-A. Do primeiro, enumeramos os poderes do proprietário: usar, gozar, 
dispor ou reaver seus bens caso estejam em posso irregular de outrem. Estes são os 
elementos constitutivos da propriedade e sem ele o proprietário não é seu detentor 
pleno; assim ocorre com o usucapião, onde o direito de utilizar a propriedade fica a 
cargo do usufrutuário, e ao proprietário cabe apenas dispor ou reivindicá-la. 
O direito de usar a propriedade dá ao proprietário poder de utilizá-la da forma 
como bem entender, desde que não atinja a sua função social: 
 
“O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas 
finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de 
conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas 
naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como 
a poluição do ar e das águas”.44 BRASIL. Código Civil (2002). Livro III, Do Direito das Coisas, Título III, da Propriedade. Art. 1228, §1º. Vade 
Mecum, São Paulo: Editora Saraiva,2013. p.236. 
O direito de gozar da propriedade remete à possibilidade de produzir 
rendimentos a partir dela, sejam eles naturais ou civis: 
 
“Os frutos e mais produtos da coisa pertencem, ainda quando separados, ao 
seu proprietário, salvo se, por preceito jurídico especial, couberem a outrem”.5 
 
O direito de dispor da propriedade equivale ao proprietário poder aliená-la a 
outrem, seja por negociação rentável ou doação, inteiramente ou parte dela. Não 
obstante, não poderá o proprietário abusar dessa premissa, destruindo a propriedade 
deliberadamente, a não ser que seja de cunho social. 
O último elemento constitutivo é a faculdade de reaver a propriedade 
injustamente detida por outrem. Para que possa proteger sua propriedade, o 
proprietário dispõe da ação reivindicatória, ação negatória, ação de dano infecto. 
A propriedade pode ser plena ou restrita, assim como perpétua ou resolúvel. 
A propriedade plena ou irrevogável encontra em seu proprietário todos os 
elementos constitutivos, assim ela também é perpétua. 
A propriedade é restrita ou limitada quando alguns de seus elementos 
constitutivos se encontram em outro que não seja seu proprietário, como no caso do 
usucapião. 
A propriedade resolúvel ou revogável encontra em seus elementos constitutivos 
um motivo para torná-la extinta: 
 
“Resolvida a propriedade pelo implemento da condição ou pelo advento do 
termo, entendem-se também resolvidos os direitos reis concedidos na sua 
pendencia, e o proprietário, em cujo favor se opera a resolução, pode 
reivindicar a coisa do poder de quem possua ou detenha”.6 
 
 
5 Art. 1232, ibidem. 
6 Art. 1359, Código Civil. Vade Mecum, Editora Saraiva,2013. p.246. 
Herança 
Não podemos igualar aqui sucessão com herança; uma pertence à outra, 
porém não são sinônimos, erro comum entre leigos e iniciantes no estudo do Direito. 
Sucessão é o modo de transmissão, enquanto herança é o conjunto de bens, direitos 
e deveres, que passam para a geração posterior, através do falecimento do indivíduo. 
A herança é o patrimônio do de cujus, que engloba tanto bens materiais quanto 
imateriais. (WALD,1992. p.20) 
O código que dá as diretrizes das condições de herança encontra-se no Código 
Civil, a partir do Artigo 1791 ao 1856, tendo também pressupostos sobre as formas 
testamentárias e preceitos necessários à sucessão, bem como as exclusões, do Artigo 
1857 ao 2042. 
 
ASPECTO FILOSÓFICO 
Propriedade 
O indivíduo tem na propriedade a concretização e exteriorização de sua 
liberdade; é na propriedade que o indivíduo exibe sua vontade. (HEGEL, 1997. p.71 a 
75). 
Jean Jacques Rousseau aborda a questão do surgimento da propriedade como 
um dos capítulos de transição da liberdade natural para a liberdade civil, da mudança 
gradativa entre o estado natural do homem até sua vivência em sociedade, sob um 
regime de normas, sanções e governado pelo Estado. Ele utiliza a questão do 
surgimento da propriedade para definir a legitimação da desigualdade por meio da 
criação de um contrato social injusto, proposta em sua obra Discurso sobre a origem 
da desigualdade (PERUZZO, 2013. p.40). 
Ele não se detém na questão de como surgiu a propriedade, tal como a hipótese 
defendida por Gilissen, por crer que nossos antepassados deixaram poucas pistas a 
respeito do seu dia a dia (Weffort. 2011, p. 150): 
 
“O primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer: ‘Isto é meu", 
e encontrou pessoas bastante simples para crê-lo, foi o verdadeiro fundador 
da sociedade civil. Quantos crimes, guerras, mortes, quantas misérias e 
horrores não teria poupado ao gênero humano aquele que, arrancando as 
estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado aos seus semelhantes: 
‘Guardai-vos de escutar este impostor; estais perdidos se esquecerdes que 
os frutos são para todos, e que a terra é de ninguém!’”7 
 
John Locke preconiza que aquilo que fundamenta a posse de terra é o trabalho na 
terra. Se o homem trabalha e produz frutos naturais ou civis dela, ele se torna proprietário da 
terra. Assim, o homem detém a posse limitada de uma porção de terra. Após a criação da 
moeda como forma de troca de mercadorias, ou seja, o trabalho já não era mais “moeda”; 
quem possui mais economias pode obter mais terra, para além daquilo que ele pode 
administrar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 ROUSSEAU, Jean Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens in 
Os Clássicos da Política, organizado por Francisco C. Weffort. Versão ePUB2.0.1, 1ª Edição - Arquivo criado em 
08/08/2011. e-ISBN 9788508149797. Editora Ática. 
Conclusão pessoal 
O que se pode notar ao longo do estudo desta matéria é que o homem trama uma 
batalha ao longo do tempo e da evolução da humanidade para impor sua identidade, 
resguardar o que é seu. Denoto aqui a propriedade como meio para chegar a um ponto mais 
fundamental da vida da pessoa humana. De certa forma, ao requerer para si a propriedade e 
afirmá-la como sua, a pessoa define seu território, sua marca, sua possessão. 
Em crescente busca pela individualidade, que na história, ora mais, ora menos – 
dependendo do contexto histórico – a terra, que antes era comunitária e bem servia ao 
propósito do grupo, se torna motivo de discórdia, injustiça e necessita de intervenção 
normativa para, assim como todas as demais relações sociais. Assim também o é quando 
falamos de herança; o homem, em uma última tentativa de perpetuar seu legado, e manter a 
individualização do que é de extensão sua, surge a sucessão, a herança. 
É interessante a dicotomia do homem: o ser humano é um animal social, precisa 
conviver com seus semelhantes para desenvolver-se, porém não consegue fazê-lo 
equilibradamente, de forma coesa, sem lesar seu próximo. Precisa da intervenção do Estado 
para poder viver em sociedade. Precisa delimitar seu espaço para salientar sua 
individualidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Volume 4, 20ª Edição. 
São Paulo: Editora Saraiva, 2004. 
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. Volume 6, 23ª Edição. 
São Paulo: Editora Saraiva, 2009. 
HEGEL, George Wilhelm Friedrich. Princípios da Filosofia do Direito. 
Tradução Norberto de Paula Lima. Coleção Fundamentos do Direito. São Paulo: 
Editora Ícone,1997. 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Volume 5, 3ª Edição. 
São Paulo: Editora Saraiva, 2008. 
GILISSEN, John. Introdução Histórica ao Direito. 2ª Edição. Lisboa: 
Fundação Calouste Gulbenkian, 1995. 
PERUZZO JÚNIOR, Léo. Dinâmica das Ideias Filosóficas e Sociais. 
Curitiba: Editora CRV, 2013. 
BRASIL. Código Civil (2002). Livro III, Do Direito das Coisas, Título III, da 
Propriedade. Vade Mecum, São Paulo: Editora Saraiva,2013. 
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil. Direito das Sucessões. Volume 7, 
9ª Edição. São Paulo, 2009. 
WALD, Arnoldo. Direito das sucessões. 9ª Edição. São Paulo: Editora 
Revista dos Tribunais, 1992. 
WEFFORT, Francisco Correia. Os Clássicos da Política. Coleção 
Fundamentos, versão ePUB2.0.1. Volume 1, 1ª Edição. Editora Ática. e-ISBN 
9788508149797. Rio de Janeiro, 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
O presente trabalho visa analisar e evidenciar a questão da propriedade, quais os 
motivos e finalidades, bem como seu contexto histórico. Expõe a matéria em seu contextohistórico, jurídico e filosófico.

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