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Teoria geral da Admnistração ESAB.pdf

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www.esab.edu.br
Teoria Geral da
Administração
Teoria Geral da 
Administração
Vila Velha (ES)
2013
Diretoria Executiva
Charlie Anderson Olsen
Larissa Kleis Pereira
Margarete Lazzaris Kleis
Thiago Kleis Pereira
Conteudista
Marco Maschio Cardozo Chaga
Coordenação de Projeto
Andreza Lopes
Patrícia Battisti
Supervisão de Design Educacional
Barbara da Silveira Vieira
Supervisão de Revisão Gramatical
Andrea Minsky
Supervisão de Design Gráfico
Laura Martins Rodrigues
Design Educacional
Giovana Spiller
Simone Regina Dias
Revisão Gramatical
Elaine Monteiro Seidler
Érica da Silva Martins Valduga
Hellen Melo Pereira
Paulo de Tarso Vieira
Design Gráfico
Neri Gonçalves Ribeiro 
Diagramação
Fernando Andrade
Equipe Acadêmica da ESAB
Coordenadores dos Cursos
Docentes dos Cursos
Copyright © Todos os direitos desta obra são da Escola Superior Aberta do Brasil.
www.esab.edu.br
Av. Santa Leopoldina, nº 840
Coqueiral de Itaparica - Vila Velha, ES
CEP 29102-040
Escola Superior Aberta do Brasil
Diretor Acadêmico
Beatriz Christo Gobbi
Coordenadora do Núcleo de Educação a Distância
Beatriz Christo Gobbi
Coordenadora do Curso de Administração EAD 
Rosemary Riguetti
Coordenador do Curso de Pedagogia EAD
Claudio David Cari
Coordenador do Curso de Sistemas de Informação EAD
David Gomes Barboza
Produção do Material Didático-Pedagógico
Delinea Tecnologia Educacional / Escola Superior Aberta do Brasil
Diretor Geral 
Nildo Ferreira
Apresentação
Caro estudante,
Seja bem vindo à ESAB. A Escola Superior Aberta do Brasil, funda-se no princípio 
básico de atuar com educação a distância, utilizando como meio, tão somente, 
a internet. Em 2004,foi especialmente credenciada para ofertar cursos de pós-
graduação a distância, via e-learning, utilizando-se de software próprio denominado 
Campus Online.
Em 2009 foi credenciada com Instituição de Ensino Superior – IES, através da 
portaria MEC nº 1242/2009, de 30 de dezembro de 2009, ocasião em que também foi 
autorizada a ofertar o curso de pedagogia – licenciatura, na modalidade presencial, 
conforme portaria MEC nº 14/2010, de 9 de janeiro de 2010.
Em outubro de 2012 recebeu o Prêmio Top Educação 2012, da Editora Segmento, 
sendo reconhecida como a Melhor Instituição de Ensino EAD para Docentes.
Em 2013 é aprovada para a oferta dos cursos de: Administração (Bacharelado); 
Pedagogia (Licenciatura) e Sistemas de Informação (Bacharelado), todos na 
modalidade EAD, com avaliação máxima das comissões avaliadoras.
É com grande satisfação que temos você nesta disciplina de Teoria Geral da 
Administração! Falamos em satisfação porque temos certeza de que você é especial. 
Se você tem acesso a este material e o lê, então é por vontade própria que busca algo 
a mais para a sua vida. E este algo é conhecimento – uma das coisas mais valiosas 
que existe e que, quando adquirido, ninguém nos tira.
Neste mundo cada vez mais globalizado, com uma concorrência acirrada e recursos 
escassos, os gestores têm de estar cada vez mais aptos às mudanças. Entretanto, não 
se podem promover mudanças sem tomar decisões.
A priori, sabemos que a maioria das pessoas toma decisões sem o devido 
embasamento teórico, e o mercado atual não perdoa mais tentativas de “erros e 
acertos” como antigamente.
Neste intuito, a disciplina de Teoria Geral da Administração, com base em Chiavenato 
(2011), Ribeiro (2009), Andrade e Amboni (2011), lhe proporcionará o conhecimento 
que incentiva as principais práticas administrativas que são adotadas pelas 
organizações da atualidade.
Com esta breve apresentação, esperamos motivá-lo para os estudos relativos à Teoria 
Geral da Administração, os quais certamente ampliarão de forma significativa sua 
competência, por meio do conhecimento que proporciona habilidades no ambiente 
empresarial, uma vez que atitude você já tem.
Bom estudo!
Equipe Acadêmica da ESAB
Objetivo
O nosso objetivo é proporcionar o conhecimento das principais abordagens teóricas 
que embasaram a administração de empresas da atualidade, identificando as 
principais ênfases das linhas de pensamentos administrativos de cada época, bem 
como compreendendo o continuum evolutivo das teorias gerais da administração.
Competências e habilidades
•	 Entender a Teoria Geral da Administração a partir de uma perspectiva histórica e 
evolutiva.
•	 Conhecer as principais abordagens teóricas da administração de organizações da 
atualidade.
•	 Transferir e utilizar o conhecimento adquirido de forma a qualificar a prática 
administrativa.
•	 Empregar a Teoria Geral da Administração de forma a contribuir na evolução da 
carreira administrativa, a partir de atitudes proativas.
Ementa
A abordagem clássica e científica da Administração. Escola de relações humanas. 
Teoria da burocracia. Abordagem neoclássica da Administração. Abordagem 
comportamental. Teoria sistêmica. Administração por objetivos. Administração: 
estado atual e perspectivas futuras.
Sumário
1. A importância de estudar TGA .........................................................................................7
2. Pensadores, fatos e organizações que contribuíram para a evolução 
da Administração ..........................................................................................................13
3. Taylor e a Administração Científica: origens ..................................................................19
4. Taylor e a Administração Científica: organização racional do trabalho ..........................24
5. Taylor e a Administração Científica: princípios ..............................................................30
6. Taylor e a Administração Científica: seguidores de Taylor e o fordismo ..........................34
7. Taylor e a Administração Científica: apreciação crítica ...................................................40
8. A Teoria Clássica da Administração de Fayol: origens .....................................................44
9. A Teoria Clássica da Administração de Fayol: as funções da empresa 
e as funções administrativas .........................................................................................49
10. A Teoria Clássica da Administração de Fayol: os 14 princípios ........................................55
11. A Teoria Clássica da Administração de Fayol: apreciação crítica .....................................60
12. Teoria das relações humanas: origens ...........................................................................65
13. Teoria das Relações Humanas: a Experiência de Hawthorne ..........................................71
14. Teoria das Relações Humanas: decorrências ..................................................................77
15. Teoria das Relações Humanas: apreciação crítica...........................................................81
16. Escola do Comportamento Humano: origens ................................................................86
17. Escola do Comportamento Humano: motivação humana (parte 1) ...............................90
18. Escola de Comportamento Humano: motivação humana (parte 2) ...............................96
19. Escola do Comportamento Humano: as Teorias X e Y ...................................................103
20. Escola do Comportamento Humano: processo decisório .............................................108
21. Escola do Comportamento Humano: liderança ...........................................................113
22. Escola do Comportamento Humano: apreciação crítica ...............................................118
23. A Escola do Desenvolvimento Organizacional: origens ................................................124
24. A Escola do Desenvolvimento Organizacional: características .....................................128
25. A Escola do DesenvolvimentoOrganizacional: apreciação crítica ................................136
26. Teoria da Burocracia: origens ......................................................................................140
27. Teoria da Burocracia: pressupostos ..............................................................................144
28. Teoria da Burocracia: burocracia segundo Weber.........................................................149
29. Teoria da Burocracia: disfunções da burocracia ............................................................154
30. Teoria da Burocracia: apreciação crítica .......................................................................160
31. Escola Estruturalista: origens ......................................................................................167
32. Escola Estruturalista: características ............................................................................171
33. Escola Estruturalista: apreciação crítica .......................................................................177
34. A Escola Sistêmica: origens .........................................................................................182
35. A Escola Sistêmica: ideias centrais ...............................................................................187
36. A Escola Sistêmica: apreciação crítica ..........................................................................193
37. Teoria Neoclássica: origens ..........................................................................................201
38. Teoria Neoclássica: tipos de organização e departamentalização ................................207
39. Teoria Neoclássica: Administração por Objetivos .........................................................213
40. Teoria Neoclássica: apreciação crítica ..........................................................................218
41. Teoria da Contingência: origens ..................................................................................223
42. Teoria da Contingência: principais aspectos ................................................................228
43. Teoria da Contingência: apreciação crítica ...................................................................236
44. Teorias modernas: Administração Participativa ...........................................................241
45. Teorias modernas: Administração Japonesa (parte 1) .................................................246
46. Teorias modernas: Administração Japonesa (parte 2) .................................................251
47. Teorias modernas: a organização que aprende ............................................................255
48. Novos rumos e perspectivas na Administração ............................................................261
Glossário ............................................................................................................................269
Referências ........................................................................................................................286
www.esab.edu.br 7
1 A importância de estudar TGA
Objetivo
Mostrar a importância do estudo da Teoria Geral de Administração.
Para começarmos, como nossa disciplina se trata de teoria, a primeira 
parte deste material será baseada nas ideias de importantes estudiosos 
de Administração, como Chiavenato (2011), Ribeiro (2009), Andrade e 
Amboni (2011), entre outros.
Mas o que é uma teoria? Vamos descobrir?
1.1 Definições preliminares para a TGA
Segundo Caravantes, Panno e Kloecenter (2005, p. 39), teoria é a tentativa 
de associar e integrar dados coletados por meio da experimentação e 
observação em um sistema explanatório compreensível. Ou seja, teoria 
é a rede de conexões entre conceitos, juntamente com as regras de 
correspondência, integrando os conceitos com a realidade percebida.
A busca de uma teoria se dá por duas formas de abordagem:
•	 abordagem indutiva: começa com a análise de observações 
específicas e depois procura generalizar para inferências mais amplas;
•	 abordagem dedutiva: inicia com uma rede de conceitos inter-
relacionados e então procura chegar a conclusões específicas sobre a 
realidade observada.
Ambas as abordagens são utilizadas no campo da Teoria Geral da 
Administração (TGA).
www.esab.edu.br 8
As teorias se justificam pela capacidade de explicar a realidade e, 
principalmente, pela aplicação prática na solução de problemas 
administrativos, então, o pensamento teórico sobrepõe-se, completa e 
aperfeiçoa a perspectiva prática.
Desta forma, podemos afirmar que a teoria dá suporte à prática, 
principalmente no que tange às atividades administrativas nas 
organizações, ainda que as primeiras teorias administrativas tenham sido 
baseadas na prática.
É fundamental conhecermos a Teoria Geral da Administração. Podemos 
definir a nossa disciplina como os estudos de um conjunto de princípios 
e conhecimentos disseminados e comuns tanto à prática administrativa 
quanto às atividades de planejamento, organização, direção e controle, 
na integração dos indivíduos envolvidos, proporcionando otimização dos 
resultados das organizações.
Você deve estar se perguntando: mas porque tenho de estudar Teoria da 
Administração? Como vimos, a teoria fornece suporte à prática. Fazendo 
uma analogia, a teoria seria como os fundamentos ou o alicerce de um 
prédio. Você já imaginou um prédio sem alicerce? Provavelmente ruiria. 
Então, vamos aproveitar os nossos estudos em TGA para construirmos 
um “sólido alicerce” de conhecimento para a nossa profissão. Vamos lá!
Dito isso, vamos continuar apresentando alguns pressupostos básicos que 
serão fundamentais nos nossos estudos da TGA. Acompanhe!
1.2 Organização 
Comecemos pelo conceito de organização baseado nos estudos de 
Chiavenato (2011). Observe que podemos definir organização como 
uma instituição constituída com a finalidade de oferecer produtos e/ou 
serviços para pessoas e/ou outras organizações. Ou seja, de maneira mais 
ampla, é qualquer tipo de agrupamento de pessoas que trabalham, de 
forma estruturada, na busca de resultados comuns. 
www.esab.edu.br 9
Neste contexto, o termo organização abrange as empresas lucrativas 
em geral, fundações, autarquias, bancos, cooperativas, universidades, 
organizações não governamentais (ONGs) e até organizações ilegais, que, 
apesar de estarem fora da lei, também utilizam conceitos, abordagens, 
métodos e técnicas administrativas. Claro, práticas estas condenáveis.
Portanto, em uma organização precisamos de administração, cujo 
conceito apresentaremos a seguir.
1.3 Administração
Administração é um conjunto de atividades dirigidas à utilização 
eficiente e eficaz dos recursos, no sentido de alcançar um ou mais 
objetivos ou metas da organização.
A palavra administração é originária do latim, composta das partes:
•	 ad, direção para, tendência;
•	 minister, comparativo de inferioridade;
•	 sufixo ter, serve como termo de comparação, significando 
subordinação ou obediência.
De maneira sucinta, administração é o ato de administrar, ou seja, exercer 
(cargo, emprego, ofício), governar, reger (negócios particulares ou públicos).
Ainda de acordo com Chiavenato (2011), acerca da administração e seus 
aspectos, podemos dizer que a administração:
•	 ocorre exclusivamente dentro de organizações;
•	 requer fazer as coisas por meio das pessoas;
•	 requer lidar simultaneamente com situações múltiplas e complexas, 
muitas vezes inesperadas e potencialmente conflitivas;
•	 o administrador deve continuamente buscar, localizar e aproveitar 
novas oportunidades de negócios;
•	 o administrador precisa saber reunir simultaneamente conceitos e ação.
www.esab.edu.br 10
Assim, note que administrar é, portanto, um processo pelo qual o 
administrador cria, dirige, mantém, opera e controla umaorganização. 
Então, podemos afirmar que a tarefa da Administração é interpretar os 
objetivos propostos pela empresa e transformá-los em ação empresarial 
por meio de planejamento, organização, direção e controle de todos os 
esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da empresa, a 
fim de atingir tais objetivos.
Como isso pode ou deve ser feito?
Perceba que a Administração precisa mapear o ambiente externo e dar 
condições de eficiência à tecnologia utilizada por meio da estratégia 
empresarial, integrando os recursos e os esforços em todas as áreas e 
níveis da empresa.
1.4 As funções administrativas
Para Andrade e Amboni (2011), o administrador executa suas 
atividades por meio das funções administrativas, que na atualidade são: 
planejamento, organização, direção e controle. Entenda melhor o que 
compreende cada uma:
•	 planejamento: determinação de objetivos e metas para o 
desempenho organizacional futuro, e decisão das tarefas e dos 
recursos utilizados para alcance daqueles objetivos, ou seja, diz 
respeito às implicações das decisões tomadas no presente para um 
futuro próximo;
•	 organização: processo de designação de tarefas, de agrupamento 
de tarefas em departamentos e alocação de recursos para os 
departamentos;
•	 direção: envolve os estilos de liderança e de direção na influência 
para que outras pessoas realizem suas tarefas de modo a alcançar os 
objetivos estabelecidos, envolvendo energização, ativação e persuasão 
dessas pessoas;
www.esab.edu.br 11
•	 controle: demonstra a compatibilidade entre objetivos esperados e 
resultados alcançados, ou seja, função que se encarrega de comparar 
o desempenho atual com os padrões predeterminados, isto é, com o 
planejado. 
Reforçando o conceito de Administração, podemos perceber que é o 
processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos 
organizacionais para alcançar determinados objetivos de maneira 
eficiente e eficaz, segundo Chiavenato (2011).
Com base nas ideias de Chiavenato (2011) e Andrade e Amboni (2011), 
podemos e precisamos definir eficiência e eficácia organizacional:
•	 eficiência: significa fazer bem e corretamente. O trabalho eficiente 
é um trabalho bem executado, ou seja, a ênfase está no processo ou 
nos meios para atingir um objetivo;
•	 eficácia: significa atingir objetivos e resultados. Um trabalho eficaz 
é proveitoso e bem-sucedido, ou seja, a ênfase está nos resultados, 
dependendo pouco dos meios.
A partir disso, observe que o administrador manipula recursos eficiente e 
eficazmente por meio de pessoas para atingir objetivos.
E o que são recursos? São meios que o administrador dispõe para atingir 
os objetivos, como pessoas, informação, conhecimento, espaço, tempo, 
dinheiro, instalações etc.
Antes de prosseguirmos, é bom relembrar o que estudamos até aqui. É 
importante que você guarde esses conhecimentos, porque eles serão de 
fundamental importância nas unidades seguintes, ou seja, nos estudos da 
Teoria Geral da Administração.
www.esab.edu.br 12
Saiba mais
Sugerimos que você acesse o site do Conselho 
Federal de Administração e saiba um pouco mais 
sobre o surgimento e reconhecimento da profissão 
do administrador. Clique aqui.
www.esab.edu.br 13
2
Pensadores, fatos e organizações 
que contribuíram para a evolução 
da Administração
Objetivo
Relacionar as influências de pensadores, fatos e organizações que 
contribuíram para a evolução da Administração.
Vivemos em meio a um cenário de mudanças, pressões, instabilidade, 
alto desempenho e absurda geração e transmissão de conhecimentos, 
e isso não acontece por acaso. Em alguns momentos, determinados 
acontecimentos colaboraram para a aceleração ou o retardamento 
da formação desse cenário. É imprescindível para um profissional de 
qualquer que seja a área entender esses acontecimentos, sua cronologia 
e em qual contexto (social, religioso, econômico, tecnológico, climático 
etc.) tais situações aconteceram.
Dito isso, podemos começar a compreender os primórdios e a evolução 
da Administração sob a influência de filósofos e pensadores.
2.1 A influência dos filósofos e pensadores
De acordo com Chiavenato (2011) e Andrade e Amboni (2011), desde 
os tempos da Antiguidade, a filosofia sugeriu muitos conceitos que 
atuam na Administração. Vamos conhecer alguns deles?
•	 Sócrates (470 a.C.-399 a.C.): expôs o seu ponto de vista sobre a 
Administração como sendo uma habilidade pessoal separada do 
conhecimento técnico e da experiência. 
•	 Platão (429 a.C.-347 a.C.): discípulo de Sócrates, preocupou-
se profundamente com os problemas políticos inerentes ao 
desenvolvimento social e cultural do povo grego (democracia e 
administração dos negócios públicos).
www.esab.edu.br 14
•	 Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): discípulo de Platão, com algumas 
divergências, impulsionou a Filosofia e a Lógica, distinguindo 
monarquia (contrapartida: tirania), aristocracia (contrapartida: 
oligarquia) e democracia (contrapartida: anarquia). 
Observe que durante os séculos que vão da Antiguidade à Idade 
Moderna encontramos um hiato temporal em que a filosofia pouco 
contribuiu com a Administração. No entanto, após esse período, 
surgiram pensadores que retomaram tal influência.
•	 Thomas Hobbes (1588-1679): defendia um governo absoluto em 
virtude de seu pessimismo em relação à humanidade. 
•	 Jean-Jacques Rousseau (1712-1778): desenvolveu a teoria do 
Contrato Social – o Estado surge de um acordo de vontades, por 
meio do reconhecimento da autoridade, um conjunto de regras, de 
regimes políticos e governantes. 
•	 Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895): propõem 
uma teoria econômica do Estado e estudos sobre poder. 
•	 Adam Smith(1723-1790): considerado o fundador da economia 
clássica, cuja ideia central é a competição. “A mão invisível que 
governa o mercado”. O único papel do governo (além de garantir a 
lei e a ordem) é intervir na economia somente quando o mercado 
não existe ou quando deixa de funcionar em condições satisfatórias 
(quando não há competição livre). Em seu célebre livro “As riquezas 
das nações”, publicado no mesmo ano da invenção da máquina 
a vapor (1776), já enfatizava a necessidade de se racionalizar a 
produção. Para Adam Smith, a origem da riqueza das nações 
reside na divisão do trabalho e na especialização das tarefas. Para 
Chiavenato (2011), Adam Smith reforçou bastante a importância do 
planejamento e da organização dentro das funções da Administração. 
www.esab.edu.br 15
Saiba ainda que, de acordo com Andrade e Amboni (2011), outros 
pensadores ou precursores da Administração também ajudaram a definir 
nosso modelo social – pessoas que deflagraram movimentos que se 
tornaram os pilares da sociedade moderna, como: Francis Bacon, René 
Descartes, Saint-Simon, Charles Fourier, Louis Blanc, Robert Owen e 
New Lanark, Charles Babbage, James Watt Jr. e Matthew Boulton, da 
Fundição Soho, entre outros.
2.2 Civilizações antigas 
Além dos pensadores apresentados, muitas das civilizações antigas 
também exerceram um papel importante e tiveram influência maior ou 
menor nos conceitos administrativos. Acompanhe de forma esquemática 
como isso aconteceu:
•	 egípcios (3100 a.C.): durante a construção das pirâmides, 
praticavam ações que legitimavam as teorias administrativas, pois 
possuíam cultura de planejamento, tratamento impessoal, controle 
de materiais, formalidade na comunicação, comando e divisão de 
tarefas; 
•	 sumérios (3000 a.C.): implantaram o controle de estoques e 
criaram a administração pública, além de livros primitivos de 
contabilidade;
•	 chineses (séc. XXIV a.C.): estão relacionados à burocracia estatal, 
à importância das pessoas baseadas no mérito, ao concurso público, 
além do legado deixado por Sun Tzu e sua obra “A arte da guerra”;
•	 babilônios(2000 a.C.): adotaram sistemas de cores para controles, 
códigos de conduta, remuneração variável;
•	 assírios (séc. XIV a.C.): implementaram princípios de logística;
•	 romanos (séc. VIII a.C.): implantaram a delegação de poder, 
a administração central, o planejamento e controle das finanças 
públicas, além de propiciarem o surgimento das empresas privadas;
•	 gregos (séc. V a.C.): implementaram a administração participativa, 
ética, os princípios de qualidade e o método aristotélico.
www.esab.edu.br 16
2.3 Revolução Industrial
Com base em Chiavenato(2011), vamos conhecer as principais 
características da Revolução Industrial, que influenciou 
significativamente na administração moderna.
A partir de 1776, com a invenção da máquina a vapor de James Watt e 
sua aplicação à produção, uma nova concepção de trabalho modificou a 
concepção e a estrutura social e comercial da época, a partir das seguintes 
mudanças: 
•	 substituição do artesão pelo operário especializado;
•	 sistema de produção fabril;
•	 crescimento das cidades, originando novas necessidades de 
administração pública;
•	 surgimento dos sindicatos;
•	 administração consolida-se como área de conhecimento.
A Revolução Industrial ocorreu em duas etapas, esquematizada a seguir:
1780 a 1860 – Primeira etapa da Revolução Industrial (revolução do 
carvão e do ferro):
•	 mecanização da indústria e da agricultura;
•	 aplicação da força motriz à indústria;
•	 desenvolvimento do sistema fabril;
•	 forte aceleramento dos transportes e das comunicações.
1860 a 1914 – Segunda etapa da Revolução Industrial (revolução do 
aço e da eletricidade):
•	 substituição do ferro pelo aço;
•	 substituição do vapor pela eletricidade;
•	 desenvolvimento de máquinas automáticas;
•	 especialização do operário;
•	 crescente domínio da indústria pela ciência;
•	 transformações nos transportes e nas comunicações;
www.esab.edu.br 17
• novas formas de organização capitalista;
• expansão da industrialização.
2.4 A influência da organização da Igreja Católica
Com o tempo, houve transferência das instituições dos Estados para as 
instituições eclesiásticas (Igreja Católica) e militares. Nesse caminho, a 
Igreja foi estruturando sua organização, hierarquia e autoridade. Hoje, ela 
tem uma organização hierárquica tão simples e eficiente que pode operar 
seus interesses em todo o mundo por meio de um único líder, o Papa. 
Pois saiba que esse modelo serviu de exemplo para muitas organizações, 
que adotaram normas administrativas similares às utilizadas pela Igreja 
Católica.
2.5 A influência da organização militar
Além da organização da Igreja Católica, também a militar influenciou 
enormemente o desenvolvimento das teorias da Administração ao longo 
do tempo. Como exemplo disso, podemos citar a estrutura linear, que 
tem suas origens na organização militar dos exércitos da Antiguidade e da 
Era Medieval.
A estrutura linear é baseada sob os seguintes aspectos: o princípio da 
unidade de comando – cada subordinado só pode ter um superior, é o 
núcleo central de todas as organizações militares; a escala hierárquica 
– os escalões hierárquicos de comando com graus de autoridade e
responsabilidade, como na atualidade (cabo, sargento, tenente etc.); e 
o princípio da direção – que preceitua que todo soldado deve saber
perfeitamente o que se espera dele e aquilo que ele deve fazer. 
Segundo registros históricos, Napoleão nunca deu uma ordem sem 
explicar o seu objetivo e certificar-se de que seus comandados haviam 
compreendido corretamente. 
www.esab.edu.br 18
Além dele, Clausewitz, general prussiano, considerado o pai da estratégia, 
publicou trabalhos sobre como administrar os exércitos em períodos de 
guerra. Considerava a disciplina como um requisito básico para uma boa 
organização, requerendo um planejamento no qual as decisões devem ser 
científicas e não simplesmente intuitivas. Complementando, ele também 
afirmava que o administrador deveria aceitar a incerteza e planejar de 
maneira a minimizar seus efeitos.
Como você pode perceber, nesta unidade conhecemos algumas das 
influências de pensadores, fatos e organizações que contribuíram para 
a evolução da Administração, inclusive na Abordagem Clássica, que 
veremos de forma mais detalhada na unidade a seguir.
Saiba mais
Caro aluno, para saber mais sobre a Revolução 
Industrial, sugerimos que você assista ao vídeo 
disponível aqui. Isso é importante para você 
aprofundar seus conhecimentos.
www.esab.edu.br 19
3 Taylor e a Administração Científica: origens
Objetivo
Conhecer as origens e o desenvolvimento da Administração Científica 
de Taylor.
Antes de iniciarmos o conteúdo desta unidade, é importante que 
você tenha em mente que o enfoque temporal dado ao surgimento 
da Administração pode tornar-se uma questão de escolha de épocas, 
eventos e abordagens nas quais a administração, mesmo ainda não sendo 
conhecida ou reconhecida como ciência, estava presente nas ações e nas 
negociações dos homens. 
3.1 As origens das teorias administrativas
Como vimos anteriormente, quando e onde se inicia a história da 
administração é puramente uma questão de escolha. Nós podemos, 
por exemplo, começar pelo “homem das cavernas” na pré-história, 
nas civilizações antigas, na Idade Média ou no Renascimento, outros 
preferem iniciar pela Revolução Industrial.
De maneira didática, no caso da nossa disciplina de TGA, iniciaremos os 
nossos estudos sobre administração nos tempos em que essa passou a ser 
tratada como ciência.
Dessa forma, iniciaremos nossos estudos pela Abordagem Clássica, 
didaticamente composta por: 
•	 Administração Científica, de Taylor;
•	 Teoria Clássica, ou Administrativa, de Fayol.
E o que deu origem à Abordagem Clássica da Administração?
www.esab.edu.br 20
Bem, suas origens são decorrentes das consequências geradas pela 
Revolução Industrial, e podem ser resumidas em dois fatos genéricos: o 
crescimento acelerado e desorganizado das empresas e a necessidade de 
aumentar a eficiência e a competência das organizações. 
Diante disso, surge a Administração Científica, que conheceremos a 
seguir.
3.2 Teoria da Administração Científica
Saiba que, em termos de desenvolvimento das escolas ou teorias da 
administração, em suas obras, autores como Chiavenato (2011), Ribeiro 
(2009) e Andrade e Amboni (2011) têm a mesma linha de pensamento, 
qual seja, de que a Abordagem Clássica é a mais antiga, a partir da qual 
surgiu a Administração Científica.
Vale ressaltar que a Administração Científica de Taylor também é 
conhecida como Sistema de Taylor, Gerência Científica, Organização 
Científica no Trabalho e Organização Racional do Trabalho.
A Teoria da Administração Científica foi iniciada na segunda metade do 
século XVIII, e sua abordagem básica é a ênfase colocada nas tarefas, 
conforme vários autores, como Ribeiro (2009).
Considerado fundador dessa teoria, o engenheiro norte-americano 
Frederic Winslow Taylor (1856-1915) nasceu na Pensilvânia, nos 
Estados Unidos. Veio de uma família de princípios rígidos e foi educado 
em uma mentalidade de disciplina, devoção ao trabalho e poupança. 
Iniciou sua carreira como operário na empresa Midvale Steel Co., 
até chegar a engenheiro, quando se formou pelo Stevens Institute of 
Technology, de New Jersey, em 1883.
Taylor também é considerado o fundador da moderna TGA. Teve 
inúmeros seguidores, como Gantt, Gilbreth, Emerson, Ford, Barth, 
entre outros, e provocou uma verdadeira revolução no pensamento 
administrativo e no mundo industrial de sua época. 
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Afinal, o que Taylor fez? Bem, a sua preocupação original foi eliminar o 
“fantasma” do desperdício e das perdas sofridas pelas indústrias e elevar 
os níveis de produtividade por meio da aplicação de métodos e técnicas 
da engenharia industrial.
Na época, vigoravao sistema de pagamento por peça ou por tarefa. 
Como os patrões pagavam pouco, os operários reduziam o ritmo de 
produção, pois nada os impulsionavam a produzir mais. Isso levou Taylor 
a estudar o problema. A partir desses, observou que a produção de cada 
operário era de somente um terço, denominando tal ineficiência de 
vadiagem sistemática.
Para Taylor, o problema da “preguiça” poderia ser superado com uma 
administração capaz de inspirar ou forçar os operários a alcançarem 
padrões preestabelecidos. No entanto, não obteve resultados muito 
satisfatórios, o que o motivou a ampliar seus estudos adotando uma 
sistemática racional.
3.2.1 Os estudos de Taylor
Os estudos de Taylor dividem-se em duas importantes fases. A primeira, 
de forma analítica, com o livro “Shop management” (“Administração de 
oficinas”), publicado em 1903, sobre as técnicas de racionalização do 
trabalho do operário, por meio do Estudo de Tempos e Movimentos 
(Motion-time study).
A segunda, de forma construtiva, com a publicação do livro “Principles 
of scientific management” (“Princípios de Administração Científica”), 
publicado em 1911, que foi inspirado pela conclusão de que a 
racionalização do trabalho operário deveria ser acompanhada de uma 
estruturação geral da empresa, a qual tornasse coerente a aplicação 
dos seus princípios. Dessa forma, desenvolveu seus estudos sobre a 
Administração Geral, a qual denominou Administração Científica, 
mas sem deixar sua preocupação quanto à tarefa do operário de lado.
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E qual era o contexto que motivou Taylor a desenvolver seu trabalho?
De acordo com Chiavenato (2011), citando Taylor, as indústrias de sua 
época sofriam de três males:
•	 vadiagens sistemáticas dos operários, que reduziam a produção 
acerca de um terço da que seria normal. Para evitar a redução 
das tarifas de salários pela gerência, ele apontou três causas 
determinantes da “vadiagem no trabalho”: o engano disseminado 
entre os trabalhadores de que o maior rendimento do homem e da 
máquina provoca desemprego de operários; o sistema defeituoso de 
administração que forçava os operários à ociosidade no trabalho, 
a fim de proteger seus interesses pessoais; e os métodos empíricos 
ineficientes utilizados nas empresas, com os quais o operário 
desperdiçava grande parte de seu esforço e tempo;
•	 desconhecimento, pela gerência, das rotinas de trabalho e do tempo 
necessário para sua realização;
•	 falta de uniformidade das técnicas e dos métodos de trabalho.
Para sua reflexão
Como estudamos nas preocupações de Taylor, 
reflita: estes males que afligiam as indústrias 
na época de Taylor ainda estão presentes nas 
organizações da atualidade ou já constatamos 
uma nova configuração nas organizações 
contemporâneas? Qual a sua percepção?
As respostas a essas reflexões formam parte de sua 
aprendizagem e são individuais, não precisando 
ser comunicadas ou enviadas aos tutores.
Saiba que para sanar esses três males, Taylor idealizou a Scientific 
Management, difundido sob os nomes de Administração Científica, 
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Sistema de Taylor, Gerência Científica, Organização Científica no 
Trabalho e Organização Racional do Trabalho (CHIAVENATO, 2011).
Segundo Taylor, o Scientific Management é uma evolução e não uma 
teoria, tendo como ingredientes 75% de análise e 25% de bom-senso, 
ou seja, a implantação da Administração Científica deve ser gradual e 
obedecer a um período de quatro a cinco anos, para evitar alterações 
bruscas que causem descontentamento por parte dos empregados e 
prejuízo aos patrões.
Para finalizar esta unidade, podemos resumir então as principais ideias 
da Administração científica de Taylor como uma combinação de ciência 
em lugar de empirismo; harmonia em vez de discórdia; cooperação e não 
individualismo; rendimento máximo em lugar de produção reduzida; 
e desenvolvimento de cada homem a fim de alcançar maior eficiência 
e prosperidade. Ainda vamos nos deter nessa abordagem na próxima 
unidade.
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de 
Aprendizagem da instituição e participe do nosso 
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com 
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar, 
por meio da interação, a construção do seu 
conhecimento. Vamos lá?
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4 Taylor e a Administração Científica: organização racional do trabalho
Objetivo
Relacionar a ênfase nas tarefas na racionalidade do trabalho.
A partir de agora, vamos detalhar o trabalho desenvolvido por Taylor, 
buscando conhecer diferentes aspectos de suas contribuições para a 
Administração, baseando-nos nas obras de Chiavenato (2011). 
Logo de início, saiba que, em seus estudos, Taylor verificou que os 
operários aprendiam a maneira de executar as tarefas do trabalho por 
meio da observação dos outros funcionários mais antigos.
Obviamente que isso levava a diferentes métodos para fazer a mesma 
tarefa, com tempos, ferramentas e métodos questionáveis para uma boa 
produtividade. Foi assim que Taylor buscou aperfeiçoar os métodos 
produtivos por meio de uma análise científica e um acurado estudo 
de tempos e movimentos, em vez de deixar a critério pessoal de cada 
operário.
A tentativa de substituir métodos empíricos e rudimentares pelos 
métodos científicos recebeu o nome de organização racional do 
trabalho (ORT).
E o que fundamentou a ORT, você sabe? A ORT se embasou nos 
seguintes aspectos (CHIAVENATO, 2011):
•	 análise do trabalho e do estudo dos tempos e movimentos;
•	 estudo da fadiga humana;
•	 divisão do trabalho e especialização do operário;
•	 desenho de cargos e de tarefas;
•	 incentivos salariais e prêmios de produção;
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•	 conceito de Homo economicus;
•	 condições ambientais de trabalho;
•	 padronização.
Cada um desses aspectos da ORT será tratado a seguir, mais 
especificamente. Vamos lá?
4.1 Análise do trabalho e estudo dos tempos e 
movimentos
O instrumento básico para se racionalizar o trabalho dos operários 
era o estudo de tempos e movimentos (motion-time study). O trabalho 
é executado melhor e mais economicamente por meio da análise 
do trabalho, isto é, da divisão e subdivisão de todos os movimentos 
necessários à execução de cada operação de uma tarefa; ou seja, a 
determinação do tempo médio que um operário comum levaria para 
a execução da tarefa, por meio da utilização do cronômetro. Para esse 
tempo médio, eram adicionados os tempos elementares e mortos 
(esperas, tempos de saída do operário da linha para suas necessidades 
pessoais etc.), para resultar o chamado tempo padrão. 
4.2 Estudo da fadiga humana
O estudo dos movimentos tem uma tripla finalidade:
•	 evitar movimentos inúteis na execução de uma tarefa;
•	 executar o mais economicamente possível, do ponto de vista 
fisiológico, os movimentos úteis;
•	 dar aos movimentos uma seriação apropriada (princípios de 
economia de movimentos).
Para reduzir a fadiga, Frank B. Gilbreth (1869-1924), engenheiro que 
acompanhou Taylor, propôs princípios de economia de movimentos 
classificados em três grupos:
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•	 relativos ao uso do corpo humano;
•	 relativos ao arranjo material do local de trabalho;
•	 relativos ao desempenho das ferramentas e do equipamento.
4.3 Divisão do trabalho e especialização do operário
Reflexo do estudo dos tempos e movimentos – a divisão do trabalho e a 
especialização do operário teve o propósito de elevar sua produtividade.
Com isso, cada operário passou a ser especializado na execução de 
uma única tarefa ou de tarefas simples e elementares para ajustar-se aos 
padrões descritos e às normas de desempenho estabelecidas pelo método. 
A partir daí, o operário perdeu a liberdade e a iniciativa de estabelecer a 
sua maneira de trabalhar e passou a ser confinado à execução automática 
(mecanicista) e repetitiva de umaoperação ou tarefa manual, simples, e 
padronizada durante toda sua jornada de trabalho.
4.4 Desenho de cargos e de tarefas
Foi a primeira tentativa de definir e estabelecer racionalmente cargos 
e tarefas. Desenhar um cargo é especificar seu conteúdo (tarefas), os 
métodos de executar as tarefas e as relações com os demais cargos 
existentes. O desenho de cargos é a maneira pela qual um cargo é criado 
e projetado e combinado com outros cargos para a execução das tarefas.
4.5 Incentivos salariais e prêmios de produção
Estímulo salarial adicional, como prêmios de produção, para que os 
operários ultrapassem o tempo padrão. A ideia básica era a de que a 
remuneração baseada no tempo (salário mensal, diário ou por hora) 
não estimula ninguém a trabalhar mais e deve ser substituída por 
remuneração baseada na produção de cada operário (salário por peça, 
por exemplo): o operário que produz pouco ganha pouco e o que produz 
mais ganha na proporção de sua produção.
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4.6 Conceito de Homo economicus
Segundo esse conceito, toda pessoa é concebida como influenciada 
exclusivamente por recompensas salariais, econômicas e materiais. Em 
outros termos, o homem procura o trabalho não porque gosta dele, mas 
como um meio de ganhar a vida por meio do salário que o trabalho 
proporciona. 
O homem é motivado a trabalhar pelo medo da fome e pela necessidade 
de dinheiro para viver. Assim, as recompensas salariais e os prêmios de 
produção (e o salário baseado na produção) influenciam os esforços 
individuais do trabalho, fazendo com que o trabalhador desenvolva 
o máximo de produção. Uma vez selecionado cientificamente o 
trabalhador, ensinado o método de trabalho e condicionada sua 
remuneração à eficiência, este passaria a produzir o máximo dentro de 
sua capacidade física.
Entretanto, essa visão estreita da natureza humana – o homem 
econômico – não se limitava a ver o homem como um empregado por 
dinheiro. Pior ainda: via no operário da época um indivíduo limitado 
e mesquinho, preguiçoso e culpado pela vadiagem e desperdício das 
empresas e que deveria ser controlado por meio do trabalho racionalizado 
e do tempo padrão.
4.7 Condições ambientais de trabalho, como 
iluminação, conforto, entre outros
A eficiência depende não somente do método de trabalho e do incentivo 
salarial, mas também de um conjunto de condições de trabalho que 
garantam o bem-estar físico do trabalhador e diminuam a fadiga.
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4.8 Padronização de métodos e de máquinas
Preocupação com a padronização dos métodos e processos de trabalho, 
das máquinas e dos equipamentos, das ferramentas e dos instrumentos de 
trabalho, das matérias-primas e dos componentes, no intuito de reduzir 
a variabilidade e a diversidade no processo produtivo e, daí, eliminar o 
desperdício e aumentar a eficiência.
4.9 Supervisão funcional
A especialização do operário deve ser acompanhada da especialização do 
supervisor e não de uma centralização da autoridade. Taylor propunha 
a chamada supervisão funcional, que nada mais é do que a existência de 
diversos supervisores, cada qual especializado em determinada área e que 
tem autoridade funcional (relativa somente a sua especialidade) sobre os 
mesmos subordinados. 
Devido a sua importância na organização racional do trabalho, 
ressaltamos que os estudos de tempos e movimentos têm como premissa 
básica que todo trabalho pode e deve ter uma forma de ser aperfeiçoado, 
auxiliando em duas situações aflitivas para o empregado: a do tempo e a 
do esforço. 
Além disso, de acordo com Ribeiro (2009), o conceito do estudo 
de tempos e movimentos visa racionalizar o trabalho e alcançar a 
otimização da relação tempo-esforço, procurando identificar os melhores 
movimentos e tempos na execução de uma tarefa.
A Administração Científica pede, em primeiro lugar, investigação 
cuidadosa de cada modificação sofrida pelo mesmo instrumento ainda 
durante a aplicação dos conhecimentos empíricos; depois, estuda 
o tempo para verificar a velocidade que cada um pôde alcançar e, 
reunindo em um instrumento multiplicável todas as boas características 
identificadas pelo estudo, permite ao operário trabalhar com maior 
agilidade e facilidade do que antes.
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E você sabe o que resulta do estudo de tempos e movimentos? Entre 
outras coisas:
•	 mais economia;
•	 menor cansaço;
•	 maior bem-estar e, como consequência, benefício para todos, tendo 
como vantagens trabalho racionalizado; maior produtividade; menor 
fadiga.
Em síntese, o êxito das mais simples tentativas dessa natureza requer 
registro, sistematização e cooperação. E para fecharmos mais esta 
unidade, acompanhe a figura 1, a seguir, na qual podemos identificar 
mais claramente as vantagens de tais estudos.
Estudos de tempos e movimentos
Aumento da e�ciência
Eliminação da fadiga
Produtividade
Maiores 
salários
Bem-estar
social
Ascensão
pro�ssional
Figura 1 – Vantagens dos estudos de tempos e movimentos .
Fonte: Adaptada de Ribeiro (2009).
Concluímos destacando que a organização racional do trabalho 
(ORT) acabou gerando os princípios da Administração Científica, que 
detalharemos na próxima unidade.
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5 Taylor e a Administração Científica: princípios
Objetivo
Relacionar os princípios da Administração Científica.
Como vimos, a preocupação de racionalizar, padronizar e prescrever 
normas de conduta ao administrador levou os engenheiros da 
Administração Científica a pensar que tais princípios pudessem ser 
aplicados a todas as situações possíveis. 
Neste momento, vale ressaltar que um princípio é uma afirmação válida 
para uma determinada situação, ou seja, é uma previsão antecipada do 
que deverá ser feito quando ocorrer aquela situação. 
Conforme aponta Chiavenato (2011), cada autor estabeleceu seus 
próprios princípios de administração e os mais importantes estão listados 
a seguir.
•	 Princípios da Administração Científica de Taylor.
•	 Princípios da Eficiência de Emerson.
•	 Princípios Básicos de Ford.
•	 Princípio da Exceção. 
Agora vamos detalhar melhor cada um deles.
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5.1 Princípios da Administração Científica de Taylor
Para Taylor, a gerência deve seguir quatro princípios (CHIAVENATO, 
2011).
a. Princípio de Planejamento: substituir no trabalho o critério 
individual do operário, a improvisação e atuação empírico-prática 
por métodos baseados em procedimentos científicos, ou seja, 
substituir a improvisação pela ciência por meio do planejamento do 
método de trabalho.
b. Princípio de Preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores de 
acordo com suas aptidões e prepará-los e treiná-los para produzirem 
mais e melhor, de acordo com o método planejado. Preparar 
também máquinas e equipamentos por meio do arranjo físico e 
disposição racional das ferramentas e dos materiais.
c. Princípio do Controle: controlar o trabalho para se certificar de que 
este está sendo executado de acordo com os métodos estabelecidos 
e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar com os 
trabalhadores para execução seja a melhor possível.
d. Princípio da Execução: distribuir atribuições e responsabilidades 
para que a execução do trabalho seja disciplinada.
5.2 Princípios da eficiência de Emerson
Harrington Emerson (1853-1931) foi um engenheiro que simplificou 
alguns métodos de trabalho. Desenvolveu os primeiros trabalhos sobre 
seleção e treinamento de empregados. Vamos conhecer seus princípios 
(CHIAVENATO, 2011):
a. traçar um plano bem definido, de acordo com os objetivos;
b. estabelecer o predomínio de bom-senso;
c. oferecer orientação e supervisão competentes;
d. manter disciplina;
e. impor honestidade nos acordos, justiça social;
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f. manter registros precisos, imediatos e adequados;
g. oferecer remuneração proporcionalao trabalho;
h. fixar normas padronizadas para as condições de trabalho;
i. fixar normas padronizadas para o trabalho em si;
j. fixar normas padronizadas para as operações;
k. estabelecer instruções precisas;
l. oferecer incentivos ao pessoal para aumentar o rendimento e a 
eficiência.
Como podemos observar, os princípios de Emerson eram muito 
arrojados para a época.
5.3 Princípios básicos de Ford
Na próxima unidade, conheceremos mais detalhadamente os feitos de 
Henry Ford. Mas agora, por uma questão didática, vamos nos antecipar 
um pouco e já identificar seus princípios. 
Saiba que Ford adotou três princípios básicos para obter a eficiência em 
seus processos produtivos. 
•	 Princípio de Intensificação: consiste em diminuir o tempo de 
duração, com o emprego imediato dos equipamentos e da matéria-
prima, e a rápida colocação do produto no mercado.
•	 Princípio de Economicidade: consiste em reduzir ao mínimo o 
volume do estoque da matéria-prima em transformação. Por meio 
desse princípio, conseguiu fazer com que o trator ou o automóvel 
fossem pagos a sua empresa antes de vencido o prazo de pagamento 
da matéria-prima adquirida, bem como do pagamento de salários.
•	 Princípio de Produtividade: consiste em aumentar a capacidade 
de produção do homem no mesmo período de trabalho por meio 
da especialização e da linha de montagem. Assim, o operário pode 
ganhar mais em um mesmo período de tempo e o empresário ter 
maior produção.
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5.4 Princípio da Exceção
De responsabilidade de Taylor, e seguido pela maioria dos estudiosos 
da época, o princípio da exceção é a adoção de um sistema de controle 
operacional simples e baseado não no desempenho médio, mas na 
verificação das exceções ou dos desvios dos padrões normais. 
Ou seja, em outros termos, tudo o que ocorre dentro dos padrões 
normais não deve ocupar demasiado a atenção do administrador, deve 
prioritariamente verificar as ocorrências que se afastem dos padrões, ou 
seja, as exceções, para que sejam corrigidas. Tanto os desvios positivos 
quanto negativos que fogem dos padrões normais devem ser rapidamente 
identificados e localizados para a tomada de providências.
Daí o princípio da exceção, segundo o qual as decisões mais frequentes 
devem ser transformadas em rotina e delegadas aos subordinados, 
deixando os problemas mais sérios e importantes para os superiores.
Note que essa foi a forma pela qual Taylor concebeu a delegação que se 
tornaria depois um princípio de organização amplamente aceito.
Saiba mais
Sugerimos que você acesse e assista ao vídeo 
sobre a Administração Científica clicando aqui.
Além de Emerson e Ford, Taylor teve mais uma série de seguidores que 
veremos na próxima unidade. Vamos lá!
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6 Taylor e a Administração Científica: seguidores de Taylor e o fordismo
Objetivo
Descrever as contribuições dos seguidores das ideias de Taylor.
Como vimos anteriormente, além de Taylor, a Escola científica obteve 
a colaboração e o empenho científico de uma série de outros teóricos 
e estudiosos da época. Vale ressaltar os principais nomes e as suas 
contribuições para a Administração Científica, de acordo com as obras de 
Andrade e Amboni (2011) e Chiavenato (2011).
6.1 Frank B. Gilbreth e Lillian M. Gilbreth
Conhecidos como o casal Gilbreth, Frank B. Gilbreth (1868-1924) e sua 
assistente e esposa Lillian Gilbreth (1878-1972) em 1912 enfatizaram o 
estudo dos movimentos em detrimento do estudo dos tempos. 
Como vimos na ORT (unidade 4), desenvolveram técnicas para 
evitar o desperdício de tempo e movimento. Estabeleceram padrões, 
racionalizando tarefas de produção e, consequentemente, aumentando a 
produção.
Saiba que eles tinham preocupação também com a redução da fadiga, 
propondo o redesenho do ambiente de trabalho, a redução das 
horas diárias e a implementação ou o aumento de dias de descanso 
remunerado.
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6.2 Henry L. Gantt 
Outro dos seguidores de Taylor foi Gantt (1861-1919), também um 
engenheiro, que trabalhou na Midvale Steel Co., juntamente com Taylor. 
Na época, Gantt criou o controle gráfico de produção, com o objetivo de 
acompanhar diariamente os fluxos de produção. A técnica popularizou-
se no mundo todo, tornando-se a mais importante das técnicas de 
planejamento e controle utilizada até os dias de hoje e conhecida como o 
Gráfico de Gantt.
6.3 Hugo Munsterberg
Munsterberg (1863-1916) é considerado o criador da psicologia 
industrial. 
Ampliando as ideias de Taylor, ele começou a realizar pesquisas visando a 
aplicação da psicologia na indústria propondo:
•	 ajudar a encontrar os homens mais capacitados para o trabalho;
•	 definir as condições psicológicas mais favoráveis ao aumento da 
produção;
•	 produzir na mente humana as influências desejadas do interesse da 
administração.
Além disso, vale destacar que Munsterberg desenvolveu alguns dos 
primeiros testes de seleção de pessoal em grandes empresas. A partir daí, 
a psicologia industrial começa a se estabelecer como um importante 
ramo da administração.
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Estudo complementar
Até esta unidade, discutimos a iniciação do uso de 
ciência para aprimorar as práticas administrativas 
na busca da eficiência e da eficácia organizacional 
por meio da Administração Científica proposta por 
Taylor. Para aprimorar e ilustrar seu aprendizado, 
assista ao vídeo de trechos da obra de Charlie 
Chaplin, “Tempos modernos”, clicando aqui. E 
agora, questionamos: 1 - Quais características do 
taylorismo são apresentadas no filme? 2 - O filme 
de Chaplin apresenta, de forma crítica, como as 
fábricas exerciam um controle sobre os operários 
através da divisão do trabalho, conceito difundido 
com o taylorismo. Você acredita haver ainda hoje 
formas de controle do trabalho operário?
6.4 Fordismo –Henry Ford 
De acordo com Chiavenato (2011), além de Taylor, Henry Ford (1863-
1947) é provavelmente o mais conhecido de todos os precursores da 
Administração Científica.
Ele iniciou sua vida como mecânico, o que contribuiu para que 
projetasse um modelo de carro. Em 1899, ele fundou sua primeira 
fábrica de automóveis, que logo foi fechada.
Persistente, em 1903 fundou a Ford Motor Company. Sua ideia: 
popularizar um produto que antes era artesanal e destinado a milionários. 
Ou seja, vender carros a preços populares e com assistência técnica 
garantida, revolucionando a estratégia comercial da época com o famoso 
modelo de carro Ford T.
Entre 1905 e 1910, Ford promoveu a grande inovação do século: a 
produção em massa. Embora não tenha inventado o automóvel nem 
mesmo a linha de montagem, note que Ford inovou na organização do 
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trabalho com a produção de maior número de produtos acabados e com 
maior garantia de qualidade, e pelo menor custo possível. 
Compreenda que, embora na atualidade isso possa parecer óbvio, essa 
inovação teve um enorme impacto sobre a maneira de viver do homem, 
maior que muitas das grandes invenções do passado. 
Em 1913, Ford já fabricava 800 carros por dia. Em 1914, repartiu com 
seus empregados uma parte do controle acionário da empresa. Além 
disso, Ford estabeleceu o salário mínimo de cinco dólares por dia e 
jornada diária de oito horas – isso em uma época em que a jornada de 
trabalho variava entre dez e doze horas.
Saiba ainda que em 1926 ele já tinha 88 fábricas e empregava 150 mil 
pessoas, fabricando 2 milhões de carros por ano. Utilizou um sistema 
de concentração vertical, produzindo desde a matéria-prima inicial ao 
produto final acabado; e de concentração horizontal, por meio de uma 
cadeia de distribuição comercial por meio de agências próprias. 
A racionalização da produção foi propícia à linha de montagem, o que 
permitiu a produção em massa. Na produção em série, ou em massa, 
o produto é padronizado,bem como o maquinário, o material, a mão 
de obra e o desenho, o que proporcionava (e ainda proporciona) um 
custo mínimo. Daí a produção em grandes quantidades, cuja condição 
precedente é a capacidade de consumo em massa, seja real ou potencial, 
na outra ponta.
Perceba, portanto, que a condição-chave da produção em massa é a 
simplicidade, suportada pelos seguintes aspectos:
•	 a progressão do produto por meio do processo produtivo é 
planejada, ordenada e contínua;
•	 o trabalho é entregue ao trabalhador, em vez de deixá-lo com a 
iniciativa de ir buscá-lo;
•	 as operações são analisadas em seu elementos constituintes.
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Conforme mencionamos na unidade anterior, Ford adotou três 
princípios básicos para obter a eficiência em seus processos produtivos, 
mas vale a pena relembrá-los: 
•	 princípio de intensificação: diminuição do tempo de duração 
como emprego imediato dos equipamentos e da matéria-prima e 
rápida colocação do produto no mercado;
•	 princípio de economicidade: redução ao mínimo do volume do 
estoque da matéria-prima em transformação;
•	 princípio de produtividade: aumento da capacidade de produção 
do homem no mesmo período (produtividade) por meio da 
especialização e da linha de montagem.
Por fim, é importante você atentar para o fato de que Ford – com sua 
filosofia de produção em massa, preços baixos, altos salários e organização 
eficiente do trabalho, destacando-se aí a rapidez e simplicidade de 
fabricação – apresentou ao mundo o maior exemplo de administração 
eficiente individual que a história conhece.
Na próxima unidade, veremos algumas críticas tecidas à Administração 
Científica.
Estudo complementar
Nas unidades anteriores, estudamos a introdução 
da utilização da ciência nos processos produtivos 
da Administração Científica. Para aprofundar 
seus estudos, faça uma leitura do artigo “Taylor 
Superstar”, de Clemente Nóbrega, que discorre 
sobre a perspectiva da Administração Científica 
dos tempos de Taylor até a atualidade. Acesse o 
texto clicando aqui. Boa leitura!
www.esab.edu.br 39
Resumo
Vamos relembrar o que estudamos até aqui?
Na primeira unidade, você acompanhou brevemente a importância dos 
estudos de Teoria Geral da Administração e alguns pressupostos básicos 
da administração que já deram e darão um bom subsídio à continuação 
dos nossos estudos. 
Conheceu também a origem e a introdução da utilização da ciência 
nos processos produtivos da administração de empresas, preconizados 
principalmente por Taylor, que difundiu os princípios da Administração 
Científica (o princípio de planejamento, de preparo, do controle e da 
execução).
Em sua doutrina, conforme você estudou, Taylor difundiu considerações 
de administração como ciência, a separação entre quem pensa e quem 
faz, o conceito do Homo economicus, a supervisão funcional, a ênfase na 
tarefa, o princípio da exceção, entre outros.
Na sequência, foi possível saber que Taylor teve alguns seguidores, dos 
quais podemos destacar o casal Gilbreth, com seus estudos de tempos 
e movimentos, de fadiga, da organização racional do trabalho; além 
da filosofia de Ford, com a produção em massa, preços baixos, altos 
salários e organização eficiente do trabalho, destacando-se aí a rapidez e 
simplicidade de fabricação, apresentando ao mundo o maior exemplo de 
administração eficiente que a história conhece.
Portanto, diante disso, é possível concluir até aqui que Taylor, com 
sua Administração Científica, buscou, por meio da ênfase na tarefa, 
aumentar a eficácia da empresa, ou seja, aumentar os resultados de 
produtividade e da eficiência no nível operacional. 
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7 Taylor e a Administração Científica: apreciação crítica
Objetivo
Evidenciar o enfoque crítico em relação à Teoria Científica da 
Administração.
Nas últimas unidades, estudamos alguns conceitos preliminares da 
TGA, antecedentes históricos e a introdução do uso da ciência no 
entendimento e aprimoramento das práticas administrativas de 
Taylor. Agora voltaremos nossos olhares para algumas críticas tecidas à 
Administração Científica. Vamos lá!
7.1 Apreciação crítica da Administração Científica
Para iniciarmos nosso estudo crítico sobre a Administração Científica, 
utilizaremos o ensinamento de Chiavenato (2011). O autor afirma que 
o termo Administração Científica deveria ser substituído por Estudo 
científico do trabalho. Nesse sentido, Taylor foi o precursor da moderna 
organização do trabalho. 
A consequência imediata da Administração Científica foi uma redução 
revolucionária no custo dos bens manufaturados – em geral de um 
para dez, e algumas vezes de um para vinte. Aquilo que foi um luxo 
acessível apenas aos ricos – como automóveis ou aparelhos domésticos – 
rapidamente tornou-se disponível para as massas. 
Mas o mais importante para o nosso estudo neste momento é o fato de 
que a Administração Científica tornou possível o aumento substancial 
dos salários, ao mesmo tempo em que reduziu o custo total dos produtos. 
A Administração Científica proclamava: o menor custo do produto final 
deve significar maiores salários e maior renda para o trabalhador. Antes 
dela, acreditava-se no contrário: o baixo custo de um produto acabado 
significava sempre salários mais baixos para o trabalhador. 
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Além disso, a Administração Científica foi responsável por modificar 
a estrutura organizacional e incrementar a composição da força de 
trabalho. O operário não especializado que trabalhava com um baixo 
salário, suficiente apenas para sua subsistência, e que constituía o maior 
contingente da força de trabalho do século XIX, tornou-se obsoleto. 
Em seu lugar, surgiu um novo grupo, os operadores de máquinas, 
como, por exemplo, os homens das linhas de montagem do automóvel. 
Entre 1910 e 1940, os operadores de máquinas tornaram-se o maior 
grupo ocupacional em todos os países industrializados, ultrapassando os 
trabalhadores do campo e os operários em quantidade.
Concluímos, portanto, que a Administração Científica contribuiu com 
a redução de custo dos produtos finais, com o aumento do salário 
dos trabalhadores e com uma especialização no tipo da mão de obra. 
Entretanto, a obra de Taylor e seus seguidores são suscetíveis de críticas, 
as quais não devem diminuir o mérito dos pioneiros da nascente Teoria 
da Administração. 
Note ainda que as principais críticas à Administração Científica, de 
acordo com Chiavenato (2011), estão esquematizadas e resumidas a 
seguir.
•	 Mecanicismo da Administração Científica: esta crítica está ligada 
às tarefas e aos fatores diretamente relacionados com o cargo e a 
função do operário. Muito embora uma organização seja constituída 
de pessoas, a Administração Científica deu pouca atenção ao 
elemento humano e concebeu a organização como “um arranjo 
rígido e estático de peças”, ou seja, como uma máquina deu às 
organizações um enfoque mecanicista. Daí a denominação “Teoria 
da Máquina” dada à Administração Científica.
•	 Superespecialização do operário: na busca da eficiência, a 
Administração Científica pregou a especialização do operário por 
meio da divisão e da subdivisão de toda operação em seus elementos 
constitutivos. A justificativa para essa iniciativa é que tarefas mais 
simples – resultado da subdivisão – podem ser mais facilmente 
ensinadas, e a perícia do operário pode ser significativamente 
aumentada. Por outro lado, uma respeitável padronização no 
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desempenho dos operários é alcançada, pois, à medida que as tarefas 
são fracionadas, a maneira de executá-las é padronizada. O ponto 
frágil dessas formas de organização de tarefas é que elas privam 
os operários da satisfação no trabalho, e, o que é pior, violam a 
dignidade humana.
•	 Visão microscópica do homem: a Administração Científica faz 
referência a cadaempregado individualmente, ignorando que o 
trabalhador é um ser humano e social. A partir de sua concepção 
negativista do homem, na qual as pessoas são preguiçosas (vadiagem 
sistemática) e ineficientes, Taylor enfatiza o papel monocrático do 
administrador.
•	 Ausência de comprovação científica: a Administração Científica 
é criticada por pretender criar uma ciência sem apresentar 
comprovação científica das suas proposições e princípios. Em outras 
palavras, os engenheiros norte-americanos utilizaram pouca pesquisa 
e experimentação científica para comprovar as suas teses. 
•	 Abordagem incompleta da organização: a Administração 
Científica é considerada incompleta, parcial e inacabada, por estar 
restrita apenas à organização formal, ou seja, aos aspectos formais 
da organização, omitindo a organização informal e os seus aspectos 
humanos. Essa perspectiva incompleta ignora a vida social interna 
dos participantes da organização, que são tomados como indivíduos 
isolados e arranjados de acordo com suas habilidades pessoais e 
demandas da tarefa a serem executadas. Também omite interações 
entre muitas variáveis críticas, como o compromisso pessoal e a 
orientação profissional dos membros da organização, bem como o 
conflito entre objetivos individuais e objetivos organizacionais.
•	 Limitação do campo de aplicação: as observações de Taylor e seus 
seguidores foram restritas aos problemas de produção localizados 
na fábrica, não considerando os demais aspectos da vida de uma 
empresa, como, por exemplo, aspectos financeiros, comerciais, 
humanos etc. 
•	 Abordagem prescritiva e normativa: a Administração Científica se 
caracteriza pela preocupação em prescrever princípios normativos 
que devem ser aplicados como receituário em todas as circunstâncias 
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para que o administrador possa ser bem-sucedido, ou seja, ela nos 
apresenta uma padronização para a resolução de problemas. A 
crítica formulada a essa perspectiva é que ela visualiza como deveria 
funcionar a organização em vez de explicar seu funcionamento.
•	 Abordagem de sistema fechado: a abordagem de Taylor visualiza 
as empresas como se elas existissem no vácuo, ou como se fossem 
entidades autônomas, absolutas e totalmente fechadas a qualquer 
influência vinda de fora. Ou seja, a Administração Científica possui 
uma abordagem fechada, sem se levar em conta a influência do meio 
ambiente em que ela está situada. 
As visões apresentadas anteriormente são criteriosas, mas isso não retira o 
título de Taylor por ter desenvolvido uma doutrina arrojada para época. 
Embora Taylor se preocupasse mais com a filosofia – com a essência 
da ideia –, o que exige uma revolução mental tanto da parte da direção 
como da parte dos operários de uma organização, a tendência de seus 
seguidores foi uma preocupação maior com as técnicas da Administração 
Científica.
Ainda hoje, perceba que há uma forte tendência no intuito de reabilitar 
a imagem de Taylor. Para que você possa ter uma ideia da dimensão 
da obra de Taylor, saiba que alguns autores chegam a apontá-lo como 
o criador da Administração Científica e o pai da Teoria das Relações 
Humanas, considerando-o um cientista social, interessado pelos 
problemas de motivação e de comportamento das pessoas. 
Teremos em mente, portanto, que o principal objetivo da Administração 
Científica é assegurar o máximo de prosperidade ao patrão e, ao mesmo 
tempo, ao empregado. O princípio da máxima prosperidade para o 
patrão e empregado deveria ser os dois fins principais da administração, 
havendo assim uma identidade de interesses entre empregados e 
empregadores.
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8 A Teoria Clássica da Administração de Fayol: origens
Objetivo
Expor as origens da doutrina de Fayol.
Nesta unidade, estudaremos as origens e os princípios básicos da Teoria 
Clássica da Administração, a qual recebeu diferentes denominações. 
Então, para iniciarmos nosso estudo, é importante conhecermos as 
variações de nomenclatura que existem na literatura. 
Dessa forma, segundo Ribeiro (2009), Andrade e Amboni (2011) e 
outros, a Teoria Clássica também é conhecida por: Escola Normativista, 
Tradicionalista, Europeia, Anatomista e Fisiologista ou ainda Teoria 
Administrativa e Escola do Processo de Administração. A essa variedade, 
podemos chamar de divergências semânticas, mas em todas as acepções, 
os autores concordam que a origem e o principal precursor desta teoria 
foi Henri Fayol.
Que tal conferirmos o assunto para os autores Chiavenato (2011) e 
Ribeiro (2009)?
8.1 As origens da Teoria Clássica da Administração
Enquanto Taylor e outros engenheiros desenvolviam a Administração 
Científica nos Estados Unidos, em 1916, surgia, na França, difundindo-
se rapidamente pela Europa, a Teoria Clássica da Administração. 
A Administração Científica se caracterizava pela ênfase na tarefa 
realizada pelo operário, no entanto, a Teoria Clássica tinha ênfase na 
estrutura, ou seja, estava focada no arranjo dos processos e das funções 
dentro de uma empresa, obedecendo a sua interdependência, no que a 
organização deveria possuir para ser eficiente.
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Podemos reconhecer, juntamente com Chiavenato (2011), que na 
realidade o objetivo de ambas as teorias era o mesmo: a busca pela 
eficiência das organizações. No entanto, na Administração Científica, 
essa eficiência era alcançada por meio da racionalização do trabalho do 
operário somada à eficiência individual. 
Já na Teoria Clássica, ao contrário, a eficiência parte do todo 
organizacional e da sua estrutura; para garanti-la, devemos levar em 
conta todas as partes envolvidas, sejam elas órgãos (como seções, 
departamentos etc.) ou pessoas (como ocupantes de cargos e executores 
de tarefas). 
Dessa forma, a microabordagem da Administração Científica no 
nível individual de cada operário com relação à tarefa é enormemente 
ampliada no nível da organização como um todo em relação a sua 
estrutura organizacional pela Teoria Clássica. É a inquietação com a 
estrutura da organização como um todo que constitui, sem dúvida, 
uma substancial ampliação do objeto de estudo da Teoria Geral da 
Administração (TGA). 
Levando isso tudo em consideração, vamos conhecer um pouco mais 
sobre Fayol e sobre o contexto que o cercava quando fundou a Teoria 
Clássica da Administração?
8.2 A obra de Fayol
Saiba que Henri Fayol (1841-1925), o fundador da Teoria Clássica, 
nasceu em Constantinopla e faleceu em Paris, vivendo as consequências 
da Revolução Industrial e, mais tarde, da Primeira Guerra Mundial. 
Formou-se em Engenharia de Minas e entrou para uma empresa de 
mineração de carvão e fundição de ferro, onde fez sua carreira. 
De acordo com Ribeiro (2009), o sucesso profissional se tornou visível 
quando, após ser promovido a gerente geral, revitalizou a companhia que 
trabalhava. Foi com base nas suas experiências que desenvolveu a Teoria 
Clássica da Administração, ou Teoria Administrativa.
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Portanto, Fayol foi um engenheiro francês que partiu de uma abordagem 
sintética, global e universal da empresa, inaugurando uma abordagem 
anatômica e estrutural que rapidamente suplantou a abordagem analítica 
e concreta de Taylor. Esteve sob a forte influência da tumultuada segunda 
década do século XX, devido à Primeira Guerra Mundial (1914-1917), 
que envolvia países da Europa e dos Estados Unidos em operações 
militares conjuntas. 
Muitas mudanças ocorriam concomitantemente, dentre elas, podemos 
destacar:
•	 a expansão acentuada dos meios de transporte, com a indústria 
automobilística, as ferrovias e o início da aviação militar, civil e 
comercial; e
•	 a evolução das comunicações, com a forte expansão do jornalismo e 
do rádio.
Sabemos agora quem foi Fayol e quais os fatores que inspiraram a Teoria 
Clássica da Administração. Estamos prontos para conhecersua obra. 
Vamos lá?
Fayol expôs sua Teoria de Administração no livro “Administration 
Industrielle et Générale”, publicado em 1916. Seu trabalho, antes da 
tradução para o inglês, foi divulgado por Urwick e Gulick, dois autores 
clássicos da época.
Exatamente como Taylor, Fayol empregou seus últimos anos de vida à 
tarefa de demonstrar que, com previsão científica e métodos adequados 
de gerência, resultados satisfatórios eram inevitáveis. Assim como 
nos Estados Unidos, a Taylor Society foi fundada para divulgação e 
desenvolvimento da obra do respectivo autor. Na França, o ensino e o 
desenvolvimento da obra de Fayol deram motivo à fundação do Centro 
de Estudos Administrativos, local onde, semanalmente, as pessoas que 
tinham interesse na administração de negócios (comerciais, industriais 
ou governamentais) se reuniam para conversar sobre os assuntos, 
contribuindo, dessa forma, para a difusão das doutrinas administrativas.
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Em sua obra, instituiu as funções básicas da empresa: técnicas, 
comerciais, financeiras, de segurança, de contabilidade e de 
administração. Esta última, a função administrativa, é considerada, 
em sua ótica, a mais importante. Entre as funções administrativas de 
Fayol, estão: previsão, organização, comando, coordenação e controle. 
Essas funções são de extrema importância para o nosso estudo e serão 
adequadamente detalhadas na próxima unidade.
Não é à toa que o trabalho de Fayol foi considerado umas das maiores 
contribuições para o gerenciamento na administração, pois sua obra 
mostra a possibilidade de formar administradores e criar o ensino formal 
de administração. Por isso, ao lado de Taylor, é importante que você 
registre que Fayol também é considerado o pai da Administração.
8.3 Os seguidores de Fayol
Todo grande pensador cria uma série de seguidores, e não foi diferente 
com Fayol. De acordo com Chiavenato (2011), durante as décadas de 
1920 e 1930, alguns teóricos, principalmente os que estavam engajados 
na administração ou em práticas consultivas, explicitaram seus pontos de 
vista seguindo os conceitos estabelecidos por Fayol. 
Depois dessa época, outros estudiosos continuaram dando mais 
contribuições às ideias de Fayol, o que acontece até hoje, como no caso 
de Henry Mintzberg, considerado como uma das maiores autoridades do 
planejamento e da estratégia empresarial dos dias atuais. Vamos conhecer 
alguns dos principais seguidores de Fayol no esquema a seguir? Todas 
as contribuições citadas surgiram das funções da empresa e das funções 
administrativas segundo a doutrina de Fayol, as quais serão abordadas na 
próxima unidade.
•	 Luther Gulick: responsável pela idealização do POSDCORB 
(Planning, Organising, Staffing, Directing, Coordinating, Reporting 
and Budgeting), planejamento, organização, alocação de pessoal/
assessoria, direção, coordenação, controle e orçamento.
•	 Lyndall F. Urwick: contribuiu com o princípio da especialização, da 
autoridade e da amplitude administrativa. 
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•	 James D. Mooney e Alan C. Reiley: pensou no formalismo, por 
meio do princípio escalar (hierarquia).
•	 Chester Barnard: aprimorou as funções do executivo.
•	 Herbert Simon: tem influência sobre o estudo dos processos 
decisórios das empresas.
•	 Henry Mintzberg: autoridade nos assuntos relacionados aos papéis 
e às habilidades gerenciais do operário. 
•	 Robert L. Katz: desenvolveu conhecimentos sobre habilidades 
gerenciais.
•	 Max Weber: é o responsável pela Teoria da Burocracia.
Durante nossos estudos nesta disciplina, os nomes apresentados 
serão retomados, pois estudaremos mais a fundo cada uma das suas 
contribuições. E, assim, esta unidade chega ao fim e por todo conteúdo 
aqui exposto podemos constatar a importância de Fayol e seus seguidores 
para a ciência de administração. Ansioso por mais? Siga para as próximas 
unidades, e lá apresentaremos detalhamentos das ideias de Fayol.
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9
A Teoria Clássica da Administração 
de Fayol: as funções da empresa e 
as funções administrativas
Objetivo
Discutir sobre as funções da empresa e as funções administrativas 
segundo a ótica de Fayol.
Como vimos na unidade anterior, Fayol sistematizou de forma brilhante 
algumas das funções mais essenciais das organizações e, entre elas, estava 
a função administrativa, foco do nosso estudo neste momento, pois é da 
função administrativa que foram geradas as funções do administrador. 
Está na hora de conhecermos melhor as funções da empresa e darmos o 
devido aprofundamento à Administração. Vamos lá?
9.1 As funções básicas da empresa
Ao final da unidade anterior, citamos quais as funções básicas de uma 
empresa, você se recorda? Agora vamos estudá-las mais profundamente.
De acordo com Ribeiro (2009), Andrade e Amboni (2011) e Chiavenato 
(2011), Fayol difundiu em sua Teoria Clássica, ou administrativa, que 
toda empresa apresenta seis funções básicas.
•	 Funções técnicas: relacionadas com a produção de bens ou de 
serviços da empresa. 
•	 Funções comerciais: relacionadas com a compra, venda e 
permutação.
•	 Funções financeiras: relacionadas com a captação e a boa gerência 
de capitais.
•	 Funções de segurança: relacionadas com a proteção e preservação 
dos bens e das pessoas.
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•	 Funções contábeis: relacionadas com inventários, registros, 
balanços, custos e estatísticas.
•	 Funções administrativas: relacionadas com a integração de cúpula 
das outras cinco funções.
Pelo que podemos entender das funções recém-citadas, são as funções 
administrativas que coordenam e sincronizam as demais funções da 
empresa, pairando sempre acima delas. Nesse sentido, Fayol enfatizava 
que nenhuma das cinco funções essenciais tem o encargo de formular 
o programa de ação geral da empresa, de constituir o seu corpo social, 
de coordenar os esforços e de harmonizar os atos senão a função 
administrativa. A essas atribuições constitui-se uma outra função, 
designada pelo nome de Administração. 
A figura a seguir ilustra as funções básicas da empresa. Por ela, 
podemos perceber que das funções administrativas surgem as funções 
do administrador. Vale ressaltar que Fayol achava que, mesmo sendo 
apenas uma das seis grandes atividades organizacionais, as funções 
administrativas eram as mais importantes delas. 
 
Funções administrativas
Funções
técnicas
Funções
comerciais
Funções
�nanceiras
Funções de
segurança
Funções
contábeis
PO3C
• Previsão
• Organização
• Comando
• Coordenação
• Controle
Figura 2 – As seis funções básicas da empresa.
Fonte: Adaptada de Chiavenato (2011).
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Apesar de toda a importância que essa estruturação teve, a visão de Fayol 
está ultrapassada. Na atualidade, as funções recebem o nome de áreas 
da Administração. As funções administrativas são chamadas de área de 
administração geral; as funções técnicas de área de produção, manufatura 
ou operações e as funções comerciais, de área de vendas e marketing. As 
funções de segurança passaram para um nível mais baixo. E, finalmente, 
surgiu a área de recursos humanos ou de gestão de pessoas.
A partir de agora, vamos melhor detalhar as funções administrativas 
difundidas por Fayol. 
9.2 As funções administrativas
Como já relatamos anteriormente, para Fayol, as funções 
administrativas eram mais importantes que as outras funções. Isto 
é, a função administrativa era a maior preocupação, pois a habilidade 
administrativa era a mais importante requerida na direção da companhia. 
As funções administrativas envolvem os elementos da administração, isto 
é, as funções do administrador. Para Fayol, o conceito de Administração 
é definido como o ato de administrar por meio de processos ou 
atividades, estipulando-os em: prever, organizar, comandar, 
coordenar e controlar. Dessa forma, os elementos

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