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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro Avaliação a Distância – AD1 Período - 2012/1º Disciplina: Legislação Tributária Coordenador: Prof. Afranio Faustino de Paula Filho ATIVIDADE 2 - GABARITO Data de Início: 13/02/2012 Data-limite para entrega: 19/02/2012 Conteúdo: Aulas 4 e 5 Total de Pontos: 3,0 (Três) Após estudar as AULAS 04 e 05 desta disciplina, escreva um tex- to on line, respondendo às questões que se seguem: 1. Dentre os princípios gerais do Direito Tributário, estudados na aula 4, temos o princípio da anterioridade da lei tributária. Deste modo, discorra sobre este princípio, ressaltando suas caracterís- ticas, inclusive no que diz respeito à anterioridade nonagesimal, e esclarecendo se ele é o mesmo princípio da anualidade, tantas ve- zes mencionado por estudiosos do Direito Tributário. (1,5 pontos) Expectativa de Resposta: O princípio da anterioridade é um princípio particular do Di- reito Tributário, expresso no art.150, inciso III, alíneas “b” e “c”, da Constituição Federal. É também conhecido como princípio da não-surpresa, isto é, da não-surpresa desagradável. Estabelece que é vedado, a quem tenha competência tributá- ria, cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou (regra geral da alínea “b”), e desde que transcorrido o prazo mínimo de noventa dias da publicação da referida lei (alínea “c”). Esta regra da alínea “c”, que foi acrescentada pela Emenda à Constituição nº 42, de 19 de dezembro de 2003, é hoje conhecida como “anterioridade nonagesimal”. A implementação desta regra colocou fim na possibilidade de um tributo ser instituído ou aumentado por uma lei publicada no final do mês de dezembro, para ser cobrado a partir de 1º de janeiro do ano seguinte. Agora, há de respeitar além do exercício financeiro anterior, o prazo mínimo de noventa dias para a implementação do tributo. Em relação ao exercício financeiro, saliente-se que, hoje em dia, por força do art. 34, da Lei n.º 4.320, de 17/3/1964, ele coin- cide com o ano civil, correspondendo, desta forma, ao período en- tre 1º de janeiro e 31 de dezembro. Embora, alguns estudiosos entendam como sinônimos os princípios da anterioridade da lei e da anualidade, o fato é que o princípio da anualidade remanesce da Constituição Federal de 1946, que dispunha que nenhum tributo poderia ser cobrado em cada exercício financeiro sem que existisse prévia autorização or- çamentária, isto é, autorização expressa no orçamento para co- brança. Hoje, já não existe mais esta exigência, razão por que, embora para uns, hoje os dois princípios passaram a se equivaler, o mais correto é o entendimento de que hoje já não existe mais o princípio da anualidade. 2. Ao estudar a aula 5, você aprendeu que, “embora as imunidades tributárias e as isenções tributárias possam ser consideradas exonerações tributárias, visto que ambas se destinam a limitar o alcance e a aplicação dos tributos, elas não se confundem”. Desta forma, em um máximo de 20 linhas discorra sobre as diferenças existentes entre estas duas mosalidades tributárias: as imunida- des e as isenções. (1,5 pontos) Expectativa de Resposta: As imunidades tributárias, em nossa sistemática constitucio- nal, dizem respeito, em regra, aos impostos, não se referindo a ou- tras espécies de tributos, enquanto as isenções podem ser instituí- das em relação a qualquer tributo. Há, no entanto, pelo menos uma exceção a esta regra, instituída pelo art. 5º, inciso LXXVII da Cons- tituição Federal, que estabeleceu uma imunidade em relação às ta- xas relativas ao habeas corpus e ao habeas data; Por outro lado, as imunidades tributárias estão previstas cons- titucionalmente, ao passo que as isenções podem ser fixadas por lei. Sendo concedida por lei, a isenção pode também, por lei, ser revogada. Isto significa que, não tendo sido concedida por prazo determinado e sob determinadas condições, pode ser retirada a qualquer tempo, nada podendo fazer o contribuinte. Por sua vez, as imunidades são garantidas pela Constituição, de modo que não pode o Estado instituir regras que as contrarie. As imunidades não podem ser revogadas, a não ser que isto ocorra por emenda à Constituição. Boa Tarefa! O ESFORÇO DO ALUNO EM ACERTAR, trazendo exemplos e criando outras for- mas de expressar a sua compreensão do tema, deve ser valorizado na correção.
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