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POLECO Caderno G1

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03/03 - Teoria da Economia Dual
“(...) afirma que qualquer economia, interna ou internacional, precisa ser analisada em termos de dois setores relativamente independentes: um setor moderno e progressista, caracterizado por um nível elevado de eficiência produtiva e integração econômica, e um setor tradicional, caracterizado por um modo de produção atrasado e por uma autosuficiência local.” (Gilpin;1998: p.86) 
➔Império (coerção) x Hegemonia (consenso) -> reconhecida, aceita
- A hegemonia nunca é imposta. Se apra descrever uma hegemonia se usam elementos ligados a coerção, se está muito mais próximo do conceito de Império do que do conceito de hegemonia.
Hegemon
Sistema
foro -> tributo
bem coletivoHegemon
Sistema
foro -> tributo
bem coletivo
*Exemplo: Eua e o padrão dólar-ouro: os EUA forneceram estabilidade econômica ao sistema e tinha a vantagem de não arcar com os custos cambiais, uma vez que não precisava fazer câmbio de sua moeda. Porém, quando um Estado se torna muito poderoso, o foro passa a ser pago por coação, não mais por prevenção e, nesse momento, não se tem mais uma hegemonia e sim um Império.
A influência norte-americana atualmente é muito mais baseada na coação - o que gera desestabilidade no sistema - do que consenso.
Suzan Strange (1988) - Questiona a inexistência da política na economia internacional
Gilpin -: sintetiza esse pensamento.
Teoria da Economia Dual (TED): Perspectiva liberal. Inspirada na ideia de mercado e concorrência. Não existe questionamentos sobre a dificuldade de um país subdesenvolvido se modernizar, apenas a discussão econômica. 
Crítica: não necessariamente se consegue adaptar essa teoria a países.
A TED divide qualquer economia em 2 setores: tradicional ->técnicas atrasadas/obsoletas, mão de obra desqualificada, baixo uso de capital, baixo nível de eficiência produtiva; e moderno (progressista) ->nível elevado de eficiência produtiva, mão de obra especializada, nível elevado de tecnologia, alto uso de capital, integração econômica eficiente, mecanização.
Para eles, o desenvolvimento, a modernização seria a transformação de um setor tradicional em um setor moderno. Aquele setor que não se modernizar, deve ser descartado (o país que não se modernizar é marginalizado)
10/03 - Teoria do Sistema Mundo Moderno
Destaca a existência de uma economia mundial moderna integrada.
Desdobramento da teoria da dependência. Surgiu com o capitalismo, após a criação dos Estados nacionais. 
Olha o SI como um conjunto, não foca apenas no Estado, mas em um sistema. Encontramos teorias para desenvolvimento e subdesenvolvimento na dinâmica dos Estados no SI (Wallerstein). No SMM, há uma hierarquia na integração, onde Estados e classes sociais no centro são desenvolvidos pela exploração do subdesenvolvimento da periferia. Tal relação (centro x periferia) é condição para a existência do SMM.
O centro e a periferia fazem parte de um mesmo conjunto e existe uma relação entre eles.
Centro: alta industrialização e mecanização; tecnologia e produção industrial.
Periferia: baixa industrialização e mecanização; produção agrícola (matéria prima)
Justifica a existência e a permanência do subdesenvolvimento: relação de exploração (não existe centro sem periferia) -> relação histórica, que existe desde o Imperialismo.
Estados hard e soft: capacidade de resistir às forças do mercado (soft-periféricos, altamente vulneráveis às forças; hard-centrais, conseguem canalizar as forças em seu proveito)
Crítica: industrialização de periferias, mas que também não se tornaram centro [surgimento das semi-periferias -> fase intermediária -> não garante ascenção (pode ascender em momentos de crise com vácuo no poder)]
OBS: China e Índia continuam com a base agrária agrícola tradicional por ser uma fonte de emprego para muitas famílias, por isso não interessa a total mecanização da agricultura - a transformação da agricultura tradicional em agrobusiness)
Essa teoria muitas vezes não consegue dar conta do histórico de muitos países, como o do Brasil, por exemplo, que tem dentro do mesmo país setores tradicionais e modernos na agricultura.
Austrália - não é centro, não participa da cadeia de comando - semi-periferia
O dualismo considera o fato de a economia mundial moderna ter se desenvolvido por meio da expressão global da produção destinada ao mercado, assim como pela incorporação de novas áreas à economia moderna -> a ideia de autossuficiência não funciona!
A integração global dos mercados e das instituições é a consequência de um movimento inexorável das forças econômicas para atingir níveis mais elevados de eficiência econômica e de interdependência global -> a ideia de modernização muitas vezes está atrelada à exposição do mercado e à concorrência (leva rum setor tradicional da economia a se modernizar). Ex: Tigres Asiáticos, que eram economias coloniais e passaram por um processo de industrialização acelerada para a substituição de exportações. Porém a população e os governos desses locais passaram por crises não só econômicas, mas também sociais (choque com o tradicionalismo da sociedade). A modernidade não foi dividida por toda a sociedade (o que pode acontecer com qualquer tipo de modernização): desenvolvimento (IDH do país em função do crescimento econômico) é diferente de crescimento (relacionado aos índices econômicos do país, não necessariamente ligado ao desenvolvimento humano).
Em países já desenvolvidos, como os EUA, o processo de desindustrialização afeta não só a economia, mas principalmente a sociedade (a riqueza dos EUA está atrelada ao setor financeiro).
Essa lógica de concorrência muitas vezes não leva em consideração as mudanças na sociedade. O crescimento e a modernização não necessariamente implicam em uma redistribuição de renda ou incorporação de setores e/ou pessoas mais pobres a esse processo.
Até 1985, os EUA tinham como papel ser o credor de última instância, porem após esse ano, esse papel passou a ser do Japão. Os EUA têm, atualmente, o papel de consumidor do mundo.
O tradicional se moderniza através de inovação. A inovação passa a ser algo importantíssimo e até mesmo uma obsessão para se modernizar; para se chegar à modernidade.
A ideia de se reduzir custos de transação também é fundamental - reduzir custos também de materiais de produção (matéria-prima) - miniaturização.
O processo da evolução econômica é motivado pela competição no mercado e pelos mecanismos dos preços, os quais levam a níveis cada vez mais elevados de eficiência produtiva e maximização da riqueza. Os atores ineficientes são forçados a ajustar o seu comportamento e inovar, pois a alternativa é a extinção.
Embora esse processo de modernização econômica possa ser afetado no curto prazo por eventos sociais e políticos, no longo prazo ele independe em grande parte dessas influências externas.
Crítica: caso brasileiro a partir da década de 90, quando houve redução de impostos para captar investimentos estrangeiros.
Fundamentalmente, a criação do mundo moderno é consequência de fatores internos do mercado.
Crítica: atribuir apenas ao setor interno essa responsabilidade é algo no mínimo ingênuo. Como um aís se moderniza sem investimento externo, sem transferência de tecnologia? A modernização depende de cada economia, não da integração de mercados globais (essa integração tem como consequência a concorrência e a necessidade de uma evolução, mas se o país vai conseguir se modernizar ou não é competência dele mesmo).
12/03 - Teoria da Estabilidade Hegemônica
Refere-se aos liberais, capitalistas. Se aproxima do SMM na parte dos ciclos.
Hegemon como estabilizador; provê as condições para o SI funcionar - um “fiscal” do cumprimento dos regimes; fornece ao SI bens coletivos (não excludentes, não competição, ex: limpeza do ar, calçada, rua, coleta de lixo). A privatização dos bens coletivos não funciona, pois é de uso público, algum governo deve se responsabilizar pelo custo da limpeza de parques, por ex. Terceirização funciona.
A hegemonia é uma opção, mas o hegemon TEM que ser: protagonista, relevante, exercer liderança e desejar (Ex: EUA com Wilson, que tinha todos os requisitos, mas não desejava).
O hegemon: estimula o uso das regras, provê bens coletivos.
A TEH afirma que a ordem econômica liberal (livre mercado, abertura, não-discriminação) não poderia se desenvolver plenamente sem a presença de um ator hegemônico.
forte
médio
fraco
forte
médio
fraco
desenvolvimento 
econômico
1843-1873
1943-1973
1873-1913
1913-1943
1973- ?
Pax Britânica
Pax Americana
forte
médio
fraco
forte
médio
fraco
desenvolvimento 
econômico
1843-1873
1943-1973
1873-1913
1913-1943
1973- ?
Pax Britânica
Pax Americana
Durante esses períodos há crescimento da economia liberal. Moeda forte, estabilidade política, bens coletivos.
EUA declinando ou o mundo ascendendo? (Fareed)
Se a modificação no montante de poder altera a organização política o hegemônico muda.
Kindleberg pensa a partir de Tucídides, do conceito de poder -> tenta mostrar que o hegemon pode ser estabilizador, mas há condições.
Schumpeter: trabalha a questão da inovação criativa (influencia a Teoria do Universo em Expansão)
TEH estabelece relação entre o crescimento e estabilização econômica mundial e uma estrutura onde o hegemon assegura as regras - capacidade política
Na economia liberal não há possibilidade de crescimento sem a presença de um ator hegemônico.
3 pré requisitos são necessários para a emergência e a expansão de um SI de mercado liberal:
Hegemonia, ideologia liberal e interesses comuns.
A hegemonia cai quando perde legitimidade, quando os atores do sistema não se sentirem mais beneficiados com a liderança de tal Estado.
Fatores para manter o sistema: ausência de alternativa, inércia
17/03 - Ciclos de Kondratieff
1788 - 1815 (Cong. de Viena: mapa Europa rearrumado, Santa aliança)
1815 - 1843 (Concerto)
1843 - 1873
1873 - 1897
1897 - 1930 (guerra protecionista - ameaça à ideologia liberal)
Fim dos anos 1930’s (transição: GB não é mais hegemonia) - 1940’s
1950’s (fase de ouro do capitalismo: Pax Americana) - 1960’s
1973
fase de expansão, preços crescentes
fase de contração, preços em declínio
fase de expansão
Grande depressão/queda no crescimento até 1897/concorrência
ciclo de expansão/grande depressão
recuperação
forte expansão
contração1788 - 1815 (Cong. de Viena: mapa Europa rearrumado, Santa aliança)
1815 - 1843 (Concerto)
1843 - 1873
1873 - 1897
1897 - 1930 (guerra protecionista - ameaça à ideologia liberal)
Fim dos anos 1930’s (transição: GB não é mais hegemonia) - 1940’s
1950’s (fase de ouro do capitalismo: Pax Americana) - 1960’s
1973
fase de expansão, preços crescentes
fase de contração, preços em declínio
fase de expansão
Grande depressão/queda no crescimento até 1897/concorrência
ciclo de expansão/grande depressão
recuperação
forte expansão
contração
Períodos de expansão → explosão de novas tecnologias + oportunidades de investimentos (chance do país de liderar a economia mundial; GB) 
Fases de pouco crescimento → investimento diminui
Quando a capacidade de inovação declina, os setores industriais são substituídos por outros - processo de transição de liderança. Uma dominação ideológica é importante para hegemonia se estabelecer.
Gilpin não considera as outras formas de hegemonia - que não sejam a Pax Britânica ou a Pax Americana - por lidar com economias liberais. Já Arrighi, por lidar mais com o fator econômico, considera qualquer tipo de hegemonia.
A teoria propõe uma estabilidade exercida por uma potência disposta a prover, por exemplo, a liquidez do SI (capacidade de se converter qualquer ativo em moeda - propriedade relativa) - “lender of last resort” (credor de última instância); promoção da paz; fornecer incentivos ao cumprimento das regras do sistema -> remoção de barreiras com o GATT, porém criam barreiras como o selo verde, o dumping ambiental, formas protecionistas (subsídios, por exemplo).
O que se coloca é o que o papel estabilizador pode ser contestado - até que ponto a teoria se afirma como um estabilizador na Pax Americana.
A formulação dessa teoria é muito oportuna para os neoliberais e neoconservadores, pois justificou muitas ações de política externa nos governos Reagan, Bush (pai e filho).
A potência hegemônica deve também administrar as taxas de câmbio, pois se não o fizer, a economia se torna instável e o nacionalismo econômico destruiria as bases do livre-comércio.
No que tange o declínio de uma ordem econômica, a estabilidade passa a ser abalada conforme o mercado transforma a economia internacional - até que ponto a hegemonia é eficiente.
Obviamente a transição ou mesmo o declínio não ocorrem subitamente. Os processos que levam a uma mudança dessa natureza são longos e há resistência da potência e dos vários atores do sistema para a mudança.
24/03 - Teoria do Universo em Expansão
José Luiz Fiori (anti-hegemonia)
Na medida que países menos desenvolvidos conservassem ou alcançassem autonomia nacional, a teoria econômica previa que os países atrasados realizassem um “catching up” e gradualmente convergissem para seu nível de renda.
Fiori: visão caracterizada pela competição e pela guerra entre as potências. Visão mais geopolítica, mas pessimista.
Explosão (expansão explosiva) vem depois da pressão competitiva no mercado e no SI.
Refuta: crise terminal do hegemônico; ciclo hegemônico (necessidade de substituição)
Momentos em que o SI passa por alargamentos (expansão explosiva por pressão competitiva):
1 - Séc XIII (1150 - 1330) - Europa - Invasões mongóis, cruzadas, formação dos Estados nacionais na Europa, intensificação das guerras.
A influência Otomana na Europa, as invasões, provocam uma centralização européia.
2 - Entre 1450 - 1650, a partir da pressão causada pela expansão do Império Otomano e do Império Habsburgo, pelas guerras da Espanha com a França, os Países Baixos e a Inglaterra, e dá origem à “explosão” representada pela formação de um sistema mundial de Estados.
PS: Ligação dos Habsburgo com o Brasil - Leopoldina.
1648 - Vestfália - consolida um sistema fruto da competição.
3 - 1719 - 1914: causado pela expansão competitiva da Inglaterra e da França, pelo nascimento dos Estados americanos, e pelo surgimento de 3 novas potências: EUA, Alemanha e Japão; e resulta na expansão explosiva representada pela “corrida imperialista”.
4 - A partir de 1970 a pressão competitiva é causada pela “estratégia expansionista e imperialista dos EUA”, pela multiplicação dos Estados soberanos, e pelo crescimento vertiginoso dos países asiáticos, principalmente a China, mas com o países emergentes.
- Até territorial - Iraque, Afeganistão, bases na ásia central.
- Alargamento de fronteiras internas do sistema e externas. Externas - descobrimento de novos lugares; Internas - multiplicação dos Estados, redivisão interna do SI.
26/03 - Mercantilismo
Conjunto de práticas econômicas desenvolvido na Europa na Idade Moderna, entre o séc XV e o final do séc XVIII. Originou um conjunto de medidas econômicas diversas de acordo com os Estados (início da economia européia).
Estado Absolutista
Mercantilismo
Meios
Objetivos
- Barreiras alfandegárias
- Estímulo à expansão marítima e colonial
- Aumento da população
- Incentivo às manufaturas nacionais
- Reforço do poder do Estado nacional
- Metalismo: entesouramento de metais preciosos
- Busca de balança comercial favorável (export. > import.)Estado Absolutista
Mercantilismo
Meios
Objetivos
- Barreiras alfandegárias
- Estímulo à expansão marítima e colonial
- Aumento da população
- Incentivo às manufaturas nacionais
- Reforço do poder do Estado nacional
- Metalismo: entesouramento de metais preciosos
- Busca de balança comercial favorável (export. > import.)
Relação entre Estado e mercado: no mercantilismo o Estado controla o mercado.
Tipos:
Espanhol -> metalista, expansão
colonial, manter balança comercial favorável, protecionismo para o outro não sair. Inflação fez com que sua riqueza fosse drenada.
Francês -> industrialista de luxo
Inglês -> industrialista e comercialista
Holandês -> especulativo
Fisiocrata - Escola de fisiocratas
- Combateram ideias mercantilistas; criaram pela primeira vez uma teoria do liberalismo econômico.
Turgor
Quesnay
Gournay
A terra era a maior riqueza, sendo tudo que é produzido oriundo dela.
Gournay defendia o laissez-faire (deixe fazer), ou seja, a ideia que o mercado se faz por conta própria (autonomia para o mercado).
Liberalismo
Adam Smith - idealizou o pensamento que acredita que o trabalho é a maior riqueza existente. Sem o trabalho não há nada. Defendia o trabalho livre. Acreditava que o mercado para funcional corretamente deveria ser livre, sem a interferência do Estado. “A origem da Riqueza das Nações” é sua principal obra.

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