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OFICINA RÁDIO E TV Técnicas de locução e apresentação Nome: ____________________________________ Instrutor:Marcos Alcantara Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Ler com Atenção! A comunicação é inata ao ser humano. É impossível não se comunicar. Às vezes não é preciso pronunciar sequer uma palavra para nos comunicarmos. É muito comum nos encontros, encontrarmos pessoas que entram “Mudas” e saem “Caladas”, então logo dizemos que ela nada comunicou. Mero engano, o simples fato de ela está “Emburrada” já transmite alguma coisa. Para nos comunicarmos de forma eficaz, é necessário conhecermos o homem e sua cultura. Pesquisa revela que as primeiras palavras que as crianças estão falando, são os nomes de produtos veiculados na mídia. A comunicação é dinâmica, não existe comunicação monólogo. E nós, que somos comunicadores que queremos comunicar a verdade, temos o compromisso de dinamizarmos cada vez mais a nossa comunicação, profissionalizando-nos. Não podemos brincar com os meios de comunicação social. Estes instrumentos são poderosíssimos e, portanto, surge a necessidade de ter pessoas capacitadas para atuarem nesses meios. Um dos maiores segredos da comunicação, é a valorização do receptor. Ele é a pessoa principal e não quem está transmitindo a mensagem. Não podemos cometer o pecado de querermos ser a pessoa mais importante. Comunicação 2011 Página 1 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem UMA VISÃO DO RÁDIO COMO VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO EM MASSA O Rádio é o meio de informação mais eficaz que existe, em função de suas características. Se a atualidade e a rapidez da difusão são os aspectos mais relevantes da informação, é evidente que a universalidade, simultaneidade instantaneidade – características essenciais da tecnologia radiofônica prestam um grande serviço à informação. A falta de profissionais qualificados também se apresenta como barreira. Em sua grande maioria, os profissionais são preparados pelas escolas de comunicação. De fato, o uso de uma linguagem correta que atenda às exigências do Rádio como veículo é fundamental, principalmente porque a comunicação radiofônica é limitada, por contar apenas com o som. Qualquer pessoa, mesmo analfabeta, pode escutar rádio e isso pode ser feito a qualquer momento – quando se acorda, trabalha ou adormece, já que ninguém cruza os braços para escutar rádio. A não opção do ouvinte e a audição durante o desempenho de outra atividade, exigem que o veículo seja dinâmico. Neste sentido, a locução correta se impõe na transmissão radiofônica como um fator básico para se obter compreensão. O bom comunicador é aquele que recebe críticas, e analisa se a mensagem vai repercutir bem. O comunicador é um líder. A comunicação é um cesto de caranguejo. Adilson Oliveira Comunicação 2011 Página 2 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Comunicação e Mercado A Importância do rádio Ao longo dos anos, temos dado ênfase à televisão, que, com certeza merece destaque na área de comunicação. Não poderíamos, entretanto deixar de falar do precursor da revolução tecnológica atual. O Rádio. Tudo começou com o físico James Clarck Maxwell, que, em 1863, descobriu as ondas eletromagnéticas. Em 1885, Rudolph Hertz criou o princípio da propagação radiofônica, e em 1896 iniciou – se a industrialização dos primeiros rádios como produto para consumo em geral. No Brasil, não foi diferente, e há referências de que, por volta dos anos 1893 e 1894, as primeiras experiências de transmissão e recepção sem fio foram efetuadas com êxito pelo cientista e padre gaúcho Roberto Landell de Moura, que construiu um transmissor de ondas que permitia a transmissão da palavra humana articulada. A década de 30, portanto, foi uma espécie de período de testes e preparação para o que viria em seguida. A década de 40, a "época de ouro do rádio brasileiro" foi o período em que o rádio mais se desenvolveu. Foi nestes dez anos que as rádios mais tiverem que modificar seus programas e batalhar para adquirir os melhores profissionais existentes no mercado, pois foi neste período que o rádio chegou ao auge da popularidade. Seus cantores e cantoras, seus atores e atrizes, diretores e locutores se tornaram famosos, ricos e queridos por toda uma população de um País continental. Nesta batalha por audiência valia tudo. Até baixar o nível do programa como emissoras daquela época fizeram e que muitas fazem também hoje. Mas naquele tempo era vital. Não só porque a maior parte da população era analfabeta, mas, principalmente, devido a necessidade de se atrair os patrocinadores, provando-lhes que a rádio "x" e não a "y" tinha maior popularidade. Já em 1941, durante a II Guerra Mundial, surgia o Repórter Esso, criado pela Rádio Nacional. O Repórter Esso é um divisor de águas no radiojornalismo brasileiro. O padrão austero e preciso do Repórter Esso ficou no ar até 1968. Foram 27 anos de um radiojornalismo que procurava mostrar, diariamente, os principais fatos do Brasil e do mundo era, assim como dizia seu slogan, a "testemunha ocular da história". Heron Domingues, que durante 18 anos comandou o Repórter Esso, foi preparado pela United Press Internacional (UPI) estando, portanto, no mesmo nível dos melhores locutores norte-americanos da época. Outro marco do radio jornalismo brasileiro foi o Grande Jornal Falado Tupi, da Rádio Tupi, de São Paulo, criado em 1942. Comunicação 2011 Página 3 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Atualidade – Tantos anos após sua invenção, hoje temos no Brasil várias emissoras de rádio e milhares de aparelhos espalhados por todas as regiões. Alguns simples, operando apenas em uma faixa; outros, em quatro, recebendo sinais em Ondas Curtas (OC), Ondas Tropicais (OT), Ondas Médias (AM) e Freqüência Modulada (FM), siglas que representam a velha tecnologia viva e fortemente ligada ao dia-a-dia das pessoas ainda hoje. O famoso radinho de pilha tornou-se, ao longo de nossa história, um instrumento de formação, informação e educação tão poderoso, que, em alguns momentos, foi fundamental nas decisões do comando da nação. Quem, hoje, consegue imaginar-se entrando em seu carro e não sintonizando o rádio para ouvir as notícias do dia, os últimos acontecimentos políticos, as condições de tráfego aéreo ou rodoviário! O rádio éuma referência tanto para o homem do centro urbano como o do campo. Quando alguém se depara com a verba publicitária anual arrecadada pelas emissoras, não entende porque tantos lutam por tão pouco: dados revelam que a participação no bolo publicitário não passa dos 5%, o que certamente, ainda deverá sofrer mudanças para pior ao longo dos próximos anos. O governo federal, com objetivo de redemocratizar esse veículo, tem trabalhado em várias frentes, tais como a liberação de duas mil novas concessões, o combate às rádios piratas e, fundamentalmente, a liberação das rádios comunitárias, que deverão transmitir seus sinais em um raio máximo de 1000m. Futuro – Tudo que agora foi dito ainda é pouco, diante do que vai acontecer com o rádio nos próximos dez anos, principalmente, para os sistemas de transmissão em AM (Ondas Médias), tecnicamente chamadas de Amplitude Modulada. Talvez você ainda não tenha ouvido falar em XM ou DRM, termos que, em breve, farão parte de nossa vida. O que vem por aí é o que, há algum tempo, considerávamos impossível: receber sinais AM em nossos receptores sem distorções, ruídos nem interferências. A qualidade do som será similar à das rádios FM, e tudo isso nos leva a crer que, nos próximos anos, serão adotados padrões digitais, tornando – se popular e viável a comercialização industrial, o que representará a substituição de 2,5 bilhões de receptores existente em todo o mundo. Isso sem falar dos transmissores AM digitais, que serão necessários. Teremos muitas vantagens, além da melhor qualidade de áudio. Os nossos rádios poderão receber dados, textos e imagens fixas. É como se quiséssemos conectar nosso receptor a um sistema de internet ou handheld (computadores portáteis e celulares), que podem transferir dados armazenados. Você já pensou receber seus e- mails em áudio? Pois isso será possível com o e-radiomail (correio eletrônico de voz enviado por ondas de rádio). Em um futuro distante, poderemos ter transmissões mundiais em XM para aparelhos receptores tão pequenos quanto o relógio de pulso. Isso tudo faz parte do futuro. É preciso avançar e preparar-se para a expansão por meio das rádios, vendo-as como a forma mais barata e eficaz para falar ao sábio ou ao homem do interior. Comunicação 2011 Página 4 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem A HISTÓRIA DA LOCUÇÃO NO RÁDIO A história da locução radiofônica no Brasil começaria no dia 7 de Setembro de 1922, como mais uma das atrações das comemorações do Centenário da Independência do Brasil. Foi a capital política do Brasil, o Rio de Janeiro, o berço da primeira transmissão de rádio. E o Presidente da República. Epitácio Pessoa, o primeiro locutor do Brasil. Além do Rio, Niterói, Petrópolis, a longínqua capital paulista se deslumbrou com o que parecia acreditavelmente mágico. Os responsáveis pela façanha desse espectro físico foram uma retransmissora montada no corcovado e dezenas de aparelhos de recepção distribuídos nos locais estrategicamente estabelecidos. Na primeira década de existência, nos anos 20, o rádio se desenvolveu pouco. Eram vários os problemas que se acumulavam para esse entrave: a locução e a programação eram alguns deles. Os receptores, todos importados, custavam caros demais e, só quem pagava determinada quantia por mês, é que podia ter o privilégio de ouvir a programação. Por outro lado, fora as capitais, a eletricidade era um serviço escasso em quase todos os municípios, o que dificultava a expansão do novo veículo. Comunicação 2011 Página 5 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem APRESENTAÇÃO Os meios de comunicação de massa são os detentores da missão de informar e formar o cidadão. Missão que é dividida em parte, com a escola, família, igreja e outras agremiações. A televisão e o rádio são responsáveis pelo modismo de linguagem. Se um modismo local for transmitido pelo rádio ou televisão, ele passa a ser Regional, Nacional e algumas vezes global. A televisão usa os sentidos da visão e da audição para propagar o conteúdo. O rádio se utiliza apenas da audição, o que requer cuidado maior com o que se transmite, pois o ouvinte recria uma imagem a partir do que ouve. Este trabalho que podemos intitular de “Análise das Locuções nas rádios AM e FM no Brasil” procura contribuir de forma prática, somando-se aos esforços pela melhoria de qualidade das rádios nacionais. No primeiro momento abordamos os fatos que tiveram relevância na solidificação do rádio no Brasil. Não tivemos o interesse de contar a história passo-a- passo, mas efetuá-lo de forma a dar noção da trajetória do veículo desde sua implantação até hoje. Buscou-se explicar o que são e como ocorrem as transmissões em AM e FM, as duas principais bandas de rádio no Brasil. Comunicação 2011 Página 6 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem AM – Amplitude Modulada É um sistema de transmissão de sinais eletromagnéticos através da modulação da amplitude (comprimento) das ondas, em freqüências que variam de 550 a 1600 KHZ. Por ser capaz de captar variações de amplitude, e o receptor AM responde da mesma maneira aos ruídos produzidos naturalmente: Raios, ignição de automóvel, interferências provocadas pelo homem e etc. As transmissões em AM podem ser feitas por meio de ondas curtas, médias e longas; conseguem chegar muito longe, não levando em conta a topografia do terreno. O transmissor não precisa ser muito potente para alcançar longas distâncias. Um transmissor de 25000 Watts cobre, em suas transmissões, várias cidades do país, dependendo da distância entre elas. A freqüência é em kHz (kilo hertz), ou seja, 1000 Hz. Sua programação é voltada para o jornalismo, programas populares, prestação de serviços e esportes. Explora a audiência localizada. Os novos caminhos da AM deverão estar na implantação de novos equipamentos que acompanhe a evolução tecnológica. As grandes rádios, do Rio e São Paulo, já se equiparam com os modernos transmissores no sistema digital DAB. Estúdio Rádio AM Rádio AM - Sonoplastia Comunicação 2011 Página 7 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagemFM – Freqüência Modulada Modula-se a freqüência de uma transmissão de alta qualidade e recepção sonora. Transmite-se 100 por cento de qualidade de som (potência), os receptores captam 98%, em estéreo. Requer potência de transmissão alta, seu alcance é regional, portanto pequeno e setorizado, suas ondas são direcionais e dificilmente ultrapassam limitações geográficas seus receptores são mais e não consegue sintonizar emissoras muito distantes. Sua freqüência de atuação é em megahertz (MHZ), ou seja, 1000000 HZ. Com o advento do satélite artificial, as emissoras de FM, passaram a ter maior autonomia de transmissão, visto que satélite funciona como retransmissor para outras emissoras de rádio coligadas de outra região. Esta é a idéia básica das redes de rádio. A programação da FM constitui-se basicamente em programas musicais e o jornalismo tipo expresso. Há exceções, Ex: Agência Dinheiro Vivo da rádio Alfa Fm. Na FM são feitas muitas promoções, há um departamento especializado nisso. O padrão de programação varia de rádio para rádio, pode ser voltado para os jovens ou para outras faixas etárias. Existem milhares de Rádios e, cada uma com estilo diferente de programação, mas voltadas, muitas vezes, para o mesmo público. Na década de 50, a onda de FM era utilizada apenas para ligar o estúdio aos transmissores de Rádio, como se fosse uma linha telefônica privativa. Estúdios Fm Comunicação 2011 Página 8 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Fonologia e Dicção * RESPIRAÇÃO E LOCUÇÃO Observe a sua respiração. O que se mexe mais quando você respira: o peito ou a barriga? Se é a barriga, ótimo! Quer dizer que você está respirando fundo, levando ar novo a todos os minúsculos alvéolos que formam o tecido dos seus pulmões e retirando deles o gás carbônico que precisa ser eliminado. Mas se é o peito que se mexe, você está respirando só com a parte de cima dos pulmões. A parte de baixo fica lá, estagnada, cheia de ar velho e de resíduos, prontinha para adoecer. Além disso, é lógico que só entra a metade do oxigênio que deveria entrar. Isso obriga você a respirar em dobro para compensar. E precisa de oxigênio? Ora, para misturar com carboidratos da comida, por exemplo, e fornecer combustível para as células. Carboidrato sozinho não funciona, oxigênio também não. Mas com uma grande diferença. A falta de 5% de oxigênio no corpo dá enjôo e tontura, a falta de 10% pode fazer você desmaiar e a falta de 30% mata. O faquir (gaswami, bawa, sadhu etc.), fica 100 dias sem comer, sem respirar ele não fica. * RESPIRAR É AINDA MAIS IMPORTANTE QUE COMER Tanto é assim que respiramos sem querer. Tente parar para ver como é difícil, viu? Pois é. Tudo por causa daquela grande mágica da natureza que é o entra e sai. Inspira (entra); Expira (sai); os dois movimentos têm a mesma importância. Quando não se deixa sair uma coisa, a outra não pode entrar. Muitas das limitações do corpo acontecem através da expiração, como por exemplo, as toxinas das gorduras superaquecidas dos alimentos que comemos. Respira fundo, dizemos a nós mesmo quando queremos coragem. É com a respiração que galopa ou fica presa quando vem o medo. Pela respiração conhecemos o sono de alguém – lenta e profunda, a pessoa está calma; ofegante e sem ritmo, algo incomoda. O faremos quando queremos passar despercebidos? Prendemos a respiração. Quando aguardamos uma resposta importante, também. E assim que a coisa se resolve, respiramos aliviados. Comunicação 2011 Página 9 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem HÁ TRÊS ASPECTOS BÁSICOS NA RESPIRAÇÃO 1) Ritmo 2) Profundidade 3) Duração A RESPIRAÇÃO LENTA ACALMA – Deixa a pessoa pacífica e compreensiva, produz clareza de pensamento. Ajuda a desenvolver uma percepção mais ampla de todos os fenômenos, aprofunda o autoconhecimento e a consciência universal. Diminui o ritmo das atividades biológicas e a temperatura tende a baixar. A RESPIRAÇÃO RÁPIDA EXCITA – produzindo um estado mental instável. A pessoa muda de emoções bruscamente e tem reações inesperadas de ataques e defesa. Torna-se mais subjetiva e egocêntrica, vê mais os detalhes que o todo, fica mesquinha. A RESPIRAÇÃO PROFUNDA GERA HARMONIA – entre todas as funções do corpo. Com isso, há mais satisfação, estabilidade emocional, confiança e capacidade de expressão. Facilita a meditação e o sentimento amoroso. A RESPIRAÇÃO SUPERFICIAL GERA CARÊNCIA – já que não supre as necessidades orgânicas do oxigênio. Isso se reflete no estado emocional. A pessoa fica medrosa, volúvel, insegura, ruim de memória e intuição. A angústia tem muito a ver com isso. A RESPIRAÇÃO LONGA (profunda) DÁ PODER DE CONCENTRAÇÃO – e sintoniza as pessoas com o ritmo do universo; traz paciência, calma, tolerância, desenvolve uma visão das coisas e a consciência do aqui e agora. A memória e a visão do futuro se tornam mais extensas e claras. A RESPIRAÇÃO CURTA É DISPERSIVA – traz impaciência, cria um ritmo irregular; as pessoas mudam muito de idéia, tendem a intolerância e ao mau humor. Custa a se adaptar aos ambientes, vive em conflito e se apega mais aos detalhes que ao todo. Sem muito esforço, é possível concluir que uma respiração longa, lenta e profunda, pode criar dentro de cada um de nós, um oásis particular de harmonia, paz e saúde. É utilizada em qualquer hora, situação e lugar, por qualquer pessoa. Obs. A respiração é a sua arma. Com ela, você domina a sua energia vital. Comunicação 2011 Página 10 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Exercícios práticos para iniciar a locução Afim de um aprimoramento em nível vocabular, o locutor deve estar constantemente treinando. Utilize os textos a seguir como exercícios individuais. Exercícios de Relaxamento 1 - Relaxamento Triangular: a) Circular a cabeça para a esquerda. b) Circular a cabeça para a direita. c) Circular a cabeça horizontal, lateral e vertical. 2 - Relaxamento dos Músculos do rosto: a) Agilização de todas as partes do rosto fazendo caretas. 3 - Relaxamento Diafragmático: a) Movimentação do baixo ventre. b) Falar movimentando o diafragma pronunciando as vogais: a, e, i, o, u. 4 - Relaxamento das Pregas Vocais: a) Cantarolar uma música de forma anasalada. Exercícios para Sibilação 1 - Na sibilação a língua não é colocada por trás dos dentes. Com esses exercícios você deverá forçar ao máximo a colocação da língua por trás deles. a) Zi...Sid) Bi...Pi g) F...V F...V F...V b) Fi...Chi e) Di...Ti h) S...Z S...Z S...Z c) Vi...Gui f) Gui...Qui i) X...G X...G X...G Comunicação 2011 Página 11 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Exercícios para Problema de Articulação do R baR – muR – peR – vuR – deR – xaR – coR – teR – queR – dRu – cRo – vRi – fRa – teR – teRê – faRá – viRi – coRó – duRú - zêR - quéR - riR - fRa - tRú. Exercícios Terapêuticos diários para Relaxamento antes de Falar 1) Emitir de forma suave com baixa intensidade as sílabas que se seguem. ... ME – TRÚ – VÊ – JÊ – QUE – GUE – ZÊ – BRÊ Obs. Comece a fazer os exercícios de forma linear, após repeti-los de forma ondulada. Exercícios para Limpeza das Pregas Vocais Colocar a língua totalmente para fora e fazer a escala das notas musicais, em escala, pronunciando a letra “E”. Dó E RÉ E MI E FÁ E SOL E LÁ E SÍ E Exercícios Variados de Fonoarticulação “O mameluco maluco e melancólico meditava e a megera magalocéfala macabra e maquiavélica mastigava mostarda na maloca, minguadas e míseras miavam na moagem, mas mitigavam mais e mais as meninas”. Para leitura lenta “E há nevoentos desencantos dos encantos dos pensamentos nos santos lentos dos recantos bentos, dos cantos dos conventos. Prantos de intentos, lentos, lentos tantos que encantam os atentos ventos”. Comunicação 2011 Página 12 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem CUIDADOS COM A VOZ Períodos curtos de rouquidão em adultos, geralmente, não são motivos de maiores preocupações. Costumam aparecer por causa de gripes que atingem a laringe onde estão localizadas as pregas vocais. Dificuldades emocionais também podem estar por trás dos sintomas. A associação entre agressões físicas causadas pelo cigarro, alergias, infecções e o uso inadequado da voz é de fato o agente causador de boa parte dos problemas das pregas vocais. A ansiedade aumenta a tensão muscular e modifica a postura. O paciente tende a não relaxar o corpo para a respiração diafragmática, a forçar a voz na garganta e até agitar sem motivo. O tratamento destes casos conjuga exercícios de fono, técnicas de relaxamento e diminuição de ansiedade. Em situações estressantes, as pessoas podem perder completamente a voz. LEMBRETES PARA UMA BOA LOCUÇAO 1) Exercite sua leitura e interpretação. Leia tudo o que lhe cair nas mãos, bula de remédio, receita culinária, livros, anúncios comerciais de revistas, etc. O leitor habitual não costuma cair em armadilhas de palavras ou termos usados com pouca freqüência. 2) Nunca é demais ter conhecimentos mínimos de regras gramaticais e cultuar um vocabulário extenso e versátil, é de fato, um pré-requisito para eficiência da comunicação. 3) É bom evitar expressões complicadas, pois soará como pedantismo (Age com extrema arrogância) da sua parte e pode perturbar o fluxo da mensagem que se está transmitindo. 4) O entusiasmo em demasia pode ridicularizar a locução. 5) É sempre necessário manter-se bem informado sobre os acontecimentos importantes que ocorrem no mundo. Ter conhecimento prévio das notícias permite que se façam comentários pertinentes com lógica e conteúdo. 6) Se não houver “Script” (roteiro de programa), faça um esquema prévio, principalmente se o assunto envolver nomes, datas, locais, números e relações em geral. 7) Evite as “abobrinhas”, pois elas desvalorizam qualquer trabalho. 8) O ideal é que o locutor participe da redação do texto que irá ler (interpretar), pois assim facilitará a interpretação na leitura durante a locução. 9) Seja claro e acessível. Não enrole seu ouvinte com palavras que nem todos possam entender. 10) Lembre-se: Você não é a pessoa mais importante, e sim, o Receptor. Comunicação 2011 Página 13 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem IMPROVISAÇÃO Há casos em que o locutor pode se deparar com situações em que tenha que fazer uso de improvisações que não se forem realizadas com segurança, podem causar alguns embaraços. A improvisação pode seguir dois caminhos distintos: 1) Aquela que é produzida, prevista com efeitos especiais e aí nem é considerada tanto uma improvisação na acepção do termo, porque tem um roteiro que se aproxima da descontração. 2) Pode ser considerada também com a inclusão de comentários musicais. A verdadeira improvisação é espontânea, surge aparte de lapsos técnicos, jornalísticos ou na própria programação. É quando você se vê na contingência (nem falsa, nem verdadeira), de falar para que a transmissão retorne ao seu curso e siga normalmente. É a oportunidade de se exercitar o raciocínio e falar a coisa certa em momentos críticos. Comunicação 2011 Página 14 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem LEITURA EM VOZ ALTA E INTERPRETAÇÃO O MAIOR IMPULSO DO SER HUMANO É SENTIR-SE IMPORTANTE E VALORIZADO. QUANTO MAIS IMPORTANTE VOCÊ FIZER ALGUÉM SE SENTIR, MAIS POSITIVAMENTE ESSA PESSOA AGIRÁ EM RELAÇÃO A VOCÊ. O PRINCIPAL INTERESSE DAS PESSOAS SÃO ELAS PRÓPRIAS. SUA ABORDAGEM DEVE SER NO SENTIDO DO QUE AS OUTRAS PESSOAS PENSAM E DESEJAM. ALGUM DIA, EM ALGUM LUGAR, VOCÊ RECEBERÁ EM DOBRO O QUE DER. PENSE NISSO! Comunicação 2011 Página 15 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Regionalismo na Fala Comum e Locução Regionalismo - é tudo aquilo que se diz respeito a uma região, termo, locução ou costumes próprios daqueles que vivem nessa região. E regionalista é aquele que defende os interesses regionais. Fala Comum e Locução - Cada região tem sua origem, costumes e hábitos que divergem em relação a outros estados. Mas se tratando de comunicação, é preciso atentar para um detalhe que a comunicação exige em todos os sentidos. A Dicção. O que é Dicção? É a forma como se pronunciam as palavras. É o modo (individual) de falar, de pronunciar as palavras, observar as vírgulas, exclamações,etc. A boa dicção é o modo de falar do bom orador. O oposto é a dicção ou pronúncia ruim. Exemplo: Nós, mineiros, tendemos a dizer: "prestenção” Alguns paulistas incluem um "ñ" que não existe: "Carñne”. Mas, mineiros, se cuidando de uma dicção melhor, vamos dizer: "Paulista preste atenção! Não é carñne!", Respeitando as vírgulas, exclamações, etc. Até a respiração é importante na dicção e na oratória. Comunicação 2011 Página 16 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Modulação de voz e variação no ritmo da locução É importantíssimo que esteja presente em uma locução a modulação da voz do locutor, ou seja, variação entre graves, médios e agudos, de forma que a locução não fique cansativa e viciada em médio-grave, médio-agudo, somente grave ou somente agudo. Outro fator muito importante para que a locução não fique cansativa e maçante é estar presente à variação no ritmo da locução, ou seja, mudança da velocidade na verbalização do texto. A voz é o instrumento de trabalho do locutor e através dela muitos conseguem criar uma magia em volta de si. Dicionário do locutor. Peças Comerciais – Forma pela quais as mensagens publicitárias são veiculadas no rádio, sendo elas: Spots – Jingles – Testemunhais – Teaser - Slogans. Spots – Trata-se de uma peça simples e objetiva, onde o produto ou oferta é apresentado através de um texto locutado. Elaborado e produzido para ser veiculado no rádio pode ser, além do texto locutado, uma forma de explorar os elementos da sonoplastia, tais como efeitos sonoros e trilhas. Briefing - Relatório em que estão colocados os dados necessários para elaboração de uma campanha de comunicação. Jingle – Trata-se do anúncio cantado, com uma produção sonora bem mais elaborada que um spot. A produção de um jingle envolve além do compositor, demais músicos e cantores que executarão sua gravação no estúdio de uma produtora. Sua mensagem pode conter temas institucionais da empresa ou ofertas e lançamentos de um produto. Pode ser cantado, o que marca bem mais a mensagem no ar, e pode conforme sua incidência de veiculação, fazer com que os ouvintes memorizem sua melodia cantarolando durante o dia. Teaser – A simples irradiação do nome do produto e seu slogan: Ex.: “Coca Cola sempre Coca Cola”, ”Brahma... Paixão Nacional”. Comunicação 2011 Página 17 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Slogan – É o conceito do produto, que resume a idéia que este deseja transmitir: Ex.: “General Motors, tecnologia a serviço do homem.”, “Ford, faz o seu caminho melhor.”, “Dimas Jr., O Designer da Voz.”. Locutor publicitário - Locutor publicitário é o profissional que empresta sua voz para anúncios de mídias dotadas de som. Podemos citar como exemplo o rádio, a TV, o cinema, a internet e outros. A locução publicitária pode ser narrativa, informativa, interpretada, caricaturizada, lenta, ágil e de diversas outras formas, dependendo da necessidade. O bom locutor é capaz de identificar prontamente a intenção da peça publicitária traduzindo-a em sua colocação de voz, interpretação de texto e estilo. Mestre-de-cerimônias – O mestre-de-cerimônias conduz uma cerimônia ou evento. Do alto de seu púlpito, o mestre-de-cerimônias narra, cita e dá andamento aos acontecimentos programados para um evento. Em sua pessoa está depositada a responsabilidade de transmitir aos espectadores um bom astral durante a apresentação, mantendo a atenção do público no desenrolar do evento através de sua presença, apresentação e dicção. Narrador – O narrador relata os fatos de uma sucessão de eventos. Narra um programa de TV, um espetáculo teatral, um documentário científico, um vídeo institucional de uma empresa, uma partida de futebol, entre outros. Locução Comercial – O som da voz dos locutores de comerciais está presente na maioria das propagandas e publicidades, representando aspectos subjetivos que influenciam a composição de imagens mentais, sentimentos e atitudes do público ouvinte. São requeridas no trabalho de locução publicitária e de propagandas comerciais, muita flexibilidade e plasticidade vocal, que correspondem à liberdade e criatividade da voz. Comunicação 2011 Página 18 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Locução em Rádio – A locução em rádio é segmentada da seguinte forma: Jovem, Popular e Adulta. Para o locutor de rádio, o mais importante é transmitir com objetividade, segurança e credibilidade na leitura da informação. E para atingir todos esses objetivos é necessário obedecer aos seguintes critérios: 1 - Conhecer os assuntos abordados; 2 - Ler o texto antes de entrar no ar; 3 - Marcar as palavras que devem ser lidas com ênfase· assinalar a pronúncia correta de nomes e lugares; 4 - Ler sem pressa; 5 - Interpretar (e não encenar) o texto; 6 - Ser natural – alegre, consternado ou irônico sempre respeitando o tom da notícia; 7 - Acreditar no que está lendo. Uma boa dicção valoriza o texto e não confunde o ouvinte. O locutor deve articular bem as palavras, sem comer letras ou silabas inteiras, nem deixar cair o tom de voz no final das frases, atrapalhando o ritmo da leitura. Interpretação no Rádio – A interpretação é diretamente ligada à segmentação, ou seja, com estilo e gênero da programação. Modulação de voz – É o uso da ressitura de voz entre graves, médios e agudos. Variação no ritmo da locução – É a mudança na velocidade durante a verbalização do texto. Inflexão de sorriso – É a presença leve e discreta do sorriso durante a locução, muito utilizada na comunicação das rádios populares. Carisma, envolvimento e cumplicidade – É o estilo próprio de cada comunicador, domínio técnico e artístico da sua maneira simples e sincera de se comunicar com o público. Comunicação 2011 Página 19 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem · Expressões de Alongamento e Elisão – “Muito bom diiiiaaa…!!!; Tudo bem com você???”. Muito presente na comunicação do rádio popular, onde o locutor imprime um alongamento no final das últimas palavras de cada frase. · Simetria da Locução com a Plástica da Emissora – É a perfeita combinação técnico-vocal desempenhada pelo locutor durante a apresentação do programa. Uma interpretação bem dimensionada entre voz e registros sonoros que são: vinhetas, trilhas e efeitos. . Locução na Notícia – Sua voz deve passar credibilidade e segurança aos ouvintes. Na hora em que estiver lendo a notícia, deve-se demonstrar conhecimento e segurança na abordagem doassunto, pois o rádio representa credibilidade. Ao expor um ponto de vista sobre determinado assunto a alguém, observe como está sendo a linha de raciocínio, bem como a construção de frases, notando ainda, se o interlocutor está entendendo as idéias e compreendendo os comentários. O locutor deve transmitir certeza ao falar. Seja no texto lido ou na notícia comentada. Na maioria das vezes o ouvinte presta muito mais atenção quando entra-se no ar expondo uma idéia, fato ou notícia. . Locução no Testemunhal – Depoimento realizado pelo próprio locutor, testemunhando a qualidade e a eficácia de um determinado produto. Neste tipo de anúncio, o que está em destaque é a credibilidade do locutor junto aos seus ouvintes. No testemunhal, embora o locutor leia um texto já redigido, deve interpretá-lo de forma com que o ouvinte sinta que ele esteja falando de improviso. . Entrevista - É uma conversa entre duas ou mais pessoas, com o objetivo de analisar, informar ou esclarecer sobre um assunto, através de perguntas e respostas. A entrevista pode ser: Individual: quando a conversa acontece entre um entrevistador e um entrevistado; Grupal: quando o entrevistador faz perguntas a vários entrevistados; Coletiva: quando as perguntas são feitas por vários entrevistadores a um só entrevistado. Comunicação 2011 Página 20 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Higiene Vocal. · Cuidado com o stress; · Prática de relaxamento; · Higiene Mental; · Beber água (temperatura ambiente); · Evitar bebidas alcoólicas, fumo e drogas; · Cuidado com: mudanças bruscas de temperatura, quentes ou gelados, postura do andar, sentar, falar ao telefone; · Vestuário: Evite usar golas ou gravatas que apertem o pescoço (região onde se encontra a laringe) e evite cintos apertados na cintura (que impeçam o movimento do diafragma); · Alimentação: Evite derivados de leite e chocolate antes das locuções, pois estes alimentos alteram a viscosidade da secreção mucosa, e assim se tem a necessidade de pigarrear para limpar a garganta, tal procedimento provoca uma aproximação brusca das pregas vocais; · Cuidado com os excessos vocais: (gritar, falar demais, cantar a noite inteira...); · Procure bocejar; · Respiração: evitar inspirações profundas; · Não usar pastilhas ou balas para atenuar dor de garganta. Em geral, as balas encobrem a dor do esforço vocal. É recomendável repouso vocal. · Treino constante é fundamental para aumentar a resistência vocal e para explorar o mecanismo de fonação; · Postura: tronco alongado, abdômen livre, suporte respiratório, ajuste da cadeira e microfone; Comunicação 2011 Página 21 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem COMO REDIGIR NOTÍCIAS Objetivo: Oferecer instrumentos para compor um texto dentro das normas de redação jornalística. SEQÜÊNCIA DE PRIORIDADES: Que: Quem: Quando: Como: Onde: Porque: QUANDO FOR REDIGIR... Faça um roteiro com palavras chaves que irão balizar seu texto: simplifica o trabalho de redigir. Lembre-se que o título é a palavra chave. Precisa ter impacto. Procure construir o seu título com curtas e poucas palavras. Comunique o acontecimento, não chame para o evento. Evite: compareça, participe, não perca etc. Comunicação 2011 Página 22 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem COMO FAZER UMA MATÉRIA JORNALÍSTICA Notícia - É o relato de um fato real, atual e de interesse e importância para a comunidade. Há uma regrinha, composta por seis perguntas e chamada de lead (ou lide), que facilita na hora de redigir uma notícia: O quê? - o assunto Quem? - personagens envolvidos Quando? – data, hora Onde? – local onde aconteceu (acontece ou acontecerá) o fato Como? – modo como aconteceu (acontece ou acontecerá) o fato Por quê? – causas É importante lembrar que se deve começar pela parte mais importante. Pode ser pelo “o que”, pelo “quem”, pelo “como”... O importante é começar pela parte que mais vai chamar a atenção do ouvinte. Além do lead, há algumas outras orientações para redação da notícia para o rádio: a) Não usar o “nós”, o “nossa” e outros termos que passam pessoalidade (nossa paróquia, nosso pároco, nosso padroeiro etc), o que compromete a credibilidade da notícia perante os ouvintes. b) Evitar verbos no futuro do presente. Para o ouvinte, o tempo deve ser o mais próximo possível. A linguagem do rádio é a linguagem do agora. Por exemplo: ao invés de “acontecerá”, use “acontece” ou “vai acontecer”; ao invés de “celebrará”, use “celebra” ou “vai celebrar” etc. Comunicação 2011 Página 23 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem c) Quando se tratar de horas, diga: “sete e meia da noite”, “oito e meia da manhã”, “cinco horas da tarde” e não “dezenove horas e trinta minutos”, “oito e quinze”, “dezessete horas”. Agindo assim, o comunicador está simplificando e facilitando o entendimento de quem está apenas, escutando, sem chances de reescutar. d) Usar frases curtas. Ir direto ao assunto. e) Evitar adjetivos (palavras que exprimem qualidade). Deixe que ouvinte tire a conclusão de a ação é “grande”, “pequena”, “maravilhosa”, “majestosa” etc. f) Não usar gírias, nem chavões, jargões (Ex.: “Água que passarinho não bebe”, “Foi preso um elemento” etc.). Ponto: Use à vontade. Pontos encurtam frases. Dão clareza ao texto. Facilitam à compreensão. Vírgulas: Tanto em excesso quanto em falta, podem confundir, tornando o texto de difícil compreensão. Procure não utilizá-las para alongar excessivamente suas frases. Pontos de Interrogação: Não use em títulos. No texto, use com cuidado. Quem deve perguntar é o leitor. Você deve oferecer respostas. Frases: Devem ser curtas e objetivas. Dê preferência a frases afirmativas. Comunicação 2011 Página 24 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Nomes Próprios: Atenção com a grafia; Exceto em países como a Indonésia e Birmânia, as pessoas têm nome e sobrenome. Na primeira referência escreva o nome completo. O cargo é importante, às vezes mais que o nome. Aspas use em: Temas de cursos e conferências Em declarações, citações ou transcrições. Quando possível,prefira grifar com itálico. Fecho: Tenha sempre uma surpresa guardada para o último momento. Pode ser uma informação inesperada, uma pequena história relevante, uma declaração forte ou uma conclusão significativa do que foi dito antes. EVITE ESCREVER: Etc (por ser incompleto); e muito mais - e muitas outras atrações. Frases longas; parágrafos longos; textos longos; Frases coloquiais (Será lá, pra, pro.). Comunicação 2011 Página 25 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem PRAGAS DO TEXTO: As duas pragas do texto são a desinformação e o exagero. Erradique essas duas pragas com uma rigorosa checagem das informações, é possível através de uma atenta releitura crítica do que escreveu. Três releituras são recomendáveis: Uma para verificar as informações apresentadas. Outra para eliminar erros de digitação, grafia e acentuação. Finalmente mais uma que elimine repetições. Comunicação 2011 Página 26 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem COMO FAZER UMA REPORTAGEM PARA TV A entrevista nada mais é do que a reprodução da conversa de um jornalista com uma pessoa possuidora de conhecimentos acerca de atualidades, diga-lhe respeito ou não. A reportagem é a história de várias histórias entrecruzadas. Trata-se de uma narrativa, cujos principais objetivos são informar e fazer compreender o que de importante ou interessante aconteceu num determinado lugar durante um período de tempo com certo número de personagem dentro de um enredo. O repórter tem de dominar a técnica da narrativa, pois relata fatos, transmite emoções e impressões, descreve lugares e pessoas, enfim conta à vida real. Além de cursos de extensão universitária e programas de treinamento, sendo este último oferecido pelos principais jornais, por meio de seletivas. Assim sendo, para ser um bom repórter basta seguir estas dicas e se dedicar. Comunicação 2011 Página 27 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem ELABORANDO A REPORTAGEM Digamos que a pauta seja a grande polêmica: “Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha?”. Detalhe: Um dos patrocinadores da emissora para a qual você trabalha, tem uma grande exportadora de ovos, vem sofrendo pressão de ambientalistas que denunciam as crueldades praticadas por eles, contra as galinhas. Querendo ou não, a equipe de reportagem e edição, recebeu uma mensagem velada de que terá que induzir a população a crer que o ovo nasceu primeiro. A fantástica reportagem começa com uma manchete, narrada pelo apresentador do telejornal: “- Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? Pesquisadores da Universidade de São Paulo têm fortes indícios de que possa ter sido o ovo.” INICIA-SE A REPORTAGEM Mostra uma família feliz e bonita sentada no sofá: “Maria do Carmo da Silva, 35 anos, conseguiu montar seu próprio negócio, seguindo a teoria de que o ovo nasceu primeiro. Quando ficou desempregada, comprou seu primeiro ovo e o revendeu para sustentar a família. Hoje já emprega 10 funcionários.” Agora, existe a necessidade de mostrar que a reportagem é imparcial e que ouviu os dois lados. Então, a próxima imagem será de um homem de aparência grotesca e arrogante, atrás de uma mesa de escritório: “Já Astrogildo Bernardes, presidente da Associação diz que a Galinha Veio Primeiro, acredita que o ovo jamais poderia ter existido sem a presença da galinha:” Comunicação 2011 Página 28 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Astrogildo: “É uma ingenuidade acreditar que o ovo veio primeiro, nenhum ovo nasce do nada. A galinha estava lá, antes de tudo e de todos”. Apesar de Astrogildo ter falado por mais de duas horas, a edição só selecionou alguns segundos, justamente, seus argumentos mais fracos. Nesse momento, a reportagem usará seu melhor recurso: a opinião popular. Transeuntes serão entrevistados. Vanessa Ferreira, estudante: “Sim, com certeza, foi o ovo.” Joaquim das Neves, assistente administrativo: “O que a galinha era antes de virar uma galinha? Só pode ter sido um ovo. Não dá pra negar”. E pra finalizar, voltamos com a imagem de nossa primeira entrevistada, Maria do Carmo, com a narração do repórter: “A polêmica é antiga, as opiniões estão divididas, mas para Maria do Carmo, o ovo não só nasceu primeiro, como trouxe renda e felicidade para ela e seus filhos”. Close na Maria do Carmo: “O ovo, que nasceu primeiro, mudou minha vida. E espero que ele mude a vida de outras famílias também”. Congela num sorriso carismático de Maria do Carmo. Fim da reportagem. Mas calma, não acaba aí. Imprescindível que a próxima notícia seja: “Uma quadrilha de galinhas foi presa no sul do Paraná, portando drogas, armas e documentos falsos”. E, se possível, o apresentador do telejornal ainda fará uma chamada: “Veja, nessa sexta, no Febrar Repórter, os benefícios da proteína do ovo na alimentação do brasileiro. E como ele tem ajudado crianças de comunidades carentes a vencer a desnutrição”. Esse formato vale para qualquer tema, em qualquer emissora. Preste atenção da próxima vez. Comunicação 2011 Página 29 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Inflexão Vocal Observa-se inflexão vocal em todos os estilos de locução. A intensidade desta variação se dá de acordo com o segmento da emissora. Em princípio, locutores de emissoras populares tendem a usar inflexão vocal com maior freqüência. Entretanto, é preciso ficar claro que, em qualquer que seja a locução e qualquer que seja o segmento da emissora, a inflexão vocal deve estar presente, em maior ou menor grau. Na prática, a inflexão vocal serve para “temperar” a locução. A linearidade da fala – muito comum em quem não trabalha com a voz – deve ser combatida com certas variações vocais durante a locução. Com o passar do tempo o locutor vai adquirindo uma “capacidade natural” de fazer inflexão na fala. Para os principiantes, o conhecimento desta variação vocal aliado à prática de alguns exercícios desenvolve uma boa inflexão vocal. Exercícios de Inflexão a) Sujei de manga a manga do meu paletó. b) José Maria não nada nada. c) A mulher do caixa daCaixa econômica perdeu sua caixa de jóias. d) Maria casa em casa. e) Leve o que é leve e deixe o que é pesado. f) A parada militar está parada há uma hora. g) Quebraram o banco do Banco do Brasil. h) Como rápido como você. i) Quando desço o morro de Mãe Luiza morro de medo. Comunicação 2011 Página 30 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Inflexão Vocal - Exercícios Nas frases abaixo, faça as devidas inflexões vocais não levando em consideração o contexto da informação. FRASE 1 – Apesar de toda polêmica em torno da reeleição, o presidente Fernando Henrique Cardoso já anunciou que NÃO será mais candidato. FRASE 2 – Apesar de toda polêmica em torno da reeleição, o presidente Fernando Henrique Cardoso JÁ ANUNCIOU que não será mais candidato. FRASE 3 – Apesar de TODA polêmica em torno da reeleição, o presidente Fernando Henrique Cardoso já anunciou que não será mais candidato. FRASE 4 – Apesar de toda polêmica em torno da reeleição, o presidente FERNANDO HENRIQUE CARDOSO Já anunciou que não será mais candidato. Comunicação 2011 Página 31 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Técnicas de Locução de Comerciais Leitura, leitura, leitura, todos os dias, em todo o tempo livre. Durante a leitura separe, pelo menos, 15 minutos para fazê-la em voz alta. Diversifique bastante, leia jornais, poesias, textos publicitários, narrativas, historinhas de crianças etc. Não leia apenas para praticar dicção e respiração, leia para adquirir cultura, estar atualizado, bem informado. A leitura enriquece o vocabulário e a prática da leitura diária é essencial na formação de um profissional de comunicação. Que técnicas devo empregar para vender um texto durante a locução? Quando um locutor lê um texto se torna um vendedor das idéias que estão ali nas linhas e entrelinhas, em cada palavra, em cada vírgula, em cada ponto. Idéias que exprimem sentimentos, experiências, anseios, expectativas do autor. Idéias que devem ser traduzidas e interpretadas da melhor maneira possível pelo locutor. Reconhecer palavras de DESTAQUE. Certifique-se das palavras que deverão receber maior destaque durante sua locução, então, faça sua locução baseando-se nestas palavras de sentido relevante. Recomenda-se sublinhar estas palavras, este recurso é muito habitual entre os locutores,a partir daí, você poderá organizar melhor suas idéias e efetuar sua locução consolidada neste projeto. Utilizando está técnica, seu estilo será menos tenso e conseguirá produzir uma locução que passará credibilidade e despertará o interesse do ouvinte. Basicamente estas técnicas resumem-se em: Articular bem as palavras, dar ritmo e tom adequado a cada leitura ou locução, saber respirar acertadamente, conhecer e saber utilizar seu timbre vocal e ter boa noção de todo o aparelho fonatório. Sempre deve-se levar em conta o conteúdo da mensagem, entender o teor do que se está lendo e dar o "peso" adequado a cada palavra. Comunicação 2011 Página 32 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Durante a locução a respiração deve ser feita da seguinte forma: Encha os pulmões de ar, de preferência pelo nariz, principalmente em ambientes abertos ou frios. Faça-o estendendo o diafragma para baixo, de modo que sua barriga pareça encher-se de ar. Você notará que a parte superior dos seus pulmões, também se inflará. Mas de forma Correta, ou seja, somente no final de sua inspiração. Isto quer dizer, que você conseguiu Inflar todo o seu pulmão. O processo de comunicação se efetiva quando o emissor da mensagem se faz entender, por gestos, por sinais, por escrita, ou pela voz. Ao emitir a mensagem publicitária, jornalística, política, religiosa ou de qualquer natureza, o locutor profissional faz uso de técnicas que tornam a comunicação mais eficiente. Sua fala convence, vende idéias, conceitos, produtos etc. É claro que você não vai fazer nenhum mergulho em profundidade. Entretanto, é necessário que as pessoas que trabalham com a voz, dominem esta técnica. Dosando a quantidade de ar a ser inspirado, de acordo com a frase a ser lida ou cantada. Toda a produção do som e todas as técnicas da fala estão baseadas na respiração, que influi na dicção , volume da voz e resistência do locutor. Vamos praticar com um pequeno texto. Durante sua leitura, você encontrará, frases ou períodos mais longos, que deverão ser lidos de uma só vez. ou seja: num só fôlego. Para isso você terá que controlar melhor sua respiração. A primeira coisa a fazer é estudar o texto, e identificar frases onde será necessário o emprego de maiores ou menores tomadas de ar. Quando estava aprendendo a respirar durante a locução, aprendi uma técnica que me ajudou consideravelmente. Está técnica se baseia em marcar o texto que será lido com barras simples ou duplas. As barras simples marcam as menores tomadas de ar. As barras duplas marcam as maiores tomadas de ar. Como exemplo tomaremos este texto publicitário da Golden Cross. Comunicação 2011 Página 33 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Texto: Comercial 30” Breafing: Golden Cross Título: Institucional Locução: Voz Clássica A VITÓRIA DE UM LIDER/ É UMA CONQUISTA DIÁRIA/ FEITA DE PEQUENOS GESTOS E ATITUDES// A GOLDEN CROSS REAFIRMA ESTA VERDADE A CADA DIA/ SE EMPENHANDO AO MÁXIMO/ PARA QUE VOCÊ POSSA USUFRUIR DE NOSSA LIDERANÇA/ COM TODA A TRANQUILIDADE QUE A SUA VIDA MERECE.// GOLDEN CROSS AVENTURE - SE!// Comunicação 2011 Página 34 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Jingle - É uma mensagem publicitária musicada e elaborada com um refrão simples e de curta duração, a fim de ser lembrado com facilidade. Na linguagem profissional são chamados de jingles. Springle - Surgiu há pouco tempo no meio publicitário. Ele nada mais é do que a junção do spot com o jingle, ou seja, tem partes cantadas e partes faladas. Spot Anúncio gravado com voz e efeitos sonoros, mas sem música, apenas com trilhas sonoras (geralmente chamados como fundos musicais) que inspirem a idéia proposta.Jingle, Música de Propaganda ou o quê? O termo jingle vem do inglês e significa tinir, retinir, soar. Na linguagem publicitária, entretanto, ele é definido como uma composição musical, geralmente tem a duração de 15 a 30 segundos, às vezes, mais, contendo as características de uma canção. Ou curta duração, nesse caso já não são chamados jingles, mas, vinhetas cantadas (uma frase ou fragmento de frase musical associado a um nome de marca ou de um slogan; há pessoas que o chamam respectivamente jingle-assinatura e jingle-slogan, jingle com cabeça e fim cantados com janela ou espaço para locução feita especificamente para um produto ou serviço. Primeiro Jingle - O primeiro jingle foi produzido em 1926, nos EUA, para um cereal matinal chamado Wheaties, cujo slogan principal é "Para um café da manhã de campeões". O auge do jingle foi na década de 50, nos EUA, no boom econômico. Era usado em diversos produtos, como cereais matinais, doces, tabaco, bebidas alcoólicas, carros e produtos de higiene pessoal. Comunicação 2011 Página 35 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem O efeito de um Jingle na sua marca ou produto. Está comprovado, a propagação de comercial no Rádio, na TV e agora na internet aumentam as vendas! Ficou provado, através de pesquisas, que os “jingles” são sempre lembrados, pois se baseiam em música e a música exerce um grande poder sobre todas as pessoas e seus sentimentos. "Pipoca na panela, começa arrebentar, pipoca com sal, que sede que dá...” Isso lhe parece familiar? É meio do dia, você está trabalhando, já faz tempo que almoçou e nada de importante está acontecendo. Então, do nada, você ouve uma voz na sua cabeça cantando "Pipoca na panela, começa arrebentar, pipoca com sal, que sede que dá..." repetidas vezes e não consegue fazer parar. E agora você está com vontade de beber guaraná antártica. É isso o que o jingle faz. Ele entra em sua cabeça e não sai. Em 1932 Ademar Casé que injustamente ficou rotulado como "o homem que prostituiu o rádio no Brasil", em seu programa de variedades foi criado o 1º jingle do Rádio no Brasil. Nássara um dos redatores do programa compôs o 1º jingle da história no Brasil. Albino, um senhor português, dono da padaria Bragança, foi abordado por Casé para ter seu comércio anunciado, no entanto Albino não se interessava pelo negócio, foi quando ademar Casé lançou a proposta de anunciar sem compromisso. Com a simples condição de que Albino só pagaria se gostasse. Nássara não perdeu tempo, aproveitando a nacionalidade do cliente e fez trêz quadrinhas em ritmo de fado, que foi cantado com sotaque português na voz de Luís Barbosa, nascendo assim o 1º jingle da Padaria Bragança: OH, PADEIRO DESTA RUA// TENHA SEMPRE NA LEMBRANÇA// NÃO ME TRAGA OUTRO PÃO QUE NÃO SEJA O PÃO BRAGANÇA// PÃO INIMIGO DA FOME/ FOME INIMIGA DO PÃO// ENQUANTO OS DOIS NÃO SE MATAM// A GENTE NÃO FICA NA MÃO// DE NOITE, QUANDO ME DEITO E FAÇO A ORAÇÃO// PEÇO COM TODO O RESPEITO QUE NUNCA ME FALTE O PÃO/// Comunicação 2011 Página 36 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Script e Roteiro A nossa vida é precedida de uma série de informações antes de nascermos. Essas informações requerem um cuidado muito sério por parte de nossos pais, que chamamos de Planejamento Familiar. O mundo está preocupado com a questão ambiental, e os veículos de comunicação estão passando para a sociedade, informações a todo o momento como deveremos proceder para tais situações. Isto significa que não podemos ir ou vir sem uma direção, não importa aonde você for, mas tem que ter uma linha, ou seja, um OBJETIVO. O Script e o Roteiro são situações adversas, mas, com o mesmo propósito há serem seguidos com cuidado, ordem e planejamento. Script - Texto há ser interpretado por um interpretador específico para essa linguagem. Exemplo: “Cerimonial” Senhoras e Senhores, boa noite. Neste momento vamos dar início à apresentação do desfile que irá definir nesta noite a escolha da Garota e Garoto Catatau... Segue... Roteiro - É a forma escrita de qualquer audiovisual. No entanto, sem material escrito não se pode dizer nada. Por isso um bom roteiro não é garantia de um bom filme, mas sem um roteiro não existe um bom filme. Exemplo: “Programa de Rádio - variedades” 1) Abertura / Apresentação 2) Participação do ouvinte / Promoção 3) Promoção / Horóscopo / Dicas / Flash ao vivo 4) Resultado Promoção / Encerramento Comunicação 2011 Página 37 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem PRODUZINDO UM PROGRAMA DE RÁDIO (Seguindo esta Estrutura) Nome do Programa: _______________________________ Temática: _______________________________ Apresentador: _______________________________ Perfil: _______________________________ Duração: 1 Hora Dia: ______________________________ ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- BLOCO I - 15’ (Abertura / Apresentação) BLOCO II - 15’ (Conteúdo / Desenvolvimento) BLOCO III - 15’ (Conteúdo / Desenvolvimento) BLOCO IV - 15’ (Encerramento / Fechamento) Nome: ________________________________________________________________ Comunicação 2011 Página 38 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem TÉCNICAS DE REDAÇÃO Como todo mundo sabe na maioria de vestibulares, concursos ou quaisquer outras provas, a redação é dissertativa. Dissertação pode ser considerada uma narrativa, pois você deve escrever de forma clara e objetiva, como se fosse um texto de um jornal. Mas você não pode dar a sua opinião (nada de “eu acho” ou coisa parecida), deve esclarecer o tema de forma objetiva, mas não pode ter o uso de pronomes (eu, ele, ela, nós, tu), ou seja, nada disso. Você não pode se referir a você! Mas tente fazer a prova da forma mais criativa que conseguir, argumente, pois quanto mais você escrever melhorserá, mas não fique enrolando muito, pois se não pode ficar um pouco cansativo, e não é isso que deve ser feito em uma dissertação. Comunicação 2011 Página 39 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem A redação dissertativa vem acompanhada de conhecimentos gerais que você tem que ter sobre o assunto abordado, pois é nela que você usa toda a sua força de expressão para dar a opinião ou solução de um problema. É através dos seus conhecimentos perante o assunto que você terá o argumento inicial para uma redação de sucesso. Uma dissertação tem a simples estrutura de: INTRODUÇÃO – apresenta a síntese do ponto de vista a ser discutido. DESENVOLVIMENTO – amplia e explica o parágrafo introdutório. Expõe argumentos críticos, analíticos, reflexivos, interpretativos e de opinião sobre o assunto. CONCLUSÃO – retoma as reflexões críticas ou aponta as perspectivas de solução. Utilizando as devidas dicas, com certeza montara uma redação dissertativa adequada para a realização da prova, porem dependerá também do conhecimento que você tem do assunto abordado. Comunicação 2011 Página 40 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Impostação Vocal A voz determina a própria personalidade de quem fala. Quando estamos tristes, alegres, apressados, seguros, etc..., a primeira identificação deste comportamento é transmitida pela voz. Por que será que a voz reflete com tanta nitidez o que se passa no interior das pessoas? Desde o nosso aparecimento na terra até os dias atuais, adaptamos certas partes do nosso aparelho digestivo e certas partes do nosso aparelho respiratório para a fabricação da fala e construímos, assim, o nosso aparelho fonador. Nota-se, entretanto, que o aparelho fonador – embora exista para a fabricação da fala – é uma adaptação do nosso organismo, e qualquer problema de ordem física ou emocional será imediatamente revelado através da voz. É exatamente ai que o locutor deve trabalhar uma correta impostação vocal. Ela deve ser efetivada para um maior envolvimento com o ouvinte. Na verdade chega a ser um aspecto subjetivo na locução. Em princípio, um ouvinte “comum” não desliga o rádio simplesmente porque “não gostou” de sua impostação. Uma má impostação não o envolve e ele, inconscientemente, acaba desligando o rádio ou mudando de estação. Para trabalharmos uma correta impostação é preciso – antes de qualquer coisa – entendermos o correto conceito de impostação de voz para o rádio atual. A idéia de “mudar a voz”, ainda muito comum ao teatro (em função dos personagens), não é mais interessante para veículo rádio. Tempos atrás, só as “ grande vozes” trabalhavam no rádio. O que se faz hoje em relação à impostação é a correta colocação da voz ao microfone sem, necessariamente, “mudar a voz”. Mais importante que uma bela voz é a comunicação. Uma boa impostação vocal está intimamente ligada à pratica diária de locução e a uma certa dose de sensibilidade por parte do locutor. Pode-se, entretanto, valorizar certos aspectos da fala para aproximar-se de uma “impostação ideal”. Comunicação 2011 Página 41 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem A velocidade da fala - É fundamental para se efetivar uma boa impostação. Cada individuo tem um ritmo próprio, e isso tem de ser respeitado. Agora, se você está com as vogais bem colocadas, o risco da sua mensagem não ser entendida é bem menor. Cuidado para não ser nem muito lento nem muito rápido. Você pode ser lento o suficiente para ser entendido sem ser “para baixo”. Uma outra dica: tente pronunciar bem as vogais finais de cada palavra. O pique - Felizmente quem está começando no rádio erra mais por excessos do que por desconhecimento técnico. Principiantes costumam confundir o que os radialistas chamam de pique por um “ritmo muito corrido”, às vezes se aproximando do grito. Tenha calma. Usando uma correta impostação vocal você poderá ser alegre, energético – sem exagerar no pique. O excesso de pique compromete não só sua locução como a comunicação, como um todo. Hoje, pode-se entender o termo “pique” como “rica inflexão vocal”. Pontuação Gramatical X Pontuação Expressiva Rádio é, antes de tudo, som. É onde se dá a valorização da oralidade. A pontuação gramatical existe no texto escrito. Mas quando falamos a pontuação que “aparece” é a expressiva (ver textos informativos da rádio). Os sinais do ponto (.), vírgula (,), dois pontos (:), e ponto e virgula (;), entre outros, surgiram para tentar “traduzir” pontuações expressivas. Esta pontuação é usada, também, para a respiração do locutor. É uma pequena pausa que ajuda no entendimento do que está sendo dito. Procure definir, antecipadamente, onde será feita a pontuação expressiva. Para tanto leia sempre o texto antes de ir ao ar. É importante que o locutor saiba o que está lendo. Comunicação 2011 Página 42 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem Trabalho de voz Outra parte de extrema importância no rádio é o trabalho de voz. Ao contrário do que se possa imaginar, este exercício sistemático não consiste em “mudar” a voz do locutor. Tenta-se neutralizar excessos regionais, aproximando-se do que chamamos de “nacionalização da locução”. De uma forma meio involuntária, o rádio institucionalizou um modo de se falar ao microfone, neutralizando os sotaques de cada região. Genericamente, há pouca diferença entre, por exemplo, um locutor do Espírito Santo e um de Pernambuco, em se tratando de trabalho de voz. Cuidado com as letras “D” e “T”. Por exemplo: bom dia; a oficina de rádio acontecerá de 05 à 09 de maio; boa tarde; Cuidado também para não trocar o som do “S” pelo som do “X”, algo muito comum no nordeste brasileiro. Comunicação 2011 Página 43 Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem TÉCNICAS
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