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CANCERDEPROSTATA

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7 
 INTRODUÇÃO 
 
 
Câncer é uma palavra alarmante. Muitos homens temem que seus sintomas 
prostáticos sejam causados por câncer. Na maioria dos casos esse medo é 
infundado, mas a verdade é que o câncer da próstata é muito comum. (1) 
Como muitos outros tipos de câncer, o câncer da próstata pode ser fatal, é a 
segunda causa de óbitos por câncer em homens, sendo superado apenas pelo de 
pulmão. (1) 
Câncer de Próstata é curável quando detectado no início. Caso contrário, 
pode se espalhar para outras partes do corpo (metástases), tornando-se incurável. 
Entretanto, é uma forma de câncer para qual há muitas formas de tratamentos. 
Outro ponto a destacar é que ele cresce lentamente e pode não causar grandes 
danos, especialmente em homens idosos. (1) 
Recentemente os médicos descobriram novas maneiras de detectar o câncer 
precocemente na próstata. Isto significa que um número maior de homens com 
câncer na próstata está sendo diagnosticado nos primeiros estágios. Ainda há muita 
discussão entre os especialistas em câncer sobre se esses testes deveriam ser 
usados para a investigação da mesma forma que as mulheres são investigadas para 
o câncer de mama e o câncer cervical. (1) 
Não se sabe a razão porque o câncer de próstata é tão comum. Na maioria 
dos casos não há uma história familiar clara, mas há sim umas das formas da 
doença que parece acontecer em famílias. Se a pessoa teve apenas um parente 
com a doença, não há para que se preocupar. Entretanto, se dois parentes próximos 
tiveram a doença, especialmente se quando ainda jovens, então, deve avaliar sua 
próstata constantemente após os 50 anos. (1) 
Há diferenças quanto às raças e em diferentes partes do mundo, algumas das 
quais devem ser devidas à dieta ou a fatores ambientais. Por exemplo, o câncer de 
próstata é pouco comum no Japão, mas japoneses vivendo nos Estados Unidos têm 
um alto risco de desenvolverem. Isto deve ser devido a diferenças na dieta. Certos 
tipos de alimentos gordurosos predispõem ao câncer, mas outros produtos, incluindo 
os derivados da soja, protegem contra ele. (1) 
8 
Embora recentemente tenha havido alguma preocupação de que a 
vasectomia aumentasse o risco de câncer na próstata, a maioria dos especialistas 
agora concorda que isso não é verdade. (1) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
Fig. 1 – Localização da Próstata 
2 REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 Neste capítulo serão demonstradas definições importantes referentes à 
próstata, sua anatomia e fisiologia. Serão mencionados também, assuntos 
relacionados ao câncer de próstata, seus sintomas e complicações. 
 
 
2.1 A próstata 
 
 
 A próstata é um órgão interno 
que só o homem possui e fica logo 
abaixo da bexiga. A função da próstata 
é produzir um líquido que é eliminado 
durante o ato sexual juntamente com os 
espermatozóides, os quais têm origem 
nos testículos. Este líquido produzido 
pela próstata é muito importante para a 
vitalidade dos espermatozóides na 
fecundação. (5) 
A próstata é uma glândula do tamanho e forma de uma noz e circunda a 
uretra, o duto pelo qual sai a urina, no ponto de onde a uretra sai da bexiga. Se a 
próstata aumenta de tamanho, a uretra fica parcial ou completamente comprimida. 
Podem surgir então os sintomas típicos de uma hiperplasia, como por exemplo, jato 
de urina fraco, necessidade intensa, freqüente e repentina de urinar, especialmente 
durante a noite. O tamanho começa a aumentar na maioria dos homens com mais 
de 40 anos, este aumento não é câncer e pode ser considerado normal em homens 
dessa idade, mas geralmente estreita a uretra podendo causar sintomas de 
obstrução ao fluxo da urina, idênticos aos casos de hiperplasias. (5) 
 
 
 
 
10 
2.2 Câncer de Próstata 
 
O câncer aparece quando as células 
normais são danificadas severamente, são 
eliminadas através de um mecanismo 
conhecido como apoptose. As células 
cancerígenas evitam a apoptose e 
continuam a multiplicar-se de uma maneira 
desregulada. (2) 
Câncer ou cancro, nomes comuns 
da neoplasia maligna, compreende 
genericamente as doenças em que determinado grupo de células do corpo se divide 
de forma descontrolada, invadindo os tecidos adjacentes e/ou distantes. É causada 
por mutações no ADN, que podem ser hereditárias mas mais frequentemente são 
adquiridas ao longo da vida. (2) 
O Câncer de Próstata é uma doença que provoca o crescimento anormal e 
incontrolado das células da próstata. Trata-se de um aumento maligno da próstata, 
que pode pôr em risco a vida do doente. É o câncer mais freqüente no homem e a 
segunda causa de morte, por câncer, no sexo masculino. (2) 
O câncer da próstata é mais comum em homens com mais de 50 anos, e 
geralmente não causa sintomas nas fases iniciais. (2) 
 
 
2.2.1 Sintomas 
 
 
A maior parte dos cânceres de próstata cresce lentamente e sem apresentar 
sintomas. Com o decorrer do tempo podem surgir dificuldades para expelir a urina, 
jato urinário fraco ou aumento do número de micções, sangue na urina e dores nos 
ossos. (5) 
Estes são os principais sintomas do aumento da próstata: 
• Sensação de não esvaziar completamente a bexiga após terminar de 
urinar; 
Fig. 2 Câncer de Próstata 
11 
• Necessidade freqüente de urinar novamente menos de 2 horas após 
ter urinado; 
• Jato urinário que pára e recomeça; 
• Dificuldade para conter a urina; 
• Jato urinário fraco; 
• Necessidade de fazer força para começar a urinar; 
• Necessidade de levantar à noite para urinar. 
As principais conseqüências do aumento da próstata são o comprometimento 
da qualidade de vida e, em alguns casos, complicações como infecções e danos aos 
rins. (5) 
Estes sintomas são comuns também nos casos de crescimento benigno, de 
modo que a presença deles não indica, necessariamente, a existência de câncer, 
mas exige, no mínimo, uma avaliação médica. (2) 
 
 
2.2.2 Complicações 
 
 
O maior problema é o risco de sangramento pelas grandes veias em frente a 
próstata – se isso acontecer vai haver a necessidade de uma transfusão de sangue. 
Um pouco de urina pode vazar no ponto de sutura entre a bexiga e uretra, mas isso 
pára logo, de maneira geral. Os dois problemas que vão aparecer posteriormente 
são dificuldade no controle da urina e problemas sexuais. (3) 
Há estreita relação entre os músculos do esfíncter da bexiga e a próstata. A 
remoção da próstata vai afetar esses músculos. É muito comum ter-se alguma 
dificuldade em controlar a urina por um dia ou dois depois da remoção do cateter. O 
paciente será alertado sobre isso e orientado a fazer exercícios para fortalecer os 
músculos. Embora a maioria dos homens recobre o controle rapidamente, alguns 
permanecem com alguma perda involuntária de tempos em tempos, por exemplo, 
durante exercícios ou na cama à noite, o que os leva a ter de usar uma proteção 
para não se molharem. Muito ocasionalmente, a perda de urina é mais grave. Se for 
necessário corrigir esse problema, em outra opção, coloca-se um “esfíncter artificial” 
de plástico, mas isto é pouco comum. (11) 
12 
As inervações necessárias para que um homem tenha ereção ficam próximos 
à próstata. Já se pensou que uma prostatectomia radical quase que inevitavelmente 
causaria perda de ereção porque esses nervos eram cortados. Atualmente, os 
cirurgiões sabem mais precisamente onde essas inervações estão e evitam lesá-las 
sempre que possível. Em todo caso, o cirurgião vai alertar o paciente que talvez ele 
tenha de cortar essas raízes nervosaspara remover o tumor completamente. A 
perda de ereção pode ser tratada, mas, geralmente, são necessárias injeções dentro 
do pênis. Infelizmente, o medicamento Sildenafil (Viagra®) não funciona após uma 
prostatectomia radical. (4) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
Fig. 3 
3 DETECÇÃO E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PRÓSTATA 
 
 
 A detecção do câncer de próstata é feita pelo exame clínico (toque retal) e da 
dosagem de substâncias produzidas pela próstata: a fração prostática da fosfatase 
ácida (FAP) e o antígeno prostático específico (PSA, sigla em inglês), que podem 
sugerir a existência da doença e indicarem a realização de ultra-sonografia pélvica 
(ou prostática trans-retal se disponível) que permite avaliar a forma e a densidade da 
próstata, bem como a presença de resíduo elevado de urina na bexiga, após a 
micção. Esta ultra-sonografia, por sua vez, poderá mostrar a necessidade de se 
realizar a biopsia prostática trans-retal. (6) 
 Biópsia é a coleta de fragmentos do tecido prostático, através de punção por 
uma agulha especial, confirma o diagnóstico da lesão. (6) 
O exame digital da próstata 
(toque retal) é o método mais antigo, 
mais barato e ainda o mais usado 
para levantar suspeitas de câncer de 
próstata; fornece informações sobre o 
volume, consistência, presença de 
irregularidades, limites, sensibilidade e 
mobilidade da próstata. Permite 
detectar nódulos pequenos, menores 
que 1,5 cm3, e avaliar a extensão local 
da doença. Sua realização periódica é a melhor forma de se reduzir a mortalidade 
por câncer de próstata. (6) 
 O Exame de Urina evidencia a presença de sangramento e/ou infecções. 
Exames de sangue, tais como: uréia e creatinina, permitem avaliar o 
comprometimento da função renal. (5) (6) 
 
 
 
 
 
 
14 
4 TRATAMENTOS PARA CÂNCER DE PRÓSTATA 
 
 
Os tratamentos do câncer de próstata variam de acordo com o tipo de tumor e 
estágio em que foi diagnosticada a doença. As diversas possibilidades de 
tratamento, mais adequadas para cada caso, devem ser discutidas entre médicos e 
pacientes e compreendem: 
• A prostatectomia radical é a retirada cirúrgica de toda a próstata e de 
tecidos linfáticos adjacentes; 
• No bloqueio hormonal, o crescimento do tumor é contido através de 
terapia medicamentosa; 
• Com orquiectomia, o crescimento do tumor é contido através do efeito 
hormonal provocado pela retirada dos testículos (atualmente não é 
mais indicado); 
• Hormonioterapia, controle hormonal com a finalidade impedir que as 
células malignas continuem a receber o hormônio que estimula o seu 
crescimento; 
• Quimioterapia está indicada em determinados casos. Trata-se da 
introdução de substâncias químicas na circulação sanguínea para 
controlar processos celulares. 
• Radioterapia está indicada em determinados casos, mencionados 
abaixo. 
A cirurgia é o tratamento indicado para tumores localizados; ela apresenta 
risco de causar impotência ou incontinência urinária. A hormonioterapia reduz o 
câncer, mas ele geralmente volta em alguns anos, verificando-se também o risco de 
impotência com este tipo de tratamento. (6) 
A quimioterapia baseia-se no fato de as células tumorais se dividirem muito 
mais rápido que as células normais. São injectados “venenos” no doente que 
interferem com a síntese do DNA e matam as células em divisão. Contudo há efeitos 
secundários importantes naquelas células normais de crescimento rápido, como a 
mucosa gastrointestinal (diarreia, naúseas, vómitos), foliculos pilosos (queda do 
cabelo) e outros. (7) 
 
15 
4.1 Tratamentos com Radioterapia 
 
 
 A radioterapia expõe áreas cancerosas a pequenas quantidades de radiação, 
exterminando o câncer. É mais utilizada em tumores avançados que não tenham 
condições de serem removidos por cirurgia ou mesmo casos iniciais em que o 
paciente não tenha condições clínicas mínimas de ser operado. Também ataca 
células de crescimento rápido. As células tumorais, como têm déficit de proteínas 
reparadoras do DNA, são mais vulneráveis a doses de radiação de alta energia 
(raios X e gama). As suas doses letais são mais baixas que as das células normais. 
No entanto além de efeitos secundários semelhantes aos da quimioterapia, há risco 
de desenvolvimento de novos tumores, apesar de relativamente pequeno. (7) 
 Há considerável controvérsia sobre o melhor tratamento para pacientes com 
expectativa de vida menor que cinco anos, se é a radioterapia ou a hormonioterapia. 
O uso de radioterapia externa é o tratamento mais apropriado para os pacientes com 
câncer de próstata localmente avançado que irão receber radiação. Os resultados 
da radioterapia são similares aos da cirurgia, mas a morbidade da radioterapia é 
menor. (9) 
 A radioterapia possui duas modalidades para tratamentos, a braquiterapia e a 
teleterapia. 
 
 
4.1.1 Braquiterapia 
 
 
Um é um procedimento 
terapêutico que consiste na 
implantação radioativa do isótopo 
em um volume confinado 
estritamente à próstata e que 
pretende administrar uma dose 
elevada da radiação em um volume 
limitado, bem definido 
Fig. 4 Implantação das “sementes” guiada por 
ultrassonografia 
16 
radiologicamente, que serve para liberar uma dose de radiação na próstata, 
protegendo as estruturas imediatamente adjacentes (em linha reta) de uma radiação 
prejudicial dispersada. (13) 
A braquiterapia, depois da cirurgia, foi a modalidade terapêutica de maior 
impacto para os tumores sólidos no início do século 20. Naquele momento, os 
equipamentos de teleterapia (radioterapia externa) eram de baixa energia e não 
conseguiam doses adequadas na profundidade. Enquanto isso, a braquiterapia 
proporcionava altas doses concentradas em volumes restritos, fazendo com que as 
estruturas normais adjacentes recebessem baixas doses de radiação. (12) 
 O primeiro implante de próstata nos Estados Unidos foi no Memorial Hospital, 
em outubro de 1915, realizado por Barringer, que utilizou agulhas de rádio colocadas 
através do períneo e guiadas pelo toque retal. Havia muita dificuldade técnica em 
relação ao isótopo radioativo. O profissional se expunha muito à radiação e o 
decaimento produzia gases tóxicos e não se conseguia uma distribuição adequada 
do material em toda a próstata. (12) 
 A partir da Segunda Guerra Mundial, ocorreu um grande avanço tecnológico 
com o surgimento de novos elementos radioativos e desenvolvimento de 
equipamentos com maiores energias e capacidade de penetração. (3) 
 O acelerador linear parecia capaz de resolver o problema do tratamento do 
carcinoma da próstata, porém, a dose máxima tolerável para se ter os níveis 
aceitáveis de complicações (aproximadamente 5%) está entre 6.500 e 7.000 cGy. 
Com a braquiterapia pode-se alcançar o nível de dose duas vezes maior para as 
mesmas taxas de complicações. (12) 
 Atualmente, as duas técnicas, teleterapia e braquiterapia, estão mais 
evoluídas. De um lado, a 
conformacional, com planejamentos 
em três dimensões, permite atingir 
doses mais elevadas (cerca de 
8.000 cGy) com baixa toxicidade, e 
de outro, a braquiterapia, com fontes 
em miniatura guiadas por controle 
remoto, determina a maior precisão 
da técnica, sem qualquer exposição Fig. 5 Implantação das Sementes 
17 
do médico e para-médicos à radiação. (13) 
 O implante da próstata pode ser permanente ou temporário. No permanente, 
os isótopos mais utilizados no momento são o paládio-103 e o iodo-125. Implantes 
temporários com irídio-192 também podem ser utilizados no equipamento de 
braquiterapia de alta taxa de dose (BATD) associada à teleterapia (conformacional). 
O tamanho e formato dessas fontes radioativas, medindo 5 mm de comprimento e 
0,5 mm de espessura, assemelhando-se a grãos de arroz. (13) 
 Vários centros mundiaispassaram a utilizar a braquiterapia no tratamento do 
carcinoma da próstata a partir dos anos 80. No Brasil, alguns serviços já trataram 
centenas de pacientes com o método. (11) 
 Para o implante de braquiterapia, o paciente é internado um dia antes e 
submetido a tricotomia e enteroclisma. O internado recebe bloqueio anestésico 
(raquianestesia) e é colocado em posição de semilitotomia. Realiza-se exame 
prostático sob anestesia e ultra-som trans-retal para avaliar a presença de lesões e 
determinação do volume prostático. Segue-se a assepsia e colocação de sonda 
vesical Foley. (12) 
 O agulhamento é guiado pelo ultra-som trans-retal e pelo "template" perineal. 
A distribuição das agulhas é realizada em todo o volume prostático de forma 
simétrica, identificando-se agulha por agulha, bem como sua extensão no interior da 
próstata. Após a colocação das agulhas, o "template" é fixado com pontos de sutura 
no períneo do paciente. Os 
marcadores são inseridos nas 
agulhas e são feitas radiografias em 
ântero-posterior e perfil. (14) 
O procedimento consiste na 
colocação de várias sementes de I-
125 (com taxa de dose no implante 
de 0,08 a 1 Gy, ou seja, de 8 a 10 
cGy) dentro da próstata, utilizando-
se agulhas especiais introduzidas 
através do períneo, sob anestesia peri-dural, orientadas pela visão direta do ultra-
som trans-retal. (13) 
 A aceitação no aumento da braquiterapia deve à experiência dando bons 
resultados durante quase 15 anos, assim como o desenvolvimento da ecografia 
Fig. 6 Agulhamento da Próstata 
18 
trans-retal e a incorporação de novos e sofisticados sistemas da informática e os 
programas de dosimetria que melhoram a técnica do implantação e da distribuição 
de dose de irradiação. (13) 
Não é necessário esquecer-se de que o tratamento usado mais uniforme 
agora, a cirurgia radical tem um risco maior de complicações e a hospitalização é 
mais prolongada. (9) 
 
 
4.1.1.1 Vantagens da braquiterapia 
 
 
A braquiterapia da próstata está se difundindo rapidamente não só pelo alto 
índice de controle local da doença como também por apresentar efeitos colaterais de 
baixa intensidade, quando comparados aos da prostatectomia radical e da 
radioterapia externa. O computador fornece também o mapa de distribuição ideal 
das sementes, que colocadas nas posições previamente definidas, com o auxílio da 
visualização do ultra-som trans-retal, concentra a dose máxima de radiação dentro 
da cápsula prostática. Outra vantagem deste método é a brusca queda nos níveis de 
dose em órgãos e tecidos periprostáticos, evitando a irradiação desnecessária da 
bexiga e do reto adjacentes, obtendo-se assim efeitos colaterais temporários de 
baixa intensidade, facilmente controlados com medicação paliativa específica. A 
morbidade é, portanto, muito inferior a dos métodos tradicionais de tratamento 
cirúrgico e radioterápico. (16) 
Outra vantagem da braquiterapia é o curto tempo de internação, sendo 
necessário apenas 24 horas para se permitir a alta hospitalar, sem qualquer risco de 
complicações. Convém ressaltar que o restabelecimento do paciente após o 
implante é também muito rápido, podendo reassumir suas atividades sociais e 
profissionais quatro a cinco dias após, devendo evitar apenas esforços físicos de 
grande intensidade nas duas semanas subseqüentes. (16) 
 
 
 
 
 
19 
4.1.1.2 Desvantagens da braquiterapia 
 
 
 Já conhecida por especialistas, a braquiterapia de baixa taxa de dose com o 
uso de iodo ainda consiste, devido ao alto custo deste material radiativo, em um 
tratamento restrito a uma pequena parcela da população. (17) 
Outra desvantagem desta técnica é que não pode ser utilizada quando o 
tumor não está restrito somente a uma área. Se o tumor extravasou um órgão 
alcançando outros órgãos vizinhos, a braquiterapia não alcança à distância. 
Portanto, é um tratamento muito restrito, que só tem indicação para tumores muito 
pequenos. (17) 
Estudos clínicos ainda estão sendo conduzidos para determinar à efetividade 
da radioterapia. A braquiterapia foi associada à impotência, incontinência urinária, e 
problemas intestinais. Diarréia e dor e queimação retal podem ocorrer em alguns 
pacientes. Além disso, pode não ser fácil tratar estes efeitos colaterais. Em geral, a 
radioterapia interna tem efeitos colaterais, mas com algumas diferenças importantes. 
A braquiterapia causa impotência menos freqüentemente do que a cirurgia; porém, 
pode estar associada a contagens diminuídas de leucócitos e plaquetas. Conforme 
mencionado anteriormente, a inserção de semente normalmente não é uma opção 
de tratamento para o câncer de próstata que tenha se disseminado além da 
próstata. (18) 
 
 
4.1.2 Teleterapia 
 
 
Outro tipo de radioterapia bastante utilizada no tratamento do câncer de 
próstata é a teleterapia. A radiação pode ser de feixes de raios X, raios gama ou 
partículas geradas distantes do paciente. Os raios x são produzidos por um 
acelerador linear ou em telecobaltoterapia, direcionados para o corpo do paciente, 
atingindo o tumor e as regiões mais próximas. 
 Esse método é também conhecido como radioterapia externa, no qual, 
normalmente, o aparelho radioativo fica posicionado a, no mínimo, 20 cm. da 
superfície. 
20 
4.1.2.1 Vantagens da teleterapia 
 
 
Pode-se dizer que exista vantagem na teleterapia, já que o feixe de radiação 
externa não é invasivo e pode matar cânceres que estão à extremidade da próstata. 
A sua vida só será suspensa pelas sessões diárias. As taxas de impotência e 
incontinência são relativamente baixas. (8) 
 
 
4.1.2.2 Desvantagens da teleterapia 
 
 
 As desvantagens também existem, onde um dos problemas desse tipo de 
tratamento é o tempo, são cerca de 37 sessões, aplicadas uma vez ao dia. A 
teleterapia pode danificar outros órgãos ou errar parte do câncer. Os pacientes 
podem expressar cansaço durante o tratamento. (8) 
 
 
4.2 Radioterapia conformacional 
 
 
 Na radioterapia conformacional 
tridimensional (3D-CRT), são utilizados 
computadores de alta tecnologia para identificar 
a localização do câncer dentro da glândula 
prostática e de produção de imagens 
radiológicas que possibilitaram o 
desenvolvimento de uma nova técnica de 
tratamento, baseada em planejamento 
tridimensional que apresenta vantagens sobre os métodos de radioterapia 
convencional. (15) (18) 
 Atualmente é possível visualizar a região do corpo a ser irradiada em três 
dimensões, obtendo-se maior segurança e precisão na identificação dos tumores, 
melhorando a qualidade técnica da programação dos tratamentos. (15) 
Fig. 7 Radioterapia conformacional 
21 
A radioterapia conformacional permite concentrar a radiação na área a ser 
tratada e reduzir a dose nos tecidos normais adjacentes. Desta forma, o tratamento 
se torna mais eficaz, com poucos efeitos colaterais, diminuindo as complicações 
clínicas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. (15) 
 Outro benefício deste método é de possibilitar a aplicação de doses mais 
elevadas de radiação, aumentando os índices de cura das doenças malignas, sem 
qualquer acréscimo nos efeitos colaterais do tratamento. (15) 
O passo seguinte envolve a criação de um dispositivo de proteção especial 
que o paciente veste durante os tratamentos. Este dispositivo é semelhante a um 
aparelho gessado, mas é moldado em “styrofoam” (uma espuma rígida de 
poliestireno, um tipo de isopor) que ajuda a manter o corpo imobilizado durante o 
tratamento e objetiva direcionar os feixes de radiação com maior precisão a fim de 
abranger a glândula prostática inteira. A idéia é poder direcionar uma dose alta de 
radiação apenas para as células cancerosas, reduzindo ao mesmo tempo a 
quantidade de radiação que as áreas não-cancerosas adjacentes recebem. Se o 
tecido sadio puder ser poupado dos efeitos daradiação, os efeitos colaterais seriam 
menores e o sucesso da terapia é maior. 
 
 
 
4.2.1 Vantagens da radioterapia conformacional 
 
 
A cirurgia maior normalmente pode ser evitada utilizando-se a radioterapia. A 
radioterapia pode curar o câncer de próstata em seus estágios iniciais e pode ajudar 
a prolongar a vida nos estágios mais avançados. Raramente causa perda do 
controle urinário, e outros efeitos colaterais, como a impotência, ocorrem em menor 
freqüência do que com a cirurgia. As técnicas mais recentes mencionadas acima 
parecem promissoras em termos de menor chance de efeitos adversos e maior 
chance de sucesso. 
 
 
 
 
22 
4.2.2 Desvantagens da radioterapia conformacional 
 
 
A radioterapia pode causar uma variedade de efeitos colaterais. A maioria 
desses efeitos colaterais não é grave e desaparece após interrupções da terapia. 
Esses efeitos colaterais incluem cansaço, reações cutâneas nas áreas tratadas, 
micção freqüente e dolorosa, irritação estomacal, diarréia, e irritação ou 
sangramento retal. Há uma chance de ocorrer alguns efeitos colaterais 
permanentes. A função intestinal pode não retornar ao normal mesmo após o 
tratamento estar completo. Quando a radioterapia é realizada com um equipamento 
externo, a impotência pode se desenvolver em até dois anos mais tarde em alguns 
pacientes e pode ser um efeito colateral permanente. É especialmente importante 
que o paciente mais jovem leve isso em consideração ao pensar em opções de 
tratamento diferentes. Finalmente, os tipos mais recentes de radioterapia, tais como 
a 3D-CRT e a EBRT, podem não estar disponíveis em todos os centros de 
radioterapia. O médico e o centro de radioterapia local serão capazes de informar os 
tipos específicos de tratamento oferecidos em seu centro. 
 
 
4.3 Radioterapia conformacional com feixe de prótons 
 
 
A radioterapia conformacional com feixe de prótons é outro tipo novo de 
radioterapia. Essa técnica é semelhante à 3D-CRT, exceto pelo fato de utilizar 
prótons para produzir o feixe de radiação. Os prótons são partículas microscópicas 
que produzem energia na forma de um feixe de radiação. Os feixes de prótons 
podem atravessar o tecido sadio sem danificá-lo, ao mesmo tempo em que tem por 
objetivo o tecido canceroso. 
 
 
 
 
 
 
23 
4.4 IMRT - Intensity Modulated Radiotherapy 
 
 
Trata-se de radioterapia com intensidade modulada. É uma tecnologia 
avançada de radioterapia que tem o mesmo objetivo de todos os tratamentos de 
radioterapia, que é o de causar o máximo de dano às células cancerosas e ao 
mesmo tempo provocar um mínimo de dano às células normais. (19) 
As máquinas IMRT têm a capacidade de controlar melhor o feixe de radiação 
do que as máquinas convencionais, provocando assim o mínimo de danos às células 
normais. (19) 
A IMRT é geralmente reservada para o tratamento de casos em que sua 
técnica mais moderna apresente vantagem sobre os métodos tradicionais. Isto 
poderá incluir tratamentos para tumores que tenham tecidos normais adjacentes 
mais sensíveis. O médico oncologista poderá orientá-lo melhor sobre a necessidade 
ou não da utilização da IMRT. (19) 
O câncer da próstata é uma das doenças que podem ser tratadas com o 
método IMRT. A próstata está situada junto a órgãos sensíveis à radiação. Assim, o 
uso de IMRT pode reduzir a quantidade de radiação recebida pelo reto e outros 
órgãos adjacentes. Pela redução da dose de radiação sobre tecidos adjacentes, 
podem aumentar as doses de radiação sobre o tumor, o que aumenta as 
probabilidades de um tratamento mais eficaz. (19) 
Nem todos os 
departamentos de terapia de 
radiação dispõem do tratamento 
com IMRT. Esta ainda é uma 
novidade tecnológica bem recente 
e a instalação necessita ter um 
moderno sistema de planejamento 
computadorizado em 3-D (três 
dimensões) que possa aperfeiçoar 
o nível de radiação emitido. O 
acelerador linear também precisa estar equipado para trabalhar com a IMRT. (19) 
O planejamento tridimensional preparatório para as técnicas conformal IMRT, 
é efetuado através da reconstrução de cortes de tomografia computadorizada, onde 
Fig. 8 IMRT 
24 
são delineadas as estruturas de interesse (cabeça de fêmur, reto, bexiga, próstata e 
vesículas seminais). Permite o arranjo de vários campos com diferentes portas de 
entrada, inclusive em planos não-axiais, e principalmente o cálculo da distribuição de 
dose, comparação entre diferentes técnicas, e geração de histogramas de dose-
volume (DVH - gráfico que ilustra o quanto de cada órgão, seja ele alvo ou normal, 
recebe de radiação). (20) 
A radioterapia com intensidade modulada do feixe é um refinamento da 
técnica de radioterapia tridimensional conformal. A IMRT permite o tratamento 
conformal através do uso de feixes não-uniformes. A modulação da intensidade do 
feixe, dentro dos campos de tratamento, é obtida através da maior ou menor 
exposição de cada ponto durante o tratamento. Isto se consegue a partir da 
movimentação precisa de pequenas lâminas de chumbo localizadas no interior do 
aparelho de radioterapia, ao longo do tempo de irradiação, controlada por um 
programa de computador, alimentado com os dados advindos do processo de 
planejamento. (20) 
Ao contrário dos métodos de planejamento convencionais, na IMRT ocorre o 
planejamento inverso, ou seja, inicialmente são definidos os limites e a distribuição 
de dose, e posteriormente é determinado o número e a intensidade de cada feixe 
que irá compor a distribuição de dose proposta. O tratamento pode ser realizado 
com campos estáticos, no qual os colimadores multi-folhas permanecem estáticos 
enquanto o feixe é liberado (chamado de "step and shoot"), ou com colimadores de 
multi-folhas dinâmico, que se movem continuamente e com diferentes velocidades 
através do feixe de irradiação (técnica de "sliding window"). (20) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
5 CIRURGIA X RADIOTERAPIA 
 
 
Uma grande controvérsia médica envolve o tratamento dos pacientes com 
câncer localizado da próstata. Cirurgiões e radioterapêutas proclamam que a cirurgia 
radical e a radioterapia externa, respectivamente, representam a maneira ideal de se 
tratar tais casos. Numa tentativa de esclarecer esta polêmica, a American Urological 
Association constituiu em 1994 um painel de especialistas incumbido de rever todos 
os estudos publicados a respeito na literatura médica. Foram encontrados 12.501 
artigos que lidavam com o tratamento do câncer localizado da próstata, mas apenas 
165 obedeciam aos critérios científicos que davam credibilidade aos seus resultados. 
(12) 
A conclusão deste painel foi de que entre 89% e 93% dos pacientes 
submetidos à prostatectomia radical e entre 66% e 86% dos casos tratados com 
radioterapia externa estavam curados após 10 anos de acompanhamento. (12) 
O painel deu importância à avaliação feita após 10 anos, porque com cinco 
quase 100% dos pacientes com câncer localizado da próstata estão vivos, qualquer 
que seja o tratamento aplicado. Outra conclusão óbvia desta pesquisa: apenas 2% 
dos estudos científicos comparando cirurgia e radioterapia eram confiáveis. Em 
outras palavras, a quase totalidade das conclusões publicadas na literatura médica 
sobre o tema é inconsistente e qualquer especialista baseado nestes estudos pode 
provar o que quiser. Sempre existirão trabalhos demonstrando que a cirurgia ou a 
radioterapia são extremamente eficientes ou, ao contrário, que não são dotadas de 
maior eficácia clínica. (12) 
 Existe, presentemente, um consenso de que a cura do câncer localizado da 
próstata só poderá ocorrer se os níveis de PSA no sangue caírem para valores 
abaixo de 1 após o tratamento. Enquanto este fenômeno é observado em 90% dos 
pacientes submetidos a prostatectomia radical, ele ocorre em apenas 40% doscasos tratados com radioterapia, segundo dados do doutor Gunar Zagars, 
radioterapêuta do renomado M.D. Anderson Cancer Center, de Houston. Em 
segundo lugar, a cirurgia pode curar pacientes que têm PSA inicial até 50, mas de 
acordo com estudos realizados por radioterapeutas da Filadélfia e de Boston, a 
radioterapia externa só age quando o PSA inicial é inferior a 15 ou 20. Um terceiro 
motivo de preocupação: entre 60% e 70% dos casos submetidos a tratamento 
26 
radioterápico evidenciam focos cancerosos na próstata, quando a glândula é 
biopsiada após dois anos do tratamento. Os radioterapeutas dizem que estas lesões 
são biologicamente inativas, de comportamento indolente. Pode ser que tenham 
razão, mas este fenômeno não deixa de ser desconfortável. (12) 
Finalmente, os próprios radioterapeutas estão começando a demonstrar 
algum desencanto pela radioterapia convencional. Estudo recentemente publicado 
pela Divisão de Radioterapia do Massachusetts General Hospital, de Boston, 
concluiu que a radioterapia externa cura menos de 40% dos casos de câncer 
localizado da próstata. Da mesma forma, uma análise tardia de 1355 pacientes 
tratados com radioterapia no M.D. Anderson Cancer Center concluiu que “a 
erradicação total e permanente do câncer da próstata com as doses convencionais 
de radioterapia externa, é muito mais difícil de ser obtida do que geralmente se 
divulga". (12) 
 Talvez por estarem conscientes da menor eficiência da radioterapia 
convencional, os radioterapeutas tem explorado novas técnicas de irradiação da 
próstata, incluindo-se aqui a radioterapia conformada, a braquiterapia e a 
associação de radioterapia com tratamento hormonal. Os resultados precoces com 
estes métodos, após 3 ou 4 anos, têm sido favoráveis. Contudo, todos os pacientes 
com câncer localizado de próstata sobrevivem cinco anos, independente do 
tratamento realizado, de modo que é impossível afirmar, no momento, se estas 
técnicas são superiores à radioterapia convencional. Enquanto não surgirem 
avaliações com 10 anos de acompanhamento, estas três alternativas devem ser 
consideradas experimentais. (12) 
 Argumentos desfavoráveis também existem em relação à cirurgia radical. 
Embora seu valor curativo seja inquestionável, a prostatectomia radical pode 
provocar impotência sexual e incontinência urinária. A impotência, que se caracteriza 
por perda das ereções penianas, apesar do paciente poder atingir o orgasmo, surge 
em 95% quase todos os operados com mais de 70 anos de idade, em 50% a 60% 
dos indivíduos com 55 a 65 anos e em 15% a 20% dos pacientes com menos de 55 
anos. (12) 
Ressalte-se que os riscos de impotência diminuem significativamente quando 
o tumor é oculto, não palpável no toque digital e quando o cirurgião é 
experimentado. Incontinência urinária moderada ou grave surge em 20% a 40% dos 
pacientes submetidos à cirurgia em centros não-especializados, mas acomete 
27 
apenas 1% a 2% dos casos quando a intervenção é realizada por equipes 
habilitadas. (12) 
 A radioterapia externa, divulgada como uma terapêutica menos agressiva que 
a cirurgia, também não é isenta de problemas. Entre 30% a 40% dos pacientes 
desenvolvem impotência sexual, que surge um ou dois anos após o tratamento e, 
por isto, nem sempre é atribuída à radioterapia. Além disto, 20% a 40% dos casos 
apresentam queimaduras no intestino grosso, ânus e bexiga durante o tratamento, 
que tendem a melhorar após alguns meses, mas costumam produzir grande 
desconforto aos pacientes. (12) 
 Independente de todas as incertezas que envolvem o tratamento do câncer 
localizado da próstata, nenhum especialista orienta corretamente seus pacientes 
sem levar em conta os sentimentos dos mesmos. (12) 
Numa pesquisa realizada em 1995 pela US TOO, entidade não-oficial de 
apoio aos portadores de câncer da próstata, perguntou-se a um grupo de pacientes 
o que eles mais esperavam do tratamento. Como resposta, 45% almejavam usufruir 
de boa qualidade de vida, 29% gostariam de prolongar o tempo de sobrevida e 13% 
desejavam retardar a evolução da doença. Por isto, médicos e pacientes, em 
decisão conjunta, devem optar pelo tratamento mais eficiente quando sobrevida for a 
questão mais relevante e escolher a terapêutica menos agressiva quando qualidade 
de vida for a principal preocupação do paciente. (12) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
6 CONCLUSÃO 
 
 
Por meio dos resultados obtidos com a realização deste trabalho, concluiu-se 
que: 
O câncer de próstata, quando diagnosticado em seu estágio inicial, existe 
uma probabilidade de cura através da braquiterapia, teleterapia entre outros. 
Quando não diagnosticado inicialmente há um risco maior de metástase, tornando-
se quase incurável. 
A radioterapia tem um papel de extrema importância na cura de pacientes 
portadores de câncer de próstata, além disso, pode ajudar a prolongar a vida nos 
estágios mais avançados, se tornando como meio de tratamento mais eficaz, mas 
em alguns casos podem ocorrer efeitos colaterais. 
Também foi concluído que em muitos casos, se for comparar a radioterapia 
com a cirurgia, dependendo do estágio da doença, a radioterapia é a melhor 
solução. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
(1) www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=339 
(2) www.cirurgiaendocrina.com.br/prostata.html 
(3) Joseph Rotblat, Físico polonês - Congresso de Radiologia em 1996) 
(4) www.fcf.usp.br/Ensino/Graduacao/Disciplinas/LinkAula/My-
Files/radiofarmacia.htm 
(5) MERCK SHARP & DOHME FARMACÊUTICA LTDA. A.C. MSD Online 
 www.msd-brazil.com/msdbrazil/patients/sua_saude/prostata/prostata1.html 
(6) www.orientacoesmedicas.com.br/examedeprostata.asp 
(7) www.cirurgiaendocrina.com.br/index.html 
(8) www.hypertext.org/PT/OVERpt.html#ebrt 
(9)http://www.webelements.com/webelements/elements/text/Tl/index.html 
(10) Radioterapia em Oncologia - João Victor Salvajoli - Ed. MEDSI 
(11) www.centrodeterapias.com.br/imagens/prostata.htm 
(12)Srougi e Varaschin - www.unifesp.br/dcir/urologia/uronline/ed1098/caprostata 
(13) www.braquiterapia-prostata.com/imagenes/dibujo.jpg&imgrefurl 
(14) Projeto Diretrizes - Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de 
Medicina - Elaboração Final: 24 de junho de 2006 - Participantes: Netto Jr NR, 
Ferreira U, Bretas FFH, Santos Jr. MW. 
(15) http://www.radiobot.com.br/radconfor.htm 
(16) Radiol Bras v.39 n.2 São Paulo mar./abr. 2006 
(17) Dra. Ludmila Siqueira - Revista Prática Hospitalar - ano VI – nº. 32 mar./abr. 
2004 
(18)www.astrazeneca.com.br/azws006/site/paciente/compreende_doenca/onco/c
ancer_prostata.asp??nick_area=&area=Oncologia&id_area=&pag=5&origem= 
(19) http://www.siemens.com.br/templates/coluna1.aspx?channel=2124 
(20) http://www.lincx.com.br/lincx/cientificos/medicos/urologia/imrt.asp 
 
 
 
30 
 
 
 
REFERÊNCIAS DAS FIGURAS 
 
Fig. 1 – A próstata e os órgãos que o cercam 
 www.centrodeterapias.com.br/imagens/prostata.jpg 
Fig. 2 – O câncer de próstata 
 www.senado.gov.br/sf/senado/portaldoservidor/jornal/jornal72/Imagens/ 
prostata.jpg 
Fig. 3 – Toque prostático 
 www.orientacoesmedicas.com.br/examedeprostata.asp 
Fig. 4 – Implantação das “sementes” guiada por ultrassonografia 
 www.scielo.br/pdf/rb/v39n2/29195.pdf 
Fig. 5 – Implantação das “sementes” 
 www.scielo.br/pdf/rb/v39n2/29195.pdf 
Fig. 6 – Agulhamento da Próstata 
 www.braquiplan.com/images/implant21.jpg 
Fig. 7 – Radioterapia conformacional 
 www.radiobot.com.br/radconfor.htm 
Fig. 8 – IMRT 
 www.medical.philips.com/main/products/ros/assets/images/clinicalimages/IMRT/PROS-IMRT_Prostate-dose_747.jpg

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