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A Atuação do Assistente Social nos Espaços Sócios Ocupacionais

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................4 
 
2.1 O SERVIÇO SOCIAL ENQUANTO PROFISSÃO................................................4
2.2 IMPLEMENTAÇÃO DOS DIREITOS SOCIAIS.....................................................4
2.3 Desafios Éticos e Os Espaços Sócios Ocupacionais Do Assistente Social.........4
3 CONCLUSÃO...........................................................................................................7
REFERÊNCIAS............................................................................................................8
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introdução
 O devido trabalho pretende identificar a atuação do assistente social nos espaços sócio ocupacionais, para isso será realizado um resgate histórico da formação desta profissão, que surgiu no Brasil na década de 20, com iniciativas da igreja católica, tendo sua consolidação na década de 30. Abordaremos também a constituição federal que inseriu no âmbito legal a garantia dos direitos vitais para a sobrevivência e também uma nova forma de relacionamento do cidadão na sociedade com o estado, a constituição alterou de forma radical o sistema Brasileiro e o assistente social neste momento atribuiu um grande espaço ocupacional.
Abordaremos algumas áreas de ocupação profissional do serviço social e sua exigência como primeiro setor saúde, assistência social, previdência social, educação, habitação, criança e do adolescente, idosos, gestão social, política pública.
O Assistente Social no Brasil hoje é majoritariamente um funcionário publico que atua predominantemente na formulação, planejamento e execução de políticas sociais com destaque as políticas de saúde, assistência social e educação.
Sendo assim o trabalho ira aprofundar ao tema de implantação de direitos sociais e os desafios éticos da profissão.
 
Desenvolvimento
2.1- O Serviço Social enquanto profissão:
O Serviço Social, no Brasil, surgiu na década de 20 e começou a consolidar-se na década de 30, através da iniciativa da igreja católica, no momento em que o país implementava as leis sociais, durante o governo de Getúlio Vargas.
A insatisfação dos proletários com as suas condições de vida, carga de trabalho extenuante e os salários ínfimos que recebiam gerou tamanha repercussão, o que fez com que o Estado tomasse providências, com o fim de controlar os ânimos das massas. Assim surgia o trabalho dos agentes sociais, recrutados pela Igreja Católica entre os membros das classes dominantes, e que atuavam, inicialmente, no controle social destes trabalhadores. Seus meios de atuação baseavam-se em caridade e repressão. Entretanto a profissão passou por inúmeras transformações ao longo dos anos rompendo com o conservadorismo e passando a tratar da questão social em suas diversas expressões, com propostas e ações para o seu enfrentamento através das políticas sociais, públicas e empresariais, dentre outros.
O Serviço Social enquanto profissão tem sua gênese marcada sobre a égide capitalista. Desta feita, o Serviço Social é uma profissão que se consolida no âmago das lutas de classe e que tem, portanto, esta realidade social enquanto objeto de intervenção profissional.
Segundo Marilda Iamamoto:
“O Serviço Social latino-americano está reconstruindo uma face acadêmica, profissional e social renovada, cujas origens remontam ao movimento de reconceituação, voltada à defesa dos direitos de cidadania e dos valores democráticos, na perspectiva da liberdade, da equidade e da justiça social. Na contramão dos dogmas oficiais, segmento da categoria dos assistentes sociais tem buscado um compromisso efetivo com os interesses públicos, atuando na defesa dos direitos sociais dos cidadãos e na sua viabilização junto aos segmentos majoritários da população, o que coloca a centralidade da questão social para o trabalho e a formação profissional no contexto latino-americano.”
O trabalho é a categoria central na constituição da sociabilidade humana; é a capacidade de transformar a natureza em valores-de-uso, ou seja, em tudo aquilo que é necessário para a vida e reprodução humana. Por isso, podemos afirmar que o trabalho é condição de existência do homem – é uma necessidade eterna, resultado do intercâmbio orgânico entre o homem e a natureza (LUKÁCS, 1979).
Exatamente por se tratar de uma profissão histórica, o Serviço Social sofreu (e sofre) influências do contexto político-econômico e social de cada época. Exemplo disso é a sua própria institucionalização, determinada pelo contexto do capitalismo monopolista, que pela figura do Estado, os assistentes sociais são profissionais requisitados para responder às expressões da questão social via operacionalização das políticas sociais ainda que nesse momento se tratasse de uma prática esvaziada de concepção teórico-metodológica e que se apresentava como prática conservadora.
A atuação do profissional interfere na realidade, nos processos nos quais há a reprodução das relações sociais encetadas e determinadas pela história. Ainda, conforme Iamamoto: O Serviço Social não atua apenas sobre a realidade, mas atua na realidade [...] a conjuntura não é pano de fundo que emolduram o exercício profissional; ao contrário são partes constitutivas da configuração do trabalho do Serviço Social devendo ser apreendidas como tais. (Iamamoto, p.55, 2001).
A partir de 1990 do século passado, do trabalho dos assistentes sociais nas organizações da classe trabalhadora, e nessas a perspectiva de emancipação política e emancipação humana, em virtude, principalmente, da forte influência da reestruturação produtiva sob a orientação do pensamento neoliberal no mundo e, particularmente, no Brasil. Entretanto, contraditoriamente, nesse mesmo contexto, é apontada a possibilidade de trabalho na perspectiva do projeto ético-político-profissional do serviço social, hegemônica na formação profissional, como tendência que nos permite indicar algumas estratégias do trabalho profissional para reflexão e aprofundamento. Essas estratégias podem ser fortalecidas nos espaços de organização da classe trabalhadora, sejam essas instituições empregadoras do assistente social ou em espaço onde o profissional atua a partir de projetos organizativos vinculados a outras instituições com as quais mantém o vínculo como trabalhador assalariado.
Prestar assessoria técnica e apoio político aos setores organizados da classe trabalhadora, na criação de mecanismos de resistência e de luta, em âmbitos local, nacional e também mundial, em todas as esferas da vida social; b) desenvolver junto aos trabalhadores atividades educativas formadoras de um modo de pensar e de agir que lhes permitam a constituição de um núcleo organizatório que se proponha a tarefa de unificar as experiências parciais de setores organizados das classes subalternas, em uma alternativa política – um projeto global concreto que acene com as possibilidades de transformação da sociedade; c) desenvolver um trabalho pedagógico junto aos trabalhadores, em suas instituições de organização, que contribua com os mesmos, para a formulação e implementação de uma política que concretize a participação das massas que, pela prática concreta, alcance a necessidade de quebrar seus limites e, de forma organizada, construa novas relações hegemônicas. É fundamental ressaltar a importância de todas essas estratégias de luta e resistência, sobretudo de união e organização dos trabalhadores e dos expropriados dos mais ínfimos direitos, mas é indispensável que tenhamos clareza de que a efetiva solução para o agravamento da questão social nos países de capitalismo dependente só é possível com aconstrução de uma sociedade alternativa ao capitalismo, que garanta a emancipação da humanidade e supere, portanto, as desigualdades sociais e a questão social. Uma tarefa que é, fundamentalmente, da classe trabalhadora, na qual as práticas profissionais, enquanto expressão da práxis tem papel relevante.
2.2- Implementaçâo dos direitos sociais:
 A luta por melhores condições de vida e de trabalho e a devida responsabilidade para enfrentar as expressões da questão social fortalece-se a partir da década de 1980. Momento limite para os brasileiros: transição do governo autoritário e de ditadura militar para o inicio da construção de um governo democrático.
	Essa mobilização contribuiu expressivamente para elaboração da Constituição Cidadã de 1988, em que consagrou importantes direitos sociais e o reconhecimento que a proteção social da seguridade social era de responsabilidade do Estado.
	A Constituição Federal de 1988 foi promulgada após grande mobilização da sociedade civil através dos movimentos sócios. Estes movimentos que representavam os diversos setores da sociedade, em especial os movimentos de luta pela terra, em defesa dos direitos das crianças e adolescentes, sindical, entre outros, tiveram papel finda mental para a definição do conteúdo jurídico, dessa Constituição.
	Essa Constituição possibilitou um plano geral às possibilidades, para ampliação do exercício da cidadania e democracia, em especial quando amplia os espaços dás e institucional de participação.
	Em Relação às politicas sociais, a Constituição Federal, apresentou grandes mudanças em seus princípios e diretrizes, sendo este momento o “divisor de águas” para a Constituição da Seguridade Social, formada pela previdência social, saúde, assistência social. Houve expressivos avanços para os cidadãos, em especial nas politicas de saúde e assistência social.
		 A CF/88 alterou de forma radical o sistema brasileiro de proteção social, voltado para a proteção de toda a sociedade, superando a concepção do acesso a partir da contribuição. (Politicas Sociais I, Person 2013, p.100/101).
2.3 Desafios éticos e os espaços sócios ocupacionais do assistente social
 Através daquilo que tem sido denominado Projeto ético-político, o Serviço Social tem se posicionado em não deixar arrefecer o movimento de reconceituação, mas mantê-lo com a chama da leitura de legado marxista. Na conjuntura que passou a desenhar-se a partir da década de 90 com a cultura neoliberal e por outro lado a consolidação da democracia na política brasileira. O projeto ético-político é construído a partir do projeto profissional de ruptura referenciado nas conquistas dos dois Códigos (1986 e 1993), nas revisões curriculares de 1982 e 1986 e no conjunto de seus avanços teórico-práticos construídos no processo de renovação profissional, a partir da década de 60 (Barroco, 2007) e como define BRAZ (2003): Trata-se de uma projeção coletiva que envolve sujeitos individuais e coletivos em torno de uma determinada valoração ética que está intimamente vinculada a determinados projetos societários presentes na sociedade que se relacionam com os diversos projetos coletivos (profissionais ou não) em disputa na mesma sociedade. 
 Os projetos societários são avalizados por projetos profissionais, o que pode levar a afirmação de que os projetos societários são atravessados também por projetos de classe. O que torna muito profícua a discussão aqui levantada, entendendo que o Serviço Social tem sua determinação histórica mediada pelas necessidades originadas na relação Capital X Trabalho e pelas forças sociais, cujos projetos societários são funcionais tratar as refrações da questão social como despolitizada. O debate teórico-metodológico é um debate ético-político e que no interior da cultura profissional pode ser apresentado dentro de uma pluralidade, entretanto sem perder a perspectiva crítica alcança pela profissão.
Quanto às vertentes téorico-profissionais, para NETTO (1996) pode projetar as seguintes linhas em desenvolvimento na cultura profissional: Manter-se-á a continuidade da vertente que se iniciou com a “intenção de ruptura”. Uma vertente de caria tecnocrático, herdeira da “perspectiva modernizadora”, mas renovada pelo neoliberalismo e reciclada por outras teorias sistêmico-organizacionais.
Desenvolvimento da vertente neoconservadora, inspirada na epistemologia pós-moderna. Vertentes que propagam a desqualificação da teorização sistemática, pautada num anticapitalismo romântico, de glorificação do saber popular e apelo aos valores de solidariedade. 
Segundo Iamamoto (2009) assistente social no Brasil, é majoritariamente um funcionário publico que atua predominantemente na formulação, planejamento e execução de politicas sociais com destaque às politicas de saúde, assistente social, educação, habitação entre outros.
 São Campos de atuação do serviço sócia do primeiro setor saúde, ação assistência social, previdência social, educação, habitação, criança e do adolescente, idosos, gestão social, política pública, entre outros.
 As principais em que se encontravam os assistentes sociais eram a assistência, criança e adolescente, saúde, idoso, direitos humanos, mulher e portador de deficiência.
 Esse profissional é um dos agentes por intermédio do qual o estado intervém no espaço privado dos conflitos – em especial, o familiar, que materializa expressões da questão social, na viabilização do acesso aos direitos.
conclusão
 O assistente social transforma historicamente o seu perfil e seu significado, apresenta-se atrelado às políticas sociais do Estado em seus diversos espaços sócio-ocupacionais.
 A profissão do assistente social apresenta três dimensões que se articulam entre si, sendo a dimensão da produção do conhecimento no interior do serviço social, a dimensão político organizativa da categoria e a dimensão jurídica política da profissão. Apresenta-se o seu caráter técnico subordinado à direção política do agir, mediante a um compromisso do projeto ético-político do serviço social ante a categoria profissional. 
 A profissão percorre o resgate dos percursos histórico e seus significados, com ênfase no projeto ético político e sua consolidação.
Os espaços sócio-ocupacionais da profissão, o primeiro setor representado pelo Estado, o segundo como mercado e terceiro setor é tido como não governamental.
Os novos desafios da profissão segundo Iamamoto (2009) é identificar as demandas na contemporaneidade.
 O assistente social é um profissional que tem uma prática vinculada a um referencial teórico, porém há uma carência de escrever sobre sua prática, ou seja, transformar prática agora em teoria, com investimentos na pesquisas de áreas específicas.
REFERÊNCIAS
SOUZA, Marciela Rocha. SERVIÇO SOCIAL E O EXERCÍCIO PROFISSIONAL: desafios e perspectivas contemporâneas. Disponível em: <http://fjav.com.br/revista/Downloads/edicao07/Servico_Social_e_o_Exercicio_Profissional_Desafios_e_Perspectivas_Contemporaneas.pdf > Acesso em: 05.10.2013
CFSS – CONSELHO FEDERAL DO SERVIÇO SOCIAL. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/Cartilha_CFESS_Final_Grafica.pdf > Acesso em: 05.10.2013
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE A FOME. Assistência Social. Disponível em: <http://www.mds.gov.br/assistenciasocial > Acesso em: 10.10.2013
CARVALHO, Fabiana Aparecida de. O Serviço Social e a interdisciplinaridade Disponível em: < http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RDL/article/viewFile/3915/2392> Acesso em: 10.10.2013
KERNKAMP, Clarice da Luz; Maria Lucimar. Política Social I. São Paulo: Pearson Editora, 2013.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
curso de serviço social
CRISTIANE MONSOUR MILLERCRISTIANE MONSOUR MILLER
ELIZaNGELA DE SIQUEIRA PEREIRA
LÍVIA BRANCO DE BARROS
LUSIANE SANTOS DA SILVA
OLAVO ROQUE DA SILVA EIRAS
RENATA ALVES COSTA
SUELI moura da silva martins
A Atuação do Assistente Social nos espaços Sócios ocupacionais
Teresópolis
2013
CRISTIANE MONSOUR MILLER
ELIZaNGELA DE SIQUEIRA PEREIRA
LÍVIA BRANCO DE BARROS
LUSIANE SANTOS DA SILVA
OLAVO ROQUE DA SILVA EIRAS
RENATA ALVES COSTA
SUELI moura da silva martins
A Atuação do Assistente Social nos espaços Sócios ocupacionais
Trabalho de Cristiane Monsour Miller, Elizangela de Siqueira Pereira, Lívia Branco de Barros, Lusiane Santos da Silva, Olavo Roque da Silva Eiras, Renata Alves Costa e Sueli Moura da Silva Martins, apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Serviço Social.
Orientador: Paulo Sérgio Aragão, Jossan Batistute, Maria Lucimar Pereira e Clarice Kernkamp. 
Teresópolis
2013

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