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Aula 02 Técnicas Psicoterápicas

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Olá, concurseiros PSI! Apresento-lhes o material de questões comentadas de Psicologia 
minuciosamente organizado e elaborado para a sua aprovação! A alta concorrência e o 
pequeno número de vagas para psicólogos nos certames pelo Brasil, demandam que você se 
torne um especialista em concursos públicos. E como você se torna um especialista? Focando 
o seu estudo teórico nos principais conteúdos exigidos pelas Bancas e, principalmente, 
respondendo questões de provas anteriores. 
Ao estudar este material, você terá acesso a diversas questões atualizadas e com sólidos 
embasamentos teóricos de autores atuais e confiáveis, que as principais bancas brasileiras 
utilizam como referência. A didática dos comentários é focada e objetiva para que você 
consiga extrair o maior volume de informações relevantes para a sua preparação. 
Através da ampla experiência em concursos públicos e minuciosa análise de editais e provas 
anteriores, foi possível organizar conteúdos que apresentam grande probabilidade de cair na 
prova. Responder essas questões já cobradas é treino fundamental para o seu êxito, pois te 
coloca “um pé à frente” dos demais candidatos que não criam este hábito de fazer exercícios 
e se focam demasiadamente em aprofundar conteúdos teóricos pouco cobrados. Com essa 
metodologia focada, você adquire a experiência necessária para manter a atenção e desviar 
das possíveis “pegadinhas” colocadas pelos elaboradores das questões. Quanto maior 
o número de questões você responder, melhor preparado estará. Este material o deixará 
especialista para prestar concursos de psicologia. 
Temas de Teorias da Personalidade são bastante cobrados nos certames. Após intenso 
levantamento de questões sobre o tema entre os anos de 2010 a 2016, pode-se observar 
que a teoria psicanalítica continua no topo do ranking de abordagem mais cobrada pelas 
bancas brasileiras, entretanto, houve um aumento significativo no número de questões de 
Teoria Comportamental, Gestalt, Teoria Cognitiva Comportamental e Abordagem Centrada 
na Pessoa, conteúdos que vamos abordar nesta segunda aula. 
Concluído o estudo deste material com foco e disciplina, você terá absorvido conteúdo de 
qualidade diferenciada e terá dado um grande passo rumo à aprovação! Bons estudos!
Concursos Psicologia
Sou Andrea Girard, natural de Belém-PA , concurseira de psicologia 
há 6 anos. Fui aprovada em 1º lugar no concurso TJPA e tive êxito 
nos certames TJAP e CDP ainda cursando o 8º semestre como 
discente do curso de psicologia.
Há 2 anos dou aulas presenciais pelo Estado do Pará e faço 
mentoring com vasto histórico de aprovações de alunos e clientes 
pelo Brasil. Tenho como formação acadêmica o bacharelado em 
Psicologia, licenciatura em Pedagogia e pós graduação em Gestão 
Educacional e Docência no Ensino Básico e Superior.
Atualmente sou analista judiciário – especialidade psicologia do 
TJPA e professora de psicologia para concursos públicos.
Andrea Girard da Silva Alves
- Bacharel em Psicologia pela Escola Superior da Amazônia – ESAMAZ;
- Licenciada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Pará – UEPA;
- Especialista em Gestão Educacional e Docência no Ensino Básico e Superior pelo 
Instituto Carreira;
- Analista Judiciária – Especialidade Psicologia no Tribunal de Justiça do Estado do 
Pará – TJPA;
- Consultora pedagógica e mentoring de concursos públicos;
- Professora de concursos públicos de psicologia.
5
1 (Pref. de São Gonçalo/MG – 2017) Em síntese, podemos afirmar que a Terapia Centrada 
na Pessoa, de Carl Rogers, considera pessoas plenamente funcionais ou psicologicamente 
saudáveis as que apresentam as seguintes características:
I. Mente aberta para aceitar qualquer tipo de experiência e novidades.
II. Tendência a viver cada momento plenamente.
III. Capacidade para se orientar pelos próprios instintos e não pelas opiniões ou razões 
de outras pessoas.
IV. Senso de liberdade no pensamento e na ação.
IV. Alto grau de criatividade.
V. Necessidade contínua de maximizar o seu potencial.
Estão corretas as alternativas:
a) I, II, III, IV, V e VI.
b) I, II e III, apenas.
c) I, II, III e IV, apenas.
d) I, II, III e V, apenas.
COMENTÁRIO
Questões com várias assertivas têm sido comumente cobradas nos certames mais recentes de 
psicologia, portanto é muito importante treiná-las! Vamos analisar o comando da questão e 
seus quesitos, embasando-se na literatura:
Carl Rogers em sua obra “Tornar-se pessoa” (1985) descreve as pessoas plenamente 
funcionais como realizadoras, espontâneas, flexíveis e capazes de proporcionar crescimento 
contínuo do seu autoconceito. Este elevado nível de saúde psicológica é denominado pelo 
autor de auto realização e indica que a evolução do self está em constante andamento. Para 
Rogers, as pessoas plenamente funcionais ou psicologicamente saudáveis apresentam alto 
grau de criatividade; necessidade contínua de maximizar o seu potencial, senso de liberdade 
em pensamento e ação, tendência a viver plenamente cada momento, mente aberta para 
aceitar qualquer tipo de experiência e novidades, capacidade para se orientar pelos próprios 
instintos e não pelas opiniões ou razões de outras pessoas. 
Assim, podemos observar que todas as assertivas mencionadas na questão são características 
de pessoas plenamente funcionais ou psicologicamente saudáveis. Portanto a letra A é a 
resposta correta. 
GABARITO: A) I, II, III, IV, V e VI.
6
2 (Pref. de Ariquemes/RO – 2016) São princípios que norteiam todas as formas de 
psicoterapia breve:
a) Inteligência e percepção.
b) Foco e temporalidade.
c) Motivação e emoção.
d) Crenças e percepção.
e) Foco e emoção.
COMENTÁRIO
Para respondermos a questão, vamos entender sobre o conceito e princípios da psicoterapia 
breve embasadas na literatura de referência:
Segundo Almeida (grifo nosso, p.97, 2010) “as psicoterapias breves são intervenções 
terapêuticas de tempo e objetivos limitados por terem suas metas mais reduzidas e 
direcionadas que as psicoterapias tradicionais. Essa limitação é uma das características 
principais da técnica da psicoterapia breve e ocorre em função das necessidades imediatas 
do indivíduo”.
Sobre os princípios, tem-se o foco como uma das características primordiais da técnica e 
condição essencial de eficácia em psicoterapia breve. É comum que se fixe um prazo para a 
terapia, geralmente, alguns meses e que influencia de modo decisivo os diferentes aspectos 
do vínculo terapêutico e especialmente no encerramento do tratamento (Braier, 1991 apud 
Almeida, 2010). 
Portanto, parafraseando Almeida (2010, p. 98), “Esses princípios, a dizer foco e temporalidade, 
norteiam todas as formas de psicoterapia breve”.
Assim, visualiza-se que a resposta CORRETA é a letra B.
GABARITO: B) Foco e temporalidade.
3 (Pref. de Ariquemes/ RO – 2016) No contexto da Clínica Ampliada, o conjunto de propostas 
de condutas terapêuticas articuladas, para um sujeito individual ou coletivo, resultado da 
discussão coletiva de uma equipe interdisciplinar, com apoio matricial, se necessário, é o(a):
a) Projeto único de saúde.
b) Projeto político-pedagógico.
c) Projeto terapêutico singular.
d) Estratégia de saúde da família.
e) Gestão integrada de saúde.
7
COMENTÁRIO
Para responder corretamente essa questão é necessário ter conhecimentos básicos sobre a 
clínica ampliada. Neste contexto vamos compreender qual é o conjunto de propostas a que 
se refere o enunciado. 
Segundo o Ministério da Saúde (2009) A clínica ampliada se caracteriza como referência de 
atuação para os profissionais que trabalham na área saúde. Ela é compreendida como uma 
forma de integração de vários saberes cujo objetivo é de fazer com que o usuário entenda os 
processos de saúde e doença para que sejam incluídos, como cidadãos participativos, nas 
condutas em saúde assim como ajudar na elaboraçãode seu projeto terapêutico (BRASIL, 
2009). Apoio matricial é o conjunto de profissionais que contribui com suas especialidades 
e experiências para complementar a equipe de referência do Núcleo de Apoio à Saúde da 
Família (NASF) que tem como objetivo ampliar as ações da atenção básica no que tange à 
abrangência e resolutividade.
Assim, Sundfeld (2010) menciona que esse projeto terapêutico utilizado na clínica ampliada 
da NASF é denominado de Projeto Terapêutico Singular por ser fomentado através da 
participação coletiva dos profissionais da saúde com os usuários, haja vista que o fazer 
terapêutico e os objetivos do tratamento são dialogados. Este trabalho é baseado na 
subjetividade, grau de comprometimento e respeito às diferenças que ultrapassam os 
diagnósticos e sua tendência a não diferir os sujeitos. (BRASIL, 2009)
Para elucidar qualquer dúvida projeto terapêutico singular é o conjunto de propostas 
terapêuticas utilizadas na clínica ampliada e estratégia saúde da família diz respeito a ações 
de promoção e proteção da saúde, prevenção das doenças e atenção integral às pessoas.
Portanto, temos a letra C como resposta correta. 
GABARITO: C) Projeto terapêutico singular.
4 (EMPAER – 2014) A técnica aplicada na Terapia Comportamental, baseada no 
condicionamento clássico, destinada a tratar fobias (medos irrealistas) e os Transtornos de 
Ansiedade relacionados, diminuindo gradativamente a reação indesejada, denomina-se:
a) Despersonalização.
b) Análise de transferência.
c) Dessensibilização sistemática.
d) Generalização excessiva.
e) Responsabilidade excessiva.
8
COMENTÁRIO
De acordo com Caballo (2002) a técnica aplicada na Terapia Comportamental, com base 
no Condicionamento clássico, chamada dessensibilização sistemática (DS) é caracterizada 
como:
“uma intervenção terapêutica desenvolvida para eliminar o comportamento de 
medo e as síndromes de evitação. O procedimento consta de dois componentes 
diversos. O primeiro componente consiste em ensinar ao paciente uma resposta 
contrária à ansiedade. [...] O segundo componente da DS implica em uma 
exposição graduada ao estímulo provocador de medo. A exposição pode ser 
concretizada através da imaginação ou ao vivo”. (Caballo, 2002, p. 167)
Salienta-se que comportamento de medo e as síndromes de evitação mencionados pelo autor 
dizem respeito ao tratamento de distúrbios fóbicos (medos irrealistas) e dos Transtornos de 
Ansiedade relacionados cujo intuito é de diminuir, gradativamente, a experiência aversiva do 
sujeito. Assim, temos a letra C como resposta correta.
Vamos corrigir as demais alternativas:
Na letra A, despersonalização em psicopatologia é um transtorno psiquiátrico cujas 
características são do indivíduo ter a sensação de que “está fora do corpo” com um sentimento 
de distanciamento ou estranhamento de si. Também pode ser considerada como uma técnica 
psicoterápica da terapia cognitivo comportamental onde cabe ao terapeuta ajudar o paciente 
a procurar se ver como as outras pessoas o veem. Para isso, ele deve aprender a focalizar 
informações observáveis, em vez de atribuições internas.
Na letra B, análise de transferência, podemos compreender como um termo psicanalítico. 
De acordo com Zimerman (2004, p. 270):
“Toda transferência tem, no mínimo, um resto narcísico, da primitiva unidade 
da díade simbiótica. A análise da transferência visa permitir a separação deste 
objeto de necessidade, para constituí-lo como um objeto de desejo, edípico”.
Nesta perspectiva, podemos compreender que o fenômeno ocorre, em análise, na relação 
construída entre o paciente e terapeuta cujos conteúdos serão interpretados pelo profissional. 
Os termos da letra D e E, generalização excessiva e responsabilidade excessiva não são 
técnicas psicológicas.
GABARITO: C) Dessensibilização sistemática.
5 (FUNIVERSA – 2012) Acerca da análise comportamental clínica, assinale a alternativa 
incorreta.
a) O foco de intervenção nessa clínica são as contingências aversivas que levaram o 
paciente a buscar a terapia.
9
b) Por fornecer parâmetros para a avaliação da terapia e orientar o terapeuta no 
processo de intervenção, o estabelecimento de objetivos clínicos é um elemento 
indispensável no processo terapêutico.
c) Uma vez estabelecidos, os objetivos clínicos não podem ser modificados até o final do 
processo terapêutico.
d) Os processos psicológicos não são atribuídos a dinâmicas mentais internas.
e) O relato de pensamentos e sentimentos, por parte do cliente, é de extrema importância 
para que o terapeuta tenha condições de avaliar o efeito das contingências que 
controlaram e(ou) controlam esses relatos.
COMENTÁRIO
Atentem-se ao comando da questão que pede para assinalar a alternativa INCORRETA em 
relação à clínica comportamental. Vamos comentar assertiva por assertiva para visualizarmos 
a resposta correta:
a) O foco de intervenção nessa clínica são as contingências aversivas que levaram o paciente 
a buscar a terapia. ASSERTIVA CORRETA
O papel do clínico é atenuar o sofrimento do cliente, levando-o a ver os eventos externos que 
estão gerando sofrimento e dando força a ele para suportar sua dor e mudar suas ações na 
medida do possível, para gerar contingências diferentes que possam produzir sentimentos 
mais agradáveis. (BORGES E CASSAS, 2012)
b) Por fornecer parâmetros para a avaliação da terapia e orientar o terapeuta no processo de 
intervenção, o estabelecimento de objetivos clínicos é um elemento indispensável no processo 
terapêutico. ASSERTIVA CORRETA
Cabe ao psicólogo informar ao paciente sobre os objetivos clínicos da Terapia, pois tal atitude 
pode favorecer a adesão ao trabalho e um maior engajamento com o processo terapêutico, 
o que torna tal estabelecimento um elemento indispensável para o sucesso da terapêutica. 
(BORGES E CASSAS 2012)
c) Uma vez estabelecidos, os objetivos clínicos não podem ser modificados até o final 
do processo terapêutico. ASSERTIVA INCORRETA
De acordo com Marçal (grifo nosso, 2005, p. 233):
“O estabelecimento de objetivos clínicos é um elemento indispensável no processo 
terapêutico. Exige uma boa interpretação dos processos comportamentais 
envolvidos, orienta o terapeuta no processo de intervenção, favorece a motivação 
do cliente para mudanças, fornece maior segurança ao terapeuta e ao cliente e 
oferece melhores parâmetros de avaliação da terapia. A definição dos objetivos 
pode ser reavaliada e modificada no decorrer das sessões.” (Marçal, 2005)
10
d) Os processos psicológicos não são atribuídos a dinâmicas mentais internas. ASSERTIVA 
CORRETA
A terapia comportamental, baseada em princípios da análise do comportamento não tem como 
objeto de estudo, para a compreensão do comportamento, as dinâmicas mentais internas 
e os conflitos intrapsíquicos. Para a clínica comportamental, pensamentos, sentimentos são 
comportamentos fruto da interação do organismo com o meio. 
e) O relato de pensamentos e sentimentos, por parte do cliente, é de extrema importância 
para que o terapeuta tenha condições de avaliar o efeito das contingências que controlaram 
e (ou) controlam esses relatos. ASSERTIVA CORRETA
Borges e Cassas (2012, p. 142) relatam sobre a importância das operações verbais para a 
prática do psicólogo, para os autores:
“O comportamento verbal e um comportamento operante, ou seja, e emitido 
num determinado contexto e modelado e mantido por consequências. Todavia, 
nessa relação o meio físico e alterado através da mediação do meio social, 
conhecido como ouvinte. E essa mediação que torna o comportamento verbal 
especial”. (BORGES E CASSAS, 2012)
Após a análise de todas as assertivas, podemos observar que apenas a letra C está INCORRETA.
GABARITO: C) Uma vez estabelecidos, os objetivos clínicos não podem ser modificados 
até o final do processo terapêutico. ASSERTIVA INCORRETA
6 (UEG – 2015) "A transferênciaé um fenômeno original no qual o presente dá forma 
ao passado, a um mesmo tempo em que este dá forma àquele. O que é, era; e o que 
era, é! O conceito de transferência vem sofrendo sucessivas transformações e renovados 
questionamentos, como, por exemplo, se a figura do analista é uma mera pantalha para 
uma repetição de antigas relações objetais introjetadas ou se ele também se comporta como 
uma nova pessoa, real." ( Zimerman. 2004. p. 127)
Sigmund Freud dividiu as transferências em:
a) Boa e má.
b) Neuróticas, perversas e psicóticas. 
c) Positivas e negativas.
d) Simbólicas, reais e imaginárias. 
e) Primárias e secundárias.
11
COMENTÁRIO
Freud (1912/1976) dividiu o fenômeno da transferência em positivas e negativas. A 
transferência negativa é considerada como transferência de sentimentos hostis em relação ao 
analista e a transferência positiva pode ser entendida como sentimentos benéficos de carinho, 
gratidão, simpatia, sexuais, eróticos direcionados à figura do analista, tais afetos podem ser 
conscientes e/ou inconscientes. 
Assim, temos a letra C como resposta correta.
A letra A ,“boa e má”, não há relação com o termo transferência de Freud e podemos 
mencionar que talvez seja uma alusão ao seio bom e seio mau da Autora Psicanalista Melanie 
Klein. 
A letra B, “neuróticas, perversas e psicóticas” são estruturas da personalidade em 
psicopatologia para psicanálise.
A letra D, “simbólicas, reais e imaginárias” são registros psíquicos utilizados na Teoria de 
Lacan.
A letra E, “primárias e secundárias” são destinos da pulsão.
GABARITO: C) Positivas e negativas.
7 (Pref. de Anapu/PA – 2011) Na abordagem freudiana, a parte do aparelho psíquico que 
está em contato com a realidade externa e que tem a tarefa de garantir a saúde, a segurança 
e a sanidade da personalidade denomina-se:
a) Id. 
b) Projeção. 
c) Superego.
d) Ego. 
COMENTÁRIO
De acordo com Zimerman (2004), Freud em 1923, desenvolveu um modelo estrutural da 
personalidade em que o aparelho psíquico se organiza em três estruturas, id, ego e superego:
O EGO para Zimerman (2004, p. 84) “é a principal instância psíquica, porquanto funciona 
como mediadora, integradora e harmonizadora entre as pulsões do id, as exigências e ameaças 
do superego e as demandas da realidade exterior”. 
Ele divide, pedagogicamente, a instância em três pontos de referência:
12
“1) Como um aparelho psíquico, com funções essenciais, na sua maior parte 
conscientes, para relacionar-se adaptativamente com a realidade do mundo 
exterior, como são, entre outras, as de percepção, pensamento, memória, 
atenção, antecipação, discriminação, juízo crítico e ação motora. 2) Como 
sede e fonte de um conjunto de funções mais complexas, na sua maior parte 
inconsciente, como é o caso da produção de angústias, mecanismos de 
defesa, fenômenos de identificações e formação de símbolos. 3) Como sede 
de representações que determinam a imagem que o sujeito tem de si mesmo e 
que estruturam o seu sentimento de identidade e de auto-estima”. (Zimerman, 
2004, p. 83)
Portanto, como mencionado no enunciado da questão: Na abordagem freudiana, a parte do 
aparelho psíquico que está em contato com a realidade externa e que tem a tarefa de garantir 
a saúde, a segurança e a sanidade da personalidade denomina-se ego, letra D.
O id, letra A, segundo Zimerman (2004, p. 83):
“Do ponto de vista topográfico, o inconsciente, como instância psíquica, 
virtualmente coincide com o id, o qual é considerado o pólo psicobiológico da 
personalidade, fundamentalmente constituído pelas pulsões. Sob o ponto de 
vista econômico, o id é a um só tempo um reservatório e uma fonte de energia 
psíquica. Do ponto de vista funcional, ele é regido pelo princípio do prazer; 
logo, pelo processo primário”.
Para Zimerman (2004, p. 84), o superego, letra C:
“está constituído pelo precipitado de introjeções e identificações que a criança 
faz com aspectos parciais dos pais, com suas proibições, exigências, ameaças, 
mandamentos, padrões de conduta e o tipo de relacionamento desses pais 
entre si [...], sendo que isso inclui na formação do superego os valores morais, 
éticos, ideais, preconceitos e crenças ditadas pela cultura na qual o sujeito está 
inserido”.
Projeção, letra B, é um mecanismo de defesa que consiste em atribuir a outros as ideias e 
tendências que o sujeito não pode admitir como suas.
GABARITO: D) Ego. 
8 (Pref. de Parauapebas/PA – 2015) Com relação à Psicologia Humanística de Carl Rogers, 
é correto afirmar que é:
a) Uma forma de ultrapassar a discrepância entre experiência e autoconceito é dada por 
intermédio do reconhecimento e da valorização incondicional proporcionada por outra 
pessoa.
b) Uma maneira de desenvolver-se em termos de relações sociais depende particularmente da 
relação entre os progenitores e crianças e da maneira como as necessidades destas são satisfeitas.
13
c) Descreve situações em que os adultos não chegaram a resolver os seus sentimentos de 
inferioridade quando crianças, quando possuíam uma visão menor e limitada sobre o 
mundo.
d) O organismo está capacitado para “operar” sobre o ambiente, o que significa, em 
termos de senso comum, que está sempre a irromper no e para o exterior.
COMENTÁRIO
Vamos analisar cada assertiva a fim de identificarmos qual a correta sobre a Teoria Centrada 
na Pessoa de Carl Rogers que tem sua base filosófica pautada na Psicologia Humanista, 
fenomenológica e existencial.
a) Uma forma de ultrapassar a discrepância entre experiência e autoconceito é dada 
por intermédio do reconhecimento e da valorização incondicional proporcionada por 
outra pessoa. ASSERTIVA CORRETA
Essa discrepância entre a experiência e autoconceito (self) citada na assertiva chama-se 
incongruência. Segundo Rogers, existem atitudes consideradas básicas do terapeuta para 
que o cliente possa ultrapassar dificuldades que atrapalham seu crescimento, uma delas é a 
consideração positiva e incondicional que consiste em aceitar a pessoa como ela é, a empatia 
consiste na capacidade de se colocar no lugar do cliente e a congruência é a habilidade 
de expressar de forma objetiva seus sentimentos e percepções, de modo a permitir ao cliente 
o reconhecimento de suas incongruências, as experiências de reflexão e conclusão sobre si 
mesmo. (Rogers, 1985)
b) Uma maneira de desenvolver-se em termos de relações sociais depende particularmente 
da relação entre os progenitores e crianças e da maneira como as necessidades destas 
são satisfeitas. ASSERTIVA INCORRETA
A Teoria Humanista de Rogers está relacionada com a capacidade de criação e transformação 
da realidade do indivíduo. Esta teoria não objetiva fazer intervenções nas relações entre pais 
e crianças e a maneira como essas necessidades são satisfeitas (este foco terapêutico é da 
teoria psicodinâmica). A ACP trabalha com as experiências do cliente no presente e até mesmo 
quando se fala em situações infantis do passado, o foco em terapia é na percepção atual do 
sujeito e na maneira como se pode modificá-la de forma potencialmente saudável. (Rogers, 
1985)
c) Descreve situações em que os adultos não chegaram a resolver os seus sentimentos 
de inferioridade quando crianças, quando possuíam uma visão menor e limitada sobre o 
mundo. ASSERTIVA INCORRETA
Assertiva confusa e que não trabalha a perspectiva humanista do sujeito, na qual valoriza o 
saber crítico voltado para um maior conhecimento do homem e suas potencialidades. 
d) O organismo está capacitado para “operar” sobre o ambiente, o que significa, em 
14
termos de senso comum, que está sempre a irromper no e para o exterior. ASSERTIVA 
INCORRETA
Assertiva que também podemos considerar confusa uma vez que segundo a teoria do autor 
supracitado o organismo está capacitado para se relacionar com o ambiente na busca pelo 
seu desenvolvimento saudável.GABARITO: A) Uma forma de ultrapassar a discrepância entre experiência e 
autoconceito é dada por intermédio do reconhecimento e da valorização incondicional 
proporcionada por outra pessoa.
9 (Pref. de Figueirópolis/TO – 2016) Freud teoriza que, na evolução sexual dos indivíduos, 
partes dos instintos permanecem detidos nos estágios sexuais produzindo as fixações da 
libido, sendo importantes como disposições à posteriores transgressões das tendências 
reprimidas no desenvolvimento de:
a) Neuroses e psicoses.
b) Neuroses e perversões.
c) Psicoses e perversões.
d) Psicoses e depressões.
COMENTÁRIO
Para identificarmos a resposta correta da questão, vamos nos remeter a literatura:
Ferraz (2002) afirma que a perversão na obra de Freud passou por sucessivas e significativas 
alterações.
Tal autor explica que, no primeiro modelo teórico Freudiano, o termo perversão é resultante 
de uma fixação da libido em um estágio de desenvolvimento psicossexual pré-genital que 
se estende à vida adulta, assim, ele parte da premissa de que a neurose é “o negativo da 
perversão”. 
Em um segundo momento o termo perversão sofre mudanças na obra de Freud e se relaciona 
com o desenvolvimento do Complexo de Édipo, sendo mencionado não apenas como um 
núcleo das neuroses, mas também das perversões. O fenômeno edípico tem como 
possibilidade o estabelecimento da sexualidade genital como alicerce principal na vida adulta 
por meio da entrada na fase da latência, a vivência da angústia da castração, nas escolhas 
de preferências e objetos sexuais entre outros. (Ferraz, 2002)
Tais possibilidades decorrentes do complexo de édipo ocorrerão a partir da recusa à posição 
do envolvimento incestuoso que a criança estabeleceu em relação à figura materna por temor 
ao rival da figura paterna, cuja atribuição foi da castração. (Araújo, 2003)
15
Assim, podemos compreender que, de acordo com Freud, na evolução sexual dos indivíduos, 
partes dos instintos permanecem detidas nos estágios sexuais produzindo as fixações da libido, 
sendo importantes como disposições a posteriores transgressões das tendências reprimidas no 
desenvolvimento de NEUROSES E PERVERSÕES, letra B. 
GABARITO: B) Neuroses e Perversões.
10 (TRF 4ª REGIÃO – 2010) Frederick S. Perls rompeu abertamente com o movimento 
psicanalítico e desenvolveu a Gestalt-Terapia, sendo que uma contribuição importante dos 
adeptos da Gestalt refere-se à exploração:
a) Da liberação de repressões, após a qual o trabalho e a assimilação do material 
ocorrem naturalmente.
b) E ênfase da importância da resistência, não importando a forma de fuga.
c) Dos fenômenos por meio da transferência e contratransferência, atribuindo-lhes 
importância fundamental para o processo psicoterápico.
d) Da maneira como as partes constituem e estão relacionadas com um todo.
e) Da ideia de que todos os instintos são básicos.
COMENTÁRIO
De acordo com Frazão e Fukumitsu (2013) Perls utiliza as concepções da Psicologia da Gestalt 
com intuito de entender como funciona a psique humana, cujo entendimento é de que o 
organismo deve ser estudado em sua totalidade e não apenas por meio da soma de 
suas partes. 
Assim, pode-se afirmar que Frederick S. Perls rompeu com o movimento psicanalítico e 
desenvolveu a Gestalt-terapia, pois compreende o homem como um ser unificado e interativo 
em seu ambiente.
“Perls quem fez uma transposição direta da teoria organísmica para o campo da 
psicologia, usando-a como ferramenta para pensar um método de psicoterapia. 
A visão de homem e de mundo adotada na Gestalt-terapia pensava todo e 
qualquer ser-humano como um organismo holisticamente guiado em um 
processo autorregulado [...] propõe conceber o humano como uma totalidade 
organísmica que não pode ser considerada isoladamente”. (Frazão e Fukumitsu, 
2013, p. 76)
Assim, uma contribuição importante dos adeptos da Gestalt se refere à exploração da maneira 
como as partes constituem e estão relacionadas com um todo, letra D. 
16
As demais alternativas fazem alusão a termos psicanalíticos que não são explorados na 
Gestalt-terapia. 
GABARITO: D) Da maneira como as partes constituem e estão relacionadas com um 
todo.
11 (Pref. de Monte Alegre – 2015) Processo psicológico que faz referência às mudanças 
que ocorrem no comportamento do indivíduo denomina-se:
a) Motivação.
b) Aprendizagem.
c) Cognição.
d) Emoção.
COMENTÁRIO
Para Cordioli (2009) existem alguns fatores ou agentes de mudanças nas psicoterapias, dentre 
estes fatores se encontra a regulação do comportamento, que se trata da aprendizagem 
através do controle de ações e hábitos que consequentemente proporciona a mudança 
de comportamento. 
Segundo Borges e Cassas (2012):
Os eventos do universo podem afetar um organismo [...] a partir de uma 
história de aprendizagem deste organismo. A estes eventos damos os nomes de 
incondicionados e condicionados, respectivamente. No caso de estes eventos 
serem produzidos pelas respostas de um indivíduo, tornando-as mais fortes (com 
maior probabilidade de ocorrência futura), dão-se os nomes de reforçadores 
incondicionados ou condicionados. (Borges e Cassas, 2012, p. 28 - grifo nosso)
Portanto, temos a letra B, aprendizagem, como resposta correta.
A letra A, motivação é um conceito diretamente relacionado a conceitos de satisfação, 
envolvimento e comprometimento, aspectos comumente estudados no campo organizacional. 
Para Robbins (2005) motivação é o processo responsável pela intensidade, direção e 
persistência dos esforços (ação) de um indivíduo para o alcance de um objetivo determinado 
(meta). 
A letra C, cognição é utilizado para designar o conjunto de atividades, experiências e processos 
pelos quais um indivíduo adquire informações e desenvolve conhecimentos que se dá através 
da percepção, da atenção, associação, memória, raciocínio, juízo, imaginação, pensamento 
e linguagem. De uma maneira mais simples, pode-se dizer que cognição é a forma como o 
cérebro percebe, aprende, recorda e pensa sobre toda informação captada através dos cinco 
sentidos. (Lima, 2013)
17
A letra D, emoção pode-se conceituar como conjunto de sentimentos vivenciados pelo 
organismo. 
GABARITO: B) Aprendizagem.
12 (Pref. de Teresina – 2016) A terapia comportamental utiliza uma variedade de técnicas, 
dentre as quais está tornar um evento agradável contingente a um comportamento desejável, 
que corresponde a:
a) Prevenção de respostas. 
b) Reforço negativo. 
c) Reforço positivo. 
d) Exposição. 
e) Extinção.
COMENTÁRIO
Vamos nos atentar ao enunciado da questão e identificar qual a alternativa condiz com o que 
se pede de “tornar um evento agradável contingente a um comportamento desejável”.
O conceito de Reforço Positivo na letra C significa aumento da probabilidade futura do 
comportamento na apresentação de um estímulo reforçador. Quando um indivíduo produz 
um comportamento adequado à técnica utilizada pelo terapeuta comportamental, para que 
esta resposta específica tenha a maior probabilidade de ocorrer novamente, ele apresenta um 
estímulo reforçador para o ambiente, ou seja, aplica a técnica de reforço positivo no paciente. 
(Borges e Cassas, 2012)
Portanto temos a letra C, reforço positivo como resposta correta.
Na letra A, prevenção de respostas e D, exposição, é válido salientar que são técnicas 
utilizadas conjuntamente em terapia comportamental. Borges e Cassas (2012) conceituam a 
técnica como “Exposição com prevenção de respostas - EPR”, segundo os autores:
“Procedimento que consiste de duas condições: exposição e prevenção 
de respostas. A exposição se trata de manter o cliente exposto ao estímulo 
condicionado (gerador de desconforto) até que a resposta “emocional” 
(condicionada) seja significativamente enfraquecida. A prevenção de respostas 
se refere à necessidade de garantir que a resposta de fuga/esquiva seja emitida,ou seja, bloqueio de fuga/esquiva durante a exposição ao estímulo aversivo. 
Assim, com esses procedimentos, espera -se que a relação respondente seja 
enfraquecida e, consequentemente, gere menos sofrimento e a possibilidade de 
ocorrência de novas respostas operantes, como as de enfrentamento. (Borges e 
Cassas, 2012, p. 302)”
18
Na letra B, reforço negativo é quando o estímulo aversivo é retirado do ambiente pelo 
terapeuta com a finalidade de que seja mais provável a repetição do comportamento desejado.
Na letra E, extinção é quando o estímulo é deixado de ser reforçado pelo terapeuta para 
comportamentos considerados inadequados e como resposta há o enfraquecimento de 
respostas dessa classe operante. 
GABARITO: C) Reforço positivo.
13 (Pref. de Sobrado/PB – 2016) Diferentemente das teorias psicanalíticas que visam a 
formação de insights e vínculo terapêutico, as terapias comportamentais visam primordialmente 
o quê? Assinale a alternativa que responde corretamente esta questão:
a) Associações Livres para o desencadeamento de respostas.
b) Catarse.
c) Mudança de Comportamento.
d) Auto-atualização.
e) Desenvolvimento do Self.
COMENTÁRIO
Atentem-se ao enunciado, caros concurseiros psi! Na questão, observamos que o elaborador 
faz um breve comentário sobre terapias psicodinâmicas, entretanto ele quer que você responda 
sobre o que as terapias comportamentais visam primordialmente.
Segundo Borges e Cassas (2012), a terapia comportamental visa a modificação de padrões 
comportamentais, compreender as causas do comportamento em variáveis ambientais 
(contingências), aquisição de habilidades de comunicação objetiva e pela busca da solução 
de problemas.
A única assertiva que condiz com a literatura é a letra C, mudança de comportamento. 
Agora, vamos comentar as outras assertivas incorretas:
a) Associações Livres para o desencadeamento de respostas. ASSERTIVA INCORRETA
Técnica psicodinâmica que visa o cliente vir à sessão com disposição a falar tudo o que vem 
em sua mente, mesmo quando o conteúdo seja incômodo ou sem sentido. Essa técnica visa 
primordialmente que o analista identifique conteúdos inconscientes através do discurso do 
analisando e não para desencadeamento de respostas. 
b) Catarse. ASSERTIVA INCORRETA
É uma técnica psicodinâmica que tem o intuito de possibilitar ao indivíduo trazer para a 
consciência lembranças recalcadas no inconsciente, através da liberação de emoções ou 
19
tensões reprimidas, auxiliando o paciente na melhora de sintomas e neuroses associadas a 
este bloqueio.
c) Mudança de Comportamento. ASSERTIVA CORRETA 
d) Auto-atualização. ASSERTIVA INCORRETA
Conceito da ACP de Carl Rogers que consiste em uma força positiva que cada organismo 
possui em direção à competência e a capacidade na qual o terapeuta centrado na pessoa 
dará as condições necessárias (consideração positiva e incondicional, congruência e empatia) 
para que o cliente desenvolva este potencial.
e) Desenvolvimento do Self. ASSERTIVA INCORRETA
Self significa auto-conceito. O desenvolvimento do Self é objetivo de terapias com bases 
filosóficas humanísticas, fenomenológicas e existenciais como a Terapia Centrada na Pessoa 
e Gestalt-terapia. 
GABARITO: C) Mudança de comportamento.
14 (Pref. de Sobrado/PB – 2016) Para que um aconselhamento ou uma terapia consigam 
alcançar uma relação terapêutica saudável que leve ao êxito do processo, é necessário que 
o terapeuta tenha e ofereça pelo menos duas características fundamentais de acordo com a 
teoria proposta por Carl Rogers. Assinale a alternativa que corresponde à essas características: 
a) Incongruência e discrepância.
b) Empatia e consideração positiva incondicional.
c) Solidariedade e empatia.
d) Calor humano e compreensão.
e) Compreensão e congruência.
COMENTÁRIO
É relevante que você fique atento sobre as questões que envolvem a Teoria/terapia/abordagem 
Centrada na Pessoa, porque as bancas comumente gostam de abordar as três atitudes/
condições básicas e simultâneas defendidas por Carl Rogers como sendo necessárias para que 
ocorra descoberta do núcleo essencialmente positivo (denominada tendência atualizante 
pelo autor) existente em cada pessoa no relacionamento entre psicoterapeuta e cliente, que 
são: 
Consideração positiva e incondicional que consiste em aceitar a pessoa como ela é por 
meio de um grau de afetividade e atitude positiva, a empatia consiste na capacidade de se 
colocar no lugar do cliente por meio do grau de compreensão sobre o universo do cliente e a 
congruência que é a habilidade de expressar de forma objetiva seus sentimentos e percepções 
20
cuja definição ocorre pelo grau de autenticidade do terapeuta em relação as suas palavras e 
sentimentos. (Rogers, 1985).
Portanto, atente-se para estes três conceitos essenciais da abordagem! E anota no seu 
caderninho para não esquecer.
Observamos que a única alternativa que apresenta pelo menos duas características 
fundamentais da ACP é a B;
GABARITO: B) Empatia e consideração positiva incondicional.
15 (Pref. de Sobrado/PB – 2016) Postulado fundamental da Abordagem Centrada na 
Pessoa, pois conduz não só à satisfação das necessidades básicas do organismo, como 
também as mais complexas. Permite, por um lado, a confirmação do Self e, por outro, a 
preservação do organismo, facultando assim, a consonância entre a experiência vivida e a 
sua simbolização. Prioriza também a capacidade que o cliente tem de auto-atualizar suas 
potencialidades e de ser autêntico com suas próprias escolhas e decisões. (CAPELO, 2000). 
A assertiva que apresenta o postulado que se refere ao trecho acima é: 
a) Couraça.
b) Tendência atualizante.
c) Primeira tópica.
d) Self.
e) Self Criativo.
COMENTÁRIO 
De acordo com Rogers (1985, p. 329):
“a motivação para a aprendizagem e para a mudança deriva da tendência 
auto-realizadora da própria vida, da tendência do organismo para percorrer os 
diferentes canais de desenvolvimento potencial, na medida em que estes podem 
ser experimentados como favorecendo o crescimento”. 
De acordo com Capelo (2000) o termo Rogeriano denominado Tendência Atualizante é um 
conceito imprescindível da Abordagem Centrada na Pessoa. Esta tendência auto-realizadora 
consiste na capacidade que todo ser vivo possui na busca do que julga ser melhor para si, 
permitindo-lhe a confirmação do self como também a preservação do organismo de acordo 
com o campo da experiência e o simbolismo nele empregado. (CAPELO, 2000)
As demais alternativas não representam o postulado que se refere ao trecho supracitado pelo 
autor Capelo (2000), portanto estão incorretas. 
GABARITO: B) Tendência atualizante.
21
16 (Pref. de Marcação/PB – 2016) Método da psicanalítica em que o paciente é orientado 
a dizer tudo o que vem em sua mente e é uma das principais vias para compreender o 
inconsciente. Estamos nos referindo a qual método? 
a) Associação Livre.
b) Interpretação dos Sonhos.
c) Treino de Comportamentos.
d) Indução à Neurose de Transferência.
e) Catarse.
COMENTÁRIO
Para identificar a resposta correta, vamos comentar todas as assertivas:
a) Associação Livre. ASSERTIVA CORRETA
Técnica psicodinâmica que visa o cliente vir à sessão com disposição a falar tudo o que vem 
em sua mente, mesmo quando o conteúdo seja incômodo ou sem sentido. Essa técnica visa 
primordialmente que o analista identifique conteúdos inconscientes através do discurso do 
analisando e não para desencadeamento de respostas. 
b) Interpretação dos Sonhos. ASSERTIVA INCORRETA
Principal via de acesso ao inconsciente, a interpretação dos sonhos é considerada por 
Freud uma técnica psicanalítica que permite o conhecimento de conteúdos recalcados e do 
funcionamento psíquico do paciente pela análise dos sonhos do paciente. 
c) Treino de Comportamentos. ASSERTIVA INCORRETA
Chamada de ensaio comportamental,a técnica comportamental segundo Caballo (2002) é 
aplicada por meio de representações dos comportamentos-alvo de maneira que ocorra uma 
mudança com o intuito que o paciente aprenda a enfrentar situações da vida real às quais lhe 
são desagradáveis.
d) Indução à Neurose de Transferência. ASSERTIVA INCORRETA
O termo “indução à neurose de transferência” não existe. O que se encontra na literatura 
é o termo “Neurose de Transferência” que, de acordo com Zimerman (2004, p. 306), é “O 
processo analítico caracteriza-se pelo estabelecimento de uma “neurose de transferência”, ou, 
melhor, pela escuta da relação transferencial-contratransferencial”.
e) Catarse. ASSERTIVA INCORRETA
É uma técnica psicodinâmica que tem o intuito de possibilitar ao indivíduo trazer para a 
consciência lembranças recalcadas no inconsciente, através da liberação de emoções ou 
tensões reprimidas auxiliando o paciente na melhora de sintomas e neuroses associadas a 
este bloqueio.
GABARITO: A) Associação Livre.
22
17 (Pref. de Marcação/PB – 2016) São técnicas da Psicanálise, exceto: 
a) Associação Livre e Transferência.
b) Associação Livre e Interpretação de Sonhos.
c) Transferência e Contratransferência.
d) Transferência e Ênfase no Inconsciente.
e) Descoberta Guiada e Modelagem.
COMENTÁRIO
O comando da questão pretende que você identifique qual a alternativa que não faz parte 
das técnicas da psicanálise. Para identificar a resposta correta, vamos comentar sobre as 
técnicas mencionadas e suas abordagens:
Associação livre: Como mencionado anteriormente (mas é válido relembrar para fixar), a 
Técnica da Psicanálise visa o cliente vir à sessão com disposição a falar tudo o que vem 
em sua mente, mesmo quando o conteúdo seja incômodo ou sem sentido. Essa técnica visa 
primordialmente que o analista identifique conteúdos inconscientes através do discurso do 
analisando e não para desencadeamento de respostas. (Zimerman, 2004)
Interpretação dos sonhos: Técnica da Psicanálise que é considerada por Freud como 
via principal de acesso ao inconsciente, a interpretação dos sonhos é técnica que permite o 
conhecimento de conteúdos recalcados e do funcionamento psíquico do paciente pela análise 
dos sonhos do paciente. (Zimerman, 2004)
Transferência: Transferência é um fenômeno na psicanálise que ocorre na relação paciente-
terapeuta no contexto da associação livre, caracterizado pelo direcionamento inconsciente de 
sentimentos de uma pessoa para outra, tornando-se um instrumento terapêutico essencial. A 
princípio, foi descrita por Freud, quem reconheceu sua importância para a psicanálise para 
uma melhor compreensão dos sentimentos dos pacientes. (Zimerman, 2004)
Contratransferência: Fenômeno que ocorre em terapia psicanalítica a qual consiste 
no processo em que sentimentos do analista são transferidos para o paciente, o que pode 
dificultar a relação terapêutica. Ocorre o fenômeno da contratransferência com as projeções, 
por exemplo, e na emersão de empatia ou tédio que o paciente, geralmente, desperta no 
terapeuta e que Freud já alertava para a necessidade do analista manter-se ciente, atento e 
crítico deste mecanismo. (Zimerman, 2004)
Ênfase no inconsciente: Técnica cujo nome é inexistente na literatura.
Descoberta Guiada: Técnica da Terapia Cognitiva Comportamental em que o paciente 
entende com mais clareza as possíveis soluções de um determinado problema, serve também 
como uma ferramenta de autoconhecimento proporcionando ao paciente melhor entendimento 
de ação em situações futuras semelhantes. O objetivo da técnica é maximizar o envolvimento 
23
do paciente com o processo terapêutico e diminuir a probabilidade do terapeuta tentar impor 
as suas ideias. (Beck et al, 1997)
Modelagem: É uma técnica comportamental que consiste em terapeuta reforçar gradualmente 
as respostas mais adequadas do paciente com o objetivo de obter o comportamento desejado. 
(Caballo, 2002)
Após essa breve revisão, vamos retomar a questão:
”São técnicas da Psicanálise, exceto”: 
a) Associação Livre e Transferência. Técnicas psicanalíticas.
b) Associação Livre e Interpretação de Sonhos. Técnicas psicanalíticas.
c) Transferência e Contratransferência. Fenômenos psicanalítico.
d) Transferência e Ênfase no Inconsciente. Termos psicanalíticos.
e) Descoberta Guiada e Modelagem. Descoberta guiada é técnica da TCC e 
modelagem da TC.
GABARITO: E) Descoberta Guiada e Modelagem.
18 (Pref. de Marcação/PB – 2016) São técnicas da Terapia Cognitivo Comportamental, 
exceto: 
a) Treino de Habilidades Sociais e Dessensibilização.
b) Questionamento Socrático e Dessensibilização.
c) Experiência Emocional Corretiva e Transferência.
d) Tempestade de Ideias e Questionamento Socrático.
e) Treino de Habilidades Sociais e Soluções de Problemas.
COMENTÁRIO
Questão semelhante a anterior, porém o elaborador pede que o candidato reconheça quais as 
técnicas mencionadas na assertiva que não são técnicas Cognitivo Comportamentais. Vamos 
analisar cada técnica e suas abordagens para identificar com clareza a resposta correta:
Treino de Habilidades Sociais: Técnica comportamental, também utilizada na terapia 
cognitivo comportamental, a THS pode ser denominada como um conjunto de técnicas 
articuladas e procedimentos de intervenção que são orientadas para promover habilidades 
sociais importantes nas relações interpessoais do paciente. O terapeuta define as técnicas de 
acordo com a análise funcional de cada paciente. (Caballo, 2002)
Dessenbilização: Também chamada de dessensibilização sistemática, a técnica 
comportamental também é comumente utilizada em terapia cognitiva comportamental. Ocorre 
24
através do confronto graduado do paciente à situações ou objetos que causam ansiedade, esta 
aproximação pode ser realizada na imaginação ou ao vivo, assim a resposta condicionada 
tende a diminuir após o indivíduo de habituar proporcionada pela exposição sistemática aos 
estímulos aversivos. (Caballo, 2002)
Questionamento Socrático: Técnica cognitiva comportamental que tem como intuito que 
o terapeuta formule perguntas abertas (onde as respostas não podem ser respondidas com 
“sim”, “não” ou “talvez”), a fim de buscar respostas através do questionamento e reflexão das 
próprias constatações. (Beck et al, 1997)
Experiência Emocional Corretiva: Conhecida como EEC, a Experiência Emocional Corretiva 
pode ser considerada parte integrante da psicoterapia breve psicodinâmica, cujo conceito e 
técnicas englobam a experiência completa do sujeito, visando uma reestruturação de situações 
carregadas de sentimentos insuportáveis, fazendo com que a pessoa reviva tal momento em 
um ambiente confiável e seguro para que ela possa lidar de uma forma diferente e integre 
novos padrões em sua personalidade. (Cordiolli, 2009)
Transferência: Transferência é um fenômeno na psicanálise que ocorre na relação paciente-
terapeuta no contexto da associação livre, caracterizado pelo direcionamento inconsciente de 
sentimentos de uma pessoa para outra, tornando-se um instrumento terapêutico essencial. A 
princípio, foi descrita por Freud, quem reconheceu sua importância para a psicanálise para 
uma melhor compreensão dos sentimentos dos pacientes. (Zimerman, 2004)
Tempestade de Ideias: Chamada de brainstorming em inglês, a técnica pode ser utilizada 
em contextos da psicologia escolar e organizacional e é uma dinâmica em grupo na qual uma 
atividade é desenvolvida para explorar a potencialidade criativa dos indivíduos. (Beck et al, 
1997)
Soluções de Problemas: Chamado de Treinamento na Resolução de Problemas, é uma técnica 
cognitiva que ajuda o paciente no controle de comportamentos considerados impulsivos por 
meio de uma reconsideração de alternativas para uma determinada situação, chamada de 
programa “pare e pense”. (Beck et al, 1997)
Após essa breve revisão, vamos responder a questão identificando qual a únicaassertiva que 
não possui técnicas cognitivo comportamentais:
a) Treino de Habilidades Sociais e Dessensibilização. Técnicas da TCC.
b) Questionamento Socrático e Dessensibilização. Técnicas da TCC.
c) Experiência Emocional Corretiva e Transferência. EEC técnica da psicoterapia 
breve e Transferência é um fenômeno psicanalítico.
d) Tempestade de Ideias e Questionamento Socrático. Questionamento socrático é uma 
técnica da TCC.
e) Treino de Habilidades Sociais e Soluções de Problemas. Técnicas da TCC.
GABARITO: C) Experiência Emocional Corretiva e Transferência.
25
19 (Pref. de Marcação/PB – 2016) É a terapia que, segundo Cordioli, "aplica princípios da 
teoria da aprendizagem para a melhoria de comportamentos específicos e, simultaneamente, 
de avaliação de quaisquer modificações observadas." 
O trecho acima descreve que tipo de terapia? 
a) Terapia Focal.
b) Terapia Breve.
c) Terapia Mista.
d) Terapia Comportamental.
e) Gestalt-Terapia.
COMENTÁRIO
Para Cordioli (2009), autor mencionado no enunciado da questão, os terapeutas 
comportamentais aplicam técnicas embasadas na teoria da aprendizagem e baseiam a prática 
à mudança observada como principal critério para avaliação do tratamento.
Portanto, a letra D, Terapia Comportamental é a resposta correta
A terapia focal, letra A, é uma modalidade de psicoterapia breve psicodinâmica. A terapia 
focal está baseada em conceitos de experiência emocional corretiva e efeito carambola. Assim, 
ela se distingue de outras psicoterapias breves.
A terapia breve, letra B, é uma intervenção terapêutica de tempo e objetivos limitados por ter 
suas metas mais reduzidas e direcionadas do que as psicoterapias tradicionais.
A terapia Mista, letra C, não há dados na literatura sobre essa modalidade. O que existe são 
técnicas mistas.
A Gestalt terapia, letra E, é uma terapia criada por Perls. Essa abordagem psicológica 
sofreu influência de várias correntes filosóficas. Os mais importantes dessas correntes são 
o humanismo, o existencialismo e a fenomenologia. O homem, visto por essa tríplice visão, 
se torna inteligível e as técnicas psicoterapêuticas trabalham baseadas em conceitos como o 
holismo e aqui e agora.
GABARITO: D) Terapia Comportamental.
20 (Pref. de Monte Alegre – 2015) É considerada uma das técnicas utilizadas na Terapia 
Comportamental a: 
a) Dessensibilização sistemática.
b) Interpretação de sonhos. 
26
c) Associação livre. 
d) Autorreflexão.
COMENTÁRIO
Segundo Moreira e Medeiros (p. 42, 2007), autores do livro Princípios Básicos da Análise do 
Comportamento, a dessensibilização sistemática é uma técnica comportamental: “expõe-
se o indivíduo gradativamente a estímulos que eliciam respostas de menor magnitude até o 
estímulo condicionado original”.
Assim, temos a letra A como resposta correta. 
Como já vimos em questões anteriores, a interpretação dos sonhos e associação livre das 
letras B e C, respectivamente, são técnicas da psicanálise. 
A autorreflexão mencionada pela letra D é utilizada em várias abordagens psicológicas e 
não possui uma teoria específica, comumente aplicada por terapeutas psicodinâmicos e com 
ênfase em bases filosóficas existenciais. 
GABARITO: A) Dessensibilização sistemática.
21 (Pref. de Cantanhede – 2016) Uma das principais características da psicanálise e da 
psicoterapia de base analítica é o(a): 
a) Inconsciente.
b) Mágica.
c) Desconhecido.
d) Conhecimento.
COMENTÁRIO
Questão relativamente fácil de responder, pois se sabe que a base da teoria psicanalítica e 
das técnicas psicodinâmicas é trabalhada na perspectiva do inconsciente. 
Podemos mencionar que a teoria psicanalítica se iniciou no fim do século XIX e início do 
século XX pelo neurologista austríaco Sigmund Freud e tem profunda relação com a prática 
psicoterapêutica. Também visa compreender e descrever a personalidade, o desenvolvimento 
psicossexual, a motivação humana e a causa dos transtornos mentais (neurose, psicose, 
perversão) através de uma ótica psicodinâmica que leva em consideração os conflitos 
intrapsíquicos direcionados pelo inconsciente. (Cordiolli, 2009)
GABARITO: A) Inconsciente.
27
22 (Pref. de Marcação/PB – 2016) São nomes de referência para o estudo das terapias 
psicanalítica e cognitivo comportamental, respectivamente: 
a) Melanie Klein e Beck.
b) Yung e Freud.
c) Burdieu e Lacan.
d) Lacan e Leontiev.
e) Bandura e Vygotsky.
COMENTÁRIO
Vamos comentar sobre os autores mencionados na questão e suas respectivas abordagens 
a fim de identificar qual a assertiva é de referência para estudo de terapias psicanalíticas e 
cognitivo comportamental, respectivamente:
a) Melanie Klein e Beck. ASSERTIVA CORRETA, pois Klein é uma teórica psicanalítica e 
Beck criador da terapia cognitivo comportamental.
Melanie Klein é uma autora austríaca que pode ser denominada como principal 
representante da segunda geração psicanalítica mundial, já que transformou o freudismo 
clássico, criando uma nova forma de análise, a análise de crianças. Aaron Beck é o criador 
da terapia cognitivo-comportamental (TCC), que teve seu início no final da década de 
1960, na qual vários estudos comprovam a sua eficiência. Esta abordagem alcança sucesso 
no tratamento dos transtornos de ansiedade, humor e de personalidade devido ao seu caráter 
diretivo, focado no processo de mudança; seu estilo é colaborativo com a participação ativa 
do cliente, além do estabelecimento de uma psicoeducação.
b) Yung e Freud. ASSERTIVA INCORRETA, pois ambos são autores de teorias psicodinâmicas. 
A Psicologia Analítica que tem influências da psicanálise e pode ser considerada uma 
teoria psicodinâmica, é originada a partir das ideias do psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, 
que remete a conceitos que influenciam toda a sociedade, tais como arquétipos, inconsciente 
coletivo e processo de individuação. Na teoria psicanalítica de Sigmund Freud os conflitos 
intrapsíquicos fazem parte do desenvolvimento humano e propõem descrever as causas 
dos transtornos mentais. O sistema freudiano trouxe o conceito de inconsciente em uma 
teoria da sexualidade. Estruturou o aparelho psíquico a nível consciente, pré-consciente e 
inconsciente, assim como formulou estruturas da personalidade em id, ego e superego.
c) Burdieu e Lacan. ASSERTIVA INCORRETA, pois Burdieu é um teórico da sociologia que 
influencia em alguns pressupostos da psicologia escolar e social e Lacan teórico psicanalítico. 
Pierre Burdieu é um sociólogo francês que aborda em diversos trabalhos a questão da 
dominação social, sua contribuição é discutida na psicologia social, escolar, antropologia e 
sociologia e outros. Jacques Lacan, médico e psicanalista francês criou a Teoria Lacaniana 
de psicanálise e utilizou a linguística e a lógica para reconfigurar a teoria do inconsciente 
28
proposta por Freud; entre vários conceitos criou a noção do conceito Outro, que é entendido 
como uma combinação dos sistemas simbólicos e socioculturais. 
d) Lacan e Leontiev. ASSERTIVA INCORRETA, pois Lacan é teórico da psicanálise e Leontiev 
da psicologia sócio-histórica. 
Lacan, como mencionado anteriormente, é um autor da psicanálise. E Leontiev é um autor 
que teve grande influência de Marx e precursor da teoria sócio-histórica juntamente com 
Vygotsky e Luria. Acreditava na mediação como instrumento para a construção histórica da 
relação homem-mundo.
e) Bandura e Vygotsky. ASSERTIVA INCORRETA, pois Bandura é um autor da teoria da 
aprendizagem e Vygotsky é sócio-histórico. 
A teoria de Bandura têm ênfase na aprendizagem observacional, chamada de teoria sócio-
cognitiva ou da aprendizagem social que entende o comportamento através da interação 
recíproca entre fatores cognitivos, ambientais e comportamentais. Para ele a aprendizagem 
ocorre através da observação, imitação, interação social e seu contexto. Vygotsky é um autorsócio-histórico. Seus pressupostos têm grande influência na educação, psicologia educacional 
e do desenvolvimento humano. Para ele a aprendizagem ocorre através da mediação. 
GABARITO: A) Melanie Klein e Beck.
23 (EMPAER – 2014) Na análise do comportamento, encontramos um termo utilizado para 
definir o retardamento na aquisição do responder de fuga e esquiva, produzida por uma 
história em que o responder durante estímulos aversivos não teve consequências reforçadoras. 
Este termo denomina-se:
a) Desamparo aprendido.
b) Determinismo probabilístico.
c) Discriminação condicional.
d) Desamparo discriminativo.
e) Desamparo probabilístico.
COMENTÁRIO
Proposto por Maier, Overmeier e Seligman em 1967 e popularizado por Seligman em 
1975, o modelo experimental do Desamparo aprendido é referência para a análise do 
comportamento em pacientes com depressão. Assim, pode-se afirmar que de acordo com 
Caballo (p. 593, 2002), “a teoria do desamparo aprendido sobre a depressão, ocorre uma 
forma de vulnerabilidade cognitiva ante a depressão quando uma pessoa tem um estilo 
atributivo depressivo. Este estilo consiste em uma tendência a fazer atribuições internas, estáveis 
e globais para os acontecimentos negativos e atribuições externas, instáveis e específicas para 
os acontecimentos positivos”.
29
Possivelmente, o organismo aprendeu que não pode controlar a situação e, desta maneira, 
não têm ações com o intuito de evitar o estímulo negativo. A teoria do desamparo aprendido é 
a visão de que a depressão clínica e doenças mentais podem ocasionar uma falta de controle 
percebida sobre o resultado de uma situação (BANACO et al., 2015). Essa teoria ajuda 
a explicar situações nas quais pessoas depressivas parecem “afundar cada vez mais” em 
situações ruins das quais poderiam sair se “fizessem algo”. Nesse caso, instala-se a “apatia”. 
Portanto, de acordo com a literatura, a única alternativa que se refere ao termo correto e de 
acordo com o enunciado é a letra A, desamparo aprendido. 
GABARITO: A) Desamparo Aprendido.
24 (SESA – 2013) Extinção de comportamento e dessensibilização sistemática são técnicas 
terapêuticas relacionadas
a) À teoria sócio-histórica. 
b) À psicodrama. 
c) À teoria humanista-existencial. 
d) À psicanálise. 
e) À teoria cognitivo-comportamental. 
COMENTÁRIO
Esta questão pode causar algumas dúvidas, uma vez que extinção do comportamento e 
dessensibilização sistemática são técnicas originalmente comportamentais, porém, entre as 
alternativas não observamos esta teoria como possibilidade de resposta, sendo assim, a única 
mais coerente é a teoria cognitivo comportamental, tornando a letra E a resposta correta, 
e de acordo com o gabarito oficial da prova. Vamos comentar as semelhanças e diferenças 
de ambas as teorias:
Segundo Falcone (2012a) tanto a Terapia Analítico Comportamental (TAC) quanto a Cognitivo 
Comportamental (TCC) apresentam argumentações coerentes com os seus modelos teóricos, 
apesar de diferentes em suas bases filosóficas. Em se tratando das diferenças entre a TAC 
e a TCC, pode-se afirmar que a mais relevante está nos princípios filosóficos em que estas 
abordagens compreendem o comportamento humano.
Essas diferenças estão na ênfase às contingências ambientais e às cognições. Enquanto os 
terapeutas cognitivo-comportamentais buscam encontrar crenças subjacentes e distorções 
cognitivas para compreender de que maneira os pensamentos e consequentes reações afetivas/
fisiológicas influenciam o comportamento, os terapeutas analítico-comportamentais procuram 
saber que tipos de contingências levariam um comportamento a ocorrer e a influenciar outro 
comportamento. Neste contexto, a TAC enfatiza a determinação ambiental na compreensão 
dos comportamentos dos sujeitos, enquanto a TCC prioriza os processos cognitivos, levando 
30
em consideração que o indivíduo reage a um ambiente percebido e não a um ambiente real. 
(FALCONE, 2012)
Entre as semelhanças que se pode encontrar em ambas as abordagens estão: a preocupação 
com a validade empírica e na expressão de conceitos operacionais e principalmente a 
flexibilidade na aplicação das técnicas terapêuticas. Tanto a TCC quanto a TAC utilizam 
técnicas de ambas abordagens em setting terapêutico como a dessenssibilização 
sistemática, extinção de comportamento, ensaio cognitivo, questionamento reflexivo, 
treinamento de habilidades sociais, auto-avaliação e auto-reforço, entre outros. 
(FALCONE, 2012b)
As demais alternativas não utilizam as técnicas mencionadas no enunciado da questão. 
GABARITO: E) À teoria cognitivo-comportamental. 
25 (MPE-PE – 2012) Uma das primeiras aplicações de grande escala da ciência do 
behaviorismo para a psicopatologia e seu uso em terapia behaviorista abriu caminho para as 
práticas de redução de ansiedade e do medo presentes na vida do indivíduo, permitindo que 
fobias graves fossem eliminadas. Os indivíduos eram gradualmente apresentados a objetos 
ou situações que temiam e podiam testar a realidade e ver que nada de ruim acontecia na 
presença do objeto ou da cena fóbica. Trata-se da Técnica de:
a) Condicionamento operante.
b) Desfobilização gradual.
c) Desconstrução fóbica.
d) Extinção de ansiedade.
e) dessensibilização sistemática.
COMENTÁRIO
Podemos observar, pelo elevado número de questões, que as bancas gostam de cobrar a 
técnica comportamental “dessensibilização sistemática” em provas com o tema técnicas 
psicoterápicas. Portanto fiquem atentos a ela!
Como mencionado anteriormente dessenbilização sistemática é uma técnica comportamental 
também comumente utilizada em terapia cognitiva comportamental que ocorre através do 
confronto graduado do paciente a situações ou objetos que causam ansiedade e fobias. Esta 
aproximação pode ser realizada na imaginação ou ao vivo, assim a resposta condicionada 
tende a diminuir após o indivíduo se habituar proporcionalmente pela exposição sistemática 
aos estímulos aversivos. (Caballo, 2002)
Segundo Moreira e Medeiros (p. 42, 2007), autores do livro Princípios Básicos da Análise 
do Comportamento, a dessensibilização sistemática é uma técnica comportamental que 
31
“expõe-se o indivíduo gradativamente a estímulos que eliciam respostas de menor magnitude 
até o estímulo condicionado original”.
Portanto, a letra E, dessensibilização sistemática é a resposta correta. 
O condicionamento operante, letra A, é uma relação de aprendizagem entre o organismo - 
ambiente em que a emissão de respostas de um indivíduo afeta/altera o ambiente, e, a depender 
desta alteração, respostas semelhantes a estas terão sua probabilidade de ocorrência futura 
aumentada ou diminuída, ou seja, é um processo através do qual o comportamento fica sobre 
controle de suas consequências. (Moreira e Medeiros, 2007)
A técnica de extinção mencionada na letra D, é quando o estímulo é deixado de ser reforçado 
pelo terapeuta para comportamentos considerados inadequados e como resposta há o 
enfraquecimento de respostas dessa classe operante. 
Desfobilização gradual, desconstrução fóbica, letras B e C respectivamente, são técnicas 
inexistentes na literatura behaviorista. 
GABARITO: E) Dessensibilização sistemática.
26 (MPE-PE – 2012) A Psicologia da Gestalt estudou processos de aprendizagem, percepção 
e resolução de problemas e, para tanto, desenvolveu os conceitos de “Todo e Parte”, “Figura 
e Fundo” e “Aqui e Agora”, sendo que a Gestalt terapia transpôs tais conceitos para o campo 
da psicoterapia e os utiliza para entender como o cliente se percebe e interage com o mundo 
exterior e com sua própria:
a) Coletividade.
b) Objetividade.
c) Operacionalização.
d) Subjetividade.
e) Mistificação.
COMENTÁRIO
De acordo com Frazão e Fukumitsu (2013), Perls utiliza as concepções da Psicologia da 
Gestalt como os conceitos de “Todo e Parte”, “Figura e Fundo” e “Aqui e Agora”, com intuito 
de entendercomo funciona a psique humana, cujo entendimento é de que o organismo deve 
ser estudado em sua totalidade e não apenas por meio da soma de suas partes.
O processo de formação de figura-fundo na Gestalt terapia é dinâmico e acontece de acordo 
com uma hierarquia de necessidades (retratada no ciclo de contato-retração). A figura, no 
processo, sugere que um determinado objeto se encontre como prioridade na hierarquia 
(denominado como necessidade dominante do sujeito). Quando tal necessidade é satisfeita 
32
pelo indivíduo, torna-se fundo, e assim surge uma nova figura. O processo do aqui e agora é 
entendido como o momento presente e única realidade possível cuja ação no campo independe 
do passado e do futuro. (Ginger e Ginger, 1995)
Assim, os pensamentos, ações, comportamentos e emoções do cliente são o modo 
de experiência e de encontro com os eventos do meio exterior que interagem com a 
subjetividade do indivíduo através da percepção. (Barradas, 2012).
GABARITO: D) Subjetividade.
27 (TJAP – 2014) Na terapia cognitiva corresponde a identificar pensamentos automáticos 
e esquemas disfuncionais nas sessões de psicoterapia, de modo a ensinar habilidades para 
mudar cognições e fazer com que os clientes realizem exercícios planejados para expandir os 
aprendizados da terapia às situações do mundo real. Este processo é denominado:
a) Conceitualização de caso. 
b) Reestruturação cognitiva. 
c) Questionamento socrático. 
d) Identificação de erros cognitivos. 
e) Exame de evidências. 
COMENTÁRIO
Vamos comentar cada assertiva a fim de identificar a resposta correta e revisar algumas 
técnicas da terapia cognitivo comportamental, segundo Beck (1997/2011/2007):
a) Conceitualização do caso. ASSERTIVA INCORRETA, pois terapeuta expõe a lógica da 
terapia cognitiva ou alguma técnica proposta no setting terapêutico com intuito de discutir as 
reações do paciente a esse modelo. 
b) Reestruturação Cognitiva. ASSERTIVA CORRETA, pois a técnica trabalha com a 
detecção e identificação de pensamentos automáticos e esquemas distorcidos para mudança 
de pensamentos e comportamentos através de atividades planejadas para o cliente a fim de 
que ele tenha autonomia suficiente para expandir os aprendizados em seu cotidiano fora do 
setting terapêutico.
c) Questionamento Socrático. ASSERTIVA INCORRETA, pois a técnica trabalha com a 
utilização de várias perguntas abertas (onde a resposta não possa ser “sim”, “não”, “talvez”), 
relativas a uma crença alvo onde o paciente possa entrar em contato com algumas informações 
pessoais que não acessava antes e tenha a possibilidade de refletir sobre elas.
d) Identificação de erros cognitivos. ASSERTIVA QUE TAMBÉM ESTÁ CORRETA, 
procedimento que ajuda o cliente a perceber o seu pensamento automático e a partir dessa 
33
identificação rejeitar a inferência que o levou ao erro cognitivo, com auxílio de técnicas da 
TCC para questionar a validade do mesmo. Observa-se que, apesar da identificação de erros 
cognitivos não ser uma técnica específica, este procedimento é semelhante ao uso da técnica 
de Reestruturação cognitiva. Como o enunciado da questão pede processo, esta resposta 
também poderia ser correta, assim identificamos duas assertivas corretas.
e) Exame de evidências. ASSERTIVA INCORRETA, pois nesta técnica, após serem detectados 
os pensamentos disfuncionais, o paciente é encorajado a avaliá-los e a testá-los no seu dia-
a-dia para confirmar sua veracidade ou refutá-los.
Questão passível de anulação, mas que não foi anulada, portanto:
GABARITO OFICIAL: B) Reestruturação cognitiva. 
28 (TRT 6ª Região – 2012) É utilizado em terapia cognitiva para ajudar o cliente a reconhecer 
e modificar esquemas disfuncionais:
a) Atribuição. 
b) Registro de sentimentos. 
c) Reinvestimento cognitivo. 
d) Questionamento Socrático.
e) Exame de não evidências.
COMENTÁRIO
Podemos identificar a assertiva correta da questão como “Questionamento Socrático”, letra 
D, pois é a única alternativa que corresponde a uma técnica existente na Terapia Cognitiva. 
Vamos comentá-las:
a) Atribuição. ASSERTIVA INCORRETA
Não existe esta técnica, o que existe é a Reatribuição, que “é empregada quando o paciente 
irrealisticamente atribui ocorrências adversas a uma deficiência pessoal, tal como a falta de 
habilidade ou empenho”. (Beck, et al, p. 159, 1997)
b) Registro de sentimentos. ASSERTIVA INCORRETA
Nome correto da técnica é Registro de Pensamentos Disfuncionais: construído um quadro em 
que o cliente deverá realizar anotações sempre que experimentar uma emoção desagradável. 
(Beck et al, 1997)
c) Reinvestimento cognitivo. ASSERTIVA INCORRETA
Nome correto da técnica é Ensaio Cognitivo: ensaio detalhado e imaginário de uma 
determinada tarefa, como por exemplo, dirigir, falar em público. (Beck et al, 1997)
34
d) Questionamento Socrático. ASSERTIVA CORRETA
Revisando o termo, questionamento socrático é a técnica que trabalha com a utilização de 
várias perguntas abertas (onde a resposta não possa ser “sim”, “não”, “talvez”) relativas a 
uma crença alvo onde o paciente possa entrar em contato com algumas informações pessoais 
que não acessava antes e tenha a possibilidade de refletir sobre elas. (Beck, 1997)
e) Exame de não evidências. ASSERTIVA INCORRETA
Nome correto da técnica é Exame das evidências: terapeuta e cliente desenvolvem juntos uma 
“investigação empírica” por meio da qual os pensamentos automáticos e as crenças do indivíduo 
são admitidos como hipóteses e que, portanto, podem ser analisadas sistematicamente, a fim 
de terem sua validade e/ou utilidade testada. (Beck, 1997)
GABARITO: D) Questionamento Socrático.
29 (MPE-ES – 2013) Uma das estratégias usadas pelos terapeutas cognitivo-comportamentais 
é a do questionamento socrático. Considere a situação relatada a seguir e assinale, entre as 
alternativas, a que ilustra esse tipo de questionamento. 
Durante uma sessão, uma paciente declara: Eu gritei com meu filho porque ele se comportou 
mal. Eu não sou uma boa mãe. O terapeuta responde:
a) Você não seria exigente demais com você mesma? 
b) O que você acha que é ser uma boa mãe?
c) Você se sente culpada por ter gritado? 
d) Gritar com ele significa que você não o ama? 
e) Sua mãe costumava gritar com você? 
COMENTÁRIO
Questão interessante, pois ela contextualiza uma situação possível em terapia, utilizando 
a técnica de questionamento socrático. Como mencionado na questão anterior, a técnica 
cognitiva comportamental de questionamento socrático trabalha com a utilização de várias 
perguntas abertas (onde a resposta não pode ser “sim”, “não”, “talvez”) relativas a uma 
crença alvo onde o paciente possa entrar em contato com algumas informações pessoais que 
não acessava antes e tenha a possibilidade de refletir sobre elas.
Assim, de acordo com o contexto, temos que identificar dentre as alternativas, qual a pergunta 
cuja resposta não possa ser respondida com palavras fechadas: “sim”, “não”, “talvez”. Vamos 
visualizar:
(A) Você não seria exigente demais com você mesma? Resposta fechada, sim, talvez ou não.
35
(B) O que você acha que é ser uma boa mãe? Resposta aberta, exemplo: “acho que ser 
uma boa mãe é dar carinho, cuidado e atenção ao filho”.
(C) Você se sente culpada por ter gritado? Resposta fechada, sim, talvez ou não. 
(D) Gritar com ele significa que você não o ama? Resposta fechada, sim, talvez ou não. 
(E) Sua mãe costumava gritar com você? Resposta fechada, sim, talvez ou não. 
Assim, vimos que a única alternativa que possibilita uma resposta aberta é a letra B.
GABARITO: B) O que você acha que é ser uma boa mãe?
30 (EMPAER – 2014) Assinale a alternativa que apresenta os fenômenos cognitivos que 
fazem parte da Estrutura do Modelo Cognitivo.
a) Esquemas de crenças, crenças principais, crenças intermediárias e pensamentos 
compensatórios.
b) Esquemas decrenças, crenças centrais, crenças intermediárias e pensamentos 
automáticos.
c) Pensamentos automáticos, crenças principais, crenças compensatórias e esquemas 
centrais.
d) Pensamentos compensatórios, crenças centrais, crenças automáticas e esquemas de 
crenças.
e) Esquema de crenças, crenças principais, crenças automáticas, pensamentos centrais.
COMENTÁRIO
Segundo o modelo teórico cognitivo de Aaron Beck (1997/2007/2011):
Esquemas de crenças são estruturas cognitivas que permitem a formação de significados ou 
regras fundamentais para o processamento de informações que começam a ser desenvolvidos 
desde os primeiros anos de vida e auxiliam os indivíduos a interpretarem e explicarem o 
mundo, como por exemplo, “estudar é algo bom”.
Dentro desta perspectiva existem três tipos de esquemas: (1) Esquemas simples, que são 
regras sobre a natureza física do meio ou gerenciamento prático das atividades diárias que 
podem ter pouco ou nenhum efeito sobre a psicopatologia. Exemplo: “sei que a água é 
para beber, tomar banho”. (2) Crenças centrais, são estruturas cognitivas formadas pelas 
convicções básicas que cada pessoa tem sobre si, sobre os outros e sobre o mundo. Exemplo: 
“eu sou inteligente e esforçado, o meu colega também e a maioria das pessoas sabem disso”. 
(3) Crenças intermediárias ou subjacentes, constituem-se por regras e suposições que 
36
geralmente assumem o contorno de um dever tais como “eu devo”, “eu tenho”, “se...então”, 
como por exemplo “eu devo estudar muito para ir bem na prova”. (BECK, 1997; CLARK; BECK 
E ALFORD, 1999)
De acordo com Beck (1997), o objetivo da TCC é identificar e desenvolver os esquemas 
adaptativos e, concomitantemente, tentar modificar ou reduzir a influência dos esquemas 
desadaptativos do processamento cognitivo.
Pensamentos automáticos se desenvolvem a partir de crenças centrais e são interpretações 
imediatas, rápidas, espontâneas e involuntárias das experiências. Aqueles são pré-conscientes 
e normalmente passam despercebidos, tais pensamentos revelam a maneira como as situações 
são significadas pelo indivíduo e que distorções ele faz da realidade, por exemplo “eu fui mal 
na prova, como sou burro (a) e não consigo aprender” (BECK, 1997; CLARK; BECK E ALFORD, 
1999).
Quando treinado em sessão terapêutica, é possível ao cliente reconhecer esses pensamentos 
automáticos e identificar as crenças centrais vinculadas a eles e, a partir da tomada de 
consciência, realizar a análise racional sobre suas cognições, sentimentos e comportamentos. 
(BECK, 1997)
Fonte: LIMA, A. A. T (org). Técnicas Psicoterápicas / Série concursos públicos: Resumos de 
Psicologia. V. 3. Salvador: Concursos PSI Empreendimentos Editoriais, 2013. 
Voltando à questão, vamos identificar apenas fenômenos cognitivos que fazem parte da 
Estrutura do Modelo Cognitivo:
a) Esquemas de crenças, crenças principais, crenças intermediárias e pensamentos 
compensatórios.
b) Esquemas de crenças, crenças centrais, crenças intermediárias e pensamentos 
automáticos.
c) Pensamentos automáticos, crenças principais, crenças compensatórias e esquemas 
centrais.
d) Pensamentos compensatórios, crenças centrais, crenças automáticas e esquemas de 
crenças.
e) Esquema de crenças, crenças principais, crenças automáticas, pensamentos 
centrais.
GABARITO: B) Esquemas de crenças, crenças centrais, crenças intermediárias e 
pensamentos automáticos.
37
31 (Pref. de Alfenas – 2016) A terapia cognitiva de Beck caracteriza-se por ser uma 
abordagem psicoterapêutica estruturada, de participação ativa entre terapeuta e cliente. Sua 
teoria cognitiva de curto prazo focaliza três níveis de cognição a serem trabalhados. Assinale 
a alternativa que NÃO apresenta um desses níveis:
a) Pensamentos automáticos.
b) Pensamentos transferenciais.
c) Pressupostos subjacentes (crenças intermediárias).
d) Crenças nucleares (centrais).
COMENTÁRIO
Como mencionado na questão anterior, Beck (1997) propôs três níveis de cognição na Terapia 
Cognitiva que posteriormente foi denominada de Terapia Cognitivo Comportamental, são elas: 
- Esquemas simples;
- Crenças centrais ou nucleares e
- Crenças intermediárias ou subjacentes.
Salienta-se que ele também menciona os pensamentos automáticos como integrantes da 
cognição, portanto a única alternativa que NÃO apresenta um desses níveis é a letra B, 
pensamentos transferenciais.
GABARITO: B) Pensamentos transferenciais. 
32 (DPU – 2010) Os objetivos da terapia cognitiva incluem a identificação e correção de 
distorções ou erros cognitivos apresentados pelo indivíduo, como: 
a) Medo irracional.
b) Pensamento dicotômico.
c) Baixa assertividade.
d) Regras autoimpostas.
e) Especificação da resposta.
COMENTÁRIOS
As distorções cognitivas ou erros sistemáticos são formas distorcidas de pensar a realidade, 
padronizadas pelos eventos da vida e que geram grande sofrimento e ansiedade. Beck (1997) 
identificou que indivíduos com transtornos emocionais apresentam equívocos característicos 
na lógica dos pensamentos automáticos e outras cognições, assim os esquemas mal 
adaptativos desvirtuam a realidade para que esta se torne condizente com as crenças centrais 
de desamparo, desamor e desvalor. (BECK, 1997)
38
As distorções cognitivas, segundo Beck (1997, p. 27 e 28 - grifo nosso) podem ser:
“1. A inferência arbitrária: se refere ao processo de se chegar a uma conclusão 
específica na ausência de provas para sustentá-la, ou quando as provas são 
contrárias à conclusão.
2. A abstração seletiva: consiste em focalizar um detalhe retirado do contexto, 
ignorando outros aspectos mais salientes da situação e conceituando a totalidade 
da experiência com base nesse fragmento.
3. A hipergeneralização: se refere ao padrão segundo o qual se chega a uma 
regra ou conclusão geral na base de um ou mais incidentes isolados, e se aplica 
o conceito, em espectro amplo, a situações relacionadas e não relacionadas 
ao(s) incidente(s).
4. O exagero e a minimização: se refletem em erros na avaliação do significado 
ou magnitude de um acontecimento, grosseiros a ponto de se constituírem em 
distorções.
5. A personalização: diz respeito à propensão do paciente a relacionar 
ocorrências externas a si mesmo, quando não existe base para estabelecer essa 
relação.
6. O pensamento absolutista, dicotômico: se manifesta na tendência a 
colocar todas as experiências em uma de suas categorias opostas; por exemplo, 
perfeito ou defeituoso, imaculado ou mundo, santo ou pecador. Na descrição 
de si mesmo, o paciente seleciona a categorização negativa extrema.” (Beck, 
1997, p. 27 e 28)
Assim, ao programar métodos da TCC para a redução de distorções cognitivas ou erros 
sistemáticos, os terapeutas geralmente ensinam aos pacientes métodos pelos quais o objetivo 
maior seja simplesmente de reconhecer que está cometendo distorções da realidade. (Beck, 
1997)
As alternativas “A, C, D e E” não se encaixam em nenhum tipo de distorção cognitiva proposta 
por Beck (1997). 
GABARITO: B) Pensamento dicotômico.
33 (FUNCAB – 2014) A terapia cognitiva baseia-se na hipótese de que as crenças influenciam:
a) Nas relações entre os conteúdos inconscientes e seus respectivos sintomas.
b) Na moralidade determinante dos processos sociais.
c) Na visão de uma situação, no pensamento e no comportamento do indivíduo.
d) No desenvolvimento biológico dos bebês.
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COMENTÁRIO
De acordo com Beck (1997), o objetivo da TCC é identificar e desenvolver os esquemas 
adaptativos e, concomitantemente, tentar modificar ou reduzir a influência dos esquemas 
desadaptativos do processamento cognitivo. Quando treinado em sessão terapêutica, é 
possível ao cliente reconhecer os pensamentos automáticos e identificar as crenças vinculadas 
a eles e, a partir da tomada de consciência, realizar a análise racional sobre a situação e suas 
cognições,

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