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ANÁLISE DE INVESTIMENTOS E VIABILIDADE

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ANÁLISE DE 
INVESTIMENTOS E 
VIABILIDADE
Professor Me. José Renato Lamberti
Professor Me. Narciso Américo Franzin
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Ficha catalográfica elaborada pelo bibliotecário 
João Vivaldo de Souza - CRB-8 - 6828
Impresso por:
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
NEAD - Núcleo de Educação a Distância
Direção Operacional de Ensino
Kátia Coelho
Direção de Planejamento de Ensino
Fabrício Lazilha
Direção de Operações
Chrystiano Mincoff
Direção de Mercado
Hilton Pereira
Direção de Polos Próprios
James Prestes
Direção de Desenvolvimento
Dayane Almeida 
Direção de Relacionamento
Alessandra Baron
Head de Produção de Conteúdos
Rodolfo Encinas de Encarnação Pinelli
Gerência de Produção de Conteúdos
Gabriel Araújo
Supervisão do Núcleo de Produção de 
Materiais
Nádila de Almeida Toledo
Supervisão de Projetos Especiais
Daniel F. Hey
Coordenador de Conteúdo
José Manoel da Costa
Design Educacional
Camila Zaguini Silva
Fernando Henrique Mendes 
Rossana Costa Giani
Projeto Gráfico
Jaime de Marchi Junior; José Jhonny Coelho
Arte Capa
Arthur Cantareli Silva
Editoração
Daniel Fuverki Hey
Qualidade Textual
Hellyery Agda, Jaquelina Kutsunugi, Keren 
Pardini, Maria Fernanda Canova Vasconcelos, 
Nayara Valenciano, Rhaysa Ricci Correa e 
Susana Inácio
Ilustração
Thayla Daiany Guimarães Cripaldi
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a 
Distância; LAMBERTI, José Renato; FRANZIN, Narciso Américo.
 Análise de Investimentos e Viabilidade. José Renato 
Lamberti, Narciso Américo Franzin. 
 Reimpresso em 2019.
 Maringá-Pr.: UniCesumar, 2018. 
 220 p.
“Graduação - EaD”.
 
 1. Investimentos. 2. Viabilidade. 3. Risco 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-8084-470-2 CDD - 22 ed. 658.15
CIP - NBR 12899 - AACR/2
Viver e trabalhar em uma sociedade global é um 
grande desafio para todos os cidadãos. A busca 
por tecnologia, informação, conhecimento de 
qualidade, novas habilidades para liderança e so-
lução de problemas com eficiência tornou-se uma 
questão de sobrevivência no mundo do trabalho.
Cada um de nós tem uma grande responsabilida-
de: as escolhas que fizermos por nós e pelos nos-
sos fará grande diferença no futuro.
Com essa visão, o Centro Universitário Cesumar – 
assume o compromisso de democratizar o conhe-
cimento por meio de alta tecnologia e contribuir 
para o futuro dos brasileiros.
No cumprimento de sua missão – “promover a 
educação de qualidade nas diferentes áreas do 
conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária” –, o Centro Universi-
tário Cesumar busca a integração do ensino-pes-
quisa-extensão com as demandas institucionais 
e sociais; a realização de uma prática acadêmica 
que contribua para o desenvolvimento da consci-
ência social e política e, por fim, a democratização 
do conhecimento acadêmico com a articulação e 
a integração com a sociedade.
Diante disso, o Centro Universitário Cesumar al-
meja ser reconhecido como uma instituição uni-
versitária de referência regional e nacional pela 
qualidade e compromisso do corpo docente; 
aquisição de competências institucionais para 
o desenvolvimento de linhas de pesquisa; con-
solidação da extensão universitária; qualidade 
da oferta dos ensinos presencial e a distância; 
bem-estar e satisfação da comunidade interna; 
qualidade da gestão acadêmica e administrati-
va; compromisso social de inclusão; processos de 
cooperação e parceria com o mundo do trabalho, 
como também pelo compromisso e relaciona-
mento permanente com os egressos, incentivan-
do a educação continuada.
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quan-
do investimos em nossa formação, seja ela pessoal 
ou profissional, nos transformamos e, consequente-
mente, transformamos também a sociedade na qual 
estamos inseridos. De que forma o fazemos? Criando 
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capa-
zes de alcançar um nível de desenvolvimento compa-
tível com os desafios que surgem no mundo contem-
porâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem dialó-
gica e encontram-se integrados à proposta pedagó-
gica, contribuindo no processo educacional, comple-
mentando sua formação profissional, desenvolvendo 
competências e habilidades, e aplicando conceitos 
teóricos em situação de realidade, de maneira a inse-
ri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, estes materiais 
têm como principal objetivo “provocar uma aproxi-
mação entre você e o conteúdo”, desta forma possi-
bilita o desenvolvimento da autonomia em busca dos 
conhecimentos necessários para a sua formação pes-
soal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de cres-
cimento e construção do conhecimento deve ser 
apenas geográfica. Utilize os diversos recursos peda-
gógicos que o Centro Universitário Cesumar lhe possi-
bilita. Ou seja, acesse regularmente o AVA – Ambiente 
Virtual de Aprendizagem, interaja nos fóruns e en-
quetes, assista às aulas ao vivo e participe das discus-
sões. Além disso, lembre-se que existe uma equipe de 
professores e tutores que se encontra disponível para 
sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em seu processo de 
aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar com tranqui-
lidade e segurança sua trajetória acadêmica.
Pró-Reitor de 
Ensino de EAD
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
A
U
TO
RE
S
Professor Me. José Renato Lamberti
Possui Mestrado em Administração/Finanças pela PUC-SP (2011), Pós-
Graduação (Lato Sensu) em MBA Executivo pela Unicesumar (2010), Graduação 
em Administração de Empresas pela PUC-SP (2006), Graduação em Ciências 
Contábeis pela Unicesumar (2013). 
Professor Me. Narciso Américo Franzin
Possui graduação em Administração pela FECEA (Faculdade Estadual de Ciências 
Econômicas de Apucarana), 1988, graduação em Ciências pela FAFIMAN 
(Faculdade de Filosofia Ciências e Letras Mandaguarí) 1999 e mestrado em 
Engenharia de Produção pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) 
2002 e doutorando em Engenharia de Produção pela UNIMEP (Universidade 
Metodista Piracicabana) 2013.
SEJA BEM-VINDO(A)!
Prezado acadêmico, é com muito prazer que escrevemos este livro que está em suas 
mãos agora. Tenha certeza de que nós, professores José Renato e Narciso Franzin, es-
crevemos esta obra com o objetivo de facilitar seu estudo para que assim você interaja 
com a prática de um gestor financeiro. Dessa forma, preste atenção no texto abaixo que 
demonstrará o contexto atual da Análise de Investimentos e Viabilidade para o sucesso 
de um empreendimento financeiro:
A Análise de Investimentos e Viabilidade, nos últimos anos, tem se tornado um estudo 
de fundamental importância, principalmente, para os estudantes que desejam aumen-
tar seus conhecimentos em finanças, no entanto, muitos têm o primeiro contato com a 
disciplina tardiamente. Portanto, com este livro, pretende-se fortalecer a importância de 
se fazer um projeto e analisá-lo para verificar se é ou não viável a execução do mesmo, 
espera-se estimular a autoestima dos estudantes, formando pessoas determinadas que 
conheçam os procedimentos para estruturar um projeto. 
Um projeto bem-sucedido, ou seja, para o projeto ter sucesso, ele precisa conseguir atin-
gir seus objetivos, deve ser executado de acordo com o planejado. Quando se fala em 
projetos, espera-se que ele apresente uma sequêncialógica e clara da atividade a ser 
realizada, com início, meio e fim, e que seja definido no tempo, no custo, nos recursos e 
na qualidade. 
A viabilidade tem por objetivo principal identificar se o projeto apresentado pode dar 
certo ou não, pois todas as ações que são utilizadas no desenvolvimento de um projeto 
envolvem riscos. Estudos mais detalhados sobre o assunto proporcionam um maior 
grau de segurança e certeza, identificam as condições necessárias para que o projeto se 
concretize com um menor grau de riscos e, ao encontrar situações de risco no projeto, 
possibilita a tentativa de neutralização desses fatores e promovendo assim o sucesso do 
mesmo. 
O estudo de viabilidade tem dois aspectos importantes a serem observados: o primeiro 
relacionado à gestão financeira e o outro é na gestão com pessoas, pois deve-se levar 
em consideração que existem pessoas que estão diretamente ligadas ao projeto e que 
as tarefas a elas atribuídas são de responsabilidade e de compromisso. 
A gestão com pessoas está revestida com uma importância jamais vista desde o seu 
surgimento, e isso ocorre devido às significativas mudanças causadas pelos avanços tec-
nológicos, pela globalização, pela escassez de recursos e, principalmente, pela acirrada 
competição que existe entre as empresas. 
Sempre que nos referimos ao trabalhador, estamos nos referindo a uma pessoa, a um 
ser humano, dotado de particularidades, competências e características diferentes e, 
quando nos referimos à empresa, aborda-se estrutura física, estilo de gestão, cultura 
organizacional, entre outras, ainda se tem variáveis externas como sindicato, governo 
e concorrências. Então, a gestão com pessoas busca assumir esse papel de agente in-
tegrador entre essas variáveis e busca fazer sempre essa conciliação e atender a todos. 
APRESENTAÇÃO
ANÁLISE DE INVESTIMENTOS E VIABILIDADE
Esta obra possibilita ao estudante compreender as formas de executar e analisar 
um projeto, uma vez que o caráter dinâmico e seus desdobramentos permitem a 
construção desse significado para o estudante, especialmente no que tange ao de-
senvolvimento do conhecimento relacionado a finanças e da metodologia de cons-
trução de novos projetos. 
Para o início do assunto, é interessante saber um pouco da História da Matemática, 
no que diz respeito à financeira, o que é na verdade a aplicação dos conceitos ma-
temáticos na Economia, na Administração e nas outras áreas das Ciências Sociais 
Aplicadas.
O escambo é a forma mais antiga que se tem conhecimento de negociações que 
envolvem valores sem a intervenção da moeda, que na época não existia. Com o 
passar do tempo, houve a necessidade de desenvolver um sistema relativamente 
estável de avaliações que apresentassem algum padrão fixo, desta forma, poderiam 
ser atribuídos valores. Nas ilhas do Pacífico, as mercadorias eram estimadas em co-
lares de pérolas e conchas, na Grécia, foi o boi, no Egito, os metais tais como: ouro, 
cobre, prata e o bronze. Dessa evolução chega-se aos Bancos, instituições que admi-
nistram recursos, mas é somente no século XVII que os bancos lançaram o dinheiro 
de papel, e vários países da Europa começaram a fazer sua própria moeda. Hoje, 
cada país tem seu próprio banco central que regula a emissão do dinheiro, assim 
cabe ao banco central estabelecer e ordenar as regras que controlam e economia 
do país e, além disso, existem bancos internacionais como, por exemplo, o Banco 
Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), que concede emprésti-
mos aos bancos centrais dos países quando solicitado, ajudando desta forma, no 
desenvolvimento das nações. 
A aplicação deste livro dar-se-á numa proposta, em que, nas unidades iniciais, serão 
abordados os riscos, os demonstrativos contábeis e os índices, com a finalidade de 
proporcionar ao estudante o “alicerce” necessário para que a disciplina seja intro-
duzida. Na parte central do livro, é apresentado o valor do dinheiro no tempo que 
dará suporte para o entendimento que irá ser utilizado no projeto. Na parte final 
do livro, estão as unidades que relatam sobre o orçamento de capital e a análise de 
viabilidade de um projeto. 
Na primeira unidade, abordaremos os Riscos, pois incertezas fazem com que o que 
foi planejado não aconteça da forma que se queria, erros são cometidos durante o 
processo, não se executa da forma que se imaginava no início, talvez pela própria 
impossibilidade de se fazer o que se imaginava, e para evitar essa frustração é neces-
sário entender riscos e fazer com que o que foi previamente traçado seja realizado 
com sucesso. 
Já na segunda unidade, serão apresentados os Demonstrativos Contábeis, e os Índi-
ces relatam a importância de saber fazer, entender e analisar os relatórios contábeis 
como um meio de informação, pois estes demonstram o futuro da contabilidade 
da empresa, os profissionais utilizam a informação contábil nas decisões do dia a 
APRESENTAÇÃO
dia dos negócios. O Balanço Patrimonial (BP) e a Demonstração do Resultado do 
Exercício (DRE) são “matérias-primas” para a confecção dos índices financeiros que 
avaliam o desempenho da empresa. 
Na terceira unidade, discutiremos o Valor do Dinheiro no Tempo. A leitura dessa uni-
dade fará com que fique transparente ao estudante que o valor de R$1,00 hoje não 
será o valor desse mesmo R$1,00 daqui a um ano, fatores que influenciam a econo-
mia tais como taxas de juros, inflações, variações cambiais, entre outras fazem com 
que o poder de aquisição da mesma quantidade de dinheiro mude com o tempo. 
Na quarta unidade, estudaremos o Orçamento de Capital como uma “ferramen-
ta” que proporciona ao financeiro optar por investimentos com fluxo de caixa que 
deem retornos satisfatórios, o financeiro, ao analisar índices como a TMR, o IL, o 
PAYBACK, o VPL, a TIR, entre outros, terá condições de comparar, selecionar e, desta 
forma, escolher os projetos que mais lhe interessam. 
E na última unidade, atentaremos aos principais conceitos envolvidos na elaboração 
e avaliação de projetos de viabilidade econômico-financeira. A interdependência 
entre os diversos aspectos de natureza econômico-financeira e contábil envolvidos 
no processo de elaboração de projetos é discutida, uma vez que, ao se analisar um 
projeto, busca-se encontrar as perspectivas de desempenho financeiro do projeto 
em análise e sua viabilidade. 
A compreensão do texto é facilitada por se utilizar de uma linguagem clara e ade-
quada à compreensão dos estudantes e uma sequência lógica do conteúdo, os ter-
mos utilizados facilitam a compreensão dos conteúdos e das atividades, atendendo 
assim ao objetivo proposto para o ensino. 
Este livro apresenta atividades complementares, tais como: saiba mais sobre o as-
sunto, exemplos, dicas, reflita, ilustrações de situações, fontes alternativas de pes-
quisas e a indicação de sítios eletrônicos para pesquisa, o que facilita na execução 
das atividades e possibilita fácil compreensão dos temas abordados. Isso proporcio-
na ao estudante facilidade para entender o conteúdo e enriquece seu conhecimen-
to, assim como o ajuda na compreensão dos temas relacionados à disciplina. 
Um grande abraço e ótimos estudos
Professor José Renato Lamberti – Mestre em Finanças
Professor Narciso Franzin – Mestre em Engenharia da Produção
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
10 - 11
UNIDADE I
RISCOS
15 Introdução
17 Tipos de Riscos 
23 Qualificação e Capacitação 
26 Mapeamento dos Riscos 
28 Riscos Operacionais 
37 Risco e Retorno 
40 Gestão de Riscos 
43 Considerações Finais 
UNIDADE II
DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS, FINANCEIROS E ÍNDICES
51 Introdução
52 Estudo das Demonstrações Contábeis 
65 Análise das Demonstrações Financeiras 
72 Fórmulas Utilizadas para o Cálculo dos Indicadores Financeiros 
95 Considerações Finais 
SUMÁRIO
10 - 11
UNIDADE IIIO VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO
103 Introdução
105 Fluxo de Caixa 
133 Considerações Finais 
UNIDADE IV
ORÇAMENTO DE CAPITAL
141 Introdução
142 Gastos Correntes e Gastos de Capital 
143 TMR – Taxa Média de Retorno 
145 IL - Índice de Lucratividade 
146 Payback - Período de Recuperação do Investimento 
148 VPL - Valor Presente Líquido 
150 TIR - Taxa Interna de Retorno 
153 TMA - Taxa Mínima de Atratividade 
155 VAUE - Valor da Anuidade Uniforme Equivalente 
157 CAUE - Custo Anual Uniforme Equivalente 
159 Análise Completa de um Orçamento de Capital 
174 Considerações Finais 
SUMÁRIO
12 - PB
UNIDADE V
PROJETO DE VIABILIDADE ECONÔMICO-FINANCEIRA
181 Introdução
182 Projeto 
188 Quadros Financeiros do Projeto 
194 Projeto de Viabilidade Econômico-Financeira 
199 Análise Completa Utilizando-se a Memória de Cálculo 
212 Considerações Finais 
217 CONCLUSÃO
219 REFERÊNCIAS
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Professor Me. José Renato Lamberti
Professor Me. Narciso Américo Franzin
RISCOS
Objetivos de Aprendizagem
 ■ Analisar os diversos tipos de riscos.
 ■ Classificar e conceituar os diversos tipos de riscos.
 ■ Compreender a importância dos riscos financeiros pessoais e 
empresariais na vida dos indivíduos, bem como seu reflexo positivo 
ou negativo no desempenho dos funcionários das organizações.
 ■ Conhecer as teorias existentes sobre riscos financeiros.
 ■ Fazer leitura crítica das teorias sobre riscos.
 ■ Analisar os riscos e reconhecer neles características presentes em 
cada um.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
 ■ Tipos de Riscos 
 ■ Qualificação e capacitação
 ■ Mapeamento dos riscos
 ■ Riscos Operacionais 
 ■ Risco de Crédito
 ■ Risco de Mercado
 ■ Risco de Liquidez
 ■ Risco e Retorno
 ■ Gestão de Riscos
INTRODUÇÃO
Caro aluno, o assunto com o qual iniciamos este estudo é muito interessante e 
atrativo e espero que ele contribua com a sua visão sobre o conceito de risco. 
Procurei mostrar a importância de se conhecer os diversos tipos de riscos para que 
se trabalhe com a prevenção, minimizando a chance de que ele venha a acontecer.
Você já deve ter percebido que o assunto “risco” está sempre nos assuntos 
mais comentados entre as pessoas. Podemos atribuir isso a vários motivos como, 
por exemplo, o atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 às Torres Gêmeas, 
ou o Tsunami sucedido no sudeste asiático, ou ainda o desastre que ocorreu em 
17 de julho de 2007 com o Airbus da TAM no aeroporto de Congonhas, enfim, 
atualmente se fala muito em gerenciamento de riscos, que passou a ser de fun-
damental importância nos gerenciamentos de projetos.
Os conceitos de riscos podem ser compreendidos de várias formas. Para 
Cocurullo (2002), um dos conceitos aplicáveis a risco encontra-se na existên-
cia de situações que possam impedir o alcance dos objetivos corporativos ou a 
não existência de situações consideradas necessárias para chegar a tais objetivos.
Portanto, pode-se observar que a visão apresentada pelo autor não limita o risco 
ao campo financeiro: o mundo é corporativo e os objetivos são estabelecidos nos mais 
diversos aspectos. Então, considera-se risco toda e qualquer inconformidade que venha 
a atrapalhar os objetivos anteriormente traçados a serem atingidos pela empresa.
Para Brito (2007, p.10), o risco é “a possibilidade de um evento, que nos afete 
negativamente, acontecer”. Agora o autor conceitua o risco sob um aspecto nega-
tivo, pois “risco é o grau de incerteza em relação à possibilidade de ocorrência 
de um determinado evento, o que, em caso afirmativo, redundará em prejuízos. 
Risco é a possibilidade de perda decorrente de um determinado evento”. Por 
esta definição, o risco está ligado a eventualidades com consequências negativas 
para a empresa e está relacionado com o resultado econômico da organização.
Pode-se dizer que um cenário de risco é um fator existente e que você terá que 
conviver com ele, ou, dito de outra forma, não adianta você não querer correr risco, 
pois ele existe. O que você pode fazer é tentar de várias formas minimizar as chances 
de que ele venha a ocorrer, ou seja, se prevenir contra o risco. Se você não quiser cor-
rer risco, não existe empresa, não existe projeto, não existe organização, nem ninguém 
Introdução
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RISCOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
IU N I D A D E16
que o faça não correr risco. Considerando isso, o que você precisa é definir claramente 
o grau de risco que você está disposto a assumir para realizar um determinado projeto.
A esse risco que você tolera correr dá-se o nome de risco-benefício, conceito 
que expressa qual é o benefício gerado por esse risco. Observe esse questiona-
mento: “Você conhece alguém que ficou milionário investindo na Caderneta 
de Poupança?” Provavelmente não, pois a caderneta de poupança é uma aplica-
ção que tem um dos menores riscos no mercado financeiro, motivo pelo qual 
a sua rentabilidade também é muito pequena. Quem investe na caderneta de 
poupança, teoricamente não perde dinheiro, mas também não ganha, por isso, 
existem pessoas que investem em outros tipos de aplicações financeiras que lhe 
retornam benefícios financeiros maiores e podem sim ficar milionários, porém 
o risco de perder também é muito alto. No mercado financeiro, ganha dinheiro 
quem arrisca, porém esse risco deve ser muito bem estudado e calculado por-
que quem arrisca também pode perder muito dinheiro.
Ao avaliar risco, deve-se levar em consideração fatores e esses fatores devem 
ser avaliados ao mesmo tempo. Qual é a probabilidade que esse risco tem de 
ocorrer? E qual é a gravidade desse risco se ele vier a ocorrer? Ao se fazer essa 
análise, chega-se à conclusão do valor monetário esperado.
Os riscos que têm probabilidade alta de ocorrer e alta gravidade caso ocor-
ram, são os que, naturalmente, damos mais atenção e nos precavemos, chamados 
de riscos extremos.
Aos que têm probabilidade baixa e gravidade alta nem sempre é dada a atenção 
que merecem, pois a probabilidade de ocorrer é pequena e, quando acontecem, 
chamamos de catástrofe. O risco de probabilidade baixa e impacto baixo – o que 
não nos traz grandes preocupações – é o tipo de risco que normalmente aceita-
mos correr, pois o dano que ele gera é pequeno.
Ao fazermos a análise de probabilidade versus gravidade, conseguimos iden-
tificar o grau de risco do cenário e definir se esse grau de risco é um grau de risco 
que conseguimos ou não tolerar. Muitas empresas internacionais não operam 
no Brasil devido ao fator de risco que o Brasil apresenta. Essas empresas não 
têm tolerância a esse grau de risco e procuram outro cenário (país) para investir.
É importante ressaltar que o conhecimento dos riscos que se corre favorece 
significativamente o sucesso do projeto. 
Tipos de Riscos
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TIPOS DE RISCOS
Caracteriza-se o risco pela incerteza existente, numa regra bastante simples: 
quanto maior for a incerteza, maior o risco. Eles podem ser estudados e classifi-
cados de acordo com os seus tipos, ou seja, a natureza que dá origem ao objeto 
que está sendo estudado. São múltiplas as possibilidades causadoras de fatos que 
geram os riscos e, quando se analisa o tipo de risco, verifica-se também qual é 
a consequência dos efeitos gerados caso esse fator indesejadovenha a acontecer.
Quando se fala em decisões de financiamento e investimen-
tos, alguns riscos devem ser considerados com mais atenção, 
entre eles:
 ■ Risco de fluxo de caixa, que leva em consideração o 
risco do negócio. 
 ■ Risco financeiro.
 ■ Risco financeiro operacional.
 ■ Risco de reinvestimento.
 ■ Risco de taxa de juros.
 ■ Risco do poder de compra.
Conforme Cocurullo (2002), os riscos são subdivididos em: estratégicos, operacio-
nais, de conformidade e financeiros. Vamos entender do que trata cada um deles?
 ■ Riscos estratégicos são os riscos associados ao modo que uma organi-
zação é gerenciada.
 ■ Riscos operacionais são aqueles associados às condições operacionais 
dos processos, controles, sistemas e informações.
 ■ Riscos de conformidade se relacionam à habilidade que a organização 
tem em cumprir normas reguladoras, legais e exigências fiduciárias.
 ■ Riscos financeiros estão direcionados à exposição financeira de uma 
organização.
RISCOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Para Brasiliano (2003), o risco operacional é composto por subáreas, diversifi-
cadas e abrangentes, a saber:
Riscos relacionados à proteção patrimonial: 
 ■ Risco de overload: que são riscos de perdas por sobrecargas no sistema 
elétrico. 
 ■ Risco de obsolescência: é o risco 
de perdas pela falta de troca 
de equipamentos e softwares 
antigos. 
 ■ Risco de equipamento: são as 
perdas oriundas pelas falhas nos 
equipamentos.
 ■ Risco de catástrofe: são perdas 
definidas por catástrofes natu-
rais ou não.
Riscos relacionados à segurança das informações:
 ■ Risco de presteza e confiabilidade: as informações não são recebidas e 
processadas em tempo hábil e de forma confiável.
 ■ Risco de modelagem: ocorre 
quando existe a interpretação 
incorreta dos resultados fornecidos 
por modelagem, inclusive dados 
incorretos.
Tipos de Riscos
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Riscos decorrentes diretamente da administração dos recursos 
humanos:
 ■ Risco de erro não intencional: é oriundo de equívoco, omissão, distração 
ou negligência dos funcionários.
 ■ Risco de fraudes: ocorre em decorrência de procedimentos fraudulentos, 
adulteração de controles, informações dadas incorretamente entre outras. 
 ■ Risco de qualificação: é dado quando profissionais desempenham tare-
fas sem a qualificação exigida.
Riscos provocados pela atividade fim 
da organização e suas estratégias:
 ■ Risco de produtos e serviços: ocorre 
quando os serviços ou produtos são ven-
didos sem atender às necessidades do 
comprador em preço e qualidade. 
 ■ Risco de regulamentação: quando não 
existe o controle interno nem externo, não existem normas e procedimentos.
 ■ Risco de liquidação financeira: quando não se tem o controle da finali-
zação da transação.
 ■ Risco sistêmico: é oriundo das alterações que ocorrem no ambiente 
empresarial.
 ■ Risco de concentração: quando se depende de poucos clientes, produ-
tos e/ou mercados. 
 ■ Risco de imagem: são perdas decorrentes do impacto negativo na marca 
da instituição.
Conforme Brito (2007), os tipos de risco na indústria, com suas classificações e 
exemplos são apresentados na tabela a seguir:
RISCOS
Reprodução proibida. A
rt. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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INDÚSTRIA CONCEITO EXEMPLOS
Riscos de 
Overload
Pode ser definido como o risco 
de perdas por sobrecargas nos 
sistemas elétricos, telefônicos, 
de processamento de dados, 
etc. 
Sistemas não operacionais 
em agências bancárias por 
acúmulo de informação nos 
canais de comunicação com a 
central de atendimento. 
Risco de 
Obsolescência 
Pode ser definido como risco 
de perdas pela falta de substi-
tuição frequente dos equipa-
mentos e softwares antigos. 
Versões atualizadas de sof-
tware não compatíveis com 
hardware antigo. 
Impossibilidade de integrar 
sistemas computacionais 
desenvolvidos em versões de 
softwares diferentes. 
Risco de Preste-
za e Confiabili-
dade
Pode ser definido como o 
risco de perdas pelo fato de 
as informações não poderem 
ser recebidas, processadas, 
armazenadas e transmitidas 
em tempo hábil e de forma 
confiável. 
Situações em que as infor-
mações consolidadas sobre a 
exposição de um banco não 
podem ser obtidas em tempo 
hábil para análise.
Impossibilidade de prestar 
informações precisas em de-
terminados horários devido 
à atualização de banco de 
dados ocorrer por processa-
mento em batch. 
Risco de 
Equipamento 
Pode ser definido como o 
risco de perdas por falhas nos 
equipamentos elétricos, de 
processamento e transmissão 
de dados, telefônicos, de segu-
rança, etc. 
Rede de micros contaminada 
por vírus. 
Discos rígidos danificados. 
Telefonia não operacional por 
falta de reparos. 
Risco de Erro 
Não Intencional 
Pode ser definido como risco 
de perdas em decorrência de 
equívoco, omissão, distração 
ou negligência de funcioná-
rios. 
Mau atendimento de corren-
tistas (má vontade, falta de 
informação, etc). 
Posicionamento da tesoura-
ria no mercado contrário ao 
especificado pelo comitê de 
investimentos. 
Tipos de Riscos
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Risco de Fraudes Pode ser definido como risco 
de perdas em decorrência de 
comportamentos fraudulentos 
(adulteração de controles, des-
cumprimento intencional de 
normas da empresa, desvio de 
valores, divulgação de infor-
mações erradas, etc). 
Desvio de dinheiro de agên-
cia bancária. 
Aceitação de “incentivos” de 
clientes para conceder crédi-
to em valores mais elevados. 
Risco de 
Qualificação 
Pode ser definido como risco 
de perdas pelo fato de os 
funcionários desempenharem 
tarefas sem qualificação profis-
sional apropriada à função. 
Uso de estratégias de hedge 
com derivativos sem conheci-
mento por parte do operador 
da extensão desses riscos. 
Cálculo de perdas e lucros em 
carteiras sem conhecimento 
dos mercados.
Iniciar operações em merca-
dos “sofisticados” sem contar 
com equipes (back-office) 
adequadas (front-office) devi-
damente preparadas. 
Risco de Produ-
tos e Serviços 
Pode ser definido como risco 
de perdas em decorrência da 
venda de produtos ou presta-
ção de serviços ocorrer de for-
ma indevida, ou sem atender 
às necessidades e demandas 
de clientes.
Envio de cartões de crédi-
to sem consulta prévia ao 
cliente. 
Recomendar a clientes de 
perfil conservador o investi-
mento em fundos de deri-
vativos alavancados diante 
de um bom desempenho 
no passado recente desses 
mesmos fundos.
Risco de Regula-
mentação 
Pode ser definido como risco 
de perdas em decorrência de 
alterações, impropriedades ou 
inexistência de normas para 
controles internos ou externos.
Alteração de margens de 
garantia ou de limites de os-
cilação em bolsas de derivati-
vos, sem aviso antecipado ao 
mercado. 
Front-office responsável pela 
operação do back-office. 
RISCOS
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Risco de 
Modelagem 
Pode ser definido como risco 
de perdas pelo desenvolvi-
mento, utilização ou interpre-
tação incorreta dos resultados 
fornecidos por modelos 
incluindo a utilização de dados 
incorretos. 
Utilizar software comprado 
de terceiros sem conheci-
mento de suas limitações.
Utilizar modelos matemáticossem conhecimento de suas 
hipóteses simplificadoras. 
Risco de 
Liquidação 
Financeira 
Pode ser definido como risco 
de perdas em decorrência de 
falhas nos procedimentos e 
controles de finalização das 
transações.
Envio e/ou recebimento de 
divisas em praças com dife-
rentes fusos horários, feria-
dos, regras operacionais, etc. 
Risco Sistêmico Pode ser definido como risco 
de perdas devido a alterações 
no ambiente operacional. 
Alteração abrupta de limi-
tes operacionais em bolsas, 
levando todas as instituições 
financeiras a enfrentar dificul-
dades. 
Modificação repentina na 
base de cálculo de tributos 
corporativos. 
Risco de 
Concentração 
(operacional) 
Pode ser definido como risco 
de perdas por depender de 
poucos produtos, clientes e/ou 
mercado. 
Bancos que só operam finan-
ciando clientes de determina-
do segmento (por exemplo: 
setor automotivo, crédito a 
lojistas, etc.). 
Risco de 
Catástrofe
Pode ser definido como risco 
de perdas devido a catástrofes 
(naturais ou não).
Desastres naturais (terre-
motos, enchentes, etc) que 
dificultem a operação diária 
da instituição ou de áreas 
críticas, como centros de 
processamento, de telecomu-
nicações, etc. 
Destruição do patrimônio 
da instituição por desastres 
que abalem a estrutura civil 
de prédios (colisão de aviões, 
caminhões, incêndios, etc).
Tabela 1 - Tipos de Risco 
Fonte: BRITO, Osias. Gestão de Risco. São Paulo, Ed. Saraiva, 2007. 
Qualificação e Capacitação 
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QUALIFICAÇÃO E CAPACITAÇÃO 
Você com certeza já percebeu que vivemos em tempos de mudanças constan-
tes. Aliás, há um ditado muito conhecido no meio empresarial que afirma que 
a única coisa que nunca muda é a mudança. Na questão de contar com funcio-
nários “ideais”, a mudança já atinge as empresas há algum tempo. Simplesmente 
não existe um funcionário “ideal” – pelo menos do ponto de vista dos contra-
tantes. Na verdade, com a disputa cada vez mais acirrada entre as empresas, os 
melhores talentos também são disputados, e o que resta para as empresas é bus-
car profissionais que atendam minimamente a suas necessidades imediatas e 
treiná-los para outros desafios. A ideia é que a capacitação dos funcionários seja 
constante e que o treinamento oferecido pelas empresas resulte não só no supri-
mento de necessidades de execução de tarefas, mas também no crescimento do 
próprio profissional.
Encontrar profissionais “prontos” é quase uma utopia, pois os diversos cursos 
oferecidos em escolas e em muitas faculdades preparam profissionais genera-
listas, enquanto, na maioria das vezes, as empresas precisam de especialistas, 
no sentido pleno da palavra, ou seja, alguém que entenda especificamente de 
um processo desenvolvido pela empresa. É verdade que as escolas e faculdades 
RISCOS
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IU N I D A D E24
tentam acompanhar essa dinâmica do mercado, mas nem sempre isso é possível. 
Algumas instituições na verdade nem tentam, o que determina a obsolescên-
cia de seus cursos. 
O ponto a ser observado é o perfil do próprio profissional, este sim total-
mente responsável por sua própria formação, buscando a todo o momento sua 
atualização por meio de um processo de educação continuada, que nada mais é 
do que a constante procura por qualificação e capacitação.
A qualificação dos profissionais em uma organização é um parâmetro básico 
para analisar sua capacidade de competição. A existência de uma cultura corpo-
rativa, observância de procedimentos internos e efetivo domínio da tecnologia 
de gerenciamento de riscos corporativos somente são atingidos com pessoal 
qualificado.
A qualificação dos profissionais de uma instituição financeira deve ser enten-
dida no sentido mais amplo, envolvendo, por exemplo, questões relacionadas 
a caráter, profissionalismo, dedicação, inteligência e conhecimento (prático e 
teórico).
Pode-se dizer que um passo importante para a implementação de um geren-
ciamento de riscos corporativos é a alta direção estar efetivamente comprometida 
com o processo e a busca da qualificação, trazendo como resultado a formação 
de seu corpo funcional, que torna o profissional individualmente habilitado para 
o exercício das suas funções. 
Porém, devemos considerar que a qualificação nunca será uma formação 
completa, ou seja, o aperfeiçoamento é contínuo e a aquisição de conhecimentos 
segue esta mesma lógica, sejam esses conhecimentos teóricos, práticos, técnicos 
e/ou operacionais. Este aperfeiçoamento deve ser aderente aos serviços e produ-
tos oferecidos pela organização e podem ser oferecidos por meio de uma gama 
extensa de métodos (como cursos presenciais, a distância, módulos de auto-
aprendizado entre outros); o importante é que se realizem constantemente, ou 
seja, devem sempre ser oferecidos, pois atuamos em um mercado de trabalho 
exigente, e a qualificação é um item indispensável para suprir pelo menos uma 
dessas exigências.
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Por meio da capacitação, busca-se preparar as pessoas para tomar decisões 
acertadas frente às diversas situações referentes à sua atividade. Conhecimentos, 
resolução de problemas, ofertas de alternativas de melhorias, relacionamento 
interpessoal, entre outros são características que podem ser ofertadas ao cola-
borador por meio da capacitação.
Sabe-se que capacitar é uma questão de planejar, e ter visão de futuro é basi-
camente treinar seus trabalhadores, é ajuda-los a fazer melhor o que já fazem. 
A responsabilidade dos profissionais sobre atividades mais complexas deve vir 
necessariamente acompanhada de capacitação específica, pois responsabilidades 
maiores envolvem geralmente maiores riscos, portanto, as habilidades técnicas 
dos profissionais envolvidos serão constantemente testadas. 
Normalmente, a capacitação de profissionais é um investimento barato, 
comparado com a aquisição de profissionais que já têm essas habilidades e que 
estão atuando em outras empresas. Treinar alguém que não tem ou tem pouco 
conhecimento faz com que essa pessoa aprenda e se identifique com a cultura 
da empresa e venha a permanecer na mesma. 
A efetividade de um treinamento pode ser conseguida de diversas formas. 
Uma delas é buscar, por meio de convênios específicos com instituições de 
ensino, os módulos que de fato interessam à empresa na formação de seus fun-
cionários. Outras empresas aproveitam-se de seus próprios quadros, convidando 
funcionários mais experientes e capacitados para treinar os colaboradores recém-
contratados. Outra forma é, por meio de negociação entre as partes, enviar 
funcionários para receber treinamento em fornecedores de máquinas e equi-
pamentos, com o objetivo de qualificarem-se para operação destas tecnologias. 
Fornecer autonomia, criar autoconfiança e promover o desenvolvimento são 
atributos ofertados às pessoas que participam dos cursos de capacitação, pois o 
ato de capacitar é mais do que simplesmente treinar: capacitar desenvolve com-
petência, que é o resultado de conhecimento, habilidades e atitudes.
Competência não se transfere de uma pessoa para outra. Mas, é possível aju-
dar as pessoas a construírem sua própria competência.
RISCOS
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MAPEAMENTO DOS RISCOS
Podemos definir mapa de risco como uma representação gráfica, normalmenterepresentada por círculos coloridos, distribuídos numa planta baixa da locali-
dade que está em estudo e que representa um conjunto de fatores que podem vir a 
acarretar prejuízos à saúde dos trabalhadores e até mesmo acidentes de trabalho.
Esses fatores estão relacionados aos mais diversos tipos de elementos que 
são utilizados para a realização do trabalho, inclusive levando-se em conside-
ração a forma e a postura que o trabalhador utiliza para realizar sua atividade.
Um dos principais objetivos do mapa de risco é divulgar visualmente infor-
mações entre os trabalhadores e estimular sua participação em atividades de 
prevenção. 
De acordo com o site Brasiliano & Associados (2009, online), 
Um mapa dos riscos ajuda as pessoas a identificarem os riscos que en-
frentam, a encontrarem soluções ou tomarem providências para dimi-
nuir os riscos.
O mapeamento de riscos é um método usado para investigar, registrar 
e analisar os riscos presentes nos ambientes de trabalho e suas conse-
qüências para a saúde e o bem-estar dos gestores e trabalhadores.
Podemos fazer uma analogia entre as atividades de risco identificadas pelo Mapa 
de Riscos com as atividades de gestão de riscos financeiros. As atividades finan-
ceiras são cada vez mais dinâmicas e complexas. Assim como o mapa de risco é 
utilizado para prevenção de riscos, no mundo das finanças, há um monitoramento 
cada vez maior dos riscos realizado por equipamentos tecnológicos avançados 
Mapeamento dos Riscos
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e por produtos financeiros extremamente complexos, exigindo que o profissio-
nal necessite fazer acompanhamento e treinamento constantes.
Por exemplo, ao falarmos de produtos financeiros complexos que auxiliam 
na administração de riscos, podemos citar o desenvolvimento dos derivativos 
que permitem ao profissional fazer um mapeamento dos riscos que possibilitam 
a transferência negociada entre agentes e conseguir identificar qual é a melhor 
gestão de riscos associados à volatilidade das taxas de juros, taxas de câmbio e 
o preço das ações. 
Podemos entender volatilidade como sendo a subida ou queda de preço de 
um ativo financeiro. Esta oscilação constante faz com que os mercados estejam 
sempre avaliando a performance destes ativos com a finalidade de prever quando 
estes movimentos irão acontecer.
A análise dessas cotações é padronizada em diversos tipos de riscos com a 
finalidade de facilitar sua identificação.
Sabe-se que as decisões sempre são tomadas levando-se em conta o emocio-
nal e o racional. Após executada uma ação, invariavelmente somos confrontados 
com questionamentos como esses: foi executada a ação da melhor forma possí-
vel? Foi tomada a melhor decisão?
O conhecimento e a experiência são ferramentas importantíssimas para se 
evitar riscos, precavendo-nos para não provocar situações indesejadas, ou seja, 
que nos levem aos riscos. Dessa forma, quanto mais conhecimento e experiên-
cia tem-se sobre determinados assuntos, mais se está preparado para evitar que 
os riscos aconteçam e venham causar prejuízos.
Lembre-se: o risco sempre nos leva a uma situação inadequada, e o medo 
de passar por momentos desagradáveis, que nos leve à desilusão, faz com que 
a convivência se torne cada dia mais racional do que emocional. Só não existe 
o risco quando o que deveria ser feito já foi realizado, quando já se tornou um 
fato consumado.
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RISCOS OPERACIONAIS
Define-se como riscos operacionais nas instituições a possibilidade de perda 
direta ou indireta resultantes de falha, deficiência ou inadequação de processos.
Esses processos podem ser caracterizados como internos quando são apresentados 
pela ausência de processos, como por exemplo, conceder crédito baseado em docu-
mentos falsos ou não atualizados, e como externos quando decorrentes de catástrofes, 
crises sociais, problemas com infraestrutura pública, crises sistêmicas entre outras.
Além dos riscos externos e internos acima citados, deve-se levar em con-
sideração também outras práticas inadequadas que podem contribuir para os 
riscos operacionais: práticas relacionadas com produtos e serviços, as deman-
das trabalhistas, a segurança deficiente no local de trabalho, os danos a ativos 
físicos próprios, os danos que acarretem a interrupção das atividades da institui-
ção, as possíveis falhas em sistemas de tecnologia da informação e as falhas no 
cumprimento de prazos, além do gerenciamento das atividades da instituição.
O risco operacional em instituições financeiras se intensifica por dois motivos 
principais: um é a exigência do mercado para a otimização de controles inter-
nos em instituições financeiras, e o outro é a demanda pela alocação de capital 
específico para o risco operacional.
Destacam-se entre os riscos operacionais mais comuns o risco legal, o risco 
de imagem, o risco de concentração, o risco de tecnologia, o risco estrutural, o 
risco de falha humana e de fraude, o risco de qualidade de controle e o risco de 
produtos e serviços.
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O risco legal pode acarretar sanções por parte de órgãos fiscalizadores por 
descumprimento de alguma norma legal. Entre os componentes do risco legal, 
os mais frequentes são os riscos de legislação, decorrentes de indenizações por 
danos a terceiros por violação da legislação vigente, o risco tributário – oriundo 
do não recolhimento de tributos em virtude de má interpretação da legislação 
aplicável, e o risco trabalhista que provém de processos trabalhistas por não cum-
primento ou cumprimento indevido da legislação trabalhista.
O risco de imagem altera a reputação por intermédio da publicidade nega-
tiva, difamando a instituição ou pessoa perante seu concorrente. 
Já o risco de tecnologia decorre da descontinuidade das atividades apoiadas 
por serviços tecnológicos. 
O risco estrutural é provocado por danos e por recursos inadequados, orga-
nização hierárquica e segregação de funções. A falha humana e fraudes são 
riscos que se dão em decorrência de equívocos, omissões, negligência ou ações 
fraudulentas. 
A falta de controle de qualidade nas organizações leva ao risco na qualidade 
dos controles, e este é ocasionado pela não observância das normas operacio-
nais e limites definidos. 
E, por fim, os riscos de produtos e serviços se dão pela forma inadequada de 
se prestar serviços ou vendas, ou seja, pelo não cumprimento do que foi acor-
dado junto ao contratante.
RISCO DE CRÉDITO
A probabilidade de uma empresa ou Estado que 
emitem instrumentos de dívida (títulos) não conse-
guir pagar os juros devidos ou reembolsar o capital 
aplicado aos seus credores é considerado como 
sendo risco de crédito.
Um governo pode não pagar um título de 
dívida emitido? Na maioria dos países com bons 
princípios de governança, os títulos do Governo 
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são considerados os mais seguros no mercado. Porém, as constantes crises vivi-
das por países pelo mundo afora mostram que pode haver sim calote por parte 
de governos. São casos raros, porém, possíveis.
No caso dos títulos emitidos por empresas, a única garantia existente é a 
situação financeira da entidade que o emite: quanto menor for a credibilidade 
da empresa, maiores as taxas que os investidores tenderão a exigir de remune-
raçãopor seus investimentos, justamente pela maior possibilidade de perdas. 
Para melhor entender o que vem a ser um risco de crédito, é necessário saber 
o que são operações de crédito. Um bom exemplo para entendermos essas ope-
rações é analisarmos como operam os bancos. 
Os bancos são intermediários financeiros, isto é, captam dinheiro dos agentes 
superavitários em suas operações passivas tais como: depósito à vista e a prazo, 
para emprestar aos agentes deficitários, aqueles clientes que precisam de dinheiro.
O gerenciamento do risco de crédito nas instituições financeiras vem sofrendo 
modificações nos últimos anos e, nesse sentido, são várias as técnicas que são 
utilizadas para a mensuração do risco de crédito, em sua maioria, pelos gran-
des bancos, que têm implementado diversos tipos de análise antes de liberar o 
crédito aos tomadores.
Para Brito e Assaf Neto (2008), crédito é uma atividade de dispor dinheiro 
a um tomador que necessita de recursos financeiros para o agora, que toma 
dinheiro de um financiador, e surge uma promessa financeira que deverá ser 
paga num determinado período de tempo. 
Um exemplo de operação de crédito é o CDC - Crédito Direto ao Consumidor, 
em que uma financeira faz intermédio nas operações de compra de um bem entre 
uma loja e o consumidor. 
Os bancos são especialistas em fazer operações de crédito. Nesse sentido, 
podemos citar o Banco do Brasil com o Crédito Rural, importantíssimo para o 
fomento do agronegócio brasileiro.
Existe a possibilidade de o contratante não conseguir honrar o compro-
misso assumido de várias formas, e essas faltas recebem o nome de riscos, dos 
quais podemos citar: 
 ■ risco de liberação de crédito, que é a avaliação indevida ou falta de 
avaliação; 
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 ■ risco de concentração, que corresponde a não diversificação das opera-
ções de crédito;
 ■ risco de inadimplência, que é a perda da capacidade de pagamento do 
devedor;
 ■ risco de controles, que se identifica com a falta ou ineficiência para geren-
ciamento da carteira de crédito;
 ■ risco de garantias, que pressupõe a falta ou insuficiência de garantias para 
a realização do pagamento.
 ■ risco de degradação do crédito, que é a alteração gradativa de qualidade 
de crédito do tomador;
 ■ risco de degradação das garantias, que está relacionado à perda da qua-
lidade das garantias; e
 ■ risco de provisão que se refere ao comprometimento com devedores que 
não têm capacidade de pagamento.
Ainda de acordo com Brito e Assaf Neto (2008, p.36), 
A mensuração de risco de crédito é o processo de quantificar a possibi-
lidade de a instituição financeira incorrer em perdas, caso os fluxos de 
caixa esperados com as operações de crédito não se confirmem. O risco 
de default “risco cliente” constitui a principal variável desse processo, 
podendo ser definido como a incerteza em relação à capacidade de o 
devedor honrar os seus compromissos assumidos.
MODELOS DE RISCO DE CRÉDITO
Existem vários modelos como ferramentais e aplicações que são utilizadas com o 
objetivo principal de medir o risco dos tomadores, sejam nas transações indivi-
duais ou numa carteira de crédito como um todo. Essas importantes ferramentas, 
destinadas ao processo de gestão de riscos, permitem que o concedente do cré-
dito avalie o risco de crédito numa forma agregada, considerando-se os efeitos 
produzidos pela diversidade das correlações entre os ativos da carteira.
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Segundo Andrade (2004, p.1),
Os modelos de risco de crédito podem ser classificados em três grupos: 
modelos de classificação de risco, modelos estocásticos de risco de cré-
dito e modelos de risco de portfólio.
Os modelos de classificação de risco buscam avaliar o risco de um 
tomador ou operação, atribuindo uma medida que representa a ex-
pectativa de risco de default, geralmente expressa na forma de uma 
classificação de risco (rating) ou pontuação (escore). Os modelos de 
classificação de risco são utilizados pelas instituições financeiras em 
seus processos de concessão de crédito.
Os modelos estocásticos de risco de crédito são aqueles que têm por 
objetivo avaliar o comportamento estocástico do risco de crédito ou 
das variáveis que o determinam. Esses modelos são utilizados pelas ins-
tituições financeiras principalmente para precificar títulos e derivativos 
de crédito. 
Os modelos de risco de portfólio visam a estimar a distribuição estatís-
tica das perdas ou do valor de uma carteira de crédito, a partir da qual 
são extraídas medidas que quantificam o risco do portfólio. 
Para se estruturar um modelo de risco, faz-se necessário que sejam considera-
das as principais variáveis que representam as características das empresas que 
serão analisadas. Por meio de um estudo de insolvência, utilizando-se para isso 
fórmulas estatísticas, podem-se selecionar e classificar as empresas proponen-
tes em empresas saudáveis merecedoras de crédito ou empresas com restrições.
Esses modelos de previsão de insolvência normalmente se baseiam nas téc-
nicas estatísticas de análise multivariada, tais como a regressão linear, correlação 
linear e análise discriminante. Ressalta-se que outras técnicas também têm sido 
utilizadas no desenvolvimento desses modelos de risco de crédito.
PROCESSO DE CONCESSÃO DE CRÉDITO
Por meio da análise de um conjunto de fatores se possibilita emitir um parecer sobre 
uma determinada operação de crédito; a esse processo denominamos análise de 
crédito. Essa análise tem por finalidade atribuir valores ao conjunto de fatores ana-
lisados e permitir a emissão de um parecer sobre a operação de crédito em questão.
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Tanto para pessoas físicas como para jurídicas, o processo de concessão de 
crédito é muito parecido. Observe que uma pessoa física tem seu rendimento e 
com ele programa-se para suprir suas necessidades e procura não gastar mais 
do que ganha, para poder honrar seus compromissos. Porém, se porventura sur-
gir um imprevisto, a pessoa obriga-se a buscar uma nova fonte de renda para 
suprir tal necessidade, o que muitas vezes resulta na busca por empréstimos. É 
nesse momento que aparece o profissional habilitado que faz a análise de crédito.
Atualmente, esse profissional conta com os avanços tecnológicos e softwa-
res específicos como ferramentas de auxílio. Dados estatísticos e um histórico 
do cliente proporcionam ao analista verificar se o cliente é um bom pagador ou 
não. Um cuidado que o analista deve ter é o de não confiar apenas nas informa-
ções prestadas pelo próprio tomador de crédito. É importante que seja feita uma 
checagem para comprovar se as informações prestadas são fidedignas.
Ao se fazer uma análise de crédito, para se determinar o risco que se corre 
na operação, busca-se identificar principalmente os seguintes fatores: Caráter; 
Capacidade; Patrimônio e a Garantia. 
Ao analisar o Caráter, busca-se identificar se o tomador de crédito tem em seu 
histórico pontos positivos em relação a paga-
mentos anteriores, se ele sempre foi pontual 
e se sempre saldou as dívidas anteriormente 
contraídas.
Com relação à Capacidade, identifica-se 
se a renda do cliente é suficiente para saldar 
a dívida que por ele será contraída, ou seja, 
se seus rendimentos são suficientes para sal-
dar a dívida que está contraindo.
Ao se fazer a análise do Patrimônio,procura-se descobrir por meio do 
Balanço Patrimonial da empresa, ou da situação econômica apontada no Imposto 
de Renda da pessoa física, se os seus recursos e bens podem ser utilizados para 
honrar seus compromissos.
Já no que diz respeito à Garantia, procura-se dar segurança a quem está ofe-
recendo o crédito, ou seja, solicita-se um “aval” de terceiros, que pode ser em 
forma de fiador ou outros termos, mas sempre com a mesma finalidade, que é 
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fazer com que alguém se comprometa a pagar a dívida do tomador do emprés-
timo caso o principal devedor não o faça. 
As condições impostas para fornecer o crédito levam em consideração 
vários fatores além dos acima citados, como, por exemplo, fatores externos como 
mudanças na política econômica do país, conjunturas nacionais e internacionais, 
meio ambiente entre outros, que podem afetar positivamente ou negativamente 
uma operação de crédito. Os fatores internos como sazonalidade, variação no 
número de pedidos, sobra ou falta de mão de obra também influenciam nesse 
processo. As condições afetam as pessoas/empresas das mais variadas formas e 
com diferente intensidade.
PROCESSO DE MENSURAÇÃO DE CRÉDITO
As funções de crédito têm um papel estra-
tégico na busca de resultados financeiros, 
mas, para isso, é necessário que se domi-
nem os processos relacionados à concessão 
de crédito. Esse aprendizado traz conceitos 
e práticas financeiras para que as empresas 
consigam administrar o crédito gerando 
maximização dos lucros e, ao mesmo 
tempo, minimizando os riscos financei-
ros envolvidos na operação.
Os modelos de gerenciamento se 
aprimoram com o passar do tempo e, atu-
almente, existem softwares que tabulam 
esses riscos.
O que se busca com a aplicação dessas ferramentas computadorizadas é ante-
ver com clareza os casos de insolvência de empresas, as ameaças de globalização 
de mercados; crescimento de transações com derivativos de crédito; garantias 
apresentadas com valores duvidosos entre outros.
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RISCO DE CONTRAPARTE
Contraparte é a parte oposta em relação à outra. Assim, risco de contraparte é 
o risco de que a outra parte não cumpra as suas obrigações contratuais assumi-
das no negócio.
O risco de contraparte é também um risco de crédito, embora possa existir 
essa relação de contraparte não direcionada a finanças.
Em mercados de capital, o risco de contraparte é importante quando se nego-
ciam instrumentos derivados não cotados, pois em cada um deles, o valor do 
instrumento está sempre dependente da contraparte cumprir as suas obrigações.
Risco de Mercado 
O risco de mercado pode ser definido como sendo a possibilidade de ocor-
rer perdas resultantes da variação nos valores de mercado de posições, sejam elas 
ativas ou passivas que são retidas pelas instituições financeiras.
Os limites operacionais estabelecem os riscos de mercado e têm por objetivo 
assegurar um número máximo de operações nos mercados e produtos autorizados.
Suas principais funções são: 
 ■ Analisar as propostas dos limites de risco de mercado e apresentar 
recomendações. 
 ■ Analisar, controlar, desenvolver e realimentar de forma contínua as ten-
dências do mercado, suas evoluções e os riscos desse mercado.
No risco de mercado, são abordados os riscos das operações sujeitas à variação 
cambial, taxa de juros, descasamento e diversificação dos preços de mercadoria 
e nos preços das ações.
No que diz respeito ao risco de taxas de juros, estamos nos referindo à perda 
de valor da carteira decorrente de mudança de taxa de juros. O risco de des-
casamento de taxas ocorre quando as taxas de captação são superiores às do 
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empréstimo, enquanto que o risco de descasamento de prazo está relacionado 
ao prazo diferenciado entre ativos e passivos.
O risco de concentração está na não diversificação de aplicações financeiras. 
Aqui se aplica aquele famoso ditado que diz: “Não devemos carregar todos os 
ovos numa única cestinha, pois, se a cestinha cair, a chance de se perder grande 
parte dos ovos é muito grande”.
O risco da variação cambial está nas oscilações que ocorrem nas taxas de 
câmbio e consiste na possibilidade de haver perdas decorrentes dessas oscila-
ções nas taxas de câmbio.
Para Brasiliano (2003, p. 22), risco de mercado define-se “como uma medida 
numérica da incerteza relacionada aos retornos esperados de um investimento, 
em decorrência de variações em fatores como taxas de juros, taxas de câmbio, 
preços de ações e commodities.”
Já o risco de taxa de juros é representado pelas variações que são observadas 
nas taxas de juros. Quanto maior é o prazo de vencimento do título, maior é a 
sensibilidade que o mesmo tem em relação ao mercado, portanto, esse demons-
tra maior risco.
O risco de preços de ações está relacionado às mudanças dos valores das 
ações no mercado de capitais. Os valores da carteira de ações variam de acordo 
com a valorização ou desvalorização das ações que a compõe.
RISCO DE LIQUIDEZ
Entender liquidez é de fundamental 
importância para qualquer instituição 
do mercado financeiro e de capitais. 
Liquidez é a capacidade de uma 
organização de honrar os seus com-
promissos financeiros no prazo 
estabelecido, ou seja, conseguir pagar 
em dia e honrar seus compromissos 
na data do vencimento. 
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O risco de liquidez traduz-se como sendo a possibilidade de a instituição 
não conseguir honrar seus compromissos na data do vencimento ou acumular 
elevadas perdas. Quando isso ocorre numa instituição, essa falha pode acarre-
tar o que se chama de corrente financeira, ou seja, pelo fato de uma empresa 
não receber, ela não terá o dinheiro para efetuar seus pagamentos e assim não 
pagará seus credores, o quais, por sua vez, também não pagarão seus fornece-
dores e assim por diante, num efeito cascata.
Para Brito (2007), risco de liquidez pode ser considerado como sendo a 
impossibilidade de a organização de honrar com suas obrigações financeiras 
nas datas estipuladas. 
Os reguladores apresentam preocupações direcionadas às implicações para 
o sistema quanto ao risco de liquidez. Como dissemos há pouco, quando ocorre 
insuficiência de capacidade da organização em cumprir seus compromissos, isso 
pode ocasionar a inadimplência das contrapartes, provocando um efeito cascata. 
Assim sendo, conseguir gerenciar o risco de liquidez é uma atividade que 
pode ser considerada uma das mais importantes nas organizações do mercado 
de capitais e financeiros. 
Podemos, dessa forma, definir gestão de liquidez como um conjunto de pro-
cessos que visa garantir a capacidade de pagamento de uma instituição.
RISCO E RETORNO
Mudanças ocorrem a todos os momentos, e 
essas podem nos proporcionar oportunida-
des ou desilusões. Essas constantes mudanças 
que ocorrem em todo o mundo fazem com 
que as organizações, independente do ramo 
que atuam, seja no fornecimento de produtos 
ou de serviços, se adaptem com a finalidade 
de ter competitividade no mercado em que 
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atuam, conscientes de que a concorrência cresce a cada dia, tornando produtos e 
serviçosmuito parecidos, aumentando, por outro lado, a exigência dos consumi-
dores em relação à busca da qualidade com preços menores e maior variedade.
Planejar ainda é a forma ideal para se precaver de indesejadas situações, 
seja no curto, médio ou longo prazo. Os investidores querem cada vez mais uma 
maior rentabilidade do seu capital por parte da empresa e, dessa forma, uma 
maior remuneração de seus investimentos.
A relação que existe entre o risco e o retorno sobre o dinheiro que é aplicado 
é diretamente proporcional ao risco envolvido na operação, ou seja, se maior for 
o risco envolvido, maior é o valor do retorno que o investidor deseja.
Conforme Groppelli e Nikbakht (2010, p.25), 
Risco e retorno são a base sobre a qual se tomam decisões racionais e 
inteligentes sobre investimentos. De modo geral, risco é uma medida 
da volatilidade ou incerteza dos retornos, e retornos são receitas espe-
radas ou fluxos de caixa previstos de qualquer investimento.
Um equilíbrio entre o risco e o retorno é o que a maioria dos investidores procura, 
porém, é preciso que fique bem claro que investimentos mais seguros oferecem, 
de fato, menor risco, mas também trarão um menor retorno ao investimento. 
O contrário também é verdadeiro, ou seja, maior será o retorno quanto maior 
for o risco. Embora isso seja um fato, existem fatores que determinam o grau de 
risco em relação ao retorno oferecido.
Os empreendedores confrontam-se com riscos e incertezas quando tomam 
decisões, porém, na maioria das vezes, as alternativas escolhidas visam propor-
cionar retornos que os favoreçam, uma vez que suas escolhas se baseiam em 
estratégias que muitas vezes envolvem elevados riscos – porém calculados – ao 
empreendimento. O que devemos fazer é observar paralelamente se o retorno 
que foi proporcionado está compatível ou não com aquele desejado. 
A utilização dos indicadores financeiros é de fundamental importância para 
que os empreendedores tomem decisões. Equações que proporcionam encon-
trar o Ponto de Equilíbrio, o Retorno do Investimento, o Retorno do Patrimônio 
Líquido entre outros, em seus investimentos, dão ao investidor segurança ao 
fazer suas aplicações. 
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Existem índices financeiros que dão ao analista não apenas informações sobre 
a empresa em que ele atua, mas também informações sobre seus concorrentes. 
Os resultados esperados pelos investidores são estabelecidos por metas que 
precisam ser cumpridas e, para isso, se faz necessário um acompanhamento no 
desenvolvimento do projeto, sendo imprescindível um monitoramento ade-
quado de todas as etapas.
Talvez você se questione quanto ao motivo que leva alguém a investir numa 
empresa. Na verdade, a resposta é bastante simples: esse investidor ou empre-
endedor vislumbra um bom retorno financeiro nessa atividade. Caso contrário, 
com toda certeza buscaria outras alternativas de investimento (algumas até 
muito mais seguras). Para saber se fez ou não um bom negócio, se a alternativa 
em investir numa empresa foi ou não acertada, existe um índice financeiro que 
mede esse resultado que é o ROE, que basicamente é uma medida de compara-
ção com outras alternativas.
Sabemos que a empresa precisa gerar lucros, porém, esse não deve ser o 
único objetivo, pois a geração de lucro como único foco pode trazer uma visão 
míope para empresa, que direciona sua gestão apenas para o curto prazo, sem 
considerar alternativas mais amplas de geração de riqueza (isso sim deveria ser o 
objetivo maior) no longo prazo. Empresas que enxergam apenas no curto prazo 
são consideradas imediatistas e especulativas e não são boas alternativas para 
verdadeiros empreendedores. 
Como dissemos acima, o investidor tem alternativas para colocar seu capi-
tal. Portanto, ele deve ponderar sobre qual lhe proporcionará o retorno desejado 
numa faixa de risco aceitável para ele, já que em menor ou maior grau, todo inves-
timento carrega riscos. Segundo Groppelli e Nikbakht (2010, p.33), 
“Risco é o grau de incerteza associado a um investimento. Quanto maior a 
volatilidade dos retornos de um investimento, maior será o seu risco. Quando dois 
projetos têm os mesmos retornos esperados, escolhe-se aquele de menor risco.”
O retorno ideal ao investidor relaciona-se diretamente com a capacidade que 
ele tem em assumir riscos que podem ser equivalentes, superior ou até mesmo 
inferior ao retorno proporcionado. 
No mercado de títulos, os ganhos são compostos das compras e vendas de 
ações e mais o retorno dos dividendos. Obviamente, o risco e o retorno andam 
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juntos quando se fala em investimento e alguns fatores que interferem na deter-
minação desse nível de risco são: a volatilidade, o conhecimento dos diferentes 
tipos de risco, a compreensão do funcionamento de uma pirâmide de risco e a 
percepção de como o risco afeta o retorno.
Já vimos anteriormente o conceito de volatilidade, porém precisamos enten-
der o conceito de pirâmide de risco. 
A pirâmide de risco, como o próprio nome já sugere, configura-se em um 
esquema que mostra, em sua base, os investimentos menos arriscados, tais como: 
obrigações do tesouro e instrumentos do mercado de câmbio; em sua metade, 
encontramos investimentos com risco pouco maior, tais como: bens imobiliá-
rios e fundos de investimento, e quanto mais nos aproximamos do topo, vemos 
representados investimentos que têm maior risco, tais como: opções futuros e 
contratos por diferença. 
GESTÃO DE RISCOS
A gestão de riscos já não pode ser mais 
considerada como uma novidade. Líderes 
empresariais nunca falaram tanto em 
tomar decisões somente após fazer a 
análise dos riscos do ambiente corpo-
rativo, e é improvável encontrar alguém 
que venha a tomar decisões sem que primeiro tenha pelo menos analisado o 
tamanho do estrago que a tomada de decisão pode ocasionar à organização. Um 
tratamento inadequado relacionado à parte operacional, de finanças ou estra-
tégica da empresa em questão pode levar a situações perigosas. Crescentes são 
as preocupações dos gestores com a sustentabilidade dos negócios e a geração 
de valores aos acionistas.
De acordo com Rosseti (2008, p.174), gestão de riscos em empresas refere-
-se que
Gestão de Riscos
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A incerteza afeta as decisões econômicas, e consequentemente, os 
fluxos de investimentos que serão gerados nas relações de produção. 
Agentes de regulação, setor produtivo e mercado financeiro interagem 
sobre uma visão sistêmica e econômica. Os órgãos reguladores de mer-
cado, como os bancos centrais de seus países, possuem um foco na 
eficiência desse sistema, diante dos riscos proporcionados em toda a 
cadeia produtiva. Assim, surgem legislações e organismos mais dedica-
dos ao controle de mercado.
O mercado está em constante mudança e profissionais ligados à gestão de ris-
cos alegam que já chegou o momento de se atualizar em relação às exigências 
desse novo mercado. Considerar que riscos estão associados ao sucesso e que 
isso gera oportunidades é correto, mas é preciso levar em consideração que tam-
bém é necessária prevenção e recuperação dos fatos negativos já consumados, ou 
seja, é preciso se recuperar de crises que já passaram e se prevenir para enfren-
tar novas crises que possam vir. 
O desafio é então saber se um risco realmente representa uma oportunidade 
ou uma ameaça, um perigo enorme. As necessidadesde melhorar as avaliações de 
riscos são imediatas principalmente quando se tratam dos chamados riscos não 
financeiros, que são aqueles que envolvem aspectos operacionais e estratégicos.
Recursos tecnológicos para avaliação de riscos são procurados cada vez 
com mais frequência pelas organizações que necessitam de respostas rápidas 
para tomar decisões relativas as suas estratégias. Um dos fatores que devem ser 
considerados como de fundamental importância é o nível de automação que o 
processo oferece, pois isso tende a facilitar o serviço desenvolvido pelo profis-
sional que se dedica à gestão de riscos.
Se você pesquisar na Internet, com certeza encontrará um vasto material 
que tratará do assunto de riscos versus custos, procurando demonstrar como 
chegar a um equilíbrio entre essas duas variáveis. Por conta dessa busca pelo 
dimensionamento adequado do risco, o termo “Gestão de Riscos” não é mais 
nenhuma novidade.
Nos últimos anos, a ênfase na Gestão de Riscos de TI (Tecnologia da 
Informação) ganhou força, partindo inicialmente do estudo direcionado aos 
aspectos de segurança e continuidade dos processos para um programa com-
pleto que aborda tópicos relativos à segurança, à disponibilidade de dados, à 
conformidade com a exigências legais e regulatórias e a performance dos ativos 
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de informações. Considerando-se as características de riscos de TI, apresenta-
mos a seguir os aspectos relativos à segurança, à disponibilidade, ao desempenho 
e à conformidade. 
A segurança pode ser considerada como os riscos relativos a acessos não 
autorizados às informações, acessos esses que podem ser originários tanto de 
fora da empresa como até mesmo de dentro da empresa. Com relação à dispo-
nibilidade, ela refere-se ao risco de uma informação que seja necessária para 
tomada de decisão não estar disponível no sistema, causando transtornos e pre-
juízos aos processos da empresa. Quanto ao aspecto do desempenho, trata-se 
do risco de uma informação não se apresentar por limitações de gargalos dire-
cionados à comunicação de dados. No caso da conformidade, é fazer com que 
esteja tudo de acordo com as exigências regulatórias.
Não é nenhuma novidade, principalmente para as novas gerações, que os 
negócios pela Internet têm passado a dominar a agenda da maioria das organiza-
ções, mesmo aquelas não focadas para o comércio eletrônico. Por essa dimensão 
e importância que o mundo virtual ganhou, é natural que as organizações preo-
cupem-se com sua dependência da TI e com os investimentos que são aplicados 
nestas tecnologias, buscando conferir segurança, comodidade e confiabilidade 
nos sistemas. 
Considerações Finais
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os fatores que afetam a relação entre risco e retorno de 
uma empresa são de fundamental importância para qual-
quer tipo de decisão, seja esta relacionada às empresas, 
pessoas ou outras organizações. O ramo de atividade, 
fatores setoriais, acontecimentos políticos, ambientais e 
condições econômicas influenciam a demanda de produ-
tos e, por consequência, isso gera aumentos nos custos de 
produção e encargos financeiros.
Ficou claro para nós que as organizações estão sujeitas a danos 
causados à sua reputação por roubo de identidade ou por vazamento de informa-
ções confidenciais. Assim, além de preocuparem-se com os riscos relacionados 
aos ativos financeiros – que, aliás, sempre foram prioritários – agora se associa 
a esse fator também os riscos operacionais ligados à Tecnologia de Informação.
Esse estudo nos levou a uma reflexão sobre a necessidade de estarmos pre-
parados para responder a situações de risco, que se tornaram uma constante 
neste mundo turbulento. Situações que estudamos mostram a necessidade de 
nos anteciparmos aos riscos, de percebermos os riscos, sabendo diferenciar os 
riscos operacionais dos outros riscos e também mapear de forma efetiva a ampla 
gama de riscos e suas diversas fontes, proporcionando à administração a possi-
bilidade de transformar tudo o que foi visto em vantagem competitiva, criando 
valores com a tomada de decisões seguras.
Existem muitos fatores que levam à incerteza. Citam-se, entre eles, os fato-
res econômicos que variam de acordo com a oferta e demanda, as alterações 
dos preços dos produtos e o preço das matérias-primas entre outros, além dos 
fatores financeiros, como a falta de capacidade de pagamento, insuficiência de 
capital, os fatores técnicos, tecnologia empregada, matéria-prima inadequada e 
ainda outros fatores como: políticos, clima, falta de gerenciamento de projetos 
etc. Assim sendo, torna-se comum fazer a diferenciação entre risco e incerteza, 
pois a condição que leva à incerteza se caracteriza quando os fluxos de caixa 
associados a uma alternativa não têm como serem previstos com exatidão, dessa 
forma, não é possível quantificar a chance de que venha a ocorrer as variações 
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nos fluxos de caixa e, quando é possível mensurar, por meio de distribuições, 
considera-se que a situação é de risco.
Diante disso, ao se deparar com situações, tais como aumento/diminuição de 
produtividade, redução/elevação de preços, investimentos ou não em imobiliza-
dos e contratação/demissão de pessoal entre outras, o que se exige é uma tomada 
de decisão por parte do empreendedor pela escolha de uma entre as mais diver-
sas alternativas. Para essa tomada de decisões é importante que o empreendedor 
tenha o maior número possível de dados e informações ao seu dispor e ponderar 
qual será a mais viável, aquela que lhe trará menor risco e maior lucratividade.
45 - 45
1. O que significa risco? Com base no seu conhecimento e na leitura desta primeira 
unidade, por que as empresas estão investindo cada vez mais em gestão de ris-
cos?
2. Com base na sua experiência de mercado, cite alguns riscos inerentes ao opera-
cional das empresas financeiras e recomende melhorias para minimização des-
ses riscos?
3. Julgue a frase: com a gestão de riscos é possível extinguir as incertezas. Você 
considera essa frase correta? Justifique sua resposta.
MATERIAL COMPLEMENTAR
Gestão de Riscos e Incertezas 
Livro: A Arte da Guerra no Ocidente e no Oriente
Comentado por Julio Sergio Cardozo e Wang Chi Hsin
<http://www.youtube.com/watch?v=XOdH6ZUqvPo >.
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
<http://www.youtube.com/watch?v=umsMWL-F7Fc>.
Risco de Crédito: Avaliação e Análise
Por Adriano Blatt
<http://www.youtube.com/watch?v=L1rQorNqWEg >.
Análise de Riscos e Estratégia - Antonio Brasiliano
<http://www.youtube.com/watch?v=SZQ2Jhpe9YI>.
Com Sergio Itamar Alves Júnior
<http://www.youtube.com/watch?v=k0jQtCUgZ4E&feature=related>.
Quero Ficar com Polly
Sinopse: Reuben Feff er (Ben Stiller) é um homem prevenido, 
que detesta correr riscos. Porém um fato insólito muda 
completamente sua vida: sua esposa o abandona com um 
mergulhador, em plena lua de mel. Desolado com o ocorrido, 
Reuben acaba se envolvendo com Polly (Jennifer Aniston), 
uma mulher agitada que gosta de viver a vida intensamente.
Material Complementar
MATERIAL COMPLEMENTAR
A Arte da Guerra - Os Treze Capítulos Originais - 20ª 
edição
Sun Tzu
Editora: Jardim dos Livros
Sinopse: “A Arte da Guerra” é um dos clássicos mais infl uentes 
do pensamento oriental sobre estratégia. Esta é a edição 
completa que nos traz com excelência os ensinamentos do 
general chinês Sun Tzu através dos treze capítulos originais, 
que acerca de 2500 anos infl

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