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Placenta e membranas fetais Curso: Medicina Profa: Dra Fernanda Silva Torres SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 2ª a 4ª semana Sinciciotrofoblasto – origina a placenta. Saco vitelínico secundário – intestinos. Células do citotrofoblasto e do mesoderma extra-embrionário – córion (saco gestacional). Placa pré-cordal - origina a boca . Pedículo de ligação - origina o cordão umbilical. Formação da Placenta SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 Etapas de formação da placenta: 1ª Etapa – Pré-lacunar (7°- 8° dia): Formada a partir do trofoblasto 2ª Etapa – Lacunar (9°-12° dia): Formam-se as lacunas trofoblásticas entre as vilosidades do trofoblasto 3ª Etapa – Vilosa (13° dia ao final do 4° mês): aparecimento das vilosidades 1as que irão se transformar em vilosidades 2as e 3as. 8ª semana: vilosidades cobrem todo o saco coriônico (córion liso e viloso). Embrião humano no início do segundo mês do desenvolvimento Córion e decídua basal SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 Semanas iniciais: vilosidades cobrem a superfície inteira do cório. Progresso da gravidez: vilosidades no polo embrionário crescem e expandem - córion frondoso. 3° Mês: vilosidades no polo abembrionário degeneram - córion liso. Decídua: endométrio gravídico, camada funcional do endométrio - eliminada durante o parto. 3 regiões: a) decídua basal: sobre o córion fondroso, camada compacta de céls grandes, lipídios e de glicogênio. b) decídua capsular: parte superficial que cobre o concepto. c) decídua parietal: no lado oposto do útero, com a qual se fusiona, obliterando o lúmen uterino. CÓRION FRONDOSO + DECÍDUA BASAL = PLACENTA Membrana amniocoriônica: âmnio + córion - se rompe durante o parto. a Córion e decídua basal 22 – 24 semanas Saco vitelino Saco vitelino MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 3 – 8 semanas Cotilédones Placenta MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 Conceito: local básico de trocas de nutrientes e gases entre a mãe e o feto. Órgão maternofetal. Funções: 1) Proteção (Ac maternos); 2) Nutrição; 3) Respiração (difusão); 4) Excreção e 5) Produção de hormônios (progesterona, estrogênicos, Somatrofina coriônica humana – Prioriza gli para o feto, desenvolve mamas e produz leite) https://oimedicina.files.w ordpress.com/2012/03/pl acenta.jpg?w=714 SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; Circulação placentária MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; Cotilédones: sangue de 80 a 100 artérias espiraladas na placa decidual. Troca placentária somente nas vilosidades que têm vasos fetais em contato íntimo. Membrana placentária: separa sangue materno do fetal, 4 camadas: (1) a camada endotelial de vasos fetais; (2) tecido conjuntivo no eixo da vilosidade; (3) camada citotrofoblástica; (4) sinciciotrofoblasto. 4° mês: membrana placentária mais fina – aumenta a taxa de troca. Âmnio e cordão umbilical MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; Anel umbilical primitivo: linha oval entre âmnio e ectoderma embrionário. 5ª semana passam pelo anel: (1) o pedúnculo embrionário, alantoide e os vasos umbilicais (2 artérias e 1 veia); (2) o pedúnculo vitelino; (3) canal que conecta as cavidades intraembrionária e extraembrionária Cordão umbilical primitivo: surge pois o âmnio começa a envolver os pedúnculos embrionários e vesícula vitelínica. Geleia de Wharton: tecido rico em proteoglicanos - protege para os vasos sanguíneos. Comprimento ~ 55cm Fluido amniótico MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; Conceito: líquido claro e aquoso que preenche a cavidade amniótica. Local de produção: células amnióticas e derivado do sangue materno. Volume: 10 semanas – 30 ml; 20 semanas - 450 mℓ; 37 semanas - 800 a 1.000 mℓ. Funções: 1) Crescimento embrião – feto; 2) Proteção contra infecções e lesões; 3) Permite desenvolvimento dos pulmões; 4) Impede aderência ao âmnio; 5) Controla a temperatura; 6) Permite movimentação fetal; 7) Mantém homeostasia. 5° mês: feto engole o líquido amniótico (400 mℓ/ dia) e urina no líquido. Saco vitelino MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; 32 dias – saco vitelíno (SV) é grande. 10 semanas – saco vitelino resquício piriforme ligado ao intestino médio. Após 20 semanas – deixa de ser visível. Funções: 1) Transfere nutrientes até 3ª semana. 2) Formação do sangue – mesoderma extraemb. que cobre o SV. – até 6ª semana (hematopoese hepática). 3) 4ª semana – forma o intestino primitivo. Endoderma do SV origina: epitélio traqueal, bronquiolar, pulmonar e do TGI. 4) 3ª semana – endoderme do SV migra céls diferenciando em espermatogônias e ovogônias. Alantóide MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; 2° mês - degenera. Importância: 1) 3ª - 5ª semanas – formação do sangue. 2) Vasos sanguíneos alantoidianos – veia e artérias umbilicais 3) Porção intra e extra do alantóide vai do umbigo à bexiga (ao crescer forma o úraco – nascimento: ligamento umbilical mediano) 4) 3ª semana – endoderme do SV migra céls diferenciando em espermatogônias e ovogônias. 3 semanas 9 semanas 3 meses - masculino Mulher adulta Correlações clínicas – Baixo peso ao nascer - BPN MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; Tamanho médio do RN: 2.500 a 4.000 g; 51 cm. BPN < 2.500 g. Restrição do crescimento intrauterino (RCIU) e pequeno para a idade gestacional (PIG) - consideram a idade gestacional. 1:10 RN tem RCIU - problemas neurológicos, malformações, aspiração de mecônio, hipoglicemia, hipocalcemia e síndrome de angústia respiratória. Risco aumentado para: obesidade, HAS, hipercolesterolemia, doença cardiovascular e DM T2 (hipótese de Barker). Causas: anomalias cromossômicas; teratógenos, infecções (rubéola, CTMV, toxoplasmose e sífilis); hipertensão e doenças cardíacas e renais maternas; estado nutricional e nível socioeconômico da mãe; tabagismo e alcoolemia materna; insuficiência placentária e nascimentos múltiplos. Gene para fator semelhante à insulina-I (IGF-I): efeitos mitogênicos e anabólicos - Mutações no gene resultam em RCIU. Pós natal: hormônio do crescimento (GH, do inglês growth hormone). Correlações clínicas – Pré eclâmpsiaSADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; Características: HAS, proteinúria pela diminuição da perfusão (apartir da 20ª semana). Ocorrência: 5% das gestações. Evolução: eclâmpsia (convulsões). Consequências: retardo do crescimento fetal, morte do feto ou da mãe. Causas: distúrbio trofoblástico, com diferenciação incompleta ou ausente das células citotrofoblásticas – invasão rudimentar dos vasos sanguíneos maternos. Fatores de risco: pré-eclâmpsia anterior, nuliparidade (1ª gravidez), obesidade, história familiar, gestação múltipla, HAS e DM. https://static1.squarespace.com/static/522e0f15e4b090 a2d4845b6a/t/53f22401e4b01c5e392159a2/140837788 4031/fg6854234d Correlações clínicas – Doença hemolítica do recém nascido - DHRN SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; Isoimunização: AC maternos contra céls sanguíneas fetais que atravessaram a barreira placentária. Doença hemolítica fetal e do RN: presença de AC maternos que lisarão eritrócitos fetais. Complicações: Eritroblastose fetal - hemólise grave e estimula o ↑ eritroblastos. Hidropisia fetal - rara, anemia grave com edema e efusões nas cavidades corporais - morte do feto. Casos graves: Ag do sistema sanguíneo CDE (Rhesus). Antígeno D ou Rh - imunização após única exposição – ↑ gravidez sucessiva. Resposta imunológica de mãe D (Rh) negativa- para feto é D (Rh) positivo. Prevenção: tipagem sanguínea materna e pesquisa de Ac anti-D. Mulheres Rh-negativas sem AC anti-D - tratamento com Ig Rh (28a semana) ou após qq episódio de contato entre o sangue fetal e o materno. MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 Correlações clínicas – Líquido amniótico SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 Hidrâmnio e polidrâmnio: excesso de líquido amniótico (1.500 a 2.000 mℓ). Causas: idiopáticas (35%); DM (25%); malformações congênitas, distúrbios do SNC (p. ex., anencefalia); e defeitos gastrintestinais, como atresias (p. ex., do esôfago)- impedem que o feto engula o líquido. Oligodrâmnio: diminuição do volume (< 400 mℓ). Causas: agenesia renal. Consequências: constrição do feto, pouco líquido para o feto, “respirar” - hipoplasia pulmonar. Ambas são associadas ao aumento da incidência de defeitos congênitos Correlações clínicas – Variações de implantação de placenta SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. Cap 8.; MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. Cap. 7 Placenta prévia: Conceito: Implantação baixa, sobre o óstio do orifício uterino. Principal causa de hemorragia no 3° trimestre. 0,5% - 1% das gestações. Causas: Multiparidade, idade materna avançada, abortos prévios e gravidez múltipla. Membranas e placentas fetais: dependem da origem dos gêmeos. Membranas fetais em gestações múltiplas Podem ser: Gêmeos monozigóticos –fertilização de 1 ovócito. Gêmeos dizigóticos –fertilização de 2 ovócitos por 2 sptz. Gêmeos Siameses Gêmeos Parasitos = fetus in fetu Gêmeos siameses e parasitos Gêmeos monozigóticos https://entremaesefilhos.com. br/bebe-nasce-com-cabeca- adicional-em-caso-raro- gemeo-parasita-veja/ https://www.noticiasaominuto.com.br/mundo/31757 7/gemeos-siameses-interagem-lado-a-lado-pela- primeira-vez Referências principais SADLER, T. W. Langman | Embriologia Médica, 13ª edição. Guanabara Koogan, 03/2016. MOORE, K.L. Embriologia básica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
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