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Os primeiros anos da república mudanças socioeconômicas

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Os primeiros anos da república
A República da Espada
 - O papel cumprido pelo exército na proclamação da república assegurou aos militares a chefia do novo governo. Essa fase da república brasileira é conhecida como República da Espada (1889-1894).
O comando do Governo Provisório instaurado pela república foi entregue ao marechal Deodoro da Fonseca. Entre suas primeiras medidas, destacaram-se a ordem de enviar a família real ao exílio na Europa e a separação entre Igreja e Estado.
 Em fevereiro de 1891, foi promulgada a primeira Constituição da república brasileira.
A primeira Constituição da república
Amplamente baseada nos ideais da Carta norte-americana, a Constituição de 1891 estabeleceu o regime federativo, como desejavam as oligarquias estaduais. 
 - O Brasil passou a ser uma república presidencialista, com eleições para presidente de quatro em quatro anos, sem direito à reeleição.
 - O poder foi dividido em três esferas: o Executivo (o presidente e os ministros), o Legislativo (Câmara de Deputados e Senado) e o Judiciário (com a criação do Supremo Tribunal Federal).
- Estabeleceu-se o voto direto e universal para cidadãos maiores de 21 anos. Os mendigos, analfabetos e os soldados não podiam votar. 
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 - A Constituição não determinava que o voto devia ser secreto nem fazia menção às mulheres, o que, pela tradição, as excluía do direito ao voto.
 - As antigas províncias transformaram-se em estados, desfrutando de relativa autonomia com base nos princípios do federalismo.
 - O Estado separou-se da Igreja. A educação pública passou a ser laica, extinguiu-se a pena de morte e instituiu-se a liberdade de culto religioso e o casamento civil no país. 
A crise econômica e o fim da República da Espada
 - Ainda durante o Governo Provisório, Deodoro nomeou o primeiro ministro da Fazenda da república brasileira, Rui Barbosa, que decidiu implantar uma política de incentivo ao crescimento econômico, especialmente o industrial.
 - A política de Barbosa se mostrou um completo desastre: o surto inflacionário e o mercado de compra e venda de ações levaram a economia do Brasil ao colapso. 
A grave crise econômica somou-se a dificuldades políticas quando Deodoro entrou em choque com as elites cafeicultoras de São Paulo, que dominavam o poder Legislativo e criticavam o caráter centralizador de seu Governo. 
O marechal ordenou o fechamento do Congresso.
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Em resposta, a marinha rebelou-se, desgastando ainda mais o governo de Deodoro da Fonseca. Em novembro de 1891, Deodoro renunciou e em seu lugar assumiu o vice-presidente, Floriano Peixoto.
Peixoto enfrentou um segundo levante na Marinha em 1893. A Revolta da Armada evidenciou a insatisfação dos oficiais da Marinha com o papel secundário exercido por eles na política brasileira.
A maior revolta ocorrida na Marinha ocorreu durante o mandato de Hermes da Fonseca (1910-1914), conhecida como Revolta da Chibata. 
A República Oligárquica
Em 1894 ocorreu a primeira eleição direta para presidente da república no Brasil. Ela foi vencida por Prudente de Morais (1894-1898), um “republicano histórico”, ou seja, que tinha participado da fundação do Partido Republicano e era membro da elite cafeicultora paulista.
O governo de Prudente de Morais foi muito instável politicamente, pois até aquele momento as elites dirigentes do país não tinham conseguido estabelecer as bases do funcionamento do novo regime político, o que gerava conflitos no poder.
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- O suporte político necessário para estabilizar o regime foi constituído no governo do seu sucessor, o também paulista Campos Salles (1898-1902). Durante sua gestão se consolidaram os mecanismos de poder que constituíram as bases da República Oligárquica: a criação da Política dos Governadores e o aprofundamento do coronelismo, dois instrumentos que exerceriam papel central no controle do processo eleitoral.
A Política dos Governadores e o coronelismo
Idealizada por Campos Salles, a Política dos Governadores era um mecanismo político para evitar os choques entre os governos estaduais e a União. Por meio dele, os grupos dominantes em cada estado apoiavam o governo federal que, em troca, não reconhecia a eleição dos candidatos à Câmara de oposição aos grupos dominantes em cada estado. 
 Para esse mecanismo funcionar, era necessário garantir o controle dos votos em cada município e assim evitar a eleição de candidatos da oposição. Por isso, essa política fortaleceu o poder local dos chamados coronéis, em geral grandes latifundiários.
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- A Primeira República entregou aos coronéis o comando político dos municípios . Dessa maneira, muitos eleitores ficavam sujeitos às pressões e práticas de compra de votos exercidas por esses chefes políticos locais. Esse mecanismo de controle dos votos ficou conhecido como voto de cabresto.
A política do café com leite
Os cargos políticos federais mais importantes, como o de presidente da república e o de ministro da Fazenda, eram dominados pelas oligarquias paulista, mineira e gaúcha. Particularmente São Paulo e Minas Gerais Gerais, os estados mais ricos da União, conseguiam impor uma política de favorecimento dos seus interesses. A hegemonia de paulistas e mineiros na presidência ficou conhecido como política do café com leite.
O café foi o principal item de exportação do Brasil durante o Segundo Império e a Primeira República e constituía a base econômica do país. Porém, o grande aumento da produção, a partir do final do século XIX, provocou a queda nos preços do café no exterior. Diante disso, o governo federal lançou sucessivos planos para reeguer os preços dos produtos. Esses planos ficaram conhecidos como valorização ou defesa do café.
Mudanças socioeconômicas no Brasil Republicano
O país não exportava apenas café. A borracha, produzida com o látex extraído nos seringais da região Norte, teve muita importância econômica durante a Primeira República. O interesse pelo produto aumentou com a invenção do automóvel e a demanda de borracha para a produção de pneus. Sua extração atingiu o auge entre 1890 e 1910 e impulsionou o desenvolvimento de cidades como Manaus e Belém por atrair pessoas para estes trabalhos.
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Em meados do séc. XIX foram fundadas as primeiras fábricas no país. Os lucros gerados com a produção cafeeira propiciaram investimentos maciços na infraestrutura industrial.
Não por acaso, essas indústrias se concentraram principalmente em torno do Rio de Janeiro e São Paulo.
Em 1889 existiam cerca de 600 indústrias no país. Em 1914, havia mais de 7.400 e algo em torno de 153 mil operários.
O aumento mais significativo foi durante a Primeira Guerra Mundial no qual grande parte da produção dos países envolvidos estava inviabilizada, reduzindo a entrada de mercadorias no Brasil, o que forçou a indústria nacional a suprir as necessidades do mercado interno.

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