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Manual de Sutura

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Sutura 
 
 
Os fios de sutura cirúrgica foram conceituados como materiais utilizados para selar 
vasos sangüíneos e aproximar tecidos, em ações de ligar e suturar. Surgiram e foram 
desenvolvidos ao longo dos séculos em função da necessidade de controlar hemorragias e 
também de favorecer a cicatrização de ferimentos ou incisões por primeira intenção. 
Desde a antigüidade, um grande número de materiais de sutura foi testado e 
utilizado, tais como fibras vegetais, tendões, intestinos de vários animais, crina de cavalo, 
filamentos de ouro, dentre outros. Uma das menções mais antigas ao ato de suturar está 
registrada no papiro egípcio de Edwin Smith, que data de 3.500 a.C. 
 O conceito de ligadura e sutura está também registrado nos escritos de Hipócrates 
e Galeno. Atribui-se ao médico árabe Rhazes a introdução da palavra kitgut, em 900 d.C., 
para designar fios confeccionados com tiras do intestino de animais herbívoros, utilizados 
como cordas de instrumentos musicais (kit) e largamente aplicados como sutura. 
Acredita-se que essa seja a origem da palavra Catgut, que denomina o fio de sutura 
cirúrgica mais conhecido em todos os tempos 
Muitos séculos se passaram e persistiu a idéia de que toda ferida deveria ser 
estimulada a formar pus, para que ocorresse a cicatrização. Ambroise Paré, no século XVI, 
foi um dos primeiros cirurgiões a acreditar na capacidade de regeneração dos tecidos 
vivos. Introduziu fitas adesivas para coaptar bordas, além de difundir a ligadura, em 
substituição à cauterização com azeite fervente. No século XIX, o médico americano 
Philipe S. Physick, através de seus experimentos com suturas, admitiu a possibilidade de 
um fio que cumprisse sua função e depois desaparecesse, sendo absorvido pelos tecidos 
circundantes. 
Ao final do mesmo século, Joseph J. Lister introduziu métodos para redução da 
infecção cirúrgica, inclusive a desinfecção dos fios em solução de ácido carbólico ou fenol. 
Ele foi também pioneiro na utilização de Ácido Crômico para aumentar a resistência do 
Catgut à absorção. Com o advento da industrialização, materiais como a Seda e o Algodão 
tiveram seu uso difundido e passaram a ser anexados em agulha. Em 1900, já se 
dispunha de Catgut em tubo de vidro mergulhado em solução esterilizante. A partir da 
Primeira Guerra Mundial foram sendo desenvolvidos métodos de esterilização mais 
seguros, como o Cobalto 60, além de materiais sintéticos para a confecção dos fios de 
sutura cirúrgica. Por volta de 1940 começou a utilização da Poliamida e Poliéster, em 
1962 do Polipropileno e a partir de 1970 os primeiros fios absorvíveis de origem sintética 
começaram a ser comercializados. Assim começou a tendência de se utilizar uma 
variedade de fios para sutura cirúrgica esterilizados, com agulhas pré-instaladas e 
fornecidos para pronto uso. 
Os fios utilizados para sutura e ligadura cirúrgica estão divididos em 2 grandes 
grupos: absorvíveis e inabsorvíveis. Os fios absorvíveis perdem gradualmente sua 
resistência à tração até serem fagocitados ou hidrolisados. Eles podem ser de origem 
animal (Catgut Simples e Cromado) ou sintéticos multi ou monofilamentares (Poliglactina, 
Poliglecaprone e Polidioxanona). Os fios inabsorvíveis se mantêm no tecido onde foram 
implantados e podem ser de origem animal (Seda), mineral (Aço), vegetal (Algodão ou 
Linho) ou sintéticos (Poliamida, Poliéster, Polipropileno). Suas características e 
propriedades são definidas por órgãos oficiais e associações normatizadoras. No Brasil 
temos a Farmacopéia Brasileira e a norma brasileira NBR13904 da Associação Brasileira 
 1
de Normas Técnicas, dentre outras que se referem aos processos industriais. Em cada 
sutura realizada, de acordo com o tipo de tecido ou a estrutura onde o material está 
sendo implantado e as particularidades do paciente, o cirurgião busca encontrar o Fio 
Ideal. 
 
 Características: 
 
• Alta resistência à ruptura permitindo o uso de diâmetros menores; 
• Boa segurança do nó; 
• Baixa reação tecidual; 
• Não favorecimento da instalação ou continuidade de um processo infeccioso; 
• Manutenção das bordas da incisão aproximadas até a fase proliferativa da 
cicatrização; 
• Boa visualização no campo operatório; 
• Desaparecer do tecido onde foi implantado quando não for mais necessário. 
 
As suturas são realizadas para dois propósitos: manter coaptação das bordas 
da ferida e resistir às forças de tensão extrínsecas até que a cicatriz adquira a sua 
própria força de tensão. Normalmente nos primeiros 4 dias, esta força intrínseca é 
praticamente zero, crescendo rapidamente, sendo que aos 9 dias a mesma já 
ultrapassa 20%. A complicação mais relacionada com a falha técnica é a deiscência, 
e são numeradas quatro causas básicas: uso de sutura absorvível que se enfraquece 
muito rápido, quando o fio de sutura se rompe, quando os nós da sutura de desatam 
ou quando os fios cortam os tecidos que os apóiam. 
Quanto aos materiais utilizados para sutura (fios), existem 4 propriedades de 
importância comuns a todos eles: a intensidade da resposta inflamatória nos tecidos, 
o comportamento do material na presença de infecção, sua durabilidade e sua 
facilidade de manuseio. 
Os materiais de sutura inabsorvíveis são a Poliamida, o Polipropileno, seda, 
algodão, poliéster, e outros. As suturas absorvíveis incluem o catgut (feito da 
submucosa do intestino de ovinos ou a serosa do intestino de bovinos), o catgut 
cromado (catgut banhado em sais de cromo), além de polímeros sintéticos como o 
Ácido Poliglicólico e Poliglactina 910 (multifilamentares) ou a Polidioxanona e o 
Poliglecaprone (monofilamentares). Os fios sintéticos são absorvidos por hidrólise e, 
os diferentes tipos de categute por digestão enzimática ou fagocitose. 
Todas as suturas causam variável grau de reação inflamatória nos tecidos em 
que são implantadas, parte pelo trauma de inserção e parte pelas suas propriedades 
físico-químicas. A resposta inflamatória crescente verificada nos fios multifilamentares 
tanto absorvíveis quanto inabsorvíveis pode ser atribuída aos vários filamentos que 
se entrelaçam, que num meio potencialmente contaminado pode favorecer a 
persistência de bactérias. Os fios monofilamentares comprovadamente levam à 
menor reação inflamatória. 
As suturas dos diferentes planos devem ser feitas de modo que não sobrem 
espaços entre as partes a serem unidas, assim como o tecido não deve ser 
tensionado pelos pontos dados. 
 2
Instrumentos 
 
 Os bisturis podem ser totalmente descartáveis 
(cabo e lâmina são eliminados após o uso) ou 
somente as lâminas são removíveis e 
descartáveis. Estas se apresentam com formas e 
tamanhos variados, sendo as mais utilizadas as 
de número 10, 11, 12 13 e 15, que se adaptam 
ao cabo número 3. No caso de cabo 4, utiliza-se 
lâminas 21, 22, 23, 24 e 25. 
 
 
 
MANEIRAS DE EMPUNHAR O BISTURI 
 
 
 
Tesouras de íris, curvas e retas, têm a ponta aguda e cortante e são úteis tanto 
para excisões simples quanto para procedimentos maiores. Descolamentos e 
dissecções devem ser realizados com tesouras de ponta romba. Tesouras de 
Metzenbaum são ideais para este propósito. 
 
Para cortar fios deve-se usar as retas de Mayo. 
A manipulação delicada dos tecidos melhora o alinhamento da ferida cirúrgica e 
cicatrização pós-operatória. 
 3
 
 
As pinças podem ser com ou sem dentes, com cada tipo tendo o seu lugar. Para 
muitas manipulações do tecido, a pinça de Adson com dentes pode prover um 
controle preciso, mas delicado. Obviamente deve-se evitar esmagar a pele entre os 
dentes da pinça. 
 
Porta-agulha 
 
 
Para a maioria dos propósitos um pequeno porta-agulha é o ideal. Isto é 
particularmente verdade quando se trabalha com material de sutura fino em agulhas 
delicadas. A extremidade distal pode ser de aço na maioria das vezes, ou de 
qualidade superiorrevestida com material mais resistente e durável (vídia). Para 
cirurgias em couro cabeludo ou grandes no tronco, um instrumento maior pode ser 
usado. Deve-se ainda tomar cuidado, evitando segurar agulhas pesadas com porta-
agulhas delicados, danificando-os. Os mais usados são: Mayo-Hegar, Derf, Crille-
Wood, Mathieu, Castroviejo. 
 
Segurança 
 
Tenha sempre em mente a sua segurança em primeiro lugar, seguida pela do 
paciente. Muitos acidentes poderiam ser evitados pelo planejamento cuidadoso e 
pela correta realização dos procedimentos. Hepatite e Síndrome da Imunodeficiência 
Adquirida (AIDS) são as maiores preocupações, mas não se deve negligenciar os 
cuidados contra os acidentes comuns. Um bom entrosamento com os departamentos 
de doenças infecciosas e infecção hospitalar do hospital que o aluno está estagiando 
pode ajudar a localizar com precisão as áreas potenciais de risco. Você deve 
desenvolver um sistema de manuseio com os "cortantes" - as agulhas e as lâminas. A 
enfermeira ou o operador não terão que procurar na bandeja por eles no final do 
procedimento, correndo risco de acidente. 
Após o uso, materiais como agulhas e lâminas devem ser 
desprezados em caixa coletora de material perfurocortante. 
Evite reencapar agulhas. Para todos os procedimentos use 
 4
óculos de proteção, luvas esterilizadas e máscara para proteger-se dos fluidos 
corporais do paciente. 
 
Quando fizer a anti-sepsia da pele, acautele-se com possíveis reações alérgicas 
ao anti-séptico usado; o uso do anti-séptico escolhido ( PVPI ou Clorexidina) deve 
ser na pele íntegra e não na ferida aberta. A ferida sempre deverá ser limpa com 
solução salina ou água destilada. É essencial lembrar que álcool e eletrocoagulação 
não se misturam. 
 
Seja cuidadoso ao informar aos pacientes das razoáveis expectativas da sutura 
e as possíveis complicações, incluindo sangramento, infecções e deiscência da ferida 
cirúrgica. Diga-lhes que eles poderão apresentar uma cicatriz. 
 
Anestesia 
 
A utilização de todo medicamento requer o conhecimento técnico-científico para que 
o efeito desejado seja alcançado. 
 
ANESTÉSICOS LOCAIS 
 
Fármaco que bloqueia reversivelmente a geração e a condução do 
impulso ao longo da fibra nervosa, abolindo a sensibilidade e até a 
atividade motora. 
A ação resulta da capacidade de deprimir os impulsos nervosos 
aferentes da pele, superfície de mucosas e músculos que se dirigem 
ao SNC. 
 
A escolha de um anestésico local deve levar em conta o tempo cirúrgico, a 
técnica anestésica a ser usada, as necessidades da operação, o potencial de reações 
tóxicas locais ou sistêmicas e os problemas relacionados ao metabolismo. 
A duração do efeito anestésico deve englobar o período necessário à realização 
do procedimento e está condicionado à ligação do fármaco as proteínas plasmáticas e 
teciduais, rapidez de inativação e associação com vasoconstritores. Os vasoconstritores 
diminuem a velocidade de absorção e prolongam a ação anestésica. 
Os anestésicos locais podem ser classificados em compostos de ação curta, 
intermediária (Ex.: lidocaína, prilocaína e mepivacaína) e longa (bupivacaína), contudo, 
há uma discordância entre os pesquisadores, pois a duração da anestesia depende de 
fatores como aumento da dose e associação com vasoconstritores 
 A lidocaína, anestésico local do tipo amida, que estabiliza a membrana 
neuronal e inibe reversivelmente o início e a condução dos impulsos nervosos, 
produzindo assim a ação anestésica, tem início rápido (1-5 minutos), duração 
mediana, potência e toxicidade moderadas, sendo muito usada para todos os tipos 
de anestesia regional. A lidocaína é o anestésico local mais comumente usado. Em 
adultos saudáveis, a dose máxima individual recomendada de lidocaína com 
epinefrina é de 7mg/kg e em geral a máxima dose total não deve exceder 500 mg. A 
dose máxima da lidocaína sem vasocontritor não deve exceder 4,5 mg/kg e, em 
geral, é recomendado que a dose máxima total não exceda a 300 mg. 
 5
Pode ser combinado com epinefrina para induzir vasoconstrição, o que ajuda 
na hemostasia, prolonga a anestesia e previne toxicidade sistêmica. Após a injeção 
intradérmica a indução da anestesia é bastante rápida. Entretanto, a epinefrina leva 
cerca de 5 minutos para atingir seu efeito máximo. A duração da ação é de 
aproximadamente 45 a 90 minutos. Dose excessiva pode estar associada a vertigem, 
sonolência, dificuldade para focar a visão, fala arrastada, contrações musculares, 
calafrios, convulsões, depressão cardíaca, respiratória e morte. O efeito adverso mais 
comum é um distúrbio vasovagal. 
 
A epinefrina deve ser evitada quando se realizam bloqueios nervosos de forma 
circular, como se empregam nos dedos ou no pênis, especialmente nos pacientes 
com insuficiência vascular. Reações tóxicas com a epinefrina incluem taquicardia, 
hipertensão arterial, palpitação, disritmia e hemorragia cerebral. 
 
Quando a anestesia prolongada é necessária deve ser considerado o emprego 
de anestésicos locais de longa duração como a bupivacaína. Embora o início de ação 
seja mais lento, sua duração é maior. Ela pode ser especialmente importante quando 
a epinefrina está contra-indicada. Ser cuidadoso com a injeção do anestésico poderá 
reduzir drasticamente o desconforto proveniente. Use uma agulha de calibre 30, 
penetre lentamente sob a pele e, gradualmente, avance a agulha de forma gentil, 
mas mantendo uma pressão constante no êmbolo quando injetar, sempre alerta para 
a punção e injeção intravascular inadvertida da droga. A bupivacaína tem início lento, 
duração longa, potência e toxicidade altas. O bloqueio sensório é mais intenso e 
prolongado do que o bloqueio motor. É cerca de quatro vezes mais potente e mais 
tóxica do que a mepivacaína e lidocaína. Promove anestesia mais longa e mais 
profunda, quando utilizada a técnica regional em comparação com a infiltrativa. O 
efeito pode prolongar-se por até 12 horas. Doses totais em adultos saudáveis não 
devem exceder 2,0 mg/Kg, não devendo ultrapassar 225 mg com epinefrina a 
1:200.000 e 175 mg sem vasoconstritor. Estas doses totais podem ser repetidas até 
cada três horas e não exceder 400 mg em 24 horas. 
 
 
Anestésicos locais: Classificação clínica: 
• Curta duração 
Procaína 
Clorprocaína 
• Média duração 
Lidocaína 
Mepivacaína 
Prilocaína 
• Longa duração 
Tetracaína 
Bupivacaína 
Ropivacaína 
 
 
 
Evite usar seringas de maior volume e agulhas 
calibrosas. A infiltração de anestésico deve ser 
suave para se evitar aumentar a dor, o que 
pode ocorrer com a injeção sob maior pressão. 
 
Os efeitos adversos dos anestésicos locais são incomuns e, geralmente, 
ocorrem por superdosagem ou injeção acidental do anestésico num vaso sangüíneo. 
Estes acidentes não são relatados com freqüência, talvez por serem subestimados na 
sua gravidade ou porque os mecanismos que os produzem não são devidamente 
 6
diagnosticados. Os anestésicos locais podem desencadear efeitos sistêmicos tóxicos 
que vão desde disartria, lassidão da língua e da boca, tontura, até efeitos sistêmicos 
mais graves que incluem convulsão e depressão cardiorespiratória. No entanto, 
algumas reações alérgicas podem ocorrer independentemente da dose empregada, 
como urticária, edema de glote, broncoespasmo e choque anafilático (que ocorre 
principalmente pelo uso de prilocaína). As reações sistêmicas mais freqüentes na 
literatura são o efeito tóxico sobre o sistema nervoso central e a depressão 
cardiovascular. 
 
ANESTÉSICOS TÓPICOS 
 
Anestésicos tópicos devem ser considerados em algumas circunstâncias. 
Lidocaína em spray, partindo de uma solução de lidocaína a 10% e utilizando a válvula 
spray que tenha a vazão máxima de 0,15ml por jato. Em cada jato spray será 
administrada a quantidade de 15mg de lidocaína. O uso do produto não é recomendado 
em criançasmenores de 5 anos ou com menos de 20 kg de peso, em vista da 
concentração elevada (10%) e de sua rápida absorção. É destinada ao uso em mucosas 
e promove anestesia de superfície eficiente, que dura por aproximadamente 10-15 
minutos. A anestesia geralmente ocorre dentro de 1-3 minutos dependendo da área de 
aplicação. 
 
 EMLA, uma combinação de lidocaína e prilocaína, tem sido 
usada como anestésico tópico na pele íntegra, demorando cerca de 40-60 minutos 
para ter um efeito desejado. Aplica-se o produto na pele, e pode-se cobrir a área 
com curativo adesivo (Tegaderm®) até o momento desejado para iniciar o 
procedimento invasivo. 
 
 Após a anti-sepsia faça a infiltração nas bordas da ferida, incluindo os planos 
 teciduais envolvidos no trauma. 
 
 
 
 
 
 
 
Técnica de infiltração 
 7
BLOQUEIO DE CAMPO 
O bloqueio de campo é uma técnica de injeção de anestésico em volta da 
lesão. Cercando a área com o anestésico, os nervos proximais ao sítio de injeção são 
anestesiados, mas o tecido a ser manipulado não é infiltrado. É útil em situações 
comuns no pronto-socorro como as drenagens de abscessos. O bloqueio típico é a 
injeção da droga envolvendo as quatro direções em volta da lesão. 
Os abscessos requerem anestesia e drenagem, e representam um desafio à 
anestesia adequada. A droga deverá ser injetada em volta do abscesso, e quando 
possível na fina camada de pele que recobre a lesão (topo). O ambiente ácido da 
lesão também pode inibir a ação da droga. A pele sadia em volta do abscesso deve 
ser infiltrada (injeção intradérmica) com agulha fina (27 ou 30) em um ângulo 
oblíquo justo abaixo da epiderme e infundindo uma pequena quantidade de 
anestésico, tendo cuidado para não penetrar no abscesso. Observa-se que a pele em 
torno do sítio de injeção fica mais pálida. 
 
 Anti-sepsia e início do bloqueio de campo. 
 
O anestésico é injetado no entorno da lesão, nota-se a palidez da pele onde é aplicada a droga. 
 
 8
Após o último quadrante, se possível, pode-se complementar injetando na pele sobre o abscesso, sem 
perfurá-lo. 
BLOQUEIOS TRONCULARES 
 
Um determinado nervo é bloqueado através da deposição de anestésico local sobre 
ele. Muito útil em trauma e em drenagem de abscessos dos dedos. A droga é 
injetada sobre o trajeto do nervo correspondente. 
Usando uma agulha 25 penetre na pele nos espaços interdigitais 
correspondentes e avance a agulha perpendicularmente ao plano horizontal da mão e 
dedos, aspirando para evitar a punção inadvertida de um vaso. Injete cerca de 3ml 
de lidocaína a 1%, sem adrenalina, em cada espaço interdigital. 
Os nervos digitais estão localizados na direção da superfície 
volar da mão. No polegar complemente com outra infiltração 
na articulação metacarpofalangeana para bloquear os ramos 
dorsais do nervo radial digital. Evite fazer um bloqueio 
circunferencial. 
 
 
 
A injeção do anestésico também pode ser feita no sentido 
perpendicular 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9
Hemostasia 
 
 
 
 
 
 
 A pressão mecânica pode ser empregada e, com paciência, também é segura 
e usualmente eficiente. Vasos maiores devem ser pinçados com pinça hemostática 
(Kelly, Halstead) e ligados (amarrados) em geral com fio absorvível. Hemostasia 
minuciosa pode ser obtida pela eletrocoagulação. Deve-se resistir à tentação de 
eletrofulgurar cegamente, mesmo quando a fonte do sangramento não é 
imediatamente aparente. Obtém-se uma coagulação ideal ao se aplicar, através de 
uma pinça, uma corrente de coagulação diretamente sobre o vaso sangrante 
 
Pacientes devem ser orientados para manter um curativo compressivo sobre 
suas feridas, que na maior parte dos casos pode ser mantido no local por 36 a 48 
horas. Além disso, o uso regular de um saco de gelo no local pode prevenir a 
exsudação, equimose e edema tecidual, mas pode causar vasoconstrição e 
produzir isquemia. 
 
Fios e Agulhas para Sutura 
O fio de sutura ideal deve manter uma alta resistência pela duração desejada, 
atravessar gradualmente os tecidos com um mínimo de fricção, induzir a mínima 
reação tecidual, ser fácil de usar e apresentar segurança no nó. A memória de um fio 
refere-se à capacidade que tem o fio de retomar à sua configuração dominante, que 
é geralmente a forma adotada enquanto ele está em seu invólucro. A facilidade de 
manipulação de um fio é, portanto, inversa ao seu grau de memória. Os fios têm 
diâmetros ou calibres variados expressos em zeros. Os mais utilizados nas unidades 
de pronto socorro são: 0, 2.0, 3.0, 4.0, 5.0, 6.0... (o número de zeros corresponde a 
um diâmetro capaz de determinar a resistência tênsil). Quanto maior o número de 
zeros, mais fino é o fio. Podem, ainda, ser agulhados (sertix) ou não (sutupak: 15 
fios pré-cortados de 45 cm cada, ou o fio inteiro individual de 70 cm em geral, ou o 
fio catgut enrolado em tubos) utilizados para nós manuais. 
 
FIOS ABSORVÍVEIS 
 
O fio absorvível tradicional é confeccionado a partir de colágeno animal, 
conhecido como "categute ou catgut®". 
 10
 Embora sua popularidade tenha declinado, ele ainda pode 
ser usado em algumas circunstâncias. O categute simples é absorvido rapidamente 
perdendo sua força tensil após 4 ou 5 dias. O categute cromado é absorvido menos 
rapidamente. Seu tempo de resistência tensil é pelo menos duas vezes maior. 
Rapidamente absorvível, o categute simples 5-0 e 6-0 é empregado para o 
fechamento da pele em feridas nas pálpebras, enxertos de pele e outras lesões na 
face. Quanto mais espesso é o tecido maior é o calibre dos fios. Em geral 
confecciona-se a sutura usando um nó de cada vez, e 4 nós usualmente é o 
suficiente com este fio. 
 
Fios sintéticos absorvíveis têm substituído o categute. Eles induzem menor 
reação tecidual, apresentam maior tempo de resistência tênsil, e têm uma excelente 
segurança de nó. O material mais popular é o Vicryl® (polyglactina-910). Eles 
mantêm 50 % de sua força tênsil por 25 a 30 dias e são totalmente absorvidos 
dentro de 90 a 100 dias. Este processo de degradação inicia-se com a difusão da 
água dentro do material. Em seguida ocorre hidrólise com fragmentação do material. 
O processo de hidrólise se intensifica, ocorrendo então fagocitose, difusão e 
metabolismo das partículas dispersas. O peso molecular e a densidade de materiais 
absorvíveis sintéticos decrescem drasticamente com a duração da hidrólise. O 
resultado é um declínio da resistência à tensão. Os fios absorvíveis sintéticos 
apresentam-se como uma grande evolução em suturas cirúrgicas e o futuro em 
termos de absorvíveis. 
Ambos são constituídos por materiais trançados, são bons de manusear e têm 
boa segurança no nó. O Vicryl® é disponível em uma apresentação lisa, revestida, 
que facilita sua passagem através dos tecidos. 
 Materiais trançados não revestidos tendem a apresentar maior atrito, 
enquanto atravessam o tecido. Evite o uso de Vicryl® tingido de violeta no 
subcutâneo, pois isso pode tatuar a pele. 
 
Um material alternativo é o PDS® (Polidioxanone). O PDS® tem pouca 
resistência tecidual e induz mínima reação. Como a maioria dos fios 
monofilamentares, apresenta um alto grau de memória o que dificulta o seu 
manuseio e lhe dá pouca segurança de nó. Sua principal vantagem é ser altamente 
resistente à tensão, que dura entre 60 e 90 dias. É freqüentemente empregado em 
áreas onde um suporte adicional é necessário por períodos prolongados. 
 
FIOS NÃO ABSORVÍVEIS 
A escolha dos fios é pessoal. Quando encontrar o material ideal para sua 
prática, empregue-o sempre. Os dois produtos mais comumente usados em suturas 
 11
cutâneas são a poliamida (Mononylon®) e polipropileno (Prolene®). Estes fios 
monofilamentares têm baixa fricção, baixa reatividade tecidual, alta resistênciatensional e pouca segurança do nó. É necessário dar dois seminós inicialmente (nó 
duplo) e complementar com mais 4 seminós simples para prevenir que a sutura se 
desamarre. O Prolene® pode deslizar através dos tecidos mais facilmente do que o 
Mononylon®, o que é preferível quando se realiza uma sutura contínua intradérmica. 
Em geral o Mononylon® é o de primeira escolha na pele, de 3.0 até 6.0, dependendo 
da localização da ferida. 
 
Agulhas 
 
As agulhas têm por função promover a passagem do fio pelo tecido com o 
menor trauma possível. Se dividem em fundo (região em contato com o fio), corpo e 
ponta. São classificadas quanto ao trauma que produzem (traumáticas e 
atraumáticas), quanto ao seu formato (circulares ou retas). 
 cilíndrica cortante 
 
 
Quanto ao trauma a classificação é vaga. Aceita-se como agulha atraumática 
aquela que possui sua ponta cilíndrica, e traumática a de ponta cortante ou 
triangular. 
 
 
 
Cada fabricante possui sua própria 
nomenclatura de agulhas. As dimensões da agulha 
escolhida para qualquer procedimento devem ser 
proporcionais à espessura da pele, sendo a agulha 
cortante a indicada. Obviamente o couro cabeludo ou 
dorso requerem agulhas muito mais fortes do que 
aquelas para pálpebras ou orelhas. A maioria das 
agulhas tem três oitavos de curvatura de um círculo. 
Entretanto uma agulha de meio círculo pode ser mais fácil de manusear em ângulos 
apertados, como no fechamento da gálea do couro cabeludo. A imagem do corte, em 
perfil, deve ser triangular, apresentando três ângulos cortantes, um em cada bordo lateral 
e o terceiro no lado côncavo (cortante) ou no lado convexo (cortante reverso). A 
vantagem teórica de uma agulha cortante reversa é que ela corta para fora do traçado da 
 12
sutura, fornecendo uma base plana em que o fio pode se apoiar. Na prática, as suturas na 
superfície da pele devem ser realizadas com a menor tensão possível, de modo que 
a probabilidade dos fios em promoverem injúria na pele seja praticamente 
nula. 
 
Lesões em mucosas devem ser suturadas com agulhas cilíndricas e fios absorvíveis, pois 
agulhas cortantes tendem a lacerar as mucosas delicadas. Também indica-se o uso de 
agulhas cilíndricas com fios de Catgut® na região perineal pelo menor incômodo em 
remover os pontos depois, pois em geral eles caem espontaneamente. 
 
Curativos 
 
 A cicatrização é beneficiada mantendo-se um curativo semioclusivo úmido. Isto se 
aplica tanto as lesões que fecham por primeira intenção quanto as deixadas cicatrizar por 
segunda intenção. Uma rotina simples é aplicar um curativo com gaze (preferencialmente 
não aderente) na ferida, coberto com fita adesiva microporosa (Micropore®) ou filme 
adesivo (Tegaderm®) e aplicar alguma pressão. Este curativo compressivo é geralmente 
reavaliado em 36 a 48 horas, sendo trocado ou não dependendo do caso. Em casos de 
ferida não exsudativa pode-se manter a ferida ocluída apenas com filme adesivo 
semipermeável Tegaderm®. As feridas em geral a partir do terceiro dia estão com as 
bordas fisiologicamente seladas. Em alguns casos permite-se que a ferida seja molhada 
durante o banho, e a seguir realiza-se o curativo, podendo-se também optar pela 
manutenção do curativo não oclusivo até que a sutura seja removida. 
Existe atualmente uma variedade de novos curativos de hidrocoloide, como o 
Duoderm®, particularmente úteis para feridas exsudativas ou nos casos de cicatrização 
por segunda intenção. 
É importante fornecer orientações e cuidados com o curativo. Elas devem ser 
escritas com palavras que o paciente possa entender. Deve incluir informações sobre 
problemas potenciais, principalmente dor, equimose, exsudação, infecção, analgésico 
e a data da próxima visita. 
 
 
Complicações Pós-Operatórias 
 
Ninguém está imune a complicações cirúrgicas. No aprendizado do acadêmico 
de medicina nas unidades de emergência, frequentemente e em grande volume e 
variedade de complexidade, os traumas de tecidos mole compreenderão expressiva 
parte do trabalho destes estudantes. Em relação diretamente proporcional ao 
conhecimento científico e à habilidade dos alunos, serão os resultados obtidos na 
realização destes procedimentos invasivos. Sangramento persistente e formação de 
hematoma podem estar relacionados a uma hemostasia ineficiente no momento da 
cirurgia ou possivelmente a um distúrbio da coagulação, inerente ao indivíduo ou 
induzido por drogas (aspirina, anticoagulantes etc.). Todas as feridas exsudarão 
minimamente. Com um pequeno sangramento, mas incômodo, respondendo 
usualmente bem a simples compressão constante. 
Quando o sangramento é mais acentuado e persistente, deve-se reabrir a 
ferida e encontrar a fonte. Hematomas são tensos, intumescidos e dolorosos. 
Durante sua evolução, passam por diferentes fases. Inicialmente são gelatinosos e 
 13
podem ser facilmente drenados através da ferida. Eventualmente tendem a ser 
reabsorvidos espontaneamente, mas, em alguns casos, eles podem se infectar e/ou 
calcificar. A drenagem aberta ou por punção deverão ser consideradas. 
A permanência de corpos estranhos na ferida á outra causa freqüente de 
complicações. Deve-se estar atento à etiologia do trauma para realizar uma 
exploração e limpeza eficientes da lesão, buscando materiais como vidro, madeira, 
dentre outros que possam permanecer na ferida, sem a percepção do operador. 
Atenção também para a retirada atraumática e meticulosa no que concerne a 
substâncias intencionalmente colocadas por leigos sobre a ferida na tentativa de 
atenuar o sangramento ou combater a infecção (pó de café, querosene, etc...) 
 
Nos casos de infecção estabelecida, o tratamento deve ser instituído sempre 
que possível após a realização de estudos bacteriológicos. A introdução precoce do 
antibiótico apropriado, repouso e elevação da área afetada costumam resolver a 
maioria das infecções. Analgésicos e compressas mornas podem ajudar 
sintomaticamente. Se a ferida posteriormente fica tensa e com áreas de flutuação 
deve haver exsudato provavelmente purulento que precisa ser drenado. A 
antibioticoprofilaxia deve ser discutida em cada caso, de acordo com a orientação do 
preceptor do serviço de emergência onde se está atuando. 
Feridas complicadas tendem à deiscência e infecção. Muitas cicatrizarão por 
segunda intenção podendo ser tratadas com curativos interativos (Aquacel®, 
Duoderm®). Alternativamente, a ferida poderá ser reconstruída em um estágio 
posterior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 14
Exemplos de Suturas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15
USANDO O PORTA-AGULHA 
 
A preferência pessoal determinará como as pessoas seguram o porta-agulha. 
Em geral há duas escolhas: pode-se inserir os dedos polegar e anular nos anéis do 
cabo 
 
 
 
ou segurar o instrumento na 
palma da mão, entre as 
eminências tenar e hipotenar. 
 
 
 
 
 
 
Embora esta última técnica possa parecer 
deselegante, ela pode prover um controle adicional e um movimento de rotação 
maior sobre o punho. Em ambos os métodos, o dedo indicador é usado para 
estabilizar o cabo do instrumento. Evite entortar a agulha. A parte proximal da 
agulha é de metal macio, onde se embute o fio de sutura. 
 
 
 
Segure a agulha na sua porção entre o terço proximal 
e o medial. Empregue um porta-agulha de tamanho 
apropriado. 
 
PORTA AGULHA DE TITÂNIO PORTA AGULHA COM PONTA DE VÍDIA 
 
 16
ORIENTAÇÃO DA AGULHA E EVERSÃO DA FERIDA 
 
As bordas da ferida são melhores para trabalhar quando discretamente 
evertidas. Isto pode ser conseguido pelo posicionamento da agulha, colocando-a na 
extremidade distal do instrumento, na junção do terço medial com o distal, 
mergulhando no tecido em um ângulo de 90 graus em relação ao plano da pele em 
seu ponto de entrada. Umângulo similar de saída deve completar a passagem da 
agulha. A eversão exagerada da ferida pode proporcionar uma cicatriz pouco 
estética ou favorecer a separação das bordas das feridas após a retirada dos pontos. 
Entretanto, a eversão discreta e adequada auxiliará a cicatrização e reduzirá a 
distensão da ferida e a inversão de suas bordas. 
 
• Entrar na pele em uma borda de 
cada vez, com distâncias 
equivalentes, e distante o 
bastante da incisão para 
posicionar adequadamente os 
nós na pele, sempre do mesmo 
lado, nunca sobre a incisão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17
 
 
 
 
 
Geralmente a distância entre o orifício de entrada da agulha até a 
incisão é de cerca de 4 a 5mm, e a distância entre os pontos é de 5-
7mm 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUTURA E SEGURANÇA DO NÓ 
 
Os nós devem ser firmes para ser de alguma eficácia. Isto está em oposição a 
uma sutura em que o nó muito apertado pode estrangular o suprimento sangüíneo 
dos bordos da ferida. No fechamento da ferida, esses dois fatores devem ser 
considerados em conjunto. A tensão da sutura deve ser suficiente para aproximar 
delicadamente as margens da ferida. Quando necessário, o emprego de suturas 
internas reduzirão a tensão da ferida, facilitando a aproximação suave das bordas da 
ferida auxiliando a boa cicatrização e otimização do aspecto estético. 
 18
 
1. Alinhe o porta-agulha com a 
ferida e penetre no tecido com a 
agulha em 90° com a pele (A); 
2. Fazer inicialmente o nó duplo 
corrediço no fio para prevenir o 
deslizamento. Este procedimento é 
importante quando usamos fios 
monofilamentares; geralmente não é 
necessário quando usamos fios 
multifilamentados como catgut, seda, 
algodão, linho, sempre fazendo um nó 
de cada vez. O vycril desliza 
adequadamente bem com segurança, 
e pode ser usado inicilamete o nó 
duplo. Segure a extremidade longa do 
fio de sutura e faça duas voltas ao 
redor da ponta do porta-agulha (B); 
3. Prenda a extremidade curta do 
fio com a ponta do porta-agulha, 
puxando-o para o lado oposto da 
ferida (C); 
4. Tracione as duas pontas do fio 
de sutura em paralelo com a ferida; 
aplique tensão suficiente para 
juntar as margens da pele 
delicadamente (D); 
5. O próximo nó requer uma laçada única do fio de sutura , enrolada ao redor do 
porta-agulha no sentido oposto à etapa 1. Este nó assenta-se confortavelmente e 
impede que o nó ceda à tração. Assim, alinha o porta-agulha como na etapa 1, 
acima. Segure a extremidade do fio e faça uma única laçada no sentido oposto ao 
primeiro laço (E); 
6. Prenda a extremidade curta do fio e passe-o através desta laçada única para seu 
lado original da ferida, firmando-a como na etapa 4 (F); 
7. Fios de mononylon e polipropileno precisam de um total de seis nós para prevenir 
que o ponto se desamarre e retome ao seu estado original. Na prática, é necessário 
colocar uma ou duas laçadas adicionais em todos os nós, fazendo cada laçada no 
sentido oposto (G). 
O ponto com volta frouxa foi desenvolvido com alguma folga projetada, para 
acomodar o edema tecidual e prevenir seu estrangulamento (H). A segunda laçada 
do nó é deixada deliberadamente frouxa, mas é assegurada pela quarta laçada em 
diante , que são firmemente colocadas. Esta técnica é mais útil em tecidos delicados. 
Quando as feridas se tornam mais edemaciadas, a folga da volta frouxa é apertada. 
Com o uso de fios de catgut em planos internos podemos apertar com firmeza a 
partir do primeiro nó, e em geral confecciona-se o ponto com 4 nós, pois este fio 
costuma travar o nó devido ao grande atrito do material. 
 
 
 19
SUTURA SIMPLES INTERROMPIDA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A sutura simples interrompida de pele é a mais comumente empregada nas 
unidades de emergência. Sua colocação deve aproximar as bordas da ferida com idêntica 
altura, evertendo-as discretamente com a mínima tensão. 
1. A agulha penetra na pele em um ângulo de 90 graus ou maior. Entra verticalmente na 
derme e começa sua curva, após ter alcançado o subcutâneo (A); 
2. Deve completar a passagem alcançado o subcutâneo (A); 
3. A passagem da agulha pelo outro lado da ferida deve ser uma imagem em espelho da 
etapa 1. Freqüentemente, é mais rápido realizar a passagem inteira em apenas uma etapa, 
mas no início do aprendizado devemos passar uma borda de cada vez (B); 
4. Alternativamente, você pode sair após a etapa 1, prender novamente a agulha e 
completar a passagem, começando profundamente no subcutâneo (C). 
 
 
PENETRAR UMA BORDA DE CADA VEZ, SEGURANDO O TECIDO COM DELICADEZA, USANDO UMA 
PINÇA ANATÔMICA OU COM DENTE; 
 
 20
 
PUXAR E/OU EMPURRAR A AGULHA PELO CORPO EVITANDO SEGURAR PELA PONTA; 
 
 
PENETRAR NA OURA BORDA NA MESMA DISTÂNCIA E DIREÇÃO; 
 
 
APROXIMAR AS BORDAS E PREPARAR PARA FAZER O NÓ; 
 
 
USANDO FIO MONOFILAMENTADO, INICIAR COM NÓ DUPLO; 
 
 21
 
ENVOLVER O INSTRUMENTO COM O FIO, COM MAIS 4 NÓS SIMPLES SUBSEQUENTES, EVITANDO 
APERTAR O TECIDO. A PRESSÃO DEVE SER EXERCIDA A PARTIR DO QUARTO NÓ QUANDO O FIO 
NÃO DEVERÁ MAIS DESLIZAR CONTRA A PELE, EVITANDO A COMPRESSÃO DESNECESSÁRIA E 
DELETÉRIA; 
 
 
POSICIONAR OS NÓS NA LATERAL DA FERIDA, SEMPRE DO MESMO LADO, COM DISTÂNCIA 
EQUIVALENTE ENTRE CADA UM. É SUGERIDO QUE SE INICIE A SUTURA PELO MEIO DA FERIDA, 
DEPOIS NAS EXTREMIDADES E FINALMENTE ADICIONANDO PONTOS EM CADA INTERVALO 
NECESSÁRIO. O OBJETIVO É A OTIMIZAÇÃO DOS ASPECTOS ESTÉTICO E FUNCIONAL. 
 
 
PONTO DE COLCHOEIRO VERTICAL 
 
 
O ponto de colchoeiro vertical proporciona mais suporte ao 
processo de cicatrização, pela oposição precisa e segura dos 
bordos da ferida e redução da tensão e do espaço morto. 
Excelente para obter a eversão adequada das bordas da 
ferida, esta sutura é também conhecida como o ponto longe-
longe perto-perto. O componente longe-longe reduz a tensão 
da ferida e oclui o espaço morto subjacente, enquanto o 
componente perto-perto produz a aposição delicada das 
bordas da ferida. Alternativa técnica para o acadêmico ao 
perceber a dificuldade em aproximar sem tensão as bordas 
da ferida. 
 
1. A primeira passada é idêntica a da sutura simples interrompida, exceto quando é posta 
afastada de 5 a 10 mm da margem da ferida; 
 22
2. A agulha é invertida, em seu sentido, no porta-agulha e a segunda passada é feita na 
direção oposta a da etapa 1. Esta passada é posicionada muito mais próxima do bordo da 
ferida (2 mm) e o curso da agulha é muito mais alto, na ferida, no nível da derme média ou 
superior. 
 
 
PONTO DE SMEAD JONES 
 
 
 
 
Um ponto simples realizado duas vezes (também chamado de ponto duplo) no 
mesmo sentido -- longe-perto, perto-longe -- técnica alternativa ao ponto simples e o 
de colchoeiro, com bom resultado estético. Inicia-se com um ponto simples (longe) e 
se atravessa a borda oposta próxima à incisão (perto). Retorna-se com a agulha na 
posição inicial e penetra-se na pele novamente próxima à incisão (perto) e atravessa-
se a borda oposta emergindo longe da incisão (longe) sempre na mesma linha. Pode 
ser usado na pele e nos planos internos. 
 
 
SUTURA CONTÍNUA SIMPLES 
 
 
 
Técnica usada para um fechamento mais hermético de um plano, frequentemente 
usada em planos internos e anastomoses. Não recomendada para uso na pele. Uma 
sutura contínua (ou corrida) atravessa toda a extensão da ferida e é fixada em cada 
extremidade. Estas suturas devem ser usadas somente nos casos de feridas não 
complicadas, isto é, com pouca tensão. 
 
 23
A sutura contínua simples é uma técnica útil 
para feridas lineares, com baixa tensão. 
1. Começando em um extremo da ferida, um 
ponto interrompido simples é feito e amarrado 
com um nó direito firme (A). A ponta final 
mais curta do fio é aparada, enquanto a outra 
permanece conectada ao primeiro ponto.2. Outras passadas idênticas sucessivas são 
feitas, dispostas simetricamente e sempre 
começando do mesmo lado da ferida (B). 
3. A sutura deve ser feita com tensão 
limitada, apenas o suficiente para aproximar 
os bordos da ferida. Depressões e 
estiramentos devem ser evitados, pois podem 
produzir o estrangulamento da ferida e uma 
cicatrização insatisfatória. Deve ser mantida a 
eversão das bordas e evitar toda a formação 
al do fio com a laçada feita previamente (C). 
de degraus. 
4. O fechamento é completado, amarrando-se 
a extremidade dist
 
 
SUTURA CONTÍNUA ENTRELAÇADA 
 
 
 
1. A sutura contínua entrelaçada é quase idêntica à sutura 
contínua simples. A diferença é que cada passada do fio, é 
feita através da volta prévia, o que tende a isolar cada 
passada e reduz o deslizamento, à medida que o cirurgião 
trabalha ferida abaixo (A); 
2. Esta sutura contínua é completada amarrando-se atrás, nela mesma, com um nó 
firme (B e C). 
 
A sutura contínua entrelaçada pode ser útil para o 
fechamento de feridas com maior tensão, mas 
pode comprometer-se esteticamente, devido à 
tendência de deixar marcas da sutura. Considere o 
uso de uma sutura entrelaçada em associação 
com uma sutura contínua simples nos casos de 
feridas anguladas com mudança de direção. 
Também é frequentemente usada em planos 
ternos. in
 
 
 
 
 
 24
FERIDAS COM ALTURAS DESIGUAIS 
ser postos no mesmo nível. Mesmo 
das bordas apresentam um degrau, 
ho de pele ou uma pinça com dentes para auxiliar a disposição exata 
das suturas. 
 
• Ambos os lados de uma ferida devem 
leves variações são facilmente notadas. 
• Feridas com desnivelamento de uma 
deixando sempre uma aparência ruim. 
Desde o início, procure evitar a formação de degraus, mantendo cuidadosa atenção 
às posições relativas das margens da ferida durante seu fechamento. Problemas 
ocorrem, freqüentemente, quando se fecham feridas de diferentes espessuras. As 
suturas devem ser dispostas em igual profundidade, de ambos os lados da ferida. 
Use um ganc
 
1. Para nivelar as margens de uma ferida, o lado elevado deve descer e o lado 
deprimido deve subir. Isto é conseguido com uma sutura interrompida simples 
Nunca se satisfaça com um 
onto mal posicionado. Retire-o e tente aperfeiçoá-los. 
SUTURA CONTÍNUA HORIZONTAL
passada superficialmente no lado mais alto e profundamente no lado baixo (A e B). 
2. Você pode ter de supercompensar com um ponto exagerado, para obter o efeito 
desejado. A prática determinará a disposição exata. 
p
 
 
 
 
 
a condutora permanece conectada 
 
 
 
A sutura contínua horizontal é empregada 
raramente para fechamentos, quando existem 
preocupações estéticas. Baseia-se no ponto de
colchoeiro horizontal, descrito anteriormente. 
1. A sutura é fixada em uma extremidade da
ferida por um ponto interrompido simples (A); 
2. A ponta curta livre é aparada, enquanto a 
outra pont
com o nó; 
 25
3. As passadas de colchoeiro horizontal adjacentes são feitas sem outros nós até que 
a extremidade distal da ferida seja alcançada. Cada componente horizontal deve ser 
êntico em altura e distância das margens da ferida (B e C). 
UTURA SUBCUTÂNEA INTERROMPIDA
id
 
 
S 
 
tura 
ubcutânea contínua não ajudará muito a reduzir a tensão das bordas da ferida. 
ONTO INTERNO INVERTIDO OU SEPULTADO
 
A sutura subcutânea interrompida é usada em feridas 
profundas. O fechamento de espaço morto melhora o 
nível da ferida e reduz as chances de infecção e 
formação de hematoma. A gordura subcutânea pode 
ser aproximada com poucos pontos interrompidos, no 
sentido vertical com fio absorvível. Uma su
s
 
 
P 
 
o 
tânea alta e saia na derme média 
gulha de dentro para 
ra do subcutâneo e voltar de fora para dentro com a agulha. 
 
O ponto interno sepultado é planejado 
com o seu nó disposto em sua base, 
sepultado no subcutâneo. Um nó 
colocado superiormente será palpável na 
superfície da pele, e pode ser eliminad
através desta, na fase de cicatrização. 
1. Everta cuidadosamente a margem da 
ferida com um gancho de pele ou uma 
pinça com dentes. Para sepultar o nó, 
penetre abaixo da derme na gordura 
subcu
(A); 
2. Entre no lado oposto da ferida, no 
mesmo nível da derme média e saia na 
hipoderme alta (1). Puxe as duas pontas 
do fio de sutura em paralelo com a 
ferida e amarre-as com um nó direito, 
aparando-o curto (B e C). Com esta técnica, o nó torna-se sepultado (2). Para 
memorizar: dentro-fora e fora-dentro, ou seja, entrar com a a
fo
 
 
 
 
 
 
 
 
 26
PONTO INTRADÉRMICO SUPEREVERTENTE SEPARADO SEPULTADO 
 
pultado 
nto começa mais distante, sob as bordas da 
 ferida não são transpassadas 
da ferida. Observe que os nós 
s da ferida e a menor possibilidade de extrusão do material de 
utura pela ferida. 
UTURA SUBCUTICULAR CONTÍNUA
 
O ponto intradérmico superevertente se
produzirá uma magnífica eversão da ferida. 
1. O po
ferida; 
2. Cada passada intradérmica entra e sai pela 
gordura subcutânea. As duas superfícies das 
margens oponentes da
pelo fio de sutura (A); 
3. O ponto é amarrado com tensão suficiente para 
aproximar as bordas 
ficam sepultados (B). 
O ponto intradérmico superevertente pode reduzir reações teciduais traumáticas e 
inflamatórias secundárias. Outras vantagens teóricas incluem a melhor perfusão de 
oxigênio dos bordo
s
 
 
S 
 
® e/ou o Mononylon®, são 
saindo na 
porta-
 
 
A disposição do material de sutura 
inteiramente dentro da derme 
subcuticular possibilita uma cicatriz 
altamente estética, livre de marcas de 
sutura. Esta sutura pode ser deixada no 
lugar por semanas, fornecendo suporte 
extra para a ferida, sem o 
desenvolvimento de marcas feias de 
sutura. A sutura subcuticular contínua 
não deverá ser usada em feridas com 
tensão alta. A escolha do fio de sutura é 
importante: fio monofilamentar com 
mínima resistência tecidual, tais como o 
Prolene
ideais. 
1. Comece por um extremo, 
penetrando na pele a cerca de 5 mm 
do bordo da ferida e 
derme média do seu vértice (A); 
2. Observe como o corpo do porta-
agulha pode ser empunhado para 
facilitar a manipulação. Em cada passada alternada, a agulha é invertida no 
agulha, avançando sempre na mesma direção até o ponto de fechamento (B); 
 27
3. A primeira passada começa próximo ao vértice da ferida. A agulha é passada 
horizontalmente entre a derme média e a alta, e o mesmo nível é mantido por todo o 
m frente à primeira. Em vez disso, a 
gulha é recuada cerca de um terço da distância avançada. Em todos os outros 
spectos, ela é idêntica à primeira passada (D); 
 
 
fechamento. Note como um gancho de pele, ou uma pinça com dentes, pode everter 
a margem da ferida e estabilizá-la, sem produzir maceração (C); 
4. A segunda passada não começa diretamente e
a
a
 
5. A ferida é fechada gradualmente com uma terceira e subseqüentes passadas, 
 
 superfície (externalizada) 
u faça os nós independentes para cada 
xtremidade e pode-se aplicar Micropore® ou fitas adesivas Steristrip® para 
stabilizar a superfície da ferida. 
mantendo sempre a mesma altura intradérmica horizontal e sempre recuando em
relação à passada prévia; 
6. Saia da ferida do mesmo modo que entrou, através da derme média, no vértice; 
7. Em qualquer ferida maior que 3 cm, a sutura é trazida à
como uma só passada de sutura contínua simples. Isto permite que a sutura seja 
removida mais facilmente depois do fechamento da ferida; 
8. Amarre ambas as pontas da sutura, o
e
e
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 28
Alternativas para Sutura 
GRAMPEADORES SIMPLES
 
 
 
 
 
 
ados em diversos tipos e tamanho e podem 
er usados inclusive para fixação de retalhos de pele. É um método rápido, mas nem 
empreo aspecto estético é satisfatório. 
 
ADESIVOS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São aqueles em que os grampos são aplicados um a um de forma a aproximar 
superfícies ou fixar estruturas. Neste grupo temos os grampeadores cutâneos usados 
para o fechamento da pele. Estes possuem configuração completamente diferente 
daqueles que são usados em vísceras. Após a cicatrização os grampos devem ser 
retirados no pós-operatório. São apresent
s
s
 
 
 
quando estamos di
pouca tensão e sem
durante 60 
desivo vai descamando espontaneamente da pele. 
 
 
 
 
 
O adesivo tópico para pele Dermabond® é um adesivo líquido, 
estéril, que contém uma formulação monomérica (2-octil 
cianoacrilato) e corante violeta. Apresenta-se em um aplicador 
de uso único, que consiste em uma ampola de vidro quebrável, 
ou contido em uma embalagem plástica com um bico aplicador. 
O adesivo líquido polimeriza-se, formando um filme 
bacteriostático que possui força tênsil equivalente do tecido 
cicatrizado após 7 dias. É sugerido seu uso em situações de trauma de partes moles 
ante de feridas superficiais e de pequena extensão, em áreas de 
 sangramento ativo. Dispensa o uso de anestesia. 
 O adesivo é aplicado sobre as bordas da pele bem coaptadas e 
mantém-se a aproximação central com instrumento, 
a 90 segundos, até ocorrer a polimerização. Com o passar dos 
dias, o a
 
 
 29
FITAS ADESIVAS 
 
O Steri-Strip® é um curativo estéril 
poliéster, que promove o fechamento 
de Micropore® com filamentos de 
de pele de maneira fácil e rápida. 
 economia de tempo 
em relação às suturas convencionais. 
dicações: 
 Aproximação de bordas de pequenas feridas superficiais e sem sangramento ativo , em 
reas com pouca tensão; 
 Complemento do fechamento de incisões cirúrgicas e suporte para suturas 
onvencionais. 
 
DE SUTURA NAS SITUAÇÕES MAIS COMUNS
Apresenta boa adesão inicial, 
proporcionando
In
•
á
•
c
 
 
 
 
 
 
 
 
 
USO DO MATERIAL 
amida (Mmononylon®) e o calibre terá variação de acordo 
o
Região genital - Deve-se dar preferência ao uso de fio absorvível como o catgut simples, 
l
F
e
 usar também este fio, assim como nas 
istência e 
 será o calibre do fio. 
 face podemos usar 5.0 e 6.0, com os nós invertidos. No tronco e membros superiores 
o o 
ue 
de 
 
Pele - O fio de escolha é a poli
com o sítio da lesão. Usar agulha cortante; 
Escalpo - 2.0 ou 3.0; 
Face - 5.0 ou 6.0; 
Tronco - 4.0 e 5.0; 
Membros superiores - 4.0 e 5.0; 
res - 3.0 e 4.0; Membro inferi
com agulha ci
Mucosas - 
Preferencialm
indrica, de 3.0 a 5.0; 
io absorvível de longa ou curta absorção, com agulha cilíndrica. 
nte em mucosa oral usa-se o catgut simples, assim como na mucosa 
vaginal, de calibre 3.0 a 4.0. No lábio podemos
feridas na língua (3.0 ou 2.0) 
 
Tecido subcutâneo, fáscia e plano muscular preferencialmente com fio 
absorvível sintético de longa duração (Vicryl) e o calibre dependerá da 
tensão dos tecidos onde ocorreu o trauma. Quanto maior a res
espessura do tecido, maior
Na
de 3.0 a 4.0, em membros inferiores de 2.0 a 4.0. Os fios devem ser cortados deixand
mínimo possível para não desfazer os nós e evitar a presença de muito material q
possa levar à uma reação indesejada a este “corpo estranho” durante o processo 
absorção do fio. Na indisponibilidade do Vicryl optaremos pelo catgut cromado. 
 30
REMOÇÃO DAS SUTURAS 
 
A escolha do momento oportuno é crucial. O retardo na remoção das suturas está 
sutura propriamente 
ita. A remoção prematura da sutura, entretanto, pode levar à deiscência da ferida. 
• No couro cabeludo, tronco, braços 
• Suturas subcuticulares contínuas p aiores, 
mas geralmente são removidas em tomo de 2 semanas. 
 
Cada caso deve ser avaliado individualme
ser retirados após cumprirem sua função pode-se fazer a retirada 
e resíduos orgânicos de 
fina), ou lâmina 
13, sob o ponto e corte o fio próximo a um 
lado da ferida (A); 
3. Prenda o nó com uma pinça (anatômica ou 
hemostática) e puxe para o mesmo lado em 
ue ele foi cortado (B e C). Este procedimento evitará a tendência de a tração no fio 
eparar com violência as bordas de uma ferida ainda cicatrizando-se. 
 
associado a marcas de sutura pouco estéticas. Isto se relaciona à cicatrização sob o 
material de sutura e à epitelização intradérmica ao redor da 
d
• Suturas faciais devem ser removidas em cerca de 5 a 7 dias; 
• As localizadas no pescoço, genitália, mãos e pés, de 10 a 12 dias; 
e pernas, 14 dias. 
odem ser deixadas por períodos m
nte. O consenso é de que os pontos devem 
. Em alguns casos 
intercalada dos pontos, deixando-se os 
restantes para remover dias depois. 
 
A técnica para remoção das suturas é 
simples, mas precisa ser realizada 
cuidadosamente. 
1. Remova crostas 
tecido morto pela aplicação delicada de 
solução salina ou água destilada; 
2. Cuidadosamente, deslize a lâmina de 
uma tesoura de íris (ponta 
q
s
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 31
Mordeduras 
 
Há consenso na literatura em relação à importância da limpeza franca do 
ferime
lução menor 
 tratamento primário é a diminuição de 
proced
te. 
esentam maior chance de infecção que as 
avulsõ
mordedura humana tem maior chance de infecção devido ao fato de a saliva humana 
conter 108 bactérias por milímetro cúbico, apresentando 42 espécies diferentes de 
 Eikenella corrodens que é uma espécie normalmente 
sistente aos antibióticos usuais. As agressões por gato também se destacam pelo 
seu po
OCALIZAÇÃO DA FERIDA
nto no serviço de emergência em pacientes vítimas de mordedura por cão. 
Porém, o próximo passo terapêutico a ser tomado é controverso. Muitos autores 
defendem que a sutura primária só pode ser realizada em feridas limpas, sem 
grandes lacerações, decorrentes de mordeduras não humanas e com evo
de 5 horas. Entretanto, vários outros trabalhos relatam sucesso no fechamento 
primário das mordeduras, independentemente de seu tipo ou tempo de evolução. 
O motivo para benefício do
imentos cirúrgicos posteriores e da morbidade. 
Alguns fatores são determinantes no resultado do tratamento como limpeza prévia, 
antibioticoterapia, curativos diários e relacionados à higidez do pacien
O fechamento imediato das mordeduras humanas ou animais na face é seguro, até 
em casos após várias horas da lesão, diminuindo os procedimentos cirúrgicos 
posteriores e melhorando a morbidez. 
Os ferimentos puntiformes apr
es ou lacerações porque nas feridas puntiformes ocorre uma grande inoculação 
de bactérias e porque a limpeza profunda desses ferimentos é difícil 
A profilaxia antitetânica é essencial, existindo relatos que sugerem a aquisição de 
tétano e hepatite B após mordedura humana. Nas agressões caninas, é obrigatória a 
profilaxia do tétano e da raiva, pois estas são responsáveis pela transmissão de 85% 
dos casos de raiva humana no Brasil. 
O uso de antibiótico de cinco a sete dias após mordeduras na face é 
amplamente aceito na literatura, e o antibiótico de escolha é a Amoxicilina, 
Cefalexina, ou Sulfametoxazol associado a Trimetoprim O uso da cultura para 
escolher o antibiótico só é feita em casos em que a infecção está estabelecida, e os 
germes mais freqüentes são os estreptococos e os estafilococos .As mordeduras por 
gato e humanos apresentam uma maior probabilidade de infecção que as caninas. A 
bactérias, destacando-se a
re
tencial infeccioso devido ao fato de serem arranhaduras e feridas puntiformes 
com grande inoculação bacteriana, distinguindo-se a inoculação da Pasteurella 
multocida. 
 
L 
As mordeduras na face têm uma menor chance de infecção que em outros 
loc l desse 
segme lesam a cápsula articular ou o tendão 
têm
 
RESUM
 
ais do corpo devido à rica vascularização da face e drenagem posturanto do corpo. As que ocorrem na mão e
 grande potencial de infecção. 
O DE CONDUTA FRENTE À MORDEDURA 
 
imediatamente após a agressão. 
? Limpeza do local com água e sabão e aplicação de anti-séptico, 
 32
? Embora possa aumentar o risco de infiltração do vírus nas t
nervosas, a sutura das lesões deve ser realizada se houver ris
erminações 
co de 
ido 
s para a prevenção de infecções secundárias. 
? Quando o animal agressor for cão ou gato deve ser observado durante 
comprometimento funcional, estético ou de infecções. 
? O soro anti-rábico, quando indicado, deve ser infiltrado no local fer
uma hora antes da sutura. É necessário avaliar a necessidade de 
profilaxia do tétano, de acordo com a norma vigente, e de 
antimicrobiano
10 dias para identificar qualquer sintoma sugestivo de raiva; se o 
ro deve ser 
enviado para o Laboratório especializado, em gelo, para o exame 
laboratorial. 
 
Pr
animal suspeito for sacrificado, sua cabeça ou seu céreb
ofilaxia do Tétano 
http://www.saude.df.gov.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=23562 
 
PROFILAXIA ENTOS DO TÉTANO EM CASO DE FERIM
História de Imunização Contra o Incerta ou m e 3 doses Tétano (DTP, DT, dT ou TT) enos d 3 ou mais doses 
Tipo de ferimento Esquema Esquema 
. Se menor de 7 anos, aplicar DTP
completando 3 doses, com 
intervalos de s (mínimo 30 2 mese
dias). . Só se aplicar a vacina (dT)
tiverem decorridos mais de 
10 an ose. os da última dFerimento Leve Não . Se la 7 anos ou mais, aplicar dup
( dT), completando 3 doses, com
intervalo de 2 meses (mínimo 30 
dias). 
Contaminado 
Não Aplicar o Soro Antitetânico 
(homólogo ou heterólogo) 
Não Aplicar o Soro 
Antitetânico (homólogo ou 
heterólogo) 
- Se menor de 7 anos, aplicar 
DTP completando 3 doses, com 
intervalos de 2 meses (mínimo 30 
dias). Só aplicar a vacina (dT) se 
tiverem decorridos mais de 
10 anos da última dose. . Se 7 anos ou mais, aplicar dupla
(dT ), completando 3 doses, com
intervalo de 2 meses (mínimo 30 
dias) 
Todos os Outros Ferimentos Aplicar o Soro Antitetâncio 
Inclusive Punctóricos 
Soro heterólogo - administrar 
5.000 unidades, por via 
in tramuscular, após tratamento Não Aplicar o Soro 
preventivo de anafilaxia. Antitetânico (homólogo ou 
heterólogo) 
Soro homólogo - administrar via 
intramuscular, 250 unidades com 
título de 1:400, ou dosagem 
equivalente com outro título. 
 33
 34
 no mesmo local anatômico. 
• Não há indicação para o emprego de Penicilina G Benzatina e outros. 
• Considerar o risco de tétano em ferimentos superficiais extensos e 
queimaduras extensas. 
• A vacina contra o tétano e o soro heterólogo ou homólogo antitetânico não 
devem ser administrados

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