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Cálculo Diferencial e Integral II Coordenadas Polares Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Clovis Jose Serra Damiano Revisão Técnica: Prof.ª Me. Edmila Montezani Revisão Textual: Prof.ª Esp. Márcia Ota 5 Até o momento, trabalhamos apenas com as coordenadas cartesianas para localizar pontos no espaço, mas existem outras formas de localizar pontos no plano. Assim, vamos trabalhar a definição de coordenada polar, sua representação e como podemos relacionar as coordenadas polares com as coordenadas cartesianas. Por isso, é interessante que você reveja a trigonometria básica para melhor entendimento da unidade. Para ajudá-lo, realize a leitura dos textos indicados, acompanhe e refaça os exemplos resolvidos. Não deixe de assistir, também, à apresentação narrada do conteúdo e de alguns exercícios resolvidos. Finalmente, e o mais importante, fique atento às atividades avaliativas propostas e ao prazo de realização e envio. Nesta Unidade, estudaremos as coordenadas polares e as suas relações com as coordenadas cartesianas. Um ponto no plano tem apenas um par de coordenadas cartesianas (x,y), mas possui infinitos pares de coordenadas polares. Desse modo, leia com atenção a parte teórica. Além disso, os exercícios ajudarão você a sedimentar esses novos conhecimentos. E não se esqueça de aprofundar seus estudos, investigando sobre o assunto na bibliografia indicada. Coordenadas Polares · Introdução · Definindo coordenadas polares · Equações gráficos polares · Coordenadas polares e coordenadas cartesianas 6 Unidade: Coordenadas Polares Contextualização Para determinar as coordenadas cartesianas do ponto abaixo dado em coordenadas polares, é preciso desenvolver a competência necessária para transformá-las em coordenadas cartesianas, usando as relações conhecidas: x = rcosθ y = rsenθ O ângulo 4 π radianos equivale à 45º. O seno e o cosseno de 45º são iguais e valem: 2 2 Coordenadas polares ( 2, ) 4 P π 22 1 2 22 1 2 x y = × = = × = Portanto, em coordenadas cartesianas o ponto P é representado por: P(1,1) 7 Introdução Quando trabalhamos com as coordenadas cartesianas, por convenção, um ponto é sempre representando por um par ordenado P(x,y), por exemplo, se tomarmos o ponto P (3,4). Esse ponto significa que nos deslocaremos 3 unidades à direita a partir da origem, e quatro unidades para cima. Podemos também localizar um ponto, partindo da origem e indo diretamente ao ponto e escrever as coordenadas do ponto em relação ao comprimento do segmento que sai da origem em direção ao ponto e mais o ângulo que ele forma com o eixo polar. Para tanto, é preciso seguir algumas convenções. Olhe na figura 1, o ângulo θ será medido conforme a seta indica, ou seja, no sentido anti-horário. O comprimento do segmento que liga a origem ao ponto nós chamaremos de r. Figura 1 0 1 θ 1 2 2 3 x z 3 4 p (3, 4) = P (r, θ) É possível reescrever as coordenadas desse mesmo ponto, usando essas informações, ou seja: » “r” é a distância que o ponto está da origem. » θ é o ângulo de inclinação do segmento em relação ao eixo x. Caso você não se recorde é interessante rever os conceitos da trigonometria básica. 8 Unidade: Coordenadas Polares Teorema de Pitágoras: 2 2 2 a b c catetoopostosen hipotenusa catetoadjacentecos hipotenusa catetoopostotg catetoadjacente α α = + = = ∝= Voltando à figura 1, verifica-se que, por Pitágoras, é possível calcular r, que é o tamanho do segmento que vai da origem até o ponto P, que no caso é a hipotenusa do triângulo retângulo de catetos com tamanhos 3 e 4 unidades: 2 2 2 2 3 4 25 25 5 r r r r = + = = = Já descobrimos o comprimento do segmento que liga a origem ao ponto P. Nosso próximo passo será achar o ângulo que o segmento forma com o eixo do x. Para solucionar esse problema, usaremos as relações trigonométricas. Voltando à figura 1, conhecemos o cateto oposto ao ângulo θ que mede 4 unidades, e o cateto adjacente ao ângulo θ que mede 3 unidades, portanto: 4tg = 3 Se sabemos que o valor da tangente de θ, com o auxílio de uma calculadora, podemos usar a função inversa da tangente e descobrir qual é o ângulo, cuja tangente é 4 3 : 1 04 53,13 3 arctg ou tg − = Essas duas informações combinadas são chamadas coordenadas polares do ponto P: ( )05, 53,13P 9 Defi nindo coordenadas polares Para definir as coordenadas polares, fixa-se uma origem O chamada de polo e uma semirreta orientada a partir de O (AO) chamada eixo polar. É possível, portanto, localizar qualquer ponto P no plano, associando a esse ponto um par de coordenadas polares (r,θ), em que r é a distância orientada de O a P e θ é o ângulo orientado a partir do eixo polar até o segmento OP. Vide a figura 2. Figura 2 θ 0 r P (r, θ) Eixo polar Origem (pólo) x A trigonometria convencionou que quando medimos um ângulo no sentido anti-horário é positivo, portanto, quando ele assume o sentido horário, ele é negativo. Observe a figura 3 e verifique que um ângulo associado a um ponto não é único. O ponto que está distante das duas unidades da origem poderá ser representado pelas seguintes coordenadas polares: 11 2, 2, 6 6 P ou Pπ π = = − Figura 2 θ = pi/6 θ = 0 0 Eixo polar 11pi 6 x - 11pi 6- pi 6 2,P = 2,P 10 Unidade: Coordenadas Polares Para fixar esses conceitos iniciais, observe os exemplos a seguir: Exemplo 1 Marque os pontos, a seguir, no sistema de coordenadas polares: ( )2, 0oP = Resolução: Qualquer ponto que faça um ângulo de 0o em relação a semirreta OP está contido nesse eixo. Observe, abaixo, que o ponto P está sobre a semirreta OA ou sobre o eixo polar definido pela semirreta OA. P 0 1 2 3 4 5 A ( )32,1 80oQ = Resolução: Observe que, agora, o ângulo OAQ faz ângulo de 180o com o eixo polar, ou seja, saindo da origem em direção a Q, no sentido anti-horário, damos uma volta de 180o. Q -3 -2 -1 0 1 2 A3 3, 2 R π = Resolução: Quando se trabalha com as coordenadas polares, podemos usar a medida do ângulo em graus ou em radianos. No ponto R, a medida do ângulo (90o) foi dada em radianos. O ponto R, portanto, estará contido em uma semirreta distante 3 pontos da origem e fazendo um ângulo de 90o ou 2 π radianos com o eixo polar. 3 2 1 0 A R 11 Exemplo 2 Marque o ponto 3, 2 P π = . Resolução: O exercício informa que o ponto P está a uma distância de 3 unidades da origem e que forma um ângulo de 270o (o mesmo que 3, 2 π rad) a partir do eixo polar. Para transformar graus em radianos e vice-versa, usamos a seguinte relação: 0180π → Para transformar, basta colocar informações iguais embaixo uma da outra e aplicar a regra de 3 para resolver o problema. Exemplo: Quanto mede 900? 0 0 0 0 180 90 90 . 180 2 x x rad π π π → → × = = Determinando coordenadas polares Exemplo: Determine todas as coordenadas polares do ponto 2, 6 P π Solução: O primeiro passo é esboçar o eixo polar do sistema de coordenadas cartesianas e uma semirreta a partir da origem que forme um ângulo de 6 π radianos (300) com o eixo polar e marca-se o ponto 2, 6 P π . (Figura 4). Figura 4 0 Eixo polar x pi 6 5pi 7pi/6 -5pi/6 6- -pi 6 2, = 2, 7pi 6 -= etc. 2, 12 Unidade: Coordenadas Polares O ponto 2, 6 P π tem infinitos pares de coordenadas polares. Para r = 2, os ângulos são: , 2 , 4 , 6 , 8 , 6 6 6 6 6 π π π π πθ π π π π=± ± ± ± … Para r = -2, os ângulos são: 5 5 5 5 5, 2 , 4 , 6 , 8 , 6 6 6 6 6 π π π π πθ π π π π= − − ± − ± − ± − ± … Os pares correspondentes de coordenadas polares de P são: 2, 2 6 nπ π + Sendo n= ±1,±2 ,±3…) e 52, 2 6 nπ π − + Sendo n= ±1,±2 ,±3…) e As coordenadas polares podem ter valores negativos de r. Há problemas em que se deseja que r seja negativo e, por essa razão, usamos a distância orientada na definição de P=(r,θ). O ponto 7 2, 6 P π pode ser obtido girando 7 6 π radianos no sentido anti-horário a partir do eixo polar e caminhando 2 unidades para frente, mas ele também pode ser alcançado girando 6 π radianos no sentido anti-horário e voltando 2 unidades, ou seja, o ponto P tem as coordenadas polares 2, 6 P π − . (Figura 5). Figura 5 7pi/6 pi/6 θ = pi/6 θ = 0 x 0 pi 6 7pi 6 7pi 6 2, θ = P = -2,P 13 Equações gráfi cos polares Se mantivermos fixo o valor de r : r = a ≠ 0, isto implica que o ponto dado pelas coordenadas polares P(r,θ) estará a uma distância de |a| da origem O. Conforme o ângulo θ varia em qualquer intervalo de comprimento 2π (uma volta), o ponto P descreverá um círculo de raio |a| centrado na origem. (Figura 6). Figura6 x 0 |a| r = a Quando se mantém θ fixo (θ = θ0) em um valor constante e faz-se r variar entre -∞ e ∞, o ponto P(r,θ) traça uma reta que passa pela origem e forma um ângulo de θ0 com o eixo polar. Equação Gráfico r = a Círculo de raio |a| centrado na origem. θ = θ0 Reta que contém O e forma um ângulo θ0 com o eixo polar. Determinando equações polares para gráficos. a. 1 1r e r= = − Ambas são equações para o círculo de raio 1 centrado na origem. b. 7 5 6 6 6 π π πθ = = = − No item b, temos equações de reta; aliás, da reta descrita na figura 5. É possível combinar as equações da forma r = a e θ=θo para definir regiões, segmentos e semirretas. Exemplo: Desenhe o conjunto de pontos, cujas coordenadas polares satisfazem as seguintes condições: a. 1 2 e 0 2 r πθ≤ ≤ ≤ ≤ 14 Unidade: Coordenadas Polares O tamanho de r está compreendido entre 1 e 2 e pode ser todos ao ângulos contidos no intervalo de zero graus a noventa graus. (Figura 7) Figura 7 x 0 1 2 y 1 ≤ r ≤ 2,0 ≤ θ ≤ pi2 b. 3 2 e 4 r πθ− ≤ ≤ = O gráfico é uma reta que de comprimento de -3 até 2 e que forma um ângulo de 4 π radianos com o eixo polar. (Figura 8) Figura 7 y -3 ≤ r ≤ 2 x 0 2 3 pi 4 pi 4 θ = , Coordenadas polares e coordenadas cartesianas Quando se usa as coordenadas cartesianas e as coordenadas polares em um único plano, coloca-se as duas origens juntas e faz-se o eixo polar coincidir com o eixo positivo das abscissas (eixo x) dos sistema de coordenadas cartesianas. Feito isso, a semirreta dada por 2 πθ = , r>0 ficará sendo o eixo das ordenadas (eixo y) do sistema cartesiano. (Figura 9). 15 Figura9 Origem comum Eixo polar0 x x y y r P(x, y) = P(r, θ) θ = 0, r > 0 raio θ = pi 2 θ Portanto, os dois sistemas de coordenadas estão relacionados pelas seguintes equações: 2 2 2 cos x r y r sen x y r θ θ = = + = As duas primeiras equações determinam as coordenadas cartesianas x e y quando são dadas as coordenadas polares r e θ. Quando x e y é dado, a terceira equação fornece duas possíveis escolhas de r, ou sejam um valor positivo ou um valor negativo. Para cada seleção, há um único θϵ [0, 2π] que satisfaz as duas primeiras equações, e cada uma, portanto, fornece uma representação em coordenadas polares do ponto cartesiano (x,y). As outras representações do ponto em coordenadas polares podem ser obtidas a partir dessas duas. Vamos aprender a converter coordenadas cartesianas em coordenadas polares. Determine uma equação polar do círculo x2+(y - 3)2=9. O primeiro passo será expandir (y - 3)2, e, para isso, usaremos o produto notável quadrado de uma diferença: (a - b)2 = a2 -2ab + b2. ( ) ( ) 2 2 2 2 2 3 2. .3 3 3 6 9 y y y y y y − = − + − = − + 16 Unidade: Coordenadas Polares Vamos reescrever a equação com esse termo expandido: 2 2 6 9 9.x y y+ − + = Perceba que o 9 se cancela, basta passar um deles para o outro membro da equação, portanto, a equação ficará apenas: 2 2 6 0.x y y+ − = Vimos que: 2 2 2 x y r y r senθ + = = Substituindo: 2 6 0r r senθ− = Colocando r em evidência: 2 6 0r r senθ− = Temos um produto com dois fatores, cujo resultado é zero, portanto, ou r = 0 Ou ( )6 0r r senθ− = Grifado em amarelo, temos as duas equações polares equivalentes à equação cartesiana x2 + (y - 3)2 = 9. Também é possível converter coordenadas polares em coordenadas cartesianas. Exemplo 1 Substitua a equação polar r cos θ = -4 por uma equação cartesiana equivalente. Solução: Usar as relações conhecidas e fazer a substituição. Lembre-se que x = r cosθ Portanto: x = -4 17 Exemplo 2 Substitua a equação cartesiana r2 = 4r cosθ por uma equação polar equivalente. Solução: Usar as relações conhecidas e fazer a substituição. Lembre-se que: x = r cosθ x2 + y2 = r2 Portanto, fazendo as substituições teremos: 2 2 2 2 2 4 cos 4 4 0 r r x y x x y x θ= + = + − = Para resolver, vamos usar o método de completar o quadrado: ( ) 2 2 2 2 2 2 4 0 2 4 4 2 4 x x y x x y x y − + = − + + = − + = Método de completar quadrados Esse método é usado como uma forma de resolver equações quadráticas, ou no nosso caso, o objetivo será transformar uma equação normal em uma equação geral. Passo a passo para resolver: Completar o quadrado de: x2 + y2 - 2x + 4y - 4. Juntar as variáveis semelhantes e separar das constantes. Observe que o número 4 foi passado para o outro lado da igualdade com o sinal trocado. x2 - 2x + y2 + 4y = 4 Vamos recordar também como se calcula o produto notável: (a±b)2 = a2 ± 2ab + b2 Isso que usaremos para completar o quadrado. Vamos reescrever o que tem x e y como um trinômio quadrado perfeito. x2 - 2x+(Đ) + y2 + 4y + (Đ) = 4 Veja o termo do centro é 2ab; portanto, se dividirmos 2ab por 2 restará apenas ab. O número encontrado deve ser elevado ao quadrado e completar o quadradinho vazio. Vamos tomar o termo central da expressões dividir por 2 e elevar ao quadrado. 18 Unidade: Coordenadas Polares ( ) ( ) 2 2 2 2 2 1 1 1 4 2 2 2 4 x x y y − → ÷ =− − = → ÷ = = Substituir os valores encontrados nos “quadradinhos vazios”. ( ) ( )2 22 1 4 4 4x x y y− + + + + = Se acrescentou-se 1 e 4 de um lado da igualdade, temos de somar o mesmo valor do outro lado: 2 2 2 2 2 1 4 4 4 1 4 2 1 4 4 9 x x y y x x y y − + + + + = + + − + + + + = Para terminar, basta reescrever os termos na forma (a±b)2: ( ) ( ) 22 22 2 1 1 4 4 2 x x x y y y − + = − + + = + Portanto: ( ) ( )2 21 2 9x y− + + = Exercícios de Fixação Exercício 1 Represente as coordenadas cartesianas do ponto 7(2, ) 3 A π . Resolução: Para transformar as coordenadas polares de A em coordenadas cartesianas, usaremos as relações já conhecidas: x = r cosθ y = r sen θ Portanto: 72 3 72 3 x cos y sen π π = × = × Precisamos verificar qual é a primeira determinação positiva do ângulo em questão: 7 3 π . 19 7 2 3 7 6 3 3 π π π π π − − = O ângulo 3 π é o mesmo que 60º, o seno e cosseno de 60º valem 3 1 2 2 e respectivamente, portanto: 12 1 2 32 3 2 x y = × = = × = Portanto, as coordenadas cartesianas de A são: A( 3,1) Vamos relembrar da Trigonometria o queé a primeira determinação positiva de um ângulo e o que são arcos côngruos. Arcos côngruos são aqueles que estão localizados em um mesmo ponto do Ciclo Trigonométrico. Se marcarmos o ponto P no Ciclo Trigonométrico como sendo o ponto que faz uma ângulo de 450 com o eixo das abscissas (eixo do x). Se a partir ponto ponto P dermos uma volta de 3600, esse novo ponto coincidirá com o ponto P, ou seja, ele terá dado por um volta completa mais 450, formando, então, um ângulo de 4050 com o eixo x. Sempre que dermos uma volta completa, o novo ponto sempre coincidirá com o ponto P. Chama-se de primeira determinação positiva ao ângulo ∝: 0 00 360≤ ∝ ≤ Para saber qual é a primeira determinação positiva, basta dividir o ângulo por 360. O resto dessa divisão será a primeira determinação positiva. Exemplo: Qual é a primeira determinação positiva do ângulo de 4050? 405 360 1 45restode ÷ = + Portanto: 450 é primeira determinação positiva do ângulo 4050, ou seja, damos uma volta a partir da origem e nos deslocamos mais 450 no sentido anti-horário. Para fazer o cálculo em radianos, pense da seguinte forma: Qual é a primeira determinação ângulo 12 5 π : Busque o maior número do numerador que seja divisível 5; no caso, é o número 10 e reescreva: 20 Unidade: Coordenadas Polares 12 10 2 22 5 5 5 5 π π π ππ= + = + Portanto, a primeira determinação positiva do ângulo 12 2 . 5 5 éπ π Uma última informação importante é que dois arcos são côngruos quando a diferença entre eles é um múltiplo de 2π. Exercício 2 Substitua a equação polar r cosθ = 2pela sua equação cartesiana equivalente. Resolução: Vamos continuar usando as relações conhecidas. Sabe-se que: x = r cosθ Basta substituir: r cosθ = 2 x = 2 Exemplo 3 Substitua a equação cartesiana x = 7 pela equação polar equivalente. Resolução: Sabe-se que: x = r cosθ Substituindo: r cosθ = 7 Exemplo 4 Determine os pontos do plano que satisfazem a equação: r = 6 cosθ. Resolução: O que se pede é a equação na forma cartesiana. Vamos retomar as relações estabelecidas anteriormente: x = r cosθ y = r sen θ x2 + y2 = r2 Veja que podemos manipular essas equações algebricamente de acordo com a nossa conveniência para resolver o problema. Temos a seguinte equação: 21 r = 6 cosθ Manipulando as equações conhecidas, podemos reescrevê-las das seguintes formas: 2 2r x y= + 2 2 cos cosx x r x y θ θ= → = + Fazendo as substituições, teremos: r = 6 cos θ 2 2 2 2 6 xx y x y + = + Multiplicando os dois lados da igualdade por 2 2r x y= + : 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 6 6x xx y x y x y x y x y x y x y x y + × + = × + + × + = × + + + Passar todas as variáveis para um único lado: x2 + y2 - 6x = 0 Para concluir, teremos de utilizar o método de completar o quadrado: x2 - 6x + (Đ) + y2 = 0 6 ÷ 2 = 3 → (3)2 = 9 Completando: x2 - 3x . 2 + (9) + y2 = 0 + 9 Voltado parta a forma (a - b)2: (x - 3)2 + y2 = 9 E equação obtida é a equação de um círculo de centro (3,0) e raio 3. 22 Unidade: Coordenadas Polares Material Complementar Para aprofundar seus estudos sobre coordenadas polares, sugiro uma leitura de qualquer um dos livros textos da bibliografia no assunto em questão. Explore Outras indicações: » https://goo.gl/cVjmxs » https://youtu.be/acbOnil9WK8 23 Referências DEMANA, Franklin D.; WAITS, Bert K.; FOLEY, Gregory D.; KENNEDY, Daniel. Pré-Cálculo. 2 ed. São Paulo: Pearson, 2013. FLEMMING, Diva Marília; GONCALVES, Miriam Buss. Cálculo A: funções, limite, derivação, integração. 6 ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. STEWART, James. Cálculo 6. Ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010. THOMAS JR., George B Et Al. Cálculo (de) George B. Thomas Jr. 12 ed. São Paulo: Addison-Wesley, 2003. GUIDORIZZI, Hamilton Luiz. Em curso de cálculo. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001-2002
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