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Prof.º Me. Carlos Frederico Manica Rizzi Cattani Mestre em Ciências Criminais pela PUCRS (Porto Alegre, RS) Especialista em Direito Empresarial pela FSG (Caxias do Sul, RS) Professor de Pós-Graduação da UNIFACS/ Estácio de Sá/ UNIJORGE (Salvador, BA) Professor de Direito Penal e Processual Penal da Estácio de Sá / FIB (Salvador, BA) Membro do Instituto Brasileiro de Direito Processual Penal (IBRASPP) Coordenador do grupo Elucubrações Penais: Estudos em Crimes Econômicos ESTE MATERIAL DE APOIO NÃO SUBSTITUI A LEITURA DA DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA, ASSIM COMO AS EXPLICAÇÕES EM SALA DE AULA. LEITURAS RECOMENDADAS: PAULO RANGEL (Direito Processual Penal – 20ed., Atlas) VICENTE GRECO FILHO (Manual de Processo Penal, 9.ed, Saraiva). AURY LOPES JR. (Direito Processual Penal, Saraiva). Noções gerais – introdução DIREITO X FATO Para poder declarar a procedência ou improcedência do pedido, o juiz examina a questão em dois aspectos: o Direito e o Fato. A interpretação do Direito se torna possível mediante a análise de uma situação de fato trazida ao conhecimento do juiz. De nada adianta o direito favorecer ao réu ou ser favorável para acusar alguém se não consegue demonstrar que se encontra em uma situação que permite a incidência da norma. Noções gerais – introdução A noção do significado de ‘provas’ no processo penal necessita de uma leitura aberta, face à sua múltipla utilização. O certo é que “prova” é aquilo que atesta a veracidade ou autenticidade de alguma coisa. No processo penal as provas destinam-se, em um primeiro momento, ao juiz e, secundariamente, às partes, pois tem como principal finalidade convencer o julgador sobre o que foi alegado. Conceito genérico A prova é o instrumento usado pelos sujeitos processuais para comprovar os fatos da causa, isto é, aquelas alegações que são deduzidas pelas partes como fundamento para o exercício da tutela jurisprudencial. A prova é todo elemento que pode levar o conhecimento de um fato a alguém. O direito processual regula os meios de prova, que são os instrumentos que trazem os elementos de prova aos autos. Prova – do latim probatio, verbo probare – examinar, persuadir, demonstrar. Finalidade da prova é o convencimento do juiz, que é seu destinatário. Crítica O termo prova no sistema processual brasileiro possui diversos significados, ou, em outras palavras, a prova pode ser entendida e conceituada de diversas formas: A – como atividade realizada, em regra, pelas partes, com o fim de demonstrar a veracidade de suas alegações. B – como os meios ou instrumentos utilizados para a demonstração da verdade de uma afirmação ou existência de um fato. C – ainda, é o resultado final da atividade probatória, ou seja, a certeza ou convicção que surge no espírito de seu destinatário. Finalidade da prova A prova tem como finalidade permitir que o julgador conheça os fatos sobre os quais fará incidir o direito. Ou, a produção de provas a fim de instrumentalizar o julgador e permitir a ele exercer o poder jurisdicional. Importância da prova Segundo o artigo 386 do Código de Processo Penal o juiz deverá absolver o réu quando houver prova sobre sua inocência, ou se houver dúvida sobre sua culpa. Ou seja, somente será condenado o réu (art. 387 CPP), quando o juiz estiver convicto e demonstrada no processo a autoria e materialidade do crime. Objeto da prova São os fatos e circunstâncias que precisam ser demonstrados (provados) para que o juiz possa julgar. São as partes que definem essencialmente os fatos que deverão ser objeto de prova, restando ao juiz, eventualmente, apenas complementar o rol de provas a produzir, utilizando-se de seu poder instrutório. É certo que a atividade probatória deve restringir-se aos fatos pertinentes ao processo e apenas os fatos que constituem as relações jurídicas relevantes para resolução da lide é que deverão ser provados. Nem todos os fatos devem ser submetidos a atividade probatória. Apenas os fatos pertinentes ao processo é que suscitam o interesse da parte em demonstrá-lo. (fatos impertinentes devem ser rechaçados, pois levam a morosidade e desenvolvem atividade inútil no processo). o objeto da prova, no processo penal, são os fatos pertinentes, relevantes, e não submetidos a presunção legal. Fatos que não precisam sem comprovados Alegações excluídas da atividade probatória. No processo penal, não precisam ser provados: I – Os fatos notórios – (notoria non egent probatione) – o notório e evidente não precisa de prova. Os fatos notórios são os que fazem parte da nossa cultura, de conhecimento comum do homem em determinada sociedade (ex.: Carnaval; Natal; que a moeda corrente do Brasil é o Real, quem é o presidente da República). São dispensados de prova os fatos notórios circunstanciais, observando-se que basta a notoriedade relativa. Se corresponderem a elementares do tipo penal os fatos notórios também dependem de prova. Fatos que não precisam sem comprovados Não pode ser confundido notoriedade do fato com aqueles assuntos que são baseados em boatos ou crendices – opinião pública. Notoriedade de um fato também é diferente do conhecimento de um fato específico pelo juiz julgador, uma vez que este pode conhecer fato que não seja notório. II – As presunções absolutas – (ius et de iure) – São situações em que a lei assume a veracidade de determinados fatos, não admitindo prova em sentido contrário (art. 27 do C.P. presume que o menor de 18 anos é inimputável; o art. 217-A do C.P. presume a violência se o crime de estupro for cometido contra vítima não maior de 14 anos). Presunção legal de existência ou veracidade. Fatos que não precisam sem comprovados III – As máximas da experiência – Assiste ao juiz o seu poder de livre convencimento. É o conjunto de conhecimentos adquiridos pelo juiz em razão de sua experienciação irreversível. Assim, as máximas de experiência constituem a vivência e experiência do julgador, utilizadas na apreciação de casos concretos que lhe são submetidos. IV – Fatos intuitivos ou evidentes – Tão só a percepção do fato em si já o revela como certo e indiscutível (se um homem se move e fala não é preciso demonstrar que está vivo; se um corpo esta em estado putrefato, trata-se de um cadáver; porém, os casos de homens em estados vegetativos e de morte cerebral, por sua vez, necessitam de perícia e laudo médico). São dispensados de prova os fatos intuitivos circunstanciais, observando-se que basta uma evidência relativa. Se corresponderem a elementares do tipo penal os fatos intuídos também dependem de prova. Fatos que não precisam sem comprovados PRESUNÇÕES – há situações em que a lei assume, a priori, a veracidade de um fato. A presunção pode ser ABSOLUTA (não admite prova em contrário, iuris et de iuris) ou RELATIVA (pode ser afastada por prova em contrário, iuris tantum). V – Os fatos inúteis e irrelevantes – Por ser ínfima sua apreciação para a formação da convicção do julgador, mesmo que afirmados no processo, sua prova ou inexistência de prova não terão o condão de alterar o resultado. Fatos irrelevantes são impertinentes. VI – Fatos incontroversos – São os fatos que são alegados por uma das partes e não contestados, ou são confirmados pelaoutra. IMPORTANTE, diversos do processo civil, no Processo Penal havendo dúvida pelo julgador, deverá ser demonstrado (provado) ou analisado em favor do réu. A falta de controvérsia sobre um fato não dispensa a prova. VII – O Direito – em regra não necessita de prova (iura novit cúria – o juiz conhece o direito), cabendo tão somente a parte narrar o fato. Contudo, em analogia ao C.P.C. em seu art. 337, quando se tratar de direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, a parte que o alega deverá provar o seu teor e sua vigência. Quando o juiz desconhecer um direito poderá determinar ao interessado que faça a prova do teor e da vigência. Meios de prova É todo o fato, documento ou alegação que possa servir, direta ou indiretamente, à busca da verdade real dentro do processo. É o instrumento utilizado pelo juiz para formar sua convicção acerca dos fatos alegados pelas partes. Não podemos confundir meio com sujeito ou objeto de prova. A testemunha é sujeito, por exemplo, sendo que seu depoimento constitui meio de prova. O local averiguado é objeto de prova, enquanto o resultado de sua inspeção é meio de prova. Meio é tudo aquilo que sirva para alcançar uma finalidade, seja o instrumento utilizado, seja o caminho percorrido. No processo penal brasileiro não há limitação dos meios de prova, porque vige o princípio da busca da verdade real. Meios de prova O Código de Processo Penal disciplina os seguintes meios de prova: Corpo de delito e outras perícias (arts. 158 a 184). Interrogatório do acusado (arts. 158 a 184). A confissão (arts. 197 a 200). As perguntas ao ofendido (art. 201). As testemunhas (art. 202 a 225). O reconhecimento de pessoas ou coisas (arts. 226 a 228). A acareação (arts. 229 e 230). Os documentos (arts. 231 a 238). Os indícios (art. 239) – não são meios de prova. Busca e apreensão (arts. 240 a 250). Classificação da prova A. Quanto ao objeto – pode ser direta ou indireta. A primeira demonstra o fato de forma imediata (ex. : flagrante; confissão; corpo de delito); a segunda afirma um fato por dedução ou indução, situação secundária que permite provar o fato principal (ex.: indícios; presunções e suspeitas). B. Quanto ao sujeito ou causa – poderá ser real (coisa ou objeto) ou pessoal (manifestação de um ser humano). C. Quanto à forma – poderá ser testemunhal, documental e material. D. Quanto ao valor ou efeito – plena (perfeita ou completa) e a não plena (imperfeita ou incompleta), as primeiras se bastam para provar um fato, enquanto as segundas por si só não seriam suficientes, trazem indícios, suspeitas, por exemplo. Prova emprestada Diz-se prova emprestada aquela que é produzida em um processo, e depois trasladada a outro, com o fim de nele comprovar determinado fato. Quanto à sua natureza, é tratada como prova documental. Pode ser qualquer meio de prova: um depoimento; um laudo de exame de corpo de delito; um documento; uma confissão. A prova emprestada possui críticas fortes da doutrina e da jurisprudência. o STJ já decidiu que não existem nulidades na utilização de provas emprestadas. Alguns requisitos que vem ser obedecidos, segundo a doutrina: a) Colheita em processo que contemple as mesmas partes. b) Mesmo fato probante. c) Observância no processo originário as formalidades legais quanto à sua produção. d) Observância do princípio do contraditório no processo originário. Fonte de prova É tudo aquilo que possa indicar fatos ou circunstâncias, úteis ao processo e que necessitam de comprovação. Exemplo: o Ministério Público, em sua petição acusatória, faz menção à existência de uma autoria e de materialidade de um crime, logo, estes fatos necessitam ser demonstrados por provas. Provas inadmissíveis É corriqueira a expressão todos os meios de prova em direito admitidos. Mas deve ser atentado sobre sua legitimidade e licitude (em direito admitidos). A Constituição Federal em seu artigo 5º, LVI, estabelece que são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos. Provas inadmissíveis A vedação da prova ilícita é inerente ao estado Democrático de direito, que não admite a prova do fato, e consequentemente, punição do indivíduo a qualquer preço, custe o que custar. O princípio da verdade processual tem que estar em harmonia com a liberdade da prova e esta encontra limites no campo da admissão das provas obtidas por infringência às normas legais. A prova obtida por meios ilícitos enquadra-se na categoria da prova vedada, que, se admitida e valorada pelo juiz em sua sentença, acarreta a sua nulidade. Provas inadmissíveis (ilícita, ilegítima e irregular) Prova ilícita: ofensa ou vedação em direito material (violação ao domicílio – art. 5, XI CF; interceptação telefônica sem ordem judicial – art. 5, XII CF; fruto de tortura ou maus tratos – art. 5, III CF). Prova ilegítima: ofensa ao direito processual (violação do art. 207; art. 210; art. 226, todos do CPP). Prova irregular: aquelas admitidas e que foram colhidas com infringência das formalidades legais existentes. É dizer, embora a lei admita (não proíba) um determinado tipo de prova, ela exige para sua validade, o cumprimento de determinadas formalidades, que se não forem cumpridas tornam ilícita a prova. (ex. ausência requisitos mandado busca e apreensão – art. 243 CPP). O artigo 157 do CPP não faz distinção entre provas ilícitas e ilegítimas. A violação a norma constitucional é a própria violação de direito constitucional material ou processual. O código de processo penal não esclarece taxativamente os meios de prova admissíveis, somente mencionando os que são usualmente praticados. Assim, todo meio de prova que não seja inadmissível (ilícito ou ilegítimo) poderá ser praticado. Provas inadmissíveis Efeitos das provas inadmissíveis: - Não poderão ingressar no processo. - Caso estejam no processo, deverão ser desentranhadas. - O juiz determinará sua inutilização. - A sentença que se fundar em prova ilícita será nula. - A nulidade de uma prova será absoluta, pois de ordem constitucional. PROVA ILÍCITA POR DERIVAÇÃO – são aquelas que isoladamente seriam lícitas, mas decorreram (surgiram) em razão de uma prova anterior ilícita. Assim, devem igualmente ser desprezadas, pois contaminadas pelo vício de ilicitude do meio utilizado para obtê- las. Provas inadmissíveis PROVA ILICITA “PRO REO” - Predomina o entendimento de que as provas ilícitas que sejam favoráveis ao réu são passíveis de admissão. Isto porque a vedação de produção de provas ilícitas nada mais é do que a garantia do individuo (réu), jamais poderia ser interpretada em seu desfavor. - Teoria da exclusão de ilicitude: a conduta do réu é amparada pelo direito, e não será ilícita. O réu que se utiliza de uma prova ilícita (interceptação telefônica sem autorização judicial) para provar sua inocência estaria agindo de acordo com o direito, estado de necessidade. Ônus da prova − A parte incumbe o ônus da prova de determinados fatos (ônus subjetivo), mas ao apreciar a prova produzida não importa mais quem a apresentou, devendo o juiz levá-la em consideração (dever funcional de decidir). − A acusação afirma certos fatos porque deles pretende determinada consequência de direito. Esses fatos constitutivos que lhe incube provar sob pena deperder a demanda. A dúvida ou insuficiência da prova quanto a fato constitutivo milita contra a acusação. − Ao réu, em princípio, incumbe a prova da existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo da pretensão acusatória (ex.: excludentes). − O descumprimento do ônus pelo réu, não acarreta necessariamente a procedência da imputação (ônus do acusador sobre seu fato constitutivo: materialidade e autoria). Ainda, o ônus da prova para a defesa é um ônus imperfeito, ou diminuído, em virtude do in dubio pro reo, que leva à absolvição, no caso de dúvida ou insuficiência quanto à procedência da imputação. Procedimento Probatório A. Proposição – é o momento em que a produção de prova é proposta, a partir da configuração dos fatos que constituam o processo penal. B. Admissão – o julgador admite a produção da prova, por entender necessária a existência da prova para a elucidação de controvérsia entre as alegações das partes, ou para averiguar a veracidade de uma alegação de qualquer das partes. C. Produção – é o momento em que a prova é produzida, ou seja, o ato ou procedimento por meio do qual determinado elemento de prova passa a integrar os autos do processo. D. Apreciação – é o momento posterior à produção da prova, quando as partes se manifestam sobre ela e, estando apta, o magistrado poderá valorá-la e produzir sua decisão. E. Ex officio – quando o juiz, sem requerimento das partes, determina a produção de determinada prova processual, sem que haja momento de propositura e admissão. Sistemas de apreciação de provas A. Sistema da íntima convicção ou da prova livre – o Julgador tem total liberdade para decidir, podendo, para tanto, amparar-se inclusive em elementos que não tenham sido trazidos aos autos e valorar as provas de modo soberano, inexistindo qualquer obrigação, de sua parte, de motivar as decisões ou de expor as razões de seu julgamento. No Brasil este sistema é utilizado pelo Tribunal do Júri. B. Sistema de persuasão racional – ou livre convencimento motivado; Nele o juiz formará livremente a sua convicção, apreciando o conjunto probatório e valorando racionalmente os elementos de prova independentemente de qualquer tarifação legal. Deve, no entanto, fundamentar as suas decisões, pautando-as nos elementos que foram carreados aos autos. C. Sistema da prova legal (ou tarifado) – O juiz não tem qualquer liberdade na apreciação da prova, que é pré-valorada na própria lei. Assim a legislação processual fixava uma hierarquia entre os meios de prova. O somatória final (computar o que foi apresentado), tarefa atribuída ao julgador, determinava a culpa do réu. Ao juiz e ao tribunal era vedado levar em conta provas que não estivessem no processo. Exemplo clássico Testis unus testis nullius (uma só testemunha não tem valor). Princípios relativos à prova I) Princípio da não autoincriminação – (nemo tenetur se detegere) – o acusado não pode ser obrigado a produzir prova contra si mesmo. Este princípio é fundamento ao direito constitucional ao silêncio. Também assiste ao réu a não obrigatoriedade de colaborar nas investigações ou na produção de qualquer prova em favor da sua incriminação. II) Princípio da comunhão ou aquisição dos meios de prova – A prova serve indistintamente ao juízo, e não a quem as produziu. . III) Princípio da audiência contraditória – toda a prova trazida aos autos deve ser submetida à outra parte, que terá direito de conhecer seu teor e impugná- la, caso queira, e de oferecer contraprova. IV) Princípio da auto-responsabilidade das partes – compete as partes produzir as provas dos fatos ou alegações que lhes favoreçam. V) Princípio da oralidade – prefere-se a palavra falada sobre os escritos. Rege principalmente as provas produzidas em audiência. Princípios relativos à prova VI) Princípio da publicidade – A instrução criminal será pública, assim como os atos processuais, salvo as exceções legais (796§1º CPP). VII) Princípio da concentração – as provas sempre que possível serão produzidas em audiência. VIII) Princípio do livre convencimento motivado – Ao juiz é dado valorar os elementos probatórios de acordo com sua convicção, liberto de parâmetros legais, desde que o faça por meio de apreciação racional dos elementos disponíveis e contanto que fundamente sua decisão, indicando os elementos de prova preponderantes na formação de seu convencimento. No Código de Processo Penal Cuidado: o Título do Código de Processo Penal que se refere as provas sofreu duas alterações, em 2008 (lei 11.690) e em 2009 (11.900). As principais alterações foram nos seguintes âmbitos: - teoria geral das provas (ex.: arts. 155, 156 e 157). - procedimento da prova pericial - interrogatório do acusado - rito da prova testemunhal Assim, sempre se deve basear o estudo em códigos, livros e resumos atualizados ou com sua revisão sistemática em sites oficiais (ex.: Planalto), para saber se houve ou não alteração na legislação vigente. No Código de Processo Penal TÍTULO VII DA PROVA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. No Código de Processo Penal Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; II – determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. No Código de Processo Penal Art. 157. São inadmissíveis, devendo ser desentranhadas do processo, as provas ilícitas, assim entendidas as obtidas em violação a normas constitucionais ou legais. § 1º. São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. No Código de Processo Penal Art. 157 [...] § 2º. Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. § 3º. Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
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