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Pilates nas Patologias do Ombro

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1Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
3Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 05
BIOMECÂNICA 06
 ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA 09
 ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR 15
 ARTICULAÇÃO ACRÔMIOCLAVICULAR 17
 ARTICULAÇÃO SUBACRONIAL 18
 ARTICULAÇÃO GENOUMERAL 19
MUSCULOS 20
 SERRÁTIL ANTERIOR 20
 ROMBÓIDE MAIOR E MENOR 21
 PEITORAL MENOR 22
 PEITORAL MAIOR 23
 ELEVADOR DA ESCÁPULA 24
 DELTÓIDE 25
 SUPRA-ESPINHOSO 26
 INFRA-ESPINHAL E REDONDO MENOR 27
 SUBESCAPULAR 27
 REDONDO MAIOR 28
 CORACOBRAQUIAL 28
 BÍCEPS BRAQUIAL 29
 TRÍCEPS BRAQUIAL 30
 GRANDE DORSAL 31
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O MANGUITO ROTADOR E A ESTABILIZAÇÃO 33
 SÍNDROME DO IMPACTO 35
 INSTABILIDADE GLENOUMERAL 43
 CAPSULITE ADESIVA 50
CONSIDERAÇÕES FINAIS 56
CADILAC 60
REFORMER 105
CHAIR 168
LADDER BARREL 181
SOLO E ACESSÓRIOS 188
REFERENCIA 219
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É de senso comum que o complexo do ombro apresenta a maior mobilidade 
articular do corpo humano e um dos importantes fatores para essa característica é a 
movimentação conjunta de todas as suas articulações. 
Figura 1. Complexo do ombro
Fonte: http://maurogracitelli.com/blog/tendoes
O complexo do ombro é composto por várias articulações integradas, que atuam 
de forma coordenada para propiciar uma ampla e refi nada amplitude de movimento 
(ADM) aos membros superiores (MMSS) e, conseqüentemente, atender às diversas 
demandas funcionais dos indivíduos. Para que isto ocorra é de fundamental 
importância uma coordenação muscular íntegra, pois os músculos, além de 
realizarem o movimento funcional desejado, proporcionam estabilidade dinâmica 
a todo o complexo articular.
INTRODUÇÃO
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Para que possa realizar todas suas habilidades motoras sem que ocorra prejuízo 
ou comprometimento da sua integridade, as articulações esternoclavicular, 
acromioclavicular e glenoumeral devem agir de forma coordenada seguindo um 
determinado padrão de movimento, devendo ocorrer adequada congruência óssea, 
equilíbrio de força e resistência muscular, flexibilidade e controle neuromuscular.
Se um desses fatores estiver comprometido poderá ocorrer comprometimento 
funcional do complexo do ombro e/ou uma instabilidade podendo levar à ocorrência 
de lesões. Freqüentemente as disfunções no membro superior estão associadas a 
problemas no complexo do ombro, envolvendo assim a escápula, podendo levar a 
inatividade e comprometimento na qualidade de vida. 
A escápula tem um importante papel na função normal do ombro. Seu movimento 
e posição criam parâmetros para permitir uma normal fisiologia e biomecânica do 
mesmo. O controle escapular é realizado por padrões de ativação muscular que 
estabelecem a escápula em uma ótima posição para ser base estável do tronco e 
móvel do braço.
Classicamente, são descritos sete movimentos básicos da escápula: adução, 
abdução, rotação lateral ou ascendente, rotação medial ou descendente, inclinação 
anterior, elevação e depressão.
Todas as funções desempenhadas pela escápula durante o ritmo escapuloumeral 
são dependentes da atividade consistente e coordenada dos músculos estabilizadores 
da escápula. Acredita-se que os músculos trapézio e serrátil anterior tenham um 
importante papel de estabilizadores da cintura escapular, e na produção e controle 
do movimento escapulotorácico.
Dentre as disfunções desse complexo são extremamente comuns problemas 
relacionados à instabilidade articular e a síndrome do impacto do ombro (SI), a qual 
apresenta uma posição de destaque por ser uma das maiores causas de queixas 
relacionadas a esse complexo articular e o diagnóstico mais comum de dor no ombro.
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O complexo do ombro se movimenta nos três eixos de movimento tendo assim três graus de liberdade de movimento:
 • Plano Sagital: flexão e extensão
 • Plano Frontal: Adução e Abdução
 • Plano Transverso: Flexão horizontal, extensão horizontal, rotação 
lateral e rotação medial.
O movimento de circundução do ombro ocorre na junção dos movimentos nos três 
eixos. Para que esses movimentos ocorram, como já dito anteriormente, as articulações 
precisam trabalhar em congruência para que o movimento ocorra de maneira 
harmônica. Podemos dividir as articulações em dois tipos: articulações anatômicas e 
articulações funcionais.
• ARTICULAÇÕES ANATÔMICAS:
o Glenoumeral (Fossa glenóide e cabeça do úmero)
o Acromioclavicular (Acrômio e clavícula)
o Esternoclavicular (Esterno e clavícula)
BIOMECÂNICA
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 • ARTICULAÇÕES FUNCIONAIS:
o Subacromial (Nos movimentos de fl exão e abdução do ombro a cabeça do 
úmero desliza em baixo do acrômio, e o tendão do bíceps desliza no sulco bicipital)
o Escapulotorácica (durante os movimentos do MS a escápula desliza livremente 
sobre o tórax)
Qualquer problema que ocorra nessas articulações irá provocar uma disfunção no 
complexo do ombro. 
Figura 2. Articulações anatômicas
Fonte: Google Imagens, 2016
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ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA
 A articulação escapulo-torácica é a responsável por garantir a orientação da fossa 
glenóide para que ocorra uma excelente congruência com a cabeça do úmero. Ela 
também permite que aumente a amplitude do movimento do ombro por deslizar 
sobre o gradil costal. Sempre está associada com os movimentos das articulações 
esternoclavicular e acromioclavicular.
A escápula é responsável por realiza 6 movimentos de deslizamento no gradil, os 
quais estão descritos abaixo:
• ELEVAÇÃO ESCAPULAR (60°)
o Articulação acromioclavicular participa;
o Movimento superior.
 Figura 3. Elevação da escápula
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 MÚSCULOS RESPONSÁVEIS:
• Trapézio superior e Elevador da escápula
• Rombóides e Peitoral menor
 
• DEPRESSÃO ESCAPULAR (5 A 10°)
o Articulação acromioclavicular participa;
o Estabilização da escápula;
o Elevação do corpo (10 a 5 cm do solo)
Figura 4. Depressão da escápula
 MÚSCULOS RESPONSÁVEIS:
• Trapézio Médio e Inferior
• Subclávio
• Peitoral menor
• Grande dorsal
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 • ABDUÇÃO OU PROTAÇÃO (13 A 15 CM)
o Movimento anterior;
o A borda medial afasta-se da linha média. 
Figura 5. Abdução ou Protração da escápula
MÚSCULOS RESPONSÁVEIS:
• Serrátil anterior
• Peitoral maior e menor
 
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• ADUÇÃO OU RETRAÇÃO (25°)
o Movimento posterior;
o Borda medial se aproxima da linha média.
Figura 6. Adução ou Retração da escápula
MÚSCULOS RESPONSÁVEIS:
• Rombóides
• Trapézio médio
• Grande dorsal
 
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• ROTAÇÃO EXTERNA OU SUPERIOR (60°)
o Deslizamento lateral e anterior da escápula;
o Flexão máxima do ombro.
 Figura 7. Rotação externa da escápula
MÚSCULOS RESPONSÁVEIS:
• Trapézio médio e inferior
• Serrátil anterior
 
 
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• ROTAÇÃO INTERNA OU INFERIOR (60°)
o Deslizamento lateral e anterior da escápula;
 o Mãona parte inferior das costas.
 Figura 8. Rotação interna da escápula
MÚSCULOS RESPONSÁVEIS:
• Elevadores da escápula
• Rombóides
• Grande dorsal
 
 
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ARTICULAÇÃO ESCTERNOCLAVICULAR
A articulação esternoclavicular é formada pela extremidade externa da clavícula e a 
incisura do osso esterno. Entre essas extremidades há uma fi brocartilagem (disco) que 
aumenta o contato dessa união melhorando a congruência óssea.
A estabilidade dessa articulação é dada pela cápsula articular, o disco 
fi brocartilaginoso, e por 3 ligamentos: esternoclavicular – anterior e posterior, 
costoclavicular e interclavicular. 
Figura 9. Articulação esternoclavicular
Fonte: Atlas de anatomia humana, Netter, 2015
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A clavícula deve ser avaliada em 3 eixos de movimento:
• Eixo oblíquo (entre a clavícula e o disco):
 Elevação (30 a 40°)
 Depressão (5 a 10°)
• Eixo longitudinal:
 Rotações (30 a 40°)
• Eixo vertical (entre o disco e o externo):
 Protração (15°)
 Retração (15°)
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ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR
A articulação acromioclavicular é a união do acrômio escapular com a 
extremidade acromial da clavícula. Sua função é manter o contato clavicular com 
a escápula durante o inicio do movimento de elevação dos MMSS e aumentar a 
rotação da escápula no fi nal desse movimento. A articulação irá restringir alguns 
movimentos acima da cabeça.
A estabilização da articulação é dada pela cápsula articular, pelos ligamentos: 
acromioclavicular, coracoclavicular, coracoacromial e disco fi brocartilaginoso 
(este pode não estar presente).
Figura 10. Articulação acromioclavicular
Fonte: Google Imagens, 2016
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ARTICULAÇÃO SUBACRÔMIAL
A articulação subacrômial é formada pelo arco Córaco-acromial e úmero. O arco 
córaco-acromial por sua vez protege a cabeça do úmero, os tendões e a bursa de um 
trauma direto vindo de cima, e previne a cabeça do úmero deslocar-se para cima.
Figura 11. Articulação subacrômial
Fonte: http://maurogracitelli.com/blog/tendoes
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ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL
A articulação Glenoumeral é composta pela cabeça esférica do úmero e a cavidade 
glenóide da escápula.
Os elementos que ajudam a estabilizar essa articulação são: a cápsula articular 
fibrosa, o lábio glenoidal de grande importância para o aumento da congruência 
óssea; os ligamentos: glenoumeral – superior, médio e inferior, ligamento 
coracoumeral, transverso do úmero e tendões dos músculos do Manguito Rotador 
(supraespinhal, infraespinhal, cabeça longa do bíceps, subescapular e redondo 
menor)
È responsável por todos os movimentos do úmero: flexão, extensão, abdução, 
adução, rotação interna, rotação externa, adução horizontal, abdução horizontal e 
circundução.
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MÚSCULOS
Como já citado acima, a articulação do ombro possui a maior amplitude de movimento das articulações do corpo humano, Para garantir uma movimentação em tantos graus e direções, é necessário que os músculos 
ajudem na sua estabilização, abaixo estão os principais músculos dessa articulação.
SERRÁTIL ANTERIOR
O Serrátil anterior é 
responsável em manter segura 
a borda medial da escápula 
contra o tórax. Ele é responsável 
pelos movimentos de abdução, 
depressão, elevação e rotação 
superior escapular.
Quando esse músculo está 
com disfunção o braço não pode 
ser elevado acima da cabeça, 
não conseguimos alcançar algo 
a nossa frente, e a escápula 
perde o apoio no tórax então é 
classifi cada como alada.
 
Figura 12. Músculo Serrátil Anterior
Fonte: Google Imagens, 2016
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ROMBÓIDE MAIOR E MENOR
O músculo Rombóide é responsável pela adução e elevação da cintura escapular, 
também é responsável por girar a cavidade glenóide para baixo. Sua paralisia pode 
provocar um deslocamento da escápula. 
Figura 13. Músculos Rombóides
Fonte: Google Imagens, 2016
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PEITORAL MENOR
O músculo peitoral menor é responsável em deprimir o ombro, e realizar a rotação 
inferior da escápula, a protração escapular e a elevação das costelas na inspiração 
forçada. 
Figura 14. Músculo Peitoral menor
Fonte: Google Imagens, 2016
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PEITORAL MAIOR
O músculo peitoral maior é dividido e 3 partes. A porção clavicular auxilia na 
abdução horizontal e na fl exão do ombro. Já a porção esternal e obliqua é responsável 
pela extensão do braço, a adução, rotação interna e elevação do tórax na inspiração 
forçada. 
Figura 15. Músculo Peitoral maior
Fonte: Google Imagens, 2016
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ELEVADOR DA ESCÁPULA 
O músculo elevador da escápula é responsável pela elevação escapular, rotação 
inferior da escápula, adução escapular, extensão da coluna cervical bilateral e fl exão 
da coluna cervical unilateral. Sua paralisia provoca queda do ombro. 
Figura 16. Músculo Elevador da escápula
Fonte: Google Imagens, 2016
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DELTÓIDE
O músculo deltóide pode ser dividido em três porções: anterior (clavicular), média 
(acromial) e posterior (espinhal).
Figura 17. Músculo deltóide
Fonte: Google Imagens, 2016
A porção anterior é responsável pelos movimentos de fl exão, e adução do 
ombro, e também auxilia na rotação interna e abdução do ombro. A porção média 
é responsável pela abdução do ombro. Já a porção posterior é responsável pela 
abdução horizontal e extensão do ombro, e auxilia no movimento de rotação 
externa.
Quando analisamos a função muscular das três porções podemos identifi car 
que ele é responsável pela estabilização da articulação glenoumeral, por projetar a 
cabeça o úmero na fossa glenoidal.
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SUPRA-ESPINHOSO
O músculo supra-espinhoso é responsável pela abdução do braço, auxilia na 
rotação externa, e estabiliza a cabeça do úmero na cavidade glenóide. Sua ruptura 
diminui a estabilidade do ombro e se ocorre calcifi cação em seu tendão aumenta a 
freqüência de Síndrome do Impacto (SI).
Figura 18. Músculo supra-espinhoso
Fonte: Google Imagens, 2016
INFRA-ESPINHAL E REDONDO MENOR
Esses músculos trabalham juntos para obterem juntos os movimentos de rotação 
externa do ombro, abdução horizontal do braço e principalmente estabilizar a 
cabeça do úmero na cavidade glenóide.
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Figura 19. Músculo Infra-espinhal e Redondo Menor
Fonte: Google Imagens, 2016
SUBESCAPULAR
O músculo subescapular é um grande responsável por estabilizar a cabeça do 
úmero na cavidade glenóide, e também pela rotação interna do ombro. 
Figura 20. Músculo Subescapular
Fonte: Google Imagens, 2016
28Aline Cristina Longhini Alberti
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REDONDO MAIOR
O músculo redondo maior é responsável pelo movimento de adução, extensão, 
extensão horizontal e rotação interna do ombro. 
Figura 21. Músculo Redondo Maior
Fonte: Google Imagens, 2016
CORACOBRAQUIAL
 
O músculo coracobraquial é um dos responsáveis pelos movimentos de fl exão, 
adução horizontal, rotação interna e auxilia na adução do ombro. Também é 
responsável por estabilizara articulação do ombro, impedindo o deslocamento do 
úmero para baixo.
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Figura 22. Músculo Coracobraquial
Fonte: Google Imagens, 2016 
BÍCEPS BRAQUIAL
 
O músculo bíceps braquial possui duas 
porções: cabeça longa e cabeça curta. A cabeça 
longa do bíceps é responsável em ajudar na 
estabilização da cabeça do úmero projetando-a 
na cavidade glenóide, também auxilia na 
abdução do úmero e flexão. Já a cabeça curta 
do bíceps é responsável pelos movimentos de 
flexão e adução horizontal do ombro, e auxilia 
na rotação interna do ombro.
Figura 23. Músculo Bíceps braquial
Fonte: Google Imagens, 2016
30Aline Cristina Longhini Alberti
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TRÍCEPS BRAQUIAL
O músculo tríceps também possui 3 porções: longa, lateral e média. Ele é 
responsável pela extensão do cotovelo, e a porção longa do músculo é uma das 
responsáveis da adução e hiperextensão do ombro, e estabilização da articulação 
do ombro. 
Figura 24. Músculo Tríceps braquial
Fonte: Google Imagens, 2016
GRANDE DORSAL
O músculo grande dorsal é responsável por ações no ombro e no tronco, o que 
comprova que não podemos estudar separadamente cada músculo, pois eles estão 
em contato indiretamente ou diretamente. 
Sua ação no ombro é de adução, extensão, rotação interna e extensão e abdução 
horizontal. Já no tronco os movimentos em que o grande dorsal participa é flexão 
lateral, hiperextensão, rotação de tronco para o mesmo lado, elevação da pelve para 
o mesmo lado e auxilia na anteroversão da pelve.
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Figura 25. Músculo Grande Dorsal
Fonte: Google Imagens, 2016
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Segue a baixo o resumo dos músculos responsáveis pelos movimentos da 
articulação:
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Figura 26. Músculo Grande Dorsal
Fonte: Google Imagens, 2016
Os músculos redondo menor, infra-espinhal, supra-espinhal e subescapular formam 
manguito rotador, além desse grupo muscular criar uma variedade de torques 
em torno da articulação glenoumeral, ele atua para estabilizar dinamicamente 
e equilibrar a cabeça do úmero em relação à glenóide, enquanto que o grupo 
muscular axial (deltóide, peitoral maior, etc) age para mover o úmero, tais músculos 
O MANGUITO ROTADOR 
E A ESTABILIZAÇÃOE A ESTABILIZAÇÃO
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estabilizam a articulação, particularmente contra subluxação. 
Os músculos fortalecem a articulação por meio de fibras que formam parte da 
cápsula articular. Artigos dizem que a parte mais fraca da cápsula é a face inferior, 
onde o reforço pelos músculos do manguito rotador é mínimo. 
Sahaem seu artigo, descreveu a estabilidade dinâmica da articulação glenoumeral 
como a exigida durante o movimento, em contraste com a estabilidade estática. A 
articulação glenoumeral é mais instável na frente, em certo grau abaixo e menos 
instável atrás.
Já Ovesen e Nielson descreveram a importância relativa das estruturas 
estabilizadoras que previnem uma subluxação anterior. Nesse estudo o foco deles 
era sobre a face anterior da cápsula articular e o músculo subescapular. Eles relatam 
que durante a parte inicial da amplitude de movimento para a abdução glenoumeral, 
o tendão do subescapular e o terço proximal da cápsula articular limitam a rotação 
da cápsula tornando-se o limite predominante da rotação externa.
Relatou-se que a estabilidade dinâmica depende do desenvolvimento 
antropométrico da cavidade glenóide, da inclinação da cavidade glenóide, do 
ângulo da cabeça e colo do úmero e da resistência do manguito rotador. Os agonistas 
da articulação glenoumeral dependem do auxílio dos músculos do manguito para 
posicionar a cabeça do úmero com referência à cavidade glenóide para alcançar 
uma amplitude total de movimento, conforme anteriormente descrito.
Na literatura também se atribuiu à inclinação da cavidade glenóide a estabilidade 
da articulação glenoumeral contra subluxação inferior. Foi relatado que, ao contrário 
das expectativas, os músculos da articulação glenoumeral orientados verticalmente, 
como o deltóide e coracobraquial, não fornecem uma tensão que a proteja de 
trações para baixo. Ao invés, devido aos componentes horizontais e verticais do 
ângulo da cavidade glenóide, a cabeça do úmero se move lateralmente quando 
é forçada para baixo. O movimento lateral alonga o músculo supra-espinhal e sua 
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atividade, servindo para estabilizar a articulação glenoumeral horizontalmente e 
também serve para prevenir o movimento dirigido para baixo.
SINDROME DO IMPACTO
Figura 26. Complexo do ombro
Fonte: Google Imagens, 2016
Dentre as lesões do ombro que provocam dor e impotência funcional, a Síndrome 
do Impacto (SI) se destaca, foi descrita em 1972 pela primeira vez por Charles Neer, 
se caracteriza pelo uso repetitivo dos braços acima da linha do ombro, condição 
patológica em que ocorre a irritação do tendão supraespinhoso secundária a uma 
abrasão em sua superfície pelo terço anterior do acrômio. Neer também relata a 
importância da superfície interna do tendão e as potenciais mudanças que podem 
36Aline Cristina Longhini Alberti
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ocorrer pela fricção repetitiva e irritação deste no estágio três na classifi cação do 
processo de impacto. A altura do espaço subacromial em ombros saudáveis está 
entre 9 e 10 milímetros, sendo que medidas radiográfi cas menores que 6 milímetros 
são consideradas patológicas para compressão do manguito rotador. A espessura 
normal do tendão do manguito rotador nesta área está entre cinco e seis milímetros.
 
Figura 27. Músculo Grande Dorsal
Fonte: http://maurogracitelli.com/blog/tendoes, 2016
A síndrome do impacto (SI), também pode ser defi nida como uma dor anterior 
do ombro de causa mecânica, pelo impacto sofrido nos tecidos compreendidos 
no espaço subacromial. Essa síndrome tem sua patomecânica dividida em fatores 
37Aline Cristina Longhini Alberti
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extrínsecos e intrínsecos para melhor organização de sua etiologia. Como fatores 
extrínsecos, há problemas de variação anatômica, normalmente resolvidos 
cirurgicamente e os fatores intrínsecos, como os problemas de instabilidade 
escapular, que têm como foco de tratamento o fortalecimento muscular, para evitar 
a instabilidade glenoumeral, segundo Araújo, 2007. Ela tem sido muito associada 
com o movimento anormal da escápula durante a elevação do braço, ou seja, com 
alterações do ritmo escapuloumeral (ROY et al., 2007) e alterações na sua dinâmica 
3-D (LAUDNER et al., 2006).
Segundo Ludewig (2005), a SI também pode ser definida como uma compressão 
e uma irritação mecânica das estruturas localizadas no espaço subacromial, como 
os tendões do manguito rotador, ligamento coracoacromial, bursa subacromial e 
cabeça longa do bíceps, durante a elevação dos MMSS, principalmente quando 
as mãos ultrapassam o nível da cabeça. De uma forma geral, a SI manifesta-se 
com queixa de dor, diminuição da mobilidade, fraqueza muscular, desequilíbrio 
muscular e limitação funcional, acarretando, por conseqüência, em alterações 
musculoesqueléticas, degenerativas e em comprometimento da qualidade de vida.
Ocorre que associado a SI ocorrem algumas alterações na atividade muscular da 
escápula (PHADKE; CAMARGO; LUDEWIG, 2009). 
Em condições normais, os ritmos escapuloumeral e escapulotorácico ajudam na 
manutenção da fossa glenóide com a cabeça umeral, o que aumentaa congruência, 
diminui as forças de cisalhamento articular, e mantêm os músculos em uma faixa 
favorável da relação comprimento-tensão.
Estudo recente demonstra que durante o movimento de elevação do braço no 
plano da escápula, em indivíduos saudáveis, a escápula realiza o movimento de 
rotação externa (rotação lateral do ângulo inferior da escápula) sobre um eixo 
posicionado ântero-posterior ao acrômio, associado a um movimento de inclinação 
posterior no eixo latero-lateral e a um movimento de rotação interna (tendência de 
alamento escapular) da escápula no eixo crânio-caudal (LUDEWIG et al., 2004).
38Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
Como a origem e/ou inserção da maioria dos músculos do complexo do ombro 
encontram-se na escápula a contração simultânea (co-contração) destes faz com 
que ocorra uma relação cinemática entre as articulações durante os movimentos 
do complexo do ombro, principalmente na elevação, que determina o ritmo 
escapuloumeral e escapulotorácico. Dentre eles o trapézio (médio e inferior) 
junto com o serrátil anterior são reconhecidos como músculos que podem rodar e 
estabilizar a escápula.
Também deve ser dito que a força associada do deltóide e do trapézio são de 
grande importância durante a elevação do braço. A função desta força associada 
é para obter uma suave elevação do braço sem chocar a cabeça umeral, contra 
o arco coracoacromial e para intensificar a estabilidade dinâmica da articulação 
glenoumeral. 
A força associada do trapézio e serrátil anterior é obtida em cima da rotação da 
escápula pela ação concêntrica durante a elevação umeral. Durante o abaixamento 
dos braços, a força associada age excentricamente para controlar a rotação da 
escápula para baixo. 
Num movimento normal do ombro, o mecanismo do manguito rotador está 
intimamente relacionado ao arco coracoacromial e é apenas separado por uma 
bursa subdeltóidea. 
De acordo com Phadke, Camargo e Ludewig (2009), em um estudo de revisão 
sobre alterações na atividade muscular da escápula durante elevação do ombro, 
os estudos mostram que na SI há um aumento na atividade do trapézio superior, 
redução na atividade do músculo serrátil anterior, porções média e inferior, atraso 
no tempo de início de ativação do trapézio médio e inferior durante perturbação 
súbita e atraso na ativação com maior variabilidade na latência do serrátil anterior.
Para Neer, 95% dos casos de ruptura do Manguito Rotador são causados por 
impacto subacromial, a etiologia pode ser dividida em primária e secundária.
39Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
O impacto primário pode resultar de diminuição do espaço subacromial, laxitude 
capsular posterior, ou excessiva migração superior da cabeça umeral associada 
à fadiga ou falência dos depressores da cabeça umeral, ou ainda produzida por 
compressão do manguito rotador sob a porção ântero-inferior do acrômio. Bartel 
e Biglianni em estudos descreveram 3 tipos de acrômios: reto, curvo e ganchoso, 
e ainda concluíram que 74% dos acrômios são retos, 26% curvos, considerando os 
ganchosos como resultado de formações esteofitárias, em decorrência de trações 
exercidas pelo ligamento coracoacromial. Ou seja, quanto mais ganchoso o acrômio 
mais impacto causa. Ainda podendo ser classificado em 3 fases: 
• Fase I é caracterizada por dor aguda, hemorragia e edema, causados pelo uso 
exagerado do membro superior no trabalho ou esporte, ocorrendo tipicamente em 
indivíduos jovens até 25 anos, o tratamento é conservador, com bom prognóstico.
• Fase II fica evidenciada um processo inflamatório acarretando fibrose com 
espessamento da bursa subacromial e tendinite do manguito rotador, menos comum, 
ocorre em pacientes entre 25 e 40 anos. Geralmente relacionado com esforços repetitivos, 
os quais podem gerar inflamação de origem mecânica sobre as estruturas subacromiais, 
tornando a bursa fibrótica e espessada. Nesse estágio, as funções do ombro geralmente 
não são muito afetadas levando o paciente a postergar a procura por um especialista. 
O tratamento é conservador, e se não houver melhora indicação para cirurgia. 
• Fase III ocorre lacerações parciais ou totais do manguito rotador ou bíceps braquial 
associado a alterações ósseas, sendo prevalente em pacientes a partir da 4ª década 
de vida. As alterações vistas em um Rx incluem a redução da distancia do acrômio, e 
podendo ser observada esclerose óssea no nível da inserção do músculo supra-espinhal 
e do acrômio.
40Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
 
Figura 28. Tipos de acrômio
Fonte: http://www.rafaelavelino.com.br/sd-do-impacto-tendinopatia-e-bursite, 2016
O impacto secundário é defi nido por um relativo decréscimo do espaço subacromial 
associado à instabilidade da articulação glenoumeral ou instabilidade funcional 
da articulação escápulo-torácica. A incompetência dos músculos estabilizadores 
estáticos e dinâmicos pode levar ao impacto subacromial, pela perda da capacidade 
de manter a cabeça do úmero centralizada durante os movimentos do membro 
superior, o que resulta na subida em direção ao arco coracoacronial.
A área de impacto está centralizada na inserção do músculo supra-espinhal com a 
cabeça longa do bíceps, além da bursa subacromial, que protege toda essa região. 
É, portanto, o atrito constante dessas partes moles contra o arco acromial duro que 
determina a degeneração. Um número de processos anormais poderá infl uenciar 
nestes mecanismos e causar fricção, impacto, e aumento do desgaste dos tendões 
do manguito rotador.
MATSEN e ARNTZ descreveram fatores estruturais e funcionais que poderão 
potencialmente aumentar o impacto do manguito rotador.
41Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
Tabela 2. Fatores estruturais e funcionais que podem aumentar o impacto do manguito rotador
Fonte: Th e Shoulder, MATSEN, ARMTZ, Vol 2. 
42Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
Pacientes acometidos por Impacto primário se caracterizam pó hipomobilidade 
articular, já no caso de impacto secundário é a instabilidade articular que é marcante. 
Podemos pensar então que no caso de impacto primário o trabalho através de 
exercícios de Pilates seja melhor e mais indicado para ganho de mobilidade, sim. 
Mas também é de extrema necessidade a reorganização muscular e ganho de 
estabilidade nas estruturas citadas acima que estão em disfunção no impacto 
secundário por meio dos conceitos do método Pilates.
Segundo Boeck, Döhnert e Pavão (2012) em um estudo que comparou a eficiência 
de protocolos de exercícios de cadeia cinética fechada (CCF) e cadeia cinética 
aberta (CCA) em indivíduos com SI sem intervenção cirúrgica. Foi comprovado 
que ambos os protocolos de intervenção apresentaram resultados satisfatórios 
na reabilitação da SI. Porem o grupo que participou com os exercícios em CCF 
apresentou resultados mais expressivos quanto ao ganho de mobilidade articular, 
funcionalidade, força e ativação muscular do manguito rotador, em comparação 
ao programa de exercícios em CCA.
Alguns autores defendem a opinião de que o tratamento da SI deve ser inicialmente 
clínico, independentemente da presença de alterações anatômicas envolvidas na 
gênese da doença.
O tratamento deve ser baseado no conhecimento das estruturas envolvidas. 
Logo após passado a fase aguda, o paciente deve ser imediatamente envolvido em 
um protocolo de exercícios que tenham como objetivo a mobilização escapular e 
torácica; a estabilização do centro de força (Power House) e do complexo escapular, 
para ganho de ADM e melhora da congruência articular. Inicialmente deve-se 
evitar movimentos em que opaciente relembre as dores que possuem. Em casos 
de mudança estrutural anatômica do acrômio (acrômio em gancho) deve evitar a 
abdução do ombro acima de 90° com rotação interna do úmero. 
Devemos levar em conta que os estudos mostram que há uma grande incidência 
de desequilíbrio muscular na articulação escapulotorácica, essa articulação deve ter 
43Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
grande importância durante o tratamento. Deve ser trabalhado em primeiro plano 
o ritmo escapulotorácico, para melhorar a organização das estruturas envolvidas, 
e em seguida a atenção deve ser dividida com os músculos do Manguito Rotador, 
para ganhar força de estabilidade glenoumeral.
INSTABILIDADE GLENOUMERAL
Como visto no texto acima a articulação glenoumeral não tem uma congruência 
ótima para uma articulação com o grau de mobilidade que existe. Podemos dizer 
que é considerada a articulação mais instável do corpo devido ao pequeno contato 
entre as superfícies: glenóide rasa e pequena e a cabeça do úmero 3x maior.
 Figura 29. Estruturas que aumentam a estabilidade da articulação glenoumeral
Fonte: http://maurogracitelli.com/blog/ligamentos, 2016
Mas também sabemos que há estruturas cartilaginosas que ajudam a aumentar a 
concavidade da cavidade glenóide, criando uma fossa mais funda para aumentar o 
“encaixe” articular. Além do Labrum glenoidal, também existem outros mecanismos 
passivos que não despendem de energia muscular, os quais consistem em 
cápsula articular, ligamentos glenoumerais superior, média e inferior, ligamento 
coracoacromial e ligamento coracoumeral.
44Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
Os mecanismos ativos que participam de maneira muito efetiva para a estabilidade 
da articulação é o Manguito rotador: infra e supra espinhal, subescapular e redondo 
menor; cabeça longa do bíceps, e outros músculos presentes na articulação que 
aumentam a pressão da cabeça umeral na fossa glenóide.
 
Figura 30. Imagem de radiografia: luxação anterior do ombro
Fonte: Google Imagens, 2016
45Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
Sabendo disso, a luxação é definida como “perda do contato articular”, ou seja, a 
separação de dois ossos que estão em contato íntimo e contínuo por meio de uma 
região lisa e deslizante, a cartilagem. A luxação do ombro ocorre quando uma 
força extrema supera os mecanismos estabilizadores (lábio, cápsula e manguito) 
e desloca a cabeça do úmero para fora da glenóide, não havendo recolocação 
espontânea imediata. 
Já a subluxação é a translação sintomática da cabeça umeral sob a glenóide sem 
separação completa das superfícies e o úmero retorna à posição original sozinho 
após o deslocamento. Essas circunstâncias podem ocasionar lesões dos tecidos. Na 
maioria das vezes, os danos serão no lábio e nos ligamentos.
Ela pode ser classificada em congênita, aguda, crônica e recorrente; também em 
traumática e atraumática.
• Luxação do tipo TUBS - traumática, unidirecional, Bankart (lesão de labrum 
anterior), cirurgia;
• Luxação do tipo AMBRI - atraumática, multidirecional, bilateral, reabilitação 
inferior;
• Luxação do tipo AIOS - atraumática, instabilidade, overuse (desgaste por excesso 
de uso), cirurgia. 
A classificação mais utilizada é de acordo com a direção da instabilidade. 
As luxações no sentido anterior representam 85% de todas as luxações no ombro, 
devido a uma frouxidão da cápsula anterior em relação à cápsula posterior, que é 
mais densa. Os mecanismos de lesão são por combinação de abdução, extensão 
e rotação externa, ou por um trauma direto no sentido póstero-anterior, levando 
a ruptura do labrum, com ou sem lesão de cápsula anterior. OS exames clínicos 
utilizados são:
46Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
• Teste de gaveta anterior: paciente posicionado em decúbito dorsal com a 
articulação gleno-umeral próximo a borda da maca. O fisioterapeuta deve colocar uma 
de suas mãos abaixo do colo cirúrgico, no úmero e, com a outra, segurar a espinha da 
escápula e o processo coracóide, para estabilizar a escápula. Realiza uma tração suave 
no sentido anterior. Se houver translação umeral anterior aumentada e se o paciente 
apresentar apreensão em relação ao teste, é sinal positivo para instabilidade anterior. 
Deve ser avaliado bilateralmente.
• Teste de apreensão anterior: paciente posicionado em decúbito dorsal com 
o ombro afetado e o cotovelo em 90º. O fisioterapeuta roda externamente o ombro 
afetado. O teste é considerado positivo se o paciente apresentar apreensão durante a 
realização do movimento.
A luxação posterior ocorre por trauma direto no sentido ântero-posterior, levando, 
obrigatoriamente, a lesão de cápsula posterior. Os testes utilizados para comprovar 
a luxação são:
• Teste de gaveta posterior: paciente posicionado em decúbito dorsal com a 
articulação gleno-umeral próximo a borda da maca. O fisioterapeuta deve colocar uma 
de suas mãos abaixo do colo cirúrgico, no úmero e, com a outra, segurar a espinha da 
escápula e o processo coracóide, para estabilizar a escápula. Aplica uma pressão no 
sentido posterior da cabeça do úmero. Se houver instabilidade posterior aumentada e se 
o paciente apresentar apreensão em relação ao teste, é sinal positivo para instabilidade 
posterior. 
• Teste de apreensão posterior: paciente posicionado em decúbito dorsal com 
o ombro afetado em 90º de flexão e rotação interna, enquanto o fisioterapeuta aplica 
uma força no sentido posterior. O teste é considerado positivo se o paciente apresentar 
apreensão durante a realização do movimento.
A luxação superior é considerada rara. Para que ela ocorra deve haver fratura de 
acrômio devido a um trauma direto no sentido superior ou cranial. 
47Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
E por último a luxação inferior ocorre por uma hiperabdução, em que o pinçamento 
do acrômio sobre a cabeça do úmero, empurra essa estrutura para baixo, em sentido 
caudal. Quando fazemos a avaliação da instabilidade articular glenoumeral também 
devemos levar em conta o posicionamento escapular. 
Segundo diversos autores a postura escapular ideal é classificada como sendo 
uma postura em que as escápulas repousam “planas contra a coluna superior, 
aproximadamente entre a segunda e a sétima vértebra torácica, e cerca de 10 cm 
separadas. A escápula deve estar paralela à coluna vertebral, plana contra o tórax e 
rodada 30° do plano frontal.
Quando há disfunção nesses posicionamentos podem ocorrem patologias no 
complexo do ombro. A postura “patológica” mais citada é a Protrusão do Ombro, que 
pode ser considerada como o resultado de uma combinação de sub-componentes 
de posturas escapulares (inclinação anterior, rotação medial e protração) e umerais 
(rotação medial da articulação glenoumeral). 
A postura de inclinação anterior da escápula ocorre no plano sagital sobre o eixo 
horizontal, que se encontra paralelo à espinha da escápula. O termo inclinação 
anterior é utilizado para o afastamento do ângulo inferior da escápula do gradil 
costal. A postura de rotação medial da escápula ocorre no plano transverso sobre 
o eixo vertical, que passa pela articulação acrômio-clavicular e pelo ângulo inferior 
da escápula, que é caracterizada pelo afastamento da borda medial da escápula do 
gradil costal e é chamada de alamento escapular. 
A postura de protração ocorre num plano oblíquo, cerca de 30º a 45º do plano 
frontal e é caracterizada pelo posicionamento da escápula no sentido mais lateral 
e anterior sobre o gradil costal. Pode ser considerado uma das principais causas de 
subluxação do ombro não traumática.48Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
 
Figura 31. Escápula alada direita, com enfraquecimento do músculo Serrátil anterior. 
Fonte: Google Imagens, 2016
Weiser, em um estudo demonstrou a existência de uma maior força aplicada ao 
ligamento gleno-umeral anterior quando este é submetido a cargas translatórias na 
posição de protrusão em comparação com a postura neutra da cintura escapular. 
Segundo esse autor, o estresse repetitivo no ligamento poderia predispor os 
indivíduos com a instabilidade gleno-umeral.
Em outro estudo Von Eisenhart-Rothe observou, através de ressonância magnética, 
que indivíduos com sintomas de instabilidade atraumática do ombro apresentam 
maior rotação medial da escápula e descentralização da cabeça do úmero na 
cavidade glenóide.
49Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
Como citado à cima, podem ocorrer alguns problemas que levam a instabilidade 
glenoumeral, devemos levar em consideração o mecanismos que levou o individuo 
a apresentar o problema, se traumático ou não e o mecanismo de lesão para 
podermos entender onde a reabilitação deverá ter inicio. 
No caso de luxação e subluxação traumática devemos dar atenção principalmente 
para estabilização glenoumeral, ou seja para todos os componentes que iram ajudar 
na estabilidade, com ênfase no manguito rotador. Porém não podemos deixar se 
lado o posicionamento escapular e a mobilidade da coluna torácica, devemos ter 
um trabalho global de toda essa região. Inicialmente evitar exercícios que lembrem 
o mecanismo de lesão no qual ocorreu a luxação ou a subluxação, isso poderá causar 
insegurança no paciente.
Já no caso de subluxação sem trauma, devemos realizar uma avaliação rigorosa 
no posicionamento escapular para que possamos trabalhar de maneira eficiente os 
músculos que estão em desarmonia. Exercícios de mobilidade e conscientização 
escapular são de extrema importância. Geralmente os alunos/pacientes não 
têm coordenação muscular e percepção da musculatura escapular. Inicialmente 
devemos ensinar os alunos a sentir os músculos escapulares, para conseguirem 
tornar conscientes. O ideal é iniciar o treino com exercícios simples, os quais não 
exijam muitos grupos musculares envolvidos em um mesmo movimento.
50Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
CAPSULITE ADESIVA
 Figura 32. Imagem do ombro a esquerda saudável e do ombro a direita comprometido. 
Fonte: Google Imagens, 2016
A capsulite adesiva, também conhecida como ombro congelado, foi descrita pela 
primeira vez por Duplay em 1872 e nomeada de “ombro congelado” por Codman, 
em 1934, sendo defi nida como uma condição idiopática do ombro, caracterizada 
pelo início espontâneo de dor, e evoluindo com restrição dos movimentos da 
articulação gleno-umeral. Sabe-se que ela está relacionada à fatores genéticos e às 
reações auto-imunes, mas não se conhece ao certo qual sua origem. Geralmente 
ele acomete pacientes com doenças hormonais, como o diabetes e com hipo ou 
51Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
hipertireoidismo, mas também pode ocorrer em indivíduos sem essas alterações. 
Estudos também mostram que pode ocorrer em pacientes que permanecem com 
o ombro imobilizado por período prolongado ou em pacientes com hérnia de 
disco cervical. 
Várias etiologias, muitas vezes associadas, podem ocasionar o ombro doloroso, 
como as estruturas da cintura escapular ou irradiadas de outras regiões. Déficits de 
movimentos caracterizam anormalidades do tônus muscular, adaptações posturais, 
movimentos sinergéticos, falta de dissociação entre os cíngulos dos membros 
superior e inferior, perda dos movimentos seletivos e da coordenação motora 
acentuada no membro superior, com conseqüentes prejuízos nas habilidades 
motoras dificultando os movimentos.
Indivíduos com capsulite adesiva freqüentemente queixam-se de dor difusa 
no ombro, com um ponto sensível à palpação adjacente à inserção do deltóide e 
ocasionalmente dor irradiada para o cotovelo e, algumas vezes, irradiada para a 
face lateral de antebraço. A dor geralmente piora com os movimentos de ombro e 
melhora com o repouso. Ocasionalmente a dor é pior à noite podendo despertar o 
paciente.
A capsulite é considerada uma doença auto-limitada, ou seja, que chegará a curar 
mesmo sem tratamento, porém é um processo longo e que pode levar até 2 ou 3 
anos, nos quais o paciente terá que aprender a conviver com as limitações e dores 
que podem ser significativas.
Ela se inicia com uma inflamação no tecido que reveste a articulação, a cápsula 
articular. Ela também pode estar associada com a Síndrome do Impacto, ou por um 
choque mecânico repetitivo, ou ainda por um trauma.
Na capsulite adesiva ou “ombro congelado”, um processo inflamatório dentro 
da articulação leva a uma diminuição progressiva do fundo de saco axilar, a um 
encurtamento de todos os ligamentos, á formação de aderências (pontes entre 
52Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
várias estruturas) e a um aumento da espessura da cápsula a qual perde a sua 
distensibilidade. São estes fatos que levam à principal característica desta doença 
que é a limitação da mobilidade passiva, sobretudo da rotação externa.
Sabendo disso, a capsulite adesiva pode ser dividida em 2 tipos, as quais possuem 
apresentação clínica similar, diferindo apenas na etiologia:
• Capsulite adesiva primária, a qual se refere à forma idiopática de ombro rígido 
e doloroso.
• Capsulite adesiva secundária, a qual se refere à perda de movimento articular 
resultante de algum evento desencadeante bem definido, tal como trauma, AVC, 
lesões do manguito rotador, fratura do membro superior, distrofia simpático-reflexa 
e imobilização pós-cirúrgica. A capsulite adesiva ocorre em 3 diferentes fases com 
características diferentes. 
A primeira fase a caracterizada por inflamação da cápsula, chamada de Fase 
Inflamatória. A segunda é caracterizada pela rigidez articular, chamada de Fase de 
Rigidez, ou Fase do Congelamento. E por último a Fase do Descongelamento, na 
qual os movimentos irão retornando aos poucos.
A Fase Inflamatória é caracterizada por dor limitante, que inicialmente aparece 
leve e vai aumentando a cada dia. Ela se difere das outras patologias do ombro como 
a bursite, tendinite e SI por apresentar dos em todos os movimentos do complexo 
do ombro, e não apenas nos testes específicos. No inicio dessa fase o movimento 
ainda está presente, mas ocorre dor, e tem duração de até 9 meses. 
A Fase de Rigidez ou Congelamento, como o nome diz, ocorre perda progressiva 
dos movimentos até o ombro ficar “congelado”. Ainda pode haver dor nessa fase, 
mas com menor intensidade. O indivíduo sente o ombro mais curto, não alcança 
locais altos que alcançava anteriormente, e não consegue realizar os movimentos 
de rotação interna e externa, tendo dificuldade em colocar a mão nas costas, buscar 
o cinto de segurança ou prender o sutiã. Essa fase pode durar até 12 a 18 meses. 
53Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
 Figura 33. Gráfi co mostrando a evolução dos sintomas da Capsulite adesiva em relação ao tempo.
Fonte: http://maurogracitelli.com/blog/capsulite
Por último, A Fase de Descongelamento, é caracterizada pela volta dos movimentos 
progressivamente, sua duração é muito variável, e poderá ocorrer a perda de até 15-
20% dos movimentos.
Geralmente o diagnóstico é tardio em muitos casos. Para o diagnóstico precoce é 
essencial o exame físico, que já pode demonstrar uma perda dos movimentos e uma 
história clínica detalhada, avaliando os principais fatores de risco. O exame físico 
irá evidenciarfreqüentemente limitação multidirecional dos movimentos ativos e 
passivos da gleno-umeral. Cyriax descreve que nestes casos as restrições obedecem 
ao padrão capsular da articulação do ombro: a Rotação externa sendo o componente 
mais restrito, seguido de abdução e a rotação medial sendo o componente menos 
restrito dos três. Exames de radiografi a e/ou ultrasonografi a não vão demonstrar 
alterações na capsulite adesiva, mas podem ser úteis para diferenciar de outras 
causas de rigidez. Nos casos duvidosos ou em que se suspeita de outras doenças, 
a ressonância magnética pode ser indicada. É importante ressaltar que mesmo a 
54Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
ressonância magnética pode não detectar a capsulite, dependendo da fase da 
doença, e que outras alterações como as tendinites, bursites e lesões dos tendões 
do manguito rotador podem coexistir com a capsulite.
O tratamento na maioria dos casos é não operatório, e consegue obter ótimos 
resultados quando bem realizado. Existem diversas opções de tratamento para 
cada fase da capsulite. Inicialmente, na 1ª fase devem ser realizados tratamentos 
para diminuição da dor e inflamação. Já na 2ª fase, a rigidez, o tratamento deve ser 
voltado para o alongamento e ganho de movimentação e mobilidade do complexo 
do ombro.
Não devemos realizar alongamentos de forte intensidade na fase dolorosa (1ª 
fase), isso pode piorar e prolongar essa fase. Dentre as opções de tratamento para 
a fase dolorosa, estão os antiinflamatórios não hormonais, corticóides, acupuntura, 
infiltrações intra-articulares com corticóide ou os bloqueios do nervo-supraescapular. 
Essa conduta quem deverá tomar é médico.
Segundo Jacobs, os exercícios de fortalecimento muscular devem ser acrescentados 
à medida que a amplitude de movimento da articulação glenoumeral estiver 
aumentada. Evoluindo da posição de decúbito dorsal até a posição ortostática, 
aumentando a atividade de manguito rotador e do deltóide, com os movimentos 
de abdução em plano escapular, rotação externa e extensão do ombro. Os exercícios 
podem ser aplicados por contrações musculares dinâmicas como estáticas. Podendo 
ser executados isotonicamente com contrações concêntricas e excêntricas, 
isometricamente e até mesmo isocineticamente.
A aplicação de calor e de gelo no ombro nessa fase também é muito bem vinda, 
isso irá ajudar no alivio da dor, também poderá contribuir para a recuperação pós-
exercício. Logo que percebido que o paciente está saindo da fase de dor aguda, 
deve ser dado inicio aos exercícios para ganho e manutenção de ADM, além desse 
beneficio também ira ajudar a minimizar a perda de massa e força muscular no 
membro afetado.
55Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
Alguns exercícios devem ser orientados para o paciente realizar em domicilio.
 
Figura 34. Exercícios que devem ser orientados para os pacientes realizarem todos dos dias.
Fonte: Fonte: Google Imagens, 2016
56Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O papel da escápula como percebido é de grande importância para conseguirmos 
traçar um protocolo eficiente de tratamento das patologias do ombro. Como dito 
anteriormente devemos saber avaliar de maneira eficiente as articulações que 
estão envolvidas no complexo do ombro. Tendo em vista a grande importância 
da avaliação funcional desse complexo, segue um resumo de avaliação física e 
funcional do Ombro para facilitar a elaboração de um protocolo de exercícios de 
Pilates eficiente para cada paciente.
1. ANAMNESE
Idade:
Endereço:
Profissão:
2. HISTÓRIA CLÍNICA
• O paciente sustenta o membro superior em uma posição protegida? 
• Houve uma lesão, qual foi o seu mecanismo? 
• Quanto tempo?
• Movimentos que causam dor? Como é a dor (característica)?
• Qual atividade aumenta a dor?
• Há qualquer indicação de espasmo muscular, deformidade, atrofia, parestesia?
57Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
3. AVALIAÇÃO POSTURAL GLOBAL
• Avaliação especifica da postura do ombro:
• Avaliar os pontos de referência ósseos anteriores (articulação esternoclavicular, 
acromioclavicular, a clavícula e o processo coracóide)- 
• Avaliar os pontos de referencia ósseos posteriores (coluna torácica, a escápula, 
e a articulação acromioclavicular)
• Posição das escápulas (Simetria/ Rotação interna ou externa/ Protração/ 
Retração/ depressão/ superiorização/ alamento).
4. MOVIMENTAÇÃO PASSIVA E ATIVA (BILATERAL)
• Quando e onde, em cada um dos movimentos, ocorre o início de dor; O 
movimento aumenta a intensidade?
• O padrão de limitação do movimento?
• A sensação final do movimento;
• O movimento das articulações;
• Se há restrição de movimento.
• Obs: Para ser mais preciso realizar os testes com o goniômetro.
58Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
5. TESTE DE FORÇA MUSCULAR
Obs: Realizar testes dos músculos mais acometidos.
• Trapézio superior e elevador da escápula;
• Músculo trapézio médio;
• Músculo trapézio inferior;
• Músculos rombóides;
• Músculo serrátil anterior;
• Músculo peitoral menor e maior;
• Músculo deltóide (porção clavicular, acromial e espinal);
• Músculo coracobraquial;
• Músculo grande dorsal;
• Músculo redondo maior e menor;
• Músculo supraespinal e infraespinal;
• Músculo subescapular
59Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
6. TESTES FUCIONAIS IMPORTANTES
• Teste de Apley
• Teste de Neer
• Teste de Lippman
• Teste de Yergason
• Teste de Ludington
• Teste de Jobe
• Teste de Gerber
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PILATES NAS patologias do ombro
A PRÁTICA COM O 
MÉTODO PILATES
EXERCÍCIOS NO
CADILLAC
61Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
1. MOVIMENTO DO ARQUEIRO 
(SENTADO CADILLAC)
OBJETIVOS: 
- Mobilização e estabilização da cintura escapular, mobilização da coluna torácica 
em rotação. Fortalecimento dos extensores do ombro, adutores, elevadores e 
rotadores inferiores da cintura escapular, flexores do cotovelo e rotadores da coluna.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Sentado no centro do Cadilac com a coluna neutra, segurar as alças 
com as mãos, mantendoos cotovelos estendidos. 
- Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar a 
rotação da coluna flexionando o cotovelo e hiperestendendo o ombro do mesmo lado. 
DICAS E CUIDADOS:
- O aluno não deve perder o alinhamento do quadril;
- O movimento deve ocorrer na cintura escapular, ombro e coluna torácica, evite 
movimentar a lombar
62Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
ERROS COMUNS:
- Perder o alinhamento inicial;
- Movimentar a articulação do quadril.
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
- Diminuir a resistência da mola ao movimento;
- Realizar o movimento sentado sobre um banco para alunos com encurtamento 
em extensores do quadril.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Aumentar a resistência da mola;
- Realizar o movimento sentado sobre bosu para maior instabilidade.
 
63Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
2. VARIAÇÃO ARMS UP AND DOWN 
CADILLAC
 
64Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
OBJETIVOS: 
- Estabilização da cintura escapular, fortalecimento dos extensores do ombro e 
rotadores inferiores e depressores da cintura escapular.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Em decúbito dorsal com os joelhos e quadril flexionados e pés 
apoiados no cadilac, mantendo o alinhamento corporal. Segure as alças com as 
mãos.
- Movimento:Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar 
uma leve extensão horizontal e em seguida a extensão dos ombros, tencionando a 
mola tentando tocar o cadilac. 
DICAS E CUIDADOS:
- O aluno não deve perder o contato da coluna e das escapulas com o solo;
- A coluna vertebral deve sempre estar alinhada e o movimento deve acontecer 
apenas nos ombros;
- A mão ficará um pouco abaixo da linha do ombro;
- A mola deve ser fixada de maneira diferente, isso irá promover uma maior 
instabilidade e amplitude de movimento, conforme a imagem.
ERROS COMUNS:
- Perder o alinhamento inicial;
- Realizar apenas o movimento de extensão de ombro;
- Realizar o movimento com movimento do punho associado;
- Hiperextensão lombar.
65Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
- Diminuir a resistência da mola.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Associar o movimento de rotação externa do ombro;
- Apoio unipodal, diminuindo a base de apoio;
- Realizar a flexão e extensão do quadril até 45° junto com o movimento dos 
membros superiores.
 
66Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
3. FORTALECIMENTO DE DELTÓIDE
OBJETIVOS: 
- Estabilização da coluna, estabilização da cintura pélvica e escapular, fortalecimento 
dos rotadores superiores da cintura escapular, abdutores do ombro, flexores laterais 
da coluna e abdutores e adutores do quadril. 
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Em decúbito lateral no Cadilac, apoie-se sobre a mão tendo o 
cotovelo estendido e ombro abduzido. Os membros inferiores devem estar cruzados 
com os pés apoiados no solo. Segure a alça com a mão livre estando em rotação 
externa de ombro.
- Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar 
abdução do ombro com o cotovelo estendido, e retornar à posição inicial.
DICAS E CUIDADOS:
- A mola deve ser longa e de baixa resistência;
- Cuidado com hiperextensão de cotovelo;
67Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
- O aluno não deve perder o alinhamento da coluna;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados;
- Alunos com Síndrome do túnel do carpo devem evitar fazer esse exercício;
- As espinhas ilíacas superiores devem estar alinhadas.
ERROS COMUNS:
- Perder o alinhamento inicial;
- Realizar o movimento elevando os ombros;
- Movimentar o quadril;
- Hiperextensão lombar;
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Realizar o movimento com os joelhos apoiados no aparelho ou com cotovelo 
fletido no membro inferior de apoio, permitindo contato do antebraço com o 
cadillac;
- Diminuir a amplitude de movimento.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Apoio unipodal, diminuindo a base de apoio.
 
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4. POSIÇÃO DE 6 APOIOS COM 
DESENVOLVIMENTO NO CADILAC
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OBJETIVOS: 
- Estabilização da coluna, estabilização da cintura pélvica e escapular, fortalecimento 
de abdutores do ombro, extensores do cotovelo e rotadores superiores da escápula.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: em posição de 6 apoios no Cadilac, a coluna bem alinhada, segurar 
a alça com a mão estando o ombro abduzido a 90 graus e cotovelo totalmente 
fletido.
- Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar 
a extensão do cotovelo e abdução total do ombro. Após, retornar à posição inicial.
DICAS E CUIDADOS:
- A mola deve ser longa e de baixa resistência;
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
- O aluno não deve perder o alinhamento da coluna;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados;
- Alunos com Síndrome do túnel do carpo devem evitar fazer esse exercício;
ERROS COMUNS:
- Perder o alinhamento inicial;
- Realizar o movimento desalinhando os ombros;
- Hiperextensão lombar;
- Tencionar o trapézio superior;
- Flexionar lateralmente ou rotar a coluna.
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MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Realizar o movimento sem o apoiado dos os joelhos no solo;
- Realizar o movimento com joelhos estendidos e sem contato com o solo.
 
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5. FORTALECIMENTO DE PEITORAL
OBJETIVOS: 
- Estabilização da coluna, estabilização da cintura pélvica e escapular, fortalecimento 
de flexores do ombro, extensores do cotovelo e rotadores superiores da escápula. 
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Ajoelhado no Cadilac de costas para a barra móvel do Cadilac, 
segurando as alças com as mãos, os ombros em abduzidos a 90° e cotovelos 
flexionados com a radio-ulnar pronada. Incline o tronco a frente estendendo os 
joelhos.
- Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar 
extensão do cotovelo, flexão horizontal dos ombros e supinação da radio-ulnar até a 
posição neutra, mantendo as mãos na altura dos ombros, e retorne à posição inicial.
DICAS E CUIDADOS:
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
- O aluno não deve perder o alinhamento da coluna;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados;
- O corpo deve estar inclinado para frente e o Powerhouse ativado para manter a 
estabilidade da coluna.
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ERROS COMUNS:
- Perder o alinhamento inicial;
- Realizar o movimento elevando os ombros;
- Movimentar o quadril.
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Realizar o movimento sentado sobre uma caixa;
- Diminuir a amplitude de movimento.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Realizar o movimento em pé sobre o Cadilac;
 
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6. MOBILIDADE DE CINTURA 
ESCAPULAR
OBJETIVOS: 
- Estabilização da cintura pélvica, fortalecimento dos adutores da escápula, 
extensores horizontais do ombro, flexores do cotovelo, rotadores da coluna e 
alongamento dos flexores horizontais do ombro contralateral.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: em pé do lado de fora do Cadilac de frente para as molas. Mantenha 
os joelhos semi-flexionados e os membros superiores com cotovelos estendidos e 
ombros flexionados a 90° segurando as alças com as mãos.
 - Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar a 
rotação da coluna associada à flexão do cotovelo e extensão horizontal do ombro. 
O outro membro superior realizara a flexão horizontal e será tracionado pela mola, 
o que facilitará a rotação do tronco. Retorne à posição inicial, e realizar o movimento 
para o outro lado.
74Aline Cristina Longhini Alberti
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DICAS E CUIDADOS:
- A mola não deve ser nem muito e nem pouco resistente, devendo haver um 
equilibrio;
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados;
- O aluno deve deixar a mola tracioná-lo.
ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros;
- Elevar os ombros.
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento.
 
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7. MOVIMENTO DE RELÓGIO
OBJETIVOS: 
- Mobilização e alongamento do complexo do ombro, flexores laterais da coluna 
com ênfase nos flexores horizontais dos ombros.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: em pé do lado de fora do Cadilac de costas para as molas, segure 
as alças com as mãos. Mantenha os joelhos semi-flexionados e ombros abduzidos 
em extensão horizontal.- Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar 
uma flexão lateral da coluna. Retorne à posição inicial e realize o movimento para o 
outro lado.
76Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
DICAS E CUIDADOS:
- A mola não deve ser nem muito e nem pouco resistente, devendo haver um 
equilibrio;
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados.
ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros;
- Elevar os ombros.
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Realizar o movimento com um membro inferior com quadril fletido e joelho 
flexionado à frente e o outro membro inferior atrás com quadril e joelho estendidos 
na posição do “afundo”;
- Realizar movimento simultâneo com o membro inferior contralateral ao lado da 
inclinação. 
 
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8. SOCO NO CADILAC
OBJETIVOS: 
- Fortalecimento dos extensores do cotovelo e flexores do ombro.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Em pé do lado de fora do Cadilac de costas para as molas, segure 
78Aline Cristina Longhini Alberti
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as alças com as mãos. Posicione um membro inferior à frente com quadril e joelho 
fletidos. O outro membro inferior deve estar atrás com quadril e joelho estendidos, 
na posição do “afundo”. 
 - Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar a 
flexão do ombro e extensão de um cotovelo, dando um “soco” para frente, na altura 
do ombro. Retorne à posição inicial e realize o movimento alternadamente.
DICAS E CUIDADOS:
- A mola não deve ser nem muito e nem pouco resistênte, devendo haver um 
equilibrio;
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados; 
- O tronco deve estar inclinado com leve flexão do quadril.
ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros;
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
- MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Realizar o movimento bilateralmente com a mesma sobrecarga;
- Realizar o movimento com quadril e joelhos neutros mantendo o apoio dos pés 
em flexão plantar.
 
79Aline Cristina Longhini Alberti
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9. CRUCIFIXO NO CADILAC
OBJETIVOS: 
- Fortalecimento dos flexores horizontais dos ombros e extensores do cotovelo.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Em pé do lado de fora do Cadillac de costas para as molas segurando 
as alças com as mãos. Mantenha os ombros abduzidos e cotovelos flexionados a 
90 graus. Flexione levemente os quadris mantendo a ativação do powerhouse e 
escápulas organizadas. 
 - Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar a 
flexão horizontal dos ombros associada a extensão dos cotovelos, unindo as mãos. 
Após retorne à posição inicial.
DICAS E CUIDADOS:
- A mola não deve ser nem muito e nem pouco resistênte, devendo haver um 
equilibrio;
80Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados; 
- O tronco deve estar inclinado levemente para frente a partir de uma flexão do 
quadril.
ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros;
- Tensionar os elevadores da escápula. 
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
- Realizar o exercício com o quadril de um dos membro inferiores fletido à frente 
e o outro estendido atrás.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Realizar o movimento em flexão plantar ou com apoio unipodal.
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10. TRÍCEPS
OBJETIVOS: 
- Fortalecimento dos extensores do cotovelo e estabilizadores da coluna e ombros.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: De joelhos sobre o Cadilac de frente para a barra torre fixa às molas. 
Segurando a barra torre com as mãos na largura dos ombros, incline levemente o 
tronco à frente estendendo um pouco os joelhos. 
 - Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar a 
extensão dos cotovelos e retorne à posição inicial.
DICAS E CUIDADOS:
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados; 
ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros;
- Tencionar os elevadores da escápula.
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MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Realizar o movimento unilateral.
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11. ESTABILIZAÇÃO ESCAPULAR 
OBJETIVOS: 
- Fortalecimento dos músculos estabilizadores da cintura escapular, extensores do 
cotovelo e flexores do ombro.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Em seis apoios no Cadilac de frente para a barra torre. Segure a 
barra torre com uma das mãos, mantendo este ombro e cotovelo fletidos. Os joelhos 
devem estar alinhados com o quadril e a mão de apoio alinhada com o ombro.
- Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar o 
movimento de extensão do cotovelo com flexão total do ombro sem desestabilizar 
a escápula, empurrando a barra para frente. Retorne à posição inicial.
DICAS E CUIDADOS:
- A mola não deve ser nem muito e nem pouco resistente, devendo haver um 
equilibrio;
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados.
84Aline Cristina Longhini Alberti
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ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros;
- Tencionar os elevadores da escápula.
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Realizar o movimento com apoio unilateral do membro inferior.
85Aline Cristina Longhini Alberti
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12. MOBILIZAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO 
ESCAPULAR
OBJETIVOS: 
- Estabilização e mobilização da cintura escapular. Fortalecer os depressores e 
abdutores da cintura escapular.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Sentado em uma bola do lado de fora do Cadilac de frente para 
a barra torre, com os pés apoiados no solo e joelhos fl exionados a 90° alinhados 
com o quadril. Segure a barra torre com uma das mãos mantenho o ombro fl etido e 
cotovelo estendido. 
- Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração abduzir a 
escápula empurrando a barra para a frente realizando uma leve rotação da coluna. 
Inspirar, e retornar o movimento durante a expiração.
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PILATES NAS patologias do ombro
DICAS E CUIDADOS:
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros;
- Tencionar os elevadores da escápula.
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
- Diminuir a resistência da mola.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Realizar o movimento com apoio unilateral do membro inferior
 
87Aline Cristina Longhini Alberti
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13. MOBILIZAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO 
ESCAPULAR
OBJETIVOS: 
- Estabilização e mobilização da cintura escapular. Fortalecimento dos rotadores 
inferiores e depressores da escápula e extensores do cotovelo.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Sentado em uma bola do lado de fora do Cadilac de frente para 
a barra torre, com os pés apoiados no solo e joelhos flexionados a 90° no alinhados 
com o quadril. Segure a barra torre com as mãos, mantendo ombros fletidos ecotovelos estendidos. 
88Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
- Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e expirar flexionando 
o cotovelo, após, estenda os cotovelos e flexione ainda mais os ombros. Inspirar, 
e retornar o movimento na expiração, atentando aos movimentos de depressão e 
rotação inferior da escápula.
DICAS E CUIDADOS:
- A mola não deve ser nem muito e nem pouco resistênte, devendo haver um 
equilibrio;
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros.
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
- Diminuir a resistência da mola.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Realizar o movimento com apoio unipodal.
 
89Aline Cristina Longhini Alberti
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14. MOBILIZAÇÃO E ESTABILIZAÇÃO 
ESCAPULAR
OBJETIVOS: 
- Estabilização e mobilização da cintura escapular. Fortalecimento dos extensores 
do cotovelo e alongamento dos flexores do ombro.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Sentado sobre a caixa em cima do cadillac com os joelhos 
flexionados e alinhados com o quadril, de costas para a barra torre. Segure a barra 
com as mãos mantendo os ombros hiperestendidos, cotovelos fletidos e radio-ulnar 
supinada. 
- Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e expirar estendendo 
os cotovelos contra a resistência das molas. O professor deve ajudar o aluno a se 
posicionar no início do exercício e ajudá-lo a sair do equipamento.
DICAS E CUIDADOS:
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados.
90Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros.
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
- Diminuir a resistência da mola.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Aumentar a resistência das molas.
 
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15. HUNGING PULL UPS 
OBJETIVOS: 
- Estabilização e mobilização da cintura escapular, coluna vertebral e cintura 
pélvica. Fortalecimento dos extensores do quadril e coluna e dos adutores da cintura 
escapular. Alongar a cadeia anterior e posterior alternadamente.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Segurando nas barras horizontais do Cadilac com as mãos, 
mantenha os cotovelos estendidos e escápulas em posição neutra. Os membros 
inferiores devem estar suspensos pelas alças Fuzy tendo os joelhos em extensão e o 
quadril flexionado.
 - Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar o 
movimento de extensão do quadril associado à extensão e hiperextensão da coluna. 
O professor deve ajudar o aluno a se posicionar no inicio do exercício e ajudá-lo a 
sair do equipamento. Retornar à posição inicial.
DICAS E CUIDADOS:
- A coluna torácica deve realizar a maior amplitude de extensão para não 
sobrecarregar a coluna lombar;
92Aline Cristina Longhini Alberti
PILATES NAS patologias do ombro
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados.
ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros;
-Flexionar os cotovelos durante o movimento.
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
- O instrutor ajudar o aluno dando suporte para o quadril.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Após a extensão do quadril interrompa o exercício, permanecendo em isometria. 
Então, flexione e estenda os cotovelos.
 
93Aline Cristina Longhini Alberti
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16. SWAN
OBJETIVOS: 
- Estabilização da cintura escapular e da coluna vertebral. Fortalecimento dos 
extensores da coluna e dos ombros. Alongamento dos flexores da coluna.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Em decúbito ventral sobre o Cadillac, segure a barra torre com as 
mãos mantendo os cotovelos fletido próximos ao corpo. 
- Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar o 
movimento de extensão da coluna vertebral e cotovelos empurrando a barra torre 
para baixo ativando os extensores do ombro. Retornar à posição inicial.
DICAS E CUIDADOS:
- A maior amplitude de extensão da coluna deve ser realizada pela coluna torácica, 
para não sobrecarregar a lombar;
- Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
94Aline Cristina Longhini Alberti
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- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados.
ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros;
-Flexionar o cotovelo durante o movimento.
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
- Empurra a barra torre para frente ao invés de empurrá-la para baixo.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Realizar o movimento de extensão de quadril associada com a extensão da 
coluna.
95Aline Cristina Longhini Alberti
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17. BRIDGE
OBJETIVOS: 
- Estabilização da cintura escapular e pélvica. Fortalecimento dos extensores do 
quadril coluna e ombros.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Em decúbito dorsal, segure a barra de madeira com as mãos. 
Mantenha os membros inferiores apoiados na alças do trapézio e os ombros 
flexionados a 90°.
 - Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar 
o a extensão da coluna vertebral e do quadril mobilizando a coluna. Ao mesmo 
tempo, estenda os ombros contra a resistência das molas. Retornar à posição inicial.
DICAS E CUIDADOS:
- Mobilizar a coluna nas duas fases do movimento;
 - Cuidado com a hiperextensão de cotovelo;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados.
96Aline Cristina Longhini Alberti
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ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros;
-Flexionar o cotovelo durante o movimento;
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
- Realizar os movimentos de membros superiores e inferiores separadamente.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Permanecer em isometria na primeira fase do movimento, enquanto isso realize 
movimentos isolados dos membros superiores ou inferiores.
 
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PILATES NAS patologias do ombro
18. ARMS PULL UP AND DOWN
OBJETIVOS: 
- Fortalecimento dos flexores do cotovelo e extensores do ombro.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Sentado com membros inferiores cruzados, tendo joelhos fletidos 
e quadril em rotação externa sobre o Cadilac, de costas para a barra torre. Segure a 
barra torre com as duas mãos, radio-ulnar supinada, cotovelos e ombros flexionados 
aproximadamente a 90°.
 - Movimento: Inspirar preparando-se para o movimento, e na expiração realizar 
a extensão do ombro flexionando o cotovelo, levando a barra na direção do peito. 
Retornar à posição inicial.
DICAS E CUIDADOS:
- A coluna deve estar alinhada e com alongamento axial;
- As escápulas devem estar conectadas para manter os ombros alinhados.
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ERROS COMUNS:
- Realizar o movimento desalinhando os ombros.
MODIFICAÇÃO FACILITADORA:
- Diminuir a amplitude de movimento;
- Diminuir a resistência das molas.
MODIFICAÇÃO DIFICULTADORA:
- Realizar o movimento unilateral;
- Realizar o movimento com os joelhos em extensão.
 
99Aline Cristina Longhini Alberti
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19. ARMS PUSH UP AND DOWN 
(VARIAÇÃO)
OBJETIVOS: 
- Fortalecimento dos flexores do cotovelo, extensores do ombro, flexores da coluna 
e transverso abdominal.
INSTRUÇÕES:
- Posição inicial: Sentado no Cadilac de costas para a barra torre,

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