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Biossegurança - Riscos Biológicos em Laboratórios

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Riscos Biológicos em Laboratórios
1. Conceito de Biossegurança 
2. Legislação em Biossegurança 
3. Classe de Risco em Biossegurança 
4. Agentes etiológicos e suas classes de risco 
5. Missão da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBIO 
6. Certificado de Qualidade de Biossegurança – CQB 
7. Doenças adquiridas em Laboratórios 
8. Conceito de risco; 
9. Conceito de risco biológico;
Conceitos de Biossegurança
 	Biossegurança é uma expressão resultante da junção de: bio + segurança, que segundo o Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa (Ed. Nova Fronteira, p.302-303, 2000) Significa: o conjunto de estudos e procedimentos que visam evitar e/ou controlar os eventuais problemas suscitados por pesquisas biológicas e/ou por suas aplicações.
No livro “Biossegurança - uma Abordagem Multidisciplinar” (1996), Teixeira e Valle definem biossegurança como sendo: “O conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação dos riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços. Esses riscos podem comprometer a saúde humana, dos animais, das plantas, do meio ambiente”.
Níveis de Biossegurança – NB Legislação
No Brasil deve-se adotar a classificação estabelecida pela CTNBio. 
Classificação dos Níveis de Biossegurança - da lei 11.105, art 14 – XII, Ministério da Ciência e Tecnologia - MCT, Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio.
Riscos Biológicos em Laboratórios Biomédicos
Os riscos biológicos encontrados em laboratórios biomédicos. Podem variar de acordo com o risco em níveis que podem ser: Classe de Risco - 1 à Classe de Risco -4.
Classe de Risco - 1 
Possui baixo risco individual e coletivo. Inclui microrganismos que nunca foram descritos como agentes causais de doenças para o homem e que não constituem risco para o meio ambiente. 
Classe de Risco - 2 
Representa risco individual moderado e risco coletivo limitado. Inclui microrganismos que podem provocar doenças no homem, com pouca probabilidade de alto risco para os profissionais do laboratório.
Classe de Risco – 3 
Representa risco individual elevado e risco coletivo baixo. Compreende microrganismos que podem causar enfermidades graves aos profissionais de laboratório. Exemplos: Mycobacterium tuberculosis.
Classe de Risco - 4 
Classe de Risco Agrupa os agentes que causam doenças graves para o homem e representam um sério risco para os profissionais de laboratório e para a coletividade. Possui agentes patogênicos altamente infecciosos, que se propagam facilmente, podendo causar a morte. Exemplo: vírus Ebola; Lassa; Machup; Marburg.
Classificação dos Agentes Microbianos
No Brasil, a classificação destes agentes é definida pela comissão Técnica Nacional de Biossegurança, CTNBIO. Disponível no site da CTNBIO - www.ctnbio.gov.mct.br
Desafios no Trabalho com Agentes de Origem Biológica
Todos aqueles profissionais que trabalham ou irão trabalhar com os agentes biológicos, patogênicos ou não, devem conhecer profundamente o agente em questão e o seu processo de trabalho.
Problemas observados
• Pouco conhecimento sistematizado dos profissionais em relação aos agentes etiólogicos; 
• Criação de um programa de biossegurança; 
• A adoção das boas práticas laboratoriais; 
• O controle da qualidade dos experimentos e práticas 
• Notificação dos acidentes,
Breve Histórico das Doenças Adquiridas em Laboratório
Uma retrospectiva dos fatos históricos sobre às infecções adquiridas no laboratório: 
Conscientização: 
• Em 1885, na Alemanha, dois anos após a descoberta das bactérias, foi publicado um artigo que relatava a contaminação em laboratório por Salmonella typhi. 
• Em 1903, relatou-se a primeira infecção adquirida nos Estados Unidos, ocorrida quando um médico acidentou-se com uma agulha durante a autópsia de um paciente que havia morrido de blastomicose sistêmica (Evans, 1903). 
• Em 1929, Kisskalt relatou 59 casos de salmoneloses adquiridas em laboratórios na Alemanha entre os anos de 1915 a 1929 
• Sulkin e Pike, de 1930 a 1979, realizaram uma pesquisa envolvendo 5.000 laboratórios em todo o mundo, utilizando como instrumento metodológico a adoção de questionários. Estes autores observaram que dentre as 4.079 infecções, 168 foram fatais, sendo as contaminações descritas, em sua maioria, de origem bacteriana
Notificação de acidentes
A notificação do acidente biológico em nosso país deve ser feita através do SINABIO (Sistema de Notificação de Acidentes Biológicos), sobrepõe-se a sua notificação ao SIVAT (Sistema de Vigilância de Acidentes de Trabalho) e aos Institutos de Previdência de acordo com o vínculo empregatício do trabalhador: INSS – Instituto Nacional do Seguro Social;
Legislação
Os acidentes de trabalho têm sido objeto de políticas de saúde e, em 28/04/04, o acidente de trabalho com exposição a material biológico tornou-se de notificação compulsória em rede de serviços sentinela, conforme definido na Portaria 777, do Ministério da Saúde.
Conceito de Risco
O termo risco surge com o próprio processo de constituição das sociedade contemporâneas e deriva da palavra italiana riscare, cujo o significado original era navegar entre rochedos perigosos.
Os riscos biológicos se cararacterizam por serem de difícil estimativa e por apresentarem agentes etiológicos: 
O grau de patogenicidade; 
O poder de invasão; 
A resistência a processos de esterilização; 
A virulência e a capacidade mutagênica, tornam este tema de grande relevância. 
Riscos Biológicos em Laboratórios Biomédicos
depende de variáveis como: 
a concentração, 
virulência do agente 
sua patogenicidade.
O surgimento da Aids(Montagnier et al., 1983) fizeram toda a classe de profissionais de saúde discutissem os aspectos de biossegurança, em particular as precauções universais. A AIDS fez despertar a classe de profissionais de saúde para uma discussão mais aprofundada das relações de trabalho e sobretudo das formas de transmissão pela via ocupacional.
Sinalização
Numa política de Biossegurança, a primeira medida a ser implementada é a sinalização das áreas de risco dos laboratórios 
Barreira primária; 
cada laboratório que desenvolva procedimentos envolvendo agentes etiológicos que possam representar um risco. Deverá ter um cartaz com um símbolo do Biorisco nos principais acessos;
Tipo de agente etiológico e uma frase alertando “ Acesso permitido somente para pessoas autorizados”.
Nota: Cabe ressaltar, que a sinalização das áreas de risco poderá contribuir para a cria;cão de uma cultura de prevenção nos profissionais, estimulando a utilização dos EPI’S e na adoção das boas práticas de laboratório.
Barreira de contenção: 					Tipos de Riscos:
Emergências:
Descarte
Interna laboratório
Prevenção de incêndios
No item das boas práticas de laboratório também pode ser ressaltado através da sinalização: 
Não guarde alimentos na geladeira; 
Evitar refeições nas dependências do laboratório; 
Indicar onde se encontram os lava-olhos e os chuveiros de emergência;
Localização dos extintores contra incêndio 
Evite poluir visualmente o ambiente, pois se houver exagero de cartazes, a função inicial que é de sensibilizar ficará extremamente prejudicada e não atingirá o resultado esperado.
Formas de prevenção com ênfase nas barreiras primárias
A prevenção é definida pelo conjunto de ações voltadas para prevenir um perigo ou um risco à exposição de profissionais em ambientes onde existam agentes biológicos com risco potencial para a transmissão de doenças.
A prevenção dos riscos de origem biológica tem por objetivo limitar os riscos e assegurar a qualidade dos experimentos. Isto deve ser feito: 
• Baseado na avaliação correta do risco; 
• Adotando-se métodos de prevenção (coletiva e individual) adaptados; 
• Com amparo nas questões legais associadas às áreas de engenhariade segurança Norma Regulamentadora 9 (NR9) e na qualidade, em particular, nas boas práticas de laboratório.
Modelos Gerenciais na área de Biossegurança
Os laboratórios em sua grande maioria no Brasil foram projetados inadequadamente, por vezes isto acarreta na exposição da saúde dos profissionais nestes ambientes;
Pretendemos propor um modelo gerencial, visando estabelecer uma nova forma de organização e de procedimento para os laboratórios biomédicos.
Etapas para o gerenciamento de Biossegurança em laboratórios biomédicos:
sensibilizar o gestor ou administrador sobre a importância do trabalho em ambiente seguro 
treinamento de toda a equipe em relação à biossegurança 
Participação de um interlocutor do laboratório, geralmente o Presidente da Comissão Interna de Biossegurança; 
Sinalizar as áreas de risco do laboratório 
Etapas para o gerenciamento de Biossegurança em laboratórios biomédicos:
Criar procedimentos operacionais padrões (POP) para os experimentos, os equipamentos e ainda um guia para manipulação de microorganismos e outro para procedimentos em casos de acidentes.
 Fazer uma relação de todos os EPIs e EPCs necessários para a proteção dos profissionais; 
Criar um Plano de Gerenciamento de Resíduos em Saúde (Laboratório)
Utilização do software registro de informações sobre saúde dos profissionais e que integre informações sobre incidentes/acidentes e normas de biossegurança e qualidade.
E.P.I.
- Luva: com talco e nítrica (livre de DNA, RNA...)
- Mascara 
- Sapato fechado
- Jaleco (não pode ser furado). Pode ser impermeável
- Óculos de proteção (revelação ultra forese, ultra-violeta...) 
- Proteção pés e cabeça
E.P.C.
- Bancada
- Fulxo laminar (cabine biológica)
- Chuveiro / Lava olhos (chuveiro químico para soluções químicos)
- Extintor de incêndio 
- Pia
- Exaustores (capelas de exaustão)
Aerossóis
Conceito
O aerossol consiste num aglomerado de partículas com aproximadamente 0,5µ à 1,20 µ que podem ser sólidos ou líquidos, possuem como característica a dispersão no ar atmosférico e dependendo do agente podem se manter em suspensão com viabilidade de transmitir doenças.
Formação dos Aerossóis
O uso de alguns equipamentos em procedimentos técnicos incorretos podem gerar aerossóis tais como (CDC, 2001): 
• A agitação em alta velocidade de materiais biológicos infecciosos; 
• A remoção de meio de cultura líquido com seringa; 
• A flambagem de alças de platina nas técnicas bacteriológicas;
• O descarte da última gota de fluidos contaminados de uma pipeta (mesmo com o pipetador automático); 
• O ato de destampar um frasco de cultivo ou de suspensão de líquidos imediatamente após agitá-lo; e o rompimento de células com ultra-som.
Vias de Penetração por Microrganismos
Via aérea
Os laboratórios biomédicos, em sua grande maioria, produzem aerossóis devido ao ato de pipetagem, centrifugação (com a abertura da centrífuga, com o rotor em funcionamento), maceração de tecidos, agitação, flambagem de alça de platina, abertura de ampolas liofilizadas, manipulação de fluidos orgânicos, abertura de frascos com cultura de células infectadas, seja por outras práticas.
O aerossol pode ficar em suspensão, propagar-se à distância e contaminar um grupo grande de profissionais, dependendo da concentração do agente infeccioso, da capacidade de patogenicidade e de sua virulência (Simons, 1991 & Brun, 1993).
Via cutânea
Uma das formas mais freqüentes de transmissão por esta via é, sem dúvida, a picada com agulhas contaminadas, sobretudo durante a prática incorreta de recapeá-las.
O corte ou perfuração por vidraria quebrada, trincada ou ainda por instrumentos pérfuro-cortantes contaminados também constituem modos de contaminação relevantes
Via ocular
A contaminação da mucosa conjuntival ocorre, invariavelmente, por projeções de gotículas ou aerossóis de material infectante nos olhos.
Via oral
O ato de pipetar com a boca representa uma das mais freqüentes formas de infecção nos laboratórios. Porém, a contaminação oral não ocorre, necessariamente, por esta prática, sendo o hábito de fumar, fazer refeições no laboratório e a falta de procedimentos higiênicos (não lavar as mãos após manusear materiais contaminados) importantes formas de transmissão por esta via.
Boas Práticas no Laboratório
Consiste em um conjunto de normas e procedimentos de segurança que visam minimizar os acidentes e aumentar o nível da consciência dos profissionais que trabalham em laboratórios de pesquisa. Abaixo, encontram-se listadas algumas das principais normas de Biossegurança (CDC 2001). 
Lavar as mãos antes e após a jornada de trabalho e antes e após o almoço. 
Evitar pipetar com a boca. Usar, sempre que possível, pipetadores automáticos e pêras de borracha;
 No laboratório, não fazer refeições ou preparar alimentos, não beber, não fazer higiene bucal ou maquilagem, não barbear-se, não fumar, não roer as unhas; 
Os artigos de uso pessoal devem ser guardados em locais apropriados, nunca no laboratório; 
Não trabalhar com calçados abertos, ou seja, usar sapatos que protejam inteiramente os pés;
 Cuidado com a formação de aerossóis e respingos, o que implica em ter sempre um protocolo com procedimentos de segurança para estes casos; 
Não trabalhar com material patogênico se houver ferida na mão ou no pulso; 
Quando do uso de luvas, evitar abrir portas e atender telefone; 
Durante a rotina de trabalho, o profissional deverá utilizar roupas apropriadas ao trabalho desenvolvido, como, por exemplo, aventais, jalecos e outros uniformes afins; 
O responsável pelo laboratório deverá criar uma rotina de procedimentos em biossegurança, enfocando principalmente os riscos a que está exposta sua equipe; 
As bancadas de trabalho deverão ser lavadas e desinfetadas antes da rotina de trabalho; 
Evitar trabalhar sozinho no laboratório; 
Pratique a idéia da Biossegurança.
Transporte
O transporte de microrganismos e demais insumos de laboratório deverá seguir os procedimentos recomendados pelo Departamento de Aviação Civil, pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, pela Divisão de Saúde dos Portos e pelos demais órgãos competentes. 
Na etiqueta deverá constar o nível de risco do microrganismo e na embalagem é obrigatório o símbolo do risco biológico.
Transporte interno 							Transporte externo
Equipamento de Proteção Individual
Conclusão
Apesar dos recentes avanços na área de biossegurança, nos últimos anos tem existido a necessidade premente de todos os setores da sociedade – em especial os diretamente envolvidos com o risco biológico – estabelecerem urgentemente um sistema de informações que contemple a notificação de acidentes e uma maior participação dos trabalhadores, pois são eles os que sofrem o impacto direto dos riscos e, com certeza, os que possuem as melhores informações para minimizá-los.

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