
Manual de Licitação em Contratos TCU
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93/2004; Primeira Câmara: 2122/2008, 798/2008 (Sumário), 3564/2006, 2237/2006, 2085/2006, 2057/2006, 1710/2006, 47/2006, 596/2005, 2057/2004, 1547/2004 (Voto do Ministro Relator); Segunda Câmara: 3151/2006, 1727/2006, 591/2006, 576/2006, 845/2005, 583/2005, 771/2005, 628/2005, 591/2006 (Relação). Restos a pagar Consideram-se restos a pagar despesas legalmente empenhadas mas não pagas dentro do exercício financeiro correspondente. Despesas consideradas restos a pagar podem ser classificadas em processadas e não processadas. Restos a pagar processados referem-se a despesas empenhadas e liquidadas até 31 de dezembro, mas que não foram pagas; não processados dizem respeito a despesas empenhadas, mas não liquidadas até 31 de dezembro do exercício financeiro em que forem assumidas. Além da inscrição, no encerramento de cada exercício financeiro será efetuado cancelamento dos restos a pagar inscritos em anos anteriores, mas pendentes de pagamento. Cancelamento de inscrição de restos a pagar no sistema será automático, caso o gestor financeiro do órgão/entidade não o faça. Valores de despesas relacionados em restos a pagar, ainda que cancelados, poderão ser pagos em até cinco anos contados da respectiva inscrição, à conta de dotação destinada a despesas de exercícios anteriores, após solicitação do credor. 701 Licitações e Contratos - Orientações e Jurisprudência do TCU DELIBERAÇÕES DO TCU Abstenha-se de exigir o prévio cadastramento dos interessados na correspondente especialidade no caso de concorrência, por falta de amparo legal. Acórdão 288/2008 Plenário Inscreva em \u201cRestos a Pagar\u201d somente as despesas para cujos valores exista disponibilidade de caixa, como forma de se adequar ao disposto no princípio do equilíbrio fiscal, inserido na Lei de Responsabilidade Fiscal. Acórdão 279/2008 Plenário Obedeça ao disposto nos arts. 42 e 68 do Decreto nº 93.872/1986, relativos à regular liquidação da despesa e à validade da inscrição de restos a pagar até 31 de dezembro do ano subseqüente, respectivamente. Acórdão 3564/2006 Primeira Câmara Inscreva em \u201cRestos a Pagar\u201d apenas as despesas que foram empenhadas e efetivamente realizadas no exercício financeiro correspondente, de acordo com o art. 35 da Lei nº 4.320/1964. Acórdão 2237/2006 Primeira Câmara Em suma, pugna que não houve execução de restos a pagar em desacordo com a Lei nº 4.320/1964, uma vez que o registro da liquidação da despesa ocorreu após a juntada ao processo das notas fiscais devidamente atestadas e que também não houve a prorrogação da vigência de restos a pagar não processados em desacordo com o art. 68 do Decreto nº 93.872/1986, pois, em 2001, os empenhos inscritos foram todos emitidos durante o exercício. (...) as despesas empenhadas no exercício de 1999 foram somente pagas no exercício de 2001, quando, na verdade, deveriam ter sido pagas até o final do exercício de 2000, ante a disposição in fine do art. 68 do Decreto nº 93.872/1986: \u2018Art . 68. A inscrição de despesas como Restos a Pagar será automática, no encerramento do exercício financeiro de emissão da Nota de Empenho, desde que satisfaça às condições estabelecidas neste Decreto, e terá validade até 31 de dezembro do ano subseqüente.\u2019 (grifo nosso) Acórdão 1911/2004 Segunda Câmara (Relatório do Ministro Relator) Inscreva em restos a pagar apenas empenhos de despesas não liquidadas que se enquadrem nas hipóteses dos incisos I a IV do art. 35 do Decreto nº 93.872/ 1986. Acórdão 98/2010 Segunda Câmara (Relação) Tribunal de Contas da União 702 Exercícios anteriores Despesas de exercícios anteriores correspondem a dívidas para as quais não existe empenho inscrito em restos a pagar. Originam-se de compromissos gerados em exercício financeiro anterior àquele em que for efetuado o pagamento. Despesas de exercícios anteriores necessitam ser reconhecidas preliminarmente pela Administração. Consideram-se despesas de exercícios anteriores: despesas de exercícios encerrados, para as quais o orçamento respectivo \u2022 consignava crédito próprio, com dotação suficiente para atendê-las, mas que não tenham sido processadas na época própria; restos a pagar com prescrição interrompida; e\u2022 compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício \u2022 correspondente. De acordo com o Decreto nº 93.872/1986, entende-se por: despesas que não tenham sido processadas na época própria - aquelas cujo \u2022 empenho foi considerado insubsistente e anulado no encerramento do exercício correspondente, mas que, dentro do prazo estabelecido, o credor tenha cumprido sua obrigação assumida; restos a pagar com prescrição interrompida - despesa cuja inscrição como \u2022 restos a pagar tenha sido cancelada, mas ainda vigente o direito do credor; compromissos reconhecidos após o encerramento do exercício - obrigação \u2022 de pagamento criada em virtude de lei, mas somente reconhecido o direito do reclamante após o encerramento do exercício correspondente. Dívidas que dependem de reconhecimento do direito do credor prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato que der origem ao respectivo direito. Autorização para pagamento de despesas de exercícios anteriores deverá ser dada em processo de reconhecimento da dívida, sendo indispensáveis ao seu trâmite, no mínimo, os seguintes elementos: 703 Licitações e Contratos - Orientações e Jurisprudência do TCU identificação do credor/favorecido; \u2022 descrição do objeto; \u2022 data de vencimento do compromisso; \u2022 importância exata a pagar; \u2022 documentos fiscais comprobatórios;\u2022 atestação de cumprimento do objeto;\u2022 motivo pelo qual a despesa não foi empenhada ou paga na época própria etc.\u2022 DELIBERAÇÕES DO TCU No mérito, acompanho o entendimento da unidade técnica, endossado pela Procuradoria, de que as alegações do recorrente não elidem a impropriedade que maculou as contas, relacionada com o pagamento, no exercício de 2001, de restos a pagar referentes a 1999, em desacordo com o art. 68 do Decreto nº 93.872/1986, que estabelece que a inscrição de despesas como Restos a Pagar terá validade até 31 de dezembro do ano subseqüente. Ao final desse prazo, e uma vez feito o devido cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o pagamento deverá ser lançado à conta de dotação destinada a despesas de exercícios anteriores, o que não ocorreu no caso ora em apreciação. Acórdão 1911/2004 Segunda Câmara (Voto do Ministro Relator) Efetuada a regular liquidação da despesa, conforme alega e demonstra o recorrente, o procedimento correto seria efetuar o pagamento da despesa por meio da dotação de exercícios anteriores, o que não foi feito. Com isso, e por meio de procedimento contábil correto, honrar-se-ia a dívida assumida com o fornecedor, na conformidade do que dispõe o art. 69 do já citado Decreto nº 93.872: \u2018Art. 69. Após o cancelamento da inscrição da despesa como Restos a Pagar, o pagamento que vier a ser reclamado poderá ser atendido à conta de dotação destinada a despesas de exercícios anteriores.\u2019 (grifo nosso) Acórdão 1911/2004 Segunda Câmara (Relatório do Ministro Relator) Reajuste de Preços Em contratos com prazo de duração igual ou superior a um ano é admitida cláusula com previsão de reajuste de preços. Tribunal de Contas da União 704 Para concessão de reajuste, o marco inicial conta-se da data da apresentação da proposta ou da data do orçamento a que a proposta referir-se, conforme previsto no edital e no contrato, ou ainda do último reajustamento. Admite a Lei nº 10.192, de 14 de fevereiro de 2001, para reajustar contratos, a utilização de índices de preços gerais, setoriais ou que reflitam a variação dos custos de produção ou dos insumos utilizados. Esses índices