Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE: UNICHRISTUS – CENTRO UNIVERSITARIO CHRISTUS ALUNO: ERIOSVALDO ALVES MOREIRA CURSO: BIOMEDICINA DISCIPLINA: BIOSEGURANÇA PROFESSOR: BRUNO AULA 3 – AVALIAÇÃO DE RISCOS BIOLÓGICOS Riscos Biológicos São aqueles causados por microorganismos como bactérias, fungos, vírus, protozoários, parasitas, príons (NR-9); Exposição com intenção deliberada: manipulação direta do agente biológico como objeto principal do trabalho Exposição sem intenção deliberada: manipulação indireta do agente biológico, pois este não é o objeto principal do trabalho Exposição na Cadeia de Transmissão Exposição Momento em que a fonte de exposição entra em contato com a porta de entrada do trabalhador Fonte de exposição reservatórios fontes ambientais Fontes e Reservatórios Fontes não ambientais – surto por fonte propagada sempre que houver outras pessoas transmitindo sintomáticas ou assintomáticas mãos, fala, espirro, tosse... sempre que houver vetores transmitindo ratos, baratas, mosquitos... Transmissão em Serviço de Saúde Contato direto: ao virar o paciente, dar banho, outros procedimentos de cuidados ao paciente, respiração boca-a-boca por gotículas: quando o paciente tosse, espirra, fala, nos procedimentos de sucção, entubação endotraqueal ou broncoscopia transmissão aérea: ao respirar o ar contendo bioaerossóis Contato indireto: mãos, perfurocortantes, luvas, roupas, roupas de cama, instrumentos, vetores, água, alimentos, superfícies. Transmissão e Portas de Entrada Via de transmissão Porta de entrada Contato direto Pele, mucosas, oral, olhos - Por gotículas Aparelho respiratório, oral, olhos - Transmissão por aerossóis Aparelho respiratório Contato indireto Pele, mucosas, oral, olhos, parenteral Transmissão Por Aerosóis Fungos Bactérias Vírus Aspergillus spp. Mucorales (Rhizopus spp.) Acremonium spp. Fusarium spp. Pseudoallescheria boydii Scedosporium spp. Sporothrix cyanescens Coccidioides immitis Cryptococcus spp. Histoplasma capsulatum Pneumocystis carinii Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium leprae (?) Acinetobacter spp. Bacillus spp. (inclusive antraz) Brucella spp. Staphylococcus aureus (pneumonia) Streptococcus pneumoniae (pneumonia) Streptococcus pyogenes (grupo A) Coxiella burnetii (riquetsiose – febre Q) Yersinia pestis Bordetella pertussis (?) Sarampo Varicela (herpesvírus varicela-zóster) Gripe (vírus influenza) Vírus sincicial respiratório (bronquiolite) Adenovírus (conjuntivite) Enterovírus Varíola Hantavírus Vírus Lassa, Marburg, Ebola, Criméia-Congo SARS (coronavírus) (?) Transmissão Por Gotículas Bactérias Vírus Corynebacterium diphtheriae (difteria) Meningites bacterianas Bordetella pertussis (coqueluche) Chlamydia psittaci (psitacose) Yersinia pestis Citomegalovírus (mononucleose) Rubéola Meningites virais Paramyxovirus (caxumba ou parotidite) Pneumonias (diversos patógenos) Parvovírus B19 (eritema infeccioso) Poliomielite Vírus sincicial respiratório SARS (coronavírus) Indireto Parenteral – Sangue Fungos Bactérias Vírus Protozoários Blastomyces dermatitidis (blastomicose) Cryptococcus neoformans (criptococose) Corynebacterium diphtheriae (difteria)* Neisseria gonorrheae (gonorréia) Leptospira spp. (leptospirose) Riquetsioses, incluindo febre maculosa Streptococcus pyogenes Clostridium tetani* HBV (hepatite B)* HCV (hepatite C) HIV (AIDS) Herpes Vírus Ebola Vírus Marburg Arenavírus – vírus da febre Lassa Vírus da febre hemorrágica da Criméia Plasmodium spp. (malária) Toxoplasma gondii (toxoplasmose) Contato Indireto - Mãos Bactérias Vírus Doenças gastrointestinais (vários patógenos) Salmonella typhi (febre tifóide) Conjuntivite (vários patógenos) S. aureus S. pyogenes Doenças gastrointestinais (vários patógenos) Rotavírus Herpes HAV (hepatite A) HEV (hepatite E) Febres hemorrágicas virais Riscos biológicos Laboratório de nível de segurança 1 (NB-1) Adequado para a manipulação de agentes de classe de risco 1 Baixo risco individual e para a comunidade Tratam-se de agentes biológicos bem caracterizados, com possibilidade baixa ou nula de provocar infecções no homem ou em animais sadios. Ex: Bacillus subtillis, Escherichia coli, Lactobacillus sp. Equipamentos de proteção individual: Luvas Jaleco com mangas compridas Calçados fechados Óculos de proteção e protetores faciais (quando necessários) Toucas. Estrutura: O laboratório deve ser projetado a fim de permitir fácil limpeza e descontaminação; Deve possuir iluminação adequada; As paredes tetos e pisos devem ser lisos, não porosos e sem reentrâncias e com cantos arredondados e resistentes a produtos químicos. O acesso ao público deve ser limitado. O espaço entre as bancadas, cabines e equipamentos, a fim de facilitar a limpeza. A superfície das bancadas deve ser revestida por material impermeável, liso, sem emenda, ranhura, resistente ao calor moderado e descontaminantes. Técnicas microbiológicas: Uso de micropipetas Lavagem das mãos Acesso restrito às dependências Proibição do consumo de bebidas e comidas Proibição de fumar Técnicas microbiológicas: Minimização da formação de gotículas e aerossóis Descontaminação diária das superfícies Descontaminação dos materiais descartados Manutenção de um programa de controle de insetos e roedores Laboratório de nível de segurança 2 (NB-2) Adequado para o trabalho com agentes de risco moderado para o indivíduo e limitado para a comunidade e o meio ambiente. Provocam infecções no homem ou nos animais. O risco de propagação para a comunidade e o meio ambiente é moderado. Existem medidas terapêuticas e/ou profiláticas. Ex: Streptococcus spp., T.cruzi, Candida albicans As instalações laboratoriais deverão estar afastadas da circulação do público. Exigido sistema de porta com trancas ao acesso do laboratório. Os gabinetes de segurança biológica deverão estar instalados longe das passagens de circulação e fora das correntes de ar procedentes de portas e janelas. Acesso restrito ao laboratório Técnicas microbiológicas: Os equipamentos de proteção individual (EPIs) deverão ser retirados antes de sair do ambiente de trabalho Superfícies limpas não deverão ser tocadas com luvas Manipulação de microrganismos em gabinetes de segurança biológicas (sempre que possível). Os materiais deverão ser autoclavados antes de serem descartados. Laboratório de nível de segurança 3 (NB-3) Adequado para o trabalho com agentes infecciosos cujo o risco individual é alto, sendo limitado para a comunidade. Provocam infecções graves ou potencialmente letais no homem e nos animais. Representam um sério risco para aqueles que os manipulam. Representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo propagar-se de indivíduo a indivíduo. Usualmente existem medidas de tratamento e/ou prevenção. Ex: Mycobaterium tuberculosis. O laboratório deve estar separado das áreas de trânsito irrestrito do prédio e possuir acesso restrito. A entrada de pessoal deverá ser feita através de câmara pressurizada, provida de fechamento automático e intertravamento. A entrada de materiais deverá ser feita será feita através de câmara pressurizada. Presença de autoclave na área de biocontenção para a saída de resíduos. O laboratório deve ter um sistema de ar independente, unidirecional e filtrado com filtro HEPA. Presença de barreiras secundárias. Técnicas microbiológicas: É obrigatório o uso de roupas de proteção que possuam menor solução de descontinuidade. Utilização de respiradores, óculos de proteção e protetores faciais. Os procedimentos deverão ser realizados em CSB Experimentos realizados for a das CSB deverão utilizar dispositivos de contenção física (centrífugas de segurança e frascos selados). Jamais trabalhar sozinho num NB3.Laboratório de nível de segurança 4 (NB-4) Este nível de contenção deve ser utilizado sempre que o trabalho envolver matérias biológicos com potencial patogênico desconhecido e que representem alto risco não somente para o pessoal do laboratório mas também para a coletividade e o meio ambiente. Tratam-se de agentes que podem causar doenças fatais, com elevado potencial de transmissão e par os quais não existem terapias ou vacinas disponíveis. Não existem medidas profiláticas ou terapêuticas. Ex: vírus Ebola, Bacillus antracis O laboratório NB4 deve ser uma edificação construída separadamente de outras edificações ou estar localizada em uma zona completamente isolada. Deve possuir características específicas quanto ao projeto e aos sistemas de engenharia para impedir a disseminação do microrganismo para o meio ambiente. O acesso dos profissionais deverá ser controlado por sistemas de identificação acionados por leitor de íris, leitor de digitais ou outro rigoroso sistema de segurança. Todos os procedimentos deverão ser monitorados por circuito interno de TV Técnicas microbiológicas: Nenhum material deverá ser removido do laboratório de contenção máxima antes de ser esterilizado (com exceção daqueles que deverão ser mantidos nas suas formas viáveis). O material viável deverá ser acondicionado em recipientes de contenção primária inquebrável e selado. Durante os procedimentos os profissionais deverão utilizar roupas descartáveis sob os macacões de proteção de pressão positiva. Quando sair da área de trabalho, ainda utilizando o macacão de proteção, os profissionais deverão tomar banho paradescontaminação química. RISCOS ERGONÔMICOS Disfunção entre o indivíduo, o seu posto de trabalho e/ou os seus equipamentos. Fatores de risco ergonômico: Posturas adotadas Sentado De pé Esforço físico requerido Levantamento e transporte de peso Jornada de trabalho prolongada; Monotonia e repetividade Causadores de DORT/LER. Lesões por Esforços Repetitivos Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) Os riscos mecânicos ou de acidentes ocorrem em função das condições físicas (do ambiente físico de trabalho) e tecnológicas impróprias, capazes de colocar em perigo a integridade física do trabalhador. RISCOS MECÂNICOS OU DE ACIDENTES
Compartilhar