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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CAMPUS SÃO MATEUS CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA DIEGO CARRAFA DOS SANTOS MECÂNICA DOS FLUIDOS I São Mateus 2016 DIEGO CARRAFA DOS SANTOS RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA - VISCOSIDADE Trabalho apresentado ao curso de Engenharia Mecânicado Instituto Federal do Espírito Santo Campus São Mateus, como requisitoparcial de avaliação na disciplina de Mecânica dos Fluidos I. Professor: Dr. Renato do Nascimento Siqueira São Mateus 2016 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO ......................................................................................... 4 2. INTRODUÇÃO .............................................................................................. 4 3. OBJETIVOS .................................................................................................. 5 4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO ............................................................. 5 5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ........................................... 8 6. CONCLUSÃO ................................................................................................ 11 7. REFEÊNCIAS ................................................................................................ 11 1. APRESENTAÇÃO No dia 06 de setembro de 2016 foi realizada no laboratório de Máquinas Térmicas do IFES Campus São Mateus uma aula prática em cumprimento da disciplina de Mecânica dos Fluidos, cujo tema abordado foi Viscosidade, realizou-se um experimento com objetivo de determinar a viscosidade do fluido, que na ocasião foi o sabão líquido. 2. INTRODUÇÃO Segundo White (2011), viscosidade é “[...] uma medida quantitativa da resistência de um fluido ao escoamento. Mais especificamente, ela determina a taxa de deformação do fluido que é gerada pela aplicação de uma dada tensão de cisalhamento”. A viscosidade é então uma propriedade inerente aos fluidos que pode ser comparada com o atrito entre corpos sólidos. O movimento de um corpo em um meio viscoso é influenciado pela ação de uma força viscosa Fv (Força de arraste), proporcional à velocidade (v), e definida pela relação conhecida como Lei de Stokes: �� = � � (1) No caso de esferas em baixas velocidades a Lei de Stokes é escrita da seguinte maneira: �� = 6 � � � �� (2) Onde r é o raio da esfera, µ é a viscosidade dinâmica do fluido e Vt é a velocidade terminal. Obs.: A velocidade terminal é uma correção desenvolvida empiricamente para a verdadeira velocidade da esfera no fluido, pois quando a esfera entra no tubo esta sofre efeitos de borda onde aumenta sua velocidade real. A velocidade terminal é dada por: �� = ��(1 + 2,4 � � ) (3) Onde Vm é a velocidade medida, r é o raio da esfera e R o raio do tubo, observa-se que quando R > r, temos que Vt = Vm. Se uma esfera de densidade maior que a de um líquido for solta na superfície do mesmo, no instante inicial a velocidade é zero, mas a força resultante acelera a esfera de forma que sua velocidade vai aumentando, mas de forma não uniforme. Pode-se verificar que a velocidade aumenta não – uniformemente com o tempo, mas atinge um valor limite, que ocorre quando a força resultante for nula. As três forças que atua sobre a esfera estão representadas como mostra a figura abaixo: Figura 1: Forças que atuam sobre a esfera num meio viscoso 3. OBJETIVO O objetivo desse experimento é analisar o movimento de uma esfera em um meio viscoso, e determinar a viscosidade deste meio através da aplicação da lei te Stokes. 4. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO O fluido utilizado no experimento foi o sabão líquido, fluido no qual se enquadra entre os de tipos de fluidos newtonianos, ou seja, comporta-se de acordo com a equação de Newton para fluidos. Além do sabão foram usados um recipiente cilíndrico transparente, duas argolas elásticas, esferas maciças com 4 diâmetros diferentes, régua milimetrada, um paquímetro, um cronômetro, um micrômetro. �� �� �� Para que o experimento fosse realizado foi montado um aparato semelhante ao da figura a seguir: Figura 2: Aparato utilizado em análises da Lei de Stokes Experimento em processo de montagem e execução de testes no laboratório de máquinas térmicas no IFES – Campus São Mateus: O primeiro passo foi medir o diâmetro das esferas com o micrômetro para posterior cálculo do volume das mesmas, e medir a distância entre os pontos X e Y com uma régua milimetrada, onde foi encontrado o valor de 0.14 m, como é visto na figura 3 abaixo. As esferas foram separadas de acordo com seu diâmetro, sendo selecionadas 4 esferas por diâmetro para utilização no experimento. Figura 3: Medidas realizadas em esboço contido no roteiro do relatório Após colocar o fluido no recipiente de forma lenta para que o mesmo ficasse o mais uniforme possível, sem bolhas de ar, as esferas foram soltas a partir da superfície do fluido. A quantidade de fluido acima da marcação X foi colocada de forma que após ultrapassar essa marca, a esfera atingisse a sua velocidade terminal, e então realizasse um movimento com velocidade constante. Assim, segue uma tabela com os resultados obtidos: Esfera Tempo 1 (s) Tempo 2 (s) Tempo 3 (s) Média dos Tempos (s) Velocidade (m/s) �� 13,37 13,44 13,33 13,38 0, 0104 �� 8,97 8,77 8,83 8,85 0, 0158 �� 4,53 4,65 4,52 4,56 0, 0307 �� 2,57 2,53 2,56 2,55 0, 0549 Foi-nos dado no roteiro do relatório que a massa especifica do fluido e a densidade das esferas são respectivamente, � = 1000 ��/�³ e � = 8000 ��/�³, para obter os valores de volume das esferas e massa específica das esferas e do fluido: ∀= 4 �� �� 3 � = ����� (��) ������ (��) Diâmetro (mm) Volume (m³) Massa (Kg) Massa Específica (Kg/m³) �� 3,962 0,0325 ·10 �� 0,2600 ·10�� 8000 �� 4,752 0,0561 ·10 �� 0,4488 ·10�� 8000 �� 6,353 0,1342 ·10 �� 1,0736·10�� 8000 �� 7,910 0,2591 ·10 �� 2,0728 ·10�� 8000 Fluido - - - 1000 5. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS DEDUÇÃO DA LEI DE STOKES ∑� = � . � Como � = 0 �� = �� + �� �� ∀� � = � 6 � µ � �� + �� ∀��� ������ � ��∀�� ��∀�� = �6�µ��� ∀����� ��� = �6�µ��� �� = ∀����� ��� �6�µ� �� = ∀� �Ɣ� Ɣ�� �6�µ� �� = 4��³ �Ɣ� Ɣ�� 3 � 6� µ � �� = 4�² �Ɣ� Ɣ�� 18�µ �� = 4 (�/2)² �Ɣ� Ɣ�� 18 � µ �� = �² �Ɣ� Ɣ�� 18�µ �. �. �. µ = �² �Ɣ� Ɣ�� 18��� A partir das equações foram obtidos os valores da viscosidade referente ao fluido para cada situação com as 4 esferas. Os resultados obtidos foram: 0 0,01 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06 0,07 0 10 20 30 40 50 60 70 V e lo ci d ad e Diâmetro² Gráfico Velocidade X Diâmetro² µ� = (0,003962)� · 9,81 · (8000 1000) 18 · 0, 0104 = 5,75 �� · � µ� = (0,004752)� · 9,81 · (8000 1000) 18 · 0,0158 = 5,45 �� · � µ� = (0,006353)� · 9,81 · (8000 1000)18 · 0,0307 = 5,01 �� · � µ� = (0,007910)� · 9,81 · (8000 1000) 18 · 0,0549 = 4,34 �� · � Esfera Viscosidade do fluido ([μ] = Pa·s) E1 5,75 E2 5,45 E3 5,01 E4 4,34 Caso a esfera não tenha atingido a velocidade terminal ao passar pelo ponto X, teremos uma medida errada da viscosidade. Porquê? Pois se houvesse uma aceleração após o Ponto X a mesma teria uma variável difícil de ser medida, sendo assim os valores não apresentariam exatidão com a velocidade utilizada. Gráfico Velocidade X Diâmetro² De acordo com o aumento do diâmetro da esfera a velocidade da mesma aumenta, tendo influência também pela maior força peso. Desta forma o tempo para a esfera atingir a velocidade terminal é maior. Logo, quanto maior o diâmetro da esfera maior poderá ser o erro. Explique como o diâmetro do tubo e da esfera podem afetar os resultados? O que pode ser feito para diminuir este erro? Pois as paredes do tubo afetam o movimento da esfera. Devido a este efeito, é preciso levar em consideração a correção de Ladenburg que depende do raio da esfera, do raio do tubo e da sua altura. 6. CONCLUSÃO A partir da realização do experimento com sucesso, podemos observar que os objetivos foram alcançados, sendo visto que é possível determinar a viscosidade de uma substância a partir da Lei de Stokes. Contudo, é possível que o experimento tenha sido prejudicado por erros, como a inexatidão do tempo de queda das esferas. Ao todo foi um experimento muito produtivo e de grande valor para o aprendizado. 7. REFERENCIAS ÇENGEL, Y. A; CIMBALA, J. M. Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e aplicações. Porto Alegre: McGrawHill, 2007. FOX, Robert W.; PRITCHARD, Philip J.; MCDONALD, Alan T. Introdução à Mecânica dos Fluidos. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2010. WHITE, Frank M. Mecânica dos fluidos. 6. ed. Porto Alegre: McGraw-Hill, 2007.
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