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DIREITO PENAL 3 [todas as aulas - 20.03.09 a 01.06.09]

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DIREITO PENAL 3 – MARCUS MOUSINHO
[20.03.09]
Homicídio Privilegiado:
É um tipo derivado porque depende de um tipo mais importante;
É um caso especial, pois a pena que é de um terço a um sexto do crime consumado, é diminuída pelo juiz de um sexto para um terço;
É o crime praticado por motivação (1ª parte):
É um crime por motivação relevante sob a visão de uma sociedade;
Matar por relevante valor social (matar um político corrupto para o bem social);
Crime por valor moral (pai mata o estuprador da filha para o bem individual).
É um crime por ímpeto emocional (2ª parte):
Artigo 28, I:
Não exclui a imputabilidade penal a embriaguês, a emoção e a paixão;
É isenta de pena a embriaguês patológica ou por força maior: beber com arma apontada para a cabeça e matar;
Embriaguês consciente: se matar com ou sem consciência sabendo o que está fazendo será responsabilizado pelo crime;
O menor, no Brasil, não é responsabilizado pelo crime penal por causa da Política de Estado.
Artigo 65, III:
Matar sob o domínio de violenta emoção:
Cometida logos após injusta provocação da vítima;
Não é qualquer provocação;
Um tabefe é considerado ofensa/injúria a honra do cidadão;
Não é homicídio privilegiado, o crime decorrente de ódio antigo ou que venha a ser cometido tempos depois da agressão da vítima.
Para matar sob o domínio de violenta emoção o agente tem que está com suas faculdades mentais diminuídas.
Provocação Injusta:
Leva o indivíduo as vias de fato contra a vítima.
Fato Temporal:
Mostra ao cidadão que ele não pode agir assim e o Estado tem como função castigá-lo como achar melhor.
[20.03.09 e 27.03.09]
Homicídio Qualificado: art. 30.
Tem circunstância de caráter pessoal;
Homicídio simples não é hediondo;
Só é considerado hediondo, quando é praticado em sua forma qualificada ou quando é típico da ação de grupos de extermínio;
Inserem-se no mesmo rol: os crimes de estupro, latrocínio, extorsão mediante seqüestro, etc.;
Motivos:
Artigo 121, §2º, I: demonstra depravação moral do agente.
Mediante paga ou promessa de recompensa: aquilo que o autor ou o executor vai auferir como pagamento para cometer o crime;
Torpe: moralmente reprovado (ex.: matar por inveja);
Artigo 121, §2º, II:
Fútil: matar por motivo pequeno (ex.: matar o dono de um bar que não lhe serviu bebida);
Princípio da Taxatividade do Tipo (Capez):
Artigo 121, §2º, III - Quanto aos meios empregados:
Emprego de veneno, explosivo, fogo, asfixia e tortura;
Artigo 59: o juiz tem que analisar cada tópico para definir a pena;
Qualificador objetivo: são os meios de execução do crime;
Meios insidiosos: meio que oculta à intenção do agente, sem que a vítima perceba/pega a vítima de surpresa (ex.: veneno);
Meio cruel: veneno, explosivo, fogo;
Meio que possa resultar perigo comum: provocar desabamento ou inundação;
Artigo 17: crime possível;
Asfixia: é a supressão da respiração, que se origina de um processo mecânico ou tóxico.
Exemplos:
Estrangulamento: compressão do pescoço por um laço conduzido por força que pode ser a do agente agressor ou de outra fonte;
Enforcamento: compressão do pescoço por um laço causado pelo próprio corpo da vítima;
Esganadura: é o aperto do pescoço provocado pelo agente agressor diretamente, valendo-se das mãos, pernas ou antebraço;
Afogamento: trata-se da inspiração de líquido, estando ou não imerso.
Tortura: impingir a vítima a um sofrimento maior para conseguir o objetivo;
Diferente do meio utilizado para matar;
Diferente do crime de tortura: não há a intenção de matar, é um crime preterdoloso;
Qualificadora: finalidade de a ação ocasionar a morte;
É um crime doloso qualificador;
É empregado para constranger alguém.
Perigo comum:
É diferente do crime do artigo 258: lesão corporal de natureza grave;
Incêndio, explosão, inundação, desmoronamento, etc.;
Finalidade de matar alguém dera perigo a outrem.
Art. 121, §2º, IV:
Traição: quebra de confiança depositada pela vítima ao agente, que desta se aproveita para matá-la;
Há duas concepções:
Material: a vítima é pega de surpresa (ex.: efetuar disparo pelas costas ou matar a vítima que está dormindo, em coma alcoólico);
Moral: o sujeito se faz de amigo e se aproveita do relacionamento pessoal para matar a vítima.
Para a jurisprudência tanto faz, a material ou a moral.
Emboscada ou tocaia: o agente aguarda escondida a passagem da vítima por um determinado local para, em seguida, alvejá-la;
Se oculta da vítima para pegá-la de surpresa;
Enquanto o agente não faz o disparo, o crime é atípico para o homicídio.
Mediante dissimulação: é a utilização de um recurso qualquer para enganar a vítima, visando possibilitar uma aproximação para que o agente possa executar o ato homicida;
O agente se disfarça com intenção maléfica.
Art. 121, §2º, V:
Para assegurar a execução:
Matar um segurança para conseguir seqüestrar o empresário (homicídio qualificado em concurso material com extorsão mediante seqüestro).
Conexão teleológica ou provatícia: o sujeito quer evitar que se descubra que o crime foi praticado, portanto mata para garantir a execução do crime;
Ex.: mata o vigia para roubar o banco.
Conexão conseqüencial ou impunidade: o sujeito mata alguém que poderia incriminá-lo;
Ele mata para que o crime anterior não seja descoberto;
Ex.: estupra e mata a testemunha.
Conexão para assegurar vantagem de outro crime: mata o comparsa de roubo para ficar com todo o dinheiro.
[30.03.09]
Homicídio Culposo:
Artigo 121, §3º;
Pena: detenção de um a três anos;
Ocorre quando o agente não queria causar a morte, nem assumir o risco de produzi-la, mas ela ocorre por imprudência, imperícia ou negligência.
Imprudência (conduta ativa): praticar ato perigoso como limpar arma de fogo, dirigir em alta velocidade, etc.;
Negligência (conduta passiva): é a ausência de preocupação (ex.: arma ao alcance de criança, etc.);
Imperícia: é a falta de aptidão (não conhecimento) para determinada função;
Não existe a compensação de culpa;
O agente só não responde se a culpa foi exclusivamente da vítima;
Se duas ou mais causam a morte respondem como co-autores por homicídio culposo;
Na culpa consciente, o agente vê o risco de causar a morte, mas acredita que dada a sua destreza o fato não ocorrerá;
Enquanto que no dolo eventual, o agente vê o mesmo risco, mas a ocorrência do evento morte lhe é indiferente (faço, dê no que der).
Artigo 121, §4º: aumento da pena.
No homicídio culposo, a pena é aumentada de um terço, se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro a vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante;
Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de um terço, se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 anos ou maior de 60 anos.
Obs. 1: inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício: o agente conhece as regras, mas não segue;
Obs. 2: omissão de socorro de terceiros: só é exigível se não houver risco pessoal;
Porém, há decisão contrária ao receio de linchamento, pois quem provoca situação de perigo no mínimo por culpa “não pode com êxito invocar estado de necessidade real ou positivo”.
Obs. 3: não incide na morte instantânea ou ferimentos leves sem necessidade de socorro.
CTB (Código de Trânsito Brasileiro):
Art. 302: praticar homicídio culposo na direção de veículo automotor:
Penas: detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
Obs. 1: Culpa: é a ausência do dever de cuidado objetivo, caracterizado pela imprudência, negligência ou imperícia. É o desvio padrão do Homem Médio. Ex.: O dito “Homem Médio” procura, ao dirigir um automóvel, não atropelar os pedestres e respeitar os sinais de trânsito.Ocorrendo negligência, imperícia ou imprudência, e havendo vítimas fatais no acidente, o condutor do veículo automotor será acusado de Homicídio Culposo, ou seja, cometeu (realizou, executou, praticou) um ato extremo sem ter a INTENÇÃO ou VONTADE de fazê-lo, mas que por ter agido com imprudência, negligência ou imperícia, acabou por praticar tal ato.
Artigo 302, § único: no homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é aumentada de um terço à metade, se o agente:
Não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação;
Praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada;
Deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima do acidente;
Obs. 2: Este dispositivo somente é aplicado ao condutor do veículo que tenha agido de forma culposa, caso contrário o crime cometido será tipificado no art. 304.
O socorro deverá ser possível de ser efetivado sem risco pessoal para o condutor (ex.: ameaça de agressão, grande movimentação de veículos etc.) e quando o agente puder concretizá-lo, tendo meios para tanto; assim, se o agente não possuir condições de efetuar o socorro ou quando também ficou lesionado no acidente de forma a não poder ajudar a vítima, não terá aplicação o dispositivo.
O instituto igualmente não será aplicado se a vítima for, de imediato, socorrida por terceira pessoa.
No exercício de sua profissão ou atividade, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiros.
Obs.3: O instituto será aplicado mesmo que o veículo de transporte de passageiros esteja vazio; quando estiver no trajeto até a empresa após o término da jornada; e quando as vítimas não necessitam estar no interior do veículo para que sejam alcançadas pelo presente dispositivo.
Art. 304. (OMISSÃO DE SOCORRO): Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade pública:
Penas: detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato não constituir elemento de crime mais grave.
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimentos leves.
Obs. 4: O sujeito ativo, o agente causador do acidente e condutor do veículo automotor, deve agir de forma dolosa para que este crime, com vítima, se enquadre no artigo 304, de Omissão de Socorro, pois caso contrário ele responderá pelo crime tipificado no art. 302, § único, III ou art. 303, § único;
Se na mesma oportunidade outro motorista não envolvido no acidente ou outras pessoas deixarem de prestar socorro, incidem no crime de Omissão de Socorro, previsto no art. 135 do Código Penal;
Já, quando logo após o acidente, uma terceira pessoa presta o socorro às vítimas, antecipando-se ao condutor (sujeito ativo), não haverá incidência do crime tipificado neste artigo. Mas, se o condutor, logo após o acidente, se afastar do local e a vítima for socorrida, o crime estará consumado.
[30.03.09]
Induzimento, Auxílio, Instigação ao Suicídio (ou Participação em Suicídio):
Artigo 122: induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça.
Pena: reclusão de 2 a 6 anos se o suicídio se consuma; ou reclusão de 1 a 3 anos se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
§ Único: a pena é duplicada:
Se o crime é praticado por motivo egoístico (ex.: para ficar com a herança da vítima, com o seu cargo, etc.);
Se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência (ex.: vítima está embriagada, com depressão).
Participação Moral e Material:
Induzimento (participação moral): significa dar a idéia do suicídio a alguém que ainda não tinha tido esse pensamento;
Instigar (participação moral): significa reforçar a intenção suicida já existente;
Alguém: pessoa ou pessoas determinadas;
A suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça (participação material): significa colaborar materialmente com a prática do suicídio, quer dando instruções ou emprestando objetos para que a vítima se suicide;
Essa participação deve ser secundária, acessória, pois se a ajuda for à causa direta e imediata da vítima, o crime será o de homicídio.
Não existe tentativa deste crime; o legislador condiciona a imposição da pena à produção do resultado, que no caso pode ser a morte ou a lesão corporal grave;
Consuma-se no momento da morte da vítima ou quando ela sofre lesões corporais graves; resultando lesões leves o fato é atípico;
Deve haver relação de causa e efeito entre a conduta do agente e a da vítima;
Deve haver seriedade na conduta do agente; se alguém, em tom de brincadeira, diz à vítima que a única solução é “se matar” e ela efetivamente se mata, o fato é atípico por ausência de dolo;
A vítima deve ter capacidade de entendimento de que sua conduta irá provocar sua morte e resistência; assim, quem induz uma criança de pouca idade ou pessoa com grave enfermidade mental a se atirar de um prédio, responde por “homicídio”;
Se várias pessoas fazem roleta-russa em grupo, uns estimulando os outros, os sobreviventes respondem por este crime;
Se duas pessoas decidem morrer juntamente, se trancam em um compartimento fechado e uma delas liga o gás, mas apenas a outra morre, haverá “homicídio” por parte daquele que executou a conduta de abrir a torneira do botijão de gás;
Se duas pessoas fazem um pacto de morte e uma delas se mata e a outra desiste, o sobrevivente responderá por este crime;
O agente que coage alguém a não se matar não pode ser preso por crime de coação; mas proibir uma prostituta a não se prostituir, pode ser preso por crime de coação;
Na modalidade de auxiliar, o agente não pode participar da tentativa de homicídio, caso contrário ele será preso por homicídio;
Dar a corda e o banquinho não é ato de exclusão;
Sujeito Ativo (comum): é qualquer pessoa com capacidade de discernimento e autodeterminação;
Sujeito Passivo (comum): é qualquer pessoa:
Portadora de doença mental;
Menores de 14 anos (presunção de violência);
Com incapacidade de reação da vítima;
Com erro provocado por terceiro; e
Pessoa determinável.
Objeto Material e Objeto Jurídico: a pessoa, a vida;
Elemento Subjetivo: dolo (direito ou eventual);
Modalidades Comissivas e Omissivas:
Omissão própria e imprópria: status de garantidor (artigo 13, §2º, CP);
Induzir e instigar: comportamento positivo;
Auxiliar: comportamento via inação.
Tentativa: condição de punibilidade ou atipicidade;
Consumação: com a morte ou lesão grave ou gravíssima;
[03.04.09]
Infanticídio:
Antigamente referia-se a matança indiscriminada de crianças nos primeiros anos de vida, mas para o Direito brasileiro moderno, este crime somente se configura se a mulher, quando cometeu o crime, estava sob a influência do estado puerperal, isto é, logo após o parto ou mesmo depois de alguns dias.
Na atualidade, a China é um país onde há elevado índice de infanticídio feminino. Neste país é prática comum cometer aborto quando o bebê é uma menina, o que gerou um desequilíbrio entre os sexos na população do país.
Artigo 123, CP: matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:
Pena: detenção de 2 a 6 anos.
Artigo 322 e 336 do CPP.
É um crime inafiançável.
Estado psíquico da parturiente:
Para configurar o delito deve ser a mulher a portadora de grave perturbação psíquica, chamado estado puerperal;
O parto não leva a transtornos psíquicos graves, podendo haver um quadro de tristeza do parto (maternity blues);
Perícia – se o parto transcorreu de forma angustiante ou dolorosa:
Se a parturiente, cometido o crime, tentou esconder o cadáver;
Se lembrar do ocorrido ou não e se há simulação;
Se tiver antecedentes psicóticos ou se há vestígios de debilidade.
É de competência do JURI.
Puerpério: período que vaida expulsão da placenta até a involução total das alterações do organismo provocadas pela gravidez.
Nossa legislação atual beneficia o homicídio biopsicológico, onde a mãe mata seu filho influenciado pelo puerpério que sempre existe, mas deve ser comprovada a resultante perturbação emocional da mulher como nexo causal.
O parto se inicia em geral com o rompimento do saco amniótico e termina com o corte do cordão umbilical e a expulsão da placenta;
Quanto a período logo após o parto chega-se a admitir até oito dias posteriores;
A legislação penal brasileira, através dos estatutos de 1830, 1890 e 1940, tem conceituado o crime de infanticídio de formas diversas. O Código Penal de 1890 definia o crime com a seguinte proposição:
"Matar recém-nascido, isto é infante, nos sete primeiros dias de seu nascimento, quer empregando meios diretos e ativos, quer recusando à vítima os cuidados necessários à manutenção da vida e a impedir a sua morte".
O § único cominava pena mais branda "se o crime fosse perpetrado pela mãe, para ocultar a desonra própria", o chamado infanticídio honoris causa.
Sujeito Ativo: é a mãe (crime próprio: condição elementar);
Admite-se a co-autoria ou participação não pacificamente (infanticídio + homicídio);
A mãe pode ou não estar presente durante o processo;
Hoje em dia, a mãe não pode alegar que cometeu infanticídio para defender sua honra como antigamente; ela irá alegar que matou o filho porque estava sob o estado puerperal;
Critério adotado pelo Código Penal:
Físico: biológico, biopsíquico ou fisiopsíquico;
Estado puerperal mínimo: a mãe responde por homicídio, pois o juiz não leva em consideração o estado puerperal;
Estado puerperal médio: é infanticídio;
Estado puerperal máximo: é inimputável, pois tira totalmente a consciência da mãe; o que é aplicado nesses casos é uma medida de segurança;
Semi-inimputável: artigo 26, § único – não seja inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento (a pena é aplicada, mas é reduzida).
É um crime personalíssimo, pois um terceiro não pode matar o bebê no lugar da mãe;
Questão Legal: ser mãe é circunstancia do crime?
Não, pois a circunstancia é o que está ao redor do motivo matar.
Elemento Subjetivo: dolo (direito ou eventual), homicídio culposo;
Ser mãe é elementar para o crime de infanticídio.
Artigo 30, CP: não se comunicam as circunstancias e as condições de caráter pessoal, salvo quando elementares do crime.
Mãe mata e o agente auxilia, se tem a autora e o partícipe:
É crime atípico de antijurídico;
Dá-se por instigação;
Artigo 29, CP: quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominada;
Autor mata e a mãe auxilia:
Doutrina:
Autor: homicídio;
Mãe: infanticídio;
Artigo 30, CP: veta a possibilidade
Autor: infanticídio;
Mãe: partícipe de infanticídio (se não for por instigação).
Sujeito Passivo: é o filho nascente ou recém nascido com vida provada pela docimasia pulmonar (respiração) ou por outros fenômenos vitais como circulação sanguínea;
Objeto Material e Objeto Jurídico: o nascente e o neonato a vida.
Tentativa: crime plurissubsistente (ex.: a mãe pega o filho e o coloca dentro do vaso sanitário, na hora em que ela vai dá a descarga chega alguém e tira o bebê dali).
Consumação: com a morte, verificando-se se a criança estava com vida.
A morte do bebê antes do parto é considerada aborto.
Não é necessário indagar-se se o feto é capaz de vida autônoma extra-uterina.
Para que se configure o infanticídio, basta que, começado o parto, se possa considerar o feto biologicamente vivo; sendo que vida biológica corresponde à existência do mínimo de atividades funcionais de que o feto já dispõe antes de vir à luz, e das quais é o mais evidente atestado a circulação sangüínea.
A doutrina fala do tumor do parto: que é uma saliência violácea que se forma no couro cabeludo; uma pressão no crânio que ocorre durante o parto; se a criança possuir esse tumor, conclui-se que ela nasceu com vida; se não tiver, nasceu morta.
Artigo 17, CP: é crime impossível por absoluta impropriedade do objeto se o filho já nasce sem vida.
Modalidades Omissivas e Comissivas:
Comissiva: verbo matar;
Omissiva: omissão imprópria; status garantidor do dever de agir decorrente da lei-obrigação de cuidado, proteção ou vigilância (artigo 13, §2º, CP).
Aplicação do artigo 20, §3º: Erro da pessoa.
Concurso de Pessoas:
A parturiente e o terceiro executam o crime;
A parturiente executa a conduta com a participação do terceiro;
O terceiro executa a conduta com a participação da mãe.
Limite Temporal:
Durante o parto: aborto e infanticídio;
Parto normal:
1º período: Dilatação do colo do útero; rompimento da membrana amniótica seguido da incisão das camadas abdominais (contrações);
2º período: Expulsão;
3º período: Secundamento.
Parto cesariano ou césare ou tomotocia: incisar o abdome e a parede do útero.
Logo após o parto: período que vai da expulsão do feto aos primeiros cuidados ao recém-nascido.
Delimita-se pela influência do estado puerperal, onde a mãe não está em estado de bonança, quietude;
Princípio da razoabilidade: relação de proximidade.
Prazo razoável: é de dois meses de estado puerperal.
[13.04.09]
Aborto:
É a interrupção da gravidez com a conseqüente morte do feto.
Pode ser:
Natural: a interrupção da gravidez é espontânea e, portanto impunível.
Acidental: ocorre em conseqüência de traumatismo, sendo também impunível.
Ex.: queda, acidente em geral.
Criminoso: previsto nos arts. 124 a 127:
Aborto provocado pela gestante (auto-aborto);
Aborto provocado sem o consentimento da gestante;
Aborto provocado com o consentimento da gestante;
Aborto qualificado.
Legal ou permitido – previsto no art. 128:
Aborto necessário;
Aborto sentimental.
Os métodos mais usuais para provocá-lo são a ingestão de medicamentos abortivos, introdução de objetos pontiagudos no útero, raspagem ou curetagem e sucção;
É ainda possível a utilização de agentes elétricos ou contundentes para causar o abortamento.
Se o feto já estiver morto (absoluta impropriedade do objeto) ou o meio utilizado pelo agente não pôde provocar o aborto (absoluta ineficácia do meio), é crime impossível.
Aborto Anencefálico:
É fato atípico, já que não há nada;
Decisão do STF: para decidir se aborto anencefálico é crime ou fato atípico;
Há a possibilidade de ser lícito futuramente, segundo o STF.
Aborto por Estupro:
Com autorização dos pais.
Aborto provocado pela gestante (auto-aborto):
Pratica em si mesma o aborto;
O ato do aborto é o abortamento;
A legislação brasileira proíbe que a mulher se auto-aborte.
A mãe pode ter auxílio, o partícipe;
O sujeito passivo é o feto;
O aborto é a antecipação do nascimento (antes do parto), já que durante ou logo após o parto é crime de infanticídio;
Se o feto foi espontaneamente expulso não é considerado aborto, mas se a mãe matar o feto a perícia decidirá se será crime de homicídio ou infanticídio;
É possível a tentativa no crime de aborto;
É um crime próprio, pois a norma exige que o sujeito ativo (mãe) pratique o crime;
Crime multinuclear:
Matar e praticar;
Todos respondem pela mesma conduta.
A gestante que consente com o aborto, responde pelo artigo 124; Mas o terceiro que executa o aborto com o consentimento da gestante responde pelo artigo 126.
O terceiro só responde por lesões corporais, caso haja lesões na vítima.
O crime tentado de estupro ocorre quando o sujeito desiste da conduta por ter ouvido a sirene da polícia ou por outro motivo;
O crime de estupro se consuma com a penetração do órgão sexual masculino no órgão sexual feminino;
É crime de forma livre qualquer ação que pode ser empregada para provocar o aborto;
O crime de trânsito não pode ser causa de aborto, a não ser que o sujeito provoqueo acidente com o intuito de provocar o aborto na vítima;
A norma não considera o consentimento da mãe menor de 14 anos;
A pena aumenta de 3 a 10 anos para o terceiro que provoca o aborto com o consentimento da gestante menor de 14 anos, alienada ou débil mental;
A gestante em um desses aspectos não é penalizada.
Porém, se o consentimento é obtido mediante fraude (o médico diz que a criança é surda, muda, cega, etc.), o terceiro responderá pelo artigo 126 e a mãe responderá pelo artigo 124;
Aborto Qualificado:
Artigo 127: As penas cominadas nos dois artigos anteriores (arts. 125 e 126) são aumentadas de 1/3, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém à morte.
Tem pena duplicada destinada ao terceiro;
A doutrina interpreta a lesão grave e gravíssima com o aumento de 1/3 ou o dobro é aplicada a pena em cima do artigo 126;
Não é tipo autônomo, tem que ser provocado o aborto para ocorrer o crime de lesão corporal;
O artigo 129, caput, não trata de lesão corporal leve;
A lesão corporal grave é tratada pelo artigo 129, §1º;
A lesão corporal gravíssima é tratada pelo artigo 129, §2º.
Aborto Legal ou Permitido:
Artigo 128: Não se pune o aborto praticado por médico:
I (aborto necessário) - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;
II (aborto sentimental) - se a gravidez resulta de estupro (ou de “atentado violento ao pudor”, já que é possível em face da mobilidade dos espermatozóides - embora o CP não permita, mas é pacífico o entendimento de que pode ser aplicada a chamada analogia “in bonam partem”) e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
[14.04.2009]
PATRIMÔNIO:
Tipicidade material;
Fato típico: material formal;
Punibilidade:
Culpabilidade no modo tradicional;
Necessidade de pena.
Na Alemanha a maioridade penal é aos 13 anos, mas o tratamento dado a ele é do menor de 20 e 30 anos. Trata-se de um tratamento que visa à reintegração do menor à sociedade. Mas a imputabilidade aplicada ao menor de 13, de 20 anos e assim por diante, são iguais.
FURTO:
Artigo 155, CP [Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel: Pena de reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa]. 
A proteção imediata é a da posse;
A posse jamais se torna lícita, sempre será ilícita;
O sujeito ativo do crime será qualquer pessoa que não seja o possuidor/proprietário do patrimônio.
O sujeito passivo será o devedor/possuidor/proprietário.
Corrente Doutrinária: no crime de furto, o sujeito ativo/passivo é comum, pois não exige a especificidade do sujeito.
Artigo 22, CP: Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.
Ação física do crime:
Realidade do verbo do crime:
Do estupro: é a subtração; em regra, é um crime que só se dá de uma forma.
Terceira classificação:
Através de interposta pessoa:
É direta;
É autor mediato no crime de furto.
Através de animal:
É indireta e imediata.
Objeto material do crime:
Aquilo que a ação recai sobre a pessoa;
Do furto é a coisa;
Objeto jurídico é a vida.
A coisa alheia móvel tem que está dentro do espaço de disponibilidade do proprietário para ser considerado FURTO.
Ex.: engolir uma pérola em uma joalheria é furto.
Objeto material do furto:
Tem que ser coisa concreta e pertencer a um patrimônio;
Ex.: cadáver que pertence à universidade para pesquisa e é subtraído de alguma forma.
[24.04.2009]
Elemento subjetivo do furto:
Dolo: conhecimento do tipo penal [artigo 18, I - Diz-se o crime: doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo]:
Direto: 1º e 2º grau.
Indireto: eventual.
No furto não se tem forma culposa. Não se pode subtrair por imprudência, mas se pode subtrair por erro.
Ex.: subtrair coisa alheia que parece ser seu [pegar o molho de chaves da amiga pensando que é sua].
O erro como elemento do furto exclui o dolo;
O crime de furto só pode ser submetido pelo dolo, que é elemento subjetivo;
Em regra, se tem como elemento subjetivo o dolo e a culpa;
No furto, o elemento subjetivo é o dolo.
Exceção:
Finalidade específica;
O terceiro é o elemento subjetivo especial do tipo injusto.
Furto de uso:
Não é criminalizado esse tipo de furto na legislação brasileira;
Há vários tipos penais que exigem o tipo injusto [terceiro elemento subjetivo do furto].
Consumação do furto: Há várias teorias:
1. Concretatio: diz que basta que o agente ativo toque na coisa. Não precisa retirar do domínio do agente.
Ex.: a extorsão mediante seqüestro se consuma quando o agente recebe o dinheiro, ou seja, com o exaurimento do crime.
Caminho do crime: cogitar --> preparar --> executar --> consumar --> exaurimento do crime.
Em regra a preparação do crime não é punível.
Mas há casos em que se pune a preparação de forma antecipada [logo no início].
2. Ilatio: o agente leva o objeto do local desejado.
3. Amotio: é a deslocação do objeto material.
4. Ablatio: é a apreensão do objeto material.
Na teoria 3 e 4, a consumação do furto se dá quando elas agem conjuntamente.
Há mais posse mansa e pacífica.
A legislação adere essas duas teorias agindo conjuntamente.
O início da execução do furto se dá quando sua ação começa a gerar perigo para a coisa.
Ex.: se o anel estiver dentro do quarto e o indivíduo pulou o muro com a intenção de furtar, ele não responderá por furto e sim por invasão de domicílio.
Ex.: se o agente pular o muro para roubar uma bicicleta visando o objeto, poderá ser punido por furto.
Tentativa:
Como o furto é um crime plurissubsistente, posso fracionar a ação de subtrair.
Quando não se tem a amotio e o ablatio não se tem mais a posse mansa e pacífica.
Artigo 15 [O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já praticados]:
a desistência voluntária pressupõe execução.
O ato espontâneo não tem causa externa para desistir do furto.
Dá-se com o início da execução --> começo da consumação --> consumação.
Tentativa branca e cruenta: tem o desejo de matar, então dispara todas as balas na vítima, mas não consegue atingi-la. Responderá, então, por lesão corporal, já que não atingiu a vítima.
Art. 17 - Não se pune a tentativa quando, por ineficácia absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível consumar-se o crime.
Artigo 155, §1º [A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno], CP:
O crime só cabe a pessoa que estiver dormindo durante a noite.
Tem que se ater ao horário.
É o horário em que o indivíduo está mais vulnerável.
A finalidade da norma e que quanto menor for o crime, maior será a pena.
1/3 = 1 a 4 anos.
Estende-se a interpretação do crime somente para beneficiar o réu.
Teoria adotada por Marcus Mousinho: teoria garantista com interpelação penal.
Só é aplicada ao caput do artigo 155, §1º.
O repouso noturno só é aplicável ao furto simples.
§ 4º: furto qualificado.
Artigo 155, §2º: Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa.
Réu primário: nunca sofreu condenação irrecorrível, portanto não tem antecedentes.
Pequeno valor da coisa furtada.
Detenção.
Diminuição de 2/3 da pena.
Multa.
Réu reincidente: é aquele que praticou o crime após o trânsito em julgado de uma condenação anterior.
Se o crime foi cometido desde que não tenha transcorrido o prazo de 5 anos, contado a partir do cumprimento da pena ou da extinção da punibilidade,tecnicamente ele volta a não ter antecedentes.
Teoria do pequeno valor da coisa furtada:
Não confundir com coisa insignificante, pois o juiz pode dizer que causa de aticipidade oculta.
Só tem poder de diminuir a pena.
O STF determinou que a fiança fosse até 10 mil reais para os crimes contra a Fazenda Pública.
Tecnicamente não vai empobrecer um milionário, nem vai enriquecer o pobre.
Artigo 155, §3º [Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor econômico]:
Energia é fonte esgotável.
Pode-se afirmar que se tem energia quando se tem mercadoria, relógio, casa, etc.
O furto não se dá quando se faz o GATO [ligação clandestina], pois aí o que se tem é o crime de estelionato [artigo 171: Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. Pena – reclusão, de 1 a 5 anos, e multa] que a pena é menor do que a de furto.
O sinal de TV:
É uma conduta atípica;
Não sofre diminuição no patrimônio da empresa;
É uma coisa móvel;
Não é crime.
[04.05.2009]
Artigo 155, § 4º [furto qualificado]: A pena é de reclusão de 2 (dois) a 8 (oito) anos, e multa, se o crime é cometido:
I - Com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa.
Circunstância que qualifica: ambas estão ao redor do crime de furto e a qualificadora tem sua própria pena [1 a 4 anos], embora esteja ligada a uma das circunstâncias que existe em razão do tipo original.
Circunstância que majora o furto: não tem sua própria pena, ela sempre toma como margem o tipo de pena original.
Critérios: rompimento ou destruição do objeto que está protegendo a coisa [ex.: quebrar o vidro do carro para levar o CD/DVD].
II – Com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza.
Abuso de confiança:
É a relação interpessoal entre a vítima, o réu e o acusado;
O agente abusa da confiança para furtar;
Tem que ter um nexo causal para a subtração [o nexo é a subtração + o abuso de confiança];
Ex.: empregada doméstica.
Mediante fraude:
Ocorre quando o sujeito constrói a confiança visando subtrair a coisa;
O agente utiliza de um meio enganoso para conseguir dissuadir a vítima;
É um tipo como o estelionato;
Não é a fraude utilizada em que o sujeito subtrai a coisa e depois entrega para outrem.
Escalada:
É quando o agente tem que subir, mas também ocorre dele ter que descer;
O sujeito entra em uma residência pelo subsolo;
Acontece quando ele tem que ultrapassar um obstáculo com um esforço incomum para subtrair a coisa;
O agente tem que se esforçar para subtrair a coisa.
Destreza:
É o chamado ‘gatuno’;
É quando a vítima nem sente que está sendo furtado [o sujeito tem que ser muito esperto para que a vítima não perceba].
Flagrante preparado é crime impossível, pois o policial tem que incitar o agente a agir.
III - com emprego de chave falsa.
IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas:
Ocorre quando o agente comete o crime com mais de duas pessoas, pois aumenta a possibilidade do sucesso e diminui a capacidade de a vítima se defender.
Tem-se a qualificadora quando, nesses dois casos, mesmo que se tenha o concurso de pessoas pode ocorre que não se esteja cometendo o crime.
Artigo 155, §4º, IV + Art. 29 [Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade].
Pena de furto simples é dobrada.
Não se tem a qualificadora: artigo 155 [Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel] + artigo 29 [Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade].
No roubo a qualificadora é mais grave que a do furto.
Pena de 4 a 10 anos [a pena não pode ser dobrada porque fere o princípio da personalidade] ----> 1/3 até a metade [em concurso de pessoas a pena não dobra].
Ao aplicar a qualificadora do concurso de pessoas, o juiz não irá dobrar a pena.
[11.05.2009]
ROUBO:
Artigo 157: Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência [Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa].
Caput: trata do roubo próprio.
§§: trata do roubo impróprio.
Diferença: A violência e a grave ameaça
Caput: antes do roubo ou durante a ação.
§§: logo após a ação.
A ação nuclear do tipo é o subtrair [subtrair do roubo é igual ao subtrair do furto];
No roubo o agente impugna a violência e a grave ameaça contra a vítima;
A ameaça é a promessa de causar o mal à vítima, pois é um crime praticado de forma livre.
A violência é ação externada pelo sujeito diretamente contra o corpo da vítima; é qualquer ação que lesione a integridade física da vítima.
Como é um crime comum, então o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa [será pessoa jurídica somente nos crimes contra o meio ambiente].
O sujeito passivo também pode ser qualquer pessoa [será pessoa jurídica se ela for à vítima da situação].
O qualquer meio que reduza a capacidade de resistência da vítima [final do caput] pode ser por meio de entorpecente.
As vias de fato ocorrem para ter o roubo simples no mínimo leve, se não for assim, será crime de grave ameaça ou qualquer outro meio.
Para ser crime de grave ameaça a vítima tem que está intimidada [sem capacidade de reação].
Esbarrão [trombada]:
Vai depender se a vítima foi lesionada ou não;
Para ter a violência, a vítima tem que ter pelo menos uma lesão leve;
Se a vítima cai e se machuca, logo após ter sido roubada, sem que o agente tenha tocado nela, não se tem o crime de roubo.
Se a ação do agente é contra a coisa e derruba a vítima, não se tem a configuração de violência, pois o agente agiu para pegar a coisa e não contra a vítima.
A doutrina diverge:
1. Configura-se como furto já que a violência foi empregada contra a coisa e não contra a vítima;
2. Se o agente, ao esbarrar na vítima, causar lesão corporal na mesma, a conduta será tipificada no artigo 157, §3º do CP.
Roubo impróprio: ocorre logo após de subtraída a coisa emprega grave a ameaça ou violência contra a vítima; ocorre logo após o crime.
Roubo próprio: o agente aplica violência [tapa no rosto] na vítima; ocorre antes e durante o crime.
	Logo após de subtraída a coisa [roubo impróprio]: emprega grave ameaça ou violência contra a vítima.
	Furto, subtração, posse mansa e pacífica, tentativa
	Roubo próprio antes e durante.
	Logo após de subtraída a coisa [roubo impróprio]: emprega grave ameaça ou violência contra a vítima.
	Subtrair ---> durante = roubo próprio
Subtrair ---> após = roubo impróprio
Posse mansa e pacífica = concurso de crimes
[18.05.2009]
Roubo impróprio: subtração por posse mansa e pacífica.
Ocorre quando a coisa da subtração não entrou na esfera da subtração;
Só se tem esse tipo de roubo com a violência e a grave ameaça, nada mais!
Quando houver a posse mansa e pacífica, não se fala em roubo impróprio com emprego de violência e grave ameaça.
Tem-se o latrocínio no roubo próprio.
Tem-se roubo impróprio ao se aplicar violência e grave ameaça.
Objeto material: é a pessoa sobre a qual recai a violência ou grave ameaça e a coisa subtraída.
Tipo subjetivo: é o dolo.
O dolo tem que abranger todo o tipo;
O roubo próprio se consuma com o emprego da violência, da grave ameaça ou de outro meio que reduza a capacidade de resistência da vítima.
O roubo impróprio consuma-se com o emprego de violência ou grave ameaça.
A tentativa é plurissubsistente.
Roubo qualificado pelo resultado: artigo 157, §3º [Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de 20 (vinte) a 30 (trinta) anos, sem prejuízo da multa.]
Quando o código fala de lesão grave,leia-se lesão grave ou gravíssima.
As lesões leves não qualificam.
Sem em razão do emprego de violência resultar a morte da vítima, o agente sofrera pena de reclusão de 20 a 30 anos.
Crime preterdoloso: ocorre quando o agente rouba a coisa e a vítima revida xingando-o, então ele volta e atira na nela, levando-a a óbito.
É o crime de latrocínio: que querendo ou não ocorre o resultado morte.
Artigo 610, CP [.
A morte e a lesão têm que ser resultante da subtração/do crime de roubo.
[22.05.2009]
EXTORSÃO:
Artigo 158: Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar fazer alguma coisa:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa.
§ 1º - Se o crime é cometido por duas ou mais pessoas, ou com emprego de arma, aumenta-se a pena de um terço até metade.
§ 2º - Aplica-se à extorsão praticada mediante violência o disposto no § 3º do artigo anterior.
[29.05.2009]
Extorsão mediante seqüestro - Artigo 159 [Seqüestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate]:
Reclusão de 8 a 15 anos.
Deu origem ao crime hediondo, que o torna insuscetível de anistia, graça e indulto, ou ainda de fiança ou liberdade provisória, e sujeita seus praticantes ao cumprimento da pena integralmente em regime fechado, ou seja, não terão direito à chamada liberdade condicional.
O sujeito seqüestra o agente passivo.
Elementos objetivos: privação da liberdade e a omissão de agir [finalidade].
A lei fala em qualquer vantagem.
Interpreta-se este artigo dentro da sistemática do código penal, que está inserido no capítulo dos crimes contra o patrimônio.
Para ser caracterizado como extorsão mediante seqüestro tem que haver a restrição da liberdade mediante a grave ameaça.
A doutrina entende que a interpretação de ‘qualquer vantagem’ pode ser a econômica ou patrimonial.
Para o crime ser típico, a vantagem tem que ser indevida.
Quando a vantagem é devida, não há extorsão mediante seqüestro, portanto, a tipicidade é atípica.
Para haver extorsão mediante seqüestro é necessário que haja a vantagem indevida e que a qualquer vantagem seja patrimonial.
É cárcere privado quando as vítimas não são deslocadas de um local para o outro, o que ocorre no seqüestro.
Objetividade jurídica> crime complexo, integridade física, bem jurídico imediato [patrimônio].
Tem-se o cárcere privado ou a restrição da liberdade com uma finalidade objetiva que é o lucro.
Objetivo material: objeto típico do qual recai a ação do agente.
Refere-se aquilo que for protegido pela norma;
A qualificação jurídica é o patrimônio;
A pessoa é o objeto material do tipo;
É sempre o objeto material pelo qual recai a ação material do agente;
Recai sobre a pessoa que perderá o patrimônio.
No direito penal quem cala não diz nada!
Elemento subjetivo: o dolo do agente é o seqüestro [restrição da liberdade] com a finalidade de obter vantagem indevida.
Consumação: se dá no momento em que há a restrição de liberdade da vítima.
Geralmente não se admite tentativa, pois é um crime formal.
O exaurimento [ocorre com a consumação do seqüestro] do crime é utilizado quando o juiz for aplicar à pena.
É possível a tentativa, teoricamente, em casos especiais.
[01.06.2009]
Artigo 159 [Extorsão mediante seqüestro]:
O crime é formal.
Tipo incongruente: há uma incongruência entre o que o agente quer e o que acontece com relação à consumação do crime.
Exaurimento do crime: significa que a ação do agente percorreu todas a cinco fases [].
A obtenção não é relevante para a vantagem no crime de seqüestro.
Geralmente o crime formal não cabe a tentativa.
É possível a tentativa teoricamente: quando se restringe a liberdade com a finalidade de pedir resgate.
Não se pode falar em tentativa quando não se tem o ato preparatório para a prática do crime.
Em regra, tem que haver os atos de execução para haver a tentativa.
Se consuma quando a liberdade é restringida com a finalidade de pedir, depois, o resgate.
Ex. de Tentativa: o agente obriga a vítima a entrar no carro [restrição da liberdade] com a finalidade de pedir o resgate e no momento em que ele e a vítima entram no carro a polícia chega e aborta a missão do seqüestrador [ocorre, então, a tentativa de extorsão mediante seqüestro].
Tentativa [artigo 14, II - diz-se o crime: tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente].
Ocorre o crime quando iniciada a execução, surge uma ação externa, alheia a ação do agente e não o deixa continuar a execução [ou pode ocorrer que ele finalize a execução mais a vítima não morra].
A tentativa pode ser perfeita ou imperfeita;
Pode ser cruenta [quando o agente não consegue lesionar a vítima] ou incruenta [quando o agente consegue lesionar a vítima];
Se o ato de execução é finalizado e o agente tentar socorrer a vítima, será caracterizado pelo arrependimento eficaz, onde ele responderá por lesão corporal [se a vítima não morrer] e terá sua pena reduzida.
§1º: Se o seqüestro dura mais de 24 (vinte e quatro) horas, se o seqüestrado é menor de 18 (dezoito) anos, ou se o crime é cometido por bando ou quadrilha: Pena - reclusão, de 12 (doze) a 20 (vinte) anos.
Elemento temporal: às 24 horas são contadas a partir do momento em que a liberdade da vítima é restringida.
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