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PROCESSO SAUDE DOENÇA (1)

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O PROCESSO SAÚDE-DOENÇA 
 Profª Ana Paula Scherer 
2016
Universidade do Oeste de Santa Catarina
Curso de Nutrição 
Disciplina: Epidemiologia 
1
 Epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a compreensão do processo saúde-doença no âmbito de populações. 
"Epidemiologia é o estudo da freqüência, da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde.“
 (J. Last, 1995)
VOCÊ ACREDITA QUE ESTA PESSOA ESTEJA DOENTE? Por quê?
*
E ESSAS? 
Estado dinâmico de completo bem estar físico, mental, espiritual e social e não apenas a ausência de doença ou enfermidade (OMS, 2010).
HISTÓRIA 
5 DIAS ANTES
 2 MESES
 25 ANOS 
HISTÓRIA 
QUAIS SÃO OS DETERMINANTES DE SAÚDE/DOENÇA DAS FIGURAS ABAIXO?
PORTANTO: 
DETERMINANTES SÃO................
Conjunto de RELAÇÕES e VARIÁVEIS, que produz e condiciona o estado de saúde e doença de uma população. 
Processo Saúde-Doença: Conceito
 
Processo Saúde-Doença: TEORIAS 
Teorias – Mística
Os antepassados julgavam como fenômeno sobrenatural
 Além da compreensão do mundo.
Ex. Chás, benzimentos, os demônios e as forças do mal que causavam as doenças, São Cosme e São Damião. 
São Cosme e São Damião
Conta-se que eram sempre confiantes em Deus, que oravam e obtinham curas fantásticas. Também foram chamados de "santos pobres".
A partir do século V os milagres de cura atribuídos aos gêmeos fizeram com que passassem a ser considerados médicos. 
 Mais tarde, foram escolhidos patronos dos cirurgiões.
Processo Saúde-Doença: TEORIAS 
Teoria - Ambiental
Doença em decorrência das alterações ambientais do meio físico; - teoria dos miasmas e do contágio.
Fase Miasmática – influência invisível, vinha do ar (fluido, miasma) – fazia adoecer. 
Miasma: conjunto de odores fétidos provenientes de matéria orgânica em putrefação nos solos e lençóis freáticos contaminados. 
Breve revisão histórica
Doenças são relatadas há mais de 3 mil anos (esquistossomose, varíola, tuberculose);
Rejeição a substâncias amargas, procura de abrigo para frio, calor e chuva, necessidade de repousar, comer e beber = são comportamentos que fazem parte do instinto de sobrevivência;
Esse tipo de pensamento foi responsável pela desenvolvimento da prática médica. 
Breve revisão histórica
Os problemas de saúde se acentuaram com o desenvolvimento da vida comunitária;
O cultivo da terra e a produção de alimentos permitiram a fixação do homem próximos de rios – aldeias;
A domesticação dos animais foi crucial para o aparecimento de novas doenças (peste, aids). 
Um pouco de história
430 a.c- Peste de Atenas (febre tifóide)
396 a.c - Peste de Siracusa
Séc.II d.c – Peste Antonina
Séc.III – Peste Justiniana- 10.000 mortos/dia
1346 – Peste Negra – a maior e mais trágica epidemia da história da humanidade 
"Apareciam, no começo, tanto em homens como nas mulheres, ou na virilha ou nas axilas, algumas inchações. Algumas destas cresciam como maçãs, outras como um ovo; cresciam umas mais, outras menos; chamava-as o povo de bubões. Em seguida o aspecto da doença começou a alterar-se; começou a colocar manchas de cor negra ou lívidas nos enfermos. Tais manchas estavam nos braços, nas coxas e em outros lugares do corpo. Em algumas pessoas as manchas apareciam grandes e esparsas; em outras eram pequenas e abundantes. E, do mesmo modo como, a princípio, o bubão fora e ainda era indício inevitável de morte, também as manchas passaram a ser mortais". 
       
Vetor: ratos
Transmissão:Pessoa- a pessoa, contato de objetos,
Dizimou metade da população Europa, parte China e Ásia
 As cidades e os campos ficaram despovoados; famílias inteiras se extinguiram; casas e propriedades rurais ficaram vazias e abandonadas, sem herdeiros legais; a produção agrícola e industrial reduziu-se enormemente; houve escassez de alimentos e de bens de consumo; 
a nobreza se empobreceu;
 reduziram-se os efetivos militares e houve ascensão da burguesia que explorava o comércio.
 O poder da Igreja se enfraqueceu com a redução numérica do clero e houve sensíveis mudanças nos costumes e no comportamento das pessoas 
1918 Gripe Espanhola
1947 Varíola
1958 Poliomelite- EUA
1980 AIDS - PANDEMIA
2000 Cólera África do Sul
2002 - SARS –Síndrome Respiratória Severa Aguda – CHINA
2008-2016 -Dengue- Brasil 
ENFRENTAREMOS UMA EPIDEMIA DE Chikungunya????
Epidemias no Brasil
AIDS
FEBRE AMARELA
DENGUE
OBESIDADE
VIOLÊNCIA
CRACK???
Processo Saúde-Doença: TEORIAS 
Teoria da Unicausalidade
L. Pasteur (micróbios)- doença causada por um agente etiológico. (séc. XIX).
Processo Saúde-Doença: TEORIAS 
Teoria da Multicausalidade
Incapacidade e insuficiência da unicausalidade;
Complementa com conhecimentos da Epidemiologia;
Várias causas atuam como determinantes da doença.
MULTICAUSALIDADE
Nem toda doença tinha origem apenas no agente etiológico;
Havia infecção sem doença e doenças não infecciosas;
Outros fatores envolvidos 
Hospedeiro
agente
Meio Ambiente
Tríade Ecológica
Na abordagem multicausal, uma única doença é proveniente de diversos fatores determinantes, inter-relacionados e dinâmicos. 
A intervenção é baseada em múltipla direção de modo a abranger os fatores multicausais.
SAÚDE 
Mais ambiciosa definição de saúde foi proposta pela OMS em 1948:___________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Esta definição embora criticada devido à subjetividade de definir bem estar social, continua sendo aceita.
8a CONFERÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE 
É a resultante das condições de alimentação, habitação, educação, renda, meio ambiente, trabalho, transporte, emprego, lazer, liberdade, acesso à terra, acesso a serviços de saúde (...). Resultado de formas de Organização Social de Produção, as quais podem gerar grandes desigualdades nos níveis de vida. Saúde e doença devem ser entendidas num contexto histórico, tanto nos indivíduos como na coletividade.
		
SAÚDE PÚBLICA
É a ciência e a arte de prevenir doenças, prolongar a vida e promover saúde e eficiência mental e física, através de esforços organizados da comunidade, para saneamento do meio, controle das doenças transmissíveis, educação para a higiene pessoal, organização de serviços médicos e de enfermagem, diagnóstico precoce e tratamento das doenças e desenvolvimento de um mecanismo social que permita a cada indivíduo um padrão de vida adequado à manutenção de saúde, organizando esses benefícios, de modo a permitir a cada cidadão alcançar a saúde e a longevidade que lhe cabe de direito.
Fonte: Google imagens
Valores pagos por procedimento SUS
PARTO NORMAL 317,39
PARTO COM MANOBRAS 315,81
CESARIANA 443,68
CIRURGIA DA PRENHEZ ECTOPICA 437,31
LAPAROTOMIA 376,13
CURETAGEM POS ABORTO 139,08
TRATAMENTO CIRURGICO DE VARIZES 383,47
BIOPSIA DO ESTOMAGO VIA LAPAROTOMIA 158,07
COLECISTECTOMIA 552,9
APENDICECTOMIA 333,54
APENDICECTOMIA VIDEOLAPAROSCOPICA 373,49
ADENOIDECTOMIA 204,38
FASCIOTOMIA DESCOMPRESSIVA DO PE 268,41
TIROIDECTOMIA TOTAL 418,32
MASTECTOMIA SIMPLES 432,83
Fonte: Google imagens
Fonte: Google imagens
Modelo Assistencial
Combinação de tecnologias utilizadas pela organização dos serviços de saúde em determinados espaços-populações, incluindo ações sobre o ambiente, grupos populacionais, equipamentos comunitários e usuários de diferentes unidades prestadoras de serviço de saúde 
(ROUQUAYROL, 1993)
Modelo Assistencial deveria ser conceituado como o modo como são produzidas ações de saúde e maneira como os serviços de saúde e o Estado se organizam para produzi-las e distribuí-las.
(CAMPOS et al., 1989)
Modelo Médico-Assistencial Privatista
Mais conhecido e prestigiado;
Dominante no Brasil;
Demanda espontânea: procura por livre iniciativa;
Reforça
o doente;
Caráter curativo;
Não tem atendimento integral à comunidade;
Não tem impacto sobre o nível de saúde da população;
Usado no setor privado e público.
Modelo Assistencial Sanitarista
Saúde Pública Tradicional;
Campanhas e Programas Especiais;
Adotado nas instituições públicas de saúde;
Não contempla a totalidade da situação de saúde;
Ação sobre certos agravos;
Não enfatiza a integralidade da atenção;
É centralizador.
Modelos Assistenciais Alternativos
Visam a integralidade da atenção e impacto sobre os problemas de saúde;
Acesso universal e igualitário às ações e serviços;
Rede regionalizada e hierarquizada;
Descentralização;
Atendimento integral;
Participação comunitária;
Considera as necessidades de saúde da população;
Proporciona reorientação da demanda
Reprodução dos 
Modelos Hegemônicos:
Duas Tendências
Modelo Médico Assistencial Privatista
Modelo Assistencial Sanitarista
Construção de
“Modelos Alternativos”
Vigilância da Saúde
Cidades Saudáveis
Promoção da Saúde
Ações Programáticas
Acolhimento
CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS PREVENTIVAS
Prevenção Primária
	Conjunto de medidas dirigidas à população sadia, evitar à ocorrência de novos casos;
Prevenção secundária
	Conjunto de medidas dirigidas à população doente;
Prevenção terciária (reabilitação)
	Atenuar a invalidez, promover o ajustamento do paciente, estender o conceito de prevenção ao campo da reabilitação.
Como fazer a prevenção primária?
Promoção da saúde;
Educação sanitária;
Alimentação e nutrição adequada;
Emprego e salários adequados;
Condição para satisfação das necessidades básicas do indivíduo;
2.	Proteção específica;
Vacinação;
Exame pré-natal;
Quimioprofilaxia;
Eliminação de exposição a agentes carcinogênicos.
3.	Diagnóstico e tratamento precoce;
Rastreamento;
Exame periódico de saúde;
Procura de casos entre os contatos;
Auto-exame;
Intervenções médicas ou cirúrgicas precoces.
Limitação do dano;
Acesso facilitado ao serviço de saúde;
Tratamento médico ou cirúrgico adequado;
Hospitalização em função da necessidade.
Como fazer a prevenção secundária?
5.	Reabilitação;
Terapia Ocupacional;
Treinamento do deficiente;
Melhores condições de trabalho para o deficiente;
Próteses e Orteses.
Como fazer a prevenção terciária?
Que tipo de medida se classifica essa imagem?
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Que tipo de medida se classifica essa imagem?
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Que tipo de medida se classifica essa imagem?
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Referências
SCLIAR, Moacyr. História do Conceito de Saúde. PHYSIS, Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 17, n. 1, p. 29-41, 2007.
BARROS, José Augusto C. Pensando o Processo Saúde Doença: a que responde o Modelo Biomédico? Rev. Saúde e Sociedade, v. 11, n. 1, p. 67-84, 2002.
SOUZA, Elizabethe Cristina Fagundes de ; Ângelo Giuseppe Roncali da Costa Oliveira. O processo saúde-doença: do xamã ao cosmos. Capítulo do livro "Odontologia Social: textos selecionados", publicado pelo Curso de Mestrado em Odontologia Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Natal: Editora da UFRN, 1998.
RIZZOTTO, Maria Lucia Frizon. História da Enfermagem e sua relação com a saúde pública. Goiânia: AB, 1999.
ANDRADE, Selma Maffei de; SOARES, Darli Antônio; CORDONI JUNIOR, Luiz. Bases da Saúde Coletiva. Londrina: ED. UEL, 2001.
	MODELO
	SUJEITO
	OBJETO
	MEIOS DE TRABALHO
	FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
	MÉDICO-ASSISTENCIAL PRIVATISTA
	Médico
-especialização
-complementariedade
	-Doença (patologia e outras)
-Doentes (clínica e cirurgia)
	
Tecnologia médica (indivíduo)
	-Rede de serviços de saúde
-Hospital
	
SANITARISTA
	
Médico Sanitarista
-auxiliares
	-Modos de transmissão
-Fatores de risco
	
Tecnologia sanitária
	-Campanhas Sanitárias
-Programas especiais
-Sistema de Vigilância Epidemiológica e Sanitária
	
ASSISTENCIAIS ALTERNATIVOS
	
Equipe de Saúde
População (cidadãos)
	Danos, riscos, necessidades e determinantes dos modos de vida e saúde (condições de vida e trabalho)
	Tecnologias de comunicação social, de planejamento e programação local situcional e tecnologias médico-sanitárias
	Políticas públicas saudáveis
-ações intersetoriais
-intervenções específicas (promoção, prevenção e recuperação)
-operações sobre problemas e grupos populacionais

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