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Direito das Obrigações(CORREÇÃO PROVA)

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Universidade do Sul de Santa Catarina 
Apostila de Direito das Obrigações
Aluna: Gabriela Fidélix de Souza
Direito das Obrigações
Elementos da Obrigação de Direito
Existência de um credor e um devedor;
Existência de objeto imediato 	 Dar				e mediato (coisa).					 Fazer
 Não fazer
		 Tem que ser lícita, possível, determinada ou determinável.
Vínculo jurídico é a relação existente entre o credor e o devedor. Possibilidade de exigir algo juridicamente. A sanção desse vínculo jurídico recai sobre o patrimônio do devedor.
Conceito de Obrigação de Direito:
É o vínculo jurídico que liga o 
credor
 ao 
devedor
 em torno de um 
objeto
, fazendo com que o devedor fique obrigado a 
dar
, 
fazer
 e 
não fazer
 alguma coisa em favor do credor.
Natureza Jurídica do Direito das Obrigações
Direitos não-patrimoniais: em que a relação jurídica não está atrelada ao patrimônio.
Direitos patrimoniais: em que a relação jurídica está atrelada ao patrimônio. Ex.: direito das obrigações.
Direitos reais – liga uma pessoa a um bem (móvel ou imóvel). Previstos em um rol taxativo no art. 1.225, do CC.
Direitos pessoais – liga uma pessoa a outra pessoa.
Classificação dos Direitos Pessoais
- Simples
Quanto aos sujeitos e objetos:
1 credor, 1 devedor e 1 objeto.
- Complexa
Pluralidade de sujeitos:
Vários credores e/ou vários devedores.
	 Obrigações com objetos divisíveis;
	 Obrigações com objetos indivisíveis;
	 Obrigações solidárias;
				 - cumulativas
Pluralidade de objetos
 - alternativas
Fontes
Contrato: consiste no encontro bilateral de vontades, através da qual alguém (devedor) se obriga a dar, fazer ou não fazer alguma coisa em favor de outrem (credor). Ex.: compra e venda, comodato, doação.
Declaração unilateral de vontade: é a obrigação decorrente da manifestação unilateral do devedor que se obriga a dar, faze ou não fazer alguma coisa em favor de um credor em princípio incerto e indefinido. Ex.: promessa de recompensa e loteria.
Ato Ilícito: é a obrigação decorrente da conduta culposa ou dolosa praticada por alguém (devedor) que causa prejuízo a outrem (credor). Ex.: acidente de trânsito. Pode ser ato ilícito ou cível.
Lei: é a mãe das fontes obrigacionais.
Modalidades
Obrigação de DAR: consiste na obrigação de direito na qual o devedor se obriga a entregar alguma coisa móvel, imóvel, semovente ou quantia em dinheiro para o credor. Envolve a transferência da propriedade. Ou seja, entregar algo a alguém.
- Espécies de obrigação de DAR:
			1) pura/propriamente dita
* coisa certa	2) restituir
* coisa incerta	3) quantia (pagar)
Há a necessidade de transferência da coisa por meio da tradição, ou seja, da simples entrega.1) Pura/Propriamente dita é aquela cuja propriedade do objeto da obrigação pertence ao devedor no momento da constituição da obrigação, a qual deverá ser transferida para o credor quando do seu cumprimento. A coisa é de propriedade do devedor passando a ser do credor.
2) Restituir a propriedade do objeto pertence ao credor da obrigação desde a sua origem, havendo apenas uma transferência momentânea e provisória da posse sobre a coisa e que deverá ser devolvida ao credor mediante a devolução do objeto. Não ocorre a transferência, visto que a coisa desde o princípio pertencia ao credor. É a mera devolução da posse.
Momento do cumprimento da obrigação de DAR:
Bens móveis ou semoventes:
 a obrigação se perfaz com a simples tradição, simples entrega (art. 1.267, do CC).
Bens imóveis (navios, aeronaves, casas, terrenos):
 se perfaz com o registro da escritura pública através do cartório de registro de imóveis (art. 1.245, do CC).
DAR COISA CERTA -> 
art. 313, do CC. É aquela obrigação cujo objeto está individualizado e identificado em todas as suas características, de modo que o credor não pode ser obrigado a receber objeto diverso, ainda que mais valioso.
 
 
“
Art. 313. O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa.
”Obrigação de DAR COISA CERTA
Consequências pelo DESCUMPRIMENTO da obrigação de DAR COISA CERTA:
Pura/Propriamente dita
Em razão da perda do objeto SEM culpa do devedor: a obrigação irá se desfazer, voltando ao estado anterior, como se obrigação alguma tivesse existido (Art. 234, primeira parte, do CC).
Ex.: baterem no carro que seria objeto de venda para a Mari.
Em razão da perda do objeto COM culpa do devedor: o devedor ficará responsável pelo pagamento de valor equivalente ao objeto mais perdas e danos (Art. 234, segunda parte, do CC).
Ex.: eu, vendedora, bati o carro que entregaria no outro dia para a Mari.
“Art. 234. Se, no caso do artigo antecedente, a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição, ou pendente a condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes; se a perda resultar de culpa do devedor, responderá este pelo equivalente e mais perdas e danos.”
 Em razão da deteriorização: é possível o cumprimento da obrigação, porém não mais nas características iniciais.
		Sem culpa do devedor: (art. 235, do CC).
		1ª opção: desfazer o negócio;
		2ª opção: aceitar no estado em que se encontra com abatimento no seu preço o valor do prejuízo.
“Art. 235. Deteriorada a coisa, não sendo o devedor culpado, poderá o credor resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu.”
		Com culpa do devedor: (art. 236, do CC).
		1ª opção: desfazer o negócio e receber valor equivalente mais perdas e danos;
2ª opção: dependendo do prejuízo, pode aceitar o objeto no estado em que encontra mais perdas e danos.
“Art. 236. Sendo culpado o devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, indenização das perdas e danos.”
Restituir
Em razão da perda do objeto SEM culpa do devedor: a obrigação irá se desfazer, voltando ao estado anterior, como se obrigação alguma tivesse existido (Art. 238, primeira parte, do CC).
“Art. 238. Se a obrigação for de restituir coisa certa, e esta, sem culpa do devedor, se perder antes da tradição, sofrerá o credor a perda, e a obrigação se resolverá, ressalvados os seus direitos até o dia da perda.”
Em razão da perda do objeto COM culpa do devedor: o devedor ficará responsável pelo pagamento de valor equivalente ao objeto mais perdas e danos (Art. 239, do CC). 
“Art. 239. Se a coisa se perder por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente, mais perdas e danos.”
 Em razão da deteriorização: é possível o cumprimento da obrigação, porém não mais nas características iniciais.
		Sem culpa do devedor: (art. 240, primeira parte, do CC): o credor suportará sozinho o prejuízo sem qualquer indenização.
“Art. 240. Se a coisa restituível se deteriorar sem culpa do devedor, recebê-la-á o credor, tal qual se ache, sem direito a indenização; (...)”	
		Com culpa do devedor: (art. 240, segunda parte, c/c art. 289, ambos do CC): o devedor ficará responsável pelo pagamento de valor equivalente ao objeto, mais perdas e danos.
“(...)se por culpa do devedor, observar-se-á o disposto no art. 239.”
“Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro do imóvel.”
Consequências pelo DESCUMPRIMENTO da obrigação de DAR os ACESSÓRIOS:
Pura/propriamente dita: (art. 233, do CC). Os Acessórios acompanham o principal exceto se aquele que dará ressalvar o não acompanhamento.
“Art. 233. A obrigação de dar coisa certa abrange os acessórios dela embora não mencionados, salvo se o contrário resultar do título ou das circunstâncias do caso.”
- Frutos naturais: a maçã em relação a macieira.
- Frutos cíveis: o aluguel em relação ao móvel alugado.
- Frutos pendentes: (art. 237, do CC)
Alice quer comprar minha vaquinha; constituímos a obrigação, contudo, antes de cumprir com esta, a vaca fica prenha, deste modo, há frutos pendentes (filhotes).Alice pode pagar o novo valor;
Alice pode desistir da obrigação.
“Art. 237. Até a tradição pertence ao devedor a coisa, com os seus melhoramentos e acrescidos, pelos quais poderá exigir aumento no preço; se o credor não anuir, poderá o devedor resolver a obrigação.
Parágrafo único. Os frutos percebidos são do devedor, cabendo ao credor os pendentes.”
ACESSÓRIOS na obrigação de RESTITUIR coisa certa
Se sobrevier melhoramento ou acrescimento à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização. (Art. 241, do CC).
Exemplo: Nadiny empresta sua casa da Ferrugem para a Joslaine. Devido melhoras feitas pela Prefeitura, na rua (calçada, praça,...), Joslaine (devedora) quer cobrar de Nadiny (credora), uma indenização. A credora Nadiny estará desobrigada a indenizar.
“Art. 241. Se, no caso do art. 238, sobrevier melhoramento ou acréscimo à coisa, sem despesa ou trabalho do devedor, lucrará o credor, desobrigado de indenização.”
Se houve dispêndio físico ou econômico o caso se regulará pelas benfeitorias realizadas de boa-fé ou de má-fé. (Art. 242, do CC).
Exemplo: O pilar da casa de Nadiny estava se deteriorando, não havia calçada na casa o que dificultava nos dias de chuva. Além disso, Joslaine implantou um chafariz.
	Pilar
	R$ 5.000,00
	(necessário)
	Joslaine tem direito a indenização + retenção
	Trilho
	R$ 2.000,00
	(útil)
	Joslaine tem direito a indenização + retenção
	Chafariz
	R$ 20.000,00
	(voluptuário)
	Joslaine tem direito a retirar a coisa ou a ser indenizada, se não tiver como retirar.
“Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.” (autotutela).
Havendo um termo entre as partes, de que só serão feitas benfeitorias se autorizada expressamente, mas mesmo sem autorização forem feitas, caracteriza-se a má-fé. Assim, só serão restituídas as benfeitorias necessárias.
“Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serão ressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.”
Quando houver benfeitorias à coisa objeto da obrigação de restituir sem contribuição do devedor, lucrará o credor da obrigação sem nenhum direito a indenização em favor do devedor.
Quando, porém, o devedor da obrigação de restituir tiver promovido benfeitorias a coisa mediante investimento físico ou financeiro, terá direito a exigir do credor da obrigação indenização pelas benfeitorias úteis e necessárias, inclusive podendo exercer o direito de retenção em relação a estas, mais indenização pelas benfeitorias voluptuárias se não for possível retirá-las sem prejuízo da coisa, desde que esteja de boa-fé.
Quando, porém, tiver realizado tais benfeitorias agindo com má-fé, terá direito apenas a indenização pelas benfeitorias necessárias e sem o exercício do direito de retenção quanto a elas.
Obrigação de DAR COISA INCERTA
 “Art. 243. A coisa incerta será indicada, ao menos, pelo gênero e pela quantidade.”
Contudo, é necessário que, ao invés de indicado pelo gênero, seja indicado pela espécie.
Gênero – carro / um cachorrinho.
Espécie – carro Gol / um Pug.
É aquela cujo objeto da obrigação está identificado num primeiro momento ao menos pela sua espécie e quantidade.
A obrigação de dar coisa incerta vai até o momento da escolha. A partir deste momento há a transformação da coisa incerta para coisa certa.
CARACTERÍSTICAS DA ESCOLHA:
A regra diz que se nada ficou acordado entre as partes, o direito de escolha é do devedor.
Se houver lide na escolha, quem decidirá será o juiz.
“Art. 244. Nas coisas determinadas pelo gênero e pela quantidade, a escolha pertence ao devedor, se o contrário não resultar do título da obrigação; mas não poderá dar a coisa pior, nem será obrigado a prestar a melhor.”
A regra não é nem dar o melhor e nem o pior, mas sim o “meio termo”.
 Enquanto o objeto for incerto, não se fala em perda ou deterioração, mesmo que por força maior ou caso fortuito; mesmo que sem culpa do devedor. 
“Art. 246. Antes da escolha, não poderá o devedor alegar perda ou deterioração da coisa, ainda que por força maior ou caso fortuito.”
É necessário ver se houve a delimitação do universo. (Exemplo de delimitação do universo: um cachorrinho do canil da Mari.)
Uma vez feita a escolha do objeto, a obrigação deixará de ser de coisa INCERTA, passando a ser de coisa CERTA.
Obrigação de FAZER
A obrigação principal é a de fazer, de confeccionar, mesmo que num próximo momento haja a obrigação de dar.
É aquela na qual o devedor se obriga a prestar um serviço de natureza física, artística ou intelectual em favor do credor.
Espécies:
Personalíssima (infungível)
Não personalíssima (fungível)
Personalíssima
Na obrigação de fazer personalíssima, a figura do devedor é imprescindível.
Exemplo: Contratamos a Ivete Sangalo para a formatura, contudo na semana ela diz não poder ir, mas afirma que sua banda vai. Mas, contratamos a Ivete Sangalo, e não sua banda. Sendo assim, a figura do devedor é necessária. Do contrário, a obrigação não é satisfeita.
É aquela na qual a figura do devedor é condição para o efetivo cumprimento da obrigação, não se admitindo a execução do serviço por terceiros.
Obrigações de fazer artísticas e intelectual geralmente são personalíssimas.
Não personalíssima
O que interessa é o serviço em si, e não que o faz.
Em regra, recai sobre os serviços físicos.
Nesta espécie de obrigação de fazer, o que importa ao credor é o efetivo cumprimento da obrigação, pouco importando se realizada pelo devedor ou por terceiros.
Consequências pelo DESCUMPRIMENTO da obrigação de FAZER:
Personalíssima
Por recusa COM culpa do devedor: perdas e danos.
“Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exequível.”
Exemplo: Ivete, já em Tubarão, decide deixar de fazer o show e ir conhecer o Farol de Santa Marta, a praia do Camacho e Termas do Gravatal. Assim, nos deixa na mão.
Por impossibilidade COM culpa do devedor: perdas e danos.
“Art. 248. (...) se por culpa dele, responderá por perdas e danos.”
Exemplo: O evento para o qual contratamos a Ivete é no sábado. As 11 horas de sábado, Ivete liga dizendo que queria fazer o show, mas que confundiu as datas e acabou marcando um show em Tóquio na véspera, não dando, deste modo, tempo de chegar, por ser impossível.
Por impossibilidade SEM culpa do devedor: resolve-se.
“Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação;”
Exemplo: Ivete está em Tubarão, mas no dia do evento, caminhando na avenida é atropelada e ficará hospitalizada.
Não personalíssima
Havendo mora (atraso) ou descumprimento total, em face de o que me interessar ser o serviço, e não quem o executará, posso, eu credora, contratar um serviço de terceiro para terminar o serviço e cobrar daquele que contratei e não cumpriu com a obrigação. Posso ainda, cobrar as custas, bem como as perdas e danos.
“Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.”
Se, sem culpa do devedor, ele não consegue terminar o serviço no prazo, resolve-se a obrigação ou o prazo é estendido.
Obrigação de NÃO FAZER
É aquela obrigação assumida por alguém (devedor) consistente na abstenção de um ato/conduta em favor de outrem (credor), que poderia realizar se não estivesse vinculado a esta obrigação.
Ex.: sigilo, construção de muro.
Consequências pelo DESCUMPRIMENTO da obrigação de FAZER:
Obrigações impossíveis de seres desfeitas: perdas e danos.
“Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdase danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.”
Obrigação de não divulgar – Rafael é o farmacêutico da empresa do Murilo que tem um medicamento para o tratamento da hepatite. Rafael assinou um documento se obrigando a não divulgar a fórmula por 50 anos. Mas, muito assediado, conta às empresas estrangeiras. Não é possível desfazer essa divulgação.
Obrigações possíveis de seres desfeitas: desfazimento + perdas e danos.
Jean não podia, por obrigação firmada com a Eduarda, aumentar o muro que separava o terreno dos dois – Eduarda pode exigir o desfazimento da obra.
O desfazimento precisa ser por ordem judicial.
“Art. 251. Praticado pelo devedor o ato, a cuja abstenção se obrigara, o credor pode exigir dele que o desfaça, sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos.
Em caso de urgência, como por exemplo, se o muro for cair sobre a casa da Eduarda se não for desfeito, a Eduarda pode desfazer ou mandar desfazer o muro.
“Parágrafo único. Em caso de urgência, poderá o credor desfazer ou mandar desfazer, independentemente de autorização judicial, sem prejuízo do ressarcimento devido.”
Direito de propriedade x Direitos obrigacionais -> Jean construiu uma casa de dois pisos em uma área em que os vizinhos haviam acordado que as casas seriam de apenas um piso. Pode o juiz substituir a ordem de demolição por perdas e danos.
OBRIGAÇÕES COMPLEXAS
Pluralidade de objetos
- cumulativa: “E” – cumprimento de todos os objetos da obrigação. É aquela composta por dois ou mais objetos em uma mesma relação obrigacional sendo que o devedor somente se desobrigará com o credor quando efetivamente cumprir os objetos.
Jean é credor da Renata do carro X e moto Y, mas, antes da entrega a Renata decide vender a moto pra Mari.
Deterioração, COM culpa do devedor, de um dos objetos: aceita o outro objeto remanescente + perdas e danos (pelo objeto que se perdeu) ou o valor equivalente dos dois + perdas e danos pelos dois objetos.
Deterioração, COM culpa do devedor, dos dois objetos: o equivalente + perdas e danos.
Deterioração, SEM culpa do devedor, de um dos objetos: aceita o remanescente.
Deterioração, SEM culpa do devedor, dos dois objetos: resolve-se.
- alternativa: “OU” – o devedor irá se desonerar da obrigação cumprindo apenas uma das obrigações.
É a obrigação constituída também por dois ou mais objetos na mesma relação obrigacional, distinguindo-se da obrigação cumulativa pelo fato de, embora possuir vários objetos basta ao devedor cumprir apenas um deles.
Chegará um momento em que a obrigação alternativa se tornará obrigação simples. Esse é o momento em que haverá a concentração do objeto. A concentração ocorre com a escolha. Quem escolherá o que entregar, será o devedor, desde que as partes não tenham estipulado nada. 
As partes podem estipular que terceiro ou terceiros façam a escolha. Quando os terceiros, não puderem ou se recusarem a chegar a um consenso, caberá ao Juiz decidir.
“Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou.
§ 3o No caso de pluralidade de optantes, não havendo acordo unânime entre eles, decidirá o juiz, findo o prazo por este assinado para a deliberação.
§ 4o Se o título deferir a opção a terceiro, e este não quiser, ou não puder exercê-la, caberá ao juiz a escolha se não houver acordo entre as partes.”
Exemplo: a obrigação entre Renata e Murilo diz respeito a concessão, PR ele, de 100 toneladas de soja ou 100 toneladas de milho. Murilo, por ter o direito de escolha, não pode conceder 50 toneladas de soja + 50 toneladas de milho.
“§ 1o Não pode o devedor obrigar o credor a receber parte em uma prestação e parte em outra.”
As obrigações periódicas terão o direito de escolha por período.
“§ 2o Quando a obrigação for de prestações periódicas, a faculdade de opção poderá ser exercida em cada período.”
Consequências pela perda do objeto:
Quando a escolha é do devedor
Perda de 01 objeto:
- com culpa do devedor: escolha recai sobre o remanescente.
- sem culpa do devedor: escolha recai sobre o remanescente.
“Art. 253. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra.”
Jean procura a Renata para comprar um automóvel, mas não sabe se optará por uma van, para transporte escolar de crianças, ou um carro normal, para fazer vendas. Assim, sacramentam uma obrigação para a venda do veículo X OU da van Y, daqui 30 dias.
Depois de sacramentarem o negócio, surge uma proposta irrecusável e Renata vende o carro. Assim ela terá que dar o remanescente.
Ou se, Renata, levando o carro para lavar, sofre um acidente, ela também terá que dar o remanescente.
Perda de 02 objetos:
- com culpa do devedor: valor equivalente + perdas e danos do objeto que por último se perdeu. Se não tiver como precisar qual se perdeu por último, dará o valor equivalente + perdas e danos de qualquer dos objetos.
“Art. 254. Se, por culpa do devedor, não se puder cumprir nenhuma das prestações, não competindo ao credor a escolha, ficará aquele obrigado a pagar o valor da que por último se impossibilitou, mais as perdas e danos que o caso determinar.”
- sem culpa do devedor: resolve-se.
“Art. 256. Se todas as prestações se tornarem impossíveis sem culpa do devedor, extinguir-se-á a obrigação.”
Renata vende o carro X e bate, sem querer, a van Y. Renata estará totalmente impossibilitada.
Renata, com culpa, deixa aberto o gás de sua cozinha, causando uma explosão e a perda simultânea dos objetos.
Quando a escolha é do credor
Perda de 01 objeto:
- com culpa do devedor: 
	*credor pode escolher o remanescente;
	*valor equivalente + perdas e danos do objeto que se perdeu.
- sem culpa do devedor: 
	*escolher o remanescente;
	*resolve-se a obrigação.
Perda dos 02 objetos:
- com culpa do devedor: valor equivalente + perdas e danos de qualquer dos objetos.
“Art. 255. Quando a escolha couber ao credor e uma das prestações tornar-se impossível por culpa do devedor, o credor terá direito de exigir a prestação subsistente ou o valor da outra, com perdas e danos; se, por culpa do devedor, ambas as prestações se tornarem inexequíveis, poderá o credor reclamar o valor de qualquer das duas, além da indenização por perdas e danos.”
- sem culpa do devedor: resolve-se a obrigação.
Obrigações Complexas quanto aos sujeitos
Obrigações com objetos divisíveis
Partilha-se o objeto em tantos quantos forem os credores ou devedores.
“Art. 257. Havendo mais de um devedor ou mais de um credor em obrigação divisível, esta presume-se dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores ou devedores.”
Alice pede R$ 900,00 emprestado para Eduarda, Geison e Rafael. Eduarda pode cobrar apenas R$ 300,00 da Alice, mesmo que ela tenha dado um valor mais alto.
Obrigações com objeto indivisível
“Art. 258. A obrigação é indivisível quando a prestação tem por objeto uma coisa ou um fato não suscetíveis de divisão, por sua natureza, por motivo de ordem econômica, ou dada a razão determinante do negócio jurídico.”
- natureza: caro, carteira, livro.
- motivo de ordem econômica: uma gema de diamante que se divide em duas (perde valor econômico).
- razão determinante do Negócio Jurídico.
ATIVIDADE
João da Silva, investidor rural, decidiu adquirir de Pedro Santos, produtor rural, 100 toneladas de soja ou 
2
 tratores individualizados e identificados pelo códigos 01 e 02, o que foi aceito por Pedro. Ficou ajustado entre as partes também que a escolha do objeto ocorreria no dia 30/11/2014. Porém, no dia 10/10/20014, Pedro vendeu para o terceiro o trator de código 01, e no dia 10/11/2014 uma enchente destruiu toda a plantação e o estoque de soja da fazenda de Pedro. Diante destes fatos, e segundo as regras do Direito das Obrigações, indique quais os direitos que João terá em relação a esta obrigação.
Regra geral: devedor escolhe. Obrigação complexaalternativa.
Deterioração do primeiro COM culpa do devedor.
Perda do segundo SEM culpa do devedor.
TRATOR 01
TRATOR 02
João
 OU
Pedro
100t
 de soja
RESPOSTA:
Aceitar + perdas e danos OU equivalente + perdas e danos dos objetos na integralidade;
Entrega da soja.- contrato: as partes podem determinar que o objeto não seja divisível.
Quanto às obrigações com objetos indivisíveis
Pluralidade de devedores
O credor pode cobrar o objeto de qualquer dos devedores.
Aquele que cumprir sozinho a obrigação, terá direito de cobrar dos demais devedores a cota-parte que cada devedor lhe dever.
“Art. 259. Se, havendo dois ou mais devedores, a prestação não for divisível, cada um será obrigado pela dívida toda.
Parágrafo único. O devedor, que paga a dívida, sub-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados.”
O livro devido ao Jean custa R$900,00. A Nadiny compra e entrega ao Jean o livro, desobrigando-se, bem como desobrigando a Joslaine e a Renata. Contudo, por ter só a Nadiny arcado com a obrigação, cria-se então uma nova obrigação, sendo esta entre a Nadiny (nova credora) e a Joslaine e a Renata.
Sub-rogação transfere ao novo credor os direitos e garantias existentes anteriormente ao credor primitido.
“Art. 349. A sub-rogação transfere ao novo credor todos os direitos, ações, privilégios e garantias do primitivo, em relação à dívida, contra o devedor principal e os fiadores.”
Pluralidade de credores
Todos os credores tem direito a cobrar seu direito individual na integralidade.
“Art. 260. Se a pluralidade for dos credores, poderá cada um destes exigir a dívida inteira; mas o devedor ou devedores se desobrigarão, pagando:
I - a todos conjuntamente;
II - a um, dando este caução de ratificação dos outros credores.”
Para que o devedor se desobrigue por completo, ele deverá pagar:
I) a todos conjuntamente;
II) a um mediante caução de ratificação (garantia dada por meio de um fiador, fiança...);
III) promover a consignação em pagamento (depositar em juízo).
Tendo a Nadiny ficado com o cavalo, objeto da obrigação de Jean com ela, Joslaine e Renata, as demais credoras poderão cobrar da Nadiny a cota parte delas. Ou seja, se o cavalo vale R$ 9.000,00, a Joslaine e a Renata receberão, da Nadiny, R$ 3.000,00, cada uma.
O perdão de um dos credores não se expande aos demais, contudo, esses outros credores deverão deduzir a cota-parte daquele que perdoou.
“Art. 262. Se um dos credores remitir a dívida, a obrigação não ficará extinta para com os outros; mas estes só a poderão exigir, descontada a quota do credor remitente.
Parágrafo único. O mesmo critério se observará no caso de transação, novação, compensação ou confusão.”
Consequências pela perda do objeto
- com culpa de um dos devedores: o objeto (valor equivalente) é obrigação dos dois devedores, assim, divide-se em partes iguais; já as perdas e danos será devida apenas por aquele que deu causa a perda do objeto.
“Art. 263. Perde a qualidade de indivisível a obrigação que se resolver em perdas e danos.
§ 2o Se for de um só a culpa, ficarão exonerados os outros, respondendo só esse pelas perdas e danos.”
- com culpa dos devedores: soma-se o valor equivalente ao objeto mais as perdas e danos e divide-se igualmente entre os devedores.
Obrigações Solidárias
Relação jurídica que se estabelece entre credores e devedores de uma mesma obrigação fazendo com que os vários credores tenham o direito individual de exigir o cumprimento integral da obrigação e os vários devedores solidários sejam responsáveis individualmente pelo pagamento do objeto da obrigação na sua integralidade, sendo irrelevante a natureza do objeto da obrigação (se divisível ou indivisível).
“Art. 264. Há solidariedade, quando na mesma obrigação concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda.”
O objeto é único, e, embora com mais de um credor ou devedor são, cada um deles, com direito ou obrigado, respectivamente, a toda a dívida.
Espécies de solidariedade:
- ativa: A, B e C são credores de D. Nos termos do contrato, o devedor deverá pagar a quantia de R$ 3.000,00, havendo sido estipulada a solidariedade ativa entre os credores da relação. Assim, qualquer dos três credores (A, B ou C) poderão exigir toda a dívida de D, ficando, é claro, aquele que recebeu o pagamento adstrito a entregar aos demais as suas quotas partes respectivamente. Se o devedor pagar a qualquer dos credores, exonera-se. Mas nada impede que, dois dos credores ou até mesmo os três cobrem integralmente a obrigação pactuada.
“Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.”
“Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.”
“Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.”
Quando a obrigação é solidária:
Em face da solidariedade, C pode cobrar o valor integral de D.
Pagando a qualquer dos credores, D ficará desobrigado quanto aos demais. Assim, haverá uma nova relação de obrigação, sendo, desta vez, entre os credores solidários. Há uma relação entre o devedor e a esfera, e, dentro da esfera, há outra relação.
Quando a obrigação não é solidária:
C tem direito a cobrar de D apenas sua quota parte, ou seja, R$ 1.000,00, por ser este objeto divisível.
 
Por ser este objeto indivisível, C tem direito a cobrar a integralidade do objeto.
Perdão na solidariedade ativa
Perdoado por um, o devedor é perdoado por todos os credores, tendo em vista a relação de solidariedade.
- passiva: A, B e C são devedores de D. Nos termos do contrato, os devedores encontram-se coobrigados solidariamente a pagar ao credor a quantia de R$ 3.000,00. Assim, o credor poderá exigir de qualquer dos três devedores toda a soma devida, e não apenas um terço de cada um. Nada impede, outrossim, que o credor demande dois dos devedores, ou até mesmo, os três, conjuntamente. Note-se, entretanto, que o devedor que pagou a integralidade da dívida terá ação regressiva contra os demais coobrigados, para haver a quota parte de cada um. Assim o credor poderá escolher o devedor que irá pagar os R$ 3.000,00, ou pode exigir que os três concorram com a sua parte, ou que apenas dois efetuem o pagamento.
A solidariedade passiva beneficia o credor, visto que, conforme explicitado, ele poderá cobrar a integralidade da dívida de qualquer um dos devedores.
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
Quando a obrigação não é solidária:
 
D só poderá cobrar R$ 1.000,00 de B, tendo em vista que a relação existente não é a de solidariedade.
Quando a obrigação é solidária:
 
D tem direito a cobrar tudo de A. Assim, a possibilidade de o credor receber seu crédito é ampliada.
Ex.: avalista.
Todos continuam integralmente responsáveis até a extinção total da obrigação.
Sendo a obrigação solidária, não importa a natureza do objeto (se divisível ou indivisível), pois, mesmo sendo o objeto divisível, o devedor estará obrigado na integralidade do objeto, bem como o credor poderá cobrar o todo.
A solidariedade é presumida da lei ou de convenção entre as partes.
Renúncia à solidariedade
A renúncia é um benefício aos devedores.
Quem renuncia é o credor.
Perdão na solidariedade passiva
O perdão a apenas um dos devedores não beneficia os demais.
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.
Art. 388. A remissão concedidaa um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
Foi acordado o pagamento até 10/10/2014 da dívida de R$ 4.000,00; E pede pra pagar só em 10/01/2015. Assim, A e E estabelecem o novo prazo e uma multa em caso de descumprimento da nova data de pagamento, sendo esta em 100% do valor da dívida (R$ 8.000,00). A, credor, não pode cobrar os R$8.000,00 dos demais devedores, apenas os R$ 4.000,00 da dívida solidária contraída entre os devedores solidários.
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
Os devedores solidários só podem arguir em sua defesa o vício individual ou o vício que seja comum a todos.
Art. 281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos; não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedor.
Relação entre devedores solidários
Se o B paga os R$ 4.000,00 sozinho, ele pode cobrar depois do C, D e do E, a quota parte de cada um.
Quando houver alguém insolvente na dívida solidária, a quota parte dele será dividida igualmente entre os codevedores.
Art. 283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
Pra partilha da quota do insolvente, é partilhado também com aquele que foi exonerado da solidariedade.
Tendo em vista que C é insolvente, a quota parte dele (R$ 1.000,00), será divida entre A, B e E.
EXCEÇÃO
Quando a obrigação solidária existir, mas a dívida for pra uso exclusivo de apenas um dos devedores, 
pode,
 aquele, que pagou, cobrar o todo daquele que se favoreceu do valor emprestado.
Art. 285. Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.Art. 284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
A solidariedade subsiste ainda que em perda do objeto por culpa de um dos devedores. As perdas e danos só serão respondidas pelo culpado.
ATIVIDADE
João, Paulo, Maria e Ana são devedores solidários da quantia de R$ 36.000,00 em favor de Carlos. Considerando que Ana foi excluída da solidariedade pelo credor e que Paulo se tornou insolvente, responda:
a
)Se Carlos decidir cobrar a dívida de João, qual será o valor que poderá exigir?
Carlos poderá cobrar R$ 27.000,00.
b) Ao efetuar o pagamento, qual será o valor que João poderá exigir efetivamente dos demais devedores, de acordo com as regras das obrigações solidárias.
João poderá exigir de Maria R$ 12.000,00 e de Ana R$ 3.000,00.Art. 279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.

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