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David Ricardo e Malthus

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Trabalho “A Educação é sempre uma obra inacabada; há a cada dia, muito a comemorar e 
muito mais a fazer!” 
ESCOLA ESTADUAL “DR. GERALDO PARREIRAS” 
Avenida Aeroporto – Vila Tanque – João Monlevade –Telefone: 3852-3066 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE SISTEMAS ECONÔMICOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nomes: Amanda, Débora, Marcos, Natália 
Nardele, Sander, Stefanne. . 
 
 
 
 
 
É uma verdade reconhecida na filosofia que uma teoria justa sempre será confirmada através da 
experiência. 
Thomas Robert Malthus 
 
 
 
 
Bela Vista de Minas / 2018 
 
 
 
 
 
 
 
DAVID RICARDO E MALTHUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Thomas Robert Malthus David Ricardo 
 
 
 
 
 
 
 
 
BIBLIOGRAFIA DE DAVID RICARDO 
 
David Ricardo (1772-1823) foi um economista britânico, um dos mais influentes de sua época. Deixou 
importantes contribuições para o pensamento econômico mundial. 
David Ricardo (1772-1823) nasceu em Londres, Inglaterra, no dia 18 de abril de 1772. Seu pai era um 
judeu holandês que fez fortuna na Bolsa de Valores. Desde os 14 anos já demonstrava grande aptidão 
para o negócio do pai e com ele aprendeu os conceitos básicos de finanças. Com 21 anos, por 
desentendimentos religiosos, rompeu com sua família, converteu-se ao protestantismo unitarista e 
casou-se com uma quacre. 
Continuou com suas atividades na bolsa e logo fez fortuna, passando a se dedicar à literatura e à 
ciência, especialmente à matemática, física e geologia. Em 1799, com a leitura da obra de Adam 
Smith, A Riqueza das Nações, passou a se interessar pela economia. Escreveu: “O Alto Preço do 
Ouro, uma Prova da Depreciação das Notas de Banco”. Sua teoria foi aceita por um comitê da Câmara 
dos Comuns, o que lhe deu grande prestígio. 
Em 1814 aposentou-se de suas atividades profissionais e refugiou-se em sua propriedade rural em 
Gloucestershire. Nessa época escreveu “Ensaio Sobre a Influência de um Baixo Preço do Cereal 
Sobre os Lucros do Capital” (1815). 
Em 1817 escreveu “Princípios da Economia Política e Tributação”, onde são analisadas as leis que 
determinam a distribuição de tudo o que poderia ser produzido pelas três classes da comunidade: os 
proprietários da terra, os trabalhadores e os donos do capital. Em sua teoria de distribuição, ele 
concluiu que os lucros variam inversamente aos salários, que sobem ou caem em linha com o custo 
das necessidades. 
David Ricardo tornou-se conhecido por suas teorias, entre elas destacam-se: “a teoria das vantagens 
comparativas”, que constituem a base essencial da teoria do comércio internacional, onde demonstrou 
que duas nações podem beneficiar-se mutuamente do comércio livre, mesmo que uma delas seja 
menos eficiente na produção de todos os tipos de bens do que o seu parceiro comercial. 
Em sua “teoria da renda da terra”, David Ricardo procurou interligar os preços dos cereais à repartição 
da renda, ao aumento da população, ao preço da renda da terra, às vantagens recíprocas do comércio 
internacional e ao nível de salário e subsistência dos trabalhadores. 
Em 1819, David Ricardo entrou para o Parlamento Inglês, onde denunciou os excessos das finanças 
e da grande emissão de notas por parte do governo britânico, levando a uma depreciação da moeda. 
Seu prestígio como economista fez com que suas teorias sobre o livre comércio fossem recebidas 
com respeito, embora não fosse totalmente aceita pelos comuns. 
David Ricardo faleceu em Gatcombe Park, em Gloucestershire, Inglaterra, no dia 11 de setembro de 
1823. 
 
 
BIBLIOGRAFIA DE MALTHUS 
Thomas Malthus (1766-1834) foi um economista, sociólogo e clérigo anglicano inglês, cujo 
pensamento social e econômico girava em torno de sua teoria sobre o crescimento da população, que 
segundo ele, enquanto os meios de subsistência crescem em progressão aritmética, a população 
cresce em progressão geométrica, havendo necessidade de um controle da natalidade. 
Thomas Malthus nasceu em Dorbing, Inglaterra, no dia 13 de fevereiro de 1766. Filho de um rico 
proprietário rural, amigo do filósofo David Hume, e seguidor fiel da filosofia de Jean-Jacques 
Rousseau. Inicialmente, Malthus foi educado em casa, e só em 1784, com 18 anos, ingressou no 
Jesus College de Cambridge, onde se graduou em 1788. Em 1791 obteve a licenciatura. Em 1797 
ordenou-se sacerdote da Igreja Anglicana. 
Teoria de Thomas Malthus 
Em 1798, Thomas Malthus publicou, de forma anônima, a primeira edição de “Ensaios Sobre o 
Princípio da População”. O livro nasceu como resultado das discursões de Malthus com seu pai, que 
influenciado pelo filósofo William Gowin, afirmava que a miséria era consequência do mau 
desempenho das instituições e que a terra só poderia alimentar a todos os seres humanos se 
houvesse melhoras na assistência pública à população pobre, para se conseguir uma maior igualdade 
social. Malthus diferia radicalmente dessa teoria, pois acreditava que o crescimento demográfico era 
maior do que os meios de subsistência, pois enquanto a população cresce em progressão geométrica, 
a produção de alimentos se da em progressão aritmética. Malthus percebeu que o crescimento 
populacional havia dobrado entre os anos de 1785 e 1790, em consequência da grande produção de 
alimentos, das melhores condições sanitárias e do aperfeiçoamento no combate às doenças, resultado 
da Revolução Industrial ocorrida nessa época. 
Malthus acreditava que o aumento ilimitado da população poderia encontrar dois obstáculos, um 
repressivo que seriam: as epidemias, guerras e a miséria, e os preventivos que seriam: A sujeição 
moral de retardar o casamento, a abstenção de relações sexuais antes do casamento ou no próprio 
matrimônio, e ter somente o número de filhos que pudesse sustentar. 
Em 1803, a obra foi reeditada com importantes modificações, amenizando algumas teses mais 
radicais da primeira edição. Numerosos autores provaram a incompatibilidade das duas progressões, 
principalmente depois que os adeptos do “Malthusianismo” exageraram seus princípios. Com o tempo, 
sua teoria foi incorporada à teoria econômica, atuando como freio para teses mais otimistas. 
Em 1805, Thomas Malthus passou a lecionar História e Economia Política na Est Company’ College 
de Heileybury. Em 1819 foi eleito membro da Royal Society. Em 1811, conheceu o já importante 
economista David Ricardo, com quem manteve grande amizade, apesar de suas diferenças teóricas. 
Publicou: “Principales of Political Economy” (1820) e “Definitions in Political Economy” (1827), entre 
outros. 
Thomas Malthus faleceu em Saint Catherine, Somerset, Inglaterra, no dia 23 de dezembro de 1834. 
TEORIA DO VALOR DAVID RICARDO 
Continuando o pensamento de Smith, Ricardo diz que o valor de um produto é um resultado de todo 
o trabalho empregadona suaprodução, seja o valor pago ao trabalho dos operários, e o lucro 
doscapitalistas, que não deixa de ser o seu trabalho. E acrescenta também o valor 
das máquinasusadas nessa produção, pois na produção das próprias máquinas, também 
foi utilizadotrabalho, e esse seria o seu valor incorporado. Ou seja, um produto terá o seu valor de 
acordo com toda a quantidade de trabalho empregada, desde os seus estágios anteriores, na 
produção de certo produto. (Alguns produtos fugiam a essa teoria de Ricardo, como objetos raros, 
obras de artes, vinhos finos, etc.. Mas essas eram exceções que não desvalidavam a regra, pois 
essa valeria aos produtos fabricados pelo homem, e em escala). 
Mas a ideia de Ricardo ainda não estava pronta, sua teoria explicava como se chega ao valor bruto 
do produto,
que ele chamou de preço natural. Mas, da mesma forma que Smith, não explicava como 
a lei de oferta e procura afetava esses preços. Então, ele formulou a sua Teoria da 
Repartição explicando como chegar ao preço de mercadodesses produtos. Explicando a ideia de 
Ricardo usando sua mesma analogia, pensamos num país onde será iniciada a produção de trigo, 
por exemplo. O primeiro lugar em que se buscará produzir será a melhor terra da região, aquela 
onde a produção vai sair mais barata. Digamos então, que o tanto de trabalho empregado na 
produção de uma tonelada desse trigo é X, e como vimos, esse será o seu valor no mercado, o 
quanto ele receberá na venda. E sem receber mais do que o valor da produção, esse 
produtor não terá lucros, e não aumentará produção (o valor do “trabalho do produtor”já foi pago nos 
custos de produção, apenas não foi pago a mais, que seria necessário pra ele aumentar essa 
produção). 
TEORIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL DE DAVID RICARDO 
Esta teoria de David Ricardo informa-nos das vantagens do comércio entre as nações.Então, uma 
das alternativas que Ricardo sugeriu foi à diminuição dos preços com o comérciointernacional, 
comprando produtos de quem produzisse mais barato que na Inglaterra, a 
chamada Teoria das Vantagens Comparativas, que já eram aprimoramentos 
da Teoriadas Vantagens Absolutas, feitas pelo Adam Smith. 
Inglaterra deveria praticar o livre-cambismo, liberdade de trocas internacionais com eliminação de 
direitos alfandegários protectores, ou proteccionismo, com a supressão de 
impostos sobre importações e com a exclusão de entraves administrativos à liberdade de 
comércio entre as nações. David Ricardo, pelo que anteriormente já foi exposto, foi um defensor dos 
empresários e um importante defensor do livre-cambismo. 
 
 
 
TEORIA DA RENDA 
Mas só que, com trabalhadores empregados em boas condições, a população tende facilmente 
a aumentar. Aumentando a população, é necessária maior produção de alimento, e 
consequentemente, o trigo que estamos estudando. Em algum momento, todas aquelas primeiras 
terras “boas” serão esgotadas, então será necessário produzir em terras piores, onde ficará 
mais caro produzir. Produção mais cara, também deixa o produto mais caro. 
Então, temos a produção nas terras A: terras boas, onde o custo da produção, e também o preço do 
produto, será X. 
E também temos as terras B: terras piores, onde ocusto de produçãoserá maior, e podemos chamar 
de Y. Portanto, o produto da terra A e terra B, mesmo com custos diferentes, são diferentes entre si? 
Não, continuam sendo uma tonelada de trigo. E a população crescente, necessita consumir toda essa 
produção. Então, o mercado se ajustará para pagar o custo de produção mais caro, ou seja,Y. É daí 
então que surge o lucro das terras A, elas produziram a preço X, mas venderão a preço Y. Seu lucro 
será (Y –X). E é assim que se dá a renda dos produtores, com o aumento da procura pelos produtos, 
fatores menos produtivos (mais caros) terão que ser considerados na produção, e quem produzir num 
valor abaixo do que essa demanda paga, terá lucros. E ainda poderá aumentar sua produção, 
reduzindo ainda mais seus custos devido à escala. Por fim, os preços dos produtos são formados pelo 
seupreço natural, e seu preço de mercado, que vai depender da quantidade que se demanda da 
produção, e do nível dos fatores empregados nessa. 
Ricardo também usa a mesma teoria para explicar o funcionamento dos salários recebidos pelos 
operários e trabalhadores. Temos um salário natural, que é o necessário para o trabalhador sobreviver 
e manter suas necessidades básicas, e mais o salário de mercado, que flutuará à mesma medida da 
oferta e procura, ou seja, aumento ou diminuição de produção. 
Uma coisa que devemos entender que mesmo com uma aparência bonita, esse sistema, considerando 
uma tendência de aumento da população, também gera um aumentodesenfreado nos preços, que 
exigem aumentos de salários para manter esse nível de produção. O que não acontece de forma 
automática porque os lucros também não veem de imediato, ao contrário, quando pagando salários 
mais altos, os lucros caem, e, então não há a possibilidade de aumento de produção. 
Ou seja, aumento de preços desenfreados buscando aumento de lucro não é uma boa solução, e era 
essa encruzilhada que Ricardo se encontrava, mesmo tendo entendido como funcionavam os 
sistemas, não se tinha uma solução. 
O ESTADO ESTACIONÁRIO RICARDIANO 
O estado estacionário é coerente com seu meio. Aquele que corresponde à sociedade A difere daquele 
da sociedade B. Isso explica por que os salários naturais de cada país diferem a media que refletem 
fenômenos econômicos e socioculturais distintos. Com muita terra e pouca mão de obra teriam 
maiores possibilidades de crescimento; o estado estacionário estaria mais distante no tempo, em 
comparação com nações super-populosas e com produção exígua de alimentos. Neste ultimo caso, a 
acumulação acelerada geraria maior crescimento demográfico, aproximando o estado estacionário. 
A solução apontada por Ricardo compreende o controle da natalidade e a livre importação de 
alimentos. Com isso se reduziriam as pressões de demanda no sentido da elevação do salário natural, 
ele também se mostrava favorável à abolição gradual da Lei dos pobres, existente na Inglaterra, em 
seu tempo. Sua justificativa era a de que o Estado, comprometendo-se a alimentar os pobres, estaria 
estimulando a manutenção de elevadas taxas de crescimento demográfico. No mesmo sentido, 
afirmava ser necessário deixar os contratos de trabalho ser realizados com inteira liberdade, entre 
patrões e empregados, a fim de manter a oferta de trabalho no nível da demanda de mercado. 
Com diferenciais positivos entre a taxa de lucro dos negócios e a taxa de lucro mínima, a acumulação 
de capital continuaria sendo feita, estimulando o crescimento econômico e postergando a chegada 
prematura do estado estacionário. 
A acumulação de capital ainda poderá ser bloqueada, segundo Ricardo, pelo estabelecimento de 
impostos sobre os alimentos que elevam o salário natural, e impostos sobre os lucros, que reduziriam 
o ritmo da acumulação de capital. Tributações sobre a renda da terra e artigos de luxo eram 
recomendas por ele, por não comprometer a acumulação de capital e o desenvolvimento econômico. 
CONCLUSÃO SOBRE DAVID RICARDO 
O Economista David Ricardo formulou algumas teorias pelas quais podemos observar a defesa aos 
interesses industriais e abordava temas tais como: Política monetária, teoria dos lucros, renda 
fundiária e da distribuição entre outros temas, tendo enorme importância na economia mundial até os 
dias atuais, para este economista a economia política era uma ciência que atuava em três classes 
sociais da sociedade na distribuição da renda, salários e lucros aonde respectivamente correspondem 
aos donos de terras, trabalhadores e aos capitalistas. 
 
 
TEORIA NEOMALTHUSIANA 
A partir da segunda metade do século XX, principalmente na década de 60, houve uma explosão 
demográfica, esse crescimento populacional deu início novamente às ideias de Malthus, mas com 
uma adaptação concernente às condições históricas, ficou denominada de Teoria Neomalthusiana, 
essa teoria atenta-se para o crescimento populacional decorrente dos países subdesenvolvidos, tal 
crescimento provocaria a escassez dos recursos naturais, além do agravamento da pobreza e do 
desemprego. 
Para evitar esses contratempos, os neomalthusianos propuseram políticas efetivas de controle de 
natalidade que foram denominadas de “planejamento familiar”. Até mesmo as instituições financeiras 
como BANCO MUNDIAL e FMI tem exigido o cumprimento de políticas de controle de natalidade. 
MALTHUSIANISMO 
A
teoria malthusiana se baseia no principio da escassez, que diz que a população humana tende a 
crescer mais rápido do que a produção de alimentos. O primeiro ensaio de Malthus afirma que 
enquanto a população tende a aumentar em progressão geométrica, a produção de alimentos só 
cresce em progressão aritmética, o que consequentemente ocasionaria em uma crescente miséria 
das grandes massas da população, com pobreza extrema e fome. 
Ainda segundo o “Ensaio sobre o Princípio de População”, quando esses males chegarem ao seu 
auge, a própria natureza irá intervir e irá corrigir isso por meio de guerras, epidemias, entre outros 
métodos, o que reduziria a população em uma escala muito grande. Para chegar a essa conclusão, 
Malthus usava um conjunto de formulas matemáticas criadas por ele próprio (sendo mais tarde, essas 
formulas chamadas de Lei de Malthus), que tinham como objetivo projetar o crescimento populacional 
nos curtos e médios prazos. 
As principais soluções para tal, segundo Malthus, eram o controle da natalidade em países pobres, o 
celibato, casamento tardio e a negação às populações de toda e qualquer assistência (hospitais, 
asilos, etc.). Sua obra foi, ao mesmo tempo que elogiada por vários economistas que apoiavam suas 
teorias, criticada por ser tachada de imoral, cruel, indiferente, por ignorar as possibilidades criadas 
pela tecnologia agrícola e desperezar a estrutura social da economia. 
Atualmente, suas ideias vêm sendo retomadas por outro ponto de vista: a população mundial vem 
crescendo cada vez mais, e isso vem aumentando a pressão sobre o meio ambiente, seja por 
desmatamento, aquecimento global, poluição ou qualquer outra forma que cause um estresse 
ambiental. Assim, tudo isso pode vir a tornar o nosso planeta um lugar inviável para se ter vida. 
 
 
 
GRÁFICO QUE DEMONSTRA UM POUCO DA TEORIA DE MALTHUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEORIA POPULACIONAL REFORMISTA DE MALTHUS 
 
A teoria populacional reformista surge no pós Segunda Guerra Mundial, e traz uma visão contrária 
as teorias Malthusiana e a Neomalthusiana (sua contemporânea), que acreditam 
no subdesenvolvimento dos países como resultado do alto índice populacional, do outro lado os 
reformistas consideram que esse crescimento da população é o resultado de um intenso processo de 
exploração que os países menos desenvolvidos sofreram a partir dos mais desenvolvidos. As bases 
da Teoria Reformista seguem os ideais do sociólogo Karl Marx, que acredita que o problema da 
pobreza no mundo está relacionado com a má distribuição de renda, que é desigual, gerando uma 
pequena parcela da população com as maiores economias, e consequentemente a maior parcela 
populacional com a renda baixa, a famosa sociedade de classes. Os reformistas acreditam que devido 
aos processos de exploração realizados pelos países mais desenvolvidos desde o processo colonial 
das grandes navegações (principal fator que proporcionou seu desenvolvimento econômico) sobre os 
países menos desenvolvidos, seja a razão para que estes tenham uma baixa evolução econômica, 
sendo assim, o crescimento desordenado e acelerado da população é visto como um resultado desses 
processos exploratórios, assim como a baixa qualidade de vida e falta de escolaridade nesses países, 
principais aspectos resultantes da superpopulação. Diferente das outras teorias que entendiam o alto 
crescimento populacional como um problema que devia ser combatido através de métodos 
antinatalistas e por contraceptivos apoiados por seus governos, os reformistas acreditam que o 
elevado índice de natalidade seria diminuído através de investimentos na cultura, educação, 
infraestrutura, na qualidade de vida desses países. Contrária ao Neomalthusiano (surgem na mesma 
época), que compreende investimentos nessas áreas como algo que faria o país não ter 
desenvolvimento econômico e que a população jovem era um gasto para o Estado, indicando seus 
governos às políticas antinatalistas ao invés de investimentos sociais, os reformistas creem que com 
investimentos nesses setores a população compreenderia melhor sua realidade tornando a redução 
das taxas de natalidade um fator natural. 
Para os reformistas a solução para a redução da população está na melhoria da qualidade de vida, 
uma vez que a diminuição do crescimento populacional é visto nos países mais desenvolvidos como 
algo natural, havendo uma redução das taxas de natalidade nesses países através de sua alta 
economia e o acesso à educação e cultura. Com isso apoiam uma melhor distribuição de renda para 
que haja uma evolução econômica nos países menos desenvolvidos, a modo que façam mais 
investimentos melhorando seus indicadores sociais, e consequentemente reduzindo as taxas de 
natalidade e sua superpopulação. 
Dentre todas as teorias demográficas a reformista é a que melhor explica os fatores do baixo 
desenvolvimento econômico nos países e suas relações políticas e sociais. Sendo melhor aceita do 
que as teorias Malthusiana e Neomalthusiana, pois essas são desfeitas e questionadas a partir da 
dinâmica demográfica atual, que apresenta uma queda acentuada no crescimento populacional 
dos países em desenvolvimento exatamente pelos fatores apresentados pela teoria reformista, 
modificando os padrões de crescimento populacional devido a distribuição de renda mais equitativa e 
com maior acesso à cultura e educação, principalmente nesses países. 
 
 
PONTOS COMUNS ENTRE ELES 
Os pontos em comum dos pensadores que é ambos defendiam a léi terrea dos salários e criticavam 
a lei dos pobres, que em ver, apenas agravava ainda mais a pobreza. Ricardo diferentemente de 
Malthus, era teórico, defendia a lei de Say (lei dos mercados), queria a abolição das leis dos cereais 
e defendia o laisser-faire. Malthus era prático, refutava a lei de Say, queria a manutenção da lei dos 
cereais e era protecionista. 
 
 
 
 
CONTROVÉRSIAS ENTRE ELES A RESPEITO DA LEI DE SAY E A DEMANDA 
EFETIVA 
 Hoje iremos analisar as controvérsias entre David Ricardo e Thomas Malthus a respeito sobre a Lei 
de Say e a Demanda Efetiva, começarei explicando um pouco de cada e posteriormente analisarei 
pelo ponto de vista de D. Ricardo e de T. Malthus. A lei de Say mais conhecida como Lei de mercados 
de Say ou Lei da preservação do poder de compra decorre de uma igualdade entre a oferta e a 
demanda. Foi difundida pelo economista francês Jean-Baptiste Say. A lei se baseia na frase de que 
“a oferta cria sua própria demanda”, ou seja, segunda a teoria, não existem as chamadas crises de 
“superprodução”, uma vez que tudo o que é produzido pode ser consumido já que a demanda de um 
bem é determinada pela oferta de outros bens. Say afirmava que as pessoas não produziam por 
produzir, mas para trocar seus produtivos por outros bens que desejam ou de que necessitam. Com 
a teoria da demanda efetiva de Keynes se constitui no princípio de que os consumidores utilizam seus 
gastos em bens e poupança, em função da renda, quanto maior a renda, maior a porcentagem de 
renda poupada. Assim a renda agregada aumenta em função do aumento do emprego. Mas com a 
queda da demanda os empresários relutariam em investir, o que levaria a cortes de salários e de 
empregos. Ou seja a demanda acaba que formando um ciclo, quando a demanda diminui, os salários 
diminuem fazendo assim que haja novos empregos, como novos empregos faz com que a demanda 
aumente e assim por diante. Thomas Malthus foi um dos economistas que não se convenceram com 
a Lei de Say, seu argumento basicamente era de que os salários sendo menores que os custos totais 
de produção, não podiam comprar a produção total da indústria, fazendo assim que os preços caíssem 
e posteriormente
os lucros também, assim ocorreria uma generalizada insuficiência do poder de 
compra, podendo também haver uma estagnação no mercado devido a um possível excesso de 
acumulação de poupança que faria com quem os preços caíssem também. As soluções adotadas por 
Malthus seria reduzir a renda para que não houvesse poupanças excessivas, promover uma balança 
comercial favorável, e realizar gastos com obras públicas durante a crise. Uma intervenção do governo 
seria necessária por que segundo ele o livre mercado não era capaz de criar empregos. Já David 
Ricardo criticou duramente as ideias de Malthus, segundo ele a poupança não faria com que houvesse 
uma crise, ela ajudaria a empregar trabalho na produção. Também afirmava que com a queda dos 
salários iria fazer com que as firmas empregassem trabalhadores. Dessa maneira todo o salário iria 
ser recolocado em uso e todas as pessoas que quisessem seriam empregados. Portanto o 
procedimento não seria de redistribuir a renda e realizar obras públicas e sim de arrochar os salários 
e visar o aumento dos lucros. 
 
 
 
FONTES 
https://cafecomeconomia.webnode.com/products/a17-controversia-david-ricardo-x-r-t-malthus-lei-
de-say-e-demanda-efetiva/ 
http://economiasemsegredos.blogspot.com/2014/10/controversia-d-ricardo-x-r-t-malthus.html 
https://www.infoescola.com/geografia/teoria-populacional-reformista/ 
https://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20110819102622AA9CHGa 
 
 “ O trabalho, como todas as outras coisas que são compradas e vendidas e cuja quantidade pode 
ser aumentada ou diminuída, tem seu preço natural e seu preço de mercado. O preço natural do 
trabalho é aquele necessário para permitir que os trabalhadores, em geral, subsistam e perpetuem 
sua descendência, sem aumento ou diminuição”. 
David Ricardo.

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