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LIBRAS HOJE 2019 un2 FINAL FINAL

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C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. 
Núcleo de Educação a Distância. NOGUEIRA, Clélia Maria Ignatius; SCHMITT, Beatriz Dittrich; 
NOGUEIRA, Beatriz Ignatius; CARNEIRO, Marília Ignatius Nogueira.
Libras. 
Clélia Maria Ignatius Nogueira; Marília Ignatius Nogueira Carneiro; Beatriz Ignatius Nogueira; Bea-
triz Dittrich Schmitt.
Reimpressão - 2019 
Maringá - PR.: UniCesumar, 2018. 
30 p. 
“Graduação - EaD”. 
1. Libras 2. Língua de Sinais. EaD. I. Título. 
FICHA CATALOGRÁFICA
CDD - 370
CIP - NBR 12899 - AACR/2
ISBN 978-85-459-1123-4
Bibliotecário: João Vivaldo de Souza CRB- 9-1679
Conhecer aspectos históricos das línguas de sinais.
Compreender a Libras como a língua dos surdos brasileiros.
Conhecer os principais aspectos sintáticos e morfológicos da Libras.
Favorecer a difusão da Libras.
Conhecer classificadores em Libras.
Libras? Que língua é essa?
Estrutura da Libras
Aspectos linguísticos da Libras: noções gerais
Componentes não manuais da Libras
Classificadores em Libras
Objetivos de Aprendizagem
Plano de Estudo
Aspectos Gerais da Libras
4
Introdução
O fato de não ouvir não impede o ser humano de adquirir uma língua nem de desenvol-
ver sua capacidade de representação, porém, faz o deficiente auditivo criar uma maneira 
própria de se comunicar, utilizando uma língua de natureza visomotora. No caso dos 
surdos brasileiros, essa língua é denominada Língua Brasileira de Sinais (Libras) que, por 
sua vez, será o tema central desenvolvido nestas aulas.
A língua de sinais é uma língua com condições de proporcionar não apenas a comuni-
cação efetiva entre os surdos como, também, a expressão de sentimentos; a composição 
de poesias; a discussão filosófica, enfim, um idioma completo. Contudo, apesar de sua 
complexidade, muitas pessoas erroneamente acham que a Libras consiste em mímicas. 
Assim, é válido ressaltar que há muitas interpretações equivocadas sobre as línguas de 
sinais, principalmente devido às suas características icônicas (uma representação da rea-
lidade, por ícones).
Esta disciplina não vai tornar você fluente em Libras, mesmo porque esse nem se-
quer é o objetivo dessa Pós-Graduação. Entretanto, como se trata de um curso que 
enfatiza a educação especial, a educação dos surdos também é contemplada e, con-
sequentemente, a Libras passa a ser um conteúdo obrigatório em qualquer curso com 
essas características.
Assim, nossos principais objetivos ao longo dessas aulas e são: abordar aspectos 
relacionados à Libras, sobretudo relacionado às suas características linguísticas, situar 
sobre os estudos em torno desse tema, abordar aspectos fonológicos e linguísticos dela, 
bem como tratar sobre os componentes não manuais e os classificadores utilizados na 
língua de sinais. Para isso, nestes estudos apresentaremos a Libras em seus aspectos 
gerais e linguísticos, incluindo um importante elemento dessa língua: os classificadores.
Pronto(a) para começar os estudos e as reflexões? Então, boa leitura e bons estudos!
Libras? 
Que Língua é Essa?
A língua de sinais foi mundialmente reconhecida como uma verda-
deira língua na década de 1960. Embora mais de 50 anos tenham 
se passado, no Brasil, mesmo após a promulgação da Lei Federal 
n. 10.436/2002 (BRASIL, 2002), ainda é necessário afirmar e rea-
firmar essa legitimidade. Mas por que insistir tanto nesta questão 
de que Libras é uma língua? Afinal, o que isto significa? Língua e 
linguagem é a mesma coisa? O surdo “fala” em Libras? Este é o tema 
da aula, e convidamos você a acompanhar-nos nesta reflexão.
6
Por linguagem, designamos o sistema abstrato, articulado, fenômeno universal, inde-
pendentemente da situação cultural, que diferencia o ser humano das demais espé-
cies. A língua designa o sistema abstrato, articulado utilizado por um grupo ou uma 
comunidade específica, por exemplo, a língua portuguesa. O modo particular e indi-
vidualizado de exercitar a língua é o que denominamos de fala. Bastos e Candiotto 
(2007, p. 15) enaltecem que “a fala é o exercício material da língua levado a cabo por 
este ou aquele indivíduo pertencente a uma comunidade linguística específica”. Para 
esses autores, a linguagem é a capacidade de o ser humano se comunicar com os se-
melhantes por meio de signos.
Considerando então só o que estabelecemos anteriormente, é possível admitir que 
a Libras é uma língua, porque permite que a comunidade surda exerça sua capacidade 
de comunicação. Ainda mais: se a fala é o modo de um elemento de uma comunidade 
linguística exercitar sua língua, o surdo fala em Libras. Mas, não foram considerações 
simplistas como as que fizemos anteriormente que permitiram afirmar que a Libras é 
uma língua. Para isso, necessitamos de uma sustentação científica que teve início com 
os estudos descritivos do linguista americano William Stokoe em 1960. Antes disso, as 
línguas de sinais não eram vistas como uma língua verdadeira, com gramática própria.
Em 15 de abril de 1929 foi fundado, na cidade de Campinas (SP), o Instituto 
Santa Terezinha, a primeira escola do Brasil em regime de internato exclusi-
vamente para meninas surdas. Em 18 de março de 1933 o Instituto foi trans-
ferido para a cidade de São Paulo e permaneceu até 1970 como internato 
feminino, quando então mudou o modelo e passou a funcionar em regime de 
externato para meninos e meninas surdos. Existe até hoje, se constituindo em 
modelo de escola bilíngue.
Fonte: Mazzotta (2017).
fatos e dados
7
Características da Libras
Para legitimar a Libras como língua/idioma realizaram-se muitos estudos. Alguns deles reve-
laram que as línguas de sinais eram verdadeiras línguas, pois possuem léxico (vocabulário), 
semântica (gramática) e morfologia, isto é, regras para a criação de novos sinais, preenchen-
do majoritariamente os requisitos que a linguística exigia para línguas orais. Acrescenta-se 
que muitos estudos eram sustentados geralmente na linguística contrastiva que faz a com-
paração entre duas ou mais línguas a fim de identificar similaridades e diferenças estruturais 
entre as línguas. Essa comparação é feita nos níveis fonológico, morfológico, sintático e 
semântico. Vejamos cada um desses níveis na figura 1, a seguir.
Figura 1- Níveis componentes da língua
Fonte: as autoras.
A Libras também possui suas unidades mínimas distintivas, os quiremas (que na língua oral 
são os fonemas), que combinados produzem unidades significativas, os sinais, que obede-
cem a regras para constituir frases, que combinadas produzem contextos. Utilizamos aqui 
propositadamente a palavra contextos, porque a Libras é uma língua falada e a palavra texto 
remete à produção escrita. Ao se estabelecerem comparações entre a língua portuguesa e 
a Libras, percebemos uma série de diferenças, das quais destacamos no quadro 1 a seguir.
8
Quadro 1- Diferenças entre a Libras e a língua portuguesa
1) A Libras é visual-espacial, e a língua portuguesa é oral-auditiva.
2) A Libras é baseada nas experiências visuais das comunidades surdas mediante as 
interações culturais surdas, já a língua portuguesa se baseia em sons.
3) A Libras apresenta sintaxe espacial incluindo os chamados classificadores. A língua 
portuguesa possui sintaxe linear por meio de descrição para captar o uso de classifi-
cadores.
4) A Libras utiliza a estrutura tópico-comentário, em que o objeto direto é posicionado 
na frente do sujeito, que é uma construção elaborada e perfeita para o português 
brasileiro.
5) A Libras utiliza a estrutura de foco, ou seja, destaca a parte mais importante da 
conversa por meio de repetições sistemáticas. Esse processo não é comum na língua 
portuguesa.
6) A Libras utiliza as referências anafóricas, isto é, sobre quem se está falando, mos-
trando ou indicando pontos específicosno espaço, o que exclui ambiguidades que 
são possíveis na língua portuguesa. Dito de outra forma, a Libras usa apontações 
para indicar um referente e isso não a torna livre de ambiguidades como as existen-
tes na língua portuguesa.
7) A Libras não tem marcação de gênero, isto é, não tem sinais diferentes para femini-
no e masculino. Na língua portuguesa o gênero é marcado (e às vezes redundantes). 
Exemplo: em “A MULHER é professora” reforça o feminino.
8) A Libras atribui um valor gramatical às expressões faciais. As expressões faciais não 
são importantes na língua portuguesa, apesar de poderem ser substituídas pela pro-
sódia, que significa a pronúncia correta das palavras com acentuação ou intensidade.
9) Coisas que são ditas em Libras não são ditas usando o mesmo tipo de construção 
gramatical na língua portuguesa. Assim, às vezes uma grande frase é necessária para 
dizer poucas palavras em uma ou outra língua.
10) A escrita da língua de sinais, denominada Signwriting não é alfabética.
Fonte: as autoras.
É possível ressaltar que cada língua possui suas particularidades. No caso da dos surdos, a 
linguagem ocorre por meio de sinais.
9
Estudos Sobre Língua de Sinais
Os estudos de Stokoe (1960; 2005) mostraram que os sinais não eram apenas imagens, mas 
símbolos abstratos complexos, com uma complexa estrutura interior. Stokoe (1960; 2005) 
estabeleceu que cada sinal era composto por três parâmetros básicos: a configuração das 
mãos (CM), o movimento das mãos (M) e o ponto de articulação (PA) ou Locação (L), que é 
o lugar do espaço onde elas se movem. A partir da década de 1970, foram aprofundados os 
estudos fonológicos sobre a língua de sinais americana (American Sign Language) dos quais 
resultou a descrição de um quarto parâmetro: a orientação (O). Um parâmetro básico ou 
primário são componentes de uma palavra (no caso das línguas orais) ou de um sinal, que, se 
for alterado, altera o significado da palavra ou sinal.
Gesser (2009, p. 15) atenta para o fato de que há elementos de contrastes lexicais que 
podem modificar o sentido das palavras. No caso das línguas orais, as palavras pata e rata 
se diferenciam por um fonema (alteração da letra /p/ por /r/). Em Libras isso também pode 
ocorrer, por exemplo nos sinais das palavras “grátis e amarelo (que se opõem quanto à CM), 
churrascaria e provocar (diferenciados pelo M), ter e Alemanha (quanto à L)”.
Estrutura 
da Libras
A orientação das mãos (O) é importantíssima e diferen-
cia o significado em pares mínimos que possuem CM, 
M e PA iguais, como ajudar e ser ajudado; eu pergun-
tar e me perguntar, eu responder e responder para mim 
etc. O parâmetro O não apenas é utilizado na flexão 
de verbos, como também para a marcação de negativas 
como querer e não querer; gostar e não gostar etc.
Alguns estudiosos consideram ainda, como parâmetros 
da língua de sinais, aspectos não manuais, as expressões 
faciais e corporais que são muito utilizadas pelos surdos 
para produzir informações linguísticas. No caso das lín-
guas de sinais, as expressões faciais (movimento de ca-
beça, olhos, boca, sobrancelhas, bochechas) não servem 
apenas para complementar informações, são elementos 
gramaticais que compõem a estrutura da língua.
Nestes estudos vamos abordar aspectos históricos e 
fonológicos da Libras, elencando os mais importantes 
para você se situar e aprofundar as pesquisas.
11
As línguas de sinais são visual-espaciais (ou 
espaço-visual), pois a informação linguística é 
recebida pelos olhos e produzida pelas mãos.
Os elementos mínimos constituintes da língua 
de sinais são processados simultaneamente e 
não linearmente, como ocorre na língua oral.
Os articuladores primários das 
línguas de sinais são as mãos, que 
se movimentam no espaço em 
frente do corpo e articulam sinais 
em determinadas locações nesse 
espaço. Entretanto, os movimen-
tos do corpo e da face também 
desempenham funções.
Um mesmo sinal pode ser produzido pela mão esquerda ou direita.
Um sinal pode ser ar-
ticulado com uma ou 
duas mãos. No caso 
de uma mão, a articu-
lação ocorre pela mão 
dominante.
11
Aspectos Fonológicos da Libras 
Quadros e Karnopp (2004) apresentam uma análise linguística da Língua Brasileira de 
Sinais. De acordo com esse estudo, alguns dos aspectos fonológicos da Libras são:
12
Aspectos Históricos Relacionados à Libras
A comunicação com as mãos não se iniciou com os surdos nem é exclusividade deles. De 
fato, a língua de sinais não começou com os surdos, pois, de acordo com Vygotsky, os ho-
mens pré-históricos se comunicavam por meio de gestos e apenas quando começaram a 
utilizar ferramentas, ocupando as mãos, é que começaram a utilizar a comunicação oral. 
Portanto, antes de utilizarem a palavra, os seres humanos utilizavam as mãos para interagir, 
demonstrando a naturalidade da comunicação por sinais. Pode-se dizer que o processo in-
verso, isto é, a passagem da língua oral para a manual foi reinventado pelo homem, sempre 
que necessário e não apenas no caso dos surdos.
De forma pontual, Reily (2004) aborda a existência de diversas linguagens manuais cria-
dos em diferentes momentos da história para possibilitar a comunicação e a interação em 
situações em que a fala era inviável, proibida ou impossível em contextos variados. Acres-
centa ainda o sistema de códigos gestuais desenvolvido por mergulhadores de modo 
que pudessem se comunicar debaixo d´água, onde a fala é inviável. Contudo, 
salienta que esses gestos carecem de treinos de modo que essas formas 
de comunicação sejam assimiladas pelos mergulhadores a fim 
de garantir a segurança no meio líquido (REILY, 2004).
13
No Brasil, Lucinda Ferreira Brito iniciou seus estudos linguísticos em 1982 sobre a língua de 
sinais dos índios Urubu-Kaapor da floresta amazônica brasileira, após um mês de convivência 
com eles. Documentando em filme sua experiência, constatou que se tratava de uma legítima 
língua de sinais. Destaca-se que, no caso dos Urubu-Kaapor, os ouvintes da aldeia “falam” a 
língua de sinais e a língua oral, evidentemente, ao passo que os surdos se restringem à língua de 
sinais. Assim, os ouvintes da aldeia se tornam bilíngues, já os surdos se mantêm monolíngues.
De acordo com Reily (2004), os indígenas do planalto americano também desenvolve-
ram uma língua de sinais para estabelecer uma comunicação entre tribos distintas, que não 
falavam a mesma língua, e precisavam de uma forma convencional de comunicação. Assim, 
criaram, ao longo do tempo, um conjunto de sinais bastante eficiente, com o qual conse-
guiam realizar alianças e comércios.
atenção
Ainda hoje, ouvintes tentam diminuir os surdos para que vivam isolados e tendo 
de assumir a cultura ouvinte; ser “normal” para a sociedade significa ouvir e falar 
oralmente. Os ouvintes não prestam atenção aos surdos que se comunicam por 
meio da Libras. E você, o que pensa a respeito dos surdos?
Fonte: Strobel (2016).
Um sistema de sinais também foi desenvolvido no período medieval por monges na Europa, 
que faziam o voto do silêncio. Ainda hoje algumas comunidades de monges comunicam-se 
por gestos em suas atividades cotidianas no mosteiro.
Aspectos 
Linguísticos da 
Libras: Noções 
Gerais
A Libras tem sua estrutura gramatical organizada a 
partir de cinco parâmetros que estruturam sua forma-
ção nos diferentes níveis linguísticos: a Configuração 
da(s) mão(s) (CM); o Movimento (M); o Ponto de 
Articulação (PA); a Orientação das mãos (O); e os com-
ponentes não manuais, que são as expressões faciais e 
corporais. Nesta aula vamos descrever brevemente os 
quatro primeiros – o último será tratado mais adiante.
15
Configuração da(s) Mão(s)
As configurações de mãos (CM) têm sido coletadas pelospesquisadores nas comunidades 
de surdos das principais capitais brasileiras. As CM são o ponto de partida da articulação do 
sinal. Uma mesma configuração de mão possibilita a produção de vários sinais. Por exemplo, 
a configuração mão em “L” está presente nos sinais de televisão, trabalho, papel, educação 
e outros. Ferreira-Brito (2010) propõe 46 configurações de mão. Atualmente, o dicionário 
digital de Língua Brasileira de Sinais organizado pela Acessibilidade Brasil ([s.d.]) apresenta 
73 configurações. Exemplificamos a seguir as configurações de mão mediante aquelas que 
compõem o Alfabeto Manual, conforme ilustração a seguir.
Figura 1- Alfabeto Manual
16
Vale esclarecer que o alfabeto manual é um elemento que compõe a Libras. Contudo, Libras 
não se restringe a tal instrumento, ou seja, não se resume a escrever as palavras utilizando 
o alfabeto manual. Este só é utilizado para nomes próprios ou para palavras que ainda não 
possuem um sinal ou que não pode ser facilmente representada por um classificador icô-
nico. Portanto, em uma conversa em Libras é possível utilizar o alfabeto manual em alguns 
momentos. Logo, um sujeito pode fazer uso do alfabeto manual para soletrar alguma palavra 
como, por exemplo, um nome próprio. 
Movimento
O movimento (M) é um elemento importante na Libras porque participa ativamente na pro-
dução do sinal e também dá graça, beleza e dinamismo à língua. As pessoas ouvintes, ao usa-
rem a língua de sinais, o fazem normalmente de maneira mais estática. Isso ocorre porque o 
movimento, embora seja uma parte integrante da língua, é realizado com mais propriedade 
pelos surdos, que são visuais, mais fluentes em relação aos ouvintes e conhecem a língua de 
forma mais sensível. Sabe-se que associar à produção do sinal, aspectos como o movimen-
to e as expressões não manuais não é algo simples para os ouvintes. Essa habilidade exige 
muita competência e fluência na língua, além de uma boa coordenação motora, domínio do 
movimento e orientação no espaço. Para os ouvintes, usuários de língua oral-auditiva, tal 
domínio é complexo, ao passo que os surdos adquirem essas habilidades com mais natura-
lidade e facilidade.
Chamamos a atenção para o fato de que para haver movimento é preciso haver espa-
ço. Logo, o movimento é indissociável do espaço. As variações do movimento servem para 
diferenciar itens lexicais, como nome e verbo, para indicar a direcionalidade do verbo, por 
exemplo, o verbo olhar (e olhar para) e para indicar variação em relação aos tempos verbais, 
como: olhe para, olhe fixo, observe, olhe por um longo tempo, olhe várias vezes. Os movimentos 
se diferem pela direcionalidade, tipo e orientação das mãos. Quanto à direcionalidade, po-
dem ser: unidirecional (proibir e mandar); bidirecionais (discutir, julgamento) e multidirecionais 
(incomodar, pesquisar). Quanto ao tipo, podem ser retilíneos (encontrar, estudar); helicoidal 
(macarrão, azeite); circular (brincar, preocupar), semicircular (surdo, coragem); sinuoso (Brasil, 
navio) e angular (raio, difícil).
17
Orientação das Mãos
A orientação das mãos (O) é a direção para a qual a palma da mão aponta na produção do 
sinal. É possível identificar seis tipos de orientações da palma da mão em L: para cima, para 
baixo, para o corpo, para frente, para a direita e para a esquerda.
Também pode ocorrer a mudança de orientação durante a execução de um sinal, como 
por exemplo, no sinal para montanha.
Ponto de Articulação
O ponto de articulação (PA) também é essencial para Libras porque se refere ao local do 
corpo onde será realizado o sinal. Os sinais podem ser produzidos em quatro pontos de ar-
ticulação: tronco, cabeça, mão e espaço neutro e subespaços (nariz, boca, olho etc.). Muitos 
envolvem um movimento indo de um ponto de articulação para outro. Mesmo assim, cada 
sinal possui um único ponto de articulação, mesmo que ocorra um movimento de direção. Se 
dois possuem a mesma configuração de mão e o mesmo movimento, mas pontos de articu-
lação diferentes, eles são diferentes. É o caso dos sinais para amar, ouvir, aprender e laranja, 
que diferem entre si apenas pelo ponto de articulação.
atenção
Cada país possui a sua linguagem de sinais. No Brasil a Língua Brasileira de Si-
nais (Libras) varia de acordo com as diversas regiões do país. Na língua oral há os 
diversos sotaques falados, e na Libras também há diferenças entre os sinais e o 
alfabeto manual conforme o local.
Fonte: as autoras.
Vimos nesta aula os aspectos linguísticos da Libras, a importância e características de cada 
um no processo de comunicação. Não tratamos aqui dos componentes não manuais – 
expressões faciais e corporais – que vão merecer um olhar minucioso em nosso próximo 
encontro.
Componentes 
não Manuais 
da Libras
Para além dos parâmetros estudados nos encontros 
anteriores, a Libras também é composta por com-
ponentes não manuais, como a expressão facial e 
o movimento do corpo, que muitas vezes podem 
definir ou diferenciar significados entre sinais. As 
expressões não manuais envolvem movimento da 
face, dos olhos, da cabeça e do tronco. A expressão 
facial e a corporal podem traduzir alegria, tristeza, 
raiva, amor, encantamento etc., dando mais senti-
do à Libras e, em alguns casos, determinando o sig-
nificado de um sinal. Vamos tratar aqui dos aspec-
tos mais significativos associados a tais expressões.
19
Apontação
A técnica de apontação é utilizada pela Libras. A apontação explícita envolve sujeitos pre-
sentes próximos da conversa (apontação feita na frente do sinalizador direcionada para a 
posição real do sujeito referido) e não presentes (apontam-se pontos arbitrários no espaço). 
Todos os sujeitos referentes estabelecidos no espaço ficam à disposição do discurso para 
serem referidos novamente.
Essa técnica é bastante utilizada para designar pronomes pessoais do caso reto – eu, tu, 
ele(a), nós, vós e eles(as) – mas não se restringe a eles. 
Direção do Olhar e a Posição do Corpo
A direção do olhar e a posição do corpo são importantes para estabelecer referências; por 
exemplo, no sinal de “entregar para alguém”, o olhar acompanha o movimento da mão ativa. 
Destaca-se que, para contar uma história, os ouvintes utilizam a modulação da voz e a gra-
mática durante a narrativa; já os surdos necessitam utilizar expressões faciais e os movimen-
tos do corpo atrelado às configurações de mão para criar uma dinâmica semelhante a que o 
ouvinte produz com a cadência da voz (REILY, 2004).
Assim, percebe-se que os componentes não manuais, sobretudo as expressões faciais, 
estabelecem a modulação em Libras. Ela usa também modulações de olhar e expressões 
faciais-corporais para transmitir a intensidade do verbo apresentado e sua significação no 
contexto. Então o verbo olhar, por exemplo, pode ser representado rapidamente para dizer 
que a pessoa apenas avistou ou observou longamente, significando que a pessoa olhou 
com atenção.
Como exemplo, temos a fala de um surdo: “Menina não olhar igual eu olhar para ela”. 
Aqui tem-se o verbo olhar usado duas vezes, o que tornaria o texto redundante em língua 
portuguesa, mas correto na Libras. A intenção era de comunicar a distância entre o olhar 
indiferente da menina (aspecto pontual – sinal de olhar) e o olhar apaixonado de seu admi-
rador (sinal de olhar longamente), com isso o indivíduo usou o mesmo verbo duas vezes, mas 
com modulação nos sinais.
2020
Também temos as modulações de grau e de intensidade, pelas expressões faciais, que 
podem ser consideradas gramaticais. Essas marcações são chamadas de marcações não ma-
nuais. A sinalização é sempre acompanhada pela posição da cabeça, por movimentos da 
cabeça, pela postura do corpo e, principalmente,pela expressão facial, que podem indicar 
alegria, tristeza, raiva, amor e encantamento, entre outros sentimentos, dando mais sentido 
à Libras e até mesmo determinando o significado de um sinal. 
Tipos de frases
As frases em Libras, a exemplo da língua portuguesa, podem ser afirmativas, exclamativas, 
interrogativas e negativas. Como não existe entonação (ou modulação) em Libras, que é o 
que especifica as diferenças entre esses tipos de frases na língua portuguesa, são as ex-
pressões faciais e corporais que os caracterizam. Cada um deles será representado pelas 
imagens subsequentes.
Assim, as expressões faciais são essenciais para determinar o tipo de frase. Em frases 
afirmativas, a expressão facial é neutra. Para frases exclamativas, as sobrancelhas devem 
ficar levantadas e acompanha um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para cima e 
para baixo. Já em frases imperativas, a ordem é dada pelo sinal convencional acompanhado 
de expressão séria ou zangada (exemplo: ordem “cale a boca”). No caso de frases interroga-
tivas, temos sobrancelhas franzidas e um ligeiro movimento da cabeça inclinando-se para 
cima e as estruturas interrogativas são constituídas a partir das seguintes propriedades: os 
elementos interrogativos (o que, quem, como, onde etc.) podem ser movidos para o final da 
sentença ou ser mantidos na posição original. 
21
Ficou com alguma dúvida? 
Selecione o botão e veja os 
sinais em movimento.
Há ainda as frases do tipo negativas que podem ser expressas de maneiras distintas: 
I) alterando o parâmetro movimento (por exemplo, ter e não ter) (imagem “a” e “b”); e II) in-
corporando a expressão facial ao sinal sem alterar nenhum parâmetro. Vejamos exemplos 
ilustrados que representam a maneira I e II das frases negativas.
a)
 T
er
(e
m
 â
ng
ul
o 
la
te
ra
l)
(e
m
 â
ng
ul
o 
fr
on
ta
l)
22
Ficou com alguma dúvida? 
Selecione o botão e veja os 
sinais em movimento.
Figura 2- Formas de expressar frases negativas
Vale dizer que em qualquer tipo de negativa, a expressão facial é importante, como sobran-
celhas levemente franzidas. Nas frases negativas que alteram parâmetros, o sinal já tem a 
negação (exemplo, ter e não ter); já na negação sem alterar nenhum parâmetro, recorre-se ao 
gesto de balançar o rosto ou o dedo (significando não). 
Para finalizar este estudo, outro aspecto importante para o qual é preciso chamar a 
atenção é que sinais não são gestos! Estes são considerados traços paralinguísticos ou ex-
tralinguísticos das línguas orais, isto é, movimento ou expressão que complementa a palavra 
falada (como no caso da linguagem corporal, os gestos que um professor utiliza para deixar 
mais claro o que deseja explicar para seu aluno) ou mesmo permite que se tenha uma mí-
nima comunicação, contextualizada e quase sempre referente a coisas concretas, como a 
que ocorre entre pessoas que não falam a mesma língua. No caso dos sinais, eles permitem 
expressar sentimentos, argumentos científicos, filosóficos, políticos, literários, artísticos etc.
b)
 N
ão
 te
r
Classificadores 
em Libras
Neste encontro, vamos tratar de um tema muito sig-
nificativo, que são os classificadores (CLs) em Libras. 
Estamos nos referindo especificamente às estruturas 
visuais que têm como característica a dimensão vi-
sual fortemente icônica.
24
Os CLs se referem a morfemas que existem em línguas orais e línguas de sinais. Entre as 
primeiras, as línguas orientais são as que mais apresentam esses componentes. Na língua 
portuguesa, os classificadores são letras que são afixadas às palavras para indicar gênero 
(professor – professorA), plural (gato – gatoS) e grau (menina – meninINHA), ou seja, têm a 
função de especificar melhor o que se está enunciando. Esta também é a principal função 
dos classificadores nas línguas de sinais: tornar mais claro o que se quer enunciar. No caso 
específico da Libras, o classificador visual é um auxiliar da língua de sinais para determinar as 
especificidades e dar vida a uma ideia ou a um conceito ou a signos visuais.
O classificador representa forma e tamanho dos referentes, assim como características 
dos movimentos dos seres em um evento. Ele tem, portanto, a função de descrever o refe-
rente dos nomes, adjetivos, advérbios de modo, verbos e locativos.
O termo classificadores (CLs) para esses “auxiliares”, importantíssimo no contexto das 
línguas de sinais, foi atribuído pela comunidade de linguistas para comparar com as funções 
da língua falada ou oral e suas estruturas gramaticais. Para os pesquisadores surdos, essa es-
trutura gramatical da Libras ainda está à procura de uma definição adequada para nomeá-la 
de acordo com as perspectivas viso-espaciais.
Para as línguas de sinais, a descrição e a reprodução da forma, do movimento e da rela-
ção espacial do que se quer enunciar são fundamentais, pois torna mais claro e compreensí-
vel seu significado. Essa é a principal função dos classificadores em Libras.
Na Libras, os classificadores são formas representadas por configurações de mão que 
podem vir junto de verbos de movimento e de localização para classificar o sujeito ou o 
objeto que está ligado à ação do verbo. Eles permitem tornar mais compreensível o signi-
ficado do que se quer enunciar e desempenham uma função descritiva, podendo detalhar 
som, tamanho, textura, paladar, tato, cheiro, formas em geral de objetos inanimados e seres 
animados etc.
Muitos classificadores são icônicos em seu significado pela semelhança entre a forma ou 
o tamanho do objeto a ser referido. Obedecem a regras de construção e são representados 
sempre por configurações de mãos específicas associadas a expressões faciais, corporais 
e à localização, isto é, aos parâmetros da Libras. Apesar de serem icônicos, não podem ser 
considerados como mímica.
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Exemplos de Classificadores
Que tal conhecermos exemplos de classificadores? Apresentamos a seguir alguns: acordar/dor-
mir, abraçar, casa e bebê. Acompanhe essas estruturas com dimensão marcadamente icônica.
2)
 D
or
m
ir
ou
1)
 A
co
rd
ar
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3)
 A
br
aç
ar
5)
 B
eb
ê
4)
 C
as
a
Figura 3- Exemplos de classificadores
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Essas são alguns poucos exemplos de classificadores, e há inúmeros outros inseridos na Li-
bras. Em comum, esses sinais apresentam muitas semelhanças com aquilo que estão repre-
sentando; todavia, não é mímica porque usa configuração de mãos, movimento, orientação, 
ponto de articulação e expressões não manuais.
O fato de a Libras utilizar classificadores icônicos e mesmo de possuir um grau elevado 
de sinais icônicos não significa dizer que ela é mímica, pois “[...] a iconicidade é utilizada de 
forma convencional e sistemática” (FERREIRA-BRITO, 2010, p. 108). Além disso, nas línguas 
orais também estão presentes palavras com características icônicas. “Podemos verificá-la 
no clássico exemplo das onomatopeias como pingue-pongue, tique-taque, zum-zum, cujas 
formas representam, de acordo com cada língua, o significado” (GESSER, 2009, p. 24).
Em uma interpretação ou aula, existem algumas palavras que não possuem um sinal 
próprio; é aí que são usados os classificadores icônicos, ou que possuem semelhança com 
o que estão descrevendo. No contexto escolar,os classificadores são importantes em todas 
as disciplinas, principalmente na Física e na Matemática. Sabemos que para essas matérias 
muito dos conteúdos não têm sinais correspondentes aos termos utilizados, mas a explica-
ção pode ser compreendida se usarmos os classificadores corretamente. A expressão facial 
e a corporal são muito importantes para os classificadores.
Dito de outra forma, classificador mostra claramente detalhes específicos, permitindo a 
descrição de pessoas, animais e objetos, bem como sua movimentação ou localização. Os 
classificadores são muito importantes, pois ajudam construir a estrutura sintática da Libras.
Chegamos ao final destes nossos encontros, nos quais pudemos ter acesso a diversas 
informações acerca das noções gerais da Língua Brasileira de Sinais. Vimos os conceitos 
dela, bem como a forma como se estrutura e seus aspectos linguísticos. Tratamos ainda de 
identificar os componentes não visuais da Libras e abordamos os classificadores.
Certamente, todo esse conteúdo será tanto mais relevante e útil quanto mais nos apro-
priarmos dele por meio de estudos, pesquisas e leituras. Fica, portanto, esse convite para um 
aprofundamento do tema, cuja importância é inegável para toda a sociedade.
1. A Libras possui características que revelam sua legitimação. Ou seja, são indícios que indi-
cam que se trata de uma língua verdadeira. Com base nessas considerações, correlacione 
a Coluna 1 com a Coluna 2.
Quadro 1- Níveis componentes da língua e suas características
Coluna 1 Coluna 2
(A) Fonológico ( ) Estuda a forma como as palavras são construídas
(B) Morfológico ( ) Estuda o significado ou sentido das palavras dentro de uma 
organização textual
(C) Sintático ( ) Estuda os fonemas que são a menor unidade distintiva da palavra
(D) Semântico ( ) Estuda como as palavras são organizadas em uma frase
Fonte: as autoras.
Em seguida assinale a alternativa que apresenta a sequência correta.
a) A-B-C-D.
b) B-D-A-C.
c) C-A-B-D.
d) D-C-B-A
e) C-D-A-B.
2. A linguagem de sinais é uma língua visual-espacial e amplamente utilizada pela comunida-
de surda. A seu respeito leia atentamente as alternativas a seguir e assinale a alternativa 
correta.
a) A linguagem de sinais foi criada pelos surdos a fim de incluí-lo na sociedade. 
b) Após o reconhecimento da Libras como língua oficial dos surdos brasileiros, ela passou 
a ser de uso exclusivo das pessoas surdas.
c) É importante que os professores aprendam Libras para se comunicar com seus alunos 
surdos.
d) Em pleno século XXI, a comunidade ouvinte ainda insiste que os surdos devem assumir 
a cultura ouvinte e, assim, não reforça que o surdo aprenda Libras.
e) A comunicação com as mãos teve início com os surdos e é exclusividade deles.
3. Leia atentamente as frases a seguir e assinale V para a(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
I - No Brasil, há um único alfabeto manual que é utilizado por todo o país.
II - Para se comunicar por meio da língua de sinais, os surdos recorrem também a ex-
pressões faciais.
III - Na Libras as expressões faciais são utilizadas para a composição de frases exclama-
tivas, afirmativas, imperativas ou interrogativas.
IV - Os classificadores são uma particularidade apenas na linguagem de sinais e não são 
adotados pelas línguas orais.
A seguir assinale a alternativa que representa a sequência correta.
a) F, V, V e F.
b) V, F, F e V.
c) F, F, V e V.
d) F, V, F e F.
e) V, V, V e F.
Este estudo aprofunda um pouco mais os conhecimentos sobre a Libras, com especial atenção para aspectos relacionados às suas características linguísticas e fonológicas, além de apresentar os componentes não manuais e os classifica-dores utilizados na língua de sinais. Não se trata aqui de tornar o acadêmico fluente em Libras, pois, por se 
tratar de um idioma, é necessário um intervalo maior de estudos para aprofundar de fato 
os conhecimentos em torno da Libras. Ademais, ressalta-se que praticar com frequência é 
essencial para aprender Libras, fato essencial para a aquisição de qualquer idioma.
Alguns aspectos das línguas de sinais de maneira geral e da Libras em particular são 
tratados. Primeiramente, a língua de sinais é tão natural e tão complexa quanto as orais e 
possui gramática própria. Soma-se a isso o fato de que Libras é uma língua adaptada à ca-
pacidade de expressão dos surdos brasileiros, devendo, portanto, ser conhecida pelo menos 
em seus aspectos fundamentais pelos professores. Além disso, as línguas de sinais não são 
iguais em todo o mundo e, por comprovação científica, cumprem todas as funções de uma 
língua natural, apesar de que, ainda assim, sofrem preconceito e são desvalorizadas diante 
das línguas orais, sendo consideradas como uma derivação da gestualidade espontânea, 
como uma mescla de pantomima e sinais icônicos. Por fim, a língua de sinais não é subordi-
nada à língua oral majoritária do país, é completamente independente das línguas orais dos 
países onde são produzidas.
LIBRAS? Que língua é essa?
Autor: Audrei Gesser
Editora: Parábola
Sinopse: este livro é leitura obrigatória para quem pretende conhecer um pouco que 
seja do mundo surdo e dessa língua tão exótica, que é a Libras. A própria autora, Audrei 
Gesser, insiste em dizer que muito do que ela traz aos leitores é o óbvio, mas que ainda 
precisa ser dito. No prefácio da obra, Pedro Garcez complementa, “[...] precisa ser dito 
para que mais ouvintes tenham conhecimento do rico universo humano que se faz nas 
línguas de sinais, com as línguas de sinais, e particularmente com a Língua Brasileira de 
Sinais, essa LIBRAS que nos toca de perto, se soubermos escutar para vê-la”.
NA WEB
O dicionário virtual da Libras
Descrição: Para saber um pouco mais sobre Libras, uma boa indicação é conhecer o 
Dicionário da Língua Brasileira de Sinais. A forma como está configurado permite mo-
vimento, o que facilita a compreensão dos termos. Ele também apresenta exemplos e 
identifica a classe gramatical.
Link de acesso: <www.acessobrasil.org.br/libras>.
LIVRO
Aprenda LIBRAS com eficiência e rapidez
Autor: Eden Veloso de Almeida e Valdeci Maia Filho
Editora: Mãos Sinais
Sinopse: este livro apresenta uma forma didática de o leitor aprender a Libras. A obra 
possui uma leitura fácil e por meio de imagens possibilita que ele amplie seu vocabulário 
acerca da linguagem de sinais. Além disso, vem acompanhada de materiais interativos 
por meio de CD-ROM.
LIVRO
ACESSIBILIDADE BRASIL. Disponível em: <www.acessobrasil.org.br/libras>. Acesso em: 03 mai. 
2017.
BASTOS, C. L.; CANDIOTTO, K. B. B. Filosofia da Linguagem. Petrópolis: Vozes, 2007.
BRASIL. Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras 
– e dá outras providências. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 24 abr. 2002.
FERREIRA-BRITO, L. Por uma gramática de Línguas de Sinais. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 
2010.
GESSER, A. Libras? Que língua é essa? Crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da 
realidade surda. São Paulo: Parábola, 2009.
MAZZOTTA, M. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 2017.
QUADROS, R. M.; KARNOPP, L. B. Língua de sinais brasileira: estudos linguísticos. Porto Alegre: 
Artes Médicas, 2004.
REILY, L. Escola Inclusiva: linguagem e mediação. Campinas: Papirus, 2004.
SACKS, O. Seeing voices: a journey into the world of the deaf. New York: Harper Perennial, 1990.
STOKOE, W. Sign language structure: an outline of the visual communication system of the Ame-
rican deaf. Studies in Linguistics: Occasional Papers, n. 8, 1960.
______. Sign language structure: an outline of the visual communication system of the American 
deaf. J Deaf Stud Deaf Educ, v. 10, n. 1, p. 3-27, 2005.
STROBEL, K. As imagens do outro sobre a culturasurda. Florianópolis: Ed. UFSC, 2016..
1. b) B-D-A-C.
2. c) É importante que os professores aprendam Libras para se comunicar com seus alu-
nos surdos.
3. a) F – V – V – F.
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