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Introdução à parasitologia

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3/18/2015 
1 
Introdução 
à Parasitologia 
Silvane Braga Santos 
UEFS - DCBio 
Parasitologia Humana 
 Domínios: 
 “Estudo dos seres que parasitam o homem” 
 
 Protozoologia (protozoários)
 Parasitologia Helmintologia (helmintos) 
 (stricto sensu) Entomologia (artrópodes) 
Parasitologia 
(latu sensu) Bacteriologia → Bactérias 
 Micologia → Fungos 
 Virologia → Vírus 
3/18/2015 
2 
Parasitos de importância médica 
 
 Agrupados em 02 grandes reinos e 09 filos: 
 
Reinos Sub-reinos Filos 
 
Protista 
 
Protozoa 
Sarcomastigophora 
Apicomplexa 
Ciliophora 
Microspora 
 
 
Animalia 
 
 
Metazoa 
Plathyhelminhes 
Nemathelminthes 
Acanthocephala 
Artropoda 
Mollusca 
Principais Protozoários parasitas do homem e 
sua ação patogênica 
Família Gênero Espécie Doença que 
causa 
Trypanosomatidae Trypanosoma 
 
Leishmania 
T. cruzi 
 
L. amazonensis 
L. braziliensis, etc. 
L. chagasi 
Doença de Chagas 
 
Leishmaniose cutânea 
 
Leishmaniose visceral 
(Calazar) 
Trichomonadidae Trichomonas T. vaginalis Tricomoníase 
Endamoebidae Entamoeba E. coli 
E. histolytica 
 
Amebíase 
Sarcocystidae Toxoplasma T. gondii Toxoplasmose 
Plasmodiidae Plasmodium P. vivax 
P. falciparum 
Terçã benigna 
Terçã maligna 
(malária) 
Hexamitidae Giardia G. lamblia Giardíase 
3/18/2015 
3 
Principais Helmintos (Platelmintos) parasitos do 
homem e sua ação patogênica 
Família Gênero Espécie Doença que 
causa 
Schistosomatidae Schistosoma S. mansoni Esquistossomose 
mansônica 
Teniidae Taenia T. solium 
T. saginata 
Teníase, cisticercose 
Hymenolepididae Hymenolepis H. nana 
H. diminuta 
Himenolepíase 
Diphyllobotriidae Diphyllobothrium D. latum Difilobotríase 
Principais Helmintos (Nematelmintos) parasitos 
do homem e sua ação patogênica 
Família Gênero Espécie Doença que 
causa 
Ascarididae Ascaris A. lumbricoides Ascaridiose 
Oxyuridade Enterobius E. vermiculares Enterobiose 
Strongyloididae Strongyloides S. stercoralis Estrongiloidíase 
Ancylostomatidae Necator 
Ancylostoma 
N. americanus 
A. duodenale 
Ancilostomose 
(amarelão) 
Onchocercidae Wuchereria 
Onchocerca 
W. bancrofti 
O. volvulus 
Filariose linfática 
(elefantíase) 
Oncocercose 
3/18/2015 
4 
Importância do estudo dos parasitas 
 Freqüentes na população mundial 
 Podem levar à morte 
 Grave problema de saúde pública (causam deficiência de 
aprendizagem e impedem o desenvolvimento físico) 
 Podem causar incapacidade funcional 
 Condições necessárias ao desenvolvimento das doenças 
parasitárias: 
 Dependentes do: parasito 
 hospedeiro 
 
Fatores inerentes ao parasito 
 Número de exemplares 
 Capacidade de multiplicação no hospedeiro 
 Ex: Plasmodium falciparum - maior capacidade de multiplicação que P. vivax 
 Dimensões: quanto maior o parasita, pior (?!) 
 Localização: depende do órgão alvo 
 Virulência: relacionado com a cepa 
 Ex: P. vivax é menos virulenta que P. falciparum 
 Vitalidade: 
 Ex: Enterobius vermicularis (18 meses) e Taenia sp. (20 a 30 anos) 
 Associações parasitárias: 
 Ex: Entamoeba hystolitica – mecanismo de ação facilitado pela presença de lesão 
na parede intestinal, causada por outros microorganismos. 
3/18/2015 
5 
Fatores inerentes ao hospedeiro 
 Idade: quanto mais jovem, menor os mecanismos de defesa 
 Imunidade: produção rápida de anticorpo na segunda infecção 
 Alimentação: (carência de ferro - ancilostomíase) 
 Doenças intercorrentes: indivíduos com pneumonia agravada quando 
adquirem parasitas pulmonares 
 Flora bacteriana associada 
 Medicamentos em uso: cortisona (imunodepressor) 
 Hábitos e costumes: árabes consomem muita carne crua, africanos 
andam descalços, etc. 
 Tensão emocional (stress) : diminui resposta imunológica 
 
O parasito 
 “Um ser que se alimenta de outro” 
 
“Organismos consumidores que, segundo a natureza de seus 
hospedeiros (plantas, animais herbívoros ou carnívoros) podem 
ser considerados consumidores primários, secundários ou 
terciários” 
 
 Tipos de Parasito: 
 Endoparasito - Ectoparasito - Hiperparasita 
 Outras classificações: 
 Acidental ou errático, heteroxênico ou monoxênico, facultativo ou 
de vida livre, heterogenético ou monogenético, etc. 
3/18/2015 
6 
Tipos de parasitos segundo seu ciclo 
biológico 
Monoxênicos ou de ciclo direto 
Necessitam apenas de um tipo de hospedeiro (o definitivo) para que 
o ciclo biológico se complete 
Ex: Giardia lamblia, Ancylostomideos, Trichomonas vaginalis, etc. 
Heteroxênicos ou de ciclo indireto 
Necessitam de uma alternância de hospedeiros (definitivo e 
intermediário) ou quando o parasito exige sua passagem obrigatória 
por dois ou mais hospedeiros 
Ex: Taenia solium,T. saginata, Trypanosoma cruzi, Toxoplasma gondii, etc. 
Vias de transmissão ou porta de entrada 
dos parasitos 
Conforme a porta de entrada: 
 Boca  Oral 
 Pele e contato direto  cutânea 
 Outras: nasal, genital, transplacentária e transfusional 
Conforme o veículo de transmissão: 
 Pelo contato pessoal ou objetos de uso pessoal 
 Pela água, alimentos, fômites, poeira ou mãos sujas 
 Por solos contaminados por larvas (geo-helmintos) 
 Por vetores ou com hospedeiro intermediários 
3/18/2015 
7 
Associações entre seres vivos 
 
Objetivo final  abrigo e alimento 
 Harmônicas ou positiva: 
Quando há benefício ou ausência de prejuízo mútuo entre 
as espécies 
Ex : Comensalismo, Mutualismo, Simbiose, etc. 
 Desarmônicas ou negativa: 
Quando há prejuízo para algum dos participantes 
Ex : Parasitismo, Competição, Canibalismo, Predatismo, etc. 
Parasitismo 
 “Relação entre seres vivos onde um organismo (parasito) não 
só vive as custas de outro organismo (hospedeiro), mas 
apresenta diferente graus de dependência metabólica” 
 “Associação entre seres vivos, onde existe unilateralidade de 
benefícios, sendo um dos associados prejudicados pela 
associação” 
 “Associação desarmônica, onde o parasito é o agressor e o 
hospedeiro é aquele que alberga o parasito e é espoliado por 
ele” 
 Tendência desta associação  Equilíbrio 
3/18/2015 
8 
Mecanismos de ação do Parasito sobre o 
Hospedeiro 
 Único ou múltiplos 
 Depende de fatores do parasito e do hospedeiro 
Mecanismos de ação: 
 Obstrutiva Compressiva 
 Enzimática Espoliativa 
 Tóxica Mecânica 
 Irritativa Anóxia 
 Traumática etc. 
Mecanismos de ação 
Espoliativa (o parasito absorve nutrientes ou mesmo sangue do 
hospedeiro) 
Ex: Ancilostomídeos, Ascaris lumbricoides, hematofagia de triatomíneos, 
mosquitos, etc. 
Tóxica (o parasito produz enzimas ou metabólitos que podem lesar o 
hospedeiro) 
Ex: Reações alérgicas provocadas pelos metabólitos produzidos pelas formas 
adultas do A. lumbricoides, etc. 
Mecânica (quando os parasitos perturbam as funções mecânicas dos 
órgãos) 
Ex: Enovelamento do A. lumbricoides nas alças intestinais 
 
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9 
Mecanismos de ação 
Traumática (provocada principalmente por formas larvárias e vermes 
adultos de helmintos) 
Ex: Migração cutânea e pulmonar das larvas de Ancilostomídeos, 
rompimento das hemácias pelos Plasmodium, etc. 
Irritativa (presença constante do parasito que, sem produzir lesões 
traumáticas, irrita o local parasitado) 
Ex: Ação das ventosas das tênias, fixação dos lábiosdo A. lumbricoides na 
mucosa intestinal 
Anóxia (quando os parasitos consomem o oxigênio da hemoglobina 
ou produzem anemia) 
Ex: Infecções por Plasmodium ou Ancilostomídeos 
Resposta do Hospedeiro à infecção 
parasitária 
 Dependente da susceptibilidade ou da resistência do 
hospedeiro 
 
I - Resistência Natural ou Imunidade Inata 
 
II – Resistência Adquirida ou Imunidade Adaptativa 
 Imunidade Celular (linfócitos T e B) 
 Imunidade Humoral (anticorpos) 
 
3/18/2015 
10 
Imunidade Inata 
 Linha de defesa inicial contra microorganismos 
 Mecanismos que já existem antes do estabelecimento de uma 
infecção (barreiras físicas, químicas e biológicas) 
Exemplos: 
 Pele, epitélio das mucosas, secreção lacrimal (lisozima), etc. 
 Células fagocíticas (polimorfonucleares e monócitos do sangue, 
macrófagos e células do SFM no sangue e tecidos) 
 Substâncias inflamatórias (prostaglandinas, histamina, leucotrienos, 
tromboxanos, etc.) 
 Proteínas do Sistema Complemento 
Imunidade Adquirida ou adaptativa 
 (Linfócitos) 
Células responsáveis pela resposta imune do hospedeiro 
 Até os anos 60: destituídas de função conhecida 
 Atualmente: objeto principal dos estudos da Imunoparasitologia 
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11 
Imunidade Adquirida 
 
 Linfócitos B (resposta humoral) 
 Possuem receptores de membrana (BCR) 
 Após ativação pelo antígeno (Ag)  Plasmócitos  Anticorpos (Acs) 
ou Imunoglobulinas (5 classes: IgG, IgA, IgM, IgD e IgE) 
 Linfócitos T (resposta celular) 
 Possuem receptores de membrana (TCR) 
 Após ativação pelo antígeno (Ag)  Linfocinas ou citocinas (interferon-
gama, interleucina 2, IL-4, IL-5, etc.) 
 Classificação: Linf. T CD4+ (auxiliares ou “helper”: Th1 e Th2) 
 Linf. T CD8+ (citotóxicos) 
 Linf.T CD4+ CD25+ (regulatórias), etc. 
Classificação dos linfócitos 
Linfócitos B 
Linfócitos T 
T CD4+ 
T CD8+ 
Th1 
Th2 
Th0 
Th17 
T CD4+CD25+ 
(Imunoglobulinas ou 
anticorpos) 
(Citocinas) 
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12 
Classes das Imunoglobulinas 
As 5 diferentes classes são adaptados para atuarem nos diferentes 
compartimentos (superfícies mucosas, tecidos e sangue) 
 
Principais imunoglobulinas: 
 IgM - produzido durante uma resposta imune primária 
 IgG – anticorpo de resposta secundária 
Períodos clínicos e parasitológicos no curso 
de uma infecção parasitária 
Período de incubação: 
Período compreendido entre o início da infecção até o aparecimento dos 
primeiros sintomas clínicos da doença 
Período pré-patente: 
Período em que o parasito penetra no hospedeiro até o aparecimento do 
primeiro estágio detectável do parasito (ovos, cistos, larvas, etc). Pode ser 
demonstrados por métodos laboratoriais específicos 
Período patente: 
Período em que os parasitas podem ser revelados 
Período sub-patente: 
Período em que não se pode evidenciar a presença do parasito 
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13 
Métodos de diagnóstico 
 Parasitológicos ou Métodos Diretos 
 Identificação do parasito ou seus produtos 
 Ex: Parasitológico de fezes, lamina corada, gota espessa, lamina 
direta, etc. 
 Imunológicos, sorológico ou métodos Indiretos 
 Detecção do complexo antígeno-anticorpo (Ag-Ac) 
 Simples e pouco sensíveis 
 Reação de precipitação, de aglutinação, fixação do complemento, 
etc. 
 Complexos e muito sensíveis 
 Imunofluorescência, ELISA, PCR, Western blot, citometria de fluxo 
(FACS), etc. 
Métodos de diagnóstico 
 Visualização “direta” do parasito 
ou seus produtos: 
 a) Sedimento fecal: 
 
 
 Depende do reconhecimento 
“imunológico”: 
 1 - Ligação antígeno-anticorpo 
 2 - Formação do imunocomplexo 
Diretos Indiretos 
b) Sangue

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