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Que elementos da obra Freudiana vão confluir para a teorização do superego na segunda tópica?
O sonho é a estrada real que conduz ao inconsciente”. (FREUD, 1898 e 1899), frase bastante pertinente quando se trata da grande contribuição de Freud para os estudos do inconsciente e posteriormente de outras construções, como o conceito de superego, que irá ser de grande importância na elaboração de seu método psicanalítico.
Assim, segundo ( Garcia ,2009), Freud irá afirmar que além da interpretação dos sonhos ser uma via real para o estudo dos exercícios inconscientes da mente, também será um importante caminho para o conhecimento das neuroses, pois todas as pessoas ditas “sadias” são potencialmente neuróticas e que seus únicos sintomas serão os seus sonhos, diferenciando-se que não há extensão desses diuturnamente ,e, consequentemente, estes estudos, torna-se um meio de aproximação entre o normal e o patológico. 
Nessa perspectiva, o sonho para Freud não seria algo sobrenatural ou resquícios das experiências da vida diurna , mas, além de possuírem sentidos, seriam realizações de desejos internos os quais são um meio de comunicação da pessoa que o tem. Além disso, afirma que os relatos desses sonhos podem ser interpretados psicanaliticamente. Porém, esses relatos são diferentes do que realmente seria “verdadeiro”,pois o sonho relatado é um substituto disforme de um conteúdo inconsciente denominado conteúdo latente, já o descrito anteriormente seria o conteúdo manifesto o que é lembrado e aparece como enredo e verdadeiro histórico deste sonho.
Nesse sentido, essa distorção acontece como uma forma de censura do conteúdo inconsciente para não atingir o consciente , bem como há mecanismos que irão regular a forma que o conteúdo latente se traduz em manifesto. Assim, é através da condensação que há uma diminuição das ideias , ou seja o conteúdo manifesto é uma síntese do latente por este ser muito extenso.Outro ponto é o deslocamento, onde existe um afastamento do objeto real para um sem importância, ou seja, sem carga emocional e aparentemente insignificante como um fator da censura dos sonhos. Já a figuração seria a transformação do conteúdo do sonho em imagem e a última seria a elaboração secundária, onde há uma modificação dos sonhos para que ele pareça mais próximo da realidade e mais comparável com o pensamento diário.
Além dessas condições como contribuição para transformação dos conteúdos latentes em conteúdo manifesto, existem diversos fatores que irão convergir para a interpretação dos sonhos, pois o mesmo elemento manifesto pode remeter há uma série de pensamentos latentes decorrentes da deformação causados pela censura partindo da elaboração onírica . Assim, torna-se necessário fazer diversas associações e interpretações do conteúdo exposto através do relato do sonho o qual aparece sobredeterminado. 
Nesse contexto, nota-se uma relação muito importante entre a linguagem e o desenvolvimento do método psicanalítico Freudiano, pois há uma espécie de quebra em pensamentos anteriores e o sujeito deixa de ser regido pela razão, para ser construído pela incerteza , ou seja,ele propõe uma quebra no saber onde procurava-se um caráter objetivo e racional para explicar o sujeito através dos referenciais neurológicos e o contrapõe, promovendo uma torção no saber, pois o sujeito não é mais uma unidade e passa a ser descentrado, deslocando-o da consciência para o inconsciente o qual possui uma estrutura de linguagem específica.
Nesse caminho, o sentido da metapsicologia freudiana está focada em dar conta da busca dos fatos psíquicos , principalmente, de sua direção ao inconsciente. Assim, qualquer teorização seria uma descrição minuciosa dos processos psíquicos onde estariam relacionados a três direcionamentos como: o ponto de vista dinâmico (conflitos da forças pulsionais), o ponto de vista tópico (sua localização em instâncias) e o ponto de vista econômico (da distribuição dos investimentos).
É a partir deste segundo, o sentido topográfico, que Freud irá especificar as diferentes áreas da mente em distintos “territórios e processos ,como: inconsciente, pré-consciente e consciente. Assim, o primeiro seria a parte mais arcaica do aparelho psíquico onde estaria localizado os elementos instintivos não acessíveis à consciência, o segundo seria uma espécie de barreira filtrando o que iria passar ou não para o consciente e o último seria uma pequena parte incluindo tudo que estamos cientes em determinado momento.
Segundo Freud, nossos fenômenos psíquicos ocorrem de forma encadeada, ou seja, nenhum pensamento, sentimento ou lembrança acontecem segregadamente, como se aparecesse do nada. Freud afirma que existem elos ocultos que ligam esses eventos mentais a outros que ocorreram antes. Freud acredita que a vida mental ocorre de forma contínua, mesmo que os indivíduos não estejam conscientes dessa continuidade entre os seus pensamentos e sentimentos.
Em sua divisão topográfica da consciência, o consciente é a parte da mente que lida com as informações das quais eu estou ciente num dado momento. Ex. agora meu consciente está dedicado a prestar atenção ao texto que estou digitando, em verificar se estou digitando correto o texto, tentar estabelecer relações no texto. O inconsciente é o lugar onde se processa processos mentais que não são conscientes e que não podem ser acessados pelo consciente; a não ser em situações excepcionais. É nesse lugar inacessível que também ficam guardados informações que foram excluídas do consciente, e que não podem ser lembradas, pois, foram reprimidas ou censuradas. Ex. Lembranças traumáticas podem ser enviadas para o inconsciente e permanecerem lá influenciando indiretamente a vida mental do sujeito sem jamais serem lembradas novamente. apesar de você não ter clareza sobre as coisas que estão no inconsciente, sempre que um pensamento ou sentimento vier a mente e parecer que ele não tem nenhuma relação com os pensamentos ou sentimentos anteriores, na verdade, eles estão relacionados sim, mas esses elos se encontram no inconsciente, pois, para Freud não existe descontinuidade da vida mental. O pré-consciente é uma porção do inconsciente que facilmente se torna consciente. São todas as suas memórias que podem ser lembradas. Ex. O que vc comeu no café da manhã até chegar à universidade, o nome do gato do professor ou tia, as coisas que aprendemos na aula de Psicanálise.
Partindo do conceito de inconsciente, segundo Freud, pode-se falar dos desejos que estão inserido nele, pois os desejos são um pensamento que como já foi citado anteriormente, por força da censura, são transformados pela elaboração onírica para chegar à consciência.
 Dessa maneira, o sonhos são compostos por desejos na forma de pensamentos que passam por deformações para não serem identificados, além disso, esses pensamentos possuem um valor , fato importante quando analisado que o desejo seria o sentido desse valor. 
Assim, nem todo desejo se transformaria em um sonho, pois este teria que fazer parte do inconsciente, porém, o desejo se encontra nas outras instâncias seja no pré-consciente e consciente. Nesse sentido, esta seria uma explicação a qual nem sempre os sonhos seriam agradáveis, pois há um espécie de conflito entre onde eles estariam localizados.
Nessa perspectiva, os sonhos nem sempre proporciona prazer através da realização de um determinado desejo, pois pode ocorrer do próprio sonhador censurar este desejo e a nível inconsciente propicie prazer, mas para o consciente é algo inaceitável e por atravessar a barreira da censura, chega até ele inconvenientemente.
Nesse caminho, de acordo com Freud, o sonhos de punição seriam uma espécie de de realização do desejo de punir um desejo proibido, esse fato aproxima-se de uma regulação desse processo. Essa regulação, se aproximará do que Freud chamará de superego mais adiante.
É no inconsciente que estão processos e elementos que não são acessíveis ao consciente, alguns desses elementos são as pulsões. 
Já vimos que a pulsãotem apenas um objetivo: a satisfação. Vimos também que esta não se dá de forma direta e imediata, mas que, por exigência da censura, ela implica sempre uma modificação da pulsão. Essa é a razão pela qual os destinos da pulsão são também apresentados por Freud como modalidades de defesa. (GARCIA-ROZA, 2009, p. 126).
Pulsões são pressões ou necessidades que nos dirigem a um determinado fim, a satisfação. Toda pulsão tem uma fonte, uma finalidade, uma pressão e um objeto. Ex. A comparação entre a pulsão e a sede: a sede tem uma fonte que a necessidade de líquido para hidratar o corpo. A sede tem uma finalidade que é a de reduzir essa necessidade até que o organismo esteja satisfeito. A sede tem uma pressão que é a quantidade de energia que a pessoa emprega para satisfazer sua sede. A sede tem um objeto que por sua vez não é apenas o líquido, mas, tudo o que a pessoa faz para satisfazer a sede. Ex. levantar, ir ao bebedouro, pegar o copo, encher o copo e beber o líquido. Apesar da comparação a sede é uma necessidade fisiológica. Já a pulsão, é uma necessidade psíquica e ao mesmo tempo orgânica. Ela fica na fronteira entre o mental e o físico.
A pulsão tem dois representantes psíquicos: o ideativo e o afeto.
Toda diversidade de pulsão foi organizada por Freud de duas formas: Pulsão de vida e pulsão de morte.
Pulsão de vida: toda demanda interna que nos leva a buscar o prazer. Ex. casar, namorar, construir, pintar, entre outros.
Pulsão de morte: são aquelas situações que nos conduz ao isolamento, a estagnação e a ações de destruição e morte.
Essas pulsões residem em todos nós, em conflitos permanentes e não resolvidos, e a maior parte dos nossos pensamentos e ações é resultado não de apenas uma dessas forças, mas de uma combinação das duas. 
Tanto a pulsão de vida quanto a pulsão de morte tem fontes de energias distintas. A fonte de energia da pulsão de vida é a libido (latim-desejo), a libido é a energia empregada para a manutenção da vida. A pulsão de morte também tem uma fonte de energia específica, mas, Freud não deu um nome específico para ela.
	Em sua A história do movimento psicanalítico (ESB, v. XIV, p. 26), Freud afirma que “a teoria do recalcamento é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da psicanálise”. (GARCIA-ROZA, 2009, p. 151).
Outro característica importante é o recalque ou recalcamento defesa automática e inconsciente com que são repelidas do consciente as ideias que são penosas ou perigosas. É um mecanismo que envia para o inconsciente emoções, pulsões e afetos que são considerados repugnantes. A repressão desses sentimentos para o inconsciente não os elimina do quadro psíquico, e podem causar distúrbios no sujeito.
Recalcamento primário: como diz o nome, é a primeira fase do recalcamento, onde ocorre a inscrição de experiência no inconsciente ( através da fixação ou inscrição), que ele denomina de recalcamento originário.
Recalcamento secundário: afirma Freud que essa fase é completamente ativa, por oposição ao recalque primário, que ele considera de natureza mais passiva. Fica visível no texto que o recalque originário ou primário é a condição para surgir o recalcamento secundário ou recalcamento propriamente dito.
Na realidade o recalcamento propriamente dito é uma pressão posterior (Nachdrängen). Além disso é errado dar ênfase apenas à repulsão que atua a partir da direção do consciente sobre o que deve ser recalcado; igualmente importante é a atração exercida por aquilo que foi primeiramente repelido sobre tudo aquilo com que ele possa estabelecer uma ligação. Provavelmente a tendência no sentido do recalcamento falharia em seu propósito, caso essas duas forças não cooperassem, caso não existisse algo previamente recalcado pronto para receber aquilo que é repelido pelo consciente. (ESB, v. XIV, p. 171). (GARCIA-ROZA, 2009, p. 162).
O recalcamento primário, tem como função a divisão dos processos mentais em categorias diferenciadas, o recalcamento propriamente dito, é um processo que ultrapassa, perpassa esse mecanismo de defesa (clivagem) quando há essa divisão de sentimentos, ideais, comportamentos, entre outros.
O recalcamento secundário rejeita certas experiências que pertencem ao inconsciente não permitindo encontrem caminho para o pré-consciente/consciente.
O recalque é uma defesa de nós mesmos, é um mecanismo de defesa do pré-consciente. Quando temos um desejo, aspiração, instinto ou até uma que pode-se considerar absurdo, por você, algo difícil de aceitar, entra em ação automaticamente essa defesa inconsciente da nossa mente, ela envia para o inconsciente esse desejo ou pensamento. Todo esse processo ocorre de forma inconsciente.
Às vezes se confunde recalque que é o mecanismo de defesa que envia os eventos ou desejos dolorosos ao inconsciente, com Repressão que é o mecanismo que impede que esses eventos ou desejos já recalcados (enviados ao inconsciente) saiam de lá e alcancem nosso consciente.
O recalcamento acontece apenas sobre o representante ideativo ao qual o afeto está ligado, já o representante afetivo não pode ser tornar inconsciente.
A última fase do recalcamento segundo Freud, é o retorno do recalcado. Fato esse que ocorre no caso da neurose obsessiva, onde o que foi enviado para o inconsciente retorna, evocando mecanismos suplementares de defesa.
O retorno do recalcado é um processo que tem seu suporte na hipótese freudiana da indestrutibilidade dos conteúdos inconscientes. Os representantes recalcados não somente mantém sua indestrutibilidade como também lutam permanentemente pelo acesso ao sistema pré-consciente-consciente, obrigando este último a um dispêndio constante de energia para fazer face à ameaça que tais conteúdos representam. (GARCIA-ROZA, 2009, p.167).
Segundo Freud, a partir desses pressupostos há uma espécie de exigências internas opostas, ou seja, a partir de diversos mecanismos tratados em sua obra, seja às pulsões, recalque ou os sonhos os quais entendem-se como tentativas de mediar os conflitos internos do aparelho psíquico e mantê-lo estável. Assim, como a questão do princípio do prazer e da realidade o primeiro conduz o indivíduo em buscar o prazer e evitar a dor e o segundo tenta satisfazer esses desejos adequando a uma realidade socialmente adequada.
Nessa perspectiva, Freud propõe que a meta fundamental da psique seria manter e recuperar, quando perdido, um nível aceitável de equilíbrio que aumente o prazer e diminua o desprazer, partindo para uma segunda topografia onde aborda a personalidade e aparelho mental em termos de Id, ego e superego. Porém, esse modelo não anula o anterior, mas estabelece um diálogo entre si.
Nesse contexto, Freud percebeu que seus pacientes demonstravam vários conflitos internos e muitas vezes lidavam com esses conflitos fazendo certos acordos psíquicos, com o escopo de aliviar a ansiedade gerada e manter algum nível de conforto mental como citado acima. O ID: é a estrutura original da personalidade, por isso é caótico, desorganizado e sem forma. Todo o conteúdo do ID é inconsciente. Devido a essa natureza caótica, nele, convivem lado a lado por exemplo: desejos contraditórios, sem que um anule o outro, pois essa responsabilidade não é dele. Mas, o ID também é a fonte de toda energia das pulsões. As pulsões de vida e de morte alimentam-se da energia gerada pelo ID. Em verdade tanto as energias quanto as próprias pulsões fazem parte do ID. Ele busca a liberação constante de toda energia, toda tensão e toda excitação. Pode-se dizer que o ID, é como uma criança mimada que desconsidera os limites da realidade, procurando a auto-realização de forma irracional e egoísta. A todo momento, sem inibições e não tolerando frustrações, lógica, valores ou ética, valores que não significam nada para ele.
Já o EGO é uma estrutura da personalidade que se desenvolve a partir do ID, (na medida que o bebê vai tomando consciência de sua própria identidade).
A função do EGO, é procurar atender e ao mesmo tempo aplacar as exigências constantes do ID, preservando a saúde,a segurança e a sanidade da psique. Como o ID, é incapaz de lidar com a realidade externa, o EGO, que é lógico e racional cumpre essa função fazendo a mediação entre o mundo externo e o mundo interno. A energia utilizada por ele, é extraída do ID. O EGO, segundo Freud, se esforça pelo prazer e tenta evitar o desprazer. Ele faz isso, considerando as limitações e as oportunidades que são postas pela realidade externa controlando as exigências do ID, e avaliando como? quando? E se elas devem ser satisfeitas. em síntese, o ID, funciona segundo o princípio do prazer; e este, funciona segundo o princípio da realidade, separando o desejo da fantasia.
O superego , ou ideal do ego, começa a se constituir com a resolução dos conflitos edípicos da fase fálica, a partir, aproximadamente, de cinco ou seis anos ,pois surge quando a criança renuncia seu genitor do sexo oposto, como objeto de amor, e ao do mesmo sexo, como objeto de ódio, e assim se identifica com os pais como um modelo a ser seguido e mais a frente irão buscar em outras pessoas apoio como modelos ideais. 
Dessa maneira , a constituição do superego, contemplará características adquiridas decorrentes do complexo de Èdipo, bem como, imagens, posicionamentos e fala dos pais e de outras pessoas em seu mundo. Neste caminho, o seu funcionamento está estruturado a partir de proibições sociais e regras culturais que são absorvidas como uma lei paterna no inconsciente, aquela que simbolicamente orienta e regula.
Neste período, chamado por Freud de período de latência, que começam a surgir ideias de vergonha,e moralidade relacionadas ao controle dos impulsos sexuais e consequentemente noções do que seria certo e errado. 
Assim, ele tem a função de atuar como um juiz das ações e pensamentos do EGO. É nele, que residem os códigos de conduta aprendidos nas relações sociais, as inibições e os ideais. O SUPEREGO age no sentido de proibir ou limitar certos pensamentos e atitudes. A capacidade de auto-preservação é uma característica dele, uma vez que atua independente das pressões do ID, por satisfação, e das pressões do EGO, que ao seu modo também está envolvido na busca pelo prazer. O SUPEREGO contém os ideais nobres pelos quais lutamos, ele gera sentimentos de orgulho, de amor-próprio por conta dos nossos bons comportamentos, mas, também geram sentimentos de culpa e inferioridade pelo comportamento desaprovado; as vezes ele pode atuar de maneira bem primitiva, severa e inflexível com base em julgamentos preto no branco, tudo ou nada, em busca da perfeição; e a pessoa pode sentir-se culpada até mesmo por certos pensamentos, mesmo que eles não tenham provocado nenhuma ação. Mas, o SUPEREGO também pode se desenvolver no sentido da compreensão e da flexibilidade, aprendendo a perdoar a si mesmo ou aos outros; quando percebe que uma agressão foi fruto de um mal entendido ou de uma situação de extrema tensão.
Relação dinâmica: do ID surge o EGO para lidar de forma realista com as exigências do ID, considerando a realidade externa. O SUPEREGO, por sua vez, emerge do EGO como um freio moral, um juiz que controla a flexibilidade do EGO. 
Neste contexto, o princípio que rege o superego seria a moral, e as forças que dominam os segmentos desses princípios estariam na internalização de uma proibição dentro de si. Assim, a partir da sua formação baseado na influências dos pais e do meio social, a resposta que o indivíduo dará será baseada no prazer de cumprir o que ele determina, bem como culpa e remorso ao desobedecer suas regras.
Portanto, as teorizações anteriores elaboradas por Freud, em sua primeira tópica, sobre sonhos, desejos, pulsões,recalque, princípio do prazer e da realidade, bem como estas características estarem inseridas em sua divisão tópica, Inconsciente, pré-consciente e consciente, contribuíram grandemente para a caracterização e reconhecimento do que constitui o superego, sendo este um importante porção do aparelho psíquico que o indivíduo possa regular suas ações e reações e consequentemente constituirá sua personalidade.
Referências:
FREUD, Sigmund. A interpretação dos sonhos. Capítulo VI "O trabalho do sonho”, Obras Completas, vol. V, Rio de Janeiro ,(1898 e 1899).
Laender, Nadja Ribeiro. (2005). A construção do conceito de superego em Freud. Reverso, 27(52), 63-68. Recuperado em 06 de novembro de 2018, de http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-73952005000100009&lng=pt&tlng=pt.
GARCIA-ROZA, Luiz Alfredo, Freud e o inconsciente, 24.ed. - Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009.
YouTube. FREUD (01) – PULSÃO DE VIDA, PULSÃO DE MORTE E INCONSCIENTE. Vídeo (8min08s). https://www.youtube.com/watch?v=XxDP90soZJk&list=PLYb8MujOHWhCUwKDcjjeaBxsGXFe--YNK. Acesso em 2 de novembro de 2018.
YouTube. FREUD (02) – ESTRUTURA DA PERSONALIDADE (ID, EGO, SUPEREGO). Vídeo (11min26s). https://www.youtube.com/watch?v=MZxykE_YihI&index=2&list=PLYb8MujOHWhCUwKDcjjeaBxsGXFe--YNK. Acesso em 2 de novembro de 2018.
Disponível em:
https://monitoriapsicanalisepuc.wordpress.com/2015/08/02/primeira-e-segunda-teoria-topica-pulsional-e-da-angustia-razoes-para-as-mudancas/. Acesso em 1 de novembro de 2018.
Disponível em: http://artigos.netsaber.com.br/resumo_artigo_61374/artigo_sobre_os-sonhos-como-manifestacao-de-desejos-inconscientes. Acesso em 02 de novembro de 2018.

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