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Gestão dos ambientes virtuais de aprendizagem

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Gestão dos Ambientes Virtuais 
de Aprendizagens
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Gestão dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens
Autoria: Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Como citar este documento: ALEIXO, Tayra C. N. Gestão dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens. 
Valinhos: 2017.
Sumário
Apresentação da Disciplina 04
Unidade 1: Teorias da aprendizagem e conectivismo 06
Assista a suas aulas 28
Unidade 2: Estudo dos ambientes virtuais 34
Assista a suas aulas 54
Unidade 3: Modalidades de educação mediada pela tecnologia 61
Assista a suas aulas 78
Unidade 4: O ambiente enriquecido com tecnologia versus o ambiente presencial 85
Assista a suas aulas 104
2/217
3/2173
Unidade 5: Aspectos estruturais de alguns AVAs 111
Assista a suas aulas 130
Unidade 6: A aprendizagem colaborativa e outros recursos 138
Assista a suas aulas 157
Unidade 7: A avaliação somativa e formativa em AVAs 165
Assista a suas aulas 184
Unidade 8: Os ambientes virtuais de aprendizagens dentro de uma perspectiva inclusiva 192
Assista a suas aulas 210
Sumário
Gestão dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens
Autoria: Tayra Carolina Nascimento Aleixo
Como citar este documento: ALEIXO, Tayra C. N. Gestão dos Ambientes Virtuais de Aprendizagens. 
Valinhos: 2017.
4/217
Apresentação da Disciplina
A presente disciplina vai tratar, basica-
mente, da gestão dos Ambientes Virtuais 
de Aprendizagens. Para tanto, irá traçar um 
caminho teórico para articular e tencionar 
os pontos nefrálgicos acerca desse tema.
Em primeiro lugar, diferente do termo que a 
maior parte dos autores vem trabalhando, 
a ementa desta disciplina propõe o termo 
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) 
com a palavra “aprendizagem”, no plu-
ral, indicando a forma como a virtualidade 
pode atender e disponibilizar novas formas 
de aprender, extrapolando a linearidade da 
oralidade e da cultura escrita de outrora 
presentes nos suportes educacionais.
Na primeira unidade serão apresentadas as 
principais teorias de aprendizagem. As mais 
antigas serão apresentadas rapidamente, 
enquanto o conectivismo, nova proposição 
teórica para entender a aprendizagem na 
era da internet, receberá maior atenção.
Na segunda unidade, tendo em vista as dif-
erentes formas de aprender, você irá obser-
var a evolução dos ambientes virtuais e co-
laborativos. Também será possível entender 
o que é o Learning Management System (LMS), 
bem como o impacto dele na educação con-
temporânea.
As diferentes modalidades de educação 
mediadas pela tecnologia constarão na 
Unidade 3, em especial, o ensino mediado 
por computador e como essa nova forma 
de aprender impacta a rotina das pessoas e 
também a rotina da escola. Sistemas e am-
5/217
bientes de gerenciamento também estarão 
nesse item.
Já o confronto entre ambientes virtuais e 
presenciais ocorrerá na Unidade 4 e como 
a ideia de “presença” tem sido modificada 
com a internet. Enquanto isso, a unidade 
cinco trará alguns aspectos estruturais de 
Ambientes Virtuais de Aprendizagens pre-
viamente selecionados, como o Moodle, 
Blackboard.
A Unidade 6 reserva o debate sobre a apren-
dizagem colaborativa e como o ambiente 
virtual proporciona a interação liberta das 
amarras de tempo e de espaço. Além dis-
so, traz algumas técnicas educativas para 
acompanhar o processo de ensino-aprendi-
zagem do aluno. Na mesma esteira, a Unida-
de 7 traz as avaliações somativa e formativa 
para compor o quadro iniciado na unidade 
anterior, tencionando as finalidades destas 
na educação esperada para o futuro.
Por fim, a Unidade 4 traz os ambientes vir-
tuais de aprendizagens à luz da perspectiva 
inclusiva. Dentro desse tema, alguns desa-
fios e tendências serão colocados na pau-
ta de discussões para aprofundar o debate 
acerca da função social e política da educa-
ção nos dias atuais.
Bons estudos!
6/217
Unidade 1
Teorias da aprendizagem e conectivismo
Objetivos
1. Reconhecer as mediações presentes 
na construção da realidade.
2. Conhecer as teorias clássicas de 
aprendizagem.
3. Entender a teoria do conectivismo.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo7/217
Introdução
O presente capítulo tem por função apre-
sentar as principais teorias de aprendiza-
gem, articulando-as umas com as outras. 
Vale ressaltar que existem diferentes for-
mas de aprender e algumas delas ainda não 
foram cientificamente estruturadas, tam-
pouco este texto dará conta de apresentar 
todas as demais teorias existentes.
Portanto, haverá uma breve visita às linhas 
teóricas de maior reconhecimento para, 
em seguida, apresentar e tencionar a teo-
ria conhecida como conectivismo. De outro 
modo, como a emergência da internet tem 
influenciado as novas formações e media-
ções do ser humano, especialmente, na po-
sição de aluno.
Não obstante, o conectivismo é identificado 
como uma teoria alternativa para explicar 
o atual contexto, no qual a educação está 
imersa, ou seja, como os alunos de hoje es-
tão apropriando-se das tecnologias da in-
formação e comunicação (TICs) para cons-
truir seu próprio conhecimento.
Em contrapartida, como as escolas vêm en-
carando a apropriação desordenada das 
TICs por parte dos alunos, coordenadores e 
professores. Nesse sentido, a construção da 
realidade passa convidar as TICs e colocá-
-las em um lugar de privilégio. 
A unidade se dividirá em introdução, apre-
sentação das teorias clássicas e apresenta-
ção da teoria do conectivismo. Perpassan-
do todos os tópicos haverá uma perspectiva 
comunicacional, delineando as novas me-
diações, possíveis, hoje.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo8/217
1. Contexto contemporâneo e as 
novas mediações
Desde o começo do século passado, o con-
texto social convive com a presença cada 
vez maior da mídia. Seja através da televi-
são, rádio, internet ou jornal, as pessoas po-
dem e, sim, aprendem com tal disposição de 
informações e de conteúdos audiovisuais.
Nesse sentido, a mídia faz parte da reali-
dade social das pessoas e da construção 
dessa realidade compartilhada. Por exem-
plo, conforme mostraram as pesquisas re-
alizadas pelo pesquisador norte-americano 
George Gerbner na década de 1970, as pes-
soas tendem a acreditar que as produções 
televisivas são reflexo da realidade, ou seja, 
quanto mais expostos a programas e con-
teúdos televisivos associados à criminali-
dade, maior a distorção delas em relação à 
realidade – passam a acreditar em um maior 
envolvimento das pessoas com os crimes, 
seja como vítimas, delegados ou advogados 
(MARTINO, 2013).
A mídia, portanto, compõe o rol de elemen-
tos que constroem a realidade, em especial, 
ela própria pauta conversações públicas e 
casuais. Essa ideia refere-se à hipótese do 
Agenda Setting, proposta na década de 
1970 por Maxwell McCombs e Donald Shaw, 
pesquisadores da Universidade de Austin, 
no Texas (WOLF, 2001).
No entanto, as pessoas não aprendem so-
mente através da mídia. A relação interpes-
soal e das pessoas com a mídia faz com que 
os conteúdos midiáticos sejam constante-
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo9/217
mente ressignificados, ou seja, o convívio social imerso no ambiente midiático permite a circula-
ção pulverizada das informações. Confira o trecho a seguir que faz a ponte entre esses conceitos:
As mediações, por sua vez, são próprias de cada um, variando de pessoa para pessoa, mas tam-
bém vinculadas às estruturas de sentido compartilhadas por uma cultura ou sociedade. História 
pessoal, cultura, relações sociais imediatas e capacidade cognitiva são algumas mediações indi-
viduais que acabam compondo o caminho de decodificação das pessoas na recepção midiática 
ou analógica que, quando partilhadas com os demais, sofrem novas alterações (MARTIN-BAR-
BERO,1997).
Esses sistemas de circulação ampliam, no tempo e no espaço, os proces-
sos de produção de sentidos, que extrapolam, assim, não só os limites das 
representações da mídia, mas também os movimentos restritos da recep-
ção. A recepção passa a ser vista não mais como algo individual, mecânico 
e efêmero, mas como processo que se prolonga no tempo e se difunde 
no contexto sociocultural. A produção de sentidos se dá nas apropriações 
vivenciadas pelos receptores em seu lugar social, em interação com seus 
pares, marcada por experiências de interpretação, balizada por mediações 
socioculturais (BARROS, 2012, p. 80). 
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo10/217
Link
Mediações & Midiatização é um livro que reúne 
textos que trazem algumas definições acerca de 
termos como mediação, midiatização, medium e 
mídia ou meios. Os textos contribuem para me-
lhor entendimento acerca dos fenômenos atuais 
vinculados à internet e como suas consequências 
reverberam na vida real. Acessem o livro atra-
vés do link: <https://static.scielo.org/scielo-
books/k64dr/pdf/mattos-9788523212056.
pdf> Acesso em: 29 out. 2017.
Para saber mais
Jesus Martin-Barbero é um dos maiores pensado-
res atuais da América Latina. Seu livro Dos meios 
às mediações (1997) causou grande impacto nos 
estudos de comunicação, revelando-se como al-
ternativa à perspectiva linear que dominava o 
pensamento científico da área até as décadas de 
1960 e 1970. Tal perspectiva linear diz respeito ao 
paradigma emissor-receptor, no qual o poder de 
produção concentra-se nas mãos de pequenos 
grupos da mídia, ao passo que o receptor recebe 
tal conteúdo de maneira passiva.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo11/217
Ao longo do tempo, vários autores e teorias 
tentaram dar conta de explicar esse proces-
so de aprendizagem das pessoas. Algumas 
grandes vertentes podem ser, hoje, identi-
ficadas como as de maior influência no de-
correr do desenvolvimento dessa área do 
saber.
No próximo item algumas teorias serão re-
lembradas para, subsequentemente, a teo-
ria do conectivismo ser apresentada como 
uma alternativa para explicar os processos 
de aprendizagem observados, hoje, na pre-
sença das redes interconectadas. 
Para saber mais
Teoria refere-se à tentativa do homem de siste-
matizar uma área do conhecimento, cientifican-
do-a. Seria propriamente uma forma de enxergar, 
explicar e propor soluções para as questões que 
emergem desta área em si. Por outro lado, apren-
dizagem diz respeito ao processo de construção 
cognitiva dos seres humanos. Juntando os dois 
termos, nas palavras de Marco Antonio Morei-
ra (1999, p. 12), “uma teoria da aprendizagem é, 
então, uma construção humana para interpretar 
sistematicamente a área de conhecimento que 
chamamos de aprendizagem. Representa o ponto 
de vista de um autor/pesquisador sobre como in-
terpretar o tema aprendizagem, quais as varian-
tes independentes, dependentes e intervenien-
tes. Tenta explicar o que é aprendizagem e porque 
funciona como funciona”.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo12/217
2.1 As teorias da aprendizagem: 
o comportamentalismo
A primeira grande teoria que surge para 
propor uma compreensão acerca da apren-
dizagem foi o behaviorismo. Essa forma de 
pensar a aprendizagem privilegiava a obser-
vação da relação entre estímulo-resposta. 
Em outras palavras, dadas as circunstâncias 
específicas, o agente apresenta respostas 
conforme os estímulos incutidos a ele (MO-
REIRA, 1999).
De outro modo, os autores partiam da ob-
servação “superficial” do comportamento, 
ou seja, leva em consideração apenas a par-
te observável do comportamento, por isso 
essa linha de pensamento também é conhe-
cida como comportamentalismo. A consci-
ência e universo das ideias configuraria um 
grande terreno inalcançável, portanto, ne-
gligenciavam sua análise e, até mesmo, a 
consideração de sua existência.
Watson, Guthrie, Thorndike e Hull são al-
guns dos expoentes dessa vertente teórica. 
Em diferentes épocas, esses cientistas tes-
taram a relação estímulo-resposta, inclu-
sive em animais, reforçando o pensamento 
behaviorista (MOREIRA, 1999).
Essa forma de entender o aprendizado mar-
cou uma época inteira e mais especifica-
mente, sob diferentes concepções, todo o 
século XX, iniciando na última década do sé-
culo XIX. Algumas ainda perduram até hoje 
como fundamentos de novas perspectivas 
ou como parte dos currículos de alguns cur-
sos superiores.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo13/217
 
Ainda no terreno behaviorista, um dos gran-
des nomes é o do autor e psicólogo norte-a-
mericano Burrhus Frederic Skinner. Sua teo-
ria atualizou a antiga perspectiva behavio-
rista mas, daquela vez, além do comporta-
mentalismo presente na relação estímulo-
-resposta, traz também o condicionamen-
to como fator de aprendizagem, ou seja, o 
autor estaria preocupado com elementos 
intermediários do comportamento obser-
vável, nomeando-os como os condiciona-
mentos operante e respondente (SKINNER, 
1972).
Em outras palavras, o processo de aprendi-
zagem estaria relacionado às consequên-
cias do comportamento (MOREIRA, 1999). 
Em sua visão, Skinner prevê as consequên-
cias de escolhas e essas consequências po-
dem pautar novas escolhas, servindo como 
uma espécie de processo de retroalimenta-
ção que pode servir para reforçar ou deses-
timular comportamentos através do condi-
cionamento.
Para saber mais
A teoria behaviorista foi amplamente aclamada 
na época de sua concepção. Cartilhas sobre como 
criar os filhos eram distribuídas para a população, 
sugerindo que os deixassem chorando no berço 
até que parassem por si só pois, caso estimulasse 
a cessação do choro com o colo, por exemplo, a 
criança iria aprender que, chorando, conseguiria 
o que quer, no caso, o colo (MONTAGU, 1988).
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo14/217
2.2 As teorias da aprendizagem: 
o cognitivismo
Existem, ao menos, três tipos de aprendiza-
gens: afetiva, cognitiva e psicomotora. As 
teorias de aprendizagem problematizam, 
em larga medida, a aprendizagem cognitiva, 
pois ela serve como base mesmo para o de-
senvolvimento das outras duas (MOREIRA, 
1999). Desse modo, a maior parte dos estu-
dos que se debruçaram sobre o processo de 
aprendizagem focaram na esfera cognitiva 
da questão.
Para saber mais
“A aprendizagem afetiva resulta de sinais internos 
ao indivíduo e pode ser identificada com experi-
ências tais com prazer e dor, satisfação ou des-
contentamento, alegria ou ansiedade. Algumas 
experiências afetivas acompanham as experiên-
cias cognitivas. Portanto, a aprendizagem afetiva 
é concomitante com a cognitiva. A aprendizagem 
psicomotora envolve respostas musculares ad-
quiridas por meio de treino e prática, mas algu-
ma aprendizagem cognitiva é geralmente impor-
tante na aquisição de habilidades psicomotoras” 
(MOREIRA, 1999, p. 152).
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo15/217
A aprendizagem cognitiva foca nas estrutu-
ras cognitivas: condicionamento, resolução 
de novas situações, construção de novos 
significados, aquisição de informações para 
compor repertório cognitivo, dentre outros 
elementos (MOREIRA, 1999). 
O processo de aprendizagem estaria, por-
tanto, diretamente associado à construção 
do saber através de novas experiências e re-
lacionamento entre anteriores e novos co-
nhecimentos.
Apesar de também desconsiderar o âmbito 
das ideias e da consciência, o cognitivismo 
surge como uma alternativa ao pensamen-
to behaviorista. Essa linha de pensamento 
sugere a construção da esfera cognitiva do 
ser humano através de modelos mentais 
sustentados por, como propôs outro psi-
cólogo estadunidense DavidPaul Ausubel, 
subsunçores - estruturas de conhecimento 
específicos (MOREIRA, 1999).
A máxima dessa vertente teórica é a cons-
trução do conhecimento. Esquemas e sig-
nos também são levados em conta nesse 
processo e são, de forma clara, vinculados 
aos construtos cognitivos de cada indivíduo 
(MOREIRA, 1999).
Alguns dos expoentes dessa linha de pensa-
mento, são: Piaget, Vygotsky, Johnson-Laird 
e Ausubel (MOREIRA, 1999). Vale ressaltar 
que, assim como em todas as outras áreas 
da ciência, as novas teorizações convidam 
as anteriores para compor sua argumen-
tação, seja para reforçar um ponto de vista 
ou, então, refutar a compreensão anterior 
apontando suas lacunas.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo16/217
2.3 As teorias da aprendizagem: 
o humanismo
Por fim, o humanismo surge para dar ênfase 
à pessoa humana. O autor mais conhecido 
dessa área chama-se Carl R. Rogers, tam-
bém psicólogo estadunidense.
As ideias básicas do humanismo na edu-
cação giram em torno da liberdade para 
aprender, focando na proposta do ensino 
centrado no aluno (MOREIRA, 1999), e não 
mais na figura transmissionista do profes-
sor. 
Pensamentos, sentimentos e ações são es-
feras indissociáveis da vida humana, dessa 
forma, o indivíduo deve ser compreendido 
e respeitado em sua integralidade. A visão 
humanista possui, enquanto foco, o cresci-
mento pessoal das pessoas.
Talvez por ser a mais recente (os textos in-
trodutórios datam do início deste século), 
essa seja a perspectiva que melhor sustenta 
as demandas individuais na era digital, bem 
como contribui para explicar os fenômenos 
colaborativos na rede, tópico de próximas 
Link
Resenha do livro de Carl R. Rogers “Liberdade para 
Aprender”: <http://www.revistas.usp.br/reaa/
article/view/45615> Acesso em: 29 out. 2017.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo17/217
unidades da disciplina. Por isso, alguns princípios humanistas ou cognitivistas serão resgatados 
mais tarde e aprofundados para sanar demandas do debate travado na disciplina propriamente 
dita.
3. O conectivismo
O conectivismo propõe uma teoria de aprendizagem voltada à era digital. Seu pressuposto bási-
co, como o próprio nome sugere, é a conectividade entre os agentes envolvidos no processo de 
aprendizagem.
Esses agentes são, propriamente, os “nós” especializados ou fontes de informações, conforme 
esclarece Siemens (2006, p. 29):
A aprendizagem é o processo de criação de redes. “Nós” são entidades externas 
que podem ser usados para formar uma rede. Ou “nós” podem ser pessoas, or-
ganizações, bibliotecas, sites, livros, jornais, banco de dados, ou qualquer outra 
fonte de informação. O ato de aprender (as coisas se tornam um pouco compli-
cado aqui) é um de criação de uma rede externa de nós, onde nos conectamos 
e formar informações e fontes de conhecimento.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo18/217
Essa interconexão entre pessoas fomenta 
a aprendizagem, afastando a memorização 
mecânica de outrora. Dessa forma, experi-
ências, informação e tecnologia transitam 
como fontes de aprendizagem para o ser 
humano na era digital.
Essa perspectiva promove a associação de 
ideias, noção alinhada com as formas pe-
las quais apreendemos um conteúdo. Por 
exemplo, se você não incorporar ou relacio-
nar com outros conhecimentos, o capítulo 
do livro que você está lendo para a faculda-
de, muito provavelmente, será deletado da 
sua memória horas depois. 
Outro ponto importante é o foco. Após ob-
servar um grupo focal de alunos de publi-
cidade da Universidade de Tiradentes, os 
pesquisadores Linhares e Chagas (2015) 
puderam notar que a organização de gru-
pos fechados no Facebook para fins aca-
dêmicos auxiliava os discentes na hora de 
focar e desenvolver o trabalho proposto, re-
conhecendo aquele espaço como legítimo 
da aprendizagem colaborativa.
Sobre a teoria do conectivismo, sua funda-
mentação está sustentada por alguns prin-
cípios, alguns deles deverão compor algu-
mas das próximas unidades, aprofundan-
do-os na medida que for conveniente. Se-
gundo Siemens (2005), esses princípios são:
1. A diversidade de opiniões sustenta a 
aprendizagem e o conhecimento.
2. A aprendizagem dá-se através da co-
nexão a nós especializados e fontes 
de informação.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo19/217
3. Dispositivos não-humanos podem ser 
fontes de aprendizagem.
4. A capacidade de adquirir novas apren-
dizagens é diretamente proporcional 
à postura crítica.
5. Conexões devem ser feitas e mantidas 
para sustentar o processo de aprendi-
zagem. Essas conexões servem para 
orientar o consumo de informações 
das pessoas.
6. Localizar interligações entre áreas 
do conhecimento, ideias e conceitos 
é fundamental para o processo de 
aprendizagem.
7. Atualizar o conhecimento é primor-
dial, uma vez que este não é estático.
 
Princípios como os de número 1, 2 e 5 justi-
ficam a crescente colaboração vista na rede. 
Ainda, segundo a pesquisa empírica tra-
vada por Linhares e Chagas (2015), alunos 
enxergam a transição entre o online como 
complemento para encontros presenciais 
sendo, propriamente, esse complemento 
ao processo de ensino e aprendizagem, ou 
seja, segundo a pesquisa em questão, hoje é 
Link
Para conhecer um pouco mais sobre a teoria do 
conectivismo, assista ao vídeo “Overview of con-
nectivism” do Dr. George Siemens: <https://ed.
ted.com/on/AOHfIbxQ> É possível habilitar a 
tradução automática no canto direito do vídeo. 
Acesso em: 29 out. 2017.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo20/217
mais comum as pessoas organizarem-se na 
internet, em grupos, para executar traba-
lhos comuns do que se encontrar, presen-
cialmente, na casa de algum colega.
No entanto, a face colaborativa da rede so-
cial na internet transcende a mera execução 
de trabalhos acadêmicos. Segundo Marte-
leto (2001, p. 72), a rede social representa 
“um conjunto de participantes autônomos, 
unindo ideias e recursos em torno de valo-
res e interesses compartilhados”.
É nesse sentido que Manuel Castells (2013) 
demonstra o potencial de organização da 
internet para fins de movimentos sociais 
em seu livro Redes de indignação e esperança: 
movimentos sociais na era da internet. Como 
exemplo desse potencial de organização 
social através da internet, o manifesto dos 
Indignados da Espanha traz a possibilidade 
das pessoas serem porta-vozes delas mes-
mas, deixando jornalistas e veículos de in-
formação tradicionais sem a possibilidade 
de apontar e conversar com os líderes do 
movimento.
A possibilidade de posicionar-se através da 
internet, fomenta uma diversidade de opi-
niões jamais vista noutros meios de comu-
nicação e, justamente, essa abertura dialó-
gica, presente e possível na mídia social em 
questão, fomenta a busca por novas infor-
mações e constante atualização do conhe-
cimento e revela, nitidamente, as diversas 
formas de aprender existentes.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo21/217
Glossário
Behaviorismo (ou comportamentalismo): resgata a teoria de aprendizagem baseada em com-
portamentos observáveis.
Cognição: conhecimento, estrutura cognitiva da mente humana.
Pulverizadas: espalhadas em pequenas porções; polvilhadas.
Agenda Setting: hipótese na qual prevê que a agenda pública seja pautada na agenda midiática.
Questão
reflexão
?
para
22/217
Se a história pessoal interfere na forma da pessoa ver 
e entender o mundo, tal mediação deve ser levada em 
consideração pela figura do professor. Como você acre-
dita que essa estrutura cognitiva pode interferir, posi-
tivamente, para a construção do conhecimento através 
da aprendizagem formal?
23/217
Considerações Finais
• As teorias de aprendizagem podem ser divididasem comportamentalismo 
(foco no comportamento), cognitivismo (foco na cognição) e humanismo 
(foco na pessoa).
• O conectivismo surge para tentar explicar os processos de aprendizagem na 
era digital.
• As mediações fazem parte do processo de aprendizagem das pessoas e de-
vem, juntamente à mídia, serem consideradas no ensino.
• Alguns princípios do conectivismo resgatam a noção de comunidade, pro-
movendo a colaboração no ambiente virtual.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo24/217
Referências
ARAÚJO, Isabel Maria Torres Magalhães Vieira de. Será possível dissociar o conectivismo do 
contexto do ensino superior actualmente? Indagatio Didactia, vol. 2(2), dez. 2010, pp. 104-
118.
BARROS, Laan Mendes. Recepção, mediação e midiatização: conexões entre teorias europeias 
e latino-americanas. IN: JANOTTI JUNIOR, Jeder; MATTOS, Maria Ângela; JACKS, Nilda (Orgs). Me-
diação & Midiatização. Salvador: EDUFBA; Brasília: Compós, 2012.
CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. 
Rio de Janeiro: Zahar, 2013.
DOWNES, S. An introduction to connective knowledge. Disponível em: <http: //www. downes.
ca/cgi-bin/page.cgi?post=33034>. Acesso em 16 out. 2009.
DOWNES, S. (2007). What Connectivism Is. Disponível em <http://www.downes.ca/post/38653>. 
Acesso em 12 abr. 2014.
DOWNES, S. Connectivism and its Critics: What Connectivism Is Not . Disponível em http://www.
downes.ca/post/53657. Acesso em: 28 dez. 2014.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo25/217
Referências
LINHARES, Ronaldo Nunes; CHAGAS, Alexandre Meneses. Conectivismo e aprendizagem cola-
borativa em rede: o facebook no ensino superior. Revista Lusófona de Educação, 29, 2015, pp. 
71-87.
MARTELETO, Regina Maria. Análise de redes sociais – aplicação nos estudos de transferência da 
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MARTÍN-BARBERO, J. Dos meios às mediações: comunicação, cultura e hegemonia. Rio de Ja-
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MARTINO, Luís M. de Sá. Teoria da Comunicação: ideias, conceitos e métodos. Petrópolis, RJ: 
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MONTAGU, Ashley. Tocar: o significado humano da pele. São Paulo: Summus, 1988.
MOREIRA, Marco Antonio. Teorias de aprendizagem. São Paulo: EPU, 1999.
SIEMENS, G. Learning Ecology, Communities, and Networks Extending the classroom. Dispo-
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2014.
Unidade 1 • Teorias da aprendizagem e conectivismo26/217
Referências
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CASTELLS, M. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da internet. Rio de 
Janeiro: Zahar, 2013.
27/217
Assista a suas aulas
Aula 1 - Tema: Teorias da Aprendizagem e Co-
nectivismo. Bloco I
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
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Aula 1 - Tema: Teorias da Aprendizagem e Conec-
tivismo. Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
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653d8a354143e7943338eb892fdc0ea3>.
28/217
1. Qual a teoria de aprendizagem também conhecida por comportamenta-
lismo?
a) Behaviorista.
b) Construtivista.
c) Congestionista.
d) Conectivista.
e) Direitista.
Questão 1
29/217
2. Qual a teoria de aprendizagem que focaliza a estrutura de conhecimen-
to do ser humano?
a) Conhecentista.
b) Behaviorista.
c) Cognitivista.
d) Conectivista.
e) Conhecista.
Questão 2
30/217
3. Qual a teoria de aprendizagem que focaliza na pessoa?
a) Behaviorista.
b) Pessoísta.
c) Individualista.
d) Renascentista.
e) Humanista.
Questão 3
31/217
4. Propriamente, as mediações são:
a) Formas de entender o mundo.
b) Meios de comunicação.
c) Médias das avaliações somativas.
d) Revelações humanistas.
e) Parte do processo de leitura.
Questão 4
32/217
5. O conectivismo surge como uma teoria alternativa para explicar o pro-
cesso de aprendizagem na era digital. Nesse sentido, assinale a alternativa 
que não condiz com um dos princípios desta teoria:
a) A diversidade de opiniões sustenta a aprendizagem e o conhecimento.
b) Conexões devem ser feitas e mantidas para sustentar o processo de aprendizagem.
c) Atualizar o conhecimento é primordial, uma vez que este não é estático.
d) A capacidade de adquirir novas aprendizagens é inversamente proporcional à postura críti-
ca.
e) Dispositivos não-humanos podem ser fontes de aprendizagem.
Questão 5
33/217
Gabarito
1. Resposta: A.
O behaviorismo refere-se ao comporta-
mentalismo, ou seja, aos estudos voltados 
à observação dos comportamentos no pro-
cesso de aprendizagem.
2. Resposta: C.
A palavra “cognição” pode ser entendida 
como sinônimo de “conhecimento”. O cog-
nitivismo refere-se aos estudos que foca-
lizavam as estruturas cognitivas dos seres 
humanos no processo de aprendizagem.
3. Resposta: E.
O humanismo reconhece esferas humanas 
até então negligenciadas pelas teorias de 
aprendizagem. A pessoa, nessa perspectiva, 
configura o ponto de partida para entender 
o processo de aprendizagem.
4. Resposta: A.
Mediações são formas variadas de decodi-
ficar o mundo para além dos processos de 
recepção, ou seja, de entender e de compre-
ender a realidade vivida.
5. Resposta: D.
A capacidade de adquirir novas aprendiza-
gens é diretamente proporcional à postura 
crítica. Em outras palavras, quanto maior a 
capacidade de aprender novas coisas, maior 
será a sua postura crítica frente às novas si-
tuações.
34/217
Unidade 2
Estudo dos ambientes virtuais
Objetivos
1. Estudar a evolução dos ambientes 
virtuais, segundo disposição de tec-
nologias em diferentes épocas.
2. Identificar o significado da expressão 
Learning Management Systems (LMS).
3. Tencionar a transição do ambiente 
centrado no professor para o am-
biente centrado no aluno.
4. Localizar o âmbito colaborativo dos 
ambientes virtuais, bem como dar 
apontamentos para o futuro da edu-
cação a partir dessa nova reorgani-
zação social.
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais35/217
Introdução
Esta unidade propõe estudar os ambientes 
virtuais. Mediante às diferentes técnicas 
existentes em cada época, como esses es-
paços têm evoluído e proposto novas for-
mas de organização social e colaborativa.
Nesse sentido, como os novos caminhos do 
aprendizado têm agendado desafios aos Le-
arning Management System. De outro modo, 
como a gestão da educação tem apropria-
do-se da tecnologia para atender a um pú-
blico cada vez mais conectado e autônomo.
Esse novo pensar virtual, e não humano, 
tem sido interpretado de duas diferentes 
formas: pelos olhos dos tecnófilos e pelos 
olhos dos tecnófobos (RUDIGER, 2013), ou 
seja, pode ser tanto visto com otimismo, 
como também através de lentes pessimis-
tas.
De qualquer forma, esse ambiente virtual 
promove a auto formação, sustentada pela 
necessidade e curiosidade dos alunos, afas-
tando-os da perspectiva de meros reposi-
tórios de informação (FREIRE, 1967) e loca-
lizando-os em comunidades cada vez mais 
integradas e colaborativas.Tanto por isso, o tem 2.1 traz aspectos da 
transição que ocorre hoje na educação: o 
aluno como centro do processo de apren-
dizagem tanto no ensino informal, como 
também o necessário reconhecimento da 
instituição escolar acerca desse fato.
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais36/217
1. Os ambientes virtuais de aprendizagens
A literatura acadêmica enxerga uma bifurcação entre os ambientes virtuais e os ambientes vi-
venciados concretamente. Enquanto os primeiros são próprios de uma realidade outra que não a 
vida real, os ambientes “reais” exigem a presença física da pessoa humana (KENSKI, 2007).
Acerca dos ambientes virtuais voltados para aprendizagem, Almeida (2003, p. 331; grifo da au-
tora) define:
São sistemas computacionais disponíveis na internet, destinados ao suporte 
de atividades mediadas pelas tecnologias de informação e comunicação. Per-
mitem integrar múltiplas mídias, linguagens e recursos, apresentar informa-
ções de maneira organizada, desenvolver interações entre pessoas e objetos 
de conhecimento, elaborar e socializar produções, tendo em vista atingir de-
terminados objetivos. As atividades se desenvolvem no tempo, ritmo de tra-
balho e espaço em que cada participante se localiza, de acordo com uma in-
tencionalidade explícita e um planejamento prévio denominado design educa-
cional, o qual constitui a espinha dorsal das atividades a realizar, sendo revisto 
e reelaborado continuamente no andamento da atividade.
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais37/217
Se levado em consideração o significado 
do termo “virtual”, tal ideia pode abranger 
muito mais que o medium (caminho para o 
fluxo informacional) da internet e, até mes-
mo, preceder o surgimento dessa ambiência 
digital. Segundo Pierre Levy (2001), o virtual 
refere-se a uma potencialidade, algo possí-
vel de ser atualizado e realizado.
Dessa forma, o virtual sempre existiu. O co-
nhecimento sempre esteve presente, vir-
tualmente, em livros e artigos de jornais 
impressos, por exemplo. A internet traz, de 
maneira mais ampla, e como jamais vista 
em outros meios, a virtualidade da educa-
ção através de uma nova ambiência: a vir-
tual.
No entanto, o que vem sendo entendido 
como “ambiente” virtual diz respeito ao es-
paço mediado por tecnologias. Posto de ou-
tra forma, cursos a distância realizados atra-
vés da televisão (ou telecursos), por exem-
plo, podem ser entendidos como ambientes 
virtuais de aprendizagens, mas a interação 
entre os estudantes e professores era muito 
burocrática ou até mesmo inexistente, con-
forme já denunciava Paulo Freire na segun-
da metade do século passado (1967).
Para saber mais
Os telecursos ainda existem e atendem a um pú-
blico específico, oferecendo escolaridade básica 
a pessoas com defasagem idade-ano, a jovens e 
adultos e como alternativa para pessoas que mo-
ram em municípios ou comunidades distantes 
dos centros urbanos. Confira os cursos do Globo: 
<http://educacao.globo.com/telecurso/in-
dex-2.html> Acesso em: 30 out. 2017.
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais38/217
O que surge de novo na internet, e que tal-
vez não esteja ainda muito bem alinhado, 
seria a interação síncrona entre professores 
e alunos. Em outras palavras, interações si-
multâneas entre esses agentes do processo 
educacional.
As interações síncronas e assíncronas são 
vistas nas plataformas que sustentam os 
cursos que subsidiam a aprendizagem na 
internet. A chamada plataforma e-learning 
conta com um Sistema de Gestão da Apren-
dizagem (do inglês, Learning Management 
System ou, simplesmente, LMS).
Essa nova plataforma ainda apresenta inú-
meros desafios para a gestão, demonstran-
do a enorme responsabilidade que possuem 
os dirigentes das escolas ou mesmo pessoas 
– professores ou profissionais da área – que 
se dispõem a ensinar algum conteúdo atra-
vés das novas tecnologias da informação e 
da comunicação.
Existem, hoje, tanto plataformas e-learning 
públicas quanto privadas (KENSKI, 2007). 
Uma pessoa, interessada em conhecer os 
desafios da agricultura para o século XXI, 
por exemplo, pode cursar um dos inúmeros 
cursos disponíveis na plataforma Edx que 
reúne grandes universidades internacional-
mente reconhecidas, como Harvard, Berke-
ley e o MIT (Massachusetts Institute of Te-
chnology).
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais39/217
Perceba que o livre acesso a conteúdos de 
qualidade demonstra que barreiras indivi-
duais podem ser maiores do que barreiras de 
poder no ensino formal (escolha das grades 
de disciplinas dos cursos, seleção de conte-
údos mais relevantes para o professor en-
quanto indivíduo, e assim por diante). Além 
disso, os ambientes virtuais ainda são enca-
Link
Com a missão de garantir o acesso a conteúdos 
educativos de qualidade, a plataforma Edx dis-
ponibiliza diversos cursos, de várias áreas do co-
nhecimento, para profissionais e demais interes-
sados em ampliar o repertório cognitivo. Conheça 
essa plataforma e-learning: <https://www.edx.
org/> Acesso em: 30 out. 2017.
rados como meros complementos ou, ain-
da, conforme aponta Vani M. Kenski (2007), 
como simples recursos didáticos, longe de 
alcançar toda a potencialidade que possui, 
deixando de provocar mudanças significati-
vas no processo de ensino.
No entanto, os alunos de hoje não esperam 
a informação chegar até eles, mas pelo con-
trário, vão ao encontro delas e a rede contri-
bui para a organização de ideias e pessoas 
em torno de assuntos comuns, promovendo 
a aprendizagem coletiva (TAPSCOTT, 1998) 
com debates e troca de informações.
Conforme já aponta George Siemens (2004), 
mais importante do que você sabe hoje é a 
habilidade de aprender o que precisará sa-
ber amanhã e, com ampla disponibilidade 
de matérias avulsas, a pessoa deve ter a ca-
pacidade de selecionar aquilo que julga per-
tinente investir tempo para aprender.
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais40/217
Cada vez mais pessoas têm conectado-se 
em busca de lançar conteúdos relevantes 
para outras pessoas (KENSKI, 2007). Desse 
modo, não somente através da educação 
formal, as pessoas têm aprendido muito 
umas com as outras e com instituições de 
ensino do outro lado do globo, na rede. Para 
Panitz (1997), a colaboração sugere a res-
ponsabilidade de todos os envolvidos, con-
Link
Foco não é dar atenção a tudo que você vê. Confi-
ra o vídeo do pesquisador do Laboratório de Neu-
rociências Clínicas da Escola Paulista de Medici-
na da UNIFESP, Pedro Calabrez: <https://www.
youtube.com/watch?v=yILOsgQXHjg> Aces-
so em: 30 out. 2017.
Para saber mais
Devido à ampla gama de informações, conteú-
dos e conexões entre pessoas na rede, algumas 
apropriações têm ferido a ética e comprometido 
a própria formação voltada ao desenvolvimento 
de competências do aluno. O plágio ou serviços 
de encomenda de trabalhos prontos impede a de-
vida construção do saber, sem contar que negli-
gencia a lei, mas vários softwares têm combatido 
essa prática, sendo esse o caso do Copy Spider. 
Conheça melhor essa ferramenta que pode ser 
usado por você antes de entregar trabalhos aca-
dêmicos: <http://www.copyspider.com.br/
main/> Acesso em: 30 out. 2017.
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais41/217
figurando um estilo de interação voltado para a vida social.
2. A aprendizagem colaborativa
A aprendizagem colaborativa escapa dos limites da escola para compor uma nova ética, voltada 
à aprendizagem mútua. A expressão webness traz a ideia de que a colaboração no processo de 
aprendizagem é algo intrínseco à sociedade digital (KENSKI, 2007).
O trabalho em conjunto promoveria vantagens cognitivas aos envolvidos, corroborando com a 
importância do conectivismo (estudado na unidade anterior) à diversidade de opiniões. Segundo 
Crook(1998, p. 168):
Os estudos sobre a aprendizagem cooperativa contribuem para definir 
uma estrutura de motivação e de organização para um programa global 
de trabalho em grupo, enquanto que os estudos sobre a aprendizagem co-
laborativa incidem nas vantagens cognitivas derivadas dos intercâmbios 
mais íntimos que se realizam ao trabalhar juntos. 
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais42/217
A diversidade de opiniões, defendida pelo 
conectivismo, demonstra o caráter dialó-
gico dos debates entre discentes que orga-
nizam grupos de trabalho na internet. Essa 
interação corrobora com a tendência do ser 
humano em aprender, quando não neutrali-
zada pelo ensino linear das escolas (ROGERS 
apud MOREIRA, 1999). 
As aprendizagens colaborativas preveem a 
construção do conhecimento através do in-
ter-relacionamento entre pessoas e outros 
conhecimentos, chamados de “nós” espe-
cializados (LINHARES e CHAGAS, 2015).
Não obstante, a rápida obsolescência in-
cutida às atividades profissionais impac-
ta diretamente o processo de aprendiza-
gem no contexto atual. Devido às rápidas 
transformações de qualificação, o ensino 
superior deve subsidiar a formação flexível 
e adequada para os profissionais atuantes 
no mercado, promovendo a aprendizagem 
contínua (ARAÚJO, 2010). 
Para saber mais
Nós especializados referem-se a portais, pessoas, 
instituições, assim por diante. Confira um exem-
plo de nó especializado da área da comunicação: 
<http://meioemensagem.com.br>
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais43/217
Por isso, faz sentido fomentar comunidades de aprendizagem, nas quais utiliza-se tecnologias 
como forma de privilegiar o processo de aprendizagem alinhado às necessidades de cada um, no 
tempo disponível de cada um, reunindo duas características fundamentais: pertinência e conve-
niência. 
Sobre as tensões reveladas na relação entre tecnologia e educação, com finalidade de reformular 
as práticas educacionais, Vani M. Kenski (2007, p. 111; grifo da autora) escreve:
Não basta, no entanto, o uso de novas tecnologias, máquinas e equipa-
mentos para fazermos a reformulação necessária na educação. Isso até 
poderia ser dispensável se a opção for privilegiarmos nas situações educa-
cionais a principal condição para a concretização dessas propostas: o estí-
mulo para a interação, a troca, a comunicação significativa entre todos os 
participantes. Mais ainda, o mais importante é que essas pessoas estejam 
reunidas em um determinado espaço com o objetivo maior de aprender 
juntas. Esse é o ponto de partida para o início de um novo modelo educa-
cional diferenciado, que é a formação de comunidades de aprendizagem.
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais44/217
A aprendizagem colaborativa atende às de-
mandas do mundo globalizado, formando 
pessoas criativas e proativas para dar conta 
de dominar novas tecnologias, bem como 
as teorias vinculadas aos diversos contex-
tos, reconhecendo os caminhos para sanar 
novas situações (ARAÚJO, 2010).
Nesse sentido, a educação passa a promo-
ver o aluno como protagonista desse pro-
cesso de aprendizagem propriamente dito, 
revelando uma nova estrutura de poder que 
transborda os limites da sala de aula e figu-
ra também no ambiente online.
2.1 A transição do ambiente de 
aprendizagem: do foco no pro-
fessor para o foco no aluno
Devido às novas demandas e graças às no-
vas tecnologias da informação e da comuni-
cação, o processo de construção do conhe-
cimento passa a convidar o aluno para pro-
tagonizar seu próprio caminho de aprendi-
zagem. 
Vale ressaltar que esse caminho visita, em 
grande medida, fontes informais de apren-
dizado, como tutorias no Youtube ou cole-
gas no ambiente de trabalho. No entanto, 
esse item vai focar na relação entre profes-
sor e aluno, seja na sala de aula presencial 
ou mediada por tecnologias.
Muitos professores têm apropriado-se dos 
serviços de broadcasting para transmitir 
conteúdos a alunos de diversas regiões do 
país. No entanto, essa prática, muitas ve-
zes, negligencia a atenção e acompanha-
mento do aprendizado junto aos alunos, 
configurando um modelo de transmissão 
de conteúdo típico de salas de aula tradi-
cionais e pouco eficientes (KENSKI, 2007). 
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais45/217
Link
A plataforma Professores lista docentes de diversas áreas que oferecem cursos particulares. Para conhecer, 
acesse: <https://www.superprof.com.br/> Acesso em: 30 out. 2017.
Sua abordagem implica que o ensino seja centrado no aluno, que a at-
mosfera da sala de aula tenha o estudante como centro. Implica confiar na 
potencialidade do aluno para aprender, em criar condições favoráveis para 
o crescimento e auto-realização do aluno, em deixa-lo livre para apren-
der, manifestar seus sentimentos, escolher suas direções, formular seus 
próprios problemas, decidir sobre seu próprio curso de ação, viver as con-
sequências de suas escolhas. O professor passa a ser um facilitador, cuja 
autenticidade e capacidade de aceitar o aluno como pessoa e de colocar-
-se no lugar do aluno são mais relevantes, para criar condições para que 
o aluno aprenda, do que sua erudição, suas habilidades e o uso que faz de 
recursos instrucionais.
Para que o processo de aprendizagem seja efetivo, professores devem levar em conta os aspec-
tos gerais da turma, bem como as características individuais de cada um. Essa atitude estaria 
alinhada à perspectiva humanista, conforme revela Marco Antonio Moreira (1999, p. 147) ao 
apontar a teoria de C. Rogers:
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais46/217
 Perceba que essa nova concepção de 
educação, centrada no aluno, promove a 
autonomia intelectual das pessoas. Existe a 
latente necessidade de trabalhar e formar 
uma consciência ética e colaborativa para 
figurar nesse cenário. Essas premissas 
devem figurar entre as funções da 
educação (para o futuro).
 No entanto, a maior parte das salas de 
aula, reais ou virtuais, possuem o professor 
ainda como elemento central. Tanto a ar-
quitetura das salas de aula, quanto o tempo 
meticulosamente distribuído entre os con-
teúdos da disciplina, revelam a centralida-
de do professor no processo educacional de 
hoje. O primeiro, com espaços maiores para 
o professor circular, geralmente de frente 
com a sala, enquanto o segundo demonstra 
a escassez de oportunidades de fala para os 
alunos (KENSKI, 2007).
Dentro da perspectiva de relacionamento 
aluno-professor, enquanto Vygotsky preo-
cupa-se com a interação social entre con-
texto e indivíduo, Jean Piaget foca na qua-
lidade da transmissão do conhecimento, ou 
seja, a consideração do professor em co-
nhecer e respeitar a estrutura cognitiva do 
aluno pode revelar formas mais eficazes de 
aprendizagem (MOREIRA, 1999), dessa for-
ma:
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais47/217
 
Em outras palavras, o professor deve mapear sua sala, conhecer as realidades sociais vividas por 
seus alunos para, então, conseguir explicar o conteúdo sem desrespeitar a estrutura cognitiva 
dos discentes. Isso significa trazer exemplos práticos e conhecidos por quem ouve, criando pon-
tes entre aquilo que se conhece daquilo que está sendo apresentado de inédito.
Não obstante, na perspectiva vygotskyana, o conhecimento é social, cultural e historicamente 
construído. Seria na própria interação que residiria a construção dinâmica do conhecimento, a 
estruturação dos significados compartilhados (MOREIRA, 1999).
O professor não pode simplesmente usar seus esquemas de assimilação 
e ignorar os do aluno. Se a assimilação de um tópico requer um grande 
desequilíbrio, passos intermediários devem ser introduzidos para reduzir 
esse desequilíbrio. Ensino reversível não significa eliminar o desequilíbrio, 
e sim, passar de um estado de equilíbrio para outro por meio de uma su-
cessão de estados de equilíbriomuito próximos, tal como em uma trans-
formação termodinâmica reversível (MOREIRA, 1999, p. 104).
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais48/217
Portanto, a educação dá-se por intermédio 
da interação entre as pessoas, seja entre 
professores e alunos, alunos e alunos, pais 
e filhos, irmãs e primos. A aprendizagem 
acontece diariamente, até mesmo em si-
tuações inusitadas ou meramente cotidia-
nas. Não obstante, dentro da sala de aula, o 
aluno deve tomar responsabilidade por seu 
processo de aprendizagem, ainda mais tra-
tando-se de ambientes virtuais que apre-
sentam maior flexibilidade e necessidade 
de autonomia.
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais49/217
Glossário
Webness: do inglês, próprio da internet, da web. 
Learning Management System: do inglês, Sistema de Gestão da Aprendizagem.
Repositório: vasilhame; objeto inanimado para depositar conteúdos.
Intrínseco: inerente; próprio de.
Medium: segundo entendimento de Muniz Sodré (2013), refere-se a uma ambiência, a um fluxo 
informacional que independe de novas asserções tecnológicas.
Questão
reflexão
?
para
50/217
Frente ao surgimento de diversas plataformas e-le-
arning públicas, o ensino superior formal deverá 
sofrer maior concorrência daqui para frente?
51/217
Considerações Finais 
• A evolução dos ambientes virtuais de aprendizagens sofre aceleração con-
siderável com a emergência da internet.
• A face colaborativa da rede na internet promove o aprendizado informal, 
bem como a reorganização ética e de poder presentes na sociedade.
• Learning Management System, ou o Sistema de Gestão da Aprendizagem, re-
fere-se à gestão dos ambientes virtuais de aprendizagens e configura um 
verdadeiro desafio para o ensino formal.
• O processo de aprendizagem apresenta, cada vez mais, a pessoa como pro-
tagonista do seu processo de construção do conhecimento, revelando que 
as demandas pessoais superam as barreiras burocráticas do ensino formal.
Unidade 2 • Estudo dos ambientes virtuais52/217
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TAPSCOTT, D. Growing up digital: the rise of new generation. Nova York: McGraw Hill, 1998.
54/217
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55/217
1. O que significa Learning Management System?
a) Sistemas de Alimentação da Aprendizagem.
b) Sistema de Gestão da Aprendizagem.
c) Sistemas de Gestão da Educação.
d) Sistemas de Gestão da Educação a Distância.
e) Sistemas de Manancial de Informações.
Questão 1
56/217
2. O termo webness refere-se ao conjunto de características que definem a 
web. Dito isso, o que a webness reconhece como sendo próprio do ambien-
te online voltado para a aprendizagem?
Questão 2
a) Refinamento.
b) Aglomeração.
c) Colaboração.
d) Reconhecimento.
e) Debates.
57/217
3. As comunidades colaborativas revelam formas de atualizar conhecimen-
tos através de nós especializados. Quais são as duas principais característi-
cas dessa forma de organização social que atende aos públicos atuais?
Questão 3
a) Velocidade e conveniência.
b) Velocidade e pertinência.
c) Virtualidade e conhecimento.
d) Conexão e mensuração.
e) Conveniência e pertinência.
58/217
4. Qual é o nome do autor humanista elencado para tratar do alinhamento en-
tre as estruturas de assimilação do professor em detrimento das estruturas cog-
nitivas dos alunos?
Questão 4
a) Paul Anderson.
b) Jefferson Marinho.
c) Ricardo Carvalho.
d) Carl Rogers.
e) Vani Kenski.
59/217
5. Quem deve ser, segundo Carl Rogers, o protagonista do processo de 
aprendizagem?
Questão 5
a) Aluno.
b) Professor.
c) Tecnologia.
d) Mídia.
e) Comunidade.
60/217
Gabarito
1. Resposta: B.
Sistema de Gestão da Aprendizagem são 
sistemas voltados para controlar, manter e 
administrar recursos voltados para aprendi-
zagem.
2. Resposta: C.
Sistema de Gestão da Aprendizagem são 
sistemas voltados para controlar, manter e 
administrar recursos voltados para aprendi-
zagem.
3. Resposta: E.
As comunidades colaborativas possuem 
duas diferentes características que aten-
dem aos limites de tempo e de necessida-
de de aprendizagem dos interagentes e são, 
respectivamente, conveniência e pertinên-
cia.
4. Resposta: D.
Carl Rogers é um dos expoentes da teoria 
humanista, focada no crescimento pessoal 
dos indivíduos.
5. Resposta: A.
O aluno deve desenvolver habilidades cog-
nitivas para decidir o que é pertinente estu-
dar e em qual momento, revelando os cami-
nhos pelos quais a educação deve envergar 
nos próximos anos.
61/217
Unidade 3
Modalidades de educação mediada pela tecnologia
Objetivos
1. Traçar uma linha do tempo, identificando os diferentes tipos de educação a distância que 
emergiram até então.
2. Identificar a diferença entre as noções de Ambiente Virtual de Aprendizagem e de Learning 
Management System.
3. Definir o que é educação “mediada” por tecnologias.
4. Apontar o necessário desenvolvimento da autonomia do aluno em seu processo de apren-
dizagem mediado.
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia62/217
Introdução
A partir do século XIX, a emergência de veí-
culos da comunicação e meios de transpor-
te fomentou a criação de cursos a distância, 
mediados por aparatos tecnológicos. 
A educação, portanto, sempre apropriou-
-se das tecnologias voltadas à informação 
para renovarsuas práticas, seja por causa 
da penetração dos meios de comunicação 
na rotina das pessoas ou por conta da inse-
parável relação entre comunicar (do latim 
comunicare, resgata a ideia de comparti-
lhamento; colocar no terreno do comum) e 
educar (do latim e-ducere, significa “tirar de 
dentro”) (SARMIENTO, 2015). 
Nesse sentido, a instituição escolar convida 
a mídia para compor seu rol de ferramen-
tas pedagógicas. Resgatando os sentidos 
etimológicos dos termos comunicar e edu-
car mencionados acima, a educação busca 
articular o compartilhamento de experiên-
cia e informações com a capacidade de in-
ternalizar o conhecimento no processo de 
aprendizagem.
A educação mediada, por sua vez, refere-
-se à mediação tecnológica do processo de 
ensino-aprendizagem propriamente dito. 
Dessa forma, considerando o significado da 
palavra “tecnologia”, os conjuntos de técni-
cas e ferramentas de cada época permitiu o 
surgimento de diferentes processos de edu-
cação mediada.
Tecnologia diz respeito a esse conjunto pro-
priamente dito, podendo ser configurada 
com elementos tangíveis (aparatos tecno-
lógicos, máquinas, equipamentos, instru-
mentos, etc.) e intangíveis (metodologias, 
métodos, paradigmas, etc.) (VELOSO, 2012).
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia63/217
Esta unidade concentra-se na apresentação das diversas formas de educação mediada que exis-
tiram ao longo de épocas passadas, mas, em especial, irá problematizar a educação mediada por 
aparatos digitais, conectados em rede, hoje, através da internet.
1. Educação mediada pela tecnologia
No decorrer do século XX, com exceção do jornal impresso que foi inventado anteriormente, di-
versos meios de comunicação passaram a integrar o que se entende hoje por mídia. O termo 
“mídia”, por sua vez, refere-se propriamente ao plural de meios (KENSI, 2008).
A expressão “media” é de origem latina e significa “meio” ou “o que está no 
meio”. No singular, a palavra mídia já é entendida no Brasil como “o con-
junto dos meios de comunicação, e que inclui, indistintamente, diferentes 
veículos, recursos e técnicas, como, p. ex., jornal, rádio, televisão, cinema, 
outdoor, página impressa, propaganda, mala-direta, balão inflável, anún-
cio em site da internet, etc. (Dic. Aurélio) (KENSKI, 2008, p. 100).
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia64/217
Para cada novo meio de comunicação lan-
çado, novas práticas pedagógicas busca-
vam acompanhar o desenvolvimento da lin-
guagem midiática, na tentativa de ampliar 
as oportunidades de aprendizagem para 
públicos diversos.
Diferente do que alguns autores acredi-
tavam, novos meios não substituíram os 
meios anteriores, pelo menos não linear-
mente como se esperava, ou seja, ainda 
hoje existem pessoas que se inscrevem em 
telecursos (cursos veiculados na televisão). 
Além disso, os meios coexistem ou servem 
de suporte uns para os outros (antigos for-
matos transpostos para novos suportes, por 
exemplo).
Interessante notar que algumas práticas 
simplesmente transitam por diversos meios 
sem, necessariamente, fazerem a adequa-
ção de linguagem para cada suporte. Esse 
talvez seja um dos maiores desafios do atual 
momento: utilizar a internet para fins edu-
cacionais (formais ou informais) em toda 
sua potencialidade hipertextual.
Para saber mais
Existe hoje uma linha teórica de pensamento 
discutindo a convergência dos meios a partir da 
internet. Um dos autores que propõe esse olhar 
para entender como a internet tem reapresenta-
do antigos meios de comunicação é o autor Henry 
Jenkins, com seu livro intitulado Cultura da Con-
vergência (2009).
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia65/217
Não obstante, a apropriação das tecnologias 
tem representado uma ampliação substan-
cial no lucro das organizações educacio-
nais. Para além, o cuidado com o número de 
alunos por sala em detrimento do número 
de tutores disponíveis para sanar dúvidas e 
orientá-los no ambiente virtual, bem como 
o número de profissionais técnico-adminis-
trativos, muitas vezes, é negligenciado em 
nome do lucro (MAIA e MATTAR, 2007).
Além disso, a figura do tutor ainda não re-
presenta uma posição de prestígio na es-
trutura da educação a distância. Nas pala-
vras de Maia e Mattar (2007, p. 11) “vários 
projetos de EaD consideram quase despre-
zível a função dos tutores, sem se preocu-
par com sua formação, tampouco com seu 
treinamento, remunerando-os de maneira 
indecente”, justamente por conta de o am-
biente virtual não apresentar situações de 
desafio de improvisação e conhecimento 
tão grandes quanto na sala de aula dos cur-
sos presenciais (MAIA e MATTAR, 2007).
Existe, portanto, uma necessidade latente 
desses novos professores (tutores da edu-
cação a distância) organizarem-se e luta-
rem contra a sobrecarga cognitiva e baixa 
remuneração, além do tecnostress (MAIA e 
MATTAR, 2007).
No entanto, esses profissionais são próprios 
do ensino a distância online, contemporâ-
neos ao desenvolvimento da interconexão 
através da internet. A título de resgate his-
tórico, confira abaixo as diferentes modali-
dades da educação a distância ou educação 
mediada por tecnologia.
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia66/217
1.1 Diferentes modalidades do 
ensino a distância e a autono-
mia do aluno
Ensino ou educação a distância (EaD) signi-
fica, nas palavras de Maia e Mattar (2007, p. 
06) “uma modalidade de educação em que 
professores e alunos estão separados, pla-
nejada por instituições e que utiliza diversas 
tecnologias de comunicação”. 
Maia e Mattar (2007) justificam essa defini-
ção de EaD, reconhecendo que as figuras do 
professor e dos cursos a distância deixam de 
ser uma única pessoa para ser um grupo de-
las, todas voltadas à construção do material 
didático (técnico, artista gráfico, produto-
res, tutor etc.)
Em termos de histórico, hoje é possível 
identificar o início do EaD, bem como as três 
principais fases dessa modalidade de ensi-
no:
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia67/217
Há registros de cursos de taquigrafia a distância, oferecidos por meio de 
anúncios de jornais, desde a década de 1720. Entretanto, a EaD surge efe-
tivamente em meados do século XIX, em função do desenvolvimento dos 
meios de transporte e comunicação (como trens e correio), especialmente 
com o ensino por correspondência. Podemos apontar como sua primeira 
geração os materiais que eram primordialmente impressos e encaminha-
dos pelo correio. [...] A segunda geração da EaD apresentou o acréscimo de 
novas mídias como a televisão, o rádio, as fitas de áudio e vídeo e o telefo-
ne. [...] Uma terceira geração introduziu a utilização de videotexto, do mi-
crocomputador, da tecnologia de multimídia, do hipertexto e de redes de 
computadores, caracterizando a educação a distância online. Além disso, 
em relação à geração anterior, não temos mais uma diversidade de mídias 
que se relacionam, mas uma verdadeira integração delas, que convergem 
para as tecnologias de multimídia e o computador. Em muitas ofertas de 
cursos a distância, hoje, todas as mídias apresentadas neste capítulo ain-
da convivem, apesar do predomínio do uso da Internet (MAIA e MATTAR, 
2007, p. 21 e 22).
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia68/217
Note que a tecnologia, segundo a defini-
ção apresentada por Renato Veloso (2012), 
abrange tanto o mais recente meio de co-
municação, a internet, como também os 
transportes e correios, além das metodolo-
gias próprias de cada período. 
Nesse sentido, a EaD contempla cursos vei-
culados através de rádios, correspondência, 
televisão, mas também existe, hoje, o que 
se tem chamado de e-learning, on-line le-
arning, virtual learning, networked learning e 
web-basedlearning que são, propriamente, 
uma divisão da EaD que também pode ser 
chamada de EaD on-line (MAIA e MATTAR, 
2007).
Vale a pena abrir aqui um parêntese e indi-
car a diferença entre Ambiente Virtual de 
Aprendizagem e Learning Management Sys-
tem. Alguns autores têm entendido ambos 
como sinônimos, outros entendem que o 
LMS trata-se de sistemas maiores, conside-
rando a própria raiz etimológica de “siste-
ma” e todos os seus subsequentes usos nas 
ciências: sistema traz a ideia de interdepen-
dência, ou seja, qualquer elemento que se 
altere, todo o sistema reorganiza-se para 
atingir novamente seu equilíbrio. 
Posto de outro modo, o LMS transcenderia a 
disponibilização linear de conteúdo educa-
tivo, pois permite o acesso, através de login 
e senha dos alunos, disparando notificações 
personalizadas para cada um deles, bem 
como agendamentos e proposição de ativi-
dades (BALBINO, 2011).
No entanto, essa definição é apenas uma 
das muitas apropriações sendo feitas acerca 
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia69/217
desse termo. Nas palavras de Jaime Balbino 
(2011, p. 01), os termos Ambiente Virtual 
de Aprendizagem e o próprio LMS “variam 
conforme a época, o autor e o projeto. Por 
isso nunca conseguiram ter definições rígi-
das. A própria evolução tecnológica ajudou 
a ‘embaralhar’ as definições”.
Resgatando a discussão acerca das mo-
dalidades EaD, a internet, hoje, sustenta a 
maior parte dos cursos a distância. Mesmo 
utilizando formatos já conhecidos, como 
arquivos em áudio (walkman, disco de vinil) 
e audiovisuais (filmes em DVD e cinema), 
a internet traz novos suportes e inovações 
hipertextuais para todo esse conteúdo, me-
diado por tecnologia.
A título de exemplo, podcasting pode ser 
uma extensão do ensino transmitido nas 
ondas do rádio, enquanto o streaming 
pode ser uma forma alternativa à televisão 
para o professor transmitir conteúdo aos 
alunos.
Para saber mais
Cursos voltados aos treinamentos dentro das or-
ganizações podem ser divididos em dois tipos: 
CBT (Computer Based Trainning) e WBT (Web Ba-
sed Training). No primeiro, o aluno tem acesso a 
CD-ROMS e software específicos, enquanto, no 
segundo o curso, é disponibilizado através de sí-
tios na internet (sites ou portais) (KENSKI, 2008). 
Ambos referem-se a subcategorias do EaD online.
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia70/217
 
1.2 Gestão da educação a dis-
tância online
A escolha do meio de comunicação que ser-
virá ao curso remete a inúmeras outras es-
colhas intrínsecas e devem ser minuciosa-
mente elencadas para servir aos objetivos 
e necessidade do público em questão. Es-
sas decisões envolvem desde treinamento 
Para saber mais
Podcast e stream são dois serviços presentes na 
internet: o primeiro refere-se a arquivos de som, 
enquanto o segundo diz respeito a conteúdos au-
diovisuais veiculados para o público em tempo 
real e que podem ser gravados e posteriormente 
“subidos” (fazer upload) em sites ou redes sociais 
(Blogues e Youtube, por exemplo) para que as pes-
soas possam assistir depois de gravados.
Link
Além do próprio Youtube, existe ao menos ou-
tro serviço de streaming hoje no mercado. Hoje, 
a Twitch suporta, em grande medida, o e-sports. 
Confira a plataforma e explore os conteúdos nela 
presentes: <https://go.twitch.tv/> Acesso em: 
07 nov. 2017.
Link
Como exemplo, conheça a página de podcasts 
da rádio CBN: <http://m.cbn.globoradio.glo-
bo.com/servicos/podcast/PODCAST.htm> 
Acesso em: 07 nov. 2017.
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia71/217
da equipe responsável e investimentos em 
infraestrutura tecnológica, até no planeja-
mento das disciplinas, conteúdos, avalia-
ções e atividades (KENSKI, 2008).
Perceba que as novas ferramentas, bem 
como as metodologias que têm surgido es-
pontaneamente na rede, trazem direciona-
mentos diversos para as práticas educacio-
nais tradicionais. 
As possibilidades são infinitas, mas a apro-
priação tem mostrado-se lenta e, até mes-
mo, falha em algumas instituições. Acerca 
do uso da tecnologia na educação, na opi-
nião de Maia e Mattar (2007, p. 69), “o que 
tem sido desenvolvido é uma cópia malfeita 
do modelo de ensino presencial “.
Por exemplo, a entrega digital de trabalhos 
refere-se a um dos grandes desafios do 
aluno. Entregar trabalhos na data final es-
tipulada previamente no seu cronograma 
geralmente apresenta problemas e a orien-
tação que os tutores e coordenadores dão 
aos alunos é a entrega antecipada (MAIA e 
MATTAR, 2007).
Outro ponto da tecnologia na educação 
refere-se às novas possibilidades de pro-
dução pulverizada. Por conta da liberdade 
de expressão na rede, muitas pessoas têm 
produzido conteúdo. Maia e Mattar (2007) 
reconhecem uma nova figura na educação 
do século XXI: o “aututor”. Ele é, ao mesmo 
tempo, designer, autor e tutor dos próprios 
cursos, ampliando as possibilidades de atu-
ação do que se entende por professor.
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia72/217
No entanto, muitos desses conteúdos não 
apresentam rigor científico, negligenciando 
citações e referências às fontes utilizadas. 
Exatamente por isso é de suma importância 
o aluno desenvolver autonomia intelectual 
para saber filtrar as informações presentes 
na internet, bem como aprender a conectar 
as diferentes informações que segue acu-
mulando ao longo das suas atualizações 
(noção proposta por Pierre Levy, 2011).
Nesse sentido, informações, quando devi-
damente estruturadas, passam a integrar o 
conhecimento do indivíduo. Fazendo uma 
analogia: quando dados são computados 
em databases, eles são informações até que 
alguém dê um tratamento analítico a eles, a 
partir daí transformam-se em conhecimen-
to, sendo assim que as organizações cons-
troem sua inteligência de Marketing, por 
exemplo. De outro modo, somente articu-
lando as informações você poderá construir 
seu próprio conhecimento e ter repertório 
suficiente para interpretar o mundo a sua 
volta.
No entanto, como nas situações de plágio, 
comentadas em unidades anteriores, a au-
tonomia do aluno ainda é um ponto nefrál-
gico da educação. Nas palavras de Pedro 
Para saber mais
Atualizações seriam possíveis resoluções para 
a virtualidade (LEVY, 2011), portanto, ao ler um 
artigo no Google Acadêmico, você estaria atuali-
zando o conhecimento ali disponibilizado.
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia73/217
Demo (2004, p. 19), esse problema poderá 
ser solucionado a partir “da habilidade de 
aprender e conhecer” e ainda acrescenta: 
“saber pensar é profundamente saber con-
viver com a autonomia solidárias e compe-
titivas” (DEMO, 2004, p.20).
Essa autonomia deve ser construída ao lon-
go dos anos diminuindo progressivamente a 
dependência dos alunos em relação à figura 
do professor. Somente dessa forma o aluno 
terá condições de se construir intelectual, 
emocional e socialmente autônomo, possi-
bilitando a inserção cada vez maior da tec-
nologia no ensino (AMARAL, 2008).
Para fechar este item sobre gestão, perce-
ba que essa dimensão organizativa refere-
-se tanto às organizações que disponibili-
zam cursos a distância através da internet, 
como também à gestão do conhecimento 
pelo próprio aluno, ou seja, a (necessária) 
autonomia para filtrar e tecer o próprio co-
nhecimento.
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia74/217
Glossário
Stream: do inglês, corrente; conteúdo audiovisual transmitido em tempo real para o público, na 
internet.
Podcast: arquivo de áudio digital, geralmente, disponível na internet.
Tecnostress: problemas ocasionados mediante a estímulos tecnológicos.
Questão
reflexão
?
para
75/217
As novas formasde mediar a educação têm dado con-
ta de promover a autonomia intelectual do aluno ou, 
ainda, a lógica em rede, presente na internet, contribui 
para estruturar essa nova competência?
76/217
Considerações Finais
• A cada novo meio de comunicação lançado, novas práticas educacionais 
surgem, mas não necessariamente de maneira adequada ao novo suporte.
• • É possível categorizar a educação a distância através de três gerações: 
ensino através de material impresso enviado por correspondência; telecur-
sos e outros cursos veiculados na mídia, como rádio e fitas de áudio e vídeo; 
e, por fim, ensino através do microcomputador utilizando hipertexto.
• • A internet, diferente de outros meios de comunicação, permite a produ-
ção e compartilhamento de conteúdo entre as pessoas, bem como a troca 
de percepções e de opiniões acerca de questões comuns.
• • A autonomia do aluno é um dos requisitos para construção do conheci-
mento através da interação com ambientes virtuais de aprendizagens.
Unidade 3 • Modalidades de educação mediada pela tecnologia77/217
Referências 
AMARAL, Ana Lúcia. Gestão da sala de aula: o “manejo de classe” com nova roupagem? IN: Ges-
tão educacional: novos olhares, novas abordagens. Maria Auxiliadora Monteiro Oliveira (org.). 5. 
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, pp. 87-99.
BALBINO, Jaime. AVA e LMS são sinônimos? Disponível em: <https://www.listas.unicamp.br/pi-
permail/ead-l/2011-March/077857.html> Acesso: 13 nov. 2017.
DEMO, Pedro. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto Alegre: Mediação, 2004.
KENSKI, Vani Moreira. Democratização das mídias e a gestão em educação à distância. IN: Ges-
tão educacional: novos olhares, novas abordagens. Maria Auxiliadora Monteiro Oliveira (org.). 5. 
ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2008, pp. 100-116. 
LEVY, Pierre. O que é o virtual? Rio de Janeiro: Editora 34, 2011.
MAIA, Carmem; MATTAR, João. ABC do EAD. 1. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
SARMIENTO, G.P. P. Escola e TICs: Desafios educomunicativos para a escola atual. IN: Educomu-
nicação: caminhos da sociedade midiática pelos direitos humanos. Claudia Lago e Claudemir 
Edson Viana (Orgs.). São Paulo: ABPEducom, Universidade Anhembi Morumbi/NCE-USP, 2015. 
VELOSO, Renato. Tecnologias da informação e da comunicação: desafios e perspectivas. Edi-
ção especial Anhanguera. São Paulo: Saraiva, 2012.
78/217
Assista a suas aulas
Aula 3 - Tema: Modalidades de Educação Me-
diada Pela Tecnologia. Bloco I
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
ea62398014aa9c9f4df5ca12b8f82813>.
Aula 3 - Tema: Modalidades de Educação Me-
diada Pela Tecnologia. Bloco II
Disponível em: <https://fast.player.liquidplatform.com/
pApiv2/embed/dbd3957c747affd3be431606233e0f1d/
dc5864630c7ed9a88f6a8a6ce2e876f1>.
79/217
1. Comunicar (do latim comunicare, resgata a ideia de compartilhamento; 
colocar no terreno do comum) e educar (do latim e-ducere) significa:
a) “Tirar de dentro”.
b) Resgatar do inconsciente.
c) Negligenciar o dever de casa.
d) Construir interações.
e) Tecer relacionamentos.
Questão 1
80/217
2. O significado da palavra “tecnologia” refere-se ao conjunto de técnicas 
e ferramentas de cada época, permitindo o surgimento de diferentes gera-
ções de educação a distância. Quais os dois tipos de elementos que podem 
fazer parte da tecnologia?
a) Tangentes e perpendiculares.
b) Diretos e indiretos.
c) Variáveis e fixos.
d) Seculares e inovadores.
e) Tangíveis e intangíveis.
Questão 2
81/217
3. Segundo Vani Kenski (2008), o termo “mídia” refere-se ao plural de:
a) Métodos.
b) Metodologias.
c) Meios.
d) Mediações.
e) Veículos.
Questão 3
82/217
4. Segundo Maia e Mattar (2007), qual é o veículo que permitiu o desenvol-
vimento da primeira geração do ensino a distância?
a) Revista.
b) Correspondência.
c) Internet.
d) Jornal impresso.
e) Rádio.
Questão 4
83/217
5. Existem dois tipos de gestão tratados ao longo do último item. Além da 
dimensão institucional, qual a outra gestão necessária à execução do pro-
cesso de ensino-aprendizagem nos ambientes virtuais?
a) A autonomia do aluno.
b) A ingestão do aluno.
c) A conferência dos tutores.
d) A relação entre tutores e alunos.
e) A aprovação do curso no MEC.
Questão 5
84/217
Gabarito
1. Resposta: A.
Educar, do latim e-ducere, significa “tirar de 
dentro”, ou seja, significa criar pontes para 
assimilação do novo conteúdo.
2. Resposta: E. 
Tecnologia pode ser composta por elemen-
tos tangíveis (equipamentos, máquinas, 
aparatos tecnológicos) e intangíveis (meto-
dologias, técnicas).
3. Resposta: C.
Mídia significa plural de meios, portanto, o 
conjunto de meios de comunicação de de-
terminada época pode ser chamado de mí-
dia. Hoje, nossa mídia é composta por tele-
visão, rádio, revista, jornal, internet, dentre 
outros.
4. Resposta: B.
Graças ao desenvolvimento dos transportes 
e dos meios de comunicação, em meados 
do século XIX, foi possível promover cursos 
através das correspondências (MAIA e MAT-
TAR, 2007).
5. Resposta: A.
A autonomia do aluno refere-se ao outro 
enfoque dado à gestão no texto da unidade.
85/217
Unidade 4
O ambiente enriquecido com tecnologia versus o ambiente presencial
Objetivos
1. Definir a palavra “presencial”.
2. Tencionar a palavra “presença” dentro 
do contexto mediado.
3. Resgatar o debate sobre a eficácia 
das salas de aula tradicionais em de-
trimento dos ambientes virtuais de 
aprendizagens e vice-versa.
Unidade 4 • O ambiente enriquecido com tecnologia versus o ambiente presencial86/217
Introdução
A palavra presença remete à ideia de com-
partilhar espaço e tempo determinados que 
circunscrevem o ato comunicativo, por-
tanto, ao presenciar um acontecimento ou 
conversar pessoalmente com alguém, você 
está propriamente presente.
Essa noção fica um pouco abalada com a in-
cidência das interações mediadas por tec-
nologia. Ao dialogar com um familiar, atra-
vés de videoconferência, você estaria pre-
sente naquele momento, para aquela pes-
soa?
Vários episódios do mundo online influen-
ciam, de maneira direta, a vida real (MARTI-
NO, 2014). Conhecer alguém através de um 
site de relacionamento pode resultar em um 
casamento frutífero, cheio de amor e com-
panheirismo. Em contrapartida, a ausência 
de velocidade ao responder uma mensa-
gem no WhatsApp pode significar desgaste 
em determinados relacionamentos.
Perceba que a palavra “ausência” contra-
põe-se à palavra “presença” e, nesse sen-
tido, apresenta a contraposição cotidiana-
mente feita pelas pessoas. Em outras pala-
vras, ficar ausente em um status de conver-
sação online pode ser identificada como a 
falta da presença propriamente dita.
Esta unidade concentra-se em debater a 
presença “a distância”, conectada por apa-
ratos tecnológicos e a presença física (da 
tecnologia), ou seja, na sala de aula.
Unidade 4 • O ambiente enriquecido com tecnologia versus o ambiente presencial87/217
1. O sentido da palavra presença 
dentro da lógica educacional
Ambientes presenciais de educação, ain-
da hoje, referem-se às tradicionais salas de 
aula. Por outro lado, a sala de aula virtual, 
mediada por tecnologias, contrapõe-se a 
essa presença física. Há, portanto, a dife-
renciação entre cursos presenciais e cursos 
a distância (semipresenciais ou totalmente 
a distância). 
No entanto, a noção de “ambiente presen-
cial” tem mostrado-se amplamente con-
troversa, uma vez que a presença pode ser 
atingida também no ambiente virtual (KE-
NSKI, 2007), por exemplo, quando uma sala 
de aula conecta-se, de forma sincrônica, em 
determinado serviço.
Em outras palavras e de maneira mais inci-
siva, cursos

Outros materiais