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Recursos em espécie. 
 
APELAÇÃO 
Artigo 1.009 e ss 
 
Conceito: É o recurso que cabe contra qualquer tipo de sentença: 
 
- a que julga o processo de conhecimento (sentença condenatória, constitutiva ou 
declaratória) 
- a que extingue as execuções; 
- as definitivas, em que há resolução de mérito; 
- as extintivas, sem resolução do mérito. 
 
Exceções: 
- na Lei de Execução Fiscal, contra a sentença que julga os embargos de pequeno valor, o 
recurso cabível é o de Embargos Infringentes; 
- da sentença que decreta a falência, cabe Agravo de Instrumento, e não Apelação. 
 
A regra é que as decisões interlocutórias sejam atacadas pelo recurso de Agravo de 
Instrumento, no prazo de 15 dias, estas estão previstas no rol do artigo 1.015, CPC (estas 
estão sujeitas à preclusão) 
 
Mas e as decisões que não constam deste rol? 
As decisões interlocutórias que não constam do rol do artigo 1.015, CPC só podem 
ser atacadas por meio de preliminar em contestação ou em contrarrazões (estas não 
estão sujeitas à preclusão) 
 
 Não é possível Apelar apenas para impugnar as decisões interlocutórias proferidas 
no curso do processo. 
 
O Tribunal, ao receber a Apelação, antes de julgar o mérito da apelação, reexaminará as 
decisões interlocutórias impugnadas: 
- se mantiver a decisão interlocutória, examinará as razões da apelação; 
- se reformar a decisão interlocutória, o processo retroagirá à fase em que foi proferida a 
decisão agravada, prejudicando todos os atos posteriores, inclusive a sentença e a 
apelação. 
 
Requisitos de admissibilidade do Recurso de Apelação: o conhecimento está 
condicionado ao preenchimento dos requisitos gerais de admissibilidade. 
 
a) prazo: 15 dias 
b) preparo: 4% sobre o valor da causa ou sobre o valor da condenação quando a sentença 
for líquida. Valor mínimo 5 UFESP’s = R$117,75 e valor máximo 3.000 UFESP’s = R$ 
70.650,00 (1 UFESP = R$ 23,55). O documento de arrecadação é o DARE, código 230-6 
 
c) observar as exigências do artigo 1.010: interposição ao juízo a quo, por petição 
endereçada ao juiz da causa, acompanhado das respectivas razões dirigidas ao Tribunal, 
que é quem as examinará. Só será necessária a qualificação do terceiro prejudicado, se 
houver, pois as partes já estão qualificadas. 
 
d) apresentar a exposição do fato e do direito e as razões do pedido de reforma ou 
de decretação de nulidade, com o pedido de nova decisão. 
 
Efeitos da Apelação: 
 
1) devolutivo: como todos os recursos de nosso ordenamento, a apelação é dotados de 
efeito devolutivo, ou seja, a matéria cuja sentença se pronunciou é devolvida para análise 
do Tribunal; 
 
2) suspensivo: a regra da Apelação é o efeito suspensivo, ou seja, a sentença não produz 
eficácia enquanto o recurso não for analisado, não cabendo sequer a execução provisória. 
Exceções: § 1º do artigo 1.012, CPC 
 
Art. 1.012. A apelação terá efeito suspensivo. 
§ 1o Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente 
após a sua publicação a sentença que: (não tem efeito suspensivo) 
 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; (art. 588 e ss. e 574 e ss., CPC) 
 
II - condena a pagar alimentos; (refere-se aos alimentos para a subsistência e cabe para a 
fixação e elevação do valor, mas não para a redução ou exoneração, e somente àqueles 
do direito de família, decorrentes do direito de família, do casamento, união estável ou 
parentesco) 
 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado; 
(se julgados parcialmente procedentes com redução do valor da execução, esta segue pelo 
valor reduzido) 
 
IV - julga procedente o pedido de instituição de arbitragem; (regulamentada pela Lei 
9.307/96) 
 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória; (tutela provisória concedida e depois 
confirmada na sentença ou concedida na sentença não pode ser suspensa por razão da 
apelação, cabendo o efeito suspensivo para os demais pedidos) 
 
VI - decreta a interdição. (art. 747 e ss., CPC) 
 
3) regressivo: só será dotada desse efeito nos casos de apelação interposta contra 
sentença de extinção sem resolução do mérito (art. 485, § 7§) ou improcedência liminar 
(art. 332, § 3º) 
 
4) translativo: as matérias de ordem pública são reconhecidas de ofício pelo Tribunal, ainda 
que não suscitadas. 
 
5) expansivo: em condições específicas 
 
Eficácia que ultrapassa os limites objetivos e subjetivos previamente estabelecidos pelo 
recorrente, nas seguintes condições: 
1. Havendo litisconsórcio, o recurso interposto por um deles pode beneficiar aqueles 
que não recorreram: a) quando for litisconsórcio unitário; b) quando for litisconsórcio 
simples e as matérias alegadas pelo recorrente forem comuns aos demais. 
 
Litisconsórcio simples: é possível que os resultados sejam diferentes para os litisconsortes. 
Litisconsórcio unitário: é aquele em que a sentença forçosamente há de ser a mesma para 
todos os litisconsortes, sendo juridicamente impossível que venha a ser diferente, ou seja, 
os resultados devem ser os mesmos para os litisconsortes, não se podendo admitir, nem 
mesmo em abstrato, que possam ser diferentes. 
 
2. Havendo pedidos interdependentes, com relação de prejudicialidade entre si, ou 
seja, não é possível modificar a decisão a respeito de um sem prejudicar o outro 
 
É permitido inovar na apelação? 
NÃO, em regra. 
Possível em duas situações: 
- art. 493, CPC “Se, depois da propositura da ação, algum fato constitutivo, modificativo ou 
extintivo do direito influir no julgamento do mérito, caberá ao juiz tomá-lo em consideração, 
de ofício ou a requerimento da parte, no momento de proferir a decisão.” - cabível na 
sentença e no recurso) 
- diante de matéria de ordem pública, analisada de ofício pelo juiz. 
 
Processamento da Apelação: 
1) interposta perante o juízo a quo, no prazo de 15 dias da intimação da decisão, somente 
para processamento, não cabendo qualquer juízo de admissibilidade, ainda que se 
verifique o não preenchimento de algum dos requisitos de admissibilidade. 
 
2) a parte contrária será intimada para apresentar contrarrazões ao recurso no prazo de 15 
dias; 
 
3) se nas contrarrazões o apelado postular, em preliminar, o reexame de decisão 
interlocutória proferida no curso do processo, o apelante será intimado a manifestar-se 
sobre ela, no prazo de 15 dias, em virtude do princípio do contraditório; 
 
4) cumpridas as formalidades os autos serão remetidos ao Tribunal; 
 
5) o Tribunal fará o exame dos requisitos de admissibilidade, recebendo ou não o recurso. 
 
6) os autos são registrados, distribuídos e encaminhados ao Relator, que deve elaborar seu 
voto em 30 dias, evolvendo à Secretaria apontando os pontos controvertidos; 
 
7) os autos são remetidos ao Revisor, que deve sugerir ao relator medidas ordinatórias do 
processo que tenham sido omitidas, confirmar, completar ou retificar o relatório, e proferir 
voto; 
 
8) o processo é incluído na pauta de julgamento, e dele participarão três juízes, sendo que 
qualquer um poderá pedir, a qualquer tempo, vista dos autos se não estiver pronto a emitir 
seu voto (10 dias); 
9) se o Relator tomar as providências do artigo 932, III, IV e V, CPC não será marcada data 
para julgamento (contrariar Súmulas - o Relator decide monocraticamente, não admitindo 
o recurso, negando-lhe provimento ou dando-lhe provimento) 
 
10) da decisão monocrática do Relator cabe Agravo Interno, no prazo de 15 dias (art. 1.021, 
CPC); 
 
11) o Tribunal pode determinar a realização ou renovação de ato processual, ou até a 
produção de provas,no próprio Tribunal ou em primeiro grau, intimando as partes, 
prosseguindo o julgamento após 
 
 
Julgamento do Recurso de Apelação 
 
1) votam três juízes e o resultado é obtido por maioria; 
2) são votadas primeiramente as questões referentes à admissibilidade do recurso, 
havendo mais de uma, cada uma será votada separadamente; 
3) cada um dos fundamentos do recurso são votados separadamente; 
4) são proferidos os votos e anunciado o resultado; 
5) o acórdão é redigido pelo relator ou, se este for vencido, pelo juiz que proferiu o primeiro 
voto vencedor. 
6) se o acórdão não unânime reformar a sentença, no mérito, caberá ainda um reexame 
desse acórdão por outros três juízes, dando a oportunidade de reforma do acórdão (art. 
942, CPC) 
 
Apelação contra a Sentença que indeferiu a inicial 
1) há extinção antes da citação do réu; 
2) havendo recurso o juiz tem o prazo de 5 dias para retratar-se; 
- havendo retratação: o réu é citado para o prosseguimento normal do processo; 
- não havendo retratação: o réu é citado para apresentar contrarrazões, após é determinada 
a subida dos autos 
 
Apelação contra a Sentença de Improcedência de plano 
1) o juiz julga totalmente improcedente o pedido do autor antes de citar o réu; 
2) o autor interpõe recurso de apelação e o juiz tem o prazo de 5 dias para a retratação 
- havendo retratação: a sentença fica sem efeito e o réu é citado para o prosseguimento 
normal do processo; 
- não havendo retratação: o réu é citado para apresentar contrarrazões, após é determinada 
a subida dos autos 
 
APELAÇÃO 
Cabimento Processamento Circunstâncias especiais 
 
É o recurso que cabe contra 
sentença, proferida em qualquer 
tipo de processo, seja definitiva ou 
extintiva. 
Exceções: 
- Sentença que julga embargos à 
execução de pequeno valor, 
contra a qual cabem embargos 
infringentes; 
- Sentença que decreta a falência, 
contra a qual cabe agravo de 
instrumento. 
Permite que as partes postulem, 
como preliminar, ou nas 
contrarrazões, o reexame das 
decisões interlocutórias nas 
preclusas. 
 
A Apelação é apresentada 
perante o juízo a quo, que não 
fará prévio juízo de 
admissibilidade. O apelado 
será intimado para as 
contrarrazões, em quinze dias. 
No Tribunal, haverá um relator, 
que tomará as providências 
estabelecidas no artigo 932, 
CPC. 
- Há preparo. 
- Contra a sentença de indeferimento 
da inicial, cabe apelação que permite 
ao juiz exercer direito de retratação. 
Se ele mantiver a sentença, 
determinará a citação do réu para as 
contrarrazões e a remessa dos autos 
para à instância superior. 
- Nos demais casos de extinção sem 
resolução do mérito (art. 485), 
também haverá direito de retratação. 
- Contra a sentença de improcedência 
de plano (art. 332), a apelação 
permitirá a retratação do juiz, e, se a 
sentença for mantida, o réu será 
citado para apresentar contrarrazões. 
 
AGRAVO DE INSTRUMENTO 
Artigo 1.015 e ss 
 
Conceito: recurso cabível, em primeira instância, contra decisões interlocutórias que 
versem sobre as matérias enumeradas no art. 1.015, I a XIII e parágrafo único do CPC. 
(requisito de admissibilidade) 
 
Decisões interlocutórias: pronunciamentos de cunho decisório que não põem fim ao 
processo ou à fase cognitiva do processo de conhecimento. 
 
 A maior parte das decisões interlocutórias não é recorrível em separado, por meio 
de Recurso de Agravo de Instrumento, e não sofrem os efeitos da preclusão, 
cabendo contra elas a impugnação em preliminar de contestação ou contrarrazões. 
 
Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem 
sobre: 
I - tutelas provisórias; 
II - mérito do processo; 
III - rejeição da alegação de convenção de arbitragem; 
IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica; 
V - rejeição do pedido de gratuidade da justiça ou acolhimento do pedido de sua revogação; 
VI - exibição ou posse de documento ou coisa; 
VII - exclusão de litisconsorte; 
VIII - rejeição do pedido de limitação do litisconsórcio; 
IX - admissão ou inadmissão de intervenção de terceiros; 
X - concessão, modificação ou revogação do efeito suspensivo aos embargos à execução; 
XI - redistribuição do ônus da prova nos termos do art. 373, § 1o; 
XII - (VETADO); 
XIII - outros casos expressamente referidos em lei. 
Parágrafo único. Também caberá agravo de instrumento contra decisões interlocutórias 
proferidas na fase de liquidação de sentença ou de cumprimento de sentença, no processo 
de execução e no processo de inventário. 
 
 
 
 
Processamento e julgamento do Agravo de Instrumento 
 
1) único recurso interposto diretamente perante o órgão ad quem, para apreciação imediata; 
 
2) é formado um instrumento, com cópias daquilo que é importante, e algumas 
obrigatórias (art. 1.017, CPC), uma vez que o processo ainda tramita no órgão a quo 
 
3) interposto por petição, no prazo de 15 dias; se uma das peças obrigatórias não existir, 
deve ser acrescentada declaração de inexistência feita pelo advogado do agravante. O 
Tribunal não conhecerá do Agravo se as peças juntadas não lhe permitirem compreendê-
lo e julgá-lo 
 
4) a petição de interposição deve obedecer ao artigo 1.016 
 
5) o agravante deve apresentar a decisão que pretende ver reformada e as razões; 
 
6) o preparo deve ser recolhido - 10 UFESP’s + taxa de porte de retorno = R$16,60 por 
volume (se físico), guia FEDT, código 110-4 
 
7) se o processo for físico o agravante deve informar no prazo de 3 dias o juízo a quo da 
interposição, sob pena de não tê-lo conhecido, trata-se de possibilidade de retratação. 
8) o Agravo é distribuído e escolhido um Relator que deverá tomar as providências do artigo 
932, CPC, cabendo a decisão monocrática 
 
9) se o Relator tomar as providências do artigo 932, III, IV e V, CPC não será marcada data 
para julgamento (contrariar Súmulas - o Relator decide monocraticamente, não admitindo 
o recurso, negando-lhe provimento ou dando-lhe provimento) 
 
10) da decisão monocrática do Relator cabe Agravo Interno, no prazo de 15 dias (art. 1.021, 
CPC); 
 
11) o Relator decide se defere ou não efeito suspensivo ao Agravo ou ainda efeito ativo 
(antecipação de tutela da pretensão recursal), contra esta decisão cabe agravo interno 
 
12) o Relator determina a intimação do Agravado para apresentar contrarrazões, no prazo 
de 15 dias 
13) o Relator abre vista ao Ministério Público, nos casos necessários, para manifestação 
em 15 dias 
 
14) o Relator pede dia para julgamento, no prazo máximo de um mês da intimação do 
agravado; 
 
15) o julgamento é proferido por três juízes, por maioria de votos. 
 
Agravo de Instrumento contra decisão interlocutória de mérito 
 
Na hipótese do Artigo 1.015, II, ou seja, decisão interlocutória de mérito, proferida em 
julgamento antecipado parcial de mérito, não sendo unânime a decisão dos três julgadores, 
aplica-se a técnica prevista no artigo 942, caput e § 3º, são três os requisitos: 
1) que a decisão interlocutória seja de mérito, proferida no julgamento antecipado parcial 
da lide; 
2) que o resultado inicial não seja unânime; 
3) que o resultado inicial reforme a decisão interlocutória. 
 
O juízo de retratação: enquanto não julgado o Agravo o juízo a quo poderá retratar-se da 
decisão interlocutória agravada, informando ao Tribunal. 
- se a retratação for total o Agravo será julgado prejudicado; 
- se a retratação for parcial o Agravo será julgado naquilo que remanescer; 
- havendo retratação, a parte contrária poderá interpor novo agravo, obedecendo as 
hipóteses do artigo 1.015, CPCAGRAVO DE INSTRUMENTO 
Cabimento Processamento Circunstâncias especiais 
 
A regra é que as decisões 
interlocutórias sejam irrecorríveis 
em separado, cabendo 
excepcionalmente Agravo de 
Instrumento, em primeira 
instância, contra as decisões 
interlocutórias que versem sobre 
as matérias enumeradas no art. 
1.015, I a XIII e parágrafo único, 
CPC. Estas matérias estão 
sujeitas à preclusão. 
- As demais matérias não estão 
sujeitas à preclusão e podem ser 
suscitadas em preliminar de 
apelação ou nas contrarrazões. 
 
- Interposto por escrito, 
diretamente perante o órgão ad 
quem, no prazo de 15 dias, 
para apreciação imediata; 
- Petição inicial deve conter os 
requisitos do art. 1016 e deve 
indicar a decisão que pretende 
ver reformada e as razões 
- Há preparo 
- O processo permanece em curso no 
órgão a quo, por isso é necessário 
instruir o recurso com cópias de 
peças dos autos, para a 
compreensão do Tribunal. Há peças 
obrigatórias (art. 1.017, I e II) e outras 
que considerar necessário (art. 1.017, 
III); 
- Se o processo não for eletrônico, o 
agravante deve comunicar o juízo a 
quo a interposição de A.I. em 3 dias, 
o que permite o juízo de retratação. 
 
 
 
AGRAVO INTERNO 
Artigo 1.021, CPC 
 
Conceito: recurso cabível contra as decisões monocráticas do Relator (funções do relator, 
art. 932, CPC) 
Prazo: 15 dias, cabendo o mesmo prazo ao agravado 
Juízo de retratação: o Relator pode retratar-se 
- havendo retratação: prosseguimento normal do recurso, com o julgamento pelo Tribunal 
- não havendo retratação: o recurso será examinado pela mesma turma julgadora que 
julgaria o recurso no qual foi proferida a decisão monocrática do relator, não podendo 
limitar-se a reprodução dos fundamentos da decisão agravada. 
 
Multa por recurso manifestamente inadmissível ou julgado improcedente em votação 
unânime: pode o Tribunal condenar o agravante em multa de 1% a 5% do valor corrigido 
da causa, revertida em favor do agravado. 
 
 
 
 
 
AGRAVO INTERNO 
Cabimento Processamento Circunstâncias especiais 
Cabível contra as decisões 
monocráticas do relator, previstas 
no art. 932, CPC 
- Deve ser interposto no prazo 
de 15 dias e o agravado tem o 
mesmo prazo para manifestar-
se sobre o Agravo. 
- O Relator pode exercer juízo 
de retratação 
 
- Se for considerado manifestamente 
inadmissível ou improcedente em 
votação unânime, o tribunal 
condenará o agravante ao 
pagamento de multa, que pode variar 
de 1% a 5% do valor corrigido da 
causa, que se reverterá em favor do 
agravado. 
 
 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Artigo 1.022 e ss CPC 
 
Conceito: recurso que tem por finalidade aclarar ou integrar qualquer tipo de decisão 
judicial (interlocutórias, sentenças ou acórdãos, proferidos em qualquer grau de jurisdição) 
que padeça dos vícios de omissão, obscuridade ou contradição, servindo ainda para corrigir 
eventuais erros materiais. 
 
Art. 494, I, CPC - situações em que o juiz pode alterar a sentença sem a necessidade dos 
Embargos: 
 
Art. 494. Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: 
I - para corrigir-lhe, de ofício ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de 
cálculo; 
II - por meio de embargos de declaração. 
 
Obscuridade: falta de clareza do ato. As decisões devem ser claras permitindo a 
compreensão da decisão e de seus fundamentos. 
 
Contradição: é a falta de coerência da decisão. Pode haver incompatibilidade entre duas 
ou mais partes do dispositivo, duas ou mais partes da fundamentação, entre o dispositivo 
e a fundamentação. Expressão de ideias incompatíveis entre si 
 
Omissão: presente quando o juiz não se manifesta sobre um ponte que exige sua 
manifestação, como a tese fundamental do autor ou do réu 
 
Erro material: erros de cálculo, erros de expressão, intempestividade declarada sem 
observar que havia um feriado forense. 
 
Requisitos de Admissibilidade: 
 
1) Prazo de 5 dias da intimação da decisão 
 
2) Não há preparo 
 
3) sua apresentação interrompe o prazo para apresentação de outros recursos 
 
Processamento dos Embargos 
 
1) apresentados por petição perante o juizo ou tribunal que prolatou a decisão 
 
2) cabem no Juizado Especial (art. 49, Lei 9.099/95) 
 
3) o embargante deve fundamentar indicando o vício presente 
 
4) o julgador fará juízo de admissibilidade, podendo conhece-lo ou não 
 
5) não sanado o vício novos Embargos podem ser apresentados (art. 1.026, CPC) 
 
6) o embargado será intimado para contrarrazões se o teor dos embargos for tal que possa 
modificar aquilo que foi decidido 
 
7) Prazo de 5 dias para julgamento 
 
8) os Embargos de Declaração podem ser opostos para fins de prequestionamento, 
repercutindo sobre o processamento do Recurso Especial e Extraordinário (Súmula 98 do 
STJ) 
SÚMULA 98 - Embargos de Declaração manifestados com notório propósito de 
prequestionamento não têm caráter protelatório. 
 
- os elementos neles suscitados serão considerados incluídos no acórdão, mesmo que os 
embargos não sejam admitidos, desde que o tribunal superior considere existente erro, 
omissão, contradição ou obscuridade. 
 
SÚMULA 211- Inadmissível recurso especial quanto à questão que, a despeito da oposição 
de embargos declaratórios, não foi apreciada pelo Tribunal a quo. 
 
Efeitos dos Embargos de Declaração 
 
1) devolutivo: devolve o conhecimento da matéria impugnada ao tribunal 
 
2) não são dotados de efeito suspensivo, em regra, mas podem ser concedidos diante de 
circunstâncias especiais 
 
Art. 1.026. Os embargos de declaração não possuem efeito suspensivo e interrompem o prazo para a 
interposição de recurso. 
§ 1o A eficácia da decisão monocrática ou colegiada poderá ser suspensa pelo respectivo juiz ou relator 
se demonstrada a probabilidade de provimento do recurso ou, sendo relevante a fundamentação, se houver 
risco de dano grave ou de difícil reparação. 
 
3) translativo: matérias de ordem pública podem ser conhecidas de ofício 
 
4) modificativo: a modificação da decisão pode ser efeito natural do saneamento do vício 
 
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO 
Cabimento Processamento Circunstâncias especiais 
Cabem contra sentença, acórdão 
ou decisão interlocutória que 
padeça dos vícios de omissão, 
contradição, obscuridade ou que 
contenha erro material. Sua 
finalidade é permitir ao juiz que os 
sane. 
Omissão: o juiz deixa de se 
pronunciar sobre ponto relevante 
para o desfecho do processo; 
Contradição: quando partes da 
decisão forem logicamente 
inconciliáveis; 
Obscuridade: quando não for 
possível compreender, no todo ou 
em parte, o conteúdo da decisão; 
erro material: quando contiver 
equívoco na descrição do 
conteúdo do processo ou erro de 
fato constatável de plano. 
 
 
RECURSO ORDINÁRIO 
 
Tem previsão no Código de Processo Civil, art. 1.027, dirigido ao STJ ou ao STF, e é o 
meio de impugnação de decisão judicial proferida nas causas elencadas no artigo, serve, 
em regra, para que o interessado possa obter o reexame das decisões que são de 
competência originária dos tribunais. 
- assemelha-se à Recurso de Apelação, nos casos de competência originária dos tribunais. 
 
Apesar de se dirigir aos Tribunais Superiores – característica dos recursos Especial e 
Extraordinário – essa espécie de Recurso comporta discussão sobre questões de fato e, 
por ter objeto mais próximo dos recursos comuns, recebeu a denominação de ordinário 
 
Cabimento perante o STF: são dirigidos ao STF os referentes a “habeas corpus, mandado 
de segurança, habeas data e mandado de injunção decididos em única instância pelos 
Tribunais Superiores,se denegatória a decisão” e os “crimes políticos” (art. 102, II, CF) 
 
Cabimento perante o STJ: são dirigidos ao STJ os relacionados aos “habeas corpus 
decididos em única ou última instância pelos Tribunais Federais ou pelos Tribunais dos 
Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória”; “os mandados 
de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos 
Tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão for denegatória”; 
“as causas em que forem partes Estados estrangeiros ou organismo internacional, de um 
lado, e de outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no pais” (art. 105, II, CF) 
 
Processamento: interposição no prazo de 15 dias, perante o Relator do acórdão recorrido. 
- a ele aplicam-se, quanto aos requisitos de admissibilidade e ao procedimento, as regras 
da apelação e os regimentos internos do STF e STJ; 
 
- apresentado o recurso o recorrido será intimado para apresentar contrarrazões no prazo 
de 15 dias; 
 
- o recurso será remetido ao respectivo Tribunal Superior, independentemente de prévio 
juízo de admissibilidade. 
 
A interposição do Recurso Ordinário não exige prequestionamento 
 
Se subdivide em duas espécies: 
1. Recurso Ordinário em sentido estrito: assemelha-se à Apelação 
2. Recurso Ordinário – Agravo de Instrumento: cabível na hipótese do inciso II, b, do art. 
1.027 
 
Recurso Especial e Recurso Extraordinário 
 
Foram classificados como especiais (ou excepcionais) em oposição aos comuns, também 
chamados ordinários, porque enquanto nos recursos comuns basta a sucumbência para 
preencher os requisitos relativos ao interesse e à legitimidade, nos recursos especiais (RE 
e REsp), além destes requisitos, exige-se a ofensa ao direito positivo, constitucional 
ou infraconstitucional. 
 
Os recursos comuns, ou ordinários (apelação, agravo e embargos de declaração) são 
dirigidos aos Tribunais locais (TJs e TRFs) e permitem a discussão de questões de fato, 
além das de direito. 
 
Os recursos extraordinários são dirigidos aos Tribunais superiores, são submetidos a 
procedimento mais rigoroso e a devolutiva se restringe à matéria de direito, não admitindo 
a rediscussão de matéria fática. 
 
Artigo 102, CF 
Artigo 105, CF 
 
Requisitos comuns de admissibilidade: 
 
a) tempestividade: o prazo legal é de 15 dias para a interposição dos Recursos Especial 
e Extraordinário. Ambos podem ser interpostos também na forma adesiva. 
 
b) preparo: ambos exigem preparo e porte de remessa e retorno dos autos 
- Conforme disposto no art. 2º, da Resolução STJ/GP n. 1, de 18 de fevereiro de 2016, do 
Superior Tribunal de Justiça, o valor do preparo do Recurso Especial devido ao STJ é R$ 
163,92 (cento e sessenta e três reais e noventa e dois centavos). 
- Conforme disposto no art. 1º, Tabela "A", inciso II, da Resolução n. 581, de 8 de junho de 
2016, do Supremo Tribunal Federal, o valor do preparo do Recurso Extraordinário devido 
ao STF é R$ 181,34 (cento e oitenta e um reais e trinta e quatro centavos). 
 
Outros requisitos de admissibilidade 
 
a) que tenham se esgotado os recursos nas vias ordinárias: enquanto houver a 
possibilidade de interposição de um recurso ordinário, estes não serão admitidos (Súmula 
281, STF e 207, STJ) 
 
b) que os recursos sejam interpostos contra decisão de única ou última instância: 
não é possível saltar/pular as instâncias ordinárias 
 
c) que não visem discutir matéria de fato: a fundamentação é vinculada, só cabem nas 
hipóteses das alíneas doas artigos 102, III e 105, III, da CF 
Não examina as provas dos fatos discutidos e sua aptidão para demonstrá-los, mas discute 
sobre a admissibilidade geral de um determinado tipo de prova, como no caso. 
Ex.: não discute se a interceptação telefônica usada em determinado processo foi suficiente 
para demonstrar os fatos alegados na inicial, mas, discute se a interceptação telefônica 
como meio de prova contraria a Constituição, ou seja, podem dirimir questões de aplicação 
ou interpretação da CF ou das leis federais a respeito das provas em geral, sua 
admissibilidade, disciplina e valoração 
 
d) causas decididas = prequestionamento: o cabimento está restrito às causas 
decididas. 
É preciso que a questão – constitucional ou federal – a ser discutida no recurso tenha sido 
ventilada nas instâncias ordinárias, isto é, suscitada e decidida anteriormente, isto 
chama-se PREQUESTIONAMENTO. 
- não há regulamento legal sobre o prequestionamento, mas sim jurisprudência do STF e 
STJ 
- a matéria precisa ter sido analisada, não basta que seja ventilada apenas no voto vencido, 
- se foi proposta mas as instâncias inferiores não a examinaram, cabem embargos de 
declaração postulando sanarem a omissão, como forma de tentativa de provocar o 
prequestionamento. Tais embargos não são considerados protelatórios 
 
 
 
Efeitos dos RE e REsp 
 
- Devolutivo: sim 
- Suspensivo: não, em regra, mas pode ser requerido e aceito se os fundamentos forem 
relevantes 
- Translativo: não, em virtude do prequestionamento necessário, inclusive em relação a 
matérias de ordem pública 
 
Especificidades do Recurso Especial 
 
Hipóteses de cabimento 
- artigos 105, III, alíneas “a”, “b” e “c” 
- Contrariar tratado ou lei federal ou negar-lhe vigência, no sentido de afrontar a lei federal, 
deixar de aplica-la nos casos em que isso deveria ocorrer, não dar à lei federal interpretação 
mais adequada 
- Julgar válido ato do governo local contestado em face de lei federal 
- Dar à lei federal interpretação divergente da que lhe haja dado outro tribunal, uma vez 
que uma das funções do REsp é uniformizar a interpretação da lei federal no País, é preciso 
demonstrar que a melhor interpretação é aquela dada pelo processo em que o REsp está 
sendo interposto 
 
Especificidades do Recurso Extraordinário 
- artigo 102, III, alíneas “a”, “b”, “c” e “d” 
- Contrariar dispositivo da CF, cabendo em caso de interpretação diferente de outro 
tribunal, no sentido de ter dado interpretação melhor. 
- Julgar válido ato do governo local contestado em face da CF 
 
Repercussão geral como requisito específico de admissibilidade do RE 
- A finalidade é reduzir o número de recursos extraordinários, limitando-os àquelas 
situações em que haja questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou 
jurídico, que transcendam os interesses individuais dos litigantes do processo. 
Art. 1.035 CPC 
Art. 1.035. O Supremo Tribunal Federal, em decisão irrecorrível, não conhecerá do 
recurso extraordinário quando a questão constitucional nele versada não tiver 
repercussão geral, nos termos deste artigo. 
§ 1o Para efeito de repercussão geral, será considerada a existência ou não de 
questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que 
ultrapassem os interesses subjetivos do processo. 
§ 2o O recorrente deverá demonstrar a existência de repercussão geral para 
apreciação exclusiva pelo Supremo Tribunal Federal. 
§ 3o Haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar acórdão que: 
I - contrarie súmula ou jurisprudência dominante do Supremo Tribunal Federal; 
II – Revogado 
III - tenha reconhecido a inconstitucionalidade de tratado ou de lei federal, nos 
termos do 
§ 4o O relator poderá admitir, na análise da repercussão geral, a manifestação de 
terceiros, subscrita por procurador habilitado, nos termos do Regimento Interno do 
Supremo Tribunal Federal. 
§ 5o Reconhecida a repercussão geral, o relator no Supremo Tribunal Federal 
determinará a suspensão do processamento de todos os processos pendentes, 
individuais ou coletivos,que versem sobre a questão e tramitem no território 
nacional. 
§ 6o O interessado pode requerer, ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal 
de origem, que exclua da decisão de sobrestamento e inadmita o recurso 
extraordinário que tenha sido interposto intempestivamente, tendo o recorrente o 
prazo de 5 (cinco) dias para manifestar-se sobre esse requerimento. 
§ 7º Da decisão que indeferir o requerimento referido no § 6º ou que aplicar 
entendimento firmado em regime de repercussão geral ou em julgamento de 
recursos repetitivos caberá agravo interno. 
§ 8o Negada a repercussão geral, o presidente ou o vice-presidente do tribunal de 
origem negará seguimento aos recursos extraordinários sobrestados na origem que 
versem sobre matéria idêntica. 
§ 9o O recurso que tiver a repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no 
prazo de 1 (um) ano e terá preferência sobre os demais feitos, ressalvados os que 
envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus. 
§ 10. Revogado 
§ 11. A súmula da decisão sobre a repercussão geral constará de ata, que será 
publicada no diário oficial e valerá como acórdão. 
 
323 e 325 do Regimento Interno do STF 
Art. 323. Quando não for caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão, o(a) 
Relator(a) ou o Presidente submeterá, por meio eletrônico, aos demais Ministros, cópia de 
sua manifestação sobre a existência, ou não, de repercussão geral. 
§ 1º Nos processos em que o Presidente atuar como Relator, sendo reconhecida a 
existência de repercussão geral, seguir-se-á livre distribuição para o julgamento de mérito. 
§ 2º Tal procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão 
já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula 
ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão 
geral. 
§ 3º Mediante decisão irrecorrível, poderá o(a) Relator(a) admitir de ofício ou a 
requerimento, em prazo que fixar, a manifestação de terceiros, subscrita por pro-curador 
habilitado, sobre a questão da repercussão geral. 
[...] 
Art. 325. O(A) Relator(a) juntará cópia das manifestações aos autos, quando não se tratar 
de processo informatizado, e, uma vez definida a existência da repercussão geral, julgará 
o recurso ou pedirá dia para seu julgamento, após vista ao Procurador-Geral, se 
necessária; negada a existência, formalizará e subscreverá decisão de recusa do recurso. 
Parágrafo único. O teor da decisão preliminar sobre a existência da repercussão geral, 
que deve integrar a decisão monocrática ou o acórdão, constará sempre das publicações 
dos julgamentos no Diário Oficial, com menção clara à matéria do recurso. 
 
- o recorrente apresentará em preliminar formal e fundamentada de recurso extraordinário 
a repercussão geral, pois não o fazendo o recurso pode não ser recebido. O Relator se 
manifesta sobre a repercussão e submete a questão aos demais ministros, que devem se 
pronunciar em 20 dias (prazo comum, diante do meio eletrônico) 
 
- a Constituição estabelece que, para que o RE não seja admitido é necessário que, 
pelo menos, oito ministros reconheçam a inexistência da repercussão geral. 
 
- sendo reconhecida a repercussão geral, o Relator do RE determinará a suspensão do 
processamento de todos os processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem 
sobre a questão e tramitam no território nacional; 
 
- o recurso com repercussão geral reconhecida deverá ser julgado no prazo de um ano, 
após o julgamento os demais processos voltarão ao andamento normal; 
 
- negada a existência de repercussão geral, não será recebido o recurso, e o presidente ou 
vice-presidente do tribunal de origem negará seguimento aos recursos extraordinários 
sobrestados na origem, que versem sobre matéria idêntica. (art. 1.035, § 8º, CPC) Da 
decisão cabe o Agravo previsto no artigo 1.042, III, CPC 
Art. 1.042. Cabe agravo contra decisão do presidente ou do vice-presidente do 
tribunal recorrido que inadmitir recurso extraordinário ou recurso especial, salvo 
quando fundada na aplicação de entendimento firmado em regime de repercussão 
geral ou em julgamento de recursos repetitivo 
§ 1º Revogado 
§ 2º A petição de agravo será dirigida ao presidente ou ao vice-presidente do 
tribunal de origem e independe do pagamento de custas e despesas postais, 
aplicando-se a ela o regime de repercussão geral e de recursos repetitivos, inclusive 
quanto à possibilidade de sobrestamento e do juízo de retratação. 
§ 3o O agravado será intimado, de imediato, para oferecer resposta no prazo de 15 
(quinze) dias. 
§ 4o Após o prazo de resposta, não havendo retratação, o agravo será remetido ao 
tribunal superior competente. 
§ 5o O agravo poderá ser julgado, conforme o caso, conjuntamente com o recurso 
especial ou extraordinário, assegurada, neste caso, sustentação oral, observando-
se, ainda, o disposto no regimento interno do tribunal respectivo. 
§ 6o Na hipótese de interposição conjunta de recursos extraordinário e especial, o 
agravante deverá interpor um agravo para cada recurso não admitido. 
§ 7o Havendo apenas um agravo, o recurso será remetido ao tribunal competente, 
e, havendo interposição conjunta, os autos serão remetidos ao Superior Tribunal de 
Justiça. 
§ 8o Concluído o julgamento do agravo pelo Superior Tribunal de Justiça e, se for o 
caso, do recurso especial, independentemente de pedido, os autos serão remetidos 
ao Supremo Tribunal Federal para apreciação do agravo a ele dirigido, salvo se 
estiver prejudicado. 
 
 
A questão dos recursos repetitivos 
 
Havendo um grande número de RE e REsp versando sobre o mesmo tema, com idênticos 
fundamentos, deve haver, também, uma forma excepcional de tratar o assunto. 
 
Ao invés de examiná-los individualmente, vencendo cada questionamento em separado, 
agora são examinados uma única vez, com repercussão sobre os demais recursos 
interpostos com o mesmo fundamento e com eficácia vinculante sobre os 
julgamentos posteriores. A vantagem observada é tanto do ponto de vista econômico 
quanto com relação à uniformidade dos julgados. 
 
- são selecionados dois ou mais recursos, os mais representativos da controvérsia, 
recursos que sejam admissíveis e onde a questão jurídica repetida seja abordada de 
maneira mais detalhada, para que o julgamento destes recursos seja afetado na forma 
do artigo 1.036 e possa servir de paradigma, repercutindo sobre o julgamento dos 
demais. Os demais recursos versando sobre a mesma questão ficarão suspensos no 
tribunal de origem. 
 
- a suspensão tratada acima atingirá não só os demais RE ou REsp que versem sobre a 
mesma questão jurídica, mas todos os processos, individuais ou coletivos, mesmo os 
ainda não sentenciados, que versem sobre a questão, em todo o território nacional. 
Afetação: decisão proferida pelo relator que, feita a seleção dos recursos paradigmas e 
preenchidos os demais requisitos do artigo 1.036, caput, CPC, identificará com precisão a 
questão jurídica a ser submetida a julgamento, determinando a suspensão de todos os 
processos que versem sobre a mesma questão, em todo o território nacional. 
 
- o Presidente ou o Vice-presidente informarão aos Tribunais e aos juízes para que 
promovam a suspensão dos processos que versem sobre a mesma questão jurídica até 
seu efetivo julgamento. 
 
- da decisão de suspensão a parte será intimada, podendo requerer o prosseguimento de 
seu processo, caso demonstre a distinção entre a questão jurídica objeto do julgamento 
repetitivo e a que se discute em seu processo. O requerimento será dirigido ao juiz ou ao 
relator, dependendo onde tramitar. 
 
- sobre o requerimento de prosseguimento a parte contrária será ouvida no prazo de cinco 
dias. 
 
- da decisão sobre o requerimento cabe Agravode Instrumento (processo em primeiro grau) 
ou Agravo Interno (da decisão do Relator) 
 
Julgamento 
 
O julgamento dos RE e REsp repetitivos têm grande repercussão, uma vez que versam 
sobre matéria que impacta grande parcela da sociedade, por isso envolve uma série de 
providências, por parte do Relator, que poderá solicitar dos Tribunais estaduais e federais, 
informações sobre a controvérsia. 
 
Poderá, ainda, ser admitida a manifestação de pessoas, órgão ou entidades com interesse 
na controvérsia, na condição de amicus curiae. 
 
- Poderá, também, marcar data para realização de audiência pública onde serão 
ouvidas pessoas com experiência e conhecimento na matéria, com a finalidade de 
instruir o procedimento. 
 
- poderá haver intervenção do Ministério Público, com vista pelo prazo de 15 dias 
 
- o julgamento dos recursos paradigmas preferirá a qualquer outro, exceto os que 
envolvam habeas corpus ou réu preso. 
 
Com o julgamento, ocorrerá o seguinte: 
 
1) se o acórdão recorrido estiver em conformidade com a decisão do STF ou STJ: aos 
recursos suspensos na origem será negado seguimento; 
 
2) se o acórdão recorrido não estiver em conformidade com a decisão do STF ou STJ: 
o tribunal de origem o reexaminará, podendo retratar-se, modificando-o, para ajustá-lo à 
nova orientação do STF ou STJ. 
- se mantido o acórdão divergente: o RE ou REsp contra ele interposto será remetido ao 
tribunal superior 
- se houver retratação, será negado seguimento ao recurso. 
 
3) se tratar-se de recurso afetado: primeiro o tribunal superior apreciará a repercussão 
geral, e, se for negada sua existência serão considerados automaticamente inadmitidos 
todos os recursos extraordinários sobrestados 
 
4) os processos e recursos (de natureza) ordinários ainda não julgados: retomarão o 
seu andamento, devendo ser aplicada a tese jurídica formulada no recurso afetado, sob 
pena de reclamação (artigo 988, IV, CPC) 
 
Art. 988. Caberá reclamação da parte interessada ou do Ministério Público para: 
[...] 
IV – garantir a observância de acórdão proferido em julgamento de incidente de 
resolução de demandas repetitivas ou de incidente de assunção de competência; 
 
5) se os recursos versarem sobre questão relativa a prestação de serviço público, 
objeto de concessão, permissão ou autorização: o resultado do julgamento será 
comunicado ao órgão, ao ente ou à agência reguladora competente para fiscalização da 
efetiva aplicação, por parte dos entes sujeitos a regulação, da tese adotada. 
 
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO - artigo 1.042, 
CPC 
- tem o objetivo de permitir o seguimento de recursos especiais ou extraordinários que 
tenham sido inadmitidos na origem. 
- o cabimento está afastado quando for negado seguimento fundamentado na aplicação de 
entendimento firmado no regime de repercussão geral ou em julgamento de recursos 
repetitivos. 
- o Agravo deve ser dirigido ao Presidente ou ao Vice-Presidente do Tribunal de origem, e 
será encartado nos próprios autos, independente de preparo. A parte agravada será 
intimada para apresentar resposta em 15 dias. Não havendo retratação, o agravo será 
remetido ao tribunal superior competente para julgamento. 
 
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO E RECURSO 
ESPECIAL – artigo 1.043 e 1.044, CPC 
 
Sua finalidade é evitar a divergência, de natureza material ou processual, no âmbito 
do STF ou STJ, uniformizando a jurisprudência. 
 
STF: 2 Turmas, compostas por 5 Ministros e o Plenário, com 11 Ministros 
STJ: 6 Turmas, com 5 Ministros cada. Cada Seção é composta por 2 Turmas e há o Órgão 
Especial, denominado Corte Especial, integrada pelos 15 Ministros mais antigos e presidida 
pelo Presidente do Tribunal 
 
- pode haver divergência de entendimento, no âmbito do STF, entre uma e outra Turma, ou 
entre uma Turma e o Plenário 
- pode haver divergência de entendimento, no âmbito do STJ, entre uma Turma e outra, ou 
entre Turma e Seção, ou entre Turma e o Órgão Especial. 
- é preciso que a divergência seja atual, não cabendo mais os embargos se a jurisprudência 
do Tribunal já se uniformizou em determinado sentido. 
 
Processamento: regulado pelos regimentos internos do STF e STJ. 
- prazo para interposição: 15 dias da publicação da decisão embargada 
- a petição de interposição deve vir acompanhada com a prova da divergência, sendo 
necessário que indique, de forma analítica, em que a divergência consiste. 
- o Relator pode não conhecer, negar ou dar provimento monocraticamente (art. 932, CPC), 
cabendo contra esta decisão Agravo Interno para o órgão colegiado. 
 
Julgamento no STF: será feito pelo Plenário. 
Julgamento no STJ: 
- se a divergência se der entre Turmas da mesma Seção: julgamento pela Seção 
- se a divergência se der entre Turmas de Seções diferentes, ou entre Turma ou Seção com 
a Corte Especial: julgamento pela Corte Especial 
 
 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL – STF 
2 Turmas, compostas por 5 Ministros e o Plenário, com 11 Ministros 
 
O Supremo Tribunal Federal é o órgão de cúpula do Poder Judiciário, e a ele compete, 
precipuamente, a guarda da Constituição, conforme definido no art. 102 da Constituição da 
República. 
É composto por 11 (onze) Ministros, todos brasileiros natos (art. 12, § 3º, inc. IV, da 
CF/1988), escolhidos dentre cidadãos com mais de 35 e menos de 65 anos de idade, de 
notável saber jurídico e reputação ilibada (art. 101 da CF/1988), e nomeados pelo 
Presidente da República, após aprovação da escolha pela maioria absoluta do Senado 
Federal (art. 101, parágrafo único, da CF/1988). 
Entre suas principais atribuições está a de julgar a ação direta de inconstitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal ou estadual, a ação declaratória de constitucionalidade de lei 
ou ato normativo federal, a arguição de descumprimento de preceito fundamental 
decorrente da própria Constituição e a extradição solicitada por Estado estrangeiro. 
Na área penal, destaca-se a competência para julgar, nas infrações penais comuns, o 
Presidente da República, o Vice-Presidente, os membros do Congresso Nacional, seus 
próprios Ministros e o Procurador-Geral da República, entre outros (art. 102, inc. I, a e b, 
da CF/1988). 
Em grau de recurso, sobressaem-se as atribuições de julgar, em recurso ordinário, o 
habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção 
decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão, e, em 
recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão 
recorrida contrariar dispositivo da Constituição. 
A partir da Emenda Constitucional 45/2004, foi introduzida a possibilidade de o Supremo 
Tribunal Federal aprovar, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, súmula 
com efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração 
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal (art. 103-A da CF/1988). 
O Presidente do Supremo Tribunal Federal é também o Presidente do Conselho Nacional 
de Justiça (art. 103-B, inc. I, da CF/1988, com a redação dada pela EC 61/2009). 
O Plenário, as Turmas e o Presidente são os órgãos do Tribunal (art. 3º do RISTF/1980). 
O Presidente e o Vice-Presidente são eleitos pelo Plenário do Tribunal, dentre os Ministros, 
e têm mandato de dois anos. Cada uma das duas Turmas é constituída por cinco Ministros 
e presidida pelo mais antigo dentre seus membros, por um período de um ano, vedada a 
recondução, até que todos os seus integrantes hajam exercido a Presidência, observada a 
ordem decrescente de antiguidade (art. 4º, § 1º, do RISTF/1980).Composição Atual 
Ministra Cármen Lúcia - Presidente 
Ministro Dias Toffoli - Vice-Presidente 
Ministro Celso de Mello - Decano 
Ministro Marco Aurélio 
Ministro Gilmar Mendes 
Ministro Ricardo Lewandowski 
Ministro Luiz Fux 
Ministra Rosa Weber 
Ministro Roberto Barroso 
Ministro Edson Fachin 
Ministro Alexandre de Moraes 
 
Primeira Turma Segunda Turma 
Ministro Marco Aurélio – Presidente Ministro Gilmar Mendes - Presidente 
Ministro Luiz Fux Ministro Celso de Mello 
Ministra Rosa Weber Ministro Ricardo Lewandowski 
Ministro Luís Roberto Barroso Ministro Dias Toffoli 
Ministro Alexandre de Moraes Ministro Edson Fachin 
 
 
 
Ordem de 
antiguidade 
Ministro 
Nascimento 
(data e estado) 
Indicação 
Presidencial 
Idade 
na 
posse 
Data 
inicial 
(posse) 
Data limite 
(aposentadoria) 
Principais funções anteriores 
1 
 
José Celso de 
Mello Filho 
1/11/1945 
 São Paulo 
José Sarney 43 17/08/1989 2020 
Promotor e, posteriormente, procurador de Justiça do Ministério Público do Estado 
de São Paulo (1970–1989) 
2 
 
Marco Aurélio 
Mendes de Farias 
Mello 
12/07/1946 
 Rio de Janeiro 
Fernando Collor 
de Mello 
43 13/06/1990 2021 
Procurador do Trabalho (1975–1978), juiz do TRT-1ª Região (1978–1981), ministro 
do TST (1981–1990) 
3 
 
Gilmar Ferreira 
Mendes 
30/12/1955 
 Mato Grosso 
Fernando 
Henrique 
Cardoso 
46 20/06/2002 2030 
Procurador da República (1985–1988), subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa 
Civil (1996–2000), advogado-Geral da União (2000–2002) 
4 
 
Enrique Ricardo 
Lewandowski 
11/05/1948 
 Rio de Janeiro 
Luiz Inácio Lula 
da Silva 
57 1603/2006 2023 
Advogado (1974–1990), juiz do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo (1990–
1997), desembargador do TJ-SP (1997–2006) 
5 
 
Cármen Lúcia 
Antunes Rocha 
19/04/1954 
 Minas Gerais 
Luiz Inácio Lula 
da Silva 
52 2106/2006 2029 Procuradora do Estado de Minas Gerais (1983–2006) 
6 
 
José Antonio Dias 
Toffoli 
15/11/1967 
 São Paulo 
Luiz Inácio Lula 
da Silva 
41 23/10/2009 2042 
Advogado (1991-2009), subchefe para Assuntos Jurídicos da Casa Civil (2003–
2005), advogado-Geral da União (2007–2009) 
7 
 
Luiz Fux 
26/04/1953 
 Rio de Janeiro 
Dilma Rousseff 57 3/03/2011 2028 
Promotor de justiça do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (1979–1982), 
juiz de Direito do Estado do Rio de Janeiro (1983–1997), desembargador do TJ-RJ 
(1997–2001), ministro do STJ (2001–2011) 
8 
 
Rosa Maria Weber 
Candiota da Rosa 
2/10/1948 no 
 Rio Grande do 
Sul 
Dilma Rousseff 63 19/12/2011 2023 
Juíza do Trabalho (1976–1991), juíza do TRT-4ª Região (1991–2006), ministra do 
TST (2006–2011) 
9 
 
Luís Roberto 
Barroso 
11/03/1958 
 Rio de Janeiro 
Dilma Rousseff 55 26/06/2013 2033 Advogado (1981–2013), procurador do Estado do Rio de Janeiro (1985–2013) 
10 
 
Luiz Edson Fachin 
8/02/1958 
 Rio Grande do 
Sul 
Dilma Rousseff 57 16/06/2015 2033 Advogado (1980-2015), procurador do Estado do Paraná (1990–2006) 
11 
 
Alexandre de 
Moraes 
13/12/1968 
 São Paulo 
Michel Temer 48 22/03/2017 2043 
Promotor de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo (1991-2002), 
secretário de Justiça de São Paulo (2002-2005), conselheiro do Conselho Nacional 
de Justiça (2005-2007), secretário de Transportes do Município de São Paulo 
(2007-2010), advogado (2010-2014), secretário de Segurança Pública de São Paulo 
(2015-2016), ministro da Justiça (2016-2017) 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – STJ 
6 Turmas, com 5 Ministros cada. Cada Seção é composta por 2 Turmas e há o Órgão 
Especial, denominado Corte Especial, integrada pelos 15 Ministros mais antigos e presidida 
pelo Presidente do Tribunal 
 
O STJ é composto por 33 ministros. Eles são escolhidos e nomeados pelo Presidente da 
República, a partir de lista tríplice formulada pelo próprio tribunal. O indicado passa ainda 
por sabatina do Senado Federal antes da nomeação. 
A Constituição prevê que os ministros tenham origem diversificada: um terço deve ser 
escolhido entre desembargadores federais, um terço entre desembargadores de justiça e, 
por fim, um terço entre advogados e membros do Ministério Público. 
Corregedorias 
Os ministros do STJ desempenham funções de correição em vários órgãos do Judiciário. 
No Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o ministro do STJ que compõe o Conselho atua 
como Corregedor Nacional de Justiça. No Conselho da Justiça Federal (CJF), um dos 
ministros do STJ é o Corregedor-Geral da Justiça Federal. No Tribunal Superior Eleitoral 
(TSE), um dos ministros do STJ atua como Corregedor-Geral Eleitoral. 
Outros órgãos 
Dois dos ministros do TSE são ministros do STJ, escolhidos pelo próprio tribunal. No CJF, 
cinco ministros são membros do Conselho. 
Organização interna 
Os 33 ministros do STJ dividem-se internamente para julgar a maioria das matérias em 
órgãos especializados. 
Plenário 
O Plenário é composto por todos os ministros do STJ. Os magistrados convocados não 
participam de suas reuniões. O órgão possui competência administrativa: elege membros 
para os cargos diretivos e de representação, vota mudanças no regimento e elabora listas 
tríplices de indicados a compor o tribunal. 
Corte Especial 
A Corte Especial é composta pelos 15 ministros mais antigos do Tribunal e julga as ações 
penais contra governadores e outras autoridades. A Corte também é responsável por 
decidir recursos quando há interpretação divergente entre os órgãos especializados do 
Tribunal. 
Seções e Turmas 
As três seções do STJ são especializadas. Dentro de cada especialidade, elas julgam 
mandados de segurança, reclamações e conflitos de competência. Elas também são 
responsáveis pelo julgamento dos recursos repetitivos. 
Cada Seção reúne ministros de duas Turmas, também especializadas. 
As Seções são compostas por dez ministros e as Turmas por cinco ministros cada. 
Nas Turmas são julgados os recursos especiais sem caráter repetitivo, habeas corpus 
criminais, recursos em habeas corpus, recursos em mandado de segurança, entre outros 
tipos de processo. 
 
Matéria Exemplos Seção Turmas 
Direito público 
Impostos, previdência, servidores 
públicos, indenizações do Estado, 
improbidade 
Primeira Primeira e Segunda 
Direito privado 
Comércio, consumo, contratos, 
família, sucessões 
Segunda Terceira e Quarta 
Direito penal 
Crimes em geral, federalização de 
crimes contra direitos humanos 
Terceira Quinta e Sexta 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
COMPOSIÇÃO – 05/05/2017 
 
PLENÁRIO CORTE ESPECIAL 
PRIMEIRA SEÇÃO 
Direito Público e Previdenciário 
SEGUNDA SEÇÃO 
Direito Privado 
TERCEIRA SEÇÃO 
Direito Penal 
CONSELHO DA JUSTIÇA 
FEDERAL 
1. Felix Fischer 17/ 12 /1996 
2. Francisco Cândido de M. Falcão Neto 30/ 6 /1999 
3. Fátima Nancy Andrighi 27/ 10 /1999 
4. Laurita Hilário Vaz (Presidente) 26/ 6 /2001 
5. João Otávio de Noronha
1 
3/ 12 /2002 
6. Humberto Eustáquio Soares Martins (Vice-Presidente) 14/ 6 /2006 
7. Maria Thereza Rocha de Assis Moura 9/ 8 /2006 
8. Antonio Herman de Vasconcellos e Benjamin 6/ 9 /2006 
9. Napoleão Nunes Maia Filho 23/ 5 /2007 
10. Jorge Mussi 12/ 12 /2007 
11. GeraldoOg Nicéas Marques Fernandes 17/ 6 /2008 
12. Luis Felipe Salomão
2 
17/ 6 /2008 
13. Mauro Luiz Campbell Marques 17/ 6 /2008 
14. Benedito Gonçalves 17/ 9 /2008 
15. Raul Araújo Filho 12/ 5 /2010 
16. Paulo de Tarso Vieira Sanseverino 10/ 8 /2010 
17. Maria Isabel Diniz Gallotti Rodrigues 10/ 8 /2010 
18. Antonio Carlos Ferreira 13/ 6 /2011 
19. Ricardo Villas Bôas Cueva 13/ 6 /2011 
20. Sebastião Alves dos Reis Júnior
3 
13/ 6 /2011 
21. Marco Aurélio Gastaldi Buzzi 5/ 9 /2011 
22. Marco Aurélio Bellizze Oliveira 5/ 9 /2011 
23. Assusete Dumont Reis Magalhães 21/ 8 /2012 
24. Sérgio Luíz Kukina 6/ 2 /2013 
25. Paulo Dias de Moura Ribeiro 28/ 8 /2013 
26. Regina Helena Costa 28/ 8 /2013 
27. Rogerio Schietti Machado Cruz 28/ 8 /2013 
28. Nefi Cordeiro 3/ 4 /2014 
29. Luiz Alberto Gurgel de Faria 9/ 9 /2014 
30. Reynaldo Soares da Fonseca 26/ 5 /2015 
31. Marcelo Navarro Ribeiro Dantas 30/ 9 /2015 
32. Antonio Saldanha Palheiro 6/ 4 /2016 
33. Joel Ilan Paciornik 6/ 4 /2016 
 
 
 
1 
Corregedor Nacional de Justiça 
2 
Diretor da Revista 
3 
Ministro Ouvidor 
 
 
 
Art. 2º, § 1º, do RISTJ 
Presidência: 1º/9/2016 a 31/8/2018 
1. Laurita Vaz 
2. Humberto Martins 
3. Felix Fischer 
4. Francisco Falcão 
5. Nancy Andrighi 
6. João Otávio de Noronha 
7. Maria Thereza de Assis Moura 
8. Herman Benjamin 
9. Napoleão Nunes Maia Filho 
10. Jorge Mussi 
11. Og Fernandes 
12. Luis Felipe Salomão 
13. Mauro Campbell Marques 
14. Benedito Gonçalves 
15. Raul Araújo 
 
 
Coord.: Vânia Maria Soares Rocha 
Art. 2º, § 2º, do RISTJ Sessões: 1
as 
e 
as 
quartas-feiras do mês 3 
1. Francisco Falcão 
2. Herman Benjamin* 
3. Napoleão Nunes Maia Filho 
4. Og Fernandes 
5. Mauro Campbell Marques 
6. Benedito Gonçalves 
7. Assusete Magalhães 
8. Sérgio Kukina 
9. Regina Helena Costa 
10. Gurgel de Faria 
 
*Presidência: 6/8/2015 a 5/8/2017 
Coord.: Zilda Carolina de Souza 
1. Nancy Andrighi 
2. Luis Felipe Salomão 
3. Raul Araújo* 
4. Paulo de Tarso Sanseverino 
5. Isabel Gallotti 
6. Antonio Carlos Ferreira 
7. Villas Bôas Cueva 
8. Marco Buzzi 
9. Marco Aurélio Bellizze 
10. Moura Ribeiro 
 
*Presidência: 27/8/2015 a 26/8/2017 
Coord.: Ana Elisa Kirjner 
1. Felix Fischer 
2. Maria Thereza de Assis Moura 
3. Jorge Mussi 
4. Sebastião Reis Júnior* 
5. Rogerio Schietti Cruz 
6. Nefi Cordeiro 
7. Reynaldo Soares da Fonseca 
8. Ribeiro Dantas 
9. Antonio Saldanha Palheiro 
10. Joel Ilan Paciornik 
 
*Presidência: 28/5/2015 a 27/5/2017 
Coord.: Gilberto Ferreira Costa 
Laurita Vaz 
Humberto Martins 
Mauro Campbell Marques 
Corregedor-Geral Biênio: 
2015/2017 
Benedito Gonçalves 
Efetivo (2015/2017) 
Raul Araújo 
Efetivo (2016/2018) Paulo 
de Tarso Sanseverino 
Suplente (2015/2017) 
Isabel Gallotti 
Suplente (2015/2017) 
Antonio Carlos Ferreira 
Suplente (2016/2018) 
Art. 7º do RISTJ 
Art. 2º, §§ 3º e 6º, do RISTJ – Sessões: 2
as 
e 4
as 
quartas-feiras do mês 
PRIMEIRA TURMA TERCEIRA TURMA QUINTA TURMA 
1. Napoleão Nunes Maia Filho 
Ingresso: 1º/7/2011 
2. Benedito Gonçalves 
Ingresso: 18/9/2008 
3. Sérgio Kukina 
Ingresso: 7/2/2013 
4. Regina Helena Costa* 
Ingresso: 29/8/2014 
5. Gurgel de Faria 
Ingresso: 1º/3/2016 
 
*Presidência: 5/5/2017 a 4/5/2019 
Coord.: Bárbara Camunã 
1. Nancy Andrighi 
Ingresso: 25/8/2016 
2. Paulo de Tarso Sanseverino 
Ingresso: 11/8/2010 
3. Villas Bôas Cueva 
Ingresso: 14/6/2011 
4. Marco Aurélio Bellize* 
Ingresso: 29/8/2014 
5. Moura Ribeiro Ingresso: 
29/8/2014 
 
*Presidência: 25/8/2016 a 24/8/2018 
Coord.: Maria Auxiliadora da Rocha 
1. Felix Fischer* 
Ingresso: 2/9/2014 
2. Jorge Mussi 
Ingresso: 2/10/2015 
3. Reynaldo Soares da Fonseca 
Ingresso: 27/5/2015 
4. Ribeiro Dantas Ingresso: 
1º/10/2015 
5. Joel Ilan Paciornik 
Ingresso: 7/4/2016 
 
*Presidência: 27/5/2015 a 26/5/2017 
Coord.: Marcelo Pereira Cruvinel 
ENFAM 
Maria Thereza de Assis Moura 
Diretora-Geral 
Biênio: 2016/2018 
Napoleão Nunes Maia Filho 
Vice-Diretor 
Biênio: 2016/2018 
Mauro Campbell Marques 
Diretor do CEJ/CJF 
Jorge Mussi 
Biênio: 2016/2018 
Og Fernandes 
Biênio: 2016/2018 
 
Art. 10 do RI/ENFAM 
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 
1. Laurita Vaz 
2. Humberto Martins 
3. Felix Fischer 
4. Francisco Falcão 
5. Nancy Andrighi 
6. João Otávio de Noronha 
7. Maria Thereza de Assis Moura 
8. Herman Benjamin 
9. Napoleão Nunes Maia Filho 
10. Jorge Mussi 
11. Og Fernandes 
 
 
Art. 5º do RISTJ 
 
 
 
Diretora-Geral: 
Sulamita Avelino Cardoso 
Marques 
SEGUNDA TURMA QUARTA TURMA SEXTA TURMA 
1. Francisco Falcão 
Ingresso: 2/9/2016 
2. Herman Benjamin 
Ingresso: 6/9/2006 
3. Og Fernandes Ingresso: 
31/8/2016 
4. Mauro Campbell Marques 
Ingresso: 17/6/2008 
5. Assusete Magalhães* 
Ingresso: 19/2/2014 
 
 
*Presidência:12/11/2015 a 11/11/2017 
Coord.: Angela Valéria Dusi 
1. Luis Felipe Salomão 
Ingresso:18/6/2008 
2. Raul Araújo 
Ingresso: 13/5/2010 
3. Isabel Gallotti* 
Ingresso: 11/8/2010 
4. Antonio Carlos Ferreira 
Ingresso: 14/6/2011 
5. Marco Buzzi 
Ingresso: 6/9/2011 
 
 
*Presidência: 10/8/2015 a 9/8/2017 
Coord.: Teresa Helena Basevi 
1. Maria Thereza de Assis Moura 
Ingresso: 9/8/2006 
2. Sebastião Reis Júnior 
Ingresso: 14/6/2011 
3. Rogerio Schietti Cruz* 
Ingresso: 29/8/2013 
4. Nefi Cordeiro 
Ingresso: 4/4/2014 
5. Antonio Saldanha Palheiro 
Ingresso: 7/4/2016 
 
 
*Presidência: 3/10/2015 a 2/10/2017 
Coord.: Eliseu Augusto de Santana 
TRIBUNAL SUPERIOR 
ELEITORAL 
Hermann Benjamin 
Corregedor-Geral 
Biênio: 2015/2017 
Napoleão Nunes Maia Filho 
Efetivo (2016/2018) 
Jorge Mussi 
Substituto (2015/2017) 
Og Fernandes 
Substituto (2016/2018) 
Art. 10, III, do RISTJ 
Art. 2º, §§ 3º, 4º e 6º, do RISTJ – Sessões: terças-feiras e 1
as 
e 3 
as 
quintas-feiras do mês 
COMISSÕES PERMANENTES – Arts. 40 e 41 do RIST . COMISSÃO TEMPORÁRIA – Emenda Regimental n. 26, de 13 de dezembro de 2016. 
 
REGIMENTO INTERNO 
Luis Felipe Salomão (Presidente) Benedito 
Gonçalves 
Marco Aurélio Bellizze 
Jorge Mussi (Suplente) 
JURISPRUDÊNCIA 
Mauro Campbell Marques (Presidente) Isabel 
Gallotti 
Antonio Carlos Ferreira 
Sebastião Reis Júnior Sérgio 
Kukina 
Rogerio Schietti Cruz 
DOCUMENTAÇÃO 
Jorge Mussi (Presidente) 
Raul Araújo 
Villas Bôas Cueva Moura 
Ribeiro (Suplente) 
COORDENAÇÃO 
Marco Buzzi (Presidente) 
Regina Helena Costa Gurgel 
de Faria 
Nefi Cordeiro (Suplente) 
GESTORA DE PRECEDENTES 
Paulo de Tarso Sanseverino (Presidente) Assusete 
Magalhães 
Rogerio Schietti Cruz 
Vago (Suplente) 
Precedente Judicial (artigos 926 e 927, CPC) 
 
Entendimentos firmados pelos tribunais que poderão servir de diretrizes para o julgamento 
de casos semelhantes, evitando a dispersão da jurisprudência e, consequentemente, a 
intranquilidade social e o descrédito nas decisões emanadas pelo Poder Judiciário. 
 
Noções Fundamentais 
 
O sistema jurídico brasileiro é o da Civil Law, de origem romano-germânica. 
- a lei é a fonte primária do ordenamento jurídico e é o instrumento apto a solucionar as 
controvérsias levadas ao conhecimento do Poder Judiciário; 
- trata-se da aplicação do direito escrito, positivado; 
- considera que o juiz é o intérprete e o aplicador da lei, não lhe reconhecendo os poderes 
do criador do Direito. 
- Artigo 5º, II, CF: “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em 
virtude de lei” –deste dispositivo advém o princípio da legalidade. 
 
O sistema stare decisis (stare decisis et mon quieta movere – “mantenha-se a decisão e 
não se moleste o que foi decidido”), corresponde ao sistema da força obrigatória dos 
precedentes. 
- o termo “lei” é revisado e sua compreensão ampliada para introduzir o precedente judicial 
que tem cogência prevista no ordenamento jurídico; 
- em virtude da evolução da sociedade e de suas constantes modificações (sociais, culturais, 
políticas, econômicas), que não são acompanhadas pelo legislador e, também, porque não 
é possível prever-se todas as situações concretas e futuras a serem submetidas à apreciação 
judicial; 
- torna-se necessário aceitar a interpretação jurisdicional para garantir que tutela integral. 
 
O sistema do Common Law, também conhecido como sistema anglo-saxão. Os juízes e 
tribunais se baseiam principalmente nos costumes e, com base no direito consuetudinário, 
julgam os casos concretos. A decisão poderá constituir-se em precedente para julgamento 
de casos futuros. 
Os precedentes judiciais no sistema Civil Law: o precedente tem a função de orientar a 
interpretação da lei, sem obrigar o julgador a adotar o mesmo fundamento da decisão 
anteriormente proferida e que tenha como pano de fundo situação jurídica semelhante. 
- o CPC/73 compelia os juízos inferiores a aplicar os julgamentos dos tribunais (STF e STJ), 
por meio de súmulas vinculantes, de julgamento em controle abstrato de constitucionalidade 
e julgamento de recursos repetitivos. 
- o CPC/2015 traz uma vinculação ainda mais consistente. Trata-se da criação de uma 
norma por meio da decisão judicial, que deve ser obrigatoriamente respeitada em virtude 
do status do órgão que a criou. 
- no Brasil já observamos a incidência do stare decisis, pois tanto o STJ quanto o STF têm 
o poder de criar norma (teoria constitutiva, criadora do Direito), os juízes inferiores têm o 
dever de aplicar o precedente criado por essas Cortes (teoria declaratória); 
- a utilização do sistema de stare decisis não revoga as leis vigentes. 
- a aplicação dos precedentes vinculantes não pode ser aleatória, mas o magistrado deve 
realizar uma comparação entre o caso concreto e a fundamentação da decisão 
paradigmática, ou seja, observadas as particularidades da situação submetida à tutela 
jurisdicional, deve o julgador verificar se o caso paradigma possui alguma semelhança com 
aquele que será analisado. (essa comparação, na teoria dos precedentes, recebe o nome 
de distinguishing – distinção) 
 
Apesar da noção de obrigatoriedade, não será possível suscitar os precedentes em toda e 
qualquer situação: 
- pode ser que os fatos não guardem relação de semelhança, mas exijam a mesma 
conclusão jurídica; 
- pode ser que os fatos até guardem semelhança, mas as particularidades de casa caso os 
tornem substancialmente diferentes. 
 
Ao fazer a distinção há a exigência da motivação (art. 93, IX, CF). Isso significa que as 
decisões judiciais não devem pautar-se apenas em artigos de lei, a conceitos abstratos, a 
súmulas e ementas de julgamento, mas devem expor os elementos fáticos e jurídicos em 
que o magistrado se apoiou para decidir. A fundamentação das decisões o juiz deve 
identificar as questões que reputou essências para a tese jurídica escolhida. 
 
A fundamentação passa a ser a norma geral, um modelo de conduta para a sociedade. 
 
Se o que justifica a aplicação de precedentes judiciais como meio de acompanhar a evolução 
social, diante do envelhecimento da lei, é necessário pensar, também, que, em virtude da 
ininterrupta evolução, estes precedentes vinculantes não podem ser permanentes, ou seja, 
é necessário que sejam revogados ou superados em razão da modificação dos valores 
sociais, dos conceitos jurídicos, da tecnologia ou até mesmo por erro gerador de instabilidade 
em sua aplicação. (essa técnica é o overruling) 
 
A força normativa dos precedentes no novo CPC 
 
1. Fundamentação das decisões judiciais: art. 486, CPC – não basta que o julgador invoque 
o precedente ou a súmula em seu julgado, ele deve identificar os fundamentos determinantes 
que o levaram a seguir o precedente, deve explicar os motivos pelos quais está aplicando 
a orientação consolidada ao caso concreto. 
Assim, para que o julgador deixe de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou 
precedente invocado pela parte, deverá demonstrar que há distinção entre o precedente 
e a situação concretamente apresentada ou que o paradigma invocado já foi superado. 
 
2. Uniformização da jurisprudência: at. 926, caput, CPC – Os tribunais devem uniformizar 
sua jurisprudência e mantê-la estável, íntegra e coerente. 
Tal dever decorre da adoção do sistema de precedentes e demonstra a necessidade de 
compatibilização entre as decisões proferidas pelos tribunais e o princípio constitucional da 
segurança jurídica 
Uniformizar: evitar a propagação de teses jurídicas distintas sobre situações semelhantes e 
que, por esta semelhança, merecem tratamento igualitário. 
Estabilizar: manter o que já foi uniformizado 
Coerência: está ligada a ideia de não contradição, o que quer dizer que os tribunais devem 
manter uma relação harmônica entre o que se decide e todo o processo. Há um dever de 
dialogar com os precedentes anteriores, até mesmo para superá-los e demonstrar o 
distinguishing 
Integridade: denota a ideia de conformidade com o direito, com a disposições constitucionais. 
 
Precedentes obrigatórios 
Artigo 927, I a V, CPC – rol que contém precedentes obrigatórios 
Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão: 
I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de 
constitucionalidade; pois nas ADI já vale para todos 
II - os enunciados de súmula vinculante; 
III - os acórdãos em incidente de assunção de competência ou de resolução de demandas 
repetitivas e em julgamento de recursos extraordinário e especial repetitivos; IRDR 
IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal Federal em matéria constitucional e 
do Superior Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional; 
V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quais estiverem vinculados. 
 
 
Regras gerais para a formação e modificação dos precedentes obrigatórios no novo 
CPC

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