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USUCAPIÃO FAMILIAR: UMA PROTEÇÃO AO DIREITO À MORADIA

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USUCAPIÃO FAMILIAR: UMA PROTEÇÃO AO DIREITO À MORADIA 
 
Fabrícia Fagundes da Cruz¹, Deborah Marques Pereira² 
 
¹Graduanda do Curso de direito, Faculdade Guanambi -FG/ CESG. E-mail: fau.fagundes@hotmail.com 
²Docente, Mestre em Desenvolvimento Social (subárea Direito Urbanístico), Docente Faculdade Guanambi-FG/ 
CESG. E-mail: deborah.mp.fg@gmail.com 
 
RESUMO: O presente Trabalho de Conclusão de Curso teve por objetivo discorrer sobre o 
instituto da usucapião familiar por abandono do lar, inserido no artigo 1.240-A do Código 
Civil, pela lei 12.424/11, o qual trouxe novas dimensões para os Direitos Reais e o Direito de 
Família. Nesta modalidade o abandonado tem que permanecer no imóvel por no mínimo dois 
anos ininterruptos, cuja propriedade divida com o ex-cônjuge ou companheiro que abandonou 
o lar, posse direta, com exclusividade, até 250 m², utilizando-o para sua moradia ou de sua 
família, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Sendo assim, o ex-
cônjuge ou companheiro abandonado poderá usufruir perfeitamente do bem, conforme 
regulamento do artigo 1.240-A do Código Civil. É importante consignar que, para embasar as 
ideias elencadas utilizou-se de uma pesquisa de caráter exploratório e descritivo, propício para 
o desenvolvimento da temática mencionada, extraindo-se de doutrinas, artigos científicos, 
jurisprudências e demais bibliografias disponíveis acerca do assunto. Observa-se, que esta 
nova modalidade de usucapião é bastante criteriosa no qual tem suscitado inúmeros 
questionamentos em relação aos requisitos, principalmente no que se refere ao direito à 
moradia, gerando diversas polêmicas no mundo Jurídico. 
 
Palavras-chave: Abandono do Lar. Requisitos. Usucapião 
 
ADVERSE POSSESSION FAMILY: A PROTECTING THE RIGHT TO HOUSING 
 
ABSTRACT: The present paper aimed to discuss about the institute of family desertion by 
adverse possession, inserted in the Article 1.240-A in the Civil, by Law 12.424/11, which 
brought new dimensions to the Property Law and Family Law. In this mode, the left person 
has to remain in the property for at least two consecutive years, which divide property with 
the ex-spouse or partner who left home, direct ownership, exclusively, up to 250 m², using it 
to his dwelling or to his family, since he does not own any other urban or rural property. 
Thus, the ex-spouse or abandoned companion can enjoy perfectly the property, according to 
the regulation of Article1.240-A of the Civil Code. It is important to consign that, to support 
the ideas listed it was used an exploratory and descriptive research, conducive to the 
development of the theme mentioned by extracting doctrines, magazines, scientific articles, 
case law and other bibliographies available about the subject. It is observed that this new kind 
of familiar adverse possession is very careful which has raised numerous questions regarding 
the requirements, especially with regard to the right to housing, spawning several legal 
controversies in the Law World. 
 
Keywords: Abandonment of the Home. Requirements. Adverse Possession. 
2 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A usucapião familiar encontra-se previsto no artigo 1.240-A do Código Civil, 
inserido pela lei 12.424 de Junho de 2011, que regulamenta o “Programa Minha Casa Minha 
Vida”, esta nova modalidade visa garantir o direito à moradia para o cônjuge ou 
companheiro abandonado e sua família. A partir desse novo instituto o cônjuge abandonado 
poderá usucapir determinado imóvel no prazo de dois anos ininterruptos, desde que tenha 
preenchido todos os requisitos estabelecidos no artigo 1.240-A do Código Civil. 
A intenção do legislador ao reduzir o prazo prescricional de 5 anos para 2 anos foi 
favorecer pessoas de baixa renda, gerando várias discussões favoráveis e negativas no 
ordenamento jurídico, dentre outros questionamentos a respeito da referida temática. 
O presente artigo científico tem como objetivo geral analisar essa nova modalidade 
de usucapião, denominado como usucapião familiar por abandono do lar. 
Sendo assim, o trabalho será dividido em tópicos onde discorrerá sobre a origem 
histórica e conceito da usucapião, definição de posse e propriedade, especificando 
detalhadamente a usucapião especial urbano por abandono do lar, os requisitos legais que 
garante o direito à moradia, sendo constitucionalmente previsto como direito social, bem 
como os regimes de comunhão que podem se enquadrar quando houver o abandono do lar. 
Para atingir os objetivos previamente propostos, foi adotada como metodologia 
pesquisa bibliográfica, extraindo-se de artigos científicos, doutrinas, jurisprudências, bem 
como outras fontes bibliográficas acerca do tema mencionado. 
 O presente estudo se justifica pela relevância social do tema. Assim trás 
contribuições no sentido de proporcionar aos leitores um melhor entendimento acerca do 
artigo 1.240-A do Código Civil, que prevê uma nova modalidade de usucapião. 
 
2 A USUCAPIÃO 
2.1 ORIGEM E CONCEITO 
 
A usucapião se deu na Idade Romana, onde já a considerava como um meio 
aquisitivo do domínio em que o tempo fixado era um dos requisitos essenciais. A etimologia 
da palavra originou se do latim usucapio, ou seja, “adquirir pelo uso”, capio significando 
“tomar” e usus “pelo uso”, porém, para que esse feito concretizasse consistia no elemento 
fator tempo (DINIZ, 2010). 
Ademais, cumpre observar, conforme Venosa apud Martins (2012, p. 05): 
3 
 
 
Usucapio deriva de capere (tomar) e de usus (uso). Tomar pelo uso. Seu significado 
era de posse. A lei das doze tábuas estabeleceu que quem possuísse por dois anos 
um imóvel ou por um ano um móvel tornar-se-ia proprietário. Era modalidade de 
aquisição do ius civile, portanto destinada aos cidadãos romanos. A chamada 
praescriptio, assim denominada porque vinha no cabeçalho de uma fórmula, era 
modalidade de exceção, meio de defesa, surgido posteriormente à usucapio, no 
Direito Clássico. Quem possuísse um terreno provincial por certo tempo poderia 
repelir qualquer ameaça a sua propriedade pela longi temporis praescriptio. Essa 
defesa podia ser utilizada tanto pelos cidadãos romanos como pelos estrangeiros. A 
prescrição era de 10 anos contra presentes (residentes na mesma cidade) e 20 anos 
entre ausentes (residentes em cidades diferentes). [...] Desaparecendo a distinção 
entre terrenos itálicos e provinciais, os dois institutos surgem já unificados na 
codificação de Justiniano, sob o nome de usucapião. 
 
Observando a origem histórica da usucapião nota-se que, para adquirir a propriedade 
tinha que exercer a posse durante 10 anos os presentes e 20 anos os ausentes, com esse 
decurso de tempo o indivíduo que era possuidor se tornava proprietário. Ao passar dos anos as 
leis da usucapião foram evoluindo e com isso os prazos prescricionais tornaram-se menores, 
com o intuito de dar habilidade aos seus fundamentos, visando a celeridade. 
O doutrinador Gomes (2010, p. 180) conceitua a usucapião como “o modo de 
adquirir a propriedade pela posse continuada durante certo lapso de tempo, com os requisitos 
estabelecidos na lei”. Na visão do autor Venosa (2014, p. 206), é “o modo de aquisição da 
propriedade mediante a posse suficientemente prolongada sob determinadas condições”. 
Contudo que fora visto, percebe-se que, este instituto dá origem por meio da posse, que é a 
situação de fato, que se alia a determinado lapso temporal contido em lei e se finda em 
propriedade, situação de direito. 
Neste diapasão, Pereira apud Souza (2011, p.23) afirma que, a usucapião é “a 
aquisição da propriedade ou outro direito real pelo decurso do tempo estabelecido e com a 
observância dos requisitos instituídos em lei”.Diante o posicionamento do autor acima citado, 
entende-se que para transformar a posse em propriedade é necessário preencher todas as 
condições estabelecidas em lei, a posse deve ser contínua e sem oposição. 
A Constituição Federal de 1988 no artigo 5°, XXII aduz que, “é garantido o direito 
de propriedade”, no entanto, esse regulamento não deve ser exposto de forma ilimitada. Logo 
após o inciso XXIII do mesmo artigo expõe que “a propriedade atenderá a sua função social”. 
Tendo em vista, tais fundamentos da Carta Magna, pode-se perceber que a Constituição 
regulariza a propriedade à função social, devendo considerar o interesse público e privado 
(MOLINA, 2012). Sendo assim, não permite apenas o direito individual, uma vez que, passou 
a respeitar normas gerais, tais como as sociais e fundamentais. 
É necessário frisar que, a doutrina contemporânea tem primado pela relativização do 
direito de propriedade, que se consolida no fato de uma pessoa ser titular de direitos e 
4 
 
 
obrigações de um móvel ou imóvel, cuja titularidade concede o direito de usar, gozar e dispor 
da coisa, de modo igual, poderá reivindicá-la quando necessário, exercendo o seu direito de 
sequela, isto é, quando alguém detiver ou a retiver de uma forma injusta, tem a faculdade de 
reavê-la (SOUZA JUNIOR, 2010). 
Seguindo tal entendimento, é imprescindível esclarecer a ideia de posse e 
propriedade ambos previstos no Código Civil. O conceito do possuidor está elencado no 
artigo 1.196 que dispõe: “Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, 
pleno ou não de algum dos poderes inerentes à propriedade”. O autor Nader (2009, p. 87) 
aduz que a propriedade “confere ao dominus o amplo poder sobre a coisa”. Portanto o art. 
1.228 do Código Civil determina que “O proprietário tem a faculdade de usar, gozar, dispor 
da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou 
detenha”. Observa-se que o possuidor tem o poder de fato sob o imóvel, porém, pode-se 
transformar em direito caso atue de forma mansa, pacífica e contínua. 
 
2.2 FUNDAMENTOS 
 
A usucapião tem por fundamento unir a posse ao tempo. A posse é o fato objetivo, e 
o tempo, a força que transforma o fato em direito, pactuando os fenômenos jurídicos e físicos. 
Dessa maneira, o direito de propriedade na sua esfera subjetiva está no limite temporal, o 
proprietário inerte se desfaz da propriedade e assim o usucapiente apodera-se do imóvel. 
Portanto, fundamento, é a garantia de segurança e estabilidade da propriedade (DINIZ, 2010). 
Observa-se que a usucapião tem a função de garantir a estabilidade da propriedade, 
sendo dever do proprietário utilizar o móvel ou imóvel, ainda que seja de forma indireta, caso 
contrário, o possuidor adquirir-lhe-á o bem pela usucapião. 
Com relação a posse nos direitos reais, foram criadas duas teorias, a objetiva 
defendida por Ihering e subjetiva Savigny. Nestes termos, Gomes (2010) elucida a teoria de 
Savigny, sustenta que a posse supõe a existência de dois elementos fundamentais, 
inicialmente o corpus, elemento material que se traduz no poder físico da pessoa sobre a 
coisa. A segunda o animus, elemento subjetivo, representa a vontade de ter essa coisa como 
sua. 
Ainda que se refira à teoria da posse, Ihering defensor da teoria objetiva, “entende 
que para constituir a posse basta o corpus, dispensando o animus e sustentando que esse 
elemento está ínsito no poder de fato exercido sobre a coisa ou bem” (DINIZ 2010, p. 36). 
5 
 
 
Sendo assim, a posse e a propriedade são coisas distintas, a posse é o poder de fato e 
a propriedade o poder de direito da pessoa sobre a coisa, sendo o proprietário constituído no 
cartório de registro de imóveis. Conforme o autor Assis Neto (2011), o Código Civil de 2002 
adota a teoria objetiva, tendo como fundamento o art. 1.196: “Considera-se possuidor todo 
aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à 
propriedade”. 
Contudo não há dúvidas que, o possuidor tem o pleno gozo e uso sobre o imóvel 
mesmo que não seja proprietário, durante o lapso temporal não poderá ter oposição da parte 
contrária, ou seja, o proprietário. O usucapiente deve atuar de forma mansa, pacífica e 
contínua até que crie direitos para usucapir. Já o proprietário tem a propriedade por direito, 
sendo absolutamente constituído em lei. 
É importante ressaltar que “o registro imobiliário faz-se necessário com relação à 
sentença que decreta o usucapião apenas para regularizar o direito de propriedade e o ius 
disponendi” (VENOSA, 2014, p. 208). 
Desse modo, pode-se observar que a usucapião é uma forma de adquirir uma 
propriedade, para adquiri-la é necessário preencher todos os requisitos estabelecidos em lei. 
 
3 A USUCAPIÃO ESPECIAL URBANO POR ABANDONO DO LAR 
 
A usucapião familiar é um novo instituto que tem como objetivo possibilitar o direito 
à moradia, sendo um dos direitos sociais previsto na Constituição Federal de 1988 de grande 
relevância, pois busca favorecer as famílias de pouca renda. Sendo assim, o Estado a fim de 
garantir o direito a uma vida digna cria o Programa Minha Casa Minha Vida, que sofreu 
alterações pela lei 12.424 de Junho de 2011, que também alterou o Código Civil, inserindo o 
artigo 1.240-A que se refere a qualquer imóvel urbano até 250 m² (duzentos e cinquenta 
metros quadrados). 
É importante destacar que o “Programa Minha Casa Minha Vida”, é apenas um 
exemplo citado pelo tema. Conforme o art. 23, IX, da Constituição Federal, este programa de 
Governo Federal foi criado para “promover programas de construção de moradias e a 
melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico”. Nesta seara, o art. 3°, III, da 
Constituição Federal aduz: “erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades 
sociais e regionais”, logo tais programas têm a intenção de incentivar à produção de novas 
moradias para pessoas de baixa renda. 
6 
 
 
Diante o exposto, compreende-se que o art. 1.240-A do Código Civil, surgiu para 
garantir um direito à moradia para os ex-cônjuges ou ex-companheiros abandonados. Nestes 
termos Guazzeli apud Prux (2012, p. 20) contempla que: 
Essa nova lei objetiva facilitar e assegurar às famílias menos favorecidas e de baixa 
renda a aquisição de imóvel para moradia, haja vista que surge uma nova 
oportunidade de alcançar a residência própria, representando uma “forma de 
assegurar um patrimônio mínimo, valorando-se as necessidades da pessoa”. Assim, 
o legislador buscou proteger o direito patrimonial daquele que permanece sozinho 
no imóvel residencial em razão do abandono do outro cônjuge/companheiro. 
 
É evidente que esse novo instituto busca atender os direitos fundamentais e sociais, 
que proporciona através da usucapião uma habitação digna às famílias de pouca renda. Essa 
modalidade de usucapião especial urbano familiar está previsto no art. 1.240-A do Código 
Civil: 
Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse 
direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250 m² (duzentos e cinqüenta 
metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que 
abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-à o 
domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 
§ 1° O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de 
uma vez (BRASIL, 2014, p. 237). 
 
Todavia, observando a nova modalidade percebe-se que, a similaridade entre o art. 
1.240-A do Código Civil e o art. 183 da Constituição Federal, no que diz respeito à metragem 
do imóvel não podendo ser superior a 250 m² (duzentos e cinquenta metrosquadrados), 
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, o proprietário não pode ter outro imóvel 
urbano ou rural (JATAHY, 2013). 
De acordo com o doutrinador mencionado, para que o cônjuge abandonado tenha 
direito a usucapir determinado imóvel, está obrigado a provar que não possui outro bem 
urbano ou rural, como também que a vontade é persistir na propriedade. 
Tomando essa premissa como base, entende-se que, por meio da usucapião familiar o 
cônjuge ou o companheiro abandonado tem a faculdade de exigir o reconhecimento do seu 
direito, desde que tenha preenchido todos os requisitos previstos na lei, sendo assim, poderá 
dispor do bem sem que haja intervenções, obtendo fração da propriedade que já lhe pertencia 
por meação, como também a outra parte do imóvel que pertencia ao cônjuge ou companheiro 
que abandonou o lar sem motivos, visto que, esta seria a sanção imposta pelo legislador 
(GOULART & LAPA, 2013). 
Vistas as definições da usucapião familiar percebe-se que este novo preceito visa 
garantir o direito à moradia, o artigo 6° da Constituição Federal de 1988 cita que, “São 
direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, 
7 
 
 
a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na 
forma da Constituição”. Logo, tais direitos são fundamentais para o cidadão viver em 
sociedade. 
A autora Vilardo (2011, p. 02), menciona: 
O direito à moradia é Constitucionalmente previsto como direito social. A utilização 
de novo instituto para preservar à moradia, e de forma desembaraçada, daquele que 
ficou no lar conjugal é conferir meios para se cumprir a Constituição Federal. Essa é 
a relevância da criação legislativa e deve ser aproveitada pelos Juízes no sentido de 
conferir ampla aplicação da lei com interpretação de forma a atender aos fins sociais 
e ao bem comum, tendo como propósito precípuo garantir o direito à disponibilidade 
do bem de moradia. 
 
Desse modo, é visível a importância do direito à moradia na Constituição Federal, 
logo, é possível aplicar a nova modalidade sem violar os efeitos pretendidos pelo legislador. 
Deve-se frisar que, no instituto da usucapião familiar o prazo só se iniciará no momento que o 
cônjuge ou companheiro abandonar o lar. 
 
3.1 PARTILHA DE BENS POR ABANDONO DO LAR 
 
 Em se tratando de abandono do lar no direito de família, o objeto da usucapião 
conjugal ou usucapião pró-família que atendem diversas nomenclaturas deve ser bem comum 
entre o casal, aplicando-se aos regimes de comunhão universal, bem como o regime de 
comunhão parcial, a súmula n° 377 do Supremo Tribunal Federal, dispõe que os bens 
adquiridos na constância do casamento se comunicam. 
Dando continuidade aos regimes de comunhão, os autores Pinheiro & Cavalheiro 
(2012, p.12) aludem: 
Poderia ser aplicado na comunhão parcial de bens, em que o imóvel é adquirido 
após a união, comunicando-se, ou na participação final dos aquestos, em que 
também se comunicam os bens que restaram ao termino da relação, indicando a 
usucapião familiar. Já na situação do ex-cônjuge, casado sob o regime de separação 
total de bens, os bens havidos antes ou depois do casamento não se comunicariam, 
tornando clara a impossibilidade de usucapião familiar, visto que os bens não estão 
em comunhão. 
 
Observa-se que, em caso de separação total de bens, havidos antes ou durante a união 
não se comunicam, sendo assim, não é possível usucapir determinado bem, pois, se tratando 
de usucapião familiar só incluem os regimes em comunhão. 
No mesmo sentido Simão (2011, p. 02) explica: 
Também, se o marido ou a mulher, companheiro ou companheira, cujo regime seja o 
da comunhão parcial de bens compra um imóvel após o casamento ou início da 
união, este bem será comum (comunhão do aquesto) e poderá ser usucapido por um 
8 
 
 
deles. Ainda, se casados pelo regime da comunhão universal de bens, os bens 
anteriores e posteriores ao casamento, adquiridos a qualquer título, são considerados 
comuns e, portanto, podem ser usucapidos nesta nova modalidade. Em suma: 
havendo comunhão ou simples condomínio entre cônjuges e companheiros a 
usucapião familiar pode ocorrer. 
 
 Seguindo o entendimento do autor supracitado, compreende-se que, para configurar 
a usucapião familiar é necessário que esteja presentes todos os requisitos previstos em lei, 
podendo-se enquadrar a união homoafetiva. Visto que, dia 05 de maio de 2011, o Supremo 
Tribunal Federal reconheceu a união civil de pessoas do mesmo sexo: 
A validade da união civil entre pessoas de mesmo sexo. Os ministros concordaram 
de forma unânime em equiparar as relações homoafetivas às uniões estáveis. Com a 
decisão, o regime jurídico de união estável, previsto no artigo 1.723 do Código Civil 
como união entre homem e mulher, passa a valer também para as homoafetivas, 
assegurando mesmos direitos e deveres a companheiros de mesmo sexo (BRASIL, 
2011). 
 
Nestes termos compreende-se que, o legislador proporciona direitos iguais para 
todos, uma vez que o intuito da usucapião familiar por abandono do lar é proteger a família, 
dispõe o art. 226 da Constituição Federal: “A família, base da sociedade, tem especial 
proteção do Estado”, assim, fica claro o interesse desse novo instituto em proteger a família. 
Essa nova modalidade, qual seja a usucapião familiar por abandono do lar, também 
tenta resolver alguns problemas existentes entre familiares, como rivalidades que decorrem de 
patrimônios pertencentes à família. Nesta seara Tartuce (2011, p. 02), explica: 
A nova categoria merece elogios, por tentar resolver inúmeras situações que surgem 
na prática. É comum que o cônjuge que tome a iniciativa pelo fim do 
relacionamento abandone o lar, deixando para trás o domínio do imóvel comum. 
Como geralmente o ex-consorte não pretende abrir mão expressamente do bem, por 
meio da renúncia à propriedade, a nova usucapião acaba sendo solução. Consigne-se 
que em havendo disputa, judicial ou extrajudicial, relativa ao imóvel, não ficará 
caracterizada a posse ad usucapionem, não sendo o caso de subsunção do preceito. 
Eventualmente, o cônjuge ou companheiro que abandonou o lar pode notificar o ex-
consorte anualmente, a fim de demonstrar o impasse relativo ao bem, afastando o 
cômputo do prazo. 
 
Contudo, há doutrinadores que contestam que a nova modalidade de usucapião 
familiar surgiu para gerar mais conflitos, já para outros, veio para solucionar os problemas 
existentes entre os familiares, em especial ao direito à moradia, o cônjuge ou o companheiro 
que abandonou o lar e não quer perder o direito que lhe pertence, deve entrar em contato 
com o que ficou no bem anualmente, com o objetivo de impedi-lo de ingressar com ação de 
usucapião, pois, no momento que sai do imóvel na intenção de ruptura da união já configura 
o abandono do lar (TARTUCE, 2011). 
9 
 
 
Desde logo, vale mencionar que, o cônjuge que abandonou o lar não poderá praticar 
nenhuma medida cabível caso tenha saído do imóvel sem comunicar ao seu companheiro o 
motivo da ausência, será impossível agir em defesa da propriedade. Contudo, o abandono 
deve ser natural de forma espontânea, à vista disso, caracteriza-se o abandono do lar previsto 
no art. 1.240-A do Código Civil, “a lei nova somente poderá ser aplicada e o prazo começará 
a ser contado a partir da publicação e sua vigência” (VILARDO, 2011, p.18). 
Apreciando tal entendimento, não há de se olvidar que os imóveis adquiridos antes 
da entrada em vigor da nova lei não se enquadram nos termos do artigo art. 1.240-A, pois, o 
prazo passou a ser estabelecido em Junho de 2011, a partir desta data os cônjuges ou 
companheirosabandonados poderão ingressar com a ação da usucapião familiar por 
abandono do lar, vale ressaltar que o abandono deve ser voluntário. 
 
4 REQUISITOS DA USUCAPIÃO FAMILIAR ESPECIAL URBANO 
 
Com relação aos requisitos da usucapião familiar, para que o feito se concretize a lei 
exige que haja o abandono do lar, ademais, é necessário que esteja presente a ocorrência do 
lapso temporal, a posse direta ininterruptamente com exclusividade, imóvel urbano de até 250 
m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados), utilizando-o para moradia do cônjuge ou 
companheiro que permaneceu no lar, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano 
ou rural. Além disso, para que configure o abandono do lar é necessário que tenha separação 
de corpos ou de fato, para iniciar o prazo estabelecido no art. 1.240-A do Código Civil 
(JATAHY, 2013). 
Diante o exposto, entende-se que, a nova modalidade tem um lapso temporal curto 
em relação as demais, uma vez que, o prazo passou a ser 2 anos, gerando grandes discussões 
no mundo jurídico. Nessa linha de raciocínio, Tartuce (2011, p. 02), contempla: “Deve ficar 
claro que a tendência pós-moderna é justamente a de redução dos prazos legais, eis que o 
mundo contemporâneo exige e possibilita a tomada de decisões com maior rapidez”. É 
importante consignar que o prazo começa a contar a partir do momento da vigência da lei, 
nestes casos a lei não retroage. 
Com base neste entendimento a autora Molina (2012, p. 70), dispõe: “Para aqueles 
casos em que as pessoas já estavam separados de fato a mais de 2 anos o computo do prazo só 
se inicia com advento da lei”. Sendo assim, é possível aplicar o novo instituto, pois um dos 
principais requisitos é o abandono do lar. Seguindo o posicionamento do Tribunal de Justiça 
10 
 
 
do Senado Federal, que se manifesta sobre o tema por meio de uma apelação Cível, onde 
ficaram comprovados os requisitos necessários estabelecidos na lei: 
Apelação Cível. Ação de Usucapião Urbano. Aquisição do Título por Usucapião. 
Necessário Preencher os Requisitos Legais Previstos nos Artigos 183 da 
Constituição Federal e 1.240 Código Civil. Posse mansa, pacífica, ininterrupta, com 
animus domini, decurso de tempo, utilização para fins de moradia. Condições 
comprovadas. Presença dos pressupostos necessários para alcançar a pretensão 
aquisitiva. Sentença Fundada na permanência da Autora no imóvel por ato de 
tolerância. Cumprimento das determinações do Artigo 942 do Cpc. Inexistência de 
interessados no bem. Reforma da Sentença. Recurso Conhecido e Provido. Decisão 
Unânime. (TJ-SE- Apelação Cível: AC 2010208834 SE, Relator(a) Des. RICARDO 
MÚCIO SANTANA DE ABREU LIMA, 2010). 
 
Na análise deste julgado compreende-se que, a posse tem que ser mansa e pacifica, 
imóvel urbano até 250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados), o possuidor deverá ter a 
intenção de ter a coisa como sua, utilizando para fins de moradia. Neste caso, não há 
controvérsias, pois, a legislação deixa evidente o limite e as condições necessárias para 
adquirir a propriedade. 
 
5 DIREITO À MORADIA E O INSTITUTO DA USUCAPIÃO FAMILIAR 
 
Diante os fatos apresentados ao longo do trabalho, não se pode deixar de transcrever 
explicitamente sobre o direito à moradia, sendo um dos principais direitos elencados no art. 
1.240-A do Código Civil, visto como direito social que encontra-se previsto no art. 6° da 
Constituição Federal, no qual foi inserido pela emenda constitucional de n° 26 de fevereiro de 
2000. O doutrinador Silva (2010, p. 286) explica que os direitos sociais “[...] são prestações 
positivas proporcionadas pelo Estado direta ou indiretamente, enunciadas em normas 
constitucionais, que possibilitam melhores condições de vida aos mais fracos, direitos que 
tendem a realizar a igualização de situações sociais desiguais”. 
O novo instituto da usucapião familiar visa à proteção do direito à moradia, o ex-
cônjuge ou ex-companheiro abandonado poderá requerer em juízo a intregalidade do bem, 
logo, tal abandono deve ser voluntário, de forma espontânea, imóvel de até 250 m² e demais 
requisitos presentes no artigo 1.240-A do Código Civil. 
À vista disso, percebe-se que a intenção do legislador é garantir “o direito a moradia, 
portanto, compreende o direito a um saneamento básico minimamente de qualidade, à energia 
elétrica, segurança e demais aspectos necessários a proporcionar o desenvolvimento humano 
de todas as capacidades intelectuais e morais do indivíduo” (CARDOSO, 2012, p.22). 
11 
 
 
Conforme leciona a autora Dias (2011, p. 07), o direito a moradia digna “é aquela 
que oferece condições de vida sadia, apresentando infraestrutura básica”. Percebe-se que, à 
habitação digna diz respeito a uma moradia onde a pessoa possa viver bem e que tenha status 
necessários para uma vida tranquila. Corroborando com o entendimento acima relatado, os 
autores Alexandrino e Paulo (2008, p. 215) elucidam em sua obra que um dos objetivos dos 
Direitos sociais é: [...] “a melhoria das condições de vida dos hipossuficientes, visando à 
concretização da igualdade social”. 
Sendo assim, não há dúvidas que o intuito do legislador ao diminuir o prazo 
prescrional para 2 anos era assegurar ao cônjuge ou companheiro abandonado um direito ao 
lar. Portanto, “trata-se de mais uma maneira de promover o direito fundamental à moradia, 
assegurando-se um patrimônio mínimo à entidade familiar, na linha de tutela ao princípio da 
dignidade da pessoa humana” (FARIAS & ROSENVALD, 2010, p. 303). 
O direito da dignidade da pessoa humana encontra-se previsto na Constituição 
Federal de 1988, que decorrem de valores soberanos do ordenamento Jurídico, logo tal 
preceito “permitiria que a opinião de cada um fosse tão importante quanto à opinião de outro, 
pois cada um tem uma esfera de autonomia e liberdade individual que a maioria não pode 
atingir” (NOVAIS, 2006, apud, PINHEIRO & CARVALHEIRO, 2012, p. 09). Portanto, o 
artigo 1°, III, da Constituição Federal como os demais mencionados visam proteger o cidadão 
das injustiças existentes no Brasil. 
Complementarmente, o doutrinador Silva (2010) menciona que compete a União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios promover programas de construção de moradias com a 
finalidade de garantir um patrimônio mínimo a família, onde se abrigue de modo permanente. 
Analisando os conceitos apresentados pelos doutrinadores supracitados, é possível 
perceber que o direito ao lar é de grande relevância para formação de uma sociedade justa. 
Dessa forma, entende-se que o Poder Público tem uma participação essencial na vida do ser 
humano, não só no momento em que se fala do direito a moradia, pois existem outros direitos 
inseridos no art. 6° da Constituição Federal de 1988, como à saúde, o lazer, à segurança, à 
educação entre outros que são direitos fundamentais protegidos pelo Estado. 
Com relação ao lazer, o artigo 217, §3º, da Constituição Federal aduz que “o poder 
público incentivará o lazer, como forma de promoção social”. Nota-se que, quando o 
legislador menciona direito à moradia, não se refere apenas à construção, mas sim a um lar 
digno com todas as condições mínimas, para que possa viver com dignidade sem exclusão. 
Conforme Bulos (2009, p. 422) “tais liberdades ou prestações são positivas, 
precisamente porque têm por escopo beneficiar os hipossuficientes, assegurando-lhes situação 
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de vantagem, direta ou indiretamente, a partir da realização da igualdade real”. É notório que 
os direitos sociais visam proteger as pessoas que sobrevivem com o mínimo, o Estado sempre 
tentou solucionar os problemas da melhor maneira possível, criando projetos, programas, que 
visam reduzir a desigualdade social, assim em prol de umasociedade justa, com direitos 
iguais para todos. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O presente trabalho expôs considerações acerca do novo instituto da usucapião 
familiar, que adentrou no ordenamento jurídico com o intuito de proteger as pessoas de baixa 
renda, possibilitando um direito à moradia ao ex- cônjuge e sua família abandonados no lar. 
O artigo 1.240-A do Código Civil é mais criterioso que as demais modalidades, o 
lapso temporal é curto em comparação aos outros, visto que, o legislador ao reduzir o prazo 
teve como intenção dar oportunidade ao acesso à moradia às pessoas mais carentes, reduzindo 
a desigualdade social, garantindo direitos iguais para todos. 
Mediante o estudo realizado, demonstrou-se a importância da nova modalidade da 
usucapião e que o direito à moradia previsto na Constituição Federal de 1988, diz respeito aos 
direitos sociais que todo cidadão deve possuir para ter uma vida digna e adequada. Sendo 
assim, cabe ao Poder Judiciário aplicar esse novo instituto quando estiverem presentes todos 
os requisitos previstos na lei, para não cometer injustiças, além disso, as partes também 
deverão se atentar as normas. 
Por fim, para esclarecer as questões que poderão surgir no Brasil compete ao 
Judiciário diante dos fatos apresentados analisar os motivos que causaram o abandono para 
não causar ilegalidade, aplicando-se a lei de forma justa, pois o alvo da usucapião familiar por 
abandono do lar é garantir um direito à moradia as pessoas mais necessitadas de direitos 
sociais e não gerar problemas para sociedade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
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