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Exercícios História Enem

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História 2018
Tudo para você arrebentar
no ENEM
2História 2018
Hora do gás final 
Regime Militar 
17
12
Era Vargas 08
Segundo Reinado 04
Introdução 03
Índice
3História 2018
Introdução
A preparação para o Enem é uma jornada que você 
começa lá no 1º ano do Ensino Médio, quando passa a 
ver os conteúdos específicos que serão cobrados no 
exame. São três anos de muito estudo, isso apenas na 
escola. E agora o grande dia está chegando! 
A essa hora, a ansiedade já deve estar tomando conta 
de você e a vontade de fazer a prova logo deve crescer 
a cada dia. Para tentar ajudar nesse momento impor-
tante e te deixar confiante para mandar muito bem, 
separamos os conteúdos de História que mais aparece-
ram nas últimas edições para que você possa revisá-
-los. 
O nosso objetivo com esse e-book é apresentar, de 
acordo com análise feita pelo nosso professor Dimas, 
os principais conteúdos que você deve focar agora 
nessa reta final de preparação. Eles têm aparecido de 
maneira frequente na prova e, por isso, é importante 
estar por dentro. 
A prova do Enem é famosa por ter questões que envol-
vem interdisciplinaridade, ou seja, você precisa apren-
der a relacionar as diferentes matérias para solucionar 
as situações-problema apresentadas no exame. 
Pensando nisso, iremos disponibilizar esse material 
para todas as matérias, assim você se prepara de forma 
completa e não será pego de surpresa por questões 
inesperadas. Teremos e-books de Matemática, Física, 
Biologia, Química, Geografia, Português, Literatura, 
Filosofia, Sociologia, Artes, Inglês e Espanhol. 
Vamos, juntos, nos aproximar da tão desejada vaga na 
universidade dos sonhos?
Bons estudos! 
4História 2018
Segundo Reinado
No que se refere a esse tema, é necessário ter conheci-
mentos sobre a política partidária da época (Partidos 
Liberal e Conservador), o Golpe da Maioridade, o “Parla-
mentarismo às avessas”, a Revolução Praieira, a expan-
são cafeeira, a crise do escravismo, a imigração euro-
peia, o surto industrial, a Guerra do Paraguai, o movi-
mento republicano e as questões abolicionista, militar e 
religiosa, que contribuíram para a queda do Império.
Golpe da Maioridade
Para que o Segundo Reinado pudesse começar no 
Brasil, foi necessário antecipar a maioridade de D. 
Pedro II, que tinha apenas 14 anos quando decidiram 
que era hora dele assumir o comando do país.
Isso foi possível graças ao Golpe da Maioridade, anteci-
pação da maioridade de D. Pedro II para que ele pudes-
se ser elegível ao trono. Após essa ação, ele assumiu o 
poder aos 15 anos, no dia 23 de julho de 1840.
A ideia de antecipar a maioridade de D. Pedro II veio do 
partido Liberal, também conhecido como os “luzias”. Os 
principais objetivos do partido eram garantir sua influ-
ência no poder e tentar acabar com a instabilidade 
política trazida pelo governo regencial.
Compreendido entre 1840 (Golpe da Maioridade) e 1889 (Procla-
mação da República), trata-se de um período de relativa estabili-
dade política e prosperidade econômica quando comparado à 
fase anterior (Período Regencial). 
5História 2018
Revolução Praieira
A Revolução Praieira aconteceu no Estado de Pernam-
buco, e foi a primeira enfrentada pelo governo de D. 
Pedro II, em 1848. Os principais fatores motivadores 
dessa revolução foram a miséria das camadas popula-
res, o aumento da centralização do governo imperial, o 
controle do comércio atacadista por portugueses e o 
aumento da concentração fundiária. Principais caracte-
rísticas da Revolução Praieira A Revolução Praieira teve 
como principais características o viés popular, marcada 
pelo republicanismo, o federalismo, o antilusitanismo e 
o socialismo utópico, representado pela “Primavera dos 
Povos”.
Parlamentarismo às avessas
Durante o governo de D. Pedro II, dois partidos dividiam 
as atenções no cenário político brasileiro. De um lado, o 
partido Liberal, democrático e revolucionário. Do outro, 
o partido Conservador, autoritário e defensor do absolu-
tismo.
A partir da renúncia de seu pai, D. Pedro II decide alterar 
a forma de governo no país, e adota o sistema utilizado 
pela Inglaterra à época: o Parlamentarismo. No Brasil, o 
sistema ficou conhecido como Parlamentarismo às 
avessas porque os representantes eram escolhidos 
pelo imperador, e não pelo povo, como tradicionalmente 
acontece.
Expansão cafeeira
A partir da segunda metade do século XIX, o Brasil se 
torna o maior produtor e exportador mundial de café. 
Em determinado momento, o país chegou a ter café 
suficiente para atender a demanda de consumo mun-
dial por até três anos.
Fatores da expansão cafeeira:
Solo e clima favoráveis no Brasil, especialmente em São 
Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais; Disponibilidade de 
terras; Crescimento do mercado consumidor na Europa 
e nos Estados Unidos.
A indústria do café no Brasil começa a se expandir na 1ª 
metade do século XIX, especialmente na região do Vale 
do Paraíba, região de divisa entre os Estados do Rio de 
Janeiro e São Paulo. A mão de obra para o cultivo do 
café era basicamente composta por escravos.
Já a partir da 2ª metade do século XIX, essa expansão 
começa a acontecer com mais importância no Oeste 
Paulista, local que possui um solo formado por terra 
roxa. A mão de obra utilizada na região era basicamente 
de imigrantes.
6História 2018
Dicas de Estudo:
Associe a Guerra do Paraguai, a crise do escravismo e o 
movimento abolicionista aos fatores que levaram à 
queda do Império.
Procure resolver exercícios sobre o período com char-
ges e/ou fotografias para desenvolver a habilidade de 
interpretar imagens e relacioná-las ao conteúdo.
Como esse assunto pode ser cobrado?
A partir da segunda metade do século XIX, o Brasil se 
torna o maior produtor e exportador mundial de café. 
Em determinado momento, o país chegou a ter café 
suficiente para atender a demanda de consumo mun-
dial por até três anos.
Nos últimos anos, tem sido recorrente o Enem cobrar 
questões sobre a crise do escravismo. Portanto, fique 
atento a temas como: a proibição do tráfico negreiro 
com a Lei Eusébio de Queirós e a vinda dos imigrantes 
europeus como consequência deste processo; a Lei do 
Ventre Livre; a Lei dos Sexagenários; o movimento 
abolicionista; e a libertação dos escravos com a Lei 
Áurea. 
Outro tema cobrado com frequência é a Guerra do Para-
guai: seus fatores e sua relação com a crise do escra-
vismo e com a Questão Militar que levou ao colapso do 
Segundo Reinado.
Vale lembrar, ainda, que as questões sobre o Segundo 
Reinado, em sua maioria, contêm imagens, como foto-
grafias e charges, que devem ser analisadas com muita 
atenção. 
Detalhe do quadro “A Batalha do Avaí” de Pedro Américo, retratando uma das 
batalhas da Guerra do Paraguai.
7História 2018
Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de 
parte dos “Voluntários da Pátria” que lutaram na Guerra 
do Paraguai (1864-1870), evidenciada na: 
a) negação da cidadania aos familiares cativos. 
 
b) concessão de alforrias aos militares escravos. 
 
c) perseguição dos escravistas aos soldados negros. 
 
d) punição dos feitores aos recrutados 
compulsoriamente. 
e) suspensão das indenizações aos proprietários preju-
dicados. 
Exercício
De volta do Paraguai 
Cheio de glória, coberto de louros, depois de ter 
derramado seu sangue em defesa da pátria e liber-
tado um povo da escravidão, o voluntário volta ao 
seu país natal para ver sua mãe amarrada a um 
tronco horrível de realidade!
AGOSTINI. A vida fluminense, ano 3, n. 128, 11 jun. 
1870. In: LEMOS, R. (Org.). Uma história do Brasil 
através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: 
Letras & Expressões, 2001 (adaptado).
8História 2018
Era Vargas
Governo Provisório (1930-1934)
Assim que Vargas assume o poder com a Revoluçãode 
1930, apoiado pelo movimento tenentista, ele suspende 
a Constituição de 1891, substitui os Governadores do 
Estado por Interventores Federais (pessoas de sua 
confiança) e cria as leis trabalhistas – com a carteira de 
trabalho, descanso semanal e férias remuneradas, por 
exemplo. Tudo isso marca o Governo Provisório.
Em meio a tudo isso, São Paulo fica muito insatisfeito, 
pois havia perdido a condição de protagonista no cená-
rio político nacional. Desta forma, acontece a Revolução 
Constitucional de 1932. Nesse movimento, os paulistas 
reivindicavam a criação de uma nova Constituição, 
queriam um interventor civil e eleições para presidente.
Depois de três meses de luta dos paulzvistas contra o 
Governo Federal, o resultado foi a vitória de Vargas. São 
Paulo não consegue conquistar o poder, mas ganha um 
Interventor Civil e Paulista – Armando Sales de Oliveira 
– e Vargas promete eleições para 1934.
A recém-formada Assembleia Constituinte vai aprovar 
uma nova Constituição em 1934, com direito a voto 
secreto, voto feminino, regulamentação das leis traba-
lhistas, escolas primárias gratuitas, deputados classis-
tas, justiça eleitoral e do trabalho.
Este é o período da história brasileira que se inicia com a ascensão 
de Getúlio Vargas em 1930, resultante da vitoriosa Revolução de 
1930, e se encerra em 1945, com o colapso do Estado Novo. 
A resolução de questões sobre esse período exige o conhecimento 
de suas fases e principais características:
Governo Provisório (1930-1934).
Governo Constitucional (1934-1937).
Estado Novo (1937-1945).
9História 2018
Governo Constitucional (1934-1937)
Em 1934, começa a fase do Governo Constitucional, 
com a eleição de Vargas para presidente – vale lembrar 
que essa eleição foi indireta. Esse momento foi marca-
do por uma forte polarização ideológica.
No Brasil, tínhamos a “esquerda”, composta pelos estu-
dantes e pela ANL – Aliança Nacional Libertadora, 
liderada por Júlio Prestes. Eles queriam a reforma agrá-
ria, a nacionalização das empresas estrangeiras, a 
suspensão imediata do pagamento da dívida externa, a 
aliança com a URSS e a instauração de um governo 
popular socialista.
Do outro lado, a extrema direita, composta pela AIB – 
Ação Integralista Brasileira – liderada pelo jornalista 
Plínio Salgado, de clara inspiração fascista. Defendia o 
partido único e o estado totalitário, com o culto à perso-
nalidade do líder.
Eis que acontece a Intentona Comunista, em 1935 – 
uma tentativa, sem sucesso, de instaurar o socialismo 
no Brasil. Não deu certo principalmente porque não teve 
o apoio dos proletários. Em resposta, Vargas decreta o 
“Estado de Sítio”, suspendendo os direitos constitucio-
nais. 
Em 1937, as autoridades divulgam a existência do 
Plano Cohen, supostamente um plano revolucionário 
comunista que previa saques, greves, manifestações e 
ataques às autoridades. O governo anuncia essa 
“ameaça comunista” e, “em nome da segurança nacio-
nal”, Vargas dá um golpe. Ele estabelece a ditadura do 
Estado Novo.
Estado Novo (1937-1945)
Nessa fase do governo de Getúlio Vargas, ele fecha 
todo o legislativo e suspende as eleições presidenciais 
marcadas para 1938. Foi o período mais autoritário e 
mais ditatorial da Era Vargas.
Existem algumas características importantes do Estado 
Novo como, por exemplo, o populismo. Vargas, por 
meio de propagandas muito eficientes, ficou conhecido 
como o “pai dos pobres”. Outro ponto importante desse 
governo foi o peleguismo. Nesse momento, o sindicalis-
mo foi controlado pelo Estado, perdendo sua autono-
mia. 
Ainda em 1937, uma nova Constituição é imposta – 
apelidada de “A Polaca”. Ela tem forte inspiração fascis-
ta e dá amplos poderes ao presidente – o mandato 
passa a ter duração de 6 anos com direito a reeleição, 
por exemplo.
Essa constituição tem também os “decretos-lei” – 
agora o poder executivo é quem cria as leis, já que o 
legislativo está fechado. Todos os partidos políticos 
são extintos e o Estado passa a intervir na economia.
Com isso tudo, Vargas desenvolve a indústria de base. 
Destaca-se a criação da Companhia Siderúrgica Nacio-
nal em Volta Redonda, no Rio de Janeiro, e a Companhia 
Vale do Rio Doce, em Minas Gerais.
10História 2018
Por fim, o último ponto importante do Estado Novo foi a 
participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial. 
Vargas chegou a negociar tanto com os Estados 
Unidos, quanto com a Alemanha para ver quem disponi-
bilizaria mais recursos em troca de seu apoio.
Ele decide ajudar os Estados Unidos, que lutava contra 
o regime nazifascita. Com base nessa atitude de Getú-
lio Vargas, houve uma grande mobilização interna e 
externa para o país se redemocratizar e acabar com a 
ditadura em que vivia.
Como esse assunto pode ser cobrado?
Um assunto que surge muito na prova é a cidadania. 
Então, prepare-se para resolver questões sobre o voto – 
veja quando o voto para analfabetos foi instituído, o 
voto feminino, entre outros.
 
Pode surgir alguma questão sobre as Constituições 
brasileiras ou, também, sobre o populismo. Getúlio 
Vargas foi uma referência de líder populista na América 
Latina. As questões podem exigir um conhecimento 
sobre o conceito de populismo e suas as característi-
cas. Para ter certeza que você domina esse conteúdo, 
responda para si mesmo: “Por que o governo de Vargas 
é considerado populista”? 
Dicas de Estudo:
Sobre o Governo Provisório, revise as leis trabalhistas, a 
Revolução Constitucionalista de 1932 (SP) e estude a 
Constituição de 1934.
Já sobre o Governo Constitucional, pesquise sobre a 
Aliança Nacional Libertadora (ANL), Ação Integralista 
Brasileira (AIB), Intentona Comunista e Golpe do Estado 
Novo.
No Estado Novo, a dica é estudar a Constituição de 
1937 (“A polaca”), o Departamento de Imprensa e 
Propaganda (DIP), as indústrias de base (CSN e Vale do 
Rio Doce), a participação do Brasil na Segunda Guerra 
Mundial e a redemocratização e colapso do Estado 
Novo.
Foto oficial de Getúlio Vargas
11História 2018
Uma razão para a adoção da política de imigração 
mencionada no texto foi o(a):
a) receio do controle sionista sobre a economia 
nacional.
b) reserva de postos de trabalho para a mão de obra 
local.
c) oposição do clero católico à expansão de novas 
religiões.
d) apoio da diplomacia varguista às opiniões dos 
líderes árabes.
e) simpatia de membros da burocracia pelo projeto 
totalitário alemão.
Exercício
(Enem, 2016) Em 1935, o governo brasileiro come-
çou a negar vistos a judeus. Posteriormente, 
durante o Estado Novo, uma circular secreta 
proibiu a concessão de vistos a "pessoas de 
origem semita", inclusive turistas e negociantes, o 
que causou uma queda de 75% da imigração judai-
ca ao longo daquele ano. Entretanto, mesmo com 
as imposições da lei, muitos judeus continuaram 
entrando ilegalmente no país durante a guerra e as 
ameaças de deportação em massa nunca foram 
concretizadas, apesar da extradição de alguns 
indivíduos por sua militância política.
GRIMBERG, K. Nova língua interior. 500 anos de 
história dos judeus no Brasil. In: IBGE, Brasil: 500 
anos de povoamento. Rio de Janeiro: IBGE, 2000 
(adaptado).
12História 2018 
Regime Militar
Um dos períodos da História do Brasil que mais 
surgem no Enem é o regime militar, que começa 
com o golpe civil-militar que derrubou João Goulart, 
em 1964, e termina em 1985, com a ascensão do 
civil José Sarney à presidência da República 
(depois da morte de Tancredo Neves).
Um bom desempenho em questões desse período 
requer do aluno o conhecimento sobre os 
presidentes-generais e as principais características 
de seus governos: 
Governo Castelo Branco (1964-1967).
Governo Costa e Silva (1967-1969).
Governo Médici (1969-1974).
Governo Geisel (1974-1979).
Governo Figueiredo (1979-1985).
CasteloBranco 1964-1967
O primeiro presidente do regime militar foi Castelo Branco – ele 
dizia defender a democracia, mas adotou uma política autoritá-
ria.
O Brasil vivia uma grave crise econômica, com a inflação altís-
sima. Para reverter essa situação e retomar o crescimento 
econômico, Castelo Branco anunciou o PAEG, Programa de 
Ação Econômica do Governo.
Esse pacote previa algumas medidas como restrição ao crédi-
to, aumento da taxa de juros, arrocho salarial (quando os salá-
rios não são reajustados com os índices de inflação) e renego-
ciação da dívida externa brasileira junto ao FMI. Desta forma, o 
Brasil consegue um novo empréstimo.
Naquele momento, os militares precisavam encontrar formas 
de legalizar as suas ações políticas (autoritárias). Pensando 
nisso, eles instituíram os Atos Constitucionais.
Castelo Branco lançou dois importantes Atos: 
o AI-1 e o AI-2.
Costa e Silva 1967-1969
O segundo governo foi presidido por Arthur Costa e Silva. Nesse 
momento, a situação ainda não tinha se tornado autoritária e repres-
siva ao extremo, então havia espaço para a oposição se reorganizar.
Formou-se a Frente Ampla, com figuras renomadas como o ex-presi-
dente Juscelino Kubitschek, Carlos Lacerda e João Goulart. Formou-
-se, também, o Clero Progressista que defendeu a liberdade de 
expressão e a UNE, União Nacional dos Estudantes, que reúne um 
congresso histórico em 1968, na cidade de Ibiúna.
Esse evento serviu de catalisador para a insatisfação civil quanto ao 
regime militar. Alguns estudantes reivindicavam pacificamente 
melhorias no restaurante Calabouço, que serviam refeições estudan-
tis com um preço simbólico.
O governo precisava de um pretexto para justificar o endurecimento 
do regime e eles utilizaram um discurso do deputado Marcio Moreira 
Alves, do MDB, que fazia críticas aos militares.
Ele pediu para todas as pessoas que acreditavam na democracia 
para boicotarem a parada militar de 7 de abril e afirmou que os quar-
téis se transformaram em covis de torturadores. O presidente pediu a 
abertura de um processo contra o político e decretou o AI-5, o pior de 
todos os atos institucionais.
14História 2018Emílio Garrastazu Médici 1969-1974
O governo de Médici foi o período de maior autoritarismo, famoso 
pelo auge da repressão. Sendo assim, ele ficou conhecido como 
os Anos de Chumbos. 
O DOPS (Departamento de Ordem Política e Social) e o DOI-CODI 
(Destacamento de Operações e Informações ao Centro de Opera-
ções e de Defesa Interna), intensificaram a censura e utilizaram a 
tortura para obter informação a respeito da localização de oposi-
tores do regime, para desarticular a oposição.
Eram realizadas torturas com choque elétrico, afogamento, tortura 
psicológica principalmente a respeito da família.
Mas se tinha tudo isso, por que os níveis de popularidade dos 
militares só cresciam? Isso pode ser explicado por dois motivos: 
o Neopopulismo e o Milagre Econômico do Brasil.
O Neopopulismo são as propagandas do governo militar sobre o 
desenvolvimento do Brasil. Ficaram muito famosos os slogans 
“Pra frente Brasil”, “Ninguém segura esse país” e “Brasil: ame-o ou 
deixe-o”. Os militares também capitalizavam as vitórias do espor-
te. Na época, o Brasil teve conquistas importantes na Fórmula 1 e 
o tricampeonato mundial no México. 
Já o segundo motivo foi Milagre Econômico Brasileiro. Entre 1969 
e 1973 foi implementado o Plano Nacional de Desenvolvimento, 
PND. Seu objetivo era transformar o Brasil em uma potência mun-
dial.
Ernesto Geisel 1974-1979
O governo de Geisel marca o início da abertura política para restabele-
cer a democracia. Ele afirmou, “A abertura política deveria acontecer 
sim, mas de forma lenta, gradual e segura”. Porém, Geisel não tinha 
controle das Forças Armadas, dos DOPS e DOI-CODI.
Foi nesse momento que aconteceu o caso de Vladimir Herzog. Em 
1975, o jornalista foi convocado a se apresentar às autoridades e 
acabou deixando a dependência morto.
Na época foi alegado que ele teria cometido um suicídio, mas a 
própria justiça brasileira já afirmou que se trata de um assassinato. O 
jornalista da TV Cultura era um crítico do autoritarismo e defensor da 
democracia. Em 1976, o presidente cria a Lei Falcão com o objetivo de 
evitar o avanço da oposição nas próximas eleições, controlando a 
propaganda eleitoral da televisão. De acordo com a lei, o candidato só 
poderia apresentar uma foto, o número, a legenda e um breve currícu-
lo – sem espaço para críticas aos militares.
Não adiantou muito. Com isso, o governo radicalizou e lançou o 
Pacote Abril 1977. De acordo com o professor Dimas, esse foi o 
último suspiro autoritário do regime. Esse pacote aumentou o manda-
to presidencial para 6 anos, fechou o congresso e instituiu a indicação 
de alguns senadores.
Em 1979, o presidente fez a revogação do AI-5 e, a partir de então, as 
coisas começaram a mudar – os presos tinham direito ao Habeas 
Corpus, respondendo em liberdade, e a censura não era tão rígida.
Em 1982 voltam as eleições diretas para governador, o que anima a 
população. Na eleição desse ano, a oposição tem uma vitória 
expressiva. Motivados por isso, milhares de pessoas saem às ruas 
pedindo por eleições diretas para presidente da república – 
manifestação conhecida como Diretas Já.
Para que as eleições fossem diretas, era necessário a aprovação 
de uma emenda constitucional – aprovada pelo congresso com a 
maioria de dois terços de votos. Isso não aconteceu.
Em 1985 as eleições presidenciais são indiretas, porém, é eleito um 
presidente civil. As eleições foram entre Tancredo Neves e Paulo 
Maluf.
Tancredo vence, mas morre um dia antes de sua posse. Seu vice, 
Sarney, assume o poder com o fim do regime militar – momento 
chamado de Nova República.
15História 2018
João Batista Figueiredo 1979-1985
No último governo da ditadura militar, o Brasil passava por uma 
esperança de redemocratização e uma crise econômica muito 
grande. O presidente João Batista Figueiredo teve que lançar o 
terceiro Plano Nacional de Desenvolvimento – que não fez muita 
diferença. Segundo o professor Dimas, em 1983 a inflação chegou a 
293%.
Voltando à política, um fato polêmico do governo de Figueiredo foi a 
Lei da Anistia, de 1979. O regime militar propôs que se esquecessem 
tudo. Eles “perdoariam” os presos políticos de seus crimes, libertan-
do-os e recebendo os exilados novamente no país, mas, por outro 
lado, eram esquecidas as ações autoritárias, torturas, prisões e 
assassinatos.
Nesse mesmo ano aconteceu a reforma partidária, com o fim do 
bipartidarismo para o pluripartidarismo – momento que surgiu o 
PDS, PFL, PMDB, PDT, PT e outros.
16História 2018
Como esse assunto pode ser cobrado?
Pelo menos uma questão do Ato Institucional surgirá na prova. 
Portanto, relembre os atos, principalmente os mais importantes 
(AI-1 e AI-5). 
Prepare-se para resolver perguntas sobre o Milagre Econômico, 
pois esse tema é bastante recorrente. Mas atenção: não basta 
saber quais foram os benefícios desse momento. O Enem costu-
ma questionar quais foram as consequências de todo esse 
processo. Ou seja, as questões podem pedir uma análise não só 
do aspecto econômico, mas também do lado social. Apesar do 
Milagre Econômico apontar bons índices econômicos para o país 
e desenvolvimento, ele provocou a concentração de renda e o 
aumento da desigualdade social. 
Por fim, atente-se aos movimentos sociais políticos, como as Dire-
tas Já. É muito comum aparecer alguma pergunta sobre o período 
de transição democrático. Leia sobre a Lei da Anistia e a Comis-
são Nacional da Verdade. 
Dicas de estudo
Para cada governo, estude:
Governo Castelo Branco (1964-1967): AI-1, AI-2, AI-3, Constituição de 
1967 e Doutrina de Segurança Nacional
Governo Costa e Silva (1967-1969): Frente Ampla, Passeata dos Cem Mil, 
luta armada e AI-5.Governo Médici (1969-1974): “anos de chumbo” (auge da repressão), 
propaganda ufanista (“Pra frente Brasil”), Milagre Econômico Brasileiro, 
concentração de renda e obras “faraônicas”.
Governo Geisel (1974-1979): crise mundial do petróleo e fim do Milagre 
Econômico, caso Wladimir Herzog, Pacote de Abril (1977) e revogação 
do AI-5.
Governo Figueiredo (1979-1985): crise econômica (aumento da inflação) 
Lei da Anistia, Diretas Já e a eleição indireta de Tancredo Neves.
Exercício
(Enem, 2016) A Operação Condor está diretamente vinculada às 
experiências históricas das ditaduras civil-militares que se disse-
minaram pelo Cone Sul entre as décadas de 1960 e 1980. Depois 
do Brasil (e do Paraguai de Stroessner), foi a vez da Argentina 
(1966), Bolívia (1966 e 1971), Uruguai e Chile (1973) e Argentina 
(novamente, em 1976). Em todos os casos se instalaram ditadu-
ras civil-militares (em menor ou maior medida) com base na Dou-
trina de Segurança Nacional e tendo como principais característi-
cas um anticomunismo militante, a identificação do inimigo inter-
no, a imposição do papel político das Forças Armadas e a defini-
ção de fronteiras ideológicas.
PADRÓS, E. S. et al. Ditadura de Segurança Nacional no Rio Grande 
do Sul (1964-1985): história e memória. Porto Alegre: Corag, 2009 
(adaptado).
Levando-se em conta o contexto em que foi criada, a referida 
operação tinha como objetivo coordenar a:
a) modificação de limites territoriais.
b) sobrevivência de oficiais exilados.
c) interferência de potências mundiais.
d) repressão de ativistas oposicionistas.
e) implantação de governos nacionalistas.
17História 2018
Hora do Gás Final
Vem com o Stoodi que esses temas vão cair
Observando as últimas provas de História do Enem, nota-
-se uma grande tendência para questões que envolvam 
as características do Segundo Reinado e também da Era 
Vargas. Além disso, é possível notar uma presença cons-
tante de questões envolvendo o Regime Militar e a escra-
vidão. Também é importante prestar atenção no período 
entre guerras e a colonização. Então é importante repas-
sar esses conteúdos antes de ir para a prova. 
Palavras de Sabedoria
Separamos aqui os principais conteúdos dentro da maté-
ria de História que apareceram nas últimas edições do 
Enem. Com esse material em mãos, dê um gás nestes 
últimos meses e potencialize seus estudos com o que de 
mais importante você precisa revisar ou aprender. 
 
Se tiver alguma dúvida ou acredita não lembrar de alguma 
coisa, aproveite para revisar bem esses conteúdos!
Sua hora de bilhar
Nessa reta final é foco total na prova. Saber reconhecer 
as questões e o formato da prova é imprescindível. Por 
isso, a dica é tentar resolver pelo menos as duas últimas 
edições do Enem e se familiarizar com o padrão que você 
irá encontrar nos dias 4 e 11 de novembro. 
Você dedicou horas de estudo e abriu mão de momentos 
de lazer e convívio com a família e amigos para se prepa-
rar para esse exame.
Neste momento, é essencial mentalizar qual o seu objeti-
vo, entender as razões que fizeram você passar por esse 
processo e seguir firme na caminhada. 
O Stoodi é mais 
do que um
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