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Infectologia - Doenças Virais

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INFECTOLOGIA – P1 - RESUMO
SISTEMA IMUNOLÓGICO
O sistema imunológico humano possui alta especificidade, diversidade e ampla memória quando o assunto são agentes nocivos ao organismo. Existem barreiras visíveis como as mecânicas: pele, saliva, pelos, etc. Algumas não visíveis, mas muito importantes em agressões mais severas, são as células brancas como os leucócitos e linfócitos que atuarão em defesa destruindo os agentes estranhos que são reconhecidos por partes específicas em cada denominado ANTÍGENO. Ao ser reconhecido um antígeno algumas substâncias são liberadas e atraem células de defesa, este processo é a QUIMIOTAXIA. Os linfócitos T reconhecem antígenos específicos e os atacam e compõe a IMUNIDADE CELULAR, os linfócitos B são produtores dos anticorpos (imunoglobulinas Ig) os quais agem contra os agressores. Os linfócitos T CD4 são estimulantes dos Linfócitos B e Linfócitos T CD8 quando existe contato do organismo com agentes agressores. 
Alguns exames indicam alterações no organismo:
PRÓDROMO - É um sinal ou grupo de sintomas que pode indicar o início de uma doença antes que sintomas específicos surjam.
TROPISMO – Afinidade à. EX: HIV tem tropismo pelas céls TCD4.
QUEISCÊNCIA – Período de latência/ inativado. 
VHS ( Velocidade de Hemossedimentação) - Indica que há algum tipo de inflamação/ infecção no organismo.
PCR ( Proteína C Reativa) – Indica inflamação no organismo também infecção principalmente microbiana. 
LDH ( Lactato Desidrogenase) - Aumenta em casos de infecção e principalmente quando há morte tecidual.
Estes exames não são específicos de nenhuma região do corpo, podem manter-se alterados quando há injúria em qualquer parte do mesmo. 
CARGA VIRAL E IMUNOCOMPETENCIA 
A CARGA VIRAL é a quantidade de vírus que há em cada ml de sangue. Um indivíduo é considerado IMUNOCOMPETENTE quando possui mais de 500 céls TCD4/mm³ de sangue quando este valor está abaixo de 200 céls TCD4/mm³ de sangue a pessoa já está vulnerável a infecções oportunistas.
EXAMES DE AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RENAL
Uroanálise (urina) – verifica o aspecto e a composição da urina produzida pelos rins. ( hematúria, proteinúria, glicosúria, leucocitúria, sedimentos, etc).
Uréia – Quando está em excesso não necessariamente indica problemas renais pois pode estar alterada em casos de desidratação, uso de diuréticos, sangramento digestivo e até alimentação hiperproteica, porém deve-se investigar porque em sua maioria é excretada pelo rim e seu excesso ou falta pode indicar problema em tal órgão ou não.
Creatinina- Valores altos estão sempre associados a disfunções renais, principalmente glomerulares. È confiável na avaliação da função renal.
Clearence de Cretinina - Compara a concentração de creatinina no sangue com a concentração de creatinina na urina. È coletada urina em 24h e realizado exame de sangue nesse mesmo período para comparações.
Ácido úrico- Seu aumento indica, geralmente, aumento ou problema na sua excreção.
EXAMES DE FUNÇÃO HEPÁTICA
TGO/AST – É encontrada em diversos órgãos como pâncreas, rins, fígado, etc. Portanto, uma lesão em qualquer desses órgão pode liberar e aumentar a sua quantidade no sangue.
TGP/ALT – Encontrada em altas concentrações no fígado, portanto é mais confiável na sugestão de lesão hepática.
DHL - É uma enzima que se eleva quando ocorre um dano na célula do organismo, aumenta na infecção e morte tecidual.
FOSFATASE ALCALINA- Seu aumento pode indicar obstrução biliar .
GAMA GLUTAMILTRANSFERASE (GGT) - Encontrada em vários órgãos como pâncreas, intestino, próstata, fígado, etc. Morte nestes tecidos aumenta seus níveis sanguíneos e principalmente na colestase.
BILIRRUBINA – É o produto final da degradação da porção heme da hemoglobina na hemácia. A BILIRRUBINA INDIRETA é o primeiro produto formado nesta degradação e é altamente tóxica sendo conjugada rapidamente ao passar pelo fígado e transaformando-se em BILIRRUBINA DIRETA que mistura-se a outras substâncias formando a bile. O aumento da BILIRRUBINA INDIRETA indica aumento na degradação do grupo heme ( lise maior de hemácias) ou até problemas na sua conjugação hepática. O aumento da BILIRRUBINA DIRETA é causado principalmente pela deficiência de sua eliminação pela bile. O aumento de ambas pode indicar uma obstrução do fluxo de bile (Com maior aumento da BILIRRUBINA DIRETA) ou indica lesão de hepatócitos que não conseguem realizar a conjugação da mesma.
FATORES DE COAGULAÇÃO E ATIVIDADE DE PROTROMBINA- A queda nos níveis destes pode indicar comprometimento hepático mas também em casos quando há baixos níveis de VITAMINA K que participa na síntese dos fatores de coagulação. 
ALBUMINA- Principal proteína circulante no sangue responsável pelo transporte de diversas substâncias como a bilirrubina indireta e medicamentos e ainda na pressão coloidosmótica.
ALFAFETOPROTEINA – Aumentada em casos de hepatocarcinomas e em casos de hepatite crônica. 
ISOLAMENTO
O isolamento é realizado para evitar a transmissão direta ou indireta do agente infeccioso.
 
Gotículas: Doenças transmitidas pelo contato com conjuntivas, mucosas do nariz ou boca e quando eliminadas pela tosse, espirro, fala e etc. Alcançam até 1 metro de distância mas pelo seu peso molecular logo caem no chão cessando sua transmissão. EX: Doença Meningocócica e Rubéola.
Cuidados Quarto privativo individual ou coletivo com pacientes com mesmo microorganismo, uso de máscara comum para pessoas que acessam o quarto que deve ser desprezada ao sair e o paciente quando for transportado deve utiliza-la também.
Aerossóis: Doenças transmitidas pela transmissão de agentes infecciosos através do ar que ficam em suspensão no ar por longos períodos e podem percorrer longas distâncias. Necessário uso de máscara N-95 pelos profissionais. EX: Sarampo e Varicela-Zoster.
Cuidados Uso de máscara tipo N95 por todo profissional que prestar assistência ao paciente. Deve ser colocada antes de entrar no quarto e retirada somente após a saída, podendo ser reaproveitada pelo mesmo profissional enquanto não estiver danificada. Se precisar transportar paciente o uso de máscara é a comum. A porta do quarto deve manter-se fechada.
Contato: Doenças transmitidas no contato direto (pele, mãoes,etc) ou indireto com pacientes/ objetos. 
Cuidados O quarto é privativo, individual ou coletivo com as mesmas doenças. Uso de luvas nos procedimentos e troca constante entre um e outro. Equipamentos usados individual e higienizados e desinfetados quando usado em outros. 
HIV/AIDS 
 O HIV é o vírus que causa a Imunodeficiência Adquirida (AIDS), o vírus ataca principalmente os linfócitos T CD4 . Ele é um retrovírus e engana o TCD4 e entra no mesmo, no interior do linfócito ele se multiplica até ocorrer a lise do linfócito TCD4 e a liberação dos vírus na corrente sanguínea. Após a infecção ele começará a se tornar visível a partir da 4ª semana quando surge os anticorpos anti-HIV (soroconversão). O pico de viremia ocorre por volta de 21-28 dias após a infecção essa viremia ocorre pelo diminuição acentuada de TCD4. 
Na fase de expansão e disseminação sistêmica, há a indução da resposta imunológica, mas esta é tardia e insuficiente em magnitude para erradicar a infecção. A ativação imune, por outro lado, produz uma quantidade adicional de linfócitos T CD4+ ativados que servem de alvo para novas infecções. Ao mesmo tempo, o número crescente de linfócitos T CD8+ exerce um controle parcial da infecção, mas não suficiente para impedir, em ausência de terapia, a lenta e progressiva depleção de linfócitos T CD4+ e a eventual progressão para a síndrome da imunodeficiência adquirida (Aids). 
A ativação de linfócitos T citotóxicos CD8+ específicos contra o HIV ocorre normalmente antes da soroconversão. O aparecimento de uma resposta imune celular HIV-específica e a subsequente síntese de anticorpos anti-HIV levam a uma queda da carga viral plasmática (viremia) - até um nível (set point) que é específico de cada indivíduo - e à cronicidade da infecção pelo HIV. A resposta imune mediada porcélulas é mais importante do que a resposta imune humoral no controle da replicação viral durante a infecção aguda pelo HIV, mas os anticorpos têm um papel relevante na redução da disseminação do HIV na fase crônica da infecção.
A doença avançada caracteriza-se pela contagem de células CD4 < 200/ mm3 e pelo desenvolvimento de doenças oportunistas. 
 
Para diagnóstico do HIV:
Os testes confirmatórios convencionais (western blot - WB, imunoblot - IB ou imunoblot rápido - IBR) são menos sensíveis que os testes de triagem de 3ª e 4ª gerações, por isso são inadequados para a detecção de infecções recentes, e elevam o custo do diagnóstico
Atualmente os testes moleculares são os mais eficazes para a confirmação diagnóstica por permitirem o diagnóstico de infecções agudas e/ou recentes e apresentarem melhor custo-efetividade.
Falso-negativo: é um resultado negativo em um teste para uma doença ou condição quando a doença ou condição de interesse está presente. 
Falso-positivo: é um resultado positivo em um teste para uma doença ou condição quando a doença ou condição de interesse está ausente.
ELISA – É o teste de triagem diagnóstico padrão para o HIV , ocorre a busca por anticorpos contra o HIV no sangue do paciente. Quando é detectado algum anticorpo anti-HIV no sangue, é necessária a realização de outro teste adicional, o teste confirmatório. 
Western Blot - De custo elevado, só é indicado em casos de resultado positivo no teste Elisa. Nele, os profissionais do laboratório procuram fragmentos do HIV, vírus causador da aids.
Teste de imunofluorescência indireta para o HIV-1 – Também confirmatório, o teste de imunofluorescência indireta para o HIV-1 permite detectar os anticorpos anti-HIV. Nele, o soro ou plasma do paciente é adicionado a uma lâmina de vidro que contém células infectadas com o HIV, fixadas nas cavidades. Após uma sequencia de etapas, em que são adicionados diferentes tipos de reagentes, o resultado é fornecido por meio da leitura em um microscópio de imunofluorescência. 
PCR ( Reação em Cadeia da Polimerase) - O resultado não depende de uma resposta imunológica ao vírus, que pode levar até 6 meses ou mais para ocorrer. É testado diretamente a presença do ácido nucléico viral (RNA), podendo detectar a infecção antes de a soroconversão ocorrer.
Teste Rápido (Fluído Oral) - Permite a detecção de anticorpos anti-HIV na amostra de sangue do paciente em até 30 minutos. Por isso, pode ser realizado no momento da consulta. Os testes rápidos permitem que o paciente, no mesmo momento  que faz  o teste tenha conhecimento do resultado e receba o aconselhamento pré e pós-teste. O teste rápido é preferencialmente adotado em populações que moram em locais de difícil acesso, em gestantes que não fizeram o acompanhamento no pré-natal e em situações de acidentes no trabalho.
O tratamento é realizado com os Antiretrovirais e seus objetivos são: 	
Retardar a progressão da imunodeficiência
Restaurar a imunidade, aumentando o tempo e a qualidade de vida 
Supressão intensa e continuada de replicação viral (diminuir ou reverter o dano imunológico)
Evolução dos parâmetros imunológicos (CD4) e virológicos (carga viral)
HTLV 1 e 2
O HTLV (Vírus linfotrópico da célula humana) é um retrovírus da mesma família do HIV, que infecta a célula T humana.
Existem dois tipos desse vírus: o HTLV-I e o HTLV-II. O primeiro está associado a doenças graves neurológicas degenerativas (paraparesia espástica tropical) e hematológicas, como a leucemia e o linfoma de células T humana do adulto (ATL). Polimiosites, poliartrites, uveítes e dermatites são enfermidades que parecem relacionadas com esse tipo de vírus.
Quanto ao segundo tipo, ainda não foi plenamente esclarecida sua ligação com alguma patologia determinada.
CITOMEGALOVÍRUS
O citomegalovírus (CMV) pertence à família do herpesvírus, a mesma dos vírus da catapora, herpes simples, herpes genital e do herpes zoster. As manifestações clínicas da infecção pelo CMV variam de uma pessoa para outra e vão desde discreto mal-estar e febre baixa até doenças graves que comprometem o aparelho digestivo, sistema nervoso central e retina. O citomegalovírus nunca abandona o organismo da pessoa infectada. Permanece em estado latente e qualquer baixa na imunidade do hospedeiro pode reativar a infecção.
O citomegalovírus pode ser transmitido das seguintes formas:
* por via respiratória – tosse, espirro, fala, saliva, secreção brônquica e da faringe servem de veículo para a transmissão do vírus;
* por transfusão de sangue;
* por transmissão vertical da mulher grávida para o feto;
* por via sexual – neste caso, ele é considerado causador de doença sexualmente transmissível;
* por objetos como xícaras e talheres – embora esse tipo de transmissão seja pouco comum, ele é possível porque o citomegalovírus não é destruído pelas condições ambientais.
Obs: é quase impossível viver sem ser infectado, em algum momento, pelo citomegalovírus. O período de incubação varia de alguns dias a poucas semanas.
A infecção pelo CMV pode ser assintomática e passar despercebida, mas o vírus ficará latente, a não ser que uma deficiência imunológica do hospedeiro favoreça sua reativação. Na fase aguda, a principal manifestação é a citomegalomononucleose, com sintomas semelhantes aos da mononucleose infecciosa: febre, dor de garganta, aumento do fígado e do baço, presença de linfócitos atípicos.
Existe exame laboratorial específico para pesquisar anticorpos contra o citomegalovírus. Os anticorpos da classe IgM estão presentes apenas na fase aguda da infecção e os da classe IgG também aparecem na fase aguda, mas persistem por toda a vida.
HERPES SIMPLES
A principal manifestação do herpes simples, uma infecção causada por vírus, é a presença de pequenas vesículas agrupadas que podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas que em geral surgem nos lábios e nos genitais. Nos lábios, elas se localizam preferencialmente na área de transição entre a mucosa e a pele e de um lado só da boca, embora na primeira infecção possam ocorrer quadros mais extensos
O herpes vírus caminha pelas terminações nervosas e atinge a pele. Na epiderme (primeira camada da pele), produz alteração nas células e surgem pequenas vesículas agrupadas, que se assemelham a um cacho de uvas. Depois, essas bolhinhas ressecam, forma-se uma crosta e a lesão desaparece. Essas são as principais características da infecção herpética tanto labial quanto genital.
A ocorrência das crises está intimamente relacionada com a imunidade das pessoas. Se ela estiver baixa, o vírus replica, vence o exército de defesa do organismo e as crises se tornam mais frequentes. Se a imunidade estiver boa, os períodos de remissão podem ser longos.
O tipo I provoca herpes labial e o tipo II, herpes genital. Acima da cintura, geralmente a maior incidência é de herpes tipo I e abaixo da cintura, de herpes tipo II, mas isso não é uma regra absoluta.
VARICELA/HERPES ZÓSTER
No herpes-zóster, popularmente conhecido como “cobreiro”, as pequenas vesículas que se formam na pele acompanham o trajeto das raízes nervosas numa faixa que pega sempre um lado só do corpo.
Causada pelo vírus da varicela, a enfermidade fez a fama de muitos benzedores que passavam um traço dividindo o corpo da pessoa infectada em duas metades e preconizavam – “Daqui não vai passar”.  E nunca passava mesmo, porque a doença afetava apenas o nervo que vinha pelo lado direito, por exemplo. Do lado oposto, o nervo era outro, vinha da esquerda e não estava comprometido.
O agente causador do herpes-zóster é um vírus chamado Varicela-zoster e que não deve ser confundido com o vírus do herpes simples que causa lesões na boca e nos genitais.
O Varicela-zoster é o agente de duas doenças: da varicela e do herpes-zóster. A catapora, ou varicela, é transmitida de pessoa para pessoa, acomete principalmente crianças em idade escolar e provoca lesões no corpo todo, braços, pernas, rosto, tronco e, às vezes, até dentro da boca São lesões em forma de vesícula, istoé, pequenas bolhas cheias de líquido, cercadas por uma área avermelhada característica de inflamação. Depois, essas bolinhas d’água criam cascas chamadas crostas que secam e caem, deixando uma pequena cicatriz que desaparece com o tempo. Na esmagadora maioria dos casos, a doença evolui para cura espontânea. 
O herpes-zóster é outro tipo de doença causada pelo mesmo vírus que fica incubado num nervo depois que provocou catapora. 
Hepatites
As hepatites virais são doenças provocadas por diferentes agentes etiológicos, com tropismo primário pelo tecido hepático, que apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém com importantes particularidades. A distribuição das hepatites virais é universal, sendo que a magnitude dos diferentes tipos varia de região para região. No Brasil, também há grande variação regional na prevalência de cada hepatite. As hepatites virais têm grande importância pelo número de indivíduos atingidos e pela possibilidade de complicações das formas agudas e de médio e longo prazo quando da cronificação.
Hepatite A
Transmissão 
A principal via de contágio do vírus da hepatite A é a fecal-oral, por contato inter-humano ou por meio de água e alimentos contaminados. A disseminação está relacionada com a infra-estrutura de saneamento básico e a aspectos ligados às condições de higiene praticadas.
Na maioria dos casos, a doença é autolimitada e de caráter benigno, sendo que a insuficiência hepática aguda grave ocorre em menos de 1% dos casos 
Pessoas que já tiveram hepatite A apresentam imunidade para tal doença, mas permanecem susceptíveis às outras hepatites virais.
Hepatite B
Transmissão
A transmissão do vírus da hepatite B (HBV) se faz por via parenteral, e, sobretudo, pela via sexual, sendo considerada uma doença sexualmente transmissível. Dessa forma, a hepatite B pode ser transmitida por solução de continuidade (pele e mucosa), relações sexuais desprotegidas e por via parenteral (compartilhamento de agulhas e seringas, tatuagens, piercings, procedimentos odontológicos ou cirúrgicos, etc).
A transmissão vertical (de mãe para filho) também é causa freqüente de disseminação do HBV em regiões de alta endemicidade.
A cronificação da doença é a persistência do vírus por mais de seis meses, que ocorre em aproximadamente 5% a 10% dos indivíduos adultos infectados.
Uma particularidade desta infecção viral crônica é a possibilidade de evolução para câncer hepático, independentemente da ocorrência de cirrose, fato considerado pré-requisito nos casos de surgimento de carcinoma hepatocelular nas demais infecções virais crônicas, como a hepatite C.
Hepatite C
Transmissão
O HCV é o principal agente etiológico da hepatite crônica anteriormente denominada hepatite Não-A-Não-B. Sua transmissão ocorre principalmente por via parenteral.
A transmissão vertical é rara quando comparada à hepatite B. Entretanto, já se demonstrou que gestantes com carga viral do HCV elevada ou co-infectadas pelo HIV apresentam maior risco de transmissão da doença para os recém-nascidos.
A cronificação ocorre em 70% a 85% dos casos, sendo que, em média, um quarto a um ter- ço destes pode evoluir para formas histológicas graves ou cirrose no período de 20 anos, caso não haja intervenção terapêutica. O restante evolui de forma mais lenta e talvez nunca desenvolva hepatopatia grave. É importante destacar que a infecção pelo HCV já é a maior responsável por cirrose e transplante hepático no Mundo Ocidental.
Hepatite D
Transmissão 
A hepatite D é causada pelo vírus da hepatite delta (HDV), podendo apresentar-se como infecção assintomática, sintomática ou como formas graves. O HDV é um vírus defectivo, satélite do HBV, que precisa do HBsAg para realizar sua replicação. Ou seja, só tem hepatite D quem já teve hepatite B.
Hepatite E
Transmissão 
O vírus da hepatite E (HEV) é de transmissão fecal-oral. Esta via de transmissão favorece a disseminação da infecção nos países em desenvolvimento, onde a contaminação dos reservatórios de água mantém a cadeia de transmissão da doença.
A doença é autolimitada e pode apresentar formas clínicas graves, principalmente em gestantes.
Essa forma de hepatite viral é mais comum em países na Ásia e África, principalmente na Índia.
DIAGNÓSTICO CLÍNICO
 Os quadros clínicos agudos das hepatites virais são muito diversificados, variando desde formas subclínicas ou oligossintomáticas até formas de insuficiência hepática aguda grave. 
A maioria dos casos cursa com predominância de fadiga, anorexia, náuseas, mal-estar geral e adinamia (redução da força muscular). Nos pacientes sintomáticos, o período de doença aguda pode se caracterizar pela presença de colúria (urina escura ) , hipocolia fecal (fezes esbranquiçadas) e icterícia.
 As aminotransferases [ALT/TGP(morte do tecido hepático) e AST/TGO(morte do tecido no geral)] são marcadores sensíveis de lesão do parênquima hepático, porém não são específicas para nenhum tipo de hepatite. 
A elevação da ALT/TGP geralmente é maior que da AST/TGO e já é encontrada durante o período prodrômico. Níveis mais elevados de ALT/TGP quando presentes não guardam correlação direta com a gravidade da doença. As aminotransferases, na fase mais aguda da doença, podem elevar-se dez vezes acima do limite superior da normalidade. 
Também são encontradas outras alterações inespecíficas, como elevação de bilirrubinas (elas aumentam pois os tecidos hepáticos estão comprometidos pela agressão do vírus e a metabolização delas não ocorre e fica aumentada no sangue e no tecido pois não é eliminada), fosfatase alcalina e discreta linfocitose .
A hepatite crônica é assintomática na grande maioria dos casos. De modo geral, as manifestações clínicas aparecem apenas em fases adiantadas de acometimento hepático. Muitas vezes o diagnóstico é feito ao acaso, a partir de alterações esporádicas de exames de avaliação de rotina ou da triagem em bancos de sangue. 
Tratamento
No acompanhamento de quadros agudos de hepatites virais, as duas primeiras consultas terão um intervalo de duas semanas para acompanhamento clínico, independentemente de resultado de exames. As consultas subseqüentes devem ser realizadas em intervalos de quatro semanas, acompanhadas de seguimento laboratorial com dosagem de aminotransferases, tempo de protrombina, bilirrubinas e albumina com o mesmo intervalo, até a detecção de duas dosagens normais com intervalo de quatro semanas.
No início do acompanhamento, realiza-se exames como: a dosagem de gama-GT e fosfatase alcalina [aumentam na lesão hepática e na colestase ( congestão hepática)] e proteínas totais e frações. Esses testes são repetidos a cada quatro semanas, ou em intervalos menores de acordo com o quadro clínico do paciente.
Deve evitar o emprego de drogas que tenham potencial hepatotóxico, como o paracetamol.
Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até a normalização das aminotransferases, liberando-se progressivamente o paciente para atividades físicas.
A administração de vitamina K( participana coagulação por meio da protrombina) durante um a três dias pode ser recomendada nos casos de queda da atividade de protrombina devido à absorção intestinal inadequada dessa vitamina. 
A administração de corticosteróide é totalmente contra-indicada.
O tratamento da hepatite B crônica está indicado nas seguintes situações: 
• idade superior a 2 anos; 
• HBsAg (+) por mais de seis meses; 
• HBeAg (+) ou HBV-DNA > 104 cópias/ml ou 1.900 UI/ml (fase de replicação); 
• ALT/TGO > 2 vezes o limite superior da normalidade; 
• ter realizado, nos últimos 24 meses, biópsia hepática onde tenha sido evidenciada atividade necro-inflamatória de moderada a intensa (maior ou igual a A2 pela classificação Metavir ou atividade portal ou peri-septal grau 2 ou maior pela classificação da Sociedade Brasileira de Patologia) e/ou presença de fibrose de moderada a intensa (maior ou igual a F2 pelas classificações Metavir ou Sociedade Brasileira de Patologia); ausênciade contra-indicação ao tratamento.
O tratamento da hepatite C crônica está indicado nas seguintes situações: 
• ser portador do vírus da hepatite C (HCV) identificado por detecção por biologia molecular de ácido ribonucléico – teste qualitativo do HCV;
 • ter realizado, nos últimos 24 meses, biópsia hepática onde tenha sido evidenciada atividade necro-inflamatória de moderada a intensa (maior ou igual a A2 pela classificação Metavir ou atividade portal ou peri-septal grau 2 ou maior pela classificação da Sociedade Brasileira de Patologia) e/ou presença de fibrose de moderada a intensa (maior ou igual a F2 pelas classificações Metavir ou Sociedade Brasileira de Patologia)1 ; 
• ter entre três 2 e 70 anos; 
• ter contagem de plaquetas acima de 50.000/mm3 e de neutrófilos acima de 1.500/mm3 .
Caxumba (Parotidite)
Caxumba ou parotidite é uma doença infecciosa causada por um vírus da família dos paramyxovirus, que provoca a inflamação nas parótidas, nas glândulas submaxilares e sublinguais.
Na gestação, a doença pode provocar abortamento.
Complicações: inflamação dos testículos e dos ovários (que pode resultar em esterilidade), meningite asséptica, pancreatite, neurite e surdez.
Transmissão 
Contato direto com as secreções das vias aéreas superiores da pessoa infectada, a partir de dois dias antes até nove dias depois do aparecimento dos sintomas.
Em geral, uma vez infectada, a pessoa adquire imunidade contra a doença. No entanto, se a infecção se manifestou apenas de um lado, o outro pode ser afetado em outra ocasião.
Sintomas
Inchaço e dor na parótida e nas outras glândulas salivares infectadas (localizadas embaixo da mandíbula), dor muscular e ao engolir, febre, mal-estar, inapetência são sintomas da infecção, menos intensos nas crianças do que nos adultos.
Os seguintes sinais sugerem complicações da doença e exigem assistência médica imediata:
 Dor e inchaço nos testículos (orquite);
 Na região dos ovários (ooforite);
Náuseas, vômitos, dor no abdômen superior (pancreatite);
 Rigidez na nuca, dor de cabeça e prostração (meningite).
Sarampo
O sarampo é uma doença infecto-contagiosa provocada pelo Morbili vírus e transmitida por secreções das vias respiratórias como gotículas eliminadas pelo espirro ou pela tosse. 
A transmissão pode ocorrer antes do aparecimento dos sintomas e estender-se até o quarto dia depois que surgiram placas avermelhadas na pele.
Em gestantes, pode provocar aborto ou parto prematuro.
Sintomas
Manchas avermelhadas na pele (exantema maculopapular eritematoso), o exantema é mais central. 
Febre, tosse, mal-estar, conjuntivite, coriza, perda do apetite e manchas brancas na parte interna das bochechas (exantema de Koplik).
Complicações: Otite, pneumonia, encefalite.
Diagnóstico: exame físico e exame de sangue.
Tratamento
Por ser uma doença autolimitada, o tratamento é sintomático, isto é, visa ao alívio dos sintomas. Paciente com sarampo deve fazer repouso, ingerir bastante líquido, comer alimentos leves, limpar os olhos com água morna e tomar antitérmicos para baixar a febre. Em alguns casos, há necessidade de tratamento para o aumento de imunidade.
Rubéola
Rubéola é uma doença infecto-contagiosa causada pelo Togavírus, e transmitida através das vias respiratórias, com a aspiração de gotículas de saliva ou secreção nasal.
A rubéola congênita, ou seja, transmitida da mãe para o feto, é a forma mais grave da doença, porque pode provocar malformações como surdez e problemas visuais na criança.
Criança que nasce com rubéola pode transmitir o vírus por até um ano. Por isso, devem ser mantidas afastadas de outras crianças e de gestantes.
Sintomas:
O período de incubação do vírus é de cerca de 15 dias e os sintomas são parecidos com os da gripe:
* Dor de cabeça;
* Dor ao engolir;
* Dores no corpo (articulações e músculos);
* Coriza;
* Aparecimento de gânglios (ínguas);
* Febre;
* Exantemas (manchas avermelhadas), são exantemas periféricos.
Mononucleose
Também conhecida como a doença do beijo. É causada pelo vírus Epstein-Barr.
Transmissão: 
Através da saliva ( o vírus é muito sensível às condições ambientais, de maneira que permanece viável por curto intervalo de tempo, o que dificulta sua transmissão se não houver contato muito estreito entre as pessoas). 
Transfusão de sangue.
Por via transplacentária (se a gestante adquirir o vírus durante a gravidez).
Diagnóstico: exame de sangue específico.
Sintomas:
Febre. 
A formação de placas brancas e exsudato na laringe e faringe (líquido com alto teor de proteínas e leucócitos) que lembram as lesões da candidíase (sapinho) e da difteria.
Admite-se, também, que ele possa infectar as células epiteliais da faringe e que essa infecção explique por que esse vírus esteja implicado no aparecimento do carcinoma da nasofaringe.
Os gânglios linfáticos avolumam-se, particularmente os do pescoço.
Pode provocar alterações no fígado e no baço.
O sinal de Hoagland ( As pálpebras superiores ficam inchadas, a fenda palpebral diminui, o que dá ao paciente a aparência quase de um oriental, com os olhos bem fechadinhos).
Tratamento:  O tratamento da mononucleose é fundamentalmente sintomático, visando ao alívio dos sintomas e a combater a febre e a dor de garganta. Além disso, o paciente deve permanecer em repouso
.

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