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História 2018 Tudo para você arrebentar no ENEM 2História 2018 Hora do gás final Regime Militar 17 12 Era Vargas 08 Segundo Reinado 04 Introdução 03 Índice 3História 2018 Introdução A preparação para o Enem é uma jornada que você começa lá no 1º ano do Ensino Médio, quando passa a ver os conteúdos específicos que serão cobrados no exame. São três anos de muito estudo, isso apenas na escola. E agora o grande dia está chegando! A essa hora, a ansiedade já deve estar tomando conta de você e a vontade de fazer a prova logo deve crescer a cada dia. Para tentar ajudar nesse momento impor- tante e te deixar confiante para mandar muito bem, separamos os conteúdos de História que mais aparece- ram nas últimas edições para que você possa revisá- -los. O nosso objetivo com esse e-book é apresentar, de acordo com análise feita pelo nosso professor Dimas, os principais conteúdos que você deve focar agora nessa reta final de preparação. Eles têm aparecido de maneira frequente na prova e, por isso, é importante estar por dentro. A prova do Enem é famosa por ter questões que envol- vem interdisciplinaridade, ou seja, você precisa apren- der a relacionar as diferentes matérias para solucionar as situações-problema apresentadas no exame. Pensando nisso, iremos disponibilizar esse material para todas as matérias, assim você se prepara de forma completa e não será pego de surpresa por questões inesperadas. Teremos e-books de Matemática, Física, Biologia, Química, Geografia, Português, Literatura, Filosofia, Sociologia, Artes, Inglês e Espanhol. Vamos, juntos, nos aproximar da tão desejada vaga na universidade dos sonhos? Bons estudos! 4História 2018 Segundo Reinado No que se refere a esse tema, é necessário ter conheci- mentos sobre a política partidária da época (Partidos Liberal e Conservador), o Golpe da Maioridade, o “Parla- mentarismo às avessas”, a Revolução Praieira, a expan- são cafeeira, a crise do escravismo, a imigração euro- peia, o surto industrial, a Guerra do Paraguai, o movi- mento republicano e as questões abolicionista, militar e religiosa, que contribuíram para a queda do Império. Golpe da Maioridade Para que o Segundo Reinado pudesse começar no Brasil, foi necessário antecipar a maioridade de D. Pedro II, que tinha apenas 14 anos quando decidiram que era hora dele assumir o comando do país. Isso foi possível graças ao Golpe da Maioridade, anteci- pação da maioridade de D. Pedro II para que ele pudes- se ser elegível ao trono. Após essa ação, ele assumiu o poder aos 15 anos, no dia 23 de julho de 1840. A ideia de antecipar a maioridade de D. Pedro II veio do partido Liberal, também conhecido como os “luzias”. Os principais objetivos do partido eram garantir sua influ- ência no poder e tentar acabar com a instabilidade política trazida pelo governo regencial. Compreendido entre 1840 (Golpe da Maioridade) e 1889 (Procla- mação da República), trata-se de um período de relativa estabili- dade política e prosperidade econômica quando comparado à fase anterior (Período Regencial). 5História 2018 Revolução Praieira A Revolução Praieira aconteceu no Estado de Pernam- buco, e foi a primeira enfrentada pelo governo de D. Pedro II, em 1848. Os principais fatores motivadores dessa revolução foram a miséria das camadas popula- res, o aumento da centralização do governo imperial, o controle do comércio atacadista por portugueses e o aumento da concentração fundiária. Principais caracte- rísticas da Revolução Praieira A Revolução Praieira teve como principais características o viés popular, marcada pelo republicanismo, o federalismo, o antilusitanismo e o socialismo utópico, representado pela “Primavera dos Povos”. Parlamentarismo às avessas Durante o governo de D. Pedro II, dois partidos dividiam as atenções no cenário político brasileiro. De um lado, o partido Liberal, democrático e revolucionário. Do outro, o partido Conservador, autoritário e defensor do absolu- tismo. A partir da renúncia de seu pai, D. Pedro II decide alterar a forma de governo no país, e adota o sistema utilizado pela Inglaterra à época: o Parlamentarismo. No Brasil, o sistema ficou conhecido como Parlamentarismo às avessas porque os representantes eram escolhidos pelo imperador, e não pelo povo, como tradicionalmente acontece. Expansão cafeeira A partir da segunda metade do século XIX, o Brasil se torna o maior produtor e exportador mundial de café. Em determinado momento, o país chegou a ter café suficiente para atender a demanda de consumo mun- dial por até três anos. Fatores da expansão cafeeira: Solo e clima favoráveis no Brasil, especialmente em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais; Disponibilidade de terras; Crescimento do mercado consumidor na Europa e nos Estados Unidos. A indústria do café no Brasil começa a se expandir na 1ª metade do século XIX, especialmente na região do Vale do Paraíba, região de divisa entre os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. A mão de obra para o cultivo do café era basicamente composta por escravos. Já a partir da 2ª metade do século XIX, essa expansão começa a acontecer com mais importância no Oeste Paulista, local que possui um solo formado por terra roxa. A mão de obra utilizada na região era basicamente de imigrantes. 6História 2018 Dicas de Estudo: Associe a Guerra do Paraguai, a crise do escravismo e o movimento abolicionista aos fatores que levaram à queda do Império. Procure resolver exercícios sobre o período com char- ges e/ou fotografias para desenvolver a habilidade de interpretar imagens e relacioná-las ao conteúdo. Como esse assunto pode ser cobrado? A partir da segunda metade do século XIX, o Brasil se torna o maior produtor e exportador mundial de café. Em determinado momento, o país chegou a ter café suficiente para atender a demanda de consumo mun- dial por até três anos. Nos últimos anos, tem sido recorrente o Enem cobrar questões sobre a crise do escravismo. Portanto, fique atento a temas como: a proibição do tráfico negreiro com a Lei Eusébio de Queirós e a vinda dos imigrantes europeus como consequência deste processo; a Lei do Ventre Livre; a Lei dos Sexagenários; o movimento abolicionista; e a libertação dos escravos com a Lei Áurea. Outro tema cobrado com frequência é a Guerra do Para- guai: seus fatores e sua relação com a crise do escra- vismo e com a Questão Militar que levou ao colapso do Segundo Reinado. Vale lembrar, ainda, que as questões sobre o Segundo Reinado, em sua maioria, contêm imagens, como foto- grafias e charges, que devem ser analisadas com muita atenção. Detalhe do quadro “A Batalha do Avaí” de Pedro Américo, retratando uma das batalhas da Guerra do Paraguai. 7História 2018 Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de parte dos “Voluntários da Pátria” que lutaram na Guerra do Paraguai (1864-1870), evidenciada na: a) negação da cidadania aos familiares cativos. b) concessão de alforrias aos militares escravos. c) perseguição dos escravistas aos soldados negros. d) punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente. e) suspensão das indenizações aos proprietários preju- dicados. Exercício De volta do Paraguai Cheio de glória, coberto de louros, depois de ter derramado seu sangue em defesa da pátria e liber- tado um povo da escravidão, o voluntário volta ao seu país natal para ver sua mãe amarrada a um tronco horrível de realidade! AGOSTINI. A vida fluminense, ano 3, n. 128, 11 jun. 1870. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Letras & Expressões, 2001 (adaptado). 8História 2018 Era Vargas Governo Provisório (1930-1934) Assim que Vargas assume o poder com a Revoluçãode 1930, apoiado pelo movimento tenentista, ele suspende a Constituição de 1891, substitui os Governadores do Estado por Interventores Federais (pessoas de sua confiança) e cria as leis trabalhistas – com a carteira de trabalho, descanso semanal e férias remuneradas, por exemplo. Tudo isso marca o Governo Provisório. Em meio a tudo isso, São Paulo fica muito insatisfeito, pois havia perdido a condição de protagonista no cená- rio político nacional. Desta forma, acontece a Revolução Constitucional de 1932. Nesse movimento, os paulistas reivindicavam a criação de uma nova Constituição, queriam um interventor civil e eleições para presidente. Depois de três meses de luta dos paulzvistas contra o Governo Federal, o resultado foi a vitória de Vargas. São Paulo não consegue conquistar o poder, mas ganha um Interventor Civil e Paulista – Armando Sales de Oliveira – e Vargas promete eleições para 1934. A recém-formada Assembleia Constituinte vai aprovar uma nova Constituição em 1934, com direito a voto secreto, voto feminino, regulamentação das leis traba- lhistas, escolas primárias gratuitas, deputados classis- tas, justiça eleitoral e do trabalho. Este é o período da história brasileira que se inicia com a ascensão de Getúlio Vargas em 1930, resultante da vitoriosa Revolução de 1930, e se encerra em 1945, com o colapso do Estado Novo. A resolução de questões sobre esse período exige o conhecimento de suas fases e principais características: Governo Provisório (1930-1934). Governo Constitucional (1934-1937). Estado Novo (1937-1945). 9História 2018 Governo Constitucional (1934-1937) Em 1934, começa a fase do Governo Constitucional, com a eleição de Vargas para presidente – vale lembrar que essa eleição foi indireta. Esse momento foi marca- do por uma forte polarização ideológica. No Brasil, tínhamos a “esquerda”, composta pelos estu- dantes e pela ANL – Aliança Nacional Libertadora, liderada por Júlio Prestes. Eles queriam a reforma agrá- ria, a nacionalização das empresas estrangeiras, a suspensão imediata do pagamento da dívida externa, a aliança com a URSS e a instauração de um governo popular socialista. Do outro lado, a extrema direita, composta pela AIB – Ação Integralista Brasileira – liderada pelo jornalista Plínio Salgado, de clara inspiração fascista. Defendia o partido único e o estado totalitário, com o culto à perso- nalidade do líder. Eis que acontece a Intentona Comunista, em 1935 – uma tentativa, sem sucesso, de instaurar o socialismo no Brasil. Não deu certo principalmente porque não teve o apoio dos proletários. Em resposta, Vargas decreta o “Estado de Sítio”, suspendendo os direitos constitucio- nais. Em 1937, as autoridades divulgam a existência do Plano Cohen, supostamente um plano revolucionário comunista que previa saques, greves, manifestações e ataques às autoridades. O governo anuncia essa “ameaça comunista” e, “em nome da segurança nacio- nal”, Vargas dá um golpe. Ele estabelece a ditadura do Estado Novo. Estado Novo (1937-1945) Nessa fase do governo de Getúlio Vargas, ele fecha todo o legislativo e suspende as eleições presidenciais marcadas para 1938. Foi o período mais autoritário e mais ditatorial da Era Vargas. Existem algumas características importantes do Estado Novo como, por exemplo, o populismo. Vargas, por meio de propagandas muito eficientes, ficou conhecido como o “pai dos pobres”. Outro ponto importante desse governo foi o peleguismo. Nesse momento, o sindicalis- mo foi controlado pelo Estado, perdendo sua autono- mia. Ainda em 1937, uma nova Constituição é imposta – apelidada de “A Polaca”. Ela tem forte inspiração fascis- ta e dá amplos poderes ao presidente – o mandato passa a ter duração de 6 anos com direito a reeleição, por exemplo. Essa constituição tem também os “decretos-lei” – agora o poder executivo é quem cria as leis, já que o legislativo está fechado. Todos os partidos políticos são extintos e o Estado passa a intervir na economia. Com isso tudo, Vargas desenvolve a indústria de base. Destaca-se a criação da Companhia Siderúrgica Nacio- nal em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e a Companhia Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. 10História 2018 Por fim, o último ponto importante do Estado Novo foi a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. Vargas chegou a negociar tanto com os Estados Unidos, quanto com a Alemanha para ver quem disponi- bilizaria mais recursos em troca de seu apoio. Ele decide ajudar os Estados Unidos, que lutava contra o regime nazifascita. Com base nessa atitude de Getú- lio Vargas, houve uma grande mobilização interna e externa para o país se redemocratizar e acabar com a ditadura em que vivia. Como esse assunto pode ser cobrado? Um assunto que surge muito na prova é a cidadania. Então, prepare-se para resolver questões sobre o voto – veja quando o voto para analfabetos foi instituído, o voto feminino, entre outros. Pode surgir alguma questão sobre as Constituições brasileiras ou, também, sobre o populismo. Getúlio Vargas foi uma referência de líder populista na América Latina. As questões podem exigir um conhecimento sobre o conceito de populismo e suas as característi- cas. Para ter certeza que você domina esse conteúdo, responda para si mesmo: “Por que o governo de Vargas é considerado populista”? Dicas de Estudo: Sobre o Governo Provisório, revise as leis trabalhistas, a Revolução Constitucionalista de 1932 (SP) e estude a Constituição de 1934. Já sobre o Governo Constitucional, pesquise sobre a Aliança Nacional Libertadora (ANL), Ação Integralista Brasileira (AIB), Intentona Comunista e Golpe do Estado Novo. No Estado Novo, a dica é estudar a Constituição de 1937 (“A polaca”), o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), as indústrias de base (CSN e Vale do Rio Doce), a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial e a redemocratização e colapso do Estado Novo. Foto oficial de Getúlio Vargas 11História 2018 Uma razão para a adoção da política de imigração mencionada no texto foi o(a): a) receio do controle sionista sobre a economia nacional. b) reserva de postos de trabalho para a mão de obra local. c) oposição do clero católico à expansão de novas religiões. d) apoio da diplomacia varguista às opiniões dos líderes árabes. e) simpatia de membros da burocracia pelo projeto totalitário alemão. Exercício (Enem, 2016) Em 1935, o governo brasileiro come- çou a negar vistos a judeus. Posteriormente, durante o Estado Novo, uma circular secreta proibiu a concessão de vistos a "pessoas de origem semita", inclusive turistas e negociantes, o que causou uma queda de 75% da imigração judai- ca ao longo daquele ano. Entretanto, mesmo com as imposições da lei, muitos judeus continuaram entrando ilegalmente no país durante a guerra e as ameaças de deportação em massa nunca foram concretizadas, apesar da extradição de alguns indivíduos por sua militância política. GRIMBERG, K. Nova língua interior. 500 anos de história dos judeus no Brasil. In: IBGE, Brasil: 500 anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2000 (adaptado). 12História 2018 Regime Militar Um dos períodos da História do Brasil que mais surgem no Enem é o regime militar, que começa com o golpe civil-militar que derrubou João Goulart, em 1964, e termina em 1985, com a ascensão do civil José Sarney à presidência da República (depois da morte de Tancredo Neves). Um bom desempenho em questões desse período requer do aluno o conhecimento sobre os presidentes-generais e as principais características de seus governos: Governo Castelo Branco (1964-1967). Governo Costa e Silva (1967-1969). Governo Médici (1969-1974). Governo Geisel (1974-1979). Governo Figueiredo (1979-1985). CasteloBranco 1964-1967 O primeiro presidente do regime militar foi Castelo Branco – ele dizia defender a democracia, mas adotou uma política autoritá- ria. O Brasil vivia uma grave crise econômica, com a inflação altís- sima. Para reverter essa situação e retomar o crescimento econômico, Castelo Branco anunciou o PAEG, Programa de Ação Econômica do Governo. Esse pacote previa algumas medidas como restrição ao crédi- to, aumento da taxa de juros, arrocho salarial (quando os salá- rios não são reajustados com os índices de inflação) e renego- ciação da dívida externa brasileira junto ao FMI. Desta forma, o Brasil consegue um novo empréstimo. Naquele momento, os militares precisavam encontrar formas de legalizar as suas ações políticas (autoritárias). Pensando nisso, eles instituíram os Atos Constitucionais. Castelo Branco lançou dois importantes Atos: o AI-1 e o AI-2. Costa e Silva 1967-1969 O segundo governo foi presidido por Arthur Costa e Silva. Nesse momento, a situação ainda não tinha se tornado autoritária e repres- siva ao extremo, então havia espaço para a oposição se reorganizar. Formou-se a Frente Ampla, com figuras renomadas como o ex-presi- dente Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda e João Goulart. Formou- -se, também, o Clero Progressista que defendeu a liberdade de expressão e a UNE, União Nacional dos Estudantes, que reúne um congresso histórico em 1968, na cidade de Ibiúna. Esse evento serviu de catalisador para a insatisfação civil quanto ao regime militar. Alguns estudantes reivindicavam pacificamente melhorias no restaurante Calabouço, que serviam refeições estudan- tis com um preço simbólico. O governo precisava de um pretexto para justificar o endurecimento do regime e eles utilizaram um discurso do deputado Marcio Moreira Alves, do MDB, que fazia críticas aos militares. Ele pediu para todas as pessoas que acreditavam na democracia para boicotarem a parada militar de 7 de abril e afirmou que os quar- téis se transformaram em covis de torturadores. O presidente pediu a abertura de um processo contra o político e decretou o AI-5, o pior de todos os atos institucionais. 14História 2018Emílio Garrastazu Médici 1969-1974 O governo de Médici foi o período de maior autoritarismo, famoso pelo auge da repressão. Sendo assim, ele ficou conhecido como os Anos de Chumbos. O DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e o DOI-CODI (Destacamento de Operações e Informações ao Centro de Opera- ções e de Defesa Interna), intensificaram a censura e utilizaram a tortura para obter informação a respeito da localização de oposi- tores do regime, para desarticular a oposição. Eram realizadas torturas com choque elétrico, afogamento, tortura psicológica principalmente a respeito da família. Mas se tinha tudo isso, por que os níveis de popularidade dos militares só cresciam? Isso pode ser explicado por dois motivos: o Neopopulismo e o Milagre Econômico do Brasil. O Neopopulismo são as propagandas do governo militar sobre o desenvolvimento do Brasil. Ficaram muito famosos os slogans “Pra frente Brasil”, “Ninguém segura esse país” e “Brasil: ame-o ou deixe-o”. Os militares também capitalizavam as vitórias do espor- te. Na época, o Brasil teve conquistas importantes na Fórmula 1 e o tricampeonato mundial no México. Já o segundo motivo foi Milagre Econômico Brasileiro. Entre 1969 e 1973 foi implementado o Plano Nacional de Desenvolvimento, PND. Seu objetivo era transformar o Brasil em uma potência mun- dial. Ernesto Geisel 1974-1979 O governo de Geisel marca o início da abertura política para restabele- cer a democracia. Ele afirmou, “A abertura política deveria acontecer sim, mas de forma lenta, gradual e segura”. Porém, Geisel não tinha controle das Forças Armadas, dos DOPS e DOI-CODI. Foi nesse momento que aconteceu o caso de Vladimir Herzog. Em 1975, o jornalista foi convocado a se apresentar às autoridades e acabou deixando a dependência morto. Na época foi alegado que ele teria cometido um suicídio, mas a própria justiça brasileira já afirmou que se trata de um assassinato. O jornalista da TV Cultura era um crítico do autoritarismo e defensor da democracia. Em 1976, o presidente cria a Lei Falcão com o objetivo de evitar o avanço da oposição nas próximas eleições, controlando a propaganda eleitoral da televisão. De acordo com a lei, o candidato só poderia apresentar uma foto, o número, a legenda e um breve currícu- lo – sem espaço para críticas aos militares. Não adiantou muito. Com isso, o governo radicalizou e lançou o Pacote Abril 1977. De acordo com o professor Dimas, esse foi o último suspiro autoritário do regime. Esse pacote aumentou o manda- to presidencial para 6 anos, fechou o congresso e instituiu a indicação de alguns senadores. Em 1979, o presidente fez a revogação do AI-5 e, a partir de então, as coisas começaram a mudar – os presos tinham direito ao Habeas Corpus, respondendo em liberdade, e a censura não era tão rígida. Em 1982 voltam as eleições diretas para governador, o que anima a população. Na eleição desse ano, a oposição tem uma vitória expressiva. Motivados por isso, milhares de pessoas saem às ruas pedindo por eleições diretas para presidente da república – manifestação conhecida como Diretas Já. Para que as eleições fossem diretas, era necessário a aprovação de uma emenda constitucional – aprovada pelo congresso com a maioria de dois terços de votos. Isso não aconteceu. Em 1985 as eleições presidenciais são indiretas, porém, é eleito um presidente civil. As eleições foram entre Tancredo Neves e Paulo Maluf. Tancredo vence, mas morre um dia antes de sua posse. Seu vice, Sarney, assume o poder com o fim do regime militar – momento chamado de Nova República. 15História 2018 João Batista Figueiredo 1979-1985 No último governo da ditadura militar, o Brasil passava por uma esperança de redemocratização e uma crise econômica muito grande. O presidente João Batista Figueiredo teve que lançar o terceiro Plano Nacional de Desenvolvimento – que não fez muita diferença. Segundo o professor Dimas, em 1983 a inflação chegou a 293%. Voltando à política, um fato polêmico do governo de Figueiredo foi a Lei da Anistia, de 1979. O regime militar propôs que se esquecessem tudo. Eles “perdoariam” os presos políticos de seus crimes, libertan- do-os e recebendo os exilados novamente no país, mas, por outro lado, eram esquecidas as ações autoritárias, torturas, prisões e assassinatos. Nesse mesmo ano aconteceu a reforma partidária, com o fim do bipartidarismo para o pluripartidarismo – momento que surgiu o PDS, PFL, PMDB, PDT, PT e outros. 16História 2018 Como esse assunto pode ser cobrado? Pelo menos uma questão do Ato Institucional surgirá na prova. Portanto, relembre os atos, principalmente os mais importantes (AI-1 e AI-5). Prepare-se para resolver perguntas sobre o Milagre Econômico, pois esse tema é bastante recorrente. Mas atenção: não basta saber quais foram os benefícios desse momento. O Enem costu- ma questionar quais foram as consequências de todo esse processo. Ou seja, as questões podem pedir uma análise não só do aspecto econômico, mas também do lado social. Apesar do Milagre Econômico apontar bons índices econômicos para o país e desenvolvimento, ele provocou a concentração de renda e o aumento da desigualdade social. Por fim, atente-se aos movimentos sociais políticos, como as Dire- tas Já. É muito comum aparecer alguma pergunta sobre o período de transição democrático. Leia sobre a Lei da Anistia e a Comis- são Nacional da Verdade. Dicas de estudo Para cada governo, estude: Governo Castelo Branco (1964-1967): AI-1, AI-2, AI-3, Constituição de 1967 e Doutrina de Segurança Nacional Governo Costa e Silva (1967-1969): Frente Ampla, Passeata dos Cem Mil, luta armada e AI-5.Governo Médici (1969-1974): “anos de chumbo” (auge da repressão), propaganda ufanista (“Pra frente Brasil”), Milagre Econômico Brasileiro, concentração de renda e obras “faraônicas”. Governo Geisel (1974-1979): crise mundial do petróleo e fim do Milagre Econômico, caso Wladimir Herzog, Pacote de Abril (1977) e revogação do AI-5. Governo Figueiredo (1979-1985): crise econômica (aumento da inflação) Lei da Anistia, Diretas Já e a eleição indireta de Tancredo Neves. Exercício (Enem, 2016) A Operação Condor está diretamente vinculada às experiências históricas das ditaduras civil-militares que se disse- minaram pelo Cone Sul entre as décadas de 1960 e 1980. Depois do Brasil (e do Paraguai de Stroessner), foi a vez da Argentina (1966), Bolívia (1966 e 1971), Uruguai e Chile (1973) e Argentina (novamente, em 1976). Em todos os casos se instalaram ditadu- ras civil-militares (em menor ou maior medida) com base na Dou- trina de Segurança Nacional e tendo como principais característi- cas um anticomunismo militante, a identificação do inimigo inter- no, a imposição do papel político das Forças Armadas e a defini- ção de fronteiras ideológicas. PADRÓS, E. S. et al. Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande do Sul (1964-1985): história e memória. Porto Alegre: Corag, 2009 (adaptado). Levando-se em conta o contexto em que foi criada, a referida operação tinha como objetivo coordenar a: a) modificação de limites territoriais. b) sobrevivência de oficiais exilados. c) interferência de potências mundiais. d) repressão de ativistas oposicionistas. e) implantação de governos nacionalistas. 17História 2018 Hora do Gás Final Vem com o Stoodi que esses temas vão cair Observando as últimas provas de História do Enem, nota- -se uma grande tendência para questões que envolvam as características do Segundo Reinado e também da Era Vargas. Além disso, é possível notar uma presença cons- tante de questões envolvendo o Regime Militar e a escra- vidão. Também é importante prestar atenção no período entre guerras e a colonização. Então é importante repas- sar esses conteúdos antes de ir para a prova. Palavras de Sabedoria Separamos aqui os principais conteúdos dentro da maté- ria de História que apareceram nas últimas edições do Enem. Com esse material em mãos, dê um gás nestes últimos meses e potencialize seus estudos com o que de mais importante você precisa revisar ou aprender. Se tiver alguma dúvida ou acredita não lembrar de alguma coisa, aproveite para revisar bem esses conteúdos! Sua hora de bilhar Nessa reta final é foco total na prova. Saber reconhecer as questões e o formato da prova é imprescindível. Por isso, a dica é tentar resolver pelo menos as duas últimas edições do Enem e se familiarizar com o padrão que você irá encontrar nos dias 4 e 11 de novembro. Você dedicou horas de estudo e abriu mão de momentos de lazer e convívio com a família e amigos para se prepa- rar para esse exame. Neste momento, é essencial mentalizar qual o seu objeti- vo, entender as razões que fizeram você passar por esse processo e seguir firme na caminhada. 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