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Anatomia do Estômago, Intestino Delgado e Intestino Grosso - Resumo

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ESTÔMAGO
Luciano Sampaio Guimarães – Medicina UFPE 144
No estômago, o alimento deglutido é fragmentado, misturado e homogeneizado, além de ser armazenado. Ao adicionar suco gástrico ao alimento, transforma-o em quimo e vai enviando-o em pequenos volumes ao duodeno.
OBS: Nas divisões do abdome, outros nomes para as regiões: 
- mesogástrio = umbilical
- fossa ilíaca = inguinal
- flanco = lateral
Regiões do Estômago
Cárdia: onde o esôfago desemboca no estômago. Não existe um esfíncter, mas sim um arranjo funcional que atua como se fosse um, devido à musculatura inferior do esôfago. Assim, é garantido que o conteúdo ácido do estômago não entre em contato com a mucosa esofágica.
Fundo Gástrico: separado pela cárdia pela incisura cárdica, localiza-se à esquerda dela. É o local mais alto do estômago. É onde o ar se acumula, formando a bolha gástrica/câmara de ar do estômago vista na radiografia.
Corpo Gástrico: principal parte, está entre o fundo e o antro pilórico.
Parte Pilórica: formato de funil, demarcada pela incisura angular, dividida em antro pilórico (inicial, mais amplo) e canal pilórico (final, estreito). A parede do canal pilórico é formada por uma musculatura circular espessa, o piloro, onde existe o esfíncter pilórico, que controla a passagem do estômago para o duodeno através do óstio pilórico.
Morfologia
Existem duas curvaturas e duas superfícies: a curvatura maior é convexa e estende-se do fundo ao antro pilórico. A curvatura menor é côncava. A incisura angular está localizada na transição entre o corpo e a região pilórica.
O limite entre a parede/superfície anterior na curvatura menor é a inserção do omento menor, na curvatura maior é a inserção do ligamento gastroesplênico e do ligamento gastrocólico. Quando o estômago está vazio, as duas superfícies estão em contato direto.
O estômago apresenta variações na forma de acordo com cada indivíduo e suas variáveis, como estado de enchimento, biótipo, idade, etc. Existem 3 tipos principais:
Estômago em gancho: mais frequente, semelhante à letra J
Estômago alongado: forma longa e verticalizada, comum em altos e magros
Estômago em chifre de touro: mais elevado, quase horizontal, incisura angular está quase ausente, comum em brevilíneos
Encontra-se em posição “peritonizada”, na região superior do abdome, no epigástrio e hipocôndrio esquerdo. Está fixado em região proximal ao esôfago através da cárdia; em região distal, ao duodeno através do piloro.
Relações com outros órgãos
Superior: cúpula diafragmática
Esquerda: baço
Direita: lobo esquerdo do fígado
Inferior: colo transverso
Anterior: arco costal esquerdo
Posterior: rim e glândula suprarrenal esquerdos, forma a parede anterior da bolsa omental
*OBS: coberturas peritoneais do estômago – ligamentos gastroesplênico, gastrofrênico, gastrocólico, hepatogástrico, omento maior.
Parede do Estômago
Na região do corpo do estômago, encontram-se pregas gástricas de sentido variado: longitudinais, transversais e oblíquos, constituindo o alto relevo da superfície interna. Perto da curvatura menor, as pregas se organizam em um único sentido: longitudinal. Os sulcos entre as pregas constituem o canal gástrico. Com o enchimento do estômago, o pregueamento se desfaz. 
A mucosa do estômago é recoberta por um muco espesso composto pela mucina, onde é retido o bicarbonato, protegendo a parede do estômago.
A musculatura do estômago contém uma terceira camada fora a circular e a longitudinal, a oblíqua.
Vascularização
As artérias que irrigam o estômago partem do tronco celíaco, formando, a partir de cada curvatura, uma arcada vascular a partir de 4 artérias, sofrendo anastomoses.
	A curvatura menor é suprida pela artéria gástrica esquerda (metade superior) e artéria gástrica direita (metade inferior).
	A curvatura maior é suprida pela artéria gastromental esquerda (metade superior) e artéria gastromental direita (metade inferior).
	O fundo é suprido pelas artérias gástricas curtas e a face posterior pela artéria gástrica posterior.
A drenagem venosa é pelo sistema porta hepático, com veias de mesmo nome. As veias gástricas (dir/esq) desembocam diretamente na veia porta do fígado;
A veia gastromental direita desemboca na veia mesentérica superior.
A veia porta do fígado é formada pelas veias mesentérica superior e esplênica (que recebe da mesentérica inferior). 
A drenagem linfática é feita pelos linfonodos gástricos, esplênicos, gastromentais e pilóricos. É drenada para a cadeia de linfonodos celíacos.
Inervação simpática pelo plexo celíaco, parassimpática pelo nervo vago. 
INTESTINO DELGADO
Possui de 3 a 5 metros, estende-se do piloro até o óstio ileal, possui 3 partes: duodeno, jejuno e íleo. É onde ocorre a maior parte da digestão e absorção dos nutrientes, é o maior reservatório de água. São visíveis pregas circulares, do duodeno em direção ao íleo. Fixado pelos mesentérios.
DUODENO
Depois de passar do piloro, o quimo ácido chega ao duodeno, onde é neutralizado pelas secreções alcalinas.
Morfologia: 25-30cm de comprimento, forma de C, sua luz vai diminuindo no percurso. Possui 4 segmentos:
Superior: porção inicial, dilatada, caracteriza a ampola do duodeno (bulbo duodenal). Na flexura superior do duodeno, ocorre a transição para a descendente.
Descendente: onde desembocam os ductos vindos do fígado e do pâncreas, ducto colédoco e ducto pancreático principal, respectivamente, na papila maior do duodeno. Quando existe ducto pancreático acessório, ele desemboca um pouco mais acima, na papila menor do duodeno. Na flexura inferior do duodeno, ocorre a transição para a horizontal.
Horizontal: após curto trajeto, inicia a ascendente.
Ascendente: eleva-se até a flexura duodenojejunal, onde se continua com o jejuno. Forma os recessos duodenais superior e inferior, onde as alças intestinais podem ficar aprisionadas (hérnia interna), podendo gerar necrose.
Localização/Relações Topográficas:
- a porção superior é a única em posição peritonizada, mantém relações com o fígado e está ligada a ele pelo ligamento hepatoduodenal. A art. pancreticoduodenal encontra-se posteriormente a essa parte.
- a porção descendente, assim com as seguintes, está em posição retroperitoneal. O pâncreas fica situado à sua esquerda, na sua concavidade.
- a porção horizontal cruza a raiz do mesentério por trás dos vasos mesentéricos superiores.
- a porção ascendente eleva-se até a flexura duodenojejunal.
Uma particularidade histológica da parede do duodeno é a presença das glândulas duodenais (de Brunner).
Vascularização
Anastomose da área de irrigação do tronco celíaco com a mesentérica superior.
A art. gastroduodenal emite as retroduodenais e as pancreaticoduodenais superiores (anterior/posterior). A art. mesentérica superior emite a pancreaticoduodenal inferior.
As pancreaticoduodenais superiores suprem as porções superior e descendente do duodeno;
As retroduodenais suprem a porção dorsal do duodeno;
A pancreaticoduodenal inferior supre a porção inferior do duodeno.
As veias têm o mesmo nome e seguem o mesmo trajeto das artérias.
Inervação simpática por fibras que partem do gânglio celíaco; parassimpática pelo tronco vagal posterior.
JEJUNO E ÍLEO
A digestão e a absorção continuam. É no íleo que ocorre a absorção da vitamina B12 ligado ao fator intrínseco produzido pelo estômago. Possui de 3 a 5 metros, o jejuno consiste em 2/5 (superior) e o íleo 3/5 (inferior).
O jejuno inicia na flexura duodenojejunal, já a diferença das regiões do jejuno e do íleo se dá nas pregas, que existem em maior quantidade no jejuno e o íleo tem poucas e, no seu fim, quase não há mais. O íleo e todo o intestino delgado terminam no óstio ileal, desembocando no ceco.
Ambos são peritonizados, dispõem-se em alças fixadas pelo mesentério.
Vascularização: artérias jejunais e ileais que se originam da artéria mesentérica superior. No mesentério, formam arcadas vasculares de onde partem as art. retas.
A drenagem venosa é pela veia mesentéricasuperior. Drenagem linfática pelos linfonodos justaintestinais (→ linfonodos mesentéricos superiores → tronco intestinal → cisterna do quilo).
Inervação simpática por fibras que partem do gânglio mesentérico superior e parassimpática que partem do tronco vagal posterior.
INTESTINO GROSSO
Composto pelo ceco (e apêndice vermiforme), colo (4 segmentos), reto e canal anal. É nele que o conteúdo fluido vindo do íleo adquire mais consistência devido à absorção de água, ocorrendo a formação das fezes.
Forma e Localização: possui aprox. 1,5m; forma uma “moldura” para as alças do intestino delgado na parede posterior da cavidade peritoneal. Alguns segmentos são peritonizados e outros são retroperitoneais.
Ceco: o ceco continua-se com o íleo através do óstio ileal, que tem sua abertura regulada pela papila ileocecal, formada por dois lábios: superior (ileocólico) ou inferior (ileocecal). Isso impede o refluxo do ceco para o íleo. Abaixo do óstio, existe o ceco, que mais inferiormente tem sua luz estreitada para formar o apêndice vermiforme. Normalmente, o ceco e o apêndice são peritonizados.
Colo: subdividido em 4 segmentos que possuem relações peritoneais diferentes.
Ascendente: inicia-se acima da papila, está em posição retroperitoneal, sobe do lado direito da cavidade abdominal até a flexura direita do colo, que provoca a impressão cólica no fígado, ocorrendo a transição para o transverso.
Transverso: segue para a esquerda do abdome, está em posição peritonizada. A flexura cólica esquerda está em posição mais alta que a flexura cólica direita e é onde ocorre a transição para o colo descendente. É fixado pelo ligamento frenocólico.
Descendente: segue em direção caudal, está em posição retroperitoneal.
Sigmóide: formato de S, posição peritonizada, fixado na fossa ilíaca esquerda pelo mesocolo sigmoide. Continua-se com o reto, que está fora da cavidade peritoneal.
Existem três tênias, feixes musculares da parede do intestino grosso cuja contração causa encurtamento do colo. São elas:
- tênia livre, que é a visível
- tênia mesocólica, voltada para o mesocolo
- tênia omental, na inserção do omento maior.
As saculações do colo são dilatações devido a estreitamentos locais da mucosa chamados de pregas semilunares, que são móveis. Os apêndices adiposos/omentais são saculações do tecido conjuntivo, encontrados especialmente na tênia livre, onde ocorre acúmulo de adipócitos.
Vascularização
A partir da mesentérica superior:
A art. ileocólica parte da art. mesentérica superior e emite os ramos:
- artérias cecais anterior e posterior
- artéria apendicular
- artérias ileais
A art. cólica direita e a art. cólica média partem da art. mesentérica superior e suprem o colo ascendente e o colo transverso.
A partir da mesentérica inferior: (colo descendente e sigmoide)
A art. cólica esquerda parte da art. mesentérica inferior e sofre anastomose com a cólica média (a cólica direita também sofre anastomose com a cólica média – isso forma a anastomose de Riolan)
Art. sigmoideas partem da mesentérica inferior.
A art. retal superior é o ramo terminal da art. mesentérica inferior e se anastomosa com a art. retal inferior, ramo da art. pudenda interna.
As veias têm os mesmos nomes e seguem o mesmo trajeto.
Inervação simpática pelo gânglio mesentérico superior (ceco, colo ascendente e maior parte do colo transverso) e gânglio mesentérico inferior.
Inervação parassimpática pelo tronco vagal posterior até a flexura esquerda do colo, depois, pelos nervos esplâncnicos pélvicos.
RETO E CANAL ANAL
Atuam em conjunto na defecação, ou seja, eliminação das fezes. O reto segue imediatamente ao colo sigmoide. Apresenta a flexura sacral, pela relação com o sacro, e a flexura perineal, acima do períneo, a partir de onde se continua como canal anal.
Em sua face interna, apresenta três pregas transversais em forma de meia-lua, as pregas transversas do reto, que correspondem às três flexuras laterais externas. A prega transversa média (maior) se origina do lado direito, enquanto que as pregas transversas superior e inferior (menores) se originam do lado esquerdo.
A ampola do reto atua como reservatório devido a sua capacidade de distensão.
Canal anal: origina-se a partir do reto ao final da flexura perineal, possui 3-4 cm de comprimento. Sua face interna é caracterizada pela presença de pregas da mucosa chamadas de colunas anais. Nessa região, existe tecido erétil que forma o corpo cavernoso do reto. O pécten anal é ricamente inervado e, por isso, extremamente sensível ao toque e a dor.
Musculatura: há uma musculatura longitudinal externa ao redor de todo o órgão. A musculatura circular é proeminente na região das pregas transversas. Nos 2/3 superiores do canal anal, a musculatura circular é mais espessa, formando o m. esfíncter interno do ânus (músculo liso). Na região perianal, fibras da camada longitudinal ficam enrugadas, formando o m. corrugador do ânus. O m. esfíncter externo do ânus (músculo est. esquelético) envolve o canal anal não somente sendo circular, tendo 3 partes (profunda, superficial e subcutânea).
O m. puborretal faz parte do m. levantador do ânus e envolve o reto como uma alça, sua contração causa fechamento do reto.
Vascularização (artérias retais superior, média e inferior)
- art retal superior é o ramo terminal da mesentérica inferior, supre a maior parte do reto e todo seu corpo cavernoso
- art retal média é ramo da ilíaca interna, supre a ampola do reto
- art retal inferior é ramo da pudenda interna, ramo da ilíaca interna, supre o canal anal e os esfíncteres.
As veias seguem o mesmo trajeto e tem mesmo nome.
Drenagem linfática pelos linfonodos ilíacos internos, retais superiores e inguinais superficiais.
Inervação somática pelo nervo pudendo;
Simpática pelos plexos hipogástricos superior, inferior e plexos retais.
Parassimpática pelo plexo hipogástrico inferior.

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