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IPHS Capítulo I Água Fria

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INSTITUTO MARIA IMACULADA 
Faculdades Integradas Maria Imaculada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INSTALAÇÕES PREDIAIS HIDRÁULICAS E 
SANITÁRIAS I 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO I – INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Eng. Luiz Manoel Furigo 
 
 
 
 
 
 
Mogi Guaçu, fevereiro de 2019. 
 
 
 
 
Instalações Prediais Hidráulicas e Sanitárias I 
Prof. Eng. Luiz Manoel Furigo 
 
 
1 
 
1 INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA FRIA 
 
 
1.1 OBJETIVOS DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE ÁGUA FRIA 
 
 
As instalações prediais de água fria devem ser projetadas de modo que, durante a vida útil 
do edifício que as contém, atendam aos seguintes requisitos: 
 
a) Preservar a potabilidade da água através de técnicas de distribuição e reservação 
coerentes e adequadas, propiciando aos usuários, boas condições de higiene, saúde e conforto; 
 
b) Garantir o fornecimento de água de forma contínua e em quantidade adequada, 
amenizando ao máximo os problemas decorrentes da interrupção do funcionamento do sistema 
público de abastecimento; 
 
c) Garantir pressões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento dos aparelhos 
sanitários, peças de utilização e demais componentes; 
 
d) Promover economia de água e de energia; 
 
e) Possibilitar manutenção fácil e econômica; 
 
f) Evitar níveis de ruído inadequados à ocupação do ambiente; 
 
g) Proporcionar conforto aos usuários, prevendo peças de utilização adequadamente 
localizadas, de fácil operação, com vazões satisfatórias e atendendo às demais exigências do 
usuário. 
 
 
1.2 ETAPAS DE PROJETO 
 
 
Basicamente, podem-se considerar três etapas na realização de um projeto de instalações 
prediais de água fria: 
 
a) Concepção 
É a etapa mais importante do projeto e é nessa fase que se definem o tipo de prédio e sua 
utilização, sua capacidade atual e futura, o tipo de sistema de abastecimento, os pontos de 
utilização, o sistema de distribuição, a localização dos reservatórios, canalizações e aparelhos. 
 
b) Determinação das vazões 
A etapa seguinte consiste na determinação das vazões das canalizações constituintes do 
sistema, o que é feito através de dados e tabelas da Norma. 
 
c) Dimensionamento das canalizações 
O dimensionamento das canalizações é realizado utilizando-se dos fundamentos básicos da 
hidráulica. 
 
Um projeto completo de instalações hidráulicas deve ter: 
 
Instalações Prediais Hidráulicas e Sanitárias I 
Prof. Eng. Luiz Manoel Furigo 
 
 
2 
a) Planta, cortes, detalhes isométricos, com dimensionamento e traçado dos condutores; 
b) Memoriais descritivos, justificativas e de cálculo; 
 
c) Especificações do material e normas para a sua aplicação; 
 
d) Orçamento, compreendendo o levantamento das quantidades e dos preços unitário e 
global da obra. 
 
Para a elaboração de um projeto de instalação hidráulica é necessário: 
 
a) As plantas completas do projeto arquitetônico; 
 
b) Consultar o autor do projeto, para se adequar as condições de estéticas do projeto 
arquitetônico; 
 
c) Localização adequada das caixas d’água, da rede de abastecimento do prédio, das bombas 
e dos pontos de utilização; 
 
d) Utilização das escalas apropriadas: 
• Plantas baixas, pavimento tipo, coberturas, etc. – 1:50 
• Detalhes – 1:20 ou 1:25 
 
 
1.3 SISTEMAS DE ABASTECIMENTO 
 
 
O abastecimento das instalações prediais de água fria deve ser proveniente da rede pública 
de água da concessionária. 
 
Quando for prevista a utilização de água proveniente de poços, tanto a concessionária 
quanto o órgão público responsável pelo gerenciamento dos recursos hídricos deve ser consultado 
previamente, para obtenção de licenças e eventuais alterações nas redes internas do imóvel. 
 
Segundo o tipo de necessidade do uso doméstico da água e respeitados os requisitos 
relativos à segurança sanitária, o abastecimento pode ser feito com água potável ou não potável. 
 
A instalação predial de água fria abastecida com água não potável deve ser totalmente 
independente daquela destinada ao uso da água potável, ou seja, deve-se evitar a conexão cruzada. 
A água não potável pode ser utilizada para limpeza de bacias sanitárias e mictórios, para combate a 
incêndios e para outros usos onde o requisito de potabilidade não se faça necessário. 
 
A água potável proveniente da rede pública ou da outra fonte de abastecimento deve, no 
mínimo, atender ao padrão de potabilidade estabelecido na Portaria no 5/2017 do Ministério da 
Saúde. Além de estabelecer características físicas, organolépticas, químicas, bacteriológicas e 
radiológicas, a Portaria define também os procedimentos e as freqüências para verificação das 
características. 
 
 
 
 
Instalações Prediais Hidráulicas e Sanitárias I 
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3 
 
1.4 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 
 
 
Sistema de distribuição é a maneira pela qual a água é distribuída dentro de uma edificação. 
 
1.4.1 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO DIRETA 
 
Através deste sistema, a alimentação dos aparelhos, torneiras e peças da instalação predial 
é feita diretamente através da rede de distribuição (Figura 1.1). 
 
 Entre as vantagens deste sistema, podemos destacar: 
 . Água de melhor qualidade devido à presença de cloro residual na rede de distribuição; 
 . Maior pressão disponível devido à pressão mínima de projeto em redes de distribuição 
pública ser da ordem de 10 mca; 
 . Menor custo da instalação, não havendo necessidade de reservatórios, bombas, registros 
de bóia, etc. 
 
Entre as desvantagens deste sistema, podemos destacar: 
 . Falta de água no caso de interrupção no sistema de abastecimento ou de distribuição; 
 . Grandes variações de pressão ao longo do dia, devido aos picos de maior ou menor 
consumo da rede pública; 
 . Pressões elevadas em prédios situados nos pontos baixos da cidade; 
 . Limitação de vazão, não havendo a possibilidade de instalação de válvulas de descarga 
devido ao pequeno diâmetro das ligações domiciliares empregadas pelos serviços de 
abastecimento público; 
 . Possíveis golpes de aríete; 
 . Maior consumo devido à maior pressão. 
 
 
Figura 1.1 – Sistema de distribuição direta. 
 
1.4.2 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO INDIRETA 
 
A água provém de um ou mais reservatórios existentes no edifício. Este sistema pode 
ocorrer com ou sem bombeamento. Quando a pressão for suficiente, mas houver descontinuidade 
no abastecimento, há necessidade de se prever um reservatório superior e a alimentação do prédio 
será descendente (Figura 1.2). Quando a pressão for insuficiente para levar água ao reservatório 
superior, devem-se ter dois reservatórios: um inferior e outro superior. Do reservatório inferior a 
água é lançada ao superior através do uso de bombas de recalque (motobomba). O sistema de 
distribuição indireto com bombeamento é mais utilizado em grandes edifícios onde são necessários 
grandes reservatórios de acumulação. Esse sistema é mostrado na Figura 1.3. 
Instalações Prediais Hidráulicas e Sanitárias I 
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4 
 
Figura 1.2 – Sistema de distribuição indireta, sem bombeamento. 
 
 
Figura 1.3 – Sistema de distribuição indireta, com bombeamento. 
 
Entre as vantagens do sistema de distribuição indireta, podemos destacar: 
. Fornecimento de água de forma contínua, pois em caso de interrupções no fornecimento, 
tem-se um volume de água assegurado no reservatório; 
. Pequenas variações de pressão nos aparelhos ao longo do dia; 
. Permite a instalação de válvula de descarga; 
. Golpe de aríete desprezível; 
. Menor consumo que no sistema de abastecimento direto. 
 
Entre as desvantagens dos sistemas de distribuição indireta, podemos destacar: 
. Possível contaminação da água reservada, devido à deposiçãode lodo no fundo dos 
reservatórios e à introdução de materiais indesejáveis nos mesmos; 
. Menores pressões, no caso da impossibilidade de elevação do reservatório superior, no 
sistema por gravidade; 
. Maior custo da instalação, devido à necessidade de reservatórios, registros de bóia e 
outros acessórios. 
 
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5 
1.4.3 SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO MISTO 
 
Parte da instalação é alimentada diretamente pela rede de distribuição e parte 
indiretamente. 
 
Entre as vantagens desse sistema, podemos destacar: 
. Água de melhor qualidade devido ao abastecimento direto em torneiras para filtro, pia de 
cozinha e bebedouros; 
. Fornecimento de água de forma contínua no caso de interrupções no sistema de 
abastecimento ou de distribuição; 
. Permite a instalação de válvula de descarga. 
 
Entre as desvantagens desse sistema, podemos destacar: 
. Custo mais elevado. 
 
 
1.5 PARTES CONSTITUINTES DE UMA INSTALAÇÃO PREDIAL DE 
ÁGUA FRIA 
 
 
Antes de se enumerar as diversas partes constituintes de uma instalação predial de água 
fria, apresenta-se a seguir algumas definições, extraídas da NBR 5626, que são necessárias à 
compreensão dos textos que se seguem. 
 
. Alimentador Predial – tubulação compreendida entre o ramal predial e a primeira 
derivação ou válvula de flutuador do reservatório. 
 
. Automático de Bóia – dispositivo instalado no interior de um reservatório para permitir o 
funcionamento automático da instalação elevatória entre seus níveis operacionais extremos. 
 
. Aparelho Sanitário – componente destinado ao uso da água ou ao recebimento de dejetos 
líquidos e sólidos (na maioria das vezes pertence à instalação predial de esgoto sanitário). Incluem-
se nessa definição aparelhos como bacias sanitárias, lavatórios, pias e outros, e, também, lavadoras 
de roupa, lavadoras de prato, banheiras de hidromassagem, etc. 
 
. Barrilete – conjunto de tubulações que se origina no reservatório e do qual se derivam as 
colunas de distribuição, quando a distribuição é indireta. No caso de distribuição direta, pode ser 
considerado como a tubulação diretamente ligada ao ramal predial ou diretamente ligada à fonte de 
abastecimento particular. 
 
. Coluna de Distribuição – tubulação derivada do barrilete e destinada a alimentar ramais. 
 
. Diâmetro nominal (DN) – número que serve para designar o diâmetro de uma tubulação e 
que corresponde aos diâmetros definidos nas normas específicas de cada produto. 
 
. Dispositivo de prevenção ao refluxo – componente, ou disposição construtiva, destinado a 
impedir o refluxo de água de uma instalação predial de água fria, ou desta para a fonte de 
abastecimento. 
 
 
 
 
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6 
 
. Duto – Espaço fechado projetado para acomodar tubulações de água e componentes em 
geral, construídos de tal forma que o acesso ao seu interior possa ser tanto ao longo de seu 
comprimento como em pontos específicos, através da remoção de uma ou mais coberturas, sem 
ocasionar a destruição delas a não ser no caso de coberturas de baixo custo. Inclui também o shaft 
que usualmente é entendido como um duto vertical. 
 
. Extravasor – tubulação destinada a escoar os eventuais excessos de água dos reservatórios 
e das caixas de descarga. 
 
. Instalação Elevatória – sistema destinado a elevar a pressão da água em uma instalação 
predial de água fria, quando a pressão disponível na fonte de abastecimento for insuficiente, para 
abastecimento do tipo direto, ou para suprimento do reservatório elevado no caso de 
abastecimento do tipo indireto. Inclui também o caso onde um equipamento é usado para elevar a 
pressão em pontos de utilização localizados. 
 
. Ligação de Aparelho Sanitário – tubulação compreendida entre o ponto de utilização e o 
dispositivo de entrada no aparelho sanitário. 
 
. Metal Sanitário – expressão usualmente empregada para designar peças de utilização e 
outros componentes utilizados em banheiros, cozinhas, áreas de serviço e outros ambientes do 
gênero, fabricados em liga de cobre. Exemplos: torneiras, registros de pressão e gaveta, 
misturadores, válvulas de descarga, chuveiros e duchas, bicas de banheira. 
 
. Nível de Transbordamento – nível do plano horizontal que passa pela borda do 
reservatório, aparelho sanitário ou outro componente. No caso de haver extravasor associado ao 
componente, o nível é aquele do plano horizontal que passa pelo nível inferior do extravasor. 
 
. Peça de Utilização – dispositivo ligado a um sub-ramal para permitir a utilização da água e, 
em certos casos, permite também o ajuste da sua vazão. 
 
. Plástico Sanitário – expressão usualmente empregada para designar peças de utilização e 
outros componentes utilizados em banheiros, cozinhas, áreas de serviço e outros ambientes do 
gênero, fabricados em material plástico. Exemplos: torneiras, registros de pressão e gaveta, válvulas 
de descarga, chuveiros e duchas. 
 
. Ponto de Utilização – extremidade de jusante do sub-ramal a partir de onde a água fria 
passa a ser considerada água servida. Qualquer parte da instalação predial de água fria, a montante 
dessa extremidade, deve preservar as características da água para o uso a que se destina. 
 
. Ramal – tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar os sub-
ramais. 
 
. Ramal Predial – tubulação compreendida entre a rede pública de abastecimento e a 
instalação predial. 
 
. Rede Predial de Distribuição – conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas 
de distribuição, ramais e sub-ramais, ou de alguns destes elementos. 
 
 
 
 
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. Refluxo de Água – escoamento de água ou outros líquidos e substâncias, proveniente de 
qualquer outra fonte, que não a fonte de abastecimento prevista, para o interior da tubulação 
destinada a conduzir água desta fonte. Incluem-se, neste caso, a retrossifonagem, bem como outros 
tipos de refluxo como, por exemplo, aquele que se estabelece através do mecanismo de vasos 
comunicantes. 
 
Registro de Fechamento – componente instalado na tubulação e destinado a interromper a 
passagem da água. Deve ser usado totalmente fechado ou totalmente aberto. Geralmente, 
empregam-se registros de gaveta ou registros de esfera. Em ambos os casos, o registro deve 
apresentar seção de passagem da água com área igual à da seção interna da tubulação onde está 
instalado. 
 
Registro de Utilização – componente instalado na tubulação e destinado a controlar a vazão 
da água utilizada. Geralmente empregam-se registros de pressão ou válvula-globo em sub-ramais. 
 
. Reservatório Inferior - reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação 
elevatória, destinado a reservar água e a funcionar como poço de sucção da instalação elevatória. 
 
. Reservatório Superior – reservatório ligado ao alimentador predial ou a tubulação de 
recalque, destinado a alimentar a rede predial de distribuição. 
 
. Retrossifonagem – refluxo de água usada, proveniente de um reservatório, aparelho 
sanitário ou de qualquer outro recipiente, para o interior de uma tubulação, devido à sua pressão 
ser inferior à atmosférica. 
 
. Separação Atmosférica – separação física (cujo meio é preenchido por ar) entre o ponto de 
utilização ou ponto de suprimento e o nível de transbordamento do reservatório, aparelho sanitário 
ou outro componente associado ao ponto de utilização. 
 
. Sub-Ramal – tubulação que liga o ramal à peça de utilização ou à ligação do aparelho 
sanitário. 
 
. Trecho – comprimento de tubulação entre duas derivações ou entre uma derivação e a 
última conexão da colunade distribuição. 
 
. Tubulação de Limpeza – tubulação destinada ao esvaziamento do reservatório, para 
permitir sua limpeza e manutenção. 
 
. Tubulação de Recalque – tubulação compreendida entre o orifício de saída da bomba e o 
ponto de descarga no reservatório de distribuição. 
 
. Tubulação de Sucção – tubulação compreendida entre o ponto de tomada no reservatório 
inferior e o orifício de entrada da bomba. 
 
. Válvula de Descarga – válvula de acionamento manual ou automático, instalada no sub-
ramal de alimentação de bacias sanitárias ou de mictórios, destinada a permitir a utilização da água 
para suas limpezas. 
 
A figura 1.4 mostra as principais partes constituintes de uma instalação predial de água fria. 
 
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8 
 
Figura 1.4 – Partes constituintes de uma instalação predial de água fria. 
 
 
 
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9 
 
1.6 ESPECIFICAÇÕES DOS TUBOS EMPREGADOS 
 
 
De acordo com a NBR 5626, tanto os tubos como as conexões constituintes de uma 
instalação predial de água fria, podem ser de aço galvanizado, cobre, ferro fundido, PVC rígido ou de 
outros materiais, de tal modo que satisfaçam a condição de que a pressão de serviço não deva ser 
superior a pressão estática, no ponto considerado, somada à sobre pressão devido a golpes de 
aríete. Esses materiais devem ser próprios para a condução de água potável e devem ter 
especificações para recebimento, relativo a cada um deles, inclusive métodos de ensaio. 
 
Segundo a mesma Norma, o fechamento de qualquer peça de utilização não pode provocar 
sobre pressão, em qualquer ponto da instalação, que supere mais de 200 kPa (20 mca) a pressão 
estática neste ponto. A máxima pressão estática permitida é de 40 mca e a mínima pressão de 
serviço é de 0,5 mca. 
 
Os tubos e conexões mais empregados nas instalações prediais de água fria são os de aço 
galvanizado e os de PVC rígido. 
 
Os tubos de aço galvanizado suportam pressões elevadas, sendo por isso muito empregado. 
O valor de referência que estabelece o diâmetro comercial desses tubos é a medida do diâmetro 
interno dos mesmos. 
 
Os tubos de PVC rígido são agrupados em três classes, indicadas pelas pressões de serviço: 
- Classe 12 (6 kgf/cm2 ou 60 mca) 
- Classe 15 (7,5 kgf/cm2 ou 75 mca) 
- Classe 20 (10 kgf/cm2 ou 100 mca) 
 
As normas brasileiras dividem os tubos de PVC em duas áreas de aplicação: 
- Tubos de PVC rígido para adutoras e redes de água (NBR 5647) 
- Tubos de PVC rígido para instalações prediais de água fria (NBR 5648) 
 
Os tubos da NBR 5647 são comercializados com PBA (tubo de ponta, bolsa e anel de 
borracha), PBS (tubo de ponta e bolsa para soldar) e F (Tubo flangeado) que só são usados em 
adutoras, redes de água, redes enterradas de prevenção contra incêndio e em instalações 
industriais. As classes destes tubos são: 12, 15 e 20. 
 
Os tubos referidos na NBR 5648 são destinados às instalações prediais de água fria e são de 
classe 15. Estes tubos podem ser com juntas soldáveis ou com juntas roscáveis e a Tabela 1.1 mostra 
as suas referências e dimensões. 
 
A válvula de descarga é um dispositivo que produz valores elevados de sobre pressão (golpe 
de aríete) na rede em que estiver interligada. Tal fato ocorre porque esta peça, que possui uma 
grande abertura ocasionando velocidades elevadas nas canalizações que a alimenta, causa golpe de 
aríete nas tubulações, devido ao fechamento rápido da mesma. Esses golpes podem romper ou 
causar vazamentos nas canalizações, devendo-se por isso tomar cuidados especiais ao instalar tais 
válvulas. 
 
Atualmente são fabricados dois tipos de válvulas de descargas que permitem minimizar o 
problema do golpe de aríete por elas produzidas: 
 
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10 
. Com fechamento gradativo – modifica-se a manobra de fechamento, fazendo-se com que o 
fluxo de água ocorra paulatinamente durante o tempo de funcionamento da válvula; 
. Com fechamento lento – aumenta-se o tempo de funcionamento da válvula, havendo um 
acréscimo no consumo. 
 
As canalizações que conduzem água fria não poderão ter velocidades superiores nem a 
𝑣 ≤ 14. √𝐷; (𝑣 𝑒𝑚 𝑚 𝑠⁄ 𝑒 𝐷 𝑒𝑚 𝑚) e nem a 2,5 𝑚 𝑠⁄ , a fim de não se produzirem ruídos 
excessivos. 
 
Tabela 1.1 – Diâmetro e dimensões de tubos plásticos. 
 
REFERÊNCIA 
 
TUBOS COM JUNTAS SOLDÁVEIS TUBOS COM JUNTAS ROSCÁVEIS 
φ externo Espessura mínima φ externo Espessura mínima 
médio (mm) das paredes (mm) médio (mm) das paredes (mm) 
½” 20 1,5 21 2,5 
¾” 25 1,7 26 2,6 
1” 32 2,1 33 3,2 
1 ¼” 40 2,4 42 3,6 
1 ½” 50 3,0 48 4,0 
2” 60 3,3 60 4,6 
2 ½” 75 4,2 75 5,5 
3” 85 4,7 88 6,2 
4” 110 6,1 113 7,6 
 
 
1.7 ESTIMATIVA DE CONSUMO DIÁRIO (CD) 
 
 
1.7.1 CONSUMO MÁXIMO DIÁRIO 
 
Trata-se do volume máximo previsto para a utilização no edifício em 24 horas. Serve para 
dimensionamento do ramal predial, do hidrômetro, do ramal de alimentação e dos reservatórios. 
 
O valor do consumo de água depende naturalmente da destinação ou finalidade do prédio 
cuja necessidade de abastecimento se está procurando determinar. 
 
𝐶𝐷 = 𝐶𝑝 . 𝑛 (01) 
 
onde: 
CD é o consumo diário (𝑙 𝑑𝑖𝑎⁄ ); 
n é o número de pessoas, que se encontra na tabela 1.2; 
𝐶𝑝 é o consumo per capita (𝑙 𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎 . 𝑑𝑖𝑎⁄ ), que se encontra na tabela 1.3. 
 
Por exemplo, o CD de um prédio residencial constituído de 10 pavimentos tipo, contendo 4 
apartamentos por pavimento e 2 dormitórios por apartamento, é: 
 
𝐶𝐷 = 10 𝑝𝑎𝑣 . 4 𝑎𝑝𝑡𝑜 . 4 𝑝𝑒𝑠 𝑎𝑝𝑡𝑜⁄ . 200 𝑙 𝑑𝑖𝑎. 𝑝𝑒𝑠⁄ = 32.000 𝑙 𝑑𝑖𝑎⁄ 𝑜𝑢 32 𝑚3 𝑑𝑖𝑎⁄ 
 
 
 
 
 
 
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11 
 
Tabela 1.2 – Taxa de ocupação de acordo com a natureza do local. 
Natureza do local Taxa de ocupação 
Prédio de apartamentos 2 pessoas por dormitório 
Prédio de escritórios de: 
- Uma só entidade locadora 1 pessoa por 7 m2 de área 
- Mais de uma entidade locadora 1 pessoa por 5 m2 de área 
Restaurantes 1 pessoa por 1,5 m2 de área 
Teatros e cinemas 1 cadeira para cada 0,7 m2 de área 
Lojas (pavimento térreo) 1 pessoa por 2,5 m2 de área 
Lojas (pavimentos superiores) 1 pessoa por 5 m2 de área 
Supermercados 1 pessoa por 2,5 m2 de área 
Shopping centers 1 pessoa por 5 m2 de área 
Salões de hotéis 1 pessoa por 5,5 m2 de área 
Museus 1 pessoa por 5,5 m2 de área 
 
Tabela 1.3 – Consumo predial diário 
Prédio Consumo Litros/dia(a) 
1. Serviço Doméstico 
Apartamento 200 per capita 
Apartamento de luxo 300 a 400 por dormitório 
200 por quarto de empregada 
Residência de luxo 300 a 400 per capita 
Residência de médio valor 150 per capita 
Residências populares 120 a 150 per capita 
Apartamento de zelador 600 a 1000 
2. Serviço Público 
Edifícios de escritórios 50 a 80 por ocupante efetivo 
Escolas – internatos 150 per capita 
Escolas – externatos 50 por aluno 
Escolas – semi-internatos 100 por aluno 
Hospitais e casas de saúde 250 por leito 
Hotéis com cozinha e lavanderia 250 a 350 por hóspede 
Hotéis sem cozinha e lavanderia 120 por hóspede 
Lavanderias 30 por kg de roupa seca 
Quartéis 150 por soldado 
Restaurantes 25 por refeição 
Mercados 5 por m2 de área 
Garagens e postos de serviços 100 por auto + 150 por caminhão 
Rega de jardins 1,5 por m2 de área 
Cinemas, teatros e igrejas 2 por lugar 
Cavalariças 100 por cavalo 
Ambulatórios 25 per capita 
Creches 50 per capita 
3. Serviço Industrial 
Fábricas (uso pessoal) 70 a 80 por operário 
Fábricas com restaurante100 por operário 
Usinas de leite 5 por litro de leite 
Matadouros – animal de grande porte 300 por animal abatido 
Matadouros – animal de pequeno porte 150 por animal abatido 
(a) Os valores citados são estimativos, devendo ser definido o valor adequado a cada projeto. 
 
 
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1.7.2 VAZÃO MÁXIMA POSSÍVEL 
 
Trata-se da vazão instantânea decorrente do uso simultâneo de todos os aparelhos 
(descarga total no início do ramal será a soma das descargas em cada um dos sub-ramais). Serve 
para dimensionamento dos ramais de distribuição. É normalmente utilizada em fábricas, creches, 
etc. Seu cálculo é baseado em tabelas. 
 
1.7.3 VAZÃO MÁXIMA PROVÁVEL 
 
Trata-se da vazão instantânea que se pode esperar com o uso normal dos aparelhos. Serve 
para dimensionamento das colunas e dos ramais de distribuição. Existem diferentes métodos que 
poderiam ser utilizados para a determinação dos diâmetros das tubulações através desse critério. O 
método recomendado pela NBR 5626, e que atende ao critério do consumo máximo provável é o 
método dos pesos. 
 
 
1.8 RAMAL PREDIAL 
 
 
De um modo geral, o diâmetro do ramal predial é fixado pelo Serviço Público de Água. A 
norma prevê dois casos para que se possa determinar a vazão do ramal predial. 
 
1.8.1 QUANDO A DISTRIBUIÇÃO FOR DIRETA 
 
O dimensionamento é realizado pelo critério do consumo máximo provável. A vazão é dada 
por: 
𝑄 = 𝐶 . √∑ 𝑃 (02) 
 
onde: 
Q é a vazão em 𝑙 𝑠⁄ ; 
C é o coeficiente de descarga = 0,3 𝑙 𝑠⁄ ; 
∑ 𝑃 é a soma dos pesos correspondentes a todas as peças de utilização alimentadas através do 
trecho considerado, conforme tabela 1.4. 
 
1.8.2 QUANDO A DISTRIBUIÇÃO FOR INDIRETA 
 
Neste caso, a NBR admite que a alimentação seja feita continuamente, durante 24 horas do 
dia, embora, evidentemente, o consumo dos aparelhos varie bastante ao longo desse tempo. Assim, 
a vazão será calculada através da seguinte fórmula: 
 
𝑄 = 
𝐶𝐷
86400
 (03) 
 
onde: 
Q é a vazão em 𝑙 𝑠⁄ ; 
CD é o consumo diário em 𝑙 𝑑𝑖𝑎⁄ . 
 
Uma vez conhecida a vazão do ramal predial, tanto no caso de distribuição direta como na 
distribuição indireta, o serviço público de água deverá ser consultado para a fixação do diâmetro. 
Geralmente, na prática, adota-se para o ramal predial, uma velocidade de 0,6 𝑚 𝑠⁄ , de tal modo a 
resultar um diâmetro que possa garantir o abastecimento do reservatório mesmo nas horas de 
maior consumo. 
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13 
Tabela 1.4 – Pesos relativos nos pontos de utilização. 
Aparelho sanitário Peças de utilização Vazão 
(𝑙 𝑠⁄ ) 
Peso 
relativo 
Bacia sanitária Caixa de descarga 0,15 0,3 
Bacia sanitária Válvula de descarga 1,70 32,0 
Banheira Misturador (água fria) 0,30 1,0 
Bebedouro Registro de pressão 0,10 0,1 
Bidê Misturador (água fria) 0,10 0,1 
Chuveiro ou ducha Misturador (água fria) 0,20 0,4 
Chuveiro elétrico Registro de pressão 0,10 0,1 
Lavadora de pratos ou roupas Registro de pressão 0,30 1,0 
Lavatório Torneira ou misturador (água fria) 0,15 0,3 
Mictório com sifão integrado Válvula de descarga 0,50 2,8 
Mictório sem sifão integrado Caixa/válvula de descarga ou registro de pressão 0,15 0,3 
Mictório tipo calha Caixa de descarga ou registro de pressão 0,15/m 0,3 
Pia Torneira ou misturador (água fria) 0,25 0,7 
Pia Torneira elétrica 0,10 0,1 
Tanque Torneira 0,25 0,7 
Torneira de jardim Torneira 0,20 0,4 
 
1.8.3 LIGAÇÃO DO RAMAL PREDIAL 
 
Quando o assentamento da rede pública de abastecimento de água se fizer após a 
construção do prédio, isto é, trata-se “rede nova”, a ligação pode ser feita com a colocação de um T 
de serviço na própria rede. A ligação do ramal predial é mostrada na figura 1.5. 
 
 
Figura 1.5 – Ramal interno e ramal externo com seus componentes. 
 
Se a rede pública for pré-existente quando o prédio for construído, haverá várias soluções 
para a inserção do ramal externo: 
 
a) Fechar os registros da rede pública, isolando assim o trecho onde será executado o ramal; 
fazer um furo na rede pública, abrindo rosca em seguida. Atarraxar depois o registro de derivação 
(Figura 1.6a). Este, se fechado, possibilita a reabertura dos registros da rede pública enquanto se 
completa a ligação do ramal predial. 
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14 
 
b) Com a rede pública em carga, pode-se usar uma peça que fura, abre rosca e adapta o 
registro de derivação. É necessário que a rede pública esteja em bom estado para possibilitar a 
confecção da rosca (Figura 1.6b). 
 
c) Com a rede pública em carga, porém sem abrir rosca para inserir o registro de derivação. 
Utiliza-se neste caso o colar de tomada (Figura 1.6c) 
 
 
 
 
 
a) Registro de derivação b) Peça para abrir e rosquear c) Colar de tomada 
Figura 1.6 – Instalação do ramal predial. 
 
O hidrômetro pode ser instalado em caixa própria no imóvel abastecido, em local de fácil 
acesso. Em geral, é exigida uma certa disposição para as tubulações, tendo em vista a instalação do 
hidrômetro na posição horizontal, acima da superfície do solo. Para essa instalação, denominada 
cavalete, executa-se um abrigo com determinadas dimensões a uma distância do alinhamento do 
imóvel que não ultrapasse 1,50m, ou caixa padrão fornecida pela empresa de saneamento local, 
com sua instalação no alinhamento frontal do imóvel. As características do ramal predial e do 
hidrômetro estão apresentadas na tabela 1.5. 
 
Tabela 1.5 – Ramais prediais e hidrômetros. 
Diâmetro do 
ramal predial 
(mm) 
Hidrômetro 
Diâmetro do 
cavalete (mm) 
Dimensões do abrigo 
(l x a x p) (m) 
Consumo 
provável 
(𝑚3 𝑑𝑖𝑎⁄ ) 
Vazão nominal 
(𝑚3 ℎ𝑜𝑟𝑎⁄ ) 
20 < 1,0 0,75 20 0,81 x 0,65 x 0,40 
20 3,0 1,5 20 0,81 x 0,65 x 0,40 
25 7,0 3,5 25 0,81 x 0,65 x 0,40 
25 10,0 5,0 25 0,81 x 0,65 x 0,40 
40 - 10,0 40 1,05 x 0,70 x 0,40 
50 - 15,0 50 1,75 x 1,00 x 0,40 
80 - 40,0 80 2,35 x 1,30 x 0,60 
100 - 60,0 100 2,90 x 1,40 x 0,80 
 
 
1.9 RESERVAÇÃO 
 
 
A NBR 5626 recomenda que a reservação total a ser acumulada nos reservatórios superiores 
e inferiores não deve ser inferior do consumo diário e não deve ultrapassar três vezes o mesmo. 
 
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15 
Os reservatórios com capacidade superior a 4000 litros devem ser compartimentados a fim 
de que o sistema de distribuição não seja interrompido durante uma operação de limpeza, pois ao 
se lavar um compartimento, o outro garantirá o funcionamento da instalação. 
 
Geralmente é recomendável a seguinte divisão de volume entre os reservatórios superiores 
e inferiores: 
. volume útil do R.S. = 40% do volume do consumo diário 
. volume útil do R.I. = 60% do volume do consumo diário + volume extra 
 
A reserva de combate a incêndio pode ser feita nos mesmos reservatórios da instalação 
predial de água fria, porém à capacidade para esta finalidade devem ser acrescidos os volumes 
referentes ao consumo. 
 
A função do reservatório inferior é armazenar uma parte da água destinada ao 
abastecimento e deve existir quando: 
. o reservatório superior não puder ser abastecido diretamente pelo ramal alimentador; 
. o volume total a ser armazenado no reservatório superior for muito grande. 
 
Os reservatórios devem ser construídos com materiais de qualidade comprovada e 
estanque. Os materiais empregados na sua construção e impermeabilização não devem transmitir à 
água, substâncias que possam poluí-la. Devem ser construídos de tal forma que não possam servir 
de pontosde drenagem de águas residuárias ou estagnadas em sua volta. A superfície superior 
externa deve ser impermeabilizada e dotada de declividade mínima de 1% no sentido das bordas. 
Devem ser providos de abertura convenientemente localizada que permita o fácil acesso ao seu 
interior para inspeção e limpeza, e dotados de rebordos com altura mínima de 0,05m. Essa abertura 
deverá ser fechada com tampa que evite a entrada de insetos e outros animais e/ou água externa. 
 
Em princípio um reservatório para água potável não deve ser apoiado no solo, ou ser 
enterrado total ou parcialmente, tendo em vista o risco de contaminação proveniente do solo, face 
à permeabilidade das paredes do reservatório ou qualquer falha que implique a perda da 
estanqueidade. Nos casos em que tal exigência seja impossível de ser atendida, o reservatório deve 
ser executado dentro de compartimento próprio, que permita operações de inspeção e 
manutenção, devendo haver um afastamento, mínimo, de 60 cm entre as faces externas do 
reservatório (laterais, fundo e cobertura) e as faces internas do compartimento. O compartimento 
deve ser dotado de drenagem por gravidade, ou bombeamento, sendo que, neste caso, a bomba 
hidráulica deve ser instalada em poço adequado e dotada de sistema elétrico que adverte em casos 
de falha no funcionamento na bomba. 
 
1.9.1 AVISO, EXTRAVASOR E LIMPEZA 
 
Em todos os reservatórios devem ser instaladas tubulações que atendam às seguintes 
necessidades: 
 
a) Aviso aos usuários de que a torneira de boia ou dispositivo de interrupção do 
abastecimento do reservatório, apresenta falha, ocorrendo, como consequência, a elevação da 
superfície da água acima do nível máximo previsto. 
b) Extravasor do volume de água em excesso do interior do reservatório, para impedir a 
ocorrência de transbordamento ou a inutilização do dispositivo de prevenção ao refluxo previsto, 
devido à falha na torneira de boia ou no dispositivo de interrupção do abastecimento. 
 
c) Limpeza do reservatório, para permitir o seu esvaziamento completo, sempre que 
necessário. 
 
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16 
A superfície do fundo do reservatório deve ter uma ligeira declividade no sentido da entrada 
da tubulação de limpeza, de modo a facilitar o escoamento da água e a remoção de detritos 
remanescentes. Na tubulação de limpeza, em posição de fácil acesso e operação, deve haver um 
registro de fechamento. A descarga da água da tubulação de limpeza deve se dar em local que não 
provoque transtornos às atividades dos usuários. 
 
Toda a tubulação de aviso deve descarregar imediatamente após a água alcançar o nível de 
extravasamento no reservatório. A água deve ser descarregada em local facilmente observável. Em 
nenhum caso a tubulação de aviso pode ter diâmetro interno menor que 19 mm. 
 
Quando uma tubulação de extravasamento for usada no reservatório, seu diâmetro interno 
deve ser dimensionado de forma a escoar o volume de água em excesso. Em reservatório de 
pequena capacidade (por exemplo: para casas unifamiliares, pequenos edifícios comerciais, etc.), 
recomenda-se que o diâmetro da tubulação de extravasamento seja maior que o da tubulação de 
alimentação. 
 
O diâmetro da canalização de descarga dos reservatórios é determinado através da 
expressão: 
 
𝑑 = 16,2 . (
𝐴 . ℎ0,5 
𝑡
)
0,5
 (04) 
 
onde: 
A é a área em planta de um compartimento (𝑚2); 
h é a altura inicial de água (𝑚); 
t é o tempo de esvaziamento, em horas (no máximo 2 horas). 
 
1.9.2 DETALHES CONSTRUTIVOS 
 
Os detalhes construtivos do reservatório podem ser observados nas figuras 1.7 a 1.12. 
 
Figura 1.7 – Corte de um reservatório superior. 
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17 
 
Figura 1.8 – Detalhes de um reservatório superior. 
 
 
Figura 1.9 – Planta baixa do reservatório inferior. 
 
 
Figura 1.10 – Corte de um reservatório inferior. 
 
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18 
 
Figura 1.11 – Detalhes das tubulações em reservatórios pré-moldados. 
 
 
Figura 1.12 – Extravasor de um reservatório. 
 
 
1.10 DIMENSIONAMENTO DA INSTALAÇÃO ELEVATÓRIA 
 
 
Uma instalação elevatória consiste no bombeamento de água de um reservatório inferior 
para um reservatório superior ou para um reservatório hidropneumático. A NBR 5626 recomenda 
que, no caso de grandes reservatórios, o tempo de enchimento pode ser de até 6 horas dependendo 
do tipo de edifício. As recomendações são de 4 horas de funcionamento para prédios de escritórios, 
5 horas para prédios de apartamentos e 6 horas para hospitais e hotéis. 
 
As instalações elevatórias devem possuir no mínimo duas motos-bomba independentes para 
garantir o abastecimento de água no caso de falha de uma das unidades. 
 
 
 
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19 
a) Dimensionamento da tubulação de recalque 
Para o dimensionamento da tubulação de recalque, recomenda-se o uso da fórmula de 
Forschheimmer, representada pela Equação 05. 
 
𝐷𝑅 = 1,3 . √𝑄 . (
ℎ
24
)
0,25
 (05) 
 
onde: 
𝐷𝑅 é o diâmetro da tubulação de recalque, em (𝑚); 
Q é a vazão de recalque, em (𝑚3 𝑠⁄ ); 
h é o número de horas de funcionamento do conjunto motobomba, em (ℎ 𝑑𝑖𝑎⁄ ). 
 
A vazão horária de recalque (𝑄𝑟) deverá ser, no mínimo, igual a 15% do consumo diário, 
expressa em 𝑚3 ℎ⁄ . O período de funcionamento durante o dia será função da vazão horária. No 
caso em que 𝑄𝑟 for igual a 15% do consumo diário, o tempo de funcionamento resultará 
aproximadamente a 6,7 horas. 
 
b) Tubulação de sucção 
A tubulação de sucção não é dimensionada. Adota-se simplesmente o diâmetro 
comercialmente disponível, imediatamente superior ao diâmetro de recalque. 
 
c) Extravasores 
Os extravasores, tanto do reservatório superior quanto do inferior, não precisam ser 
dimensionados. Deve-se adotar um diâmetro comercial imediatamente superior ao diâmetro da 
alimentação dos reservatórios. 
 
1.10.1 ESCOLHA DA BOMBA 
 
Para a escolha da bomba, deve-se ter 𝑄𝑟 , 𝐷𝑟 𝑒 𝐷𝑠. Os desenhos em planta e corte fornecerão 
os comprimentos totais (real e equivalente) das canalizações de recalque e sucção. Sendo a altura 
geométrica (𝐻𝑔) o desnível entre o nível mínimo do reservatório inferior e a saída de água do 
reservatório superior, a altura manométrica (𝐻𝑚) do conjunto será: 
 
𝐻𝑚 = 𝐻𝑔 + ∆𝐻𝑟 + ∆𝐻𝑠 (06) 
 
onde: 
∆𝐻𝑟 é a perda de carga total no recalque; 
∆𝐻𝑠 é a perda de carga total na sucção. 
 
Conhecendo-se a altura manométrica do conjunto, pode-se determinar a potência do motor 
através da expressão: 
 
𝑁 = 
𝛾 . 𝑄𝑟 . 𝐻𝑚
75 . 𝜂
 (07) 
 
onde: 
𝑁 é a potência do motor, em CV; 
𝛾 é o peso específico da água, em 𝑘𝑔𝑓 𝑚3⁄ ; 
𝜂 é o rendimento do conjunto elevatório. 
 
 
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20 
Dependendo da potência calculada, a potência do motor deverá ser acrescida dos valores 
apresentados na tabela 1.6. 
 
Tabela 1.6 – Acréscimo na potência do motor. 
Potência calculada (CV) Acréscimo (%) 
Até 2 50 
De 2 a 5 30 
De 5 a 10 20 
De 10 a 20 15 
Acima de 20 10 
 
 
1.11 BARRILETE OU COLAR DE DISTRIBUIÇÃO (MANIFOLD) 
 
 
A ligação da extremidade superior das colunas de distribuição, diretamente ao reservatório 
na cobertura, ofereceria sérios inconvenientes, pois haveria casos em que o reservatório teria 
dezenas dessas inserções, de estanqueidade problemática. O barrilete ou colar de distribuição é a 
solução que se adota para se limitaremas ligações ao reservatório. 
 
1.11.1 SISTEMA UNIFICADO 
 
Do barrilete ligando as duas seções do reservatório partem diretamente todas as 
ramificações, correspondendo cada qual a uma coluna de distribuição. Colocam-se dois registros 
que permitem isolar uma ou outra seção do reservatório. Cada ramificação para a coluna 
correspondente tem seu próprio registro. Desse modo, o controle e a manobra de abastecimento, 
bem como o isolamento das diversas colunas, são feitos num único local da cobertura (Figura 1.13). 
 
 
Figura 1.13 – Barrilete unificado. 
 
 
1.11.2 SISTEMA RAMIFICADO 
 
Do barrilete, tal como foi visto acima, saem os ramais, os quais por sua vez dão origem a 
derivações secundárias para as colunas de distribuição. Ainda nesse caso, na parte superior da 
coluna, ou no ramal do barrilete próximo à descida da coluna, coloca-se um registro (Figura 1.14). 
 
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21 
 
Figura 1.14 – Barrilete ramificado. 
 
1.11.3 DIMENSIONAMENTO DO BARRILETE 
 
O traçado do barrilete depende exclusivamente da localização das colunas de distribuição. 
Apresenta-se a seguir, um roteiro simplificado para o dimensionamento do barrilete: 
 
a) determinar, para cada trecho da coluna, a ∑ 𝑃; 
 
b) calcular a vazão nos trechos da coluna - 𝑄 = 𝐶 . √∑ 𝑃; 
 
Essa é a máxima vazão provável, pois nem todos os aparelhos estão em uso simultâneo. Nos 
casos em que realmente todos os aparelhos funcionam simultaneamente, deve-se dimensionar as 
canalizações através da soma de vazões; 
 
c) com o auxílio da figura 1 do apêndice, escolhe-se o diâmetro de cada trecho; 
 
d) localizar registros no início de cada coluna; 
 
e) determinar a pressão dinâmica mínima no início de cada coluna. Deve-se levar em conta a 
alimentação do aparelho que apresenta a condição mais desfavorável; 
 
f) determinar a ∑ 𝑃 para cada trecho do barrilete e em seguida, as vazões dos respectivos 
trechos; 
 
g) adotar uma perda de carga J = 0,08 m/m. Através deste valor e conhecendo-se a vazão do 
trecho, estimar o seu diâmetro. Para o diâmetro adotado, determinar o J real no trecho; 
 
h) após estimativa dos diâmetros e verificação de que o caso mais desfavorável é atendido, 
determinar a altura mínima da água no reservatório. (Determinar pressões em todas as derivações 
do barrilete); 
 
h) diâmetro mínimo do barrilete = 25mm. 
 
1.11.4 EXEMPLO DE DIMENSIONAMENTO DE BARRILETE 
 
Dimensionar o barrilete de um prédio residencial esquematizado nas figuras 1.15 e 1.16, 
sabendo-se que: a coluna AF1 abastece por pavimento uma pia de cozinha, uma torneira de filtro, 
um tanque de lavar roupa e uma máquina de lavar roupa; a coluna AF2 abastece por pavimento 
uma caixa de descarga, um lavatório, um chuveiro e um bidê; a coluna AF3 abastece por pavimento 
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22 
um lavatório, um bidê, um chuveiro e uma válvula de descarga; a coluna AF4 abastece por 
pavimento dois lavatórios, um bidê, um chuveiro e uma válvula de descarga. O prédio possui dez 
pavimentos e as colunas AF1, AF2, AF3 e AF4 são idênticas as AF1', AF2', AF3' e AF4'. 
 
Distâncias: 
BC = B'C' = 1,0m RX = R'X' = 5,0m 
AB = A'B' = AF = A'F' = 2,0m FG = F'G' = 4,0m 
AX = A'X' = BE = B'E' = FH = F'H' = 3,0m 
 
Figura 1.15 – Planta do barrilete. 
 
 
Figura 1.16 – Isométrico do barrilete. 
a) Cálculo das vazões 
 
. trecho BE abastece a coluna AF4 
∑ 𝑃 da coluna 𝐴𝐹4 = 10 . (2.0,3 + 0,1 + 0,4 + 32) = 331 
𝑄𝐵𝐸 = 0,3 . √331 = 5,46 𝑙 𝑠⁄ 
 
 
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23 
. trecho BC abastece a coluna AF3 
∑ 𝑃 da coluna 𝐴𝐹3 = 10 . (0,3 + 0,1 + 0,4 + 32) = 328 
𝑄𝐵𝐶 = 0,3 . √328 = 5,43 𝑙 𝑠⁄ 
 
 . trecho AB abastece as colunas AF3 e AF4 
∑ 𝑃 da coluna 𝐴𝐹3 + 𝐴𝐹4 = 331 + 328 = 659 
𝑄𝐴𝐵 = 0,3 . √659 = 7,70 𝑙 𝑠⁄ 
 
 . trecho FG abastece a coluna AF2 
∑ 𝑃 da coluna 𝐴𝐹2 = 10 . (0,3 + 0,3 + 0,4 + 0,1) = 11 
𝑄𝐹𝐺 = 0,3 . √11 = 1,00 𝑙 𝑠⁄ 
 
 . trecho FH abastece a coluna AF1 
∑ 𝑃 da coluna 𝐴𝐹1 = 10 . (0,7 + 0,1 + 0,7 + 1,0) = 25 
𝑄𝐹𝐻 = 0,3 . √25 = 1,50 𝑙 𝑠⁄ 
 
 . trecho AF abastece as colunas AF1 e AF2 
∑ 𝑃 da coluna 𝐴𝐹1 + 𝐴𝐹2 = 11 + 25 = 36 
𝑄𝐴𝐹 = 0,3 . √36 = 1,80 𝑙 𝑠⁄ 
 
 . trecho XA abastece as colunas AF1, AF2, AF3 e AF4 
∑ 𝑃 da coluna 𝐴𝐹1 + 𝐴𝐹2 + 𝐴𝐹3 + 𝐴𝐹4 = 328 + 331 + 25 + 11 = 695 
𝑄𝐴𝑋 = 0,3 . √695 = 7,91 𝑙 𝑠⁄ 
 
. trecho R'X' abastece as colunas AF1, AF2, AF3, AF4, AF1', AF2', AF3' e AF4', sendo ele o 
trecho mais desfavorável, pois todo o abastecimento é feito por esse trecho quando o 
compartimento esquerdo do reservatório estiver sendo lavado. 
∑ 𝑃 de todas as colunas = 2 . 695 = 1390 
𝑄𝑅′𝑋′ = 0,3 . √1390 = 11,19 𝑙 𝑠⁄ 
 
b) Diâmetros 
 
. J adotado = 0,08 m/m Diagrama utilizado: Fair-Wipple-Hsiao para tubo galvanizado. (Figura 
2 do apêndice) 
 
. Trecho R'X' 
𝑄 = 11,19 𝑙 𝑠⁄ ; 𝐽 = 0,08 𝑚 𝑚⁄ ; 𝐷 = 3"; 𝐽 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 0,124 𝑚 𝑚⁄ → 𝑒𝑙𝑒𝑣𝑎𝑑𝑜. 
𝑄 = 11,19 𝑙 𝑠⁄ ; 𝐽 = 0,08 𝑚 𝑚⁄ ; 𝐷 = 4"; 𝐽 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 0,030 𝑚 𝑚⁄ . 
 
. Trecho XA 
𝑄 = 7,91 𝑙 𝑠⁄ ; 𝐽 = 0,08 𝑚 𝑚⁄ ; 𝐷 = 3"; 𝐽 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 0,065 𝑚 𝑚⁄ . 
 
. Trecho AB 
𝑄 = 7,70 𝑙 𝑠⁄ ; 𝐽 = 0,08 𝑚 𝑚⁄ ; 𝐷 = 3"; 𝐽 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 0,061 𝑚 𝑚⁄ . 
 
 
. Trecho BE 
𝑄 = 5,46 𝑙 𝑠⁄ ; 𝐽 = 0,08 𝑚 𝑚⁄ ; 𝐷 = 2 1 2⁄ "; 𝐽 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 0,078 𝑚 𝑚⁄ . 
 
. Trecho BC 
𝑄 = 5,43 𝑙 𝑠⁄ ; 𝐽 = 0,08 𝑚 𝑚⁄ ; 𝐷 = 2 1 2⁄ "; 𝐽 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 0,078 𝑚 𝑚⁄ . 
 
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24 
. Trecho AF 
𝑄 = 1,80 𝑙 𝑠⁄ ; 𝐽 = 0,08 𝑚 𝑚⁄ ; 𝐷 = 2"; 𝐽 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 0,029 𝑚 𝑚⁄ . 
 
 
. Trecho FH 
𝑄 = 1,50 𝑙 𝑠⁄ ; 𝐽 = 0,08 𝑚 𝑚⁄ ; 𝐷 = 1 1 2⁄ "; 𝐽 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 0,084 𝑚 𝑚⁄ . 
 
. Trecho FG 
𝑄 = 1,00 𝑙 𝑠⁄ ; 𝐽 = 0,08 𝑚 𝑚⁄ ; 𝐷 = 1 1 2⁄ "; 𝐽 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 0,039 𝑚 𝑚⁄ . 
 
c) Pressões 
(cálculo da perda de carga - tabelas 3 / 4 / 5 do apêndice) 
 
. Cálculo da pressão no ponto A. 
 
Peça Trecho R’X’ (4”) Trecho XA (3”) 
Entrada normal 1,60 
Registro de gaveta aberto 0,70 
Tê de saída lateral 5,49 
Tê de saída bilateral 4,99 
Redução 4” x 3” 0,56 
Comprimento do trecho 5,00 3,00 
Total 12,79 8,55 
 
∆ℎ𝑅′𝑋′ = 0,030 . 12,79 = 0,38 → 𝑃𝑋′ = 5,00 − 0,38 = 4,62 𝑚𝑐𝑎 
 
∆ℎ𝑋𝐴 = 0,065 . 8,55 = 0,56 → 𝑃𝐴 = 4,62 − 0,56 = 4,06 𝑚𝑐𝑎 
 
. Cálculo da pressão no ponto B. 
 
Peça Trecho AB (3”) 
Tê de saída bilateral 4,99 
Comprimento do trecho 2,00 
Total 6,99 
 
∆ℎ𝐴𝐵 = 0,061 . 6,99 = 0,43 → 𝑃𝐵 = 4,06 − 0,43 = 3,63 𝑚𝑐𝑎 
 
. Cálculo da pressão no ponto C. 
 
Peça Trecho BC (2 1/2”) 
Registro de gaveta aberto 0,40 
Curva de 90 1,59 
Comprimento do trecho 1,00 
Total 2,99 
 
∆ℎ𝐵𝐶 = 0,078 . 2,99 = 0,23 → 𝑃𝐶 = 3,63 − 0,23 = 3,40 𝑚𝑐𝑎 
 
 
 
 
 
 
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25 
. Cálculo da pressão no ponto E. 
 
Peça Trecho BE (2 1/2”) 
Registro de gaveta aberto 0,40 
Curva de 90 1,59 
Comprimento do trecho 3,00 
Total 4,99 
 
∆ℎ𝐵𝐸 = 0,078 . 4,99 = 0,39 → 𝑃𝐸 = 3,63 − 0,39 = 3,24 𝑚𝑐𝑎 
 
. Cálculo da pressão no ponto F. 
 
Peça Trecho AF (2 1/2”) 
Redução 3” x 2” 0,34 
Tê de saída bilateral 3,33 
Comprimento do trecho 2,00 
Total 5,67 
 
∆ℎ𝐴𝐹 = 0,029 . 5,67 = 0,16 → 𝑃𝐹 = 4,06 − 0,16 = 3,90 𝑚𝑐𝑎 
 
. Cálculo da pressãono ponto G. 
 
Peça Trecho FG (1 1/2”) 
Redução 2” x 1 ½” 0,28 
Registro de Gaveta 0,30 
Curva de 90 0,95 
Comprimento do trecho 4,00 
Total 5,53 
 
∆ℎ𝐹𝐺 = 0,039 . 5,53 = 0,22 → 𝑃𝐺 = 3,90 − 0,22 = 3,68 𝑚𝑐𝑎 
 
. Cálculo da pressão no ponto H. 
 
Peça Trecho FH (1 1/2”) 
Registro de Gaveta 0,30 
Curva de 90 0,95 
Comprimento do trecho 3,00 
Total 4,25 
 
∆ℎ𝐹𝐻 = 0,084 . 4,25 = 0,36 → 𝑃𝐻 = 3,90 − 0,36 = 3,54 𝑚𝑐𝑎 
 
Obs.: Deve-se ter um valor maior que 2 mca de pressão no início de cada coluna que 
alimenta chuveiros, para que se tenha o valor mínimo de 1 mca no chuveiro do último pavimento. 
 
 
1.12 COLUNAS 
 
 
Os diâmetros das colunas são determinados em função das vazões nos trechos e dos limites 
de velocidades. Uma mesma coluna pode ter dois ou mais trechos com diâmetros diferentes, pois a 
vazão de distribuição diminui à medida que se atinge os pavimentos inferiores. 
 
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26 
As colunas abastecem os pavimentos através das derivações dos sub-ramais. Os limites de 
pressões dos pontos de utilização são mostrados na tabela 1.7. 
 
Tabela 1.7 – Pressões dinâmicas e estáticas nos pontos de utilização, em kPa (a) 
Pontos de utilização para 
Pressão Dinâmica Pressão Estática 
Mínima Máxima Mínima Máxima 
Aquecedor elétrico de alta pressão 5 400 10 40 
Aquecedor elétrico de baixa pressão 5 40 10 50 
Bebedouro 20 40 - - 
Chuveiro de diâmetro nominal 15mm 20 400 - - 
Chuveiro de diâmetro nominal 20 mm 10 400 - - 
Torneira 5 400 - - 
Torneira de bóia p/ caixa de descarga com DN 15 15 400 - - 
Torneira de bóia p/ caixa de descarga com DN20 5 400 - - 
Torneira de bóia para reservatórios 5 400 - - 
Válvula de descarga de alta pressão (B) (B) (C) 400 
Válvula de descarga de baixa pressão 12 - 20 (C) 
(a) 1 kPa = 0,1 mca = 0,01 kgf/cm2; 
(b) O fabricante deve especificar a faixa de pressão dinâmica que garanta vazão mínima de 1,7 𝑙 𝑠⁄ e máxima de 2,4 𝑙 𝑠⁄ 
nas válvulas de descarga de sua fabricação; 
(c) O fabricante deve definir esses valores para a válvula de descarga de sua produção, respeitando as normas específicas. 
 
 
1.13 RAMAIS E SUB-RAMAIS 
 
 
Para se garantir a suficiência do abastecimento de água, deve-se determinar a vazão em 
cada trecho da tubulação corretamente. Isso pode ser feito através de dois critérios: o do consumo 
máximo possível e do consumo máximo provável. 
 
1.13.1 CRITÉRIO DO CONSUMO MÁXIMO POSSÍVEL 
 
Este critério se baseia na hipótese que os diversos aparelhos servidos pelo ramal sejam 
utilizados simultaneamente, de modo que a descarga total no início do ramal será a soma das 
descargas em cada um dos sub-ramais. O uso simultâneo ocorre em geral em instalações onde o 
regime de uso determina essa ocorrência, como por exemplo, em fábricas, escolas, quartéis, 
instalações esportivas etc. onde todas as peças podem estar em uso simultâneo em determinados 
horários. Aplica-se a uma casa em cuja cobertura ou forro exista apenas um ramal que desce 
alimentando as peças nos banheiros, cozinha e área de serviço. É possível que, no caso, funcionem 
ao mesmo tempo a descarga do vaso sanitário, a pia da cozinha e o tanque de lavar roupa, por 
exemplo. 
 
Nesse cálculo a vazão considerada em cada trecho será a soma da vazão de cada aparelho 
que é abastecido pelo trecho considerado. 
 
1.13.2 CRITÉRIO DO CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL 
 
Este critério se baseia na hipótese de que o uso simultâneo dos aparelhos de um mesmo 
ramal é pouco provável e na probabilidade do uso simultâneo diminuir com o aumento do número 
de aparelhos. Este critério conduz a diâmetros menores do que pelo critério anterior. 
 
Existem diferentes métodos que poderiam ser utilizados para a determinação dos diâmetros 
das tubulações através desse critério. O método recomendado pela NBR 5626, e que atende ao 
critério do consumo máximo provável, é o Método da Soma dos Pesos. Este método, de fácil 
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27 
aplicação para o dimensionamento de ramais e colunas de distribuição, é baseado na probabilidade 
de uso simultâneo dos aparelhos e peças. A tabela 1.8 apresenta os diâmetros nominais mínimos 
dos sub-ramais de alimentação para diferentes aparelhos sanitários. 
 
Tabela 1.8 – Diâmetro mínimo dos sub-ramais. 
Pontos de utilização para Diâmetro Nominal 
(mm) Ref. 
Aquecedor de alta pressão 15 ½ 
Aquecedor de baixa pressão 20 ¾ 
Banheira 15 ½ 
Bebedouro 15 ½ 
Bidê 15 ½ 
Caixa de descarga 15 ½ 
Chuveiro 15 ½ 
Filtro de pressão 15 ½ 
Lavatório 15 ½ 
Máquina de lavar louça ou roupa 20 ¾ 
Máquina de lavar roupa 20 ¾ 
Mictório auto-aspirante 25 1 
Mictório não aspirante 15 ½ 
Pia de despejo 20 ¾ 
Pia de cozinha 15 ½ 
Tanque de lavar roupa 20 ¾ 
Torneira de jardim 20 ¾ 
Válvula de descarga 32 (a) 1 ¼ 
(a) Quando a pressão estática de alimentação for inferior a 30 kPa (3 mca), recomenda-se instalar a 
válvula de descarga em sub-ramal com diâmetro nominal de 40 mm (ref. 1 ½”). 
 
O método da soma dos pesos consiste nas seguintes etapas: 
 
a) Numerar a coluna; 
b) Marcar com letras os trechos onde haverá derivação para os ramais; 
c) Somar o peso de todas as peças utilizadas; 
d) Juntar os pesos acumulados por trechos; 
e) Determinar a vazão em l/s, usando a figura 1 do apêndice; 
f) Arbitrar um diâmetro em mm; 
g) Obter a velocidade, em m/s, e a perda de carga, em m/m, conhecidos os diâmetros e a 
vazão através da figura 2 ou 3 do apêndice; caso a velocidade seja superior a 2,5 m/s, deve-se 
escolher um diâmetro maior; 
h) Para saber o comprimento L da tubulação, basta medir na planta, indicando o 
comprimento em m; 
i) O comprimento equivalente é resultante das perdas de carga localizada nas conexões, 
registros, válvulas, etc., e representa um acréscimo no comprimento real; 
j) O comprimento total é a soma do comprimento real com o equivalente; 
k) A pressão disponível no ponto considerado representa a diferença de nível entre o meio 
do reservatório e esse ponto; é medida em metros de coluna de água (mca); 
l) A perda de carga unitária, em mca, é obtida conforme indicado no item j; 
m) A perda de carga total, em mca, é obtida multiplicando-se o comprimento total pela 
perda de carga unitária; 
n) De posse da pressão disponível, calculada no item k, subtraindo-se a perda de carga total, 
tem-se a pressão dinâmica a jusante, em mca. Essa pressão deve ser verificada para cada peça, para 
ver se está dentro dos limites especificados por norma. 
 
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28 
1.13.2 ALTURA DOS PONTOS DE UTILIZAÇÃO 
 
A altura do ponto de utilização para cada aparelho sanitário está indica na tabela 1.9. 
 
Tabela 1.9 – Altura dos pontos de utilização. 
Ponto de utilização Altura (m) 
Válvula de descarga de botão 0,90 a 1,10 
Válvula de descarga de alavanca 0,57 a 0,60 
Caixa de descarga tipo Montana 2,00 a 2,20 
Caixa de descarga embutida 1,30 a 1,40 
Caixa acoplada ao vaso 0,30 
Banheira 0,35 a 0,65 
Bidê 0,15 a 0,20 
Chuveiro 2,00 a 2,20 
Lavatório – torneira de mesa 0,60 
Lavatório – torneira de parede 1,00 
Máquina de lavar louças 0,30 acima da base da máquina 
Máquina de lavar roupas 0,75 
Tanque 1,15 a 1,20 
Filtro tipo talha 2,00 
Filtro de parede 1,00 
Pia de cozinha – torneira de mesa 0,60 
Pia de cozinha – torneira de parede 1,10 a 1,20 
 
 
1.14 PROTEÇÃO DA REDE CONTRA RETROSSIFONAGEM 
 
 
Os aparelhos possíveis de provocar retrossifonagem devem ser instalados em coluna, 
barrilete e reservatório independentes ou podem ser instalados em coluna, barrilete e reservatórios 
comunsa outros aparelhos ou peças, desde que seu sub-ramal esteja protegido por dispositivo 
quebrador de vácuo ou ainda, podem ser instalados em coluna, barrilete e reservatório comuns, 
desde que a coluna esteja dotada de coluna de ventilação, conforme mostra a figura 1.17. 
 
Para os sistemas de distribuição direta ou indireta hidropneumática em redes que possuam 
aparelhos que provocam retrossifonagem, deve-se instalar um quebrador de vácuo no sub-ramal 
que estão interligados a tais aparelhos. 
 
A retrossifonagem pode ocorrer em aparelhos que apresentam a entrada de água potável 
abaixo do plano de transbordamento dos mesmos. Desta forma, devido a um entupimento na saída 
destes aparelhos e ao aparecimento de sub pressões nos ramais ou sub-ramais a eles interligados, 
as águas servidas podem ser introduzidas nas canalizações que conduzem água potável, 
contaminando-a. 
 
Fig. 1.17 – Ventilação para proteção contra retrossifonagem. 
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29 
1.15 APÊNDICE 
 
Tabela 1 – Comprimentos equivalentes em metros de canalização de aço galvanizado e 
conexões de ferro maleável – classe 10 
 
 
 
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30 
 
Tabela 2 – Comprimentos equivalentes em metros para bocais e válvulas. 
 
 
 
Tabela 3 – Comprimentos equivalentes em metros de canalizações de PVC rígido ou cobre. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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31 
Figura 01 – Vazão e diâmetro em função da soma dos pesos. 
 
 
 
 
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32 
Figura 02 – Nomograma para o cálculo da perda de carga em tubulações de aço galvanizado. 
 
Formula de Fair – Whiple – Hsiao 
 
𝐽 = 0,002021 .
𝑄1,88
𝐷4,88
 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑄 (𝑚3 𝑠⁄ ); 𝐷 (𝑚) → 𝐽(𝑚 𝑚⁄ ) 
 
 
 
 
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33 
Figura 03 – Nomograma para o cálculo da perda de carga em tubulações de cobre e plástico. 
 
Formula de Fair – Whiple – Hsiao 
 
𝐽 = 0,0008695 .
𝑄1,75
𝐷4,75
 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑄 (𝑚3 𝑠⁄ ); 𝐷 (𝑚) → 𝐽(𝑚 𝑚⁄ ) 
 
 
 
 
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34 
Figura 04 – Tabela para o auxílio no dimensionamento da rede de distribuição de água fria. 
 
Planilha de cálculo para instalação predial de água fria 
Coluna Trecho 
Pesos 
Q DN V 
Comprimento Pressão 
montante 
Perda de 
carga 
Pressão 
jusante 
Unit. ∑ Real Equiv. Total Unit. Total

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