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Aula_1_2015

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A CONTABILIDADE SOCIAL: DEFINIÇÕES USUAIS E PRINCIPAIS FERRAMENTAS
Contabilidade Social: características e peculiaridades
Desenvolvimento Conceitual: uma proposta de segmentação
Os Trabalhos Pioneiros nos Cálculos Agregativos
As Contribuições dos Clássicos
A Revolução keynesiana
Definições Usuais em Contabilidade Social: produto, produção, renda, consumo, formação bruta de capital fixo, demanda agregada e produto interno bruto
As principais ferramentas: tabela de recursos e usos, matriz insumo-produto, contas econômicas integradas, contas satélites e o balanço de pagamentos
DO QUE TRATA A CONTABILIDADE SOCIAL
Mensurar a atividade econômica e social em seus múltiplos aspectos.
Sistematizar regras para a produção e a organização contínua de informações relevantes para a economia.
Fornecer estimativas dos agregados macroeconômicos derivados do sistema de Contas Nacionais.
Em resumo: através da Contabilidade Social obtém-se um retrato da realidade econômica e social dos países ou regiões que permite acompanhar como crescem e se desenvolvem ao longo do tempo.
UMA PRIMEIRA DEFINIÇÃO
Refere-se a uma forma especial de estatística econômica, cuja matéria é a classificação e a mensuração sistemática de todas as transações que compõem a vida econômica de uma nação
É definida como uma técnica, similar às dos sistemas convencionais de contabilidade, que se propõe a apresentar uma síntese de informações, cifradas em unidade monetárias, sobre os vários tipos de transações econômicas que se verificam, em determinado período de tempo, entre os diversos setores e agentes do sistema econômico de um país
ALGUMAS PECULIARIDADES DA DEFINIÇÃO
Uma técnica, não uma ciência
Similar, não diretamente derivada dos sistemas convencionais de contabilidade
Uma síntese, não informações excessivamente analíticas e pormenorizadas
Unidades monetárias, não valores expressos em outras unidades de medida
Transações econômicas, não situações
Agentes: famílias, governo, empresários, resto do mundo
A DEFINIÇÃO DO DECNA - IBGE
“A contabilidade nacional que tem como objetivo representar e quantificar a economia de um país. O esquema descritivo visa reproduzir os fenômenos essenciais do circuito econômico: produção, geração de renda, consumo, financiamento, acumulação e relações com o resto do mundo” (IBGE, 1990)
DESENVOLVIMENTO CONCEITUAL: UMA PROPOSTA DE SEGMENTAÇÃO
Primeira Etapa: Dos trabalhos pioneiros da segunda metade do século XVII à década de 1930
Segunda Etapa: Da década de 1930 até o término na Segunda Grande Guerra
Terceira Etapa: Do último pós-guerra à década de 1990
Quarta Etapa: Da última revisão do SNA 1993 até os dias atuais
PRIMEIRA ETAPA: DOS TRABALHOS PIONEIROS DA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVII À DÉCADA DE 1930
Tentativa de definição de conceitos (adaptação da teoria econômica à contabilidade nacional)
A avaliação dos potenciais de guerra
O cálculo da capacidade de contribuição fiscal da nação
SEGUNDA ETAPA: DA DÉCADA DE 1930 ATÉ O TÉRMINO NA SEGUNDA GRANDE GUERRA
O Planejamento de políticas anti-depressão (quebra de paradigma clássico de intervenção econômica)
O conhecimento da estrutura e do potencial dos sistemas econômicos nacionais, sobretudo com vista à mobilização de guerra
Desenvolvimento da análise econômica agregativa (em complementação à microeconomia)
TERCEIRA ETAPA: DO ÚLTIMO PÓS-GUERRA À DÉCADA DE 1990
Fornecimento de dados agregativos para a formulação e acompanhamento da política econômica governamental
Conhecimento da estrutura e do potencial dos sistemas econômicos nacionais, não só de interesse para atividades de segurança e defesa, mas também com vistas ao crescimento das nações subdesenvolvidas
Atendimento de necessidades estatísticas das Nações Unidas 
QUARTA ETAPA: DA ÚLTIMA REVISÃO DO SNA 1993 ATÉ OS DIAS ATUAIS
Aperfeiçoamentos quantitativos e qualitativos possibilitaram maior refinamento conceitual e estimativas mais precisas
Surgimento e intensificação na utilização de novos instrumentos tais como as tabelas de recursos e usos e as contas satélites
OS TRABALHOS PIONEIROS
William Petty (1665) e Gregory King (1696)
Definição dos conceitos de renda e fortuna nacional
Definição de um sistema de dupla entrada (mais tarde chamado de partidas dobradas)
François Quesnay (1758) – Tableau Économique: compreensão dos fluxos em que se fundamentam as atividades econômicas das nações
A análise de Quesnay foi a precursora dos atuais modelos de inter-relações setoriais 
AS CONTRIBUIÇÕES DOS CLÁSSICOS
As contribuições dos autores clássicos (dos quais se destaca Adam Smith) ao cálculo agregativo limitaram-se a dois aspectos: o primeiro refere-se à revisão e crítica do conceito fisiocrata sobre atividades consideradas economicamente estéreis. O segundo refere-se à mais clara compreensão das inter-relações e da identidade dos circuitos da produção, da renda e dos dispêndios nacionais.
A REVOLUÇÃO KEYNESIANA
Motivação da análise keynesiana: necessidade de definir, com base em levantamentos quantitativos, as linhas mestras de políticas anti-depressão 
Pré requisito: o desenvolvimento conceitual da análise agregativa já havia atingido apreciável grau de maturidade
A análise econômica, sob a influência de Keynes, passou a atribuir importância fundamental ao fluxo global de dispêndio das nações (particularmente de investimentos governamentais, devido ao seu caráter multiplicador)
APENAS UM PARÊNTESE NA DISCUSSÃO DOS SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS 
Para estabelecer uma real política anti-depressão, a produção, a renda e a demanda agregada deveriam ser contabilizados, dando origem ao primeiro sistema de contas nacionais (graças as contribuições de Richard Stone). A partir dessa ferramenta podiam ser geradas novas informações mais desdobradas, segundo os agentes da atividade econômica: unidades familiares, empresas, governo e o “resto do mundo”
DEFINIÇÕES USUAIS DA CONTABILIDADE SOCIAL
Consumo: associa-se a idéia de destruição. Do ponto de vista da contabilidade social, entende-se o consumo como o ato de aquisição do produto final pelo consumidor – agente cuja necessidade própria, ou de seus dependentes será satisfeita pelos produtos adquiridos. Considera-se ainda como consumo o usufruto de determinados tipos de bens e serviços coletivos que atendem a necessidade de caráter público, tais como os bens públicos como defesa nacional e iluminação pública
Renda: quaisquer bens ou serviços que sejam produzidos exigem o emprego de recursos econômicos, denominados de fatores de produção, como o capital, o trabalho, a tecnologia e a capacidade empresarial. A mobilização, pelas empresas, desses diferentes tipos de fatores conduz ao pagamento de remunerações, sob a forma de salários, juros, aluguéis e lucros. Estas remunerações, geralmente denominadas custo de fatores, correspondem ao conceito econômico de renda
DEFINIÇÕES USUAIS DA CONTABILIDADE SOCIAL
DEFINIÇÕES USUAIS DA CONTABILIDADE SOCIAL
Formação Bruta de Capital Fixo: Representa a formação bruta de capital, ou seja, os gastos dos agentes econômicos para aumentar os seus ativos fixos. Em linguagem mais coloquial, a FBCK representa os investimentos em ativos de capital, ou seja, em ampliação da capacidade produtiva, considerando os bens duráveis, cuja vida útil é superior a um ano.
Produção: é toda a atividade necessária para atender, nas ocasiões e lugares adequados, às necessidades humanas, coletivas ou privadas, de bens e serviços materiais ou imateriais, tangíveis ou não. A produção envolve um processo contínuo de entradas (inputs) e saídas (outputs). A diferença entre o valor das saídas e das entradas deve ser entendido como o produto de uma determinada economia. Isto equivale a dizer que o conceito de produto corresponde ao valor agregado pelas empresas no decurso da produção
DEFINIÇÕES USUAIS DA CONTABILIDADE SOCIAL
A Demanda Agregada é o somatório de todas as despesas das famílias, do governo, dos investimentos das empresas e do saldo comercial (exportações menos importações).
É representada na contabilidade social pela seguinte equação
Y= C + I + G + (X-M)
O Produto Interno Bruto (PIB) é a expressão monetária do conjunto de bens e serviços finais (isto é, já descontados todos os insumos que participaram do processo produtivo) que são gerados em uma determinada economia em um determinado período de tempo.
DEFINIÇÕES USUAIS DA CONTABILIDADE SOCIAL
A Tabela de Recursos e Usos (TRU) se divide:
Tabela de Recursos de Bens e Serviços apresenta a oferta total de Bens e Serviços da economia (produção e importação); 
 
Tabela de Usos de Bens e Serviços apresenta o Consumo Intermediário e a Demanda Final totalizando o demanda da economia e
Componentes do Valor Adicionado por setor de atividade.
PRINCIPAIS FERRAMENTAS DA CONTABILIDADE SOCIAL
As Contas Nacionais no Brasil
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As Contas Econômicas Integradas (CEIs) são contas construídas em torno de uma seqüência de contas de fluxos inter-relacionadas com as contas de patrimônio. As CEI contêm três grupos de contas. O grupo A é constituído pela conta de bens e serviços; o grupo B é composto por três contas: a conta da produção, a conta da renda e a conta de acumulação. Finalmente, o grupo C é composto pela conta de operações correntes com o resto do mundo
PRINCIPAIS FERRAMENTAS DA CONTABILIDADE SOCIAL
PRINCIPAIS FERRAMENTAS DA CONTABILIDADE SOCIAL
A Matriz Insumo-Produto: é um quadro de dupla entrada que registra as transações intra e interindustriais, revelando as conexões estabelecidas para o processo da produção. O modelo insumo-produto fornece: a desagregação do total da demanda final, segundo as categorias de transações que a compõem; a desagregação do valor agregado pelos diversos ramos considerados quando do processo de produção; e a desagregação da demanda intermediária, representada pelos fornecimentos e aquisições de cada um dos ramos em relação a si próprio e aos demais
Balanço de Pagamentos: é um registro sistemático de todas as transações econômicas, durante um dado período de tempo, entre os residentes de um determinado país e os residentes do resto do mundo. O BP está divido em duas grandes contas: as transações correntes (balança comercial e de serviços e transferências unilaterais) e a conta de capital (movimento de capitais e erros e omissões) 
PRINCIPAIS FERRAMENTAS DA CONTABILIDADE SOCIAL
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A – Balança de Transações Correntes (BTC ou Saldo em Conta Corrente do BP = A1 + A2 + A3)
	A1 – Balança Comercial
		A1.1 – Exportações (FOB): débito
		A1.2 – Importações (FOB): crédito
	A2 – Balança de Serviços e Rendas
		A2.1 – Transportes (fretes, etc) e Seguros
		A2.2 – Viagens Internacionais e Turismo
		A2.3 – Rendas de Capital (lucros, juros, dividendos, lucro reinvestido pelas multinacionais)
		A2.4 – Royalties e licenças
		A2.5 – Diversos (serviços governamentais – embaixadas, consuladodos, representações no exterior, etc)
	A3 – Transferências Unilaterais Correntes (donativos)
B – Conta Capital e Financeira (Balança (movimento) de Capitais)
	B1 – Investimentos direto líquido (instalação e participação do capital de multinacionais no país)
	B2 – Reinvestimentos (reinvestimentos de multinacionais já instaladas no país)
	B3 – Empréstimos e Financiamentos a Longo e Médio Prazo (Banco Mundial, etc)
	B4 – Empréstimos a Curto Prazo
	B5 – Amortizações de Empréstimos e Financiamentos
	B6 – Empréstimos de Regularização do FMI (problemas de liquidez)
	B7 – Capitais a Curto Prazo (aplicações no mercado financeiro)
C – Erros e Omissões
Saldo do Balanço de Pagamentos (A + B + C)
D – Transações Compensatórias (Financiamento Oficial Compensatório)
	D1 – Variação de Reservas = - SBP
	
Balanço de Pagamentos
PRINCIPAIS FERRAMENTAS DA CONTABILIDADE SOCIAL
Contas Satélites: são contas realizadas fora do Sistema como um todo e que buscam gerar mais informações sobre determinados segmentos da economia. As Contas Satélites possibilitam a ampliação da capacidade analítica da Contabilidade Nacional ou Regional sobre determinadas áreas de interesse social, com a vantagem de não sobrecarregar ou distorcer o sistema central, ou núcleo do cálculo. Ou seja elas são elaboradas à parte, objetivando explicar desempenhos econômicos por meio de outros indicadores, que não necessariamente aqueles utilizados para calcular as grandezas econômicas. 
Exercício de Reflexão
1 – Na seguinte definição a um erro evidente, comente
A Contabilidade social é definida como uma técnica, similar às dos sistemas convencionais de contabilidade, que se propõe a apresentar um grande painel de informações, cifradas em unidade monetárias, sobre os vários tipos de transações econômicas que se verificam, em determinado período de tempo, entre os diversos setores e agentes do sistema econômico de um país
Exercício de Reflexão
2 - A idéia keynesiana sobre o ponto de equilíbrio econômico diverge do ponto de vista da escola clássica. Estabeleça comparação entre estes dois pontos de vista
3 – Explique o efeito multiplicador Keynesiano pela ótica da contabilidade social

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