Buscar

ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO (Pdf)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

Inflamatório
Abdome agudo
Quadro Clínico 
Etiopatogenia
Fisiopatologia Conceito 
- Síndrome dolorosa, súbita, não traumática que dura mais de 6 horas, necessitando
de cirurgia ou não.
- Alguns processos inflamatórios acometem as estruturas abdominais (ites)
Objetivos da abordagem 
- Diagnóstico rápido e preciso
- Definir se é clínico ou cirúrgico
- Boa história clínica e exame físico
- Agente inflamatório ou infeccioso atinge o peritônio  irritação  Íleo paralítico progressivo, localizado ou generalizado = lei de
Stokes Dor mais bem localizada e contratura da musculatura abdominal localizada ou generalizada.
- Dor secundária à irritação do peritônio visceral (autônoma) = mal localizada e origina-se pela distensão e contração das vísceras
- Dor que segue a irritação do peritônio parietal (cerebroespinal) é contínua, progressiva, piora com ao movimento e é mais
localizada.
» Topografia da dor:
- A dor visceral é localizada
- Dor abdominal epigástrica = vísceras do intestino anterior;
- Dor abdominal periumbilical = vísceras do intestino médio
- Dor abdominal hipogástrica = víscera do intestino posterior.
» características da dor:
- INÍCIO: início de doença recente (apendicite aguda) ou agudização de doença crônica (colecistite aguda por colelitíase ou diverticulite)
- IRRADIAÇÃO: não deve ser confundida com localização, a trajetória da dor é característica em muitas patologias,
- TIPO: cólica, contínua, pontada, queimação etc., pode mudar no curso da doença e orientar diagnóstica.
- EVOLUÇÃO: caráter progressivo na apendicite aguda, colecistite aguda, pancreatite aguda e diverticulite aguda do sigmóide. Na maioria das doenças cirúrgicas a dor evolui para piora.
- INTENSIDADE E DURAÇÃO: nem sempre são proporcionais à gravidade, nem sugerem conduta cirúrgica.
- FATORES INTENSIFICADORES/ATENUANTES: exacerbação com a movimentação e esforços.
- SINTOMAS ASSOCIADOS: náuseas e vômitos, febre, alterações no hábito intestinal (constipação) na fase avançada. Diarréia secundáras a abscesso pélvicao (apendicite ou diverticulite
complicada), sintomas urológicos (disúria e polaciúria)
Apendicite aguda 
Colecistite aguda 
Pancreatite aguda 
Diverticulite
Causas não esclarecidas com resolução espontânea 
Outras causas de diagnóstico diferencial 
Anatomia do abdome 
- HD – Fígado e vesícula biliar (colecistite)
- HE – Baço
- FID – Apêndice (apendicite), órgãos reprodutores femininos (DIP)
- FIE – Cólon descendente (doença diverticular) órgãos reprodutores femininos (DIP)
- Epigastro - estômago
PATOLOGIAS DO ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO
APENDICITE AGUDA DIVERTICULITE 
AGUDA
COLECISTITE AGUDA PANCREATITE AGUDA
EPIDEMIOLO
GIA
Causa + comum de abdome agudo inflamatório
Doença cirúrgica + comum no abdome
Ocorre mais dos 20 aos 30 anos
Idosos (< resistência da parede abdominal
e < peristalse  Contipação crônica  >
pressão na parede abdominal cria sacos)
Sexo feminino
Adultos jovens
Idosos
80% - doença biliar litiásica ou ao álcool.
Causas: trauma, drogas, infecciosas,
vasculares, pós CPRE, idiopática.
CONCEITO/
FISIOPATOL
OGIA/
Inflamação do apêndice vermiforme.
Obstrução do Lume apendicular, por fecalito processo 
inflamatório  distensão (pega parte do peritônio visceral, a 
dor no inicio é referida na origem da inervação, periumbilical) 
Isquemia ((após 24h, dor parietal localizada em FID)
Processo inflamatório do divertículo e das
estruturas peridiverticulares.
Fecalito cai no divertículo  obstrução 
Inflamação  Dor começa periumbilical e
epigástrica, depois vai para FIE. (+ no cólon
descendente, onde a pressão é >)
Cálculo impactado no ducto cístico +
Inflamação química e/ou bacteriana da
vesícula biliar.
Inflamação química (mediadores
inflamatórios)  Infecção associada após
48h (o acúmulo de bile propicia a infecção)
Processo inflamatório do pâncreas
Ezimas pancreáticas fazem colocalização
(ficam + juntas)tripsina ativa próenzimas
 Agressão inflamatória ao pâncreas e
órgãos à distância.
DIAGNÓSTIC
O CLÍNICO
ANAMNESE:
Sintomas: dor inicial no epigástrio e periumbilical, depois migra
para FID (ponto de McBurney). Contínua, piora com ao
movimento. Náuseas, vômitos, febre (↓ no inicio, depois ↑),
posição antálgica e anorexia (a comida irrita e piora a dor).
Dificuldades: extremos da vida ou em apêndice atípico (pélvico
ou retrocecal).
Estado geral: costuma ser preservado, assim como as condições
hemodinâmicas.
EXAME DO ABDOME:
Inspeção: posição antálgica.
Palpação: dor localizada na fossa ilíaca direita ou difusa em
doença mais avançada, sinais de irritação peritoneal)
Sinal de Blumberg: dor à descompressão brusca no ponto de
McBurney (linha entre umbigo e crista ilíaca D, união do 2 e 3
terços distais).
Sinal de Rovsing: dor na FID por compressão na FIE (peristalse
retrógrada).
Sinal do obturador: dor hipogástrica provocada pela flexão da
coxa e rotação interna do quadril (apêndice pévico).
Sinal iliopsoas: dor provocada pela extensão e abdução da coxa
D , com o paciente deitado sobre seu lado E (apêndice
retrocecal).
Percussão: começa por um ponto distante do de McBurney,
ANAMNESE:
Sintomas dor abdominal na fossa ilíaca
esquerda. Tipo contínua ou em cólica.
Anorexia, náuseas, obstipação ou diarréia.
Disúria e polaciúria se atinge a bexiga ou o
ureter.
Estado geral: febril, pouco taquicárdico.
EXAME DO ABDOME:
Inspeção: abdome distendido
Palpação: sinais de irritação peritoneal
(descompressão brusca positiva, percussão
dolorosa) localizados em fossa ilíaca
esquerda, região suprapúbica ou
generalizada. Pode-se palpar uma massa
dolorosa na fossa ilíaca esquerda. Ao toque
retal, dor em fundo-de-saco.
Ausculta: RHA reduzidos
ANAMNESE:
Sintomas: dor em HD > 6 horas
desencadeada pela ingestão de alimentos
colecistocinéticos. Inicialmente é em cólica
e a seguir contínua (inflamação). Náuseas,
vômitos e febre.
Estado geral: depende do processo
inflamatório/infeccioso. Costuma estar
preservado, boa hemodinâmicas e febre
raramente superior a 38°C. Icterícia
discreta em 20% dos pacientes.
EXAME DO ABDOME:
Inspeção: posição antálgica ou discreta
distensão.
Palpação: hipersensibilidade no
hipocôndrio direito. Em 25% dos doentes, é
possível observar vesícula palpável e
dolorosa.
Sinal de Murphy — interrupção da
inspiração profunda pela dor à palpação da
região vesicular (ponto cístico).
Ausculta: RHA ↓ ou normais
ANAMNESE:
Sintomas: polimorfismo = erro de
diagnóstico. Dor abdominal intensa,
inicialmente epigástrica e irradiada para o
dorso, em faixa ou para todo o abdome,
além de náuseas e vômitos, acompanhada
de parada de eliminação de gases e fezes.
EXAME FÍSICO – forma leve:
Estado geral: regular, posição antálgica,
sinais de desidratação e taquicardia.
Inspeção:Abdome distendido.
Palpação: doloroso difusamente à palpação
profunda, especialmente no andar superior
Ausculta: ruídos hidroaéreos diminuídos.
EXAME FÍSICO – forma grave:
Inspeção: estado geral ruim, ansioso,
taquicárdico, hipotenso, dispnéico e
desidratado. Abdome distendido.
equimose e hematomas em região
periumbilical (sinal de Cullen) ou nos
flancos (sinal de Grey Turner).
Palpação: Doloroso difusamente e com
sinais de irritação peritoneal difusa.
Ausculta: RHA reduzidos, ou abolidos.
PATOLOGIAS DO ABDOME AGUDO INFLAMATÓRIO
APENDICITE AGUDA DIVERTICULITE 
AGUDA
COLECISTITE AGUDA PANCREATITE AGUDA
DIAGNÍSTIC
O 
Por exames 
complementar
es
Laboratorial: Leuco >20.000 sugere perfuração e EAS: excluir
doenças do TU
RX: para diagnóstico diferencial
USG: menos específica. 1º exame na ausência de TC e
fundamental quando se deseja evitar radiação.
TC: eficaz e efetiva. Uso de contraste venoso (dm do apêndice=4
a 6 mm, se tiver > sugere inflamação).
RX
TC
USG 
Laboratoriais: Alterações inespecíficas -
↑BT sem icterícia.
RX:
TC:
USG:
Colangiopancreatografiapor Ressonância
Magnética
Tem que ter 2 dos 3:
Clínica: dor em faixa, náuseas, vômito,
febre.
Laboratório: amilase, lipase 3x >. (o valor
não indica prognóstico). Lipase é mais
sensível., amilase pode dar em outros
quadros).
Imagem: TC + USG
Achados na TC: heterogenicidade do
parênquima; borramento da gordura
peripancreática; Coleções peripancreáticas.
COMPLICAÇ
ÕES
Abcesso, Fleimão, Peritonite Abcesso, Obstipação, Peritonite Empiema, Gangrena, Perfuração e/ou
fístula íliobiliar, Colecistite enfisematosa
(clostridium em homem diabético).
Complicações pulmonares, IR, síndrome 
compartimental aguda, abcesso, ascite, 
necrose do pâncreas. 
TRATAMENT
O/
escalas
Simples  Sem complicações e <48h HV + ATB profilático +
Apendicectomia
Suspeitomassa e/ou tardio Imagem
Imagem:
NormalSimples
Abcesso Drenagem + ATB + Colono+/-cirurgia
Fleimão ATB + Colono+/-cirurgia
Peritonite difusa?  HV+ Distúrbios HE + ATB +
Cirurgia de urgência.
Escala de Alvarado – Pontua sinais, sintomas e achados
laboratoriais. Diz a probabilidade de apendicite. (> 7 pontos =
probabilidade muito ata).
Sem complicações:
Bom: ATB (VO) + Dieta líquida
Prostrado: ATB (IV) + HV + Dieta zero
Com complicações:
Abcesso: Drenagem + ATB (IV) +
Colono + Cirurgia eletiva
Peritonite/obstipação: Cirurgia de
urgência
Escala de Hinchey – Diz o grau de
perfuração. (O pior é o nível 4 = peritonite
fecal – mortalidade de 43%)
Cirúrgico – Videolaparoscopia (VLP)
precoce – até 72H. Após isso já há estase
de bile, o que gera proliferação bacteriana.
Se rebaixamento, sem condições cirúrgicas,
realizar colecistostomia percutânea (drenar
o empiema para aliviar e depois que
melhorar faz a cirurgia.
Para todos - Faz ATB para cobrir Gram
negativos (E. coli, klebsiella, enterobacter,
enterecoco).
Primeiro define etiologia e gravidade pra
escolher o tratamento. - Critérios de
Atlanta, Ranson, APACHE II, BISAP
Leve: repouso + dieta zero + analgesia + HV 
+ eletrólitos + suporte. )reintroduz dieta 
oral após melhora clínica da dor, aceitação 
da dieta, não precisa de exame. 
Grave: Leve + CTI + HV (diurese 
0,5mg/kg/h) + NE/NTP 
ATB – só faz se na TC mostrar coleções que 
sugiram infecção. 
Escala de Baltasar: Estadiamento inicial da 
pancreatite aguda:. Antes da alta: dor 
controlada e alimentação normal. COLECISTITE ACALCULOSA
Conceito: Inflamação aguda da vesícula biliar na ausência de cálculos.
Fatores de risco: Lesão isquêmica em uma vesícula com estase prolongada; Paciente de UTI ; Politrauma ou grande 
queimado; Instabilidade hemodinâmica.
Clínica: Se paciente acordado – colecistite calculosa com icterícia + pronunciada. 
Se paciente sedado – investigar quem evoliu para febre e tem leucocitose inexplicada. .
Diagnóstico: USG
PANCREATITE NECROHEMORRÁGICA
Sinal de Cullen:: Necrose periumbilical.
Sinal de gray turner:Necrose em flanco.

Outros materiais