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Apostilha Material__Economia_Politica_e_Comercio_Exterior___Aluno_

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PROFESSORA:
�MARIA CRISTINA WOLL CRESTANI
ECONOMIA POLÍTICA E COMERCIO EXTERIOR
2012
1 - INTRODUÇÃO À ECONOMIA
A economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade.
Economia, ciência social que estuda os processos de produção, distribuição, comercialização e consumo de bens e serviços. Os economistas estudam a forma dos indivíduos, os diferentes coletivos, as empresas de negócios e os governos alcançarem seus objetivos no campo econômico. Outra forma de definir a economia: o estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos escassos, que poderiam ter utilizações alternativas, para produzir bens variados.
O objetivo do estudo da Ciência Econômica é o de analisar os problemas econômi​cos e formular soluções para resolvê-los, de forma a melhorar nossa qualidade de vida.
A Economia é uma das ciências sociais. Ela estuda uma parte específica do comportamento dos indivíduos e das sociedades: a que diz respeito à produção e distribuição de bens e serviços. 
Para compreendermos o comportamento de uma pessoa (por exemplo, quais os motivos que a levam a comprar uma determinada quantidade de um dado produto) provavelmente teremos de recorrer aos conhecimentos de várias ciências sociais, tais como a Economia, a Sociologia, a Psicologia, etc., ou seja, teremos de recorrer a uma análise pluridisciplinar. No entanto a forma como a nossa sociedade transmite os conhecimentos ao nível do ensino superior obriga-nos à especialização numa determinada área do conhecimento, como é o caso da Economia, ou mesmo uma sub-divisão da própria Economia, como a Gestão de Empresas. 
Não é fácil definir o objecto da Economia - na realidade existem numerosas definições. Um enunciado possível é: 
A Economia é a ciência que estuda a utilização eficiente de recursos escassos para produzir e distribuir bens diversificados e, desta forma, satisfazer necessidades do indivíduo e da sociedade. 
2. Origem do Conceito de Economia
A palavra economia deriva do grego oikosnomos (de oikos, casa, e nomos, lei), que significa a administração de uma casa, ou do Estado, e pode ser assim definida:
Economia é a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem (escolhem) empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de satisfazer as necessidades humanas.
Essa definição contém vários conceitos importantes, que são a base e o objeto do estudo da Ciência Econômica:
(	escolha
(	escassez
(	necessidades
(	recursos
(	produção
(distribuição.
Em qualquer sociedade, os recursos ou fatores de produção são escassos; contu​do, as necessidades humanas são ilimitadas, e sempre se renovam. Isso obriga a socieda​de a escolher entre alternativas de produção e de distribuição dos resultados da atividade produtiva aos vários grupos da sociedade.
Sistemas Econômicos e Problemas Econômicos Fundamentais
Um sistema econômico pode ser definido como sendo a forma política, social e econômica pela qual está organizada uma sociedade. É um particular sistema de organi​zação da produção, distribuição e consumo de todos os bens e serviços que as pessoas utilizam buscando uma melhoria no padrão de vida e bem-estar.
Sistemas Econômicos
Em toda comunidade organizada, mesclam-se, em maior ou menor medida, os mercados e a atividade dos governos. O grau de concorrência dos mercados é variado, indo do monopólio, em que apenas uma empresa opera, à economia de livre mercado, que apresenta uma verdadeira concorrência, com várias empresas operando. 
Os sistemas econômicos podem ser classificados em:
(	Sistema capitalista, ou economia de mercado, é aquele regido pelas forças de mercado, predominando a livre iniciativa e a propriedade privada dos fatores de produção. (Pleno Emprego)
Pelo menos até o início do século XX, prevalecia nas economias ocidentais o Sistema de concorrência pura, onde não havia a intervenção do Estado na atividade econômica. Era a filosofia do Liberalismo.
Principalmente a partir de 1930, passaram a predominar os sistemas de econo​mia mista, onde ainda prevalecem as forças de mercado, mas com a atuação do Estado, tanto na alocação e distribuição de recursos como na própria produção de bens e serviços, nas áreas de infra-estrutura, energia, saneamento e telecomu​nicações.
( Sistema socialista, ou economia centralizada, ou ainda economia planificada, é aquele em que as questões econômicas fundamentais são resolvidas por um órgão central de planejamento, predominando a propriedade pública dos fatores de produção, chamados nessas economias de meios de produção, englo​bando os bens de capital, terra, prédios, bancos, matérias-primas.
Os elementos básicos de um sistema econômico são:
(	 Estoque de recursos produtivos ou fatores de produção: aqui incluem-se os recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), o capital, a terra, as reservas naturais e a tecnologia.
(	 Complexo de unidades de produção: constituído pelas empresas.
(	 Conjunto de instituições políticas, jurídicas, econômicas e sociais: que são a base da organização da sociedade.
Os Problemas Econômicos Fundamentais
Da escassez dos recursos ou fatores de produção, associada ás necessidades ilimita​das do homem, originam-se os chamados problemas econômicos fundamentais: O que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir?
( 	O que e quanto produzir: Dada a escassez de recursos de produção, a socieda​de terá de escolher, dentro do leque de possibilidades de produção, quais pro​dutos serão produzidos e as respectivas quantidades a serem fabricadas.
(	 Como produzir: A sociedade terá de escolher ainda quais recursos de produção serão utilizados para a produção de bens e serviços, dado o nível tecnológico existente. A concorrência entre os diferentes produtores acaba decidindo como vão ser produzidos os bens e serviços. Os produtores escolherão, dentre os métodos mais eficientes, aquele que tiver o menor custo de produção possível.
( 	Para quem produzir: A sociedade terá também de decidir como seus membros participarão da distribuição dos resultados de sua produção. A distribuição da renda dependerá não só da oferta e da demanda nos mercados de serviços pro​dutivos, ou seja, da determinação dos salários, das rendas da terra, dos juros e dos benefícios do capital, mas, também, da repartição inicial da propriedade e da maneira como ela se transmite por herança.
Em economias de mercado, esses problemas são resolvidos predominantemente pelo mecanismo de preços atuando por meio da oferta e da demanda. Nas economias centralizadas, essas questões são decididas por um órgão central de planejamento, a partir de um levantamento dos recursos de produção disponíveis e das necessidades do país. Ou seja, a maioria dos preços dos bens e serviços, salários e quotas de produção e de recursos é calculada nos computadores desse órgão, e não pela oferta e demanda no mercado.
4 - Curva de Possibilidade de Produção (ou curva de transformação)
A curva (ou fronteira) de possibilidades de produção é um conceito teórico com o qual se ilustra como a questão da escassez impõe um limite à capacidade produ​tiva de uma sociedade, que terá de fazer escolhas entre alternativas de produção.
Devido à escassez de recursos, a produção total de um país tem um limite máximo, uma produção potencial ou produto de pleno emprego, onde todos os recursos dispo​níveis estão empregados (todos os trabalhadores que querem trabalhar estão emprega​dos, não há capacidade ociosa etc.).
DEFINIÇÃO DE FRONTEIRA DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO - Representa as quantidades máximas de produção que podem ser obtidas por uma economia,dados os conhecimentos tecnológicos e as quantidades de factores disponíveis. A F.P.P representa o menu de escolhas disponível para a sociedade. (Samuelson, Economia, p.11) 
	ALTERNATIVA DE PRODUÇÃO
	MÁQUINAS (MILHARES)
	Alimentos (TONELADAS)
	A
	25
	0
	B
	20
	30
	C
	15
	45
	D
	10
	60
	C
	0
	70
Na alternativa (A) todos os fatores de produção seriam alocados pra a produção de máquinas na última (E) seriaam somente para alimentos e nas alternativas (B, C e D) os fatores de produção seriam distribuídos na produção de um e outro bem.
5 - Conceito de Custo de Oportunidade
A transferência dos fatores de produção de um bem A para produzir um bem B implica um custo de oportunidade que é igual ao sacrifício de se deixar de produzir parte do bem A para se produzir mais do bem B. O custo de oportunidade também é chamado de custo alternativo, por representar o custo da produção alternativa sacrificada, ou custo implícito. 
É de esperar que os custos de oportunidade sejam crescentes, já que quando au​mentamos a produção de um bem, os fatores de produção transferidos dos outros produtos se tornam cada vez menos aptos para a nova finalidade, ou seja, a transferência vai ficando cada vez mais difícil e onerosa, e o grau de sacrifício vai aumentando. Esse fato justifica o formato côncavo da curva de possibilidades de produção: acréscimos iguais na produção de A implicam decréscimos cada vez maiores na produção de B.
6 - Deslocamentos do Curva de Possibilidades de Produção
O deslocamento da CPP para a direita indica que o país está crescendo. Isso pode ocorrer fundamentalmente tanto em função do aumento da quantidade física de fatores de produção quanto em função de melhor aproveitamento dos recursos já existentes, o que pode ocorrer com o progresso tecnológico, maior eficiência produtiva e organi​zacional das empresas e melhoria no grau de qualificação da mão-de-obra. Desse modo, a expansão dos recursos de produção e os avanços tecnológicos, que caracterizam o crescimento econômico, mudam a curva de possibilidades de produção para cima e para a direita, permitindo que a economia obtenha maiores quantidades de ambos os bens.	
7 - Funcionamento de uma economia de mercado: fluxos reais e monetários
Para entender o funcionamento do sistema econômico, vamos supor uma economia de mercado que não tenha interferência do governo e não tenha transações com o exterior (economia fechada). Os agentes econômicos são proprietárias dos fatores de produção e os fornecem às unidades de produção (empresa) através do mercado dos fatores de produção. As empresas, através da combinação dos fatores de produção, produzem bens e serviços e as fornecem às famílias por meio do mercado de bens e serviços.
A esse fluxo denomina-se fluxo real da economia.
 
Como pode ser observado, famílias e empresas exercem um duplo papel. No merca​do de bens e serviços, as famílias demandam bens e serviços, enquanto as empresas os oferecem; no mercado de fatores de produção, as famílias oferecem os serviços dos fatores de produção (que são de sua propriedade), enquanto as empresas os demandam.
No entanto, o fluxo real da economia só se torna possível com a presença da moeda, que é utilizada para remunerar os fatores de produção e para o pagamento dos bens e serviços.
Desse modo, paralelamente ao fluxo real temos um fluxo monetário da economia.
.
Tipos de Bens:
Um bem representa qualquer coisa que tenha utilidade, podendo satisfazer uma necessidade ou suprir uma carência. Os BENS apresentam utilidade para a satisfação das necessidades, podendo ser escassos ou abundantes.
Tipos de bens:
Bens Econômicos: São os bens escassos, e em decorrência disso, possuem preço.
Bens complementares: precisam de uma combinação com outro bem para satisfazer uma necessidade. (café com açúcar, automóvel com gasolina, etc)
Bens de Giffen: ocorrem quando há uma relação direta entre o preço e a quantidade procurada, isto é, para aumentos de preço, há aumentos de quantidade procurada (p.ex.: artigos de luxo).
Bens inferiores: um bem é inferior quando existe uma relação inversa entre a quantidade procurada do bem e a renda do consumidor (ou a renda média de grupos de consumidores, em estudos de mercado).
Bens Duráveis: categoria de bens que tem utilidade durante um período de tempo. Abrange os bens de consumo duráveis e os de capital.
•	Bens de capital e/ou produção: servem para a produção de outros bens, especialmente os bens de consumo, tais como máquinas, equipamentos, material de transporte e instalações de uma indústria. 
•	Bens de consumo duráveis: são bens que prestam serviço durante um período de tempo relativamente longo (Ex.: máquina de lavar roupa ou automóvel).
•	Bens de consumo não-duráveis: são bens que são usados somente uma vez (ex.: alimentos)
Bens Intermediários: São bens manufaturados ou matérias-primas processadas que são empregados para a produção de outros bens finais (ex.: lingote de aço que será usado para fazer uma peça de um automóvel).
Bens Livres: São bens abundantes na natureza, e não possuem preço, satisfazem as necessidades e suprem as carências sem custo algum (ex.: o ar e luz do sol).
Bens ordinários: são aqueles bens cuja curva de demanda obedece a lei de demanda (quanto menor o preço, maior a quantidade procurada e vice-versa).
Bens públicos: são os bens ou serviços passíveis de serem usados por todos, não importando quem paga por seu consumo ou utilização (justiça, saúde, educação, segurança publica, rodovias, etc.).
Bens Salário: Conjunto de bens que em cada país constitui a cesta de consumo básico do trabalhador, segundo seu padrão de vida. São formados pelos artigos de primeira necessidade para o trabalhador e p/ a família, como os alimentos, o vestuário, a habitação, o transporte e os serviços de educação e saúde (o salário mínimo deve ser suficiente para proporcionar essa quantidade mínima de bens). São os bens de consumo dos trabalhadores, ou de consumo popular.
Bens Substitutos: são aqueles bens cuja quantidades demandadas respectivas alteram-se em sentido contrario, dada uma variação do preço de um deles. P.ex., o aumento do preço do café reduz sua quantidade demandada e aumenta a quantidade demandada do chá.
Bens superiores: ocorrem quando se observa uma relação direta entre a quantidade procurada do bem e a renda do consumidor (ou a renda média de grupos de consumidores, em estudos de mercado)
Fatores de produção (FP): Também chamados de recursos de produção da economia, são compostos pelos recursos humanos (trabalho e capacidade empresarial), terra, capital e tecnologia. Cada FP tem uma remuneração específica:
Fator de produção	Tipo de remuneração
Trabalho	Salário
Capital	Juro
Terra	Aluguel
Tecnologia	Royalty
Capacidade empresarial	Lucro
Como se observa, em Economia considera-se o lucro também como remuneração a um fator de produção, representado pela capacidade empresarial ou gerencial dos proprietários da empresa.
9 - Divisão do estudo econômico
A análise econômica, para fins metodológicos e didáticos, é normalmente dividida em quatro áreas de estudo:
Microeconomia ou Teoria de Formação de Preços. Estuda a formação de pre​ços em mercados específicos, ou seja, como consumidores e empresas interagem no mercado e como decidem os preços e a quantidade para satisfazer a ambos simultanea​mente. 
Macroeconomia. Estuda a determinação e o comportamento dos grandes agregados nacionais, como o produto interno bruto (PIB), investimento agregado, a poupan​ça agregada, o nível geral de preços, entre outros. Seu enfoque é basicamente de curto prazo (ou conjuntural).
Economia internacional. Estuda as relações econômicas entre residentes e não residentesdo país, as quais envolvem transações com bens e serviços e transações finan​ceiras.
Desenvolvimento econômico. Preocupa-se com a melhoria do padrão de vida da coletividade ao longo do tempo. O enfoque é também macroeconômico, mas centrado em questões estruturais e de longo prazo (progresso tecnológico, estratégias de cresci​mento etc.)
10 Identificação dos Agentes Ativos
Torna-se necessário, uma vez que, são diretamente responsáveis pelas ações econômicas, que se desenvolvem no sistema. os agentes se agrupam em função da natureza de suas ações econômicas, e tem como objetivo caracterizar os fluxos de produção, renda e dispêndios, bem como o processo de acumulação.
Compete a macroeconomia a caracterização destes agentes ativos, conforme a sua natureza e a contabilidade social, compete a estruturação do sistema de contas, para a mensuração das transações entre os agentes. A macroeconomia identifica quatro grupos de agentes ativos, que são responsáveis pelas ações do sistema econômico.
* Unidades familiares; * Empresas; * Governo; * Resto do mundo.
Unidade Familiares -
São as pessoas que se encontram diretamente empregados, fornecendo recursos, para o processamento das atividades primárias, secundárias e terciárias. e ainda pessoas que não participam diretamente do processo de produção, mas recebem transferências do sistema de previdência social capacitando-as aos resultados.
Empresas - 
São todas as unidades que compõem o aparelho de produção da economia nacional, ou seja, as empresas que se dedicam as atividades primárias, secundárias e terciárias, produzindo bens e serviços, para atender às necessidades de consumo e acumulação da sociedade.
Governo-
É o mais importante agente do sistema, pelas suas ações econômicas. é um agente coletivo que contrata o trabalho de unidades familiares, adquire parte da produção das empresas para proporcionar serviços úteis à sociedade. é um centro de produção de bens e serviços coletivos.
Resto do Mundo-
Registra-se as transações econômicas entre unidades familiares, empresas e governo do país e semelhantes agentes de outros países.
Esquema dos tipos de transações nos três tipos de economia
* fechada sem governo;
* “ c/ “ ;
* aberta - modelo completo
As atividades econômicas: Categorias e Inter-Relações 
Ainda verificando o objetivo e a natureza da contabilidade social, quanto aos tipos de transações de que se ocupa, identifica-se as principais categorias: produção, consumo e acumulação. Envolvem-se nesta categoria de atividades todos os agentes ativos do sistema. As transações que se observam entre eles classificam-se nestas três categorias.
A produção: Conceito e Características
Dentre as três categorias básicas de atividade econômica, a produção é tida como atividade preponderante. Isso decorre, uma vez que, as demais categorias dependem das funções produtivas, e não poderão existir sem ela. À medida que os agentes que operam no sistema só satisfazem suas necessidades de consumo e acumulação, se tiverem tempo, talento e esforço para produzir os bens e serviços que pretendem consumir ou acumular.
Produção 
É toda a atividade necessária para atender em lugares e ocasiões adequadas, às necessidades humanas, coletivas ou privadas, de bens e serviços materiais ou imateriais, tangíveis ou não. 
Processo paralelo: geração de renda
A geração de renda é um processo que ocorre paralelo às atividades de produção, mas que tem grande importância para as atividade de consumo e acumulação. Decorre da divisão social do trabalho e da utilização da moeda. 
Qualquer bem que for produzido requer recursos econômicos, que são os fatores de produção ( trabalho, capital, tecnologia e capacidade empresarial), estes fatores conduzem ao pagamento de remunerações (salário, aluguéis, juros e lucros) que são denominados custo dos fatores, correspondendo ao conceito de renda.
Consumo O consumo associa-se a idéia de destruição, é o ato de aquisição do produto final pelo consumidor, e ainda o usufruto de determinados tipos de bens e serviços coletivos, que atendam a necessidade.
Acumulação - * a acumulação, do ponto de vista da contabilidade social associa-se a formação de capital, acréscimo de riqueza, quer sob a forma de aumento de estoques ou formação de capital fixo.
Mesmo sendo categorias diferentes, ambas dependem da produção, para a produção dos bens e serviços, que serão consumidos ou acumulados.
Poupança
É a parte da renda que não é consumida, na compra de bens e serviços, ou ainda, a rejeição de um consumo presente para satisfação de uma necessidade futura.
A renda é distribuída em duas partes:
A) aquisição de bens de consumo (c) e,
B) uma parte que se guarda (s).
Assim sendo, podemos afirmar que o consumo e poupança são complementares em relação à renda. Y = c + s
Investimento - Conceito: são as poupanças ou sobras que se aplicam no processo produtivo; é a utilização de bens econômicas para à obtenção de mais outros bens econômicas.
2 - TEORIA MICROECONOMIA
O objetivo da teoria é prever e explicar. A teoria é uma hipótese que foi testada com sucesso. A hipótese não é testada pelo realismo de suas suposições, mas pela sua capacidade de prever com precisão e explicar.
O primeiro passo na criação de uma teoria aceitável é a construção de um modelo ou hipótese. Uma hipótese é uma afirmação condicional do tipo “se então”, a qual é obtida da observação casual do mundo real. As conseqüências são então concluídas da hipótese. Se estas conclusões ou inferências se adaptarem à realidade, então a hipótese é aceita como teoria.
As suposições básicas sobre as quais repousam os estudos da micro, entendem que todos os recursos econômicos são plenamente empregados. Isto não impede a possibilidade de alterações temporárias, mas supõe-se que as políticas monetárias e fiscais assegurem a tendência ao equilíbrio em pleno emprego, sem inflação. Durante os períodos de grande desemprego e inflação, a micro é efetuada pelo problema de agregação.
Então define-se Hipótese como sendo uma proposição condicional conclusiva (se então) construída sobre uma observação casual de um evento real, que representa uma explicação tentativa, ainda não testada, do mesmo.
Já a Teoria implica que algum teste bem sucedido da hipótese correspondente já tenha sido realizado. Assim, a teoria implica mais aproximação com a verdade do que a hipótese. Quanto maior o número de testes bem sucedidos ( e a falta dos mal sucedidos), maior o grau de confiança a ser depositado na teoria.
E a lei é uma teoria que é sempre verdadeira, sob o mesmo conjunto de circunstâncias como, por exemplo, a “lei da gravidade”.
2.1 - Função da Teoria Microeconomica 
 A teoria micro, ou teoria dos preços, estuda o comportamento econômico das unidades decisórias individuais, como consumidores, proprietários de recursos e firmas, em um sistema de livre empresa.
A teoria do preço é um tanto abstrata. A teoria não nos dá uma descrição exata do mundo real. Não nos dirá por que existem, num dado tempo, diferença de 2 centavos no preço de gasolina. Ajudará, contudo, a entendê-lo. Mostrará, de modo geral, como o preço da gasolina é estabelecido e o papel que tal preço desempenha no funcionamento global da economia.
A teoria é abstrata porque não abrange, num pode abranger todos os dados econômicos do mundo real. Considerar todos os fatores que influenciam as decisões dos consumidores, dos proprietários dos recursos e firmas envolveria descrição minuciosa e análise de cada unidade existente, o que seria, evidentemente, tarefa irrealizável. A função é demonstrar o que parece ser mais relevante e daí construirmos uma teoria geral de funcionamento geral do sistema de preços.
 
2.2 - Análise Microeconômica: 
Cuida individualmente do comportamentodos consumidores e produtores, com vistas à compreensão do funcionamento geral do sistema econômico. A micro divide-se em:
Teoria do Consumidor – que trata da demanda;
Teoria da Produtor – que estuda a oferta;
A Formação de preços e de mercados – que analise o comportamento de mercado. 
2.3 - Mercado, Funções e Equilíbrio
O mercado é o local ou contexto no qual compradores e vendedores compram e vendem bens, serviços e recursos. Temos um mercado para cada bem, serviço ou recurso comprado e vendido no sistema econômico. Ainda podemos defini-lo como sendo o vasto campo de atividade econômica aonde ocorrem os fenômenos de oferta e demanda.
O mercado em economia tem sentido teórico amplo, que nem sempre possui conotação física, geográfica e específica. Na maior parte das ações econômicas efetivadas não ocorre necessariamente um encontro entre o produtor e o consumidor. É pela análise de mercado que se estuda a formação dos preços e quais as características da cada mercado em particular.
O preço de mercado é entendido como sendo os preços cobrados por bens, quer os compremos quer não; preços de demanda são os valores relativos subjetivamente colocados que definem se teremos um pouco mais ou menos de um bem. 
Uma função, mostra a relação entre duas ou mais variáveis. Indica como o valor de uma variável (chamada dependente) depende e pode ser calculada pela especificação do valor de uma ou mais variáveis (chamadas independentes).
Equilíbrio é uma condição do mercado que, uma vez atingida, tende a persistir. O equilíbrio resulta do balanceamento das forças do mercado.
2.4– Teoria do Consumidor
Demanda 
A demanda é, em essência, o “ato” do agente econômico denominado consumidor. Em economia o consumidor é todo indivíduo que possui renda, e portanto, tem condições de participar do “jogo” econômico, que é adquirir mercadorias ou serviços que possuem preços e que são escassas, porque os recursos também são escassos, o que leva a um custo de produção.
Conceito de Demanda: As várias quantidades de um bem ou serviço econômico que o consumidor estará disposto a retirar do mercado, a um certo instante de tempo qualquer, sendo conhecido o preço. Ou ainda, Demanda são as quantidades de vários bens que as pessoas desejam e podem comprar durante um certo período, dadas as alternativas disponíveis.
 
Função Demanda
Função demanda é uma função que explica as várias quantidades que os consumidores estarão dispostos a retirar do mercado, de um produto ou serviço econômico, conhecido o preço, e uma certa unidade de tempo qualquer.
“Ceteris Paribus – 
“Quando todas as variáveis menos duas, são controladas ou mantidas fixas”.
“As variáveis permanecem constante, menos duas, que são independentes”.
Considera-se sempre duas variáveis e as demais fatores permanecem constantes. 
Preço e Quantidade”.
Curva de Demanda 
 
Uma curva de demanda mostra as máximas quantidades de um bem que determinados indivíduos comprarão aos diversos preços, durante certo período, mas tudo mantido constante.
Fatores que Afetam a Função Demanda
podemos definir os infinitos fatores que influenciam na demanda, comparando-os com seis tipos de fatores que são considerados como modelos econômicos, e a partir dos quais todos os outros podem, de certa forma, ser comparados e estudados. Estes fatores são
O preço da mercadoria à disposição dos consumidores;
A renda disponível do consumidor, para adquirir a mercadoria;
O número de consumidores que existem num período de tempo definido na economia;
A quantidade de variações ou tipos de mercadorias à disposição dos consumidores;
O gosto e preferência do consumidor por determinado produto;
O tipo de relacionamento que existe entre produtos à disposição dos consumidores.
A Lei Demandada Negativamente Inclinada
Observa-se, que quanto mais baixo o preço do bem, maior a quantidade procurada de “x” pelo indivíduo. Este relacionamento inverso entre preço e quantidade procurada se reflete na inclinação negativa da curva da demanda. A curva de demanda, na maioria dos casos, se inclina para baixo, indicando que se o preço de uma mercadoria cai, maior quantidade dela é comprada. A isto nos referimos usualmente como “Lei da Demanda”. 
A Demanda de Mercado por uma Mercadoria
A demanda do mercado ou demanda agregada por uma mercadoria nos mostra as quantidades alternativas nas quais essa mercadoria é procurada, num dado período de tempo, aos vários preços alternativos, por todos os indivíduos que compõem o mercado. A demanda do mercado por uma mercadoria depende, assim, de compradores desta mercadoria existentes no mercado.
Geometricamente, a curva da demanda do mercado por uma mercadoria é obtida pelo somatório horizontal de todas as curvas de demanda individuais por essa mercadoria.
Oferta
Explica como a empresa estará disposta a colocar no mercado as várias quantidades de um produto ou serviço econômico qualquer, conhecendo-se o preço num certo instante de tempo.
Na oferta (ao contrário da demanda), quando o preço aumenta, as quantidades ofertadas tendem a aumentar, e quando diminui, as quantidades tendem a diminuir. Então, dizemos que, na oferta, quando o preço aumenta estimula o produtor a aumentar a quantidade produzida, e quando diminui, desencoraja a produção. A função oferta é resultado da elaboração dos custos de produção.
 Função Oferta
A função oferta é a função que demonstra o comportamento da produção. Um produtor de um bem ou serviço econômico estará disposto a colocar no mercado uma certa quantidade de seu produto, a um certo preço e em relação a vários fatores que estarão implícitos na obtenção da produção, durante um tempo, ou ainda, a oferta refere-se às quantidades produzidas que os vendedores fornecerão sob condições alternativas, durante um dado período.
As transações requerem tanto compradores como vendedores. Assim, a demanda é apenas um aspecto das decisões sobre os preços e as quantidade de bens transacionados; a oferta é o outro lado.
A quantidade de uma mercadoria que um único produtor se propõe a vender, num determinado tempo, é função ou depende do preço da mercadoria, e o custo de produção dos produtores em geral. Para se obter a função oferta de um produtor e a curva de oferta de uma mercadoria, alguns fatores que influenciam o custo de produção devem ser mantidos constantes (ainda a condição centreis paribus). Estas condições são as seguintes: a tecnologia, o suprimento dos insumos necessários para a produção da mercadoria e, para produtos agrícolas, as condições climáticas. Mantendo-se todos os fatores constantes e fazendo-se variar apenas o preço da mercadoria, chegamos à função oferta e à curva de oferta de um produtor individual para essa mercadoria.
Curva de Oferta 
Mostra as quantidades máximas de um bem que as empresas desejam fornecer, durante um dado período, aos vários preços
A Lei da Oferta
As decisões dos produtores sobre as quantidades a serem vendidas geram a lei da oferta. A lei da oferta é todo o resto mantido constante, maiores preços induzirão maior produção, levando os produtores a oferecer mais do produto durante um dado período, e vice versa.
A lei da oferta ocorre, em parte, porque maiores preços geram incentivos para expandir a produção. E, mais importante, as tentativas de expandir a produção submetem-se à lei dos rendimentos decrescentes; custos crescentes ocorrem quando os rendimentos diminuem, pois quando mais dispendiosas forem as doses de recursos aplicados, mais a produção poderá crescer, embora proporcionalmente menos.
O Ponto de Equilíbrio
Até agora examinamos a função demanda e oferta isoladamente. Vimos também que elas apresentam variações antagônicas em relação ao preço: na demanda, quando o preço diminui, estimula um aumento do consumo; na oferta, tende areduzir a quantidade ofertada do produto. Se colocarmos os dois gráficos lado a lado, podemos facilmente verificar esse comportamento das funções. 
Conceito: Ponto de Equilíbrio, é um ponto em que as quantidades que o consumidor está disposto a retirar do mercado, a um certo preço, num determinado instante de tempo, são exatamente idênticas às quantidades que os produtores estão, por sua vez, dispostos a colocar no mercado, nessas mesmas condições.
2.5- ESTRUTURAS DE MERCADO
Introdução
Vimos anteriores quais variáveis afetam a demanda e a oferta de bens e serviços, e como são determinados os preços, supondo que, sem interfe​rências, o mercado automaticamente encontra seu equilíbrio. Implicitamente, estava sendo suposta uma estrutura específica de mercado, qual seja, a de concorrência perfeita. 
As várias formas ou estruturas de mercado dependem fundamentalmente de três características:
a)	número de empresas que compõem esse mercado;
b) tipo do produto (se as firmas fabricam produtos idênticos ou diferenciados);
c) se existem ou não barreiras ao acesso de novas empresas nesse mercado.
A maior parte dos modelos existentes pressupõe que as empresas maximizam o lucro total, o que, corresponde ao nível de produção no qual a receita marginal iguala o custo marginal. Essa é a hipótese da Teoria Tradicional ou Marginalista.
Especificamente para o caso de estruturas oligopolistas de mercado, veremos que existe uma teoria alternativa, que pressupõe que a empresa maximiza o mark-up, que é a margem entre a receita e os custos diretos (ou variáveis) de produção.
Classificação mais usada:
1 – Concorrência Perfeita;
2 – Monopólio;
3 – oligopólio;
4 – Concorrência Monopolistica.
Concorrência pura ou perfeita 
É um tipo de mercado em que há um grande número de vendedores (empresas), de tal sorte que uma empresa, isoladamente, por ser insignificante, não afeta os níveis de oferta do mercado e, consequentemente, o preço de equilíbrio. É um mercado “atomizado” pois é composto de um número expressivo de empresas, como se fossem átomos. Nesse tipo de mercado devem prevalecer ainda as seguintes premissas:
( Produtos homogêneos: Não existe diferenciação entre produtos ofertados pe​las empresas concorrentes.
( Não existem barreiras para o ingresso de empresas no mercado.
( Transparência do mercado: Todas as informações sobre lucros, preços etc. são conhecidas por todos os participantes do mercado.
Em concorrência perfeita, como o mercado é transparente, se existirem lucros extraordinários isso atrairá novas firmas para o mercado, pois que também não há barreiras ao acesso. Com o aumento da oferta de mercado, os preços tendem a cair, e consequentemente os lucros extras, até chegar a uma situação onde só existirão lucros normais, cessando o ingresso de novas empresas nesse mercado.
Não há mercado tipicamente de concorrência perfeita no mundo real.
Concorrência Perfeita
Monopólio
O mercado monopolista se caracteriza por apresentar condições diametralmente opostas às da concorrência perfeita. Nele existe, de um lado, um único empresário (em​presa) dominando inteiramente a oferta e, de outro, todos os consumidores. Não há, portanto, concorrência, nem produto substituto ou concorrente. Nesse caso, ou os consumidores se submetem as condições impostas pelo vendedor, ou simplesmente deixarão de consumir o produto.
Nessa estrutura de mercado, a curva da demanda da empresa é a própria curva da demanda do mercado como um todo. Ao ser exclusiva no mercado, a empresa não es​tará sujeita aos preços vigentes. Mas isso não significa que poderá aumentar os preços in​definidamente.
Existem ainda, os monopólios institucionais ou estatais em setores considerados estratégias ou de segurança nacional.
Oligopólio
É um tipo de estrutura normalme caracterizada por um pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado. Pode caracterizar-se como um mercado em que há um pequeno número de empresas como a indústria automobilística.
No oligopólio, tanto as quantidades ofertadas quanto os preços são fixados entre as empresas por meio de cartel, que é uma organização (formal ou informal) de produtores dentro de um setor que determina a política de preços para todas as empresas que a ele pertencem.
Nos oligopólios, normalmente as empresas discutem suas estruturas de custos, embora o mesmo não ocorra com relação a sua estratégia de produção e de marketing. Há uma empresa líder que fixa os preços, respeitando os custos dos demais.
Concorrência Monopolista
Trata-se de uma estrutura de mercado intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com o oligopólio, pelas seguintes características:
(	 Número relativamente grande de empresas com certo poder concorrencial, po​rém com segmentos de mercados e produtos diferenciados, seja por característi​cas físicas, embalagem ou prestação de serviços complementares (pós-venda).
(	 Margem de manobra para fixação dos preços não muito ampla, uma vez que existem produtos substitutos no mercado.
Essas características acabam dando um pequeno poder monopolista sobre o preço de seu produto, embora o mercado seja competitivo (daí o nome concorrência monopolista).
Estruturas do Mercado de Fatores de Produção
O mercado de fatores de produção - mão de obra capital terra e tecnologia também apresenta diferentes estruturas. Como o mercado de fatores depende da demanda de insumos pelos setores produtores de bens e serviços, ou seja, deriva do mesmo, a demanda por esses fatores é chamada de demanda derivada. As estruturas no mercado de fatores são resumidas a seguir
Concorrência perfeita no mercado de fatores
É um mercado onde existe uma oferta abundante do fator de produção (por exemplo, mão-de-obra não especializada), o que torna o preço desse fator constante. Os ofertantes ou fornecedores, como são em grande número, não têm condições de obter preços mais elevados por seus serviços.
Monopsônio
Trata-se de uma forma de mercado na qual há somente um comprador para mui​tos vendedores dos serviços dos insumos. É o caso da empresa que se instala em uma determinada cidade do interior e, por ser a única, torna-se demandante exclusiva da mão-de-obra local e das cidades próximas, tendo para si a totalidade da oferta de mão-de-obra.
Oligopsônio
E um mercado onde existem poucos compradores que dominam o mercado para muitos vendedores. Exemplo: indústria de laticínios. Em cada cidade existem dois ou três laticínios que adquirem a maior parte do leite dos inúmeros produtores rurais locais. A indústria automobilística além de oligopolista no mercado de bens e serviços também é oligopsonista na compra de autopeças.
Monopólio bilateral
O monopólio bilateral ocorre quando um monopsonista, na compra de fator de produção, defronta-se com um monopolista na venda desse fator. 
Ação governamental e abusos de mercado
Criado em 1962 (lei n. 4.137), o Conselho Administrativo de Direito Econômi​co (CADE) é uma autarquia ligada ao Ministério da Justiça, que tem por objetivo julgar processos administrativos relativos a abusos do poder econômico, bem como analisar fusões de empresas que podem criar situações de monopólio ou maior domínio de mercado. Quando se prova que a limitação da concorrência não propicia ganhos aos consumidores em termos de menores preços ou produtos tecnologicamente mais avan​çados, o CADE manda desfazer o negócio entre as partes.
Grau de Concentração Econômica no Brasil_
Uma medida comumente utilizada para verificar o grau de concentração econômi​ca é calcular a proporção do valor do faturamento das quatro maiores empresas de cada ramo de atividade sobre o total faturado no ramo respectivo. Em termos percentuais, quanto mais próximo de l00)%, maioro grau de concentração do setor (as quatro maiores respondem com a quase totalidade do faturamento); quanto mais próximo de 0%, menor o grau de concentração (e, portanto, maior o grau de concorrência) do setor.
3 INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA
1 - Introdução
A macroeconomia estuda a economia como um todo, analisando a determinação e o comportamento de grandes agregados, tais como: renda e produto nacio​nais, nível geral de preços, emprego e desemprego, estoque de moeda e taxas de juros, balança de pagamentos e taxa de câmbio.
Ao estudar e procurar relacionar os grandes agregados, a macroeconomia negli​gencia o comportamento das unidades econômicas individuais e de mercados específi​cos. Estas são preocupações da Microeconomia. A Macroeconomia trata o mercado de bens e serviços como um todo (agregando produ​tos agrícolas, industriais e serviços de transporte, por exemplo), assim como o mercado de trabalho (não se preocupam do com diferenças na qualificação, sexo, idade, origem da força de trabalho etc.).
A teoria Macroeconômica propriamente dita preocupa-se mais com aspectos de curto prazo. Especificamente preocupa-se com questões como o desemprego, que aparece sempre que a economia está trabalhando abaixo de seu máximo de produção, e com as implicações sobre os vários mercados quando se alcança a estabilização do nível geral de preços. 
A parte da Teoria Econômica que estuda questões de longo prazo é denominada Teoria do Crescimento Econômico. Analisa também os grandes agregados, mas com um enfoque um pouco diferenciado, preocupando-se com questões como progresso tecnológico, abertura comercial, estratégias de crescimento etc., numa visão de longo prazo.
1.2- OBJETIVOS DA MACROECONOMIA
Os principais objetivos da Análise Macroeconômica Contemporânea são:	
fornecer uma teoria explicativa e um mecanismo representativo do funcionamento da economia nacional;
possibilitar a previsão do comportamento futuro da economia e identificação dos distúrbios que possam prejudicar seu bom funcionamento;
promover o controle dos fatores que afetam a estabilidade econômica e o desenvolvimento do país. 
Os objetivos e as dimensões da análise macroeconômica são do interesse das pessoas, empresas e governo. As pessoas podem se interessar pela macroeconomia porque ela fornece os elementos para a compreensão e crítica dos problemas econômicos e da política econômica do governo. As empresas precisam da macroeconomia como instrumentos de análise e previsão dos fatos econômicos a fim de poderem orientar suas decisões e melhorar seu desempenho. O governo usa a teoria macroeconômica para analisar os problemas econômicos nacionais e promover a estabilidade e o desenvolvimento do país.
2. Metas de política macroeconômica
São as seguintes as metas de política macroeconômica:
( alto nível de emprego
( estabilidade de preços 
( distribuição de renda socialmente justa 
( crescimento econômico 
As questões relativas ao emprego e à inflação são consideradas como conjunturais, de curto prazo. É a preocupação central das chamadas políticas de estabilização. As questões relativas ao crescimento econômico são predominantemente de longo prazo, enquanto o problema da distribuição de renda envolve aspectos de curto e longo prazos.
2.1Alto Nível de Emprego
Pode-se dizer que a questão do desemprego, a partir dos anos 30, permitiu um aprofundamento da análise macroeconômica. Surgiu o livro de John Maynard Keynes -Teoria Geral do Emprego, dos juros e da moeda -, em 1936, que forneceu aos governantes os instrumentos necessários para que a economia recuperasse seu nível de emprego potencial ao longo do tempo.
Em macroeconomia a palavra emprego designa a utilização do fator produtivo "trabalho". O desemprego reporta-se ao conjunto das pessoas que, pretendendo trabalhar e tendo condições para tal (idade, qualificações) não encontram colocação numa actividade produtiva. A soma das pessoas empregadas com as pessoas desempregadas designa-se como População ativa. 
2.2 Estabilidade de Preços
Define-se inflação como um aumento contínuo e generalizado no nível geral de preços.
Por que a inflação é um problema? A inflação acarreta distorções, principalmente sobre a distribuição da renda, sobre as expectativas dos agentes econômicos e sobre o balanço de pagamentos.
Costuma-se aceitar que um pouco de inflação faz parte dos ajustes de uma socie​dade dinâmica, em crescimento. Efetivamente a experiência histórica mostra que exis​tem algumas condições inflacionarias que são inerentes ao próprio processo de cresci​mento econômico. As tentativas dos países em vias de desenvolvimento de alcançarem estágios mais avançados de crescimento econômico dificilmente se realizam sem que também ocorram, concomitantemente elevações no nível geral de preços
2.3 Distribuição Eqüitativa de Renda
A economia brasileira cresceu razoavelmente entre o fim dos anos 60 e a maior parte da década de 70. Apesar disso, verificou-se uma disparidade muito acentuada de nível de renda, tanto a nível pessoal como a nível regional. Isso fere, evidentemente, o sentido de equidade ou justiça.
No Brasil, os críticos do "milagre" argumentavam que havia piorado a concentra​ção de renda no país, nos anos 1967-1973, devido a uma política deliberada do gover​no baseada em crescer primeiro para depois distribuir (a chamada Teoria do Bolo).
A posição oficial era de que um certo aumento na concentração de renda seria inerente ao próprio desenvolvimento capitalista, dadas as transformações estruturais que ocorrem (êxodo rural, com trabalhadores de baixa qualificação, aumento da proporção de jovens etc.). Nesse processo gera-se uma demanda por mão-de-obra qualificada, a qual, por ser escassa, obtém ganhos extras. Assim, o fator educacional seria a principal causa da piora distributiva. Simonsen argumentava que há "desigualdade com mobilidade", isto é, o indivíduo permanece pouco tempo na mesma faixa salarial e tem facili​dade de ascensão. Isso seria um fator importante para a convivência com má distribuição de renda.
Deve ser observado que, embora tenha ocorrido no Brasil uma concentração de renda naquele período, a renda média de todas as classes aumentou. O problema é que, embora o pobre tenha ficado menos pobre, o rico ficou relativamente mais rico no período considerado.
2.4 Crescimento Econômico
Se existe desemprego e capacidade ociosa, pode-se aumentar o produto nacional através de políticas econômicas que estimulem a atividade produtiva. Mas, feito isso, há um limite à quantidade que se pode produzir com os recursos disponíveis.
Aumentar o produto além desse limite exigirá:
a) ou um aumento nos recursos disponíveis;
b) ou um avanço tecnológico ou seja, melhoria tecnológica, novas maneiras de organizar a produção, qualificação da mão-de-obra).
Quando fala-se em crescimento econômico, estamos pensando no crescimento da renda nacional per capita, ou seja, em colocar à disposição da coletividade uma quan​tidade de mercadorias e serviços que supere o crescimento populacional. A renda per capita é considerada um razoável indicador - o mais operacional - para se aferir a melhoria do padrão de vida da população, embora apresente falhas (os países árabes tem as maiores rendas per capita, mas não o melhor padrão de vida do mundo).
Durante os anos 60 e 70, começaram a surgir dúvidas em relação à importância do crescimento como meta principal da política econômica. Nos países desenvolvidos tem-​se considerado a questão da piora do meio ambiente (poluição, agrotóxicos etc.). Nos países em desenvolvimento (ou economias emergentes), como o Brasil, conforme ob​servamos, o rápido crescimento dos chamado "milagre brasileiro" coincidiu com uma redistribuição de renda a favor dos segmentos mais ricos da população.
3. INSTRUMENTOS DE POLÍTICA MACROECONÔMICAA política macroeconômica envolve a atuação do governo sobre a capacidade produtiva (oferta agregada) e despesas planejadas (demanda agregada), com o objetivo de que a economia opera a pleno emprego, com baixas taxas de inflação e uma distribuição justa da renda.
3.1Políticas Econômicas
Para se realizar mudanças na economia, o Governo, que é o grande fiscalizador, regulador e responsável por manter um país num rumo de crescimento e desenvolvimento, atua direta e indiretamente no mercado, basicamente de três formas:
3.2Política Manetária
Refere-se à atuação do governo sobre a quantidade de moeda e títulos públicos. Os instrumentos disponíveis para tal são:
( emissões
(	reservas compulsórias (percentual sobre os depósitos, que os bancos comerciais devem colocar à disposição do Banco Central) 
( Open marker (compra e venda de títulos públicos)
( redescontos (empréstimos do Banco Central aos bancos comerciais).
( regulamentação sobre crédito e taxa de juros
Assim, por exemplo, se o objetivo é o controle da inflação, a medida apropriada de política monetária seria diminuir o estoque monetário da economia (por exemplo, au​mento da taxa de reservas compulsórias, ou compra de títulos no open market). Se a meta é o crescimento econômico, a medida adotada seria o aumento do estoque mone​tário.
As políticas monetária e fiscal representam meios alternativos diferentes para as mesmas finalidades. A política econômica deve ser executada através de uma combina​ção adequada de instrumentos fiscais e monetários.
Pode-se dizer que a política fiscal apresenta maior eficácia quando o objetivo é uma melhoria na distribuição de renda, tanto na taxação às rendas mais altas como pelo aumento dos gastos do governo com destinação a setores menos favorecidos. A política monetária é mais difusa no tocante à questão distributiva.
Uma vantagem freqüentemente apontada da política monetária sobre a fiscal é que a primeira pode ser implementada logo após sua aprovação, dado que depende apenas de decisões diretas das autoridades monetárias, enquanto a implementação de políticas fiscais depende de votação do Congresso, e deve obedecer ao Princípio da Anterioridade, o que aumenta a defasagem entre a tomada de decisão e a implementação - das medidas fiscais.
3.3 A Política Monetária
A política monetária é uma das opções que o governo tem para intervir na atividade econômica.
A política monetária é o conjunto de atos do BACEN para controlar a quantidade de dinheiro e a taxa de juros e, em geral, as condições de crédito.
A política monetária pretende influir na atividade econômica, atuando sobre o gasto total da economia e, em particular, sobre o gasto das famílias e sobre o investi​mento das empresas. Dado que o gasto está relacionado com a quantidade de dinheiro existente na economia e com as condições de crédito, principalmente com a taxa de juros, o BACEN procura controlar ambas as variáveis
3.3.1 A Política Monetária Posta Em Prática
O	governo e, em particular. o Ministério da Fazenda, normalmente no começo do ano, encarregam-se de estimar e calcular qual evolução devem seguir as principais varaveis da economia: preços, desemprego. A partir destas previsões, o BACEN estima qual quantidade de dinheiro deve existir na economia para que os objetivos pretendido> sejam alcançados.
3.3.2 Política Monetária Restritiva E Expansiva
A política monetária pode ser de dois tipos: restritiva e expansiva.
Política monetária restritiva. Engloba um conjunto de medidas que tendem a reduzir o crescimento da quantidade de dinheiro e a encarecer os emprés​timos (elevar a taxa de juros).
Política monetária expansiva. E formada por aquelas medidas que tendem a acelerar o crescimento da quantidade de dinheiro e a baratear os emprés​timos (baixar as taxas de juros).	
3.3.3 Impacto Da Política Monetária
O acionamento da política monetária se realiza através de variações na quantidade de moeda (M), fato que provocará reajustamentos nos mercados monetário e do produto através do canal da taxa de juros.
Um aumento da oferta monetária implica na expansão da curva LM para a direita que provoca o incremento na renda nacional (Y) e a queda da taxa de juros (i), conforme ilustra o gráfico a seguir. Economicamente, o que ocorre é que o incremento na quantidade de moeda em circulação na economia causa a queda na taxa de juros no mercado monetário, fato que, por sua vez, eleva o investimento e a demanda de bens e serviços no mercado do produto. O aumento da renda nacional de Y1 para Y2 somente ocorre se o nível de preços permanecer constante (ceterus paribus).
	 POLÍTICA MONETÁRIA EXPANSIONISTA 
 
		
INTERPRETAÇÃO: Um aumento na quantidade de moeda implica na expansão da curva LM, aumentando a renda nacional para Y2 e reduzindo a taxa de juros para o nível i
3.4 Os Instrumentos Da Política Monetária
O BACEN não pode influir diretamente na taxa de juros nem na quantidade de dinheiro, a menos que o faça por meio dos três seguintes instrumentos: 1. do coeficiente de reservas ou de caixa; 2. de títulos do BACEN: 3. da compra ou venda dos títulos públicos.
(Controle das Emissões
O Banco Central controla, por força de lei, o volume de moeda manual da econo​mia, cabendo a ele as determinações das necessidades de novas emissões e respectivos volumes.
( Depósitos Compulsórios ou Reservas Obrigatórias
Os bancos comerciais, além de possuírem os chamados encaixes técnicos (o caixa dos bancos comerciais), são obrigados a depositar no Banco Central um percentual determinado por este sobre os depósitos a vista. Basta o Banco Central aumentar ou diminuir o percentual do depósito compulsório para influir no volume ofertado de empréstimos bancários (e portanto, na criação de depósitos ou moeda escritural),
Além de uma conta de depósitos compulsórios, os bancos comerciais mantêm junto ao Banco Central uma conta de depósitos voluntários (ou reservas livres), onde são lançados os cheques de compensação entre os bancos.
( Operações com Mercado Aberto (Open Market)
Consistem na compra e venda de títulos públicos ou obrigações pelo governo, Quando o governo coloca seus títulos junto ao público, o efeito é de reduzir os meios de pagamento (“enxuga” os meios de pagamento), já que parte da moeda em poder do público retorna ao governo como pagamento desses títulos. Ao contrário, quando o governo compra os títulos, efetua pagamento em moeda aos portadores dos mesmos, o que aumenta a oferta de moeda (os meios de pagamento).
 (Política de Redesconto
Consiste na liberação de recursos pelo Banco Central aos bancos comerciais, que podem ser empréstimos ou redesconto de títulos. Existem os redescontos de liquidez, que são empréstimos para os bancos comerciais cobrirem um eventual débito na com​pensação de cheques, e os redescontos especiais ou seletivos, que são empréstimos auto​rizados pelo Banco Central visando beneficiar setores específicos. Por exemplo, para estimular a compra de máquinas agrícolas, o Banco Central abre uma linha especial de crédito, pela qual os bancos comerciais emprestam (descontam) aos produtores rurais e redescontam o título junto ao Banco Central.
Além desses instrumentos típicos da política econômica, o Banco Central pode afetar o fluxo de moeda através da "regulamentação da moeda e do crédito (como contingenciamento de crédito, fixação da taxa de juros, limites de prazos para o crédito ao consumidor etc.).
3.5 POLÍTICA FISCAL
Refere-se a todos os instrumentos que o governo dispõe para a arrecadação de tributos (política tributária) e o controle de suas despesas (política de gastos). Além da questão do nível de tributação, a política tributária, por meio da manipulação da estrutura e alíquotas de impostos, é utilizada para estimular (ou inibir) os gastos de consumo setor privado.
Se o objetivo da política econômica e reduzir a taxa de inflação, as medidas fiscais normalmente utilizadas são a diminuiçãode gastos públicos e/ou o aumento da carga tributária (o que inibe o consumo). Ou seja, visam diminuir os gastos da coletividade.
Se o objetivo é um maior crescimento e emprego, os instrumentos fiscais são os mesmos, mas em sentido inverso, para elevar a demanda agregada
Para uma política que vise melhorar a distribuição de renda, esses instrumentos devem ser utilizados de forma seletiva, em benefício dos grupos menos favorecidos. Por exemplo, impostos progressivos, gastos do governo em regiões mais atrasadas etc.
Toda política tributária deve obedecer a um princípio constitucional, chamado Principio da Anterioridade (anteriormente conhecido como Princípio da Anualidade), segundo o qual a implementação de uma medida só pode ocorrer a partir do ano se​guinte ao de sua aprovação pelo 
3.5.1 Os Instrumentos Do Setor Público: Política Fiscal
O geverno, para alcançar os objetivos a que se propõe, utiliza a política econômica. Esta geralmente é feita mediante os instrumentos que a política fiscal e a política monetária oferecem. A política monetária ocupa-se principalmente em controlar a quantidade de dinheiro e a taxa de juros.
3.5.2 Impacto Da Política Fiscal
O acionamento da política fiscal caracteriza-se principalmente por variações no dispêndio público (G), já que alterações na tributação são mais complexas e demoradas por requerer modificações na Constituição, no caso do Brasil. As variações no dispêncio público afetam os mercados do produto e da moeda. 
Um aumento do dispêndio implica na expansão da curva IS para a direita, fato que provocará um aumento da renda nacional (Y) e da taxa de juros (i) conforme ilustra o gráfico a seguir. Economicamente, o que ocorre é que o aumento do dispêndio (G) provoca um incremento na demanda de bens e serviços, fato que, por sua vez, provoca a expansão da demanda transacional de moeda, elevando a taxa de juros no mercado monetário e reduzindo o investimento no mercado do produto.
			 POLÍTICA FISCAL EXPANSIINISTA
		
INTERPRETAÇÃO: Um aumento no dispêndio público expande a curva IS, provocando um aumento líquido da renda para o nível Y2 e na taxa de juros para i2. Entretanto, o aumento da renda de Y1 para Y2, somente ocorre se for mantido constante o nível de preços (ceterus paribus). 
 Abaixo, na figura do Fluxo Circular da Renda, podemos entender claramente aonde estas políticas afetam a economia.
3.5 Políticas Cambial e Comercial
São políticas que atuam sobre as variáveis relacionadas ao setor externo da eco​nomia.
A política cambial refere-se à atuação do governo sobre a taxa de câmbio. O gover​no, através do Banco Central, pode fixar a taxa de câmbio (regime de taxas fixas de câmbio), ou permitir que ela seja flexível e determinada pelo mercado de divisas (regime de taxas flutuantes de câmbio).
A política comercial diz respeito aos instrumentos de incentivos às exportações e/ou estímulo e desestímulo as importações, ou seja, refere-se aos estímulos fiscais (crédito-prêmio do ICMS, IPI etc ) e creditícios (taxas de juros subsidiadas) às exportações e ao controle das importações (via tarifas e barreiras quantitativas sobre importações).
3.6 Política de Rendas
A política de rendas refere-se à intervenção direta do governo na formação de renda (salários, aluguéis), através de controle e congelamentos de preços.
Alguns tipos de controle exercidos pelas autoridades econômicas podem ser con​siderados dentro do âmbito das políticas monetária, fiscal ou cambial. Por exemplo o controle das taxas de juros e da taxa de cambio. Entretanto os controles sobre preços e salários situam-se em categoria própria de política econômica A característica especial e que, nesses controles, Os preços são congelados, e os agentes econômicos não podem responder às influências econômicas normais do mercado. Normalmente esses controles são utilizados como política de combate à inflação. No Brasil, a fixação da política salarial, o salário mínimo, a atuação do CIP (Conselho lnterministerial de Preços), depois o SEAP (Secretaria Especial de Abastecimento e Preços) e os congelamentos de preços e salários nos recentes planos econômicos situam se no contexto de políticas antiinflacionárias.	-
4 ECONOMIA MONETÁRIA
1 Moeda – Abordagens Iniciais
Moeda é uma unidade de valor padrão utilizada como instrumento de troca por uma comunidade. É o meio pelo qual os preços são expressos, as dívidas liquidadas, as mercadorias e serviços pagos e a poupança efetuada. A moeda corrente é o dinheiro oficial de um país para todos os tipos de transações. Como o controle da moeda é vital não apenas para o equilíbrio da economia de um país mas também para as relações comerciais entre nações, é criado um sistema monetário internacional.
Origem – Na Antiguidade, as mercadorias produzidas numa comunidade serviam como meio de pagamento para suas transações comerciais. Destacava-se sempre uma entre as demais. Como moeda, já circularam peles, fumo, óleo de oliva, sal, mandíbulas de porco, conchas, gado e até crânios humanos. O ouro e a prata ganham rapidamente preferência devido à beleza, durabilidade, raridade e imunidade à corrosão.
Os primeiros registros do uso de moedas metálicas datam do século VII a. C., quando eram cunhadas na Lídia, reino da Ásia Menor e também na região do Peloponeso, ao sul da Grécia . O papel-moeda (as notas) surge no século IX na China. A Suécia é o primeiro país europeu a adotá-lo, no século XVII. Fácil de transportar e de manusear, o seu uso difunde-se com rapidez. Até então, a quantidade de moedas correspondia ao volume de ouro ou prata disponível para cunhagem. O papel-moeda, por não ser feito de metal, permite o aumento arbitrário da quantidade de dinheiro.
Para combater o desvio, institui-se o padrão ouro, em que o volume de dinheiro em circulação deve ser igual ao valor das reservas de ouro de um país depositado nos bancos. Mesmo assim, tornou-se comum a emissão de notas em quantidades desproporcionais às reservas e que não tinham, em conseqüência, o valor declarado. Tal prática leva à desvalorização da moeda, cuja credibilidade depende da estabilidade da economia nacional e da confiança junto aos órgãos internacionais. Hoje, as moedas são feitas de níquel e alumínio e o seu valor nominal é maior que o de fato.
Sistema monetário – Conjunto de regras estabelecidas pelos países ricos e acatadas pelos demais para controlar as atividades financeiras em nível internacional. Organizado a partir da Conferência de Bretton Woods, EUA (1944), indica o dólar, moeda dos EUA, e a libra esterlina, do Reino Unido, como padrões de conversão e moedas de reserva. O valor delas é vinculado ao do estoque de ouro daqueles países e é convertido em taxas fixadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). Na prática, o dólar transforma-se na única moeda internacional. Alguns países, como a França, entendem que o dólar não é forte o suficiente para ser moeda de reserva e defendem a criação de uma moeda internacional, idéia sustentada pelo economista John Maynard Keynes.
Base monetária – Cabe às autoridades de um país a formulação de uma política monetária para controlar a quantidade de dinheiro em circulação. Quando é bem-sucedida, o valor da moeda permance estável. Os técnicos aferem esse montante em quatro estágios. O primeiro, ou M1, é o papel-moeda em poder do público e os depósitos bancários à vista (o valor depositado nas contas correntes dos bancos). O M2 é o M1 mais os fundos de investimento e os títulos públicos federais, estaduais e municipais. O M3 diz respeito ao conjunto dos dois anteriores acrescido do total de dinheiro depositado em cadernetas de poupança. O M4 é a soma dos precedentes com os títulos privados. Estes quatro tipos compõem a base monetária de um país, ou seja, todo o dinheiro à disposição para o funcionamento de sua economia.
Existem algumas formas de administrar a base monetária. Uma delas é o controle da taxa de juros.Juro é uma quantia adicional cobrada pelos bancos no empréstimo de dinheiro. Quanto mais altos os juros, mais caros se tornam os empréstimos. Outros controles possíveis são o de entrada e saída do capital internacional e o das regras para compras a prazo. Países de base monetária escassa incentivam a entrada de capital estrangeiro, com o intuito de aumentar a quantia aplicada na economia nacional. As restrições ao consumo provocam o aumento do dinheiro poupado e, por conseqüência, das reservas do país.
Câmbio – Moedas de valor estável no mercado internacional de câmbio são consideradas fortes e traduzem a posição comercial de um país. A mais forte do mundo é o dólar norte-americano, adotado como unidade monetária dos EUA em 1785. Também são fortes: o marco alemão, criado em 1500; a libra esterlina, em 1489; o franco francês, em 1360; e o iene japonês, adotado em 1871.
Moedas fracas possuem, ao contrário, valor de troca instável e espelham economias desequilibradas. O Brasil acumula oito alterações monetárias no período republicano: réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzado, cruzado novo, cruzeiro e cruzeiro real tiveram seu valor arrasado pela inflação . O real, criado em 1994, apresenta, em 1995, atributos de moeda forte, pela sua pequena variação, mantendo o poder de compra estável. Mas a avaliação do comportamento.
2 – Conceito de moeda
A moeda é o conjunto dos meios de pagamento, e pode assumir diversas formas: 
moedas metálicas 
notas de banco 
créditos bancários 
As moedas metálicas e as notas de banco são facilmente identificadas por nós: tilintam nos nossos bolsos ou avolumam as nossas carteiras; já a moeda criada através do créditos bancários não é tão evidente, embora também estejamos habituados a lidar com ela. Esta moeda é movimentada através de cheques ou de cartões electrónicos (cartões de débito e de crédito) e normalmente pensamos que corresponde a moedas metálicas e notas que os bancos guardam nos seus cofres. Mas não é assim: a maior parte da moeda movimentada por cheques e por cartões existe apenas como simples registo escrito ou registo magnético (nas memórias de computadores); por isso também se designa esta moeda como moeda escritural ou moeda electrónica. 
Moeda é um instrumento ou objeto que é aceito pela coletividade para intermediar as transações econômicas, para pagamento dos bens, serviços e fatores de produção. Essa aceitação é garantida pôr lei, ou seja, a moeda tem “ curso forçado”. Antes da existência da moeda o fluxo de trocas de bens e serviços na economia dava-se através do escambo, com trocas diretas de mercadora por mercadoria (economia de trocas). É fácil imaginar os transtornos trazidos por tal mecanismo. Certas mercadorias passaram a ser aceitas por todos, por suas características peculiares ou pelo próprio fato de serem escassas
Os metais preciosos passaram a assumir a função de moeda por diversas razões: são limitados na natureza, possuem durabilidade e resistência, são divisíveis em peso etc. Para exercer o controle sobre os metais em circulação, foi implantada a “ cunhagem” da moeda pelos governantes, o que deu origem a nossa atual moeda metálica.
Nosso atual papel-moeda teve origem na moeda-papel. As pessoais de posse de ouro, por questão de segurança, o guardavam em casas especializadas onde os ourives, pessoas que trabalhavam o ouro e a prata, emitiam certificados de depósitos dos metais. 
Ao adquirir bens e Serviços, as pessoas podiam então fazer os pagamentos com esses certificados, já que, por serem transferí​veis, o novo detentor do título poderia retirar o montante correspondente de metal junto ao ourives. Como o depositário do metal merecia a confiança de todos, esses certificados foram ganhando livre circulação, passando a ter aceitação geral, já que possuíam lastro e podiam ser convertidos a qualquer instante em ouro. Ao longo do tem​po, entretanto, o lastro tornou-se menor que 100%, pois o ourives, percebendo que sempre permanecia em sua firma um determinado montante de metais preciosos sobre os quais não havia comando, passou a emitir moeda-papel em proveito próprio, sem nenhum lastro.
Mais tarde, com a criação dos Estados nacionais aparece o papel-moeda. Cada Estado passou a emitir seu papel-moeda, sendo este lastreado em ouro (padrão-ouro).
O ouro, contudo, era um metal com reservas limitadas na natureza, e como a capaci​dade de emitir moeda estava vinculada à quantidade de ouro existente, o padrão-ouro passou a apresentar um obstáculo à expansão das economias nacionais e do comércio internacional, ao impor um limite à oferta monetária. Dessa forma, a partir de 1920 o padrão-ouro foi abandonado, e a emissão de moeda passou a ser livre, ou a critério das autoridades monetárias de cada país. Assim, a moeda passa a ser aceita por força de lei, denominando-se moeda de curso forçado ou moeda fiduciária (de fidúcia, confiança), não sendo lastreada em metais preciosos.
3 - Funções da moeda e tipos de moeda
A moeda preenche fundamentalmente três funções: 
intermediário nas trocas 
unidade de conta, ou medida 
reserva de valor 
A função da moeda como intermediário nas trocas é essencial na vida económica contemporânea. Podemos imaginar toda a actividade económica como uma troca de bens económicos por outros bens: o empregado troca o seu trabalho por comida, roupa, alojamento, etc; o empresário troca a sua produção por trabalho e por outros bens, e assim sucessivamente. Trata-se do circuito económico: 
4 Tipos de Moeda
(	 Moedas Metálicas: Emitidas pelo Banco Central, constituem pequena parcela da oferta monetária e visam facilitar as operações de pequeno valor e/ou com unidade monetária fracionada (troco).
( Papel-moeda: Também emitido pelo Banco Central, representa parcela signifi​cativa da quantidade de dinheiro em poder do público.
O papel-moeda e as moedas metálicas em poder do público são denominadas moeda manual.
( Moeda escritural: É representada pelos depósitos a vista (depósitos em Conta Corrente) nos bancos comerciais (é a moeda contábil, escriturada nos bancos comerciais).
5 - Oferta de moeda
Como qualquer mercadoria, a moeda tem seu, preço e quantidade determinados pela oferta e demanda. A oferta de moeda é o suprimento de moeda para atender às necessidades da coletividade.
5.1. Conceito de Meios de Pagamento
A oferta de moeda também é chamada de meros de pagamento.
Meios de pagamento constituem o total de moeda à disposição do setor privado não bancário, de liquidez imediata, ou seja, que pode ser utilizada imediatamente para efetuar transações. A liquidez da moeda é a capacidade que ela tem de ser um ativo prontamente disponível e aceito para as mais diversas transações.
Os meios de pagamento em sua forma tradicional são dados pela soma da moeda em poder do público mais os depósitos à vista nos bancos comerciais. Ou seja, pela soma da moeda manual e da moeda escritural.
Os meios de pagamento representam, então, quanto a coletividade tem de moeda física (metálica e papel) com o público ou no cofre das empresas somado a quanto ela tem em conta corrente nos bancos.
Enfim, é a moeda que não está rendendo juros, aquela que não está aplicada em contas ou ativos remunerados.
Note-se, também, que o conceito econômico de moeda e representado apenas pela moeda que está com o setor privado e não bancário, ou seja, excluem-se os próprios bancos comerciais, e a moeda que está com as autoridades monetárias. Neste sentido, os depósitos a vista ou em conta corrente não são dinheiro dos bancos, mas dinheiro que pertence ao público não bancário. O dinheiro que pertence aos bancos são seus encaixes (caixa dos bancos comerciais) e suas reservas (quanto os bancos comercial mantêm depositado junto ao Banco Central).
Também não são considerados, na definição tradicional de meios de pagamento, as cadernetas de poupança e os depósitos a prazo nos bancos comercias ( Certificados de Depósitos Bancários), por duas razões. não são de liquidezimediata e são remunerados, isto é, rendem juros.
	Os meios de pagamento, conceituados como moeda de liquidez imediata, que não rendem juros, também são chamados, na literatura mais específica, de Ml. Para alguns objetivos, os economistas incluem como moeda a chamada quase-moeda ativo que tem alta liquidez (embora não tão imediata) e que rende juros, como os títulos públicos, as cadernetas de poupança, os depósitos a prazo e alguns títulos privados, como letras de câmbio e letras imobiliárias.
QUASE MOEDA (HAVERES NÃO MONETÁRIOS)
Correspondem aos chamados ativos financeiros, cuja utilidade são os de serem formas de guardar a riqueza de seu possuidor (geralmente rendem juros). São subdivididos de acordo com os seguintes conceitos :
M2 = M1 + títulos públicos em poder do público +FAF+DER.
M3 = M2 + depósitos de poupança.
M4 = M3 + títulos privados (depósitos a prazo e letras de câmbio).
Portanto M4, corresponde a chamada base monetária no conceito mais ampliado, o qual nada mais é do que, todo dinheiro existente na economia (oferta monetária+ haveres não monetários), ou seja, a soma das reservas monetárias, mais a moeda em poder da população.
 
5.2. Oferta de moeda pelo Banco Central
O Banco Central é o órgão responsável pela política monetária que tem como objetivo regular o montante de moeda e de crédito e as taxas de juros, de forma compatível com o nível de atividade econômica. Ou seja, o Banco Central deve procurar manter a liquidez da economia, atendendo às necessidades de transações do sistema econômico. Compete ao Banco Central do Brasil (Bacen) cumprir e fazer cumprir as disposições que lhe são atribuídas pela legislação em vigor e as normas expedidas pelo Conselho Mone​tário Nacional. O Banco Central do Brasil é o órgão executor da política monetária, além de exercer a regulamentação e a fiscalização de todas as atividades de intermediação financei​ra no país.
6 Funções do Banco Central
(	Banco dos Bancos: O fluxo de caixa dos bancos tanto pode apresentar insuficiência de recursos como excesso. No primeiro caso, precisam ser socorridos, e quem o faz é o Banco Central. No segundo caso, os bancos, para não deixarem seus recursos ociosos, os depositam no Banco Central. Além disso há a necessidade de transferência de fundos entre os bancos comerciais, como resultado positivo ou negativo da câmara de compensação de cheques e outros papéis o que é feito através de suas contas no Banco Central.
No Brasil, a câmara de compensação de cheques e outros papéis é realizada pelo Banco do Brasil em local onde todos os bancos trocam seus débitos e créditos do dia. O Banco do Brasil também recebe depósitos do governo, e não o Banco Central. Isso porque o Banco Central, junto com o Conselho Monetário Nacional, é um órgão normativo, enquanto o Banco do Brasil é um órgão executivo.
(	Banco do governo: Grande parte dos recursos do governo é depositada no Banco Central. Quando o governo necessita de recursos, saca junto ao Banco Central em contrapartida à entrega de títulos da dívida pública.
(	Controle e regulamentação da oferta de moeda, que é uma função normativa: regula a moeda e crédito do sistema econômico.
(	Controle dos capitais estrangeiros e das operações com moeda estrangeira.
(	Fiscalização das instituições financeiras,
Para exercer essas funções, o Banco Central utiliza os instrumentos de política monetária.
7 Instrumentos de Política Monetário
(Controle das Emissões
O Banco Central controla, por força de lei, o volume de moeda manual da econo​mia, cabendo a ele as determinações das necessidades de novas emissões e respectivos volumes.
( Depósitos Compulsórios ou Reservas Obrigatórias
Os bancos comerciais, além de possuírem os chamados encaixes técnicos (o caixa dos bancos comerciais), são obrigados a depositar no Banco Central um percentual determinado por este sobre os depósitos a vista. Basta o Banco Central aumentar ou diminuir o percentual do depósito compulsório para influir no volume ofertado de empréstimos bancários (e portanto, na criação de depósitos ou moeda escritural),
Além de uma conta de depósitos compulsórios, os bancos comerciais mantêm junto ao Banco Central uma conta de depósitos voluntários (ou reservas livres), onde são lançados os cheques de compensação entre os bancos.
( Operações com Mercado Aberto (Open Market)
Consistem na compra e venda de títulos públicos ou obrigações pelo governo, Quando o governo coloca seus títulos junto ao público, o efeito é de reduzir os meios de pagamento (“enxuga” os meios de pagamento), já que parte da moeda em poder do público retorna ao governo como pagamento desses títulos. Ao contrário, quando o governo compra os títulos, efetua pagamento em moeda aos portadores dos mesmos, o que aumenta a oferta de moeda (os meios de pagamento).
 (Política de Redesconto
Consiste na liberação de recursos pelo Banco Central aos bancos comerciais, que podem ser empréstimos ou redesconto de títulos. Existem os redescontos de liquidez, que são empréstimos para os bancos comerciais cobrirem um eventual débito na com​pensação de cheques, e os redescontos especiais ou seletivos, que são empréstimos auto​rizados pelo Banco Central visando beneficiar setores específicos. Por exemplo, para estimular a compra de máquinas agrícolas, o Banco Central abre uma linha especial de crédito, pela qual os bancos comerciais emprestam (descontam) aos produtores rurais e redescontam o título junto ao Banco Central.
Além desses instrumentos típicos da política econômica, o Banco Central pode afetar o fluxo de moeda através da "regulamentação da moeda e do crédito (como contingenciamento de crédito, fixação da taxa de juros, limites de prazos para o crédito ao consumidor etc.).
8 Oferta de moeda pelos bancos comerciais. O multiplicador monetário
Os bancos comerciais também podem aumentar os meios de pagamento (isto é, aumentar a oferta de moeda) através da multiplicação da moeda escritural ou depósitos a vista.
Um depósito a vista ou em conta corrente num banco comercial representa um fundo disponível, que pode ser movimentado a qualquer instante pelo titular da conta corrente através de cheque. No entanto existe um fluxo contínuo de depósitos e saques, de tal forma que o banco não precisa manter a totalidade dos recursos captados de depósitos a vista para fazer frente aos pagamentos dos cheques emitidos pelos correntistas, Dessa forma, o banco precisa guardar em seus cofres apenas a parte dos depósitos a vista que lhe permita cobrir as reservas técnicas ou caixa (para pagamento dos cheques) e os depósitos compulsórios e voluntários (cheques de compensação) podendo emprestar o restante a seus clientes, pois dispõe de uma carta patente que lhe permite fazer isso. O cliente que tomou o dinheiro emprestado faz um depósito a vista no mesmo ou em outro banco. Desse novo depósito, o banco retém o montante de reservas que cubra as reservas técnicas, bem como o depósito compulsório e o depósito voluntário junto ao Banco Central, e o restante torna a emprestar para outro cliente, que, por sua vez, faz novo depósito a vista, e assim sucessivamente.
Note-se que apenas os bancos comerciais dentre os intermediários financeiros podem efetuar empréstimos com suas obrigações, isto é, depósitos a vista. Os chamados intermediários financeiros não bancários como as financeiras bancos de investimentos, apenas transferem recursos de aplicadores para tomadores e suas obrigações não são consideradas meios de pagamento. Ou seja, os bancos comerciais podem emitir ativos monetários e não monetários, enquanto as instituições financeiras não bancárias operam exclusivamente com ativos não monetários.
Demanda de moeda
A demanda de moeda pela coletividade corresponde á quantidade de moeda que o setor privado não bancário retém, em média, seja com o público, seja no cofre das empresas, e em depósitos a vista nos bancos comerciais.
O que faz com que as pessoas e empresas retenham

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