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Apostila Curso Rádio e TV

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OFICINA 
 
 
 
 
RÁDIO E TV 
Técnicas de locução e 
apresentação 
 
Nome: ____________________________________ 
 
 
 
Instrutor:Marcos Alcantara 
 
 
 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
Ler com Atenção! 
 
 
 
 A comunicação é inata ao ser humano. É impossível não se comunicar. Às 
vezes não é preciso pronunciar sequer uma palavra para nos comunicarmos. É muito 
comum nos encontros, encontrarmos pessoas que entram “Mudas” e saem “Caladas”, 
então logo dizemos que ela nada comunicou. Mero engano, o simples fato de ela está 
“Emburrada” já transmite alguma coisa. Para nos comunicarmos de forma eficaz, é 
necessário conhecermos o homem e sua cultura. 
 
 Pesquisa revela que as primeiras palavras que as crianças estão falando, são 
os nomes de produtos veiculados na mídia. 
 
 A comunicação é dinâmica, não existe comunicação monólogo. E nós, que 
somos comunicadores que queremos comunicar a verdade, temos o compromisso de 
dinamizarmos cada vez mais a nossa comunicação, profissionalizando-nos. 
 
 Não podemos brincar com os meios de comunicação social. Estes 
instrumentos são poderosíssimos e, portanto, surge a necessidade de ter pessoas 
capacitadas para atuarem nesses meios. 
 
 Um dos maiores segredos da comunicação, é a valorização do receptor. Ele 
é a pessoa principal e não quem está transmitindo a mensagem. Não podemos cometer o 
pecado de querermos ser a pessoa mais importante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 1 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
UMA VISÃO DO RÁDIO COMO VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO 
EM MASSA 
 
 
 
 O Rádio é o meio de informação mais eficaz que existe, em função de suas 
características. Se a atualidade e a rapidez da difusão são os aspectos mais relevantes da 
informação, é evidente que a universalidade, simultaneidade instantaneidade – 
características essenciais da tecnologia radiofônica prestam um grande serviço à 
informação. 
 A falta de profissionais qualificados também se apresenta como barreira. 
Em sua grande maioria, os profissionais são preparados pelas escolas de comunicação. 
 De fato, o uso de uma linguagem correta que atenda às exigências do Rádio 
como veículo é fundamental, principalmente porque a comunicação radiofônica é 
limitada, por contar apenas com o som. 
 Qualquer pessoa, mesmo analfabeta, pode escutar rádio e isso pode ser feito 
a qualquer momento – quando se acorda, trabalha ou adormece, já que ninguém cruza 
os braços para escutar rádio. A não opção do ouvinte e a audição durante o desempenho 
de outra atividade, exigem que o veículo seja dinâmico. 
 Neste sentido, a locução correta se impõe na transmissão radiofônica como 
um fator básico para se obter compreensão. 
 O bom comunicador é aquele que recebe críticas, e analisa se a mensagem 
vai repercutir bem. 
 O comunicador é um líder. 
 A comunicação é um cesto de caranguejo. 
 
 
 
 
 
 
Adilson Oliveira 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 2 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
Comunicação e Mercado 
 
A Importância do rádio 
 
 Ao longo dos anos, temos dado ênfase à televisão, que, com certeza merece 
destaque na área de comunicação. Não poderíamos, entretanto deixar de falar do 
precursor da revolução tecnológica atual. O Rádio. 
 Tudo começou com o físico James Clarck Maxwell, que, em 1863, 
descobriu as ondas eletromagnéticas. Em 1885, Rudolph Hertz criou o princípio da 
propagação radiofônica, e em 1896 iniciou – se a industrialização dos primeiros rádios 
como produto para consumo em geral. 
 No Brasil, não foi diferente, e há referências de que, por volta dos anos 
1893 e 1894, as primeiras experiências de transmissão e recepção sem fio foram 
efetuadas com êxito pelo cientista e padre gaúcho Roberto Landell de Moura, que 
construiu um transmissor de ondas que permitia a transmissão da palavra humana 
articulada. 
 A década de 30, portanto, foi uma espécie de período de testes e preparação 
para o que viria em seguida. A década de 40, a "época de ouro do rádio brasileiro" foi o 
período em que o rádio mais se desenvolveu. Foi nestes dez anos que as rádios mais 
tiverem que modificar seus programas e batalhar para adquirir os melhores profissionais 
existentes no mercado, pois foi neste período que o rádio chegou ao auge da 
popularidade. Seus cantores e cantoras, seus atores e atrizes, diretores e locutores se 
tornaram famosos, ricos e queridos por toda uma população de um País continental. 
 Nesta batalha por audiência valia tudo. Até baixar o nível do programa 
como emissoras daquela época fizeram e que muitas fazem também hoje. Mas naquele 
tempo era vital. Não só porque a maior parte da população era analfabeta, mas, 
principalmente, devido a necessidade de se atrair os patrocinadores, provando-lhes que 
a rádio "x" e não a "y" tinha maior popularidade. 
 
 Já em 1941, durante a II Guerra Mundial, surgia o Repórter Esso, criado 
pela Rádio Nacional. O Repórter Esso é um divisor de águas no radiojornalismo 
brasileiro. O padrão austero e preciso do Repórter Esso ficou no ar até 1968. Foram 27 
anos de um radiojornalismo que procurava mostrar, diariamente, os principais fatos do 
Brasil e do mundo era, assim como dizia seu slogan, a "testemunha ocular da história". 
Heron Domingues, que durante 18 anos comandou o Repórter Esso, foi preparado pela 
United Press Internacional (UPI) estando, portanto, no mesmo nível dos melhores 
locutores norte-americanos da época. 
 
 Outro marco do radio jornalismo brasileiro foi o Grande Jornal Falado 
Tupi, da Rádio Tupi, de São Paulo, criado em 1942. 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 3 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
Atualidade – Tantos anos após sua invenção, hoje temos no Brasil várias emissoras de 
rádio e milhares de aparelhos espalhados por todas as regiões. Alguns simples, 
operando apenas em uma faixa; outros, em quatro, recebendo sinais em Ondas Curtas 
(OC), Ondas Tropicais (OT), Ondas Médias (AM) e Freqüência Modulada (FM), siglas 
que representam a velha tecnologia viva e fortemente ligada ao dia-a-dia das pessoas 
ainda hoje. 
 O famoso radinho de pilha tornou-se, ao longo de nossa história, um 
instrumento de formação, informação e educação tão poderoso, que, em alguns 
momentos, foi fundamental nas decisões do comando da nação. Quem, hoje, consegue 
imaginar-se entrando em seu carro e não sintonizando o rádio para ouvir as notícias do 
dia, os últimos acontecimentos políticos, as condições de tráfego aéreo ou rodoviário! O 
rádio éuma referência tanto para o homem do centro urbano como o do campo. Quando 
alguém se depara com a verba publicitária anual arrecadada pelas emissoras, não 
entende porque tantos lutam por tão pouco: dados revelam que a participação no bolo 
publicitário não passa dos 5%, o que certamente, ainda deverá sofrer mudanças para 
pior ao longo dos próximos anos. 
 O governo federal, com objetivo de redemocratizar esse veículo, tem 
trabalhado em várias frentes, tais como a liberação de duas mil novas concessões, o 
combate às rádios piratas e, fundamentalmente, a liberação das rádios comunitárias, 
que deverão transmitir seus sinais em um raio máximo de 1000m. 
 
Futuro – Tudo que agora foi dito ainda é pouco, diante do que vai acontecer com o 
rádio nos próximos dez anos, principalmente, para os sistemas de transmissão em AM 
(Ondas Médias), tecnicamente chamadas de Amplitude Modulada. Talvez você ainda 
não tenha ouvido falar em XM ou DRM, termos que, em breve, farão parte de nossa 
vida. O que vem por aí é o que, há algum tempo, considerávamos impossível: receber 
sinais AM em nossos receptores sem distorções, ruídos nem interferências. A qualidade 
do som será similar à das rádios FM, e tudo isso nos leva a crer que, nos próximos anos, 
serão adotados padrões digitais, tornando – se popular e viável a comercialização 
industrial, o que representará a substituição de 2,5 bilhões de receptores existente em 
todo o mundo. Isso sem falar dos transmissores AM digitais, que serão necessários. 
 Teremos muitas vantagens, além da melhor qualidade de áudio. Os nossos 
rádios poderão receber dados, textos e imagens fixas. É como se quiséssemos conectar 
nosso receptor a um sistema de internet ou handheld (computadores portáteis e 
celulares), que podem transferir dados armazenados. Você já pensou receber seus e-
mails em áudio? Pois isso será possível com o e-radiomail (correio eletrônico de voz 
enviado por ondas de rádio). Em um futuro distante, poderemos ter transmissões 
mundiais em XM para aparelhos receptores tão pequenos quanto o relógio de pulso. 
Isso tudo faz parte do futuro. É preciso avançar e preparar-se para a expansão por meio 
das rádios, vendo-as como a forma mais barata e eficaz para falar ao sábio ou ao homem 
do interior. 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 4 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
 
 
A HISTÓRIA DA LOCUÇÃO NO RÁDIO 
 
 
 A história da locução radiofônica no Brasil começaria no dia 7 de Setembro 
de 1922, como mais uma das atrações das comemorações do Centenário da 
Independência do Brasil. Foi a capital política do Brasil, o Rio de Janeiro, o berço da 
primeira transmissão de rádio. E o Presidente da República. Epitácio Pessoa, o primeiro 
locutor do Brasil. Além do Rio, Niterói, Petrópolis, a longínqua capital paulista se 
deslumbrou com o que parecia acreditavelmente mágico. Os responsáveis pela façanha 
desse espectro físico foram uma retransmissora montada no corcovado e dezenas de 
aparelhos de recepção distribuídos nos locais estrategicamente estabelecidos. 
 
 Na primeira década de existência, nos anos 20, o rádio se desenvolveu 
pouco. Eram vários os problemas que se acumulavam para esse entrave: a locução e a 
programação eram alguns deles. Os receptores, todos importados, custavam caros 
demais e, só quem pagava determinada quantia por mês, é que podia ter o privilégio de 
ouvir a programação. Por outro lado, fora as capitais, a eletricidade era um serviço 
escasso em quase todos os municípios, o que dificultava a expansão do novo veículo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 5 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 Os meios de comunicação de massa são os detentores da missão de 
informar e formar o cidadão. Missão que é dividida em parte, com a escola, família, 
igreja e outras agremiações. A televisão e o rádio são responsáveis pelo modismo de 
linguagem. Se um modismo local for transmitido pelo rádio ou televisão, ele passa a ser 
Regional, Nacional e algumas vezes global. 
 
 A televisão usa os sentidos da visão e da audição para propagar o conteúdo. 
O rádio se utiliza apenas da audição, o que requer cuidado maior com o que se 
transmite, pois o ouvinte recria uma imagem a partir do que ouve. 
 
 Este trabalho que podemos intitular de “Análise das Locuções nas rádios 
AM e FM no Brasil” procura contribuir de forma prática, somando-se aos esforços pela 
melhoria de qualidade das rádios nacionais. 
 
 No primeiro momento abordamos os fatos que tiveram relevância na 
solidificação do rádio no Brasil. Não tivemos o interesse de contar a história passo-a-
passo, mas efetuá-lo de forma a dar noção da trajetória do veículo desde sua 
implantação até hoje. Buscou-se explicar o que são e como ocorrem as transmissões em 
AM e FM, as duas principais bandas de rádio no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 6 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
 
AM – Amplitude Modulada 
 
 
 É um sistema de transmissão de sinais eletromagnéticos através da 
modulação da amplitude (comprimento) das ondas, em freqüências que variam de 550 a 
1600 KHZ. Por ser capaz de captar variações de amplitude, e o receptor AM responde 
da mesma maneira aos ruídos produzidos naturalmente: Raios, ignição de automóvel, 
interferências provocadas pelo homem e etc. 
 As transmissões em AM podem ser feitas por meio de ondas curtas, médias 
e longas; conseguem chegar muito longe, não levando em conta a topografia do terreno. 
O transmissor não precisa ser muito potente para alcançar longas distâncias. Um 
transmissor de 25000 Watts cobre, em suas transmissões, várias cidades do país, 
dependendo da distância entre elas. 
 A freqüência é em kHz (kilo hertz), ou seja, 1000 Hz. Sua programação é 
voltada para o jornalismo, programas populares, prestação de serviços e esportes. 
Explora a audiência localizada. 
 Os novos caminhos da AM deverão estar na implantação de novos 
equipamentos que acompanhe a evolução tecnológica. 
 As grandes rádios, do Rio e São Paulo, já se equiparam com os modernos 
transmissores no sistema digital DAB. 
 
 
 
 Estúdio Rádio AM Rádio AM - Sonoplastia 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 7 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagemFM – Freqüência Modulada 
 
 
 Modula-se a freqüência de uma transmissão de alta qualidade e recepção 
sonora. Transmite-se 100 por cento de qualidade de som (potência), os receptores 
captam 98%, em estéreo. Requer potência de transmissão alta, seu alcance é regional, 
portanto pequeno e setorizado, suas ondas são direcionais e dificilmente ultrapassam 
limitações geográficas seus receptores são mais e não consegue sintonizar emissoras 
muito distantes. Sua freqüência de atuação é em megahertz (MHZ), ou seja, 1000000 
HZ. 
 Com o advento do satélite artificial, as emissoras de FM, passaram a ter 
maior autonomia de transmissão, visto que satélite funciona como retransmissor para 
outras emissoras de rádio coligadas de outra região. Esta é a idéia básica das redes de 
rádio. A programação da FM constitui-se basicamente em programas musicais e o 
jornalismo tipo expresso. Há exceções, Ex: Agência Dinheiro Vivo da rádio Alfa Fm. 
 Na FM são feitas muitas promoções, há um departamento especializado 
nisso. O padrão de programação varia de rádio para rádio, pode ser voltado para os 
jovens ou para outras faixas etárias. 
 Existem milhares de Rádios e, cada uma com estilo diferente de 
programação, mas voltadas, muitas vezes, para o mesmo público. 
 Na década de 50, a onda de FM era utilizada apenas para ligar o estúdio aos 
transmissores de Rádio, como se fosse uma linha telefônica privativa. 
 
 
 Estúdios Fm 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 8 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
Fonologia e Dicção 
 
 
* RESPIRAÇÃO E LOCUÇÃO 
 
 Observe a sua respiração. O que se mexe mais quando você respira: o peito 
ou a barriga? Se é a barriga, ótimo! Quer dizer que você está respirando fundo, levando 
ar novo a todos os minúsculos alvéolos que formam o tecido dos seus pulmões e 
retirando deles o gás carbônico que precisa ser eliminado. 
 Mas se é o peito que se mexe, você está respirando só com a parte de cima 
dos pulmões. A parte de baixo fica lá, estagnada, cheia de ar velho e de resíduos, 
prontinha para adoecer. 
 Além disso, é lógico que só entra a metade do oxigênio que deveria entrar. 
Isso obriga você a respirar em dobro para compensar. 
 E precisa de oxigênio? Ora, para misturar com carboidratos da comida, por 
exemplo, e fornecer combustível para as células. Carboidrato sozinho não funciona, 
oxigênio também não. Mas com uma grande diferença. A falta de 5% de oxigênio no 
corpo dá enjôo e tontura, a falta de 10% pode fazer você desmaiar e a falta de 30% 
mata. O faquir (gaswami, bawa, sadhu etc.), fica 100 dias sem comer, sem respirar ele 
não fica. 
 
 
* RESPIRAR É AINDA MAIS IMPORTANTE QUE COMER 
 
 Tanto é assim que respiramos sem querer. Tente parar para ver como é 
difícil, viu? Pois é. Tudo por causa daquela grande mágica da natureza que é o entra e 
sai. Inspira (entra); Expira (sai); os dois movimentos têm a mesma importância. Quando 
não se deixa sair uma coisa, a outra não pode entrar. 
 Muitas das limitações do corpo acontecem através da expiração, como por 
exemplo, as toxinas das gorduras superaquecidas dos alimentos que comemos. 
 Respira fundo, dizemos a nós mesmo quando queremos coragem. É com a 
respiração que galopa ou fica presa quando vem o medo. Pela respiração conhecemos o 
sono de alguém – lenta e profunda, a pessoa está calma; ofegante e sem ritmo, algo 
incomoda. O faremos quando queremos passar despercebidos? Prendemos a respiração. 
Quando aguardamos uma resposta importante, também. E assim que a coisa se resolve, 
respiramos aliviados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 9 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
HÁ TRÊS ASPECTOS BÁSICOS NA RESPIRAÇÃO 
 
1) Ritmo 
2) Profundidade 
3) Duração 
 
A RESPIRAÇÃO LENTA ACALMA – Deixa a pessoa pacífica e compreensiva, 
produz clareza de pensamento. Ajuda a desenvolver uma percepção mais ampla de 
todos os fenômenos, aprofunda o autoconhecimento e a consciência universal. Diminui 
o ritmo das atividades biológicas e a temperatura tende a baixar. 
 
A RESPIRAÇÃO RÁPIDA EXCITA – produzindo um estado mental instável. A 
pessoa muda de emoções bruscamente e tem reações inesperadas de ataques e defesa. 
Torna-se mais subjetiva e egocêntrica, vê mais os detalhes que o todo, fica mesquinha. 
 
A RESPIRAÇÃO PROFUNDA GERA HARMONIA – entre todas as funções do 
corpo. Com isso, há mais satisfação, estabilidade emocional, confiança e capacidade de 
expressão. Facilita a meditação e o sentimento amoroso. 
 
A RESPIRAÇÃO SUPERFICIAL GERA CARÊNCIA – já que não supre as 
necessidades orgânicas do oxigênio. Isso se reflete no estado emocional. A pessoa fica 
medrosa, volúvel, insegura, ruim de memória e intuição. A angústia tem muito a ver 
com isso. 
 
A RESPIRAÇÃO LONGA (profunda) DÁ PODER DE CONCENTRAÇÃO – e 
sintoniza as pessoas com o ritmo do universo; traz paciência, calma, tolerância, 
desenvolve uma visão das coisas e a consciência do aqui e agora. A memória e a visão 
do futuro se tornam mais extensas e claras. 
 
A RESPIRAÇÃO CURTA É DISPERSIVA – traz impaciência, cria um ritmo 
irregular; as pessoas mudam muito de idéia, tendem a intolerância e ao mau humor. 
Custa a se adaptar aos ambientes, vive em conflito e se apega mais aos detalhes que ao 
todo. 
 
 Sem muito esforço, é possível concluir que uma respiração longa, lenta e 
profunda, pode criar dentro de cada um de nós, um oásis particular de harmonia, paz e 
saúde. É utilizada em qualquer hora, situação e lugar, por qualquer pessoa. 
 
 
Obs. A respiração é a sua arma. Com ela, você domina a sua energia vital. 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 10 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
 
Exercícios práticos para iniciar a locução 
 
Afim de um aprimoramento em nível vocabular, o locutor deve estar constantemente 
treinando. Utilize os textos a seguir como exercícios individuais. 
 
 
Exercícios de Relaxamento 
 
1 - Relaxamento Triangular: 
 
a) Circular a cabeça para a esquerda. 
b) Circular a cabeça para a direita. 
c) Circular a cabeça horizontal, lateral e vertical. 
 
2 - Relaxamento dos Músculos do rosto: 
 
a) Agilização de todas as partes do rosto fazendo caretas. 
 
 
3 - Relaxamento Diafragmático: 
 
a) Movimentação do baixo ventre. 
b) Falar movimentando o diafragma pronunciando as vogais: a, e, i, o, u. 
 
 
4 - Relaxamento das Pregas Vocais: 
 
a) Cantarolar uma música de forma anasalada. 
 
 
Exercícios para Sibilação 
 
1 - Na sibilação a língua não é colocada por trás dos dentes. Com esses exercícios você 
deverá forçar ao máximo a colocação da língua por trás deles. 
 
a) Zi...Sid) Bi...Pi g) F...V F...V F...V 
b) Fi...Chi e) Di...Ti h) S...Z S...Z S...Z 
c) Vi...Gui f) Gui...Qui i) X...G X...G X...G 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 11 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
 
Exercícios para Problema de Articulação do R 
 
baR – muR – peR – vuR – deR – xaR – coR – teR – queR – dRu – cRo – vRi – fRa – 
teR – teRê – faRá – viRi – coRó – duRú - zêR - quéR - riR - fRa - tRú. 
 
 
Exercícios Terapêuticos diários para Relaxamento antes de Falar 
 
1) Emitir de forma suave com baixa intensidade as sílabas que se seguem. 
 
... ME – TRÚ – VÊ – JÊ – QUE – GUE – ZÊ – BRÊ 
 
Obs. Comece a fazer os exercícios de forma linear, após repeti-los de forma ondulada. 
 
Exercícios para Limpeza das Pregas Vocais 
 
Colocar a língua totalmente para fora e fazer a escala das notas musicais, em escala, 
pronunciando a letra “E”. 
 
Dó E RÉ E MI E FÁ E SOL E LÁ E SÍ E 
 
 
 
Exercícios Variados de Fonoarticulação 
 
“O mameluco maluco e melancólico meditava e a megera magalocéfala macabra e 
maquiavélica mastigava mostarda na maloca, minguadas e míseras miavam na moagem, 
mas mitigavam mais e mais as meninas”. 
 
Para leitura lenta 
 
“E há nevoentos desencantos dos encantos dos pensamentos nos santos lentos dos 
recantos bentos, dos cantos dos conventos. Prantos de intentos, lentos, lentos tantos que 
encantam os atentos ventos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 12 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
CUIDADOS COM A VOZ 
 
 Períodos curtos de rouquidão em adultos, geralmente, não são motivos de 
maiores preocupações. Costumam aparecer por causa de gripes que atingem a laringe 
onde estão localizadas as pregas vocais. 
 Dificuldades emocionais também podem estar por trás dos sintomas. A 
associação entre agressões físicas causadas pelo cigarro, alergias, infecções e o uso 
inadequado da voz é de fato o agente causador de boa parte dos problemas das pregas 
vocais. A ansiedade aumenta a tensão muscular e modifica a postura. O paciente tende a 
não relaxar o corpo para a respiração diafragmática, a forçar a voz na garganta e até 
agitar sem motivo. O tratamento destes casos conjuga exercícios de fono, técnicas de 
relaxamento e diminuição de ansiedade. 
 Em situações estressantes, as pessoas podem perder completamente a voz. 
 
LEMBRETES PARA UMA BOA LOCUÇAO 
 
1) Exercite sua leitura e interpretação. Leia tudo o que lhe cair nas mãos, bula de 
remédio, receita culinária, livros, anúncios comerciais de revistas, etc. O leitor 
habitual não costuma cair em armadilhas de palavras ou termos usados com 
pouca freqüência. 
2) Nunca é demais ter conhecimentos mínimos de regras gramaticais e cultuar um 
vocabulário extenso e versátil, é de fato, um pré-requisito para eficiência da 
comunicação. 
3) É bom evitar expressões complicadas, pois soará como pedantismo (Age com 
extrema arrogância) da sua parte e pode perturbar o fluxo da mensagem que se 
está transmitindo. 
4) O entusiasmo em demasia pode ridicularizar a locução. 
5) É sempre necessário manter-se bem informado sobre os acontecimentos 
importantes que ocorrem no mundo. Ter conhecimento prévio das notícias 
permite que se façam comentários pertinentes com lógica e conteúdo. 
6) Se não houver “Script” (roteiro de programa), faça um esquema prévio, 
principalmente se o assunto envolver nomes, datas, locais, números e relações 
em geral. 
7) Evite as “abobrinhas”, pois elas desvalorizam qualquer trabalho. 
8) O ideal é que o locutor participe da redação do texto que irá ler (interpretar), 
pois assim facilitará a interpretação na leitura durante a locução. 
9) Seja claro e acessível. Não enrole seu ouvinte com palavras que nem todos 
possam entender. 
10) Lembre-se: Você não é a pessoa mais importante, e sim, o Receptor. 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 13 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
 
IMPROVISAÇÃO 
 
 
 Há casos em que o locutor pode se deparar com situações em que tenha que 
fazer uso de improvisações que não se forem realizadas com segurança, podem causar 
alguns embaraços. 
 
 A improvisação pode seguir dois caminhos distintos: 
 
1) Aquela que é produzida, prevista com efeitos especiais e aí nem é considerada tanto 
uma improvisação na acepção do termo, porque tem um roteiro que se aproxima da 
descontração. 
 
2) Pode ser considerada também com a inclusão de comentários musicais. 
 
 A verdadeira improvisação é espontânea, surge aparte de lapsos técnicos, 
jornalísticos ou na própria programação. É quando você se vê na contingência (nem 
falsa, nem verdadeira), de falar para que a transmissão retorne ao seu curso e siga 
normalmente. É a oportunidade de se exercitar o raciocínio e falar a coisa certa em 
momentos críticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 14 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
 
 
LEITURA EM VOZ ALTA E INTERPRETAÇÃO 
 
 
 
 
O MAIOR IMPULSO DO SER HUMANO É SENTIR-SE IMPORTANTE 
E VALORIZADO. 
 
QUANTO MAIS IMPORTANTE VOCÊ FIZER ALGUÉM SE SENTIR, 
MAIS POSITIVAMENTE ESSA PESSOA AGIRÁ EM RELAÇÃO A 
VOCÊ. 
 
O PRINCIPAL INTERESSE DAS PESSOAS SÃO ELAS PRÓPRIAS. 
SUA ABORDAGEM DEVE SER NO SENTIDO DO QUE AS OUTRAS 
PESSOAS PENSAM E DESEJAM. 
 
ALGUM DIA, EM ALGUM LUGAR, VOCÊ RECEBERÁ EM DOBRO 
O QUE DER. 
 
 
 
PENSE NISSO! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
 
 
Regionalismo na Fala Comum e Locução 
 
Regionalismo - é tudo aquilo que se diz respeito a uma região, termo, locução ou 
costumes próprios daqueles que vivem nessa região. E regionalista é aquele que defende 
os interesses regionais. 
Fala Comum e Locução - Cada região tem sua origem, costumes e hábitos que 
divergem em relação a outros estados. Mas se tratando de comunicação, é preciso 
atentar para um detalhe que a comunicação exige em todos os sentidos. A Dicção. 
 
 
 
O que é Dicção? 
 
É a forma como se pronunciam as palavras. 
É o modo (individual) de falar, de pronunciar as palavras, 
observar as vírgulas, exclamações,etc. 
 
A boa dicção é o modo de falar do bom orador. 
O oposto é a dicção ou pronúncia ruim. 
Exemplo: 
Nós, mineiros, tendemos a dizer: "prestenção” 
Alguns paulistas incluem um "ñ" que não existe: "Carñne”. 
 
Mas, mineiros, se cuidando de uma dicção melhor, vamos 
dizer: "Paulista preste atenção! Não é carñne!", 
 
Respeitando as vírgulas, exclamações, etc. 
Até a respiração é importante na dicção e na oratória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
Modulação de voz e variação no ritmo da locução 
 É importantíssimo que esteja presente em uma locução a modulação da voz do 
locutor, ou seja, variação entre graves, médios e agudos, de forma que a locução não 
fique cansativa e viciada em médio-grave, médio-agudo, somente grave ou somente 
agudo. 
 Outro fator muito importante para que a locução não fique cansativa e maçante 
é estar presente à variação no ritmo da locução, ou seja, mudança da velocidade na 
verbalização do texto. 
 A voz é o instrumento de trabalho do locutor e através dela muitos conseguem 
criar uma magia em volta de si. 
Dicionário do locutor. 
Peças Comerciais – Forma pela quais as mensagens publicitárias são veiculadas no 
rádio, sendo elas: Spots – Jingles – Testemunhais – Teaser - Slogans. 
Spots – Trata-se de uma peça simples e objetiva, onde o produto ou oferta é apresentado 
através de um texto locutado. Elaborado e produzido para ser veiculado no rádio pode 
ser, além do texto locutado, uma forma de explorar os elementos da sonoplastia, tais 
como efeitos sonoros e trilhas. 
 
Briefing - Relatório em que estão colocados os dados necessários para elaboração de 
uma campanha de comunicação. 
 
Jingle – Trata-se do anúncio cantado, com uma produção sonora bem mais elaborada 
que um spot. A produção de um jingle envolve além do compositor, demais músicos e 
cantores que executarão sua gravação no estúdio de uma produtora. Sua mensagem 
pode conter temas institucionais da empresa ou ofertas e lançamentos de um produto. 
Pode ser cantado, o que marca bem mais a mensagem no ar, e pode conforme sua 
incidência de veiculação, fazer com que os ouvintes memorizem sua melodia 
cantarolando durante o dia. 
Teaser – A simples irradiação do nome do produto e seu slogan: 
Ex.: “Coca Cola sempre Coca Cola”, ”Brahma... Paixão Nacional”. 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
Slogan – É o conceito do produto, que resume a idéia que este deseja transmitir: 
Ex.: “General Motors, tecnologia a serviço do homem.”, “Ford, faz o seu caminho 
melhor.”, “Dimas Jr., O Designer da Voz.”. 
Locutor publicitário - Locutor publicitário é o profissional que empresta sua voz para 
anúncios de mídias dotadas de som. Podemos citar como exemplo o rádio, a TV, o 
cinema, a internet e outros. 
 
 A locução publicitária pode ser narrativa, informativa, interpretada, caricaturizada, 
lenta, ágil e de diversas outras formas, dependendo da necessidade. 
 O bom locutor é capaz de identificar prontamente a intenção da peça publicitária 
traduzindo-a em sua colocação de voz, interpretação de texto e estilo. 
 
Mestre-de-cerimônias – O mestre-de-cerimônias conduz uma cerimônia ou evento. Do 
alto de seu púlpito, o mestre-de-cerimônias narra, cita e dá andamento aos 
acontecimentos programados para um evento. 
 Em sua pessoa está depositada a responsabilidade de transmitir aos espectadores 
um bom astral durante a apresentação, mantendo a atenção do público no desenrolar do 
evento através de sua presença, apresentação e dicção. 
Narrador – O narrador relata os fatos de uma sucessão de eventos. Narra um programa 
de TV, um espetáculo teatral, um documentário científico, um vídeo institucional de 
uma empresa, uma partida de futebol, entre outros. 
Locução Comercial – O som da voz dos locutores de comerciais está presente na 
maioria das propagandas e publicidades, representando aspectos subjetivos que 
influenciam a composição de imagens mentais, sentimentos e atitudes do público 
ouvinte. 
 São requeridas no trabalho de locução publicitária e de propagandas comerciais, 
muita flexibilidade e plasticidade vocal, que correspondem à liberdade e criatividade da 
voz. 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
Locução em Rádio – A locução em rádio é segmentada da seguinte forma: Jovem, 
Popular e Adulta. Para o locutor de rádio, o mais importante é transmitir com 
objetividade, segurança e credibilidade na leitura da informação. E para atingir todos 
esses objetivos é necessário obedecer aos seguintes critérios: 
1 - Conhecer os assuntos abordados; 
2 - Ler o texto antes de entrar no ar; 
3 - Marcar as palavras que devem ser lidas com ênfase· assinalar a pronúncia correta de 
nomes e lugares; 
4 - Ler sem pressa; 
5 - Interpretar (e não encenar) o texto; 
6 - Ser natural – alegre, consternado ou irônico sempre respeitando o tom da notícia; 
7 - Acreditar no que está lendo. 
 Uma boa dicção valoriza o texto e não confunde o ouvinte. 
 O locutor deve articular bem as palavras, sem comer letras ou silabas inteiras, nem 
deixar cair o tom de voz no final das frases, atrapalhando o ritmo da leitura. 
Interpretação no Rádio – A interpretação é diretamente ligada à segmentação, ou seja, 
com estilo e gênero da programação. 
Modulação de voz – É o uso da ressitura de voz entre graves, médios e agudos. 
Variação no ritmo da locução – É a mudança na velocidade durante a verbalização do 
texto. 
Inflexão de sorriso – É a presença leve e discreta do sorriso durante a locução, muito 
utilizada na comunicação das rádios populares. 
Carisma, envolvimento e cumplicidade – É o estilo próprio de cada comunicador, 
domínio técnico e artístico da sua maneira simples e sincera de se comunicar com o 
público. 
 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
· Expressões de Alongamento e Elisão – “Muito bom diiiiaaa…!!!; Tudo bem com 
você???”. 
 Muito presente na comunicação do rádio popular, onde o locutor imprime um 
alongamento no final das últimas palavras de cada frase. 
· Simetria da Locução com a Plástica da Emissora – É a perfeita combinação 
técnico-vocal desempenhada pelo locutor durante a apresentação do programa. 
Uma interpretação bem dimensionada entre voz e registros sonoros que são: vinhetas, 
trilhas e efeitos. 
. Locução na Notícia – Sua voz deve passar credibilidade e segurança aos ouvintes. 
 Na hora em que estiver lendo a notícia, deve-se demonstrar conhecimento e 
segurança na abordagem doassunto, pois o rádio representa credibilidade. 
 Ao expor um ponto de vista sobre determinado assunto a alguém, observe como 
está sendo a linha de raciocínio, bem como a construção de frases, notando ainda, se o 
interlocutor está entendendo as idéias e compreendendo os comentários. 
 O locutor deve transmitir certeza ao falar. Seja no texto lido ou na notícia 
comentada. 
 Na maioria das vezes o ouvinte presta muito mais atenção quando entra-se no ar 
expondo uma idéia, fato ou notícia. 
. Locução no Testemunhal – Depoimento realizado pelo próprio locutor, 
testemunhando a qualidade e a eficácia de um determinado produto. Neste tipo de 
anúncio, o que está em destaque é a credibilidade do locutor junto aos seus ouvintes. No 
testemunhal, embora o locutor leia um texto já redigido, deve interpretá-lo de forma 
com que o ouvinte sinta que ele esteja falando de improviso. 
. Entrevista - É uma conversa entre duas ou mais pessoas, com o objetivo de analisar, 
informar ou esclarecer sobre um assunto, através de perguntas e respostas. 
A entrevista pode ser: 
Individual: quando a conversa acontece entre um entrevistador e um entrevistado; 
Grupal: quando o entrevistador faz perguntas a vários entrevistados; 
Coletiva: quando as perguntas são feitas por vários entrevistadores a um só entrevistado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
 
Higiene Vocal. 
 
· Cuidado com o stress; 
· Prática de relaxamento; 
· Higiene Mental; 
· Beber água (temperatura ambiente); 
· Evitar bebidas alcoólicas, fumo e drogas; 
· Cuidado com: mudanças bruscas de temperatura, quentes ou gelados, postura do 
andar, sentar, falar ao telefone; 
 
· Vestuário: Evite usar golas ou gravatas que apertem o pescoço (região onde se 
encontra a laringe) e evite cintos apertados na cintura (que impeçam o movimento do 
diafragma); 
 
· Alimentação: Evite derivados de leite e chocolate antes das locuções, pois estes 
alimentos alteram a viscosidade da secreção mucosa, e assim se tem a necessidade de 
pigarrear para limpar a garganta, tal procedimento provoca uma aproximação brusca das 
pregas vocais; 
 
· Cuidado com os excessos vocais: (gritar, falar demais, cantar a noite inteira...); 
· Procure bocejar; 
· Respiração: evitar inspirações profundas; 
· Não usar pastilhas ou balas para atenuar dor de garganta. Em geral, as balas encobrem 
a dor do esforço vocal. É recomendável repouso vocal. 
· Treino constante é fundamental para aumentar a resistência vocal e para explorar o 
mecanismo de fonação; 
· Postura: tronco alongado, abdômen livre, suporte respiratório, ajuste da cadeira e 
microfone; 
 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
COMO REDIGIR NOTÍCIAS 
Objetivo: 
 Oferecer instrumentos para compor um texto dentro das normas de redação 
jornalística. 
SEQÜÊNCIA DE PRIORIDADES: 
 Que: 
 Quem: 
 Quando: 
 Como: 
 Onde: 
 Porque: 
QUANDO FOR REDIGIR... 
Faça um roteiro com palavras chaves que irão balizar seu texto: simplifica o trabalho de 
redigir. 
Lembre-se que o título é a palavra chave. 
Precisa ter impacto. 
Procure construir o seu título com curtas e poucas palavras. 
Comunique o acontecimento, não chame para o evento. 
Evite: compareça, participe, não perca etc. 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
COMO FAZER UMA MATÉRIA JORNALÍSTICA 
Notícia - É o relato de um fato real, atual e de interesse e importância para a 
comunidade. 
Há uma regrinha, composta por seis perguntas e chamada de lead (ou lide), que facilita 
na hora de redigir uma notícia: 
O quê? - o assunto 
Quem? - personagens envolvidos 
Quando? – data, hora 
Onde? – local onde aconteceu (acontece ou acontecerá) o fato 
Como? – modo como aconteceu (acontece ou acontecerá) o fato 
Por quê? – causas 
 
É importante lembrar que se deve começar pela parte mais importante. Pode ser pelo “o 
que”, pelo “quem”, pelo “como”... O importante é começar pela parte que mais vai 
chamar a atenção do ouvinte. 
Além do lead, há algumas outras orientações para redação da notícia para o rádio: 
a) Não usar o “nós”, o “nossa” e outros termos que passam pessoalidade (nossa 
paróquia, nosso pároco, nosso padroeiro etc), o que compromete a credibilidade da 
notícia perante os ouvintes. 
b) Evitar verbos no futuro do presente. Para o ouvinte, o tempo deve ser o mais próximo 
possível. A linguagem do rádio é a linguagem do agora. Por exemplo: ao invés de 
“acontecerá”, use “acontece” ou “vai acontecer”; ao invés de “celebrará”, use “celebra” 
ou “vai celebrar” etc. 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
c) Quando se tratar de horas, diga: “sete e meia da noite”, “oito e meia da manhã”, 
“cinco horas da tarde” e não “dezenove horas e trinta minutos”, “oito e quinze”, 
“dezessete horas”. Agindo assim, o comunicador está simplificando e facilitando o 
entendimento de quem está apenas, escutando, sem chances de reescutar. 
d) Usar frases curtas. Ir direto ao assunto. 
e) Evitar adjetivos (palavras que exprimem qualidade). Deixe que ouvinte tire a 
conclusão de a ação é “grande”, “pequena”, “maravilhosa”, “majestosa” etc. 
f) Não usar gírias, nem chavões, jargões (Ex.: “Água que passarinho não bebe”, “Foi 
preso um elemento” etc.). 
Ponto: 
Use à vontade. Pontos encurtam frases. Dão clareza ao texto. Facilitam à compreensão. 
Vírgulas: 
Tanto em excesso quanto em falta, podem confundir, tornando o texto de difícil 
compreensão. Procure não utilizá-las para alongar excessivamente suas frases. 
Pontos de Interrogação: 
Não use em títulos. No texto, use com cuidado. Quem deve perguntar é o leitor. Você 
deve oferecer respostas. 
Frases: 
Devem ser curtas e objetivas. Dê preferência a frases afirmativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
Nomes Próprios: 
Atenção com a grafia; 
Exceto em países como a Indonésia e Birmânia, as pessoas têm nome e sobrenome. Na 
primeira referência escreva o nome completo. O cargo é importante, às vezes mais que o 
nome. 
Aspas use em: 
Temas de cursos e conferências 
Em declarações, citações ou transcrições. 
Quando possível,prefira grifar com itálico. 
Fecho: 
Tenha sempre uma surpresa guardada para o último momento. Pode ser uma informação 
inesperada, uma pequena história relevante, uma declaração forte ou uma conclusão 
significativa do que foi dito antes. 
EVITE ESCREVER: 
Etc (por ser incompleto); e muito mais - e muitas outras atrações. 
Frases longas; parágrafos longos; textos longos; 
Frases coloquiais (Será lá, pra, pro.). 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
PRAGAS DO TEXTO: 
As duas pragas do texto são a desinformação e o exagero. Erradique essas duas pragas 
com uma rigorosa checagem das informações, é possível através de uma atenta releitura 
crítica do que escreveu. 
 
Três releituras são recomendáveis: 
Uma para verificar as informações apresentadas. 
Outra para eliminar erros de digitação, grafia e acentuação. 
Finalmente mais uma que elimine repetições. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 26 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
COMO FAZER UMA REPORTAGEM PARA TV 
 
 
 
A entrevista nada mais é do que a reprodução da conversa de um jornalista com uma 
pessoa possuidora de conhecimentos acerca de atualidades, diga-lhe respeito ou não. A 
reportagem é a história de várias histórias entrecruzadas. 
Trata-se de uma narrativa, cujos principais objetivos são informar e fazer compreender 
o que de importante ou interessante aconteceu num determinado lugar durante um 
período de tempo com certo número de personagem dentro de um enredo. 
 
O repórter tem de dominar a técnica da narrativa, pois relata fatos, transmite emoções e 
impressões, descreve lugares e pessoas, enfim conta à vida real. 
Além de cursos de extensão universitária e programas de treinamento, sendo este último 
oferecido pelos principais jornais, por meio de seletivas. Assim sendo, para ser um bom 
repórter basta seguir estas dicas e se dedicar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
 
ELABORANDO A REPORTAGEM 
 
 
Digamos que a pauta seja a grande polêmica: “Quem nasceu primeiro? O ovo ou a 
galinha?”. 
 
Detalhe: Um dos patrocinadores da emissora para a qual você trabalha, tem uma grande 
exportadora de ovos, vem sofrendo pressão de ambientalistas que denunciam as 
crueldades praticadas por eles, contra as galinhas. 
 
Querendo ou não, a equipe de reportagem e edição, recebeu uma mensagem velada de 
que terá que induzir a população a crer que o ovo nasceu primeiro. 
 
A fantástica reportagem começa com uma manchete, narrada pelo apresentador do 
telejornal: 
 
“- Quem nasceu primeiro? O ovo ou a galinha? Pesquisadores da Universidade de São 
Paulo têm fortes indícios de que possa ter sido o ovo.” 
 
 
INICIA-SE A REPORTAGEM 
 
Mostra uma família feliz e bonita sentada no sofá: 
 
“Maria do Carmo da Silva, 35 anos, conseguiu montar seu próprio negócio, seguindo a 
teoria de que o ovo nasceu primeiro. Quando ficou desempregada, comprou seu 
primeiro ovo e o revendeu para sustentar a família. Hoje já emprega 10 funcionários.” 
 
Agora, existe a necessidade de mostrar que a reportagem é imparcial e que ouviu os dois 
lados. Então, a próxima imagem será de um homem de aparência grotesca e arrogante, 
atrás de uma mesa de escritório: 
 
“Já Astrogildo Bernardes, presidente da Associação diz que a Galinha Veio Primeiro, 
acredita que o ovo jamais poderia ter existido sem a presença da galinha:” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 28 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
 
Astrogildo: “É uma ingenuidade acreditar que o ovo veio primeiro, nenhum ovo nasce 
do nada. A galinha estava lá, antes de tudo e de todos”. 
 
Apesar de Astrogildo ter falado por mais de duas horas, a edição só selecionou alguns 
segundos, justamente, seus argumentos mais fracos. 
 
Nesse momento, a reportagem usará seu melhor recurso: a opinião popular. Transeuntes 
serão entrevistados. 
 
Vanessa Ferreira, estudante: “Sim, com certeza, foi o ovo.” 
 
Joaquim das Neves, assistente administrativo: “O que a galinha era antes de virar 
uma galinha? Só pode ter sido um ovo. Não dá pra negar”. 
 
E pra finalizar, voltamos com a imagem de nossa primeira entrevistada, Maria do 
Carmo, com a narração do repórter: 
 
“A polêmica é antiga, as opiniões estão divididas, mas para Maria do Carmo, o ovo não 
só nasceu primeiro, como trouxe renda e felicidade para ela e seus filhos”. 
 
Close na Maria do Carmo: “O ovo, que nasceu primeiro, mudou minha vida. E espero 
que ele mude a vida de outras famílias também”. 
 
Congela num sorriso carismático de Maria do Carmo. Fim da reportagem. 
 
 
Mas calma, não acaba aí. 
 
Imprescindível que a próxima notícia seja: “Uma quadrilha de galinhas foi presa no sul 
do Paraná, portando drogas, armas e documentos falsos”. 
 
E, se possível, o apresentador do telejornal ainda fará uma chamada: “Veja, nessa sexta, 
no Febrar Repórter, os benefícios da proteína do ovo na alimentação do brasileiro. E 
como ele tem ajudado crianças de comunidades carentes a vencer a desnutrição”. 
 
Esse formato vale para qualquer tema, em qualquer emissora. Preste atenção da próxima 
vez. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 29 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
Inflexão Vocal 
 
 
 Observa-se inflexão vocal em todos os estilos de locução. A intensidade desta 
variação se dá de acordo com o segmento da emissora. Em princípio, locutores de 
emissoras populares tendem a usar inflexão vocal com maior freqüência. Entretanto, é 
preciso ficar claro que, em qualquer que seja a locução e qualquer que seja o segmento 
da emissora, a inflexão vocal deve estar presente, em maior ou menor grau. 
 
 Na prática, a inflexão vocal serve para “temperar” a locução. A linearidade da 
fala – muito comum em quem não trabalha com a voz – deve ser combatida com certas 
variações vocais durante a locução. Com o passar do tempo o locutor vai adquirindo 
uma “capacidade natural” de fazer inflexão na fala. Para os principiantes, o 
conhecimento desta variação vocal aliado à prática de alguns exercícios desenvolve uma 
boa inflexão vocal. 
 
 
Exercícios de Inflexão 
 
 
a) Sujei de manga a manga do meu paletó. 
b) José Maria não nada nada. 
c) A mulher do caixa daCaixa econômica perdeu sua caixa de jóias. 
d) Maria casa em casa. 
e) Leve o que é leve e deixe o que é pesado. 
f) A parada militar está parada há uma hora. 
g) Quebraram o banco do Banco do Brasil. 
h) Como rápido como você. 
i) Quando desço o morro de Mãe Luiza morro de medo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Inflexão Vocal - Exercícios 
 
 
 
Nas frases abaixo, faça as devidas inflexões vocais não levando em consideração o 
contexto da informação. 
 
 
 
FRASE 1 – Apesar de toda polêmica em torno da reeleição, o presidente Fernando 
Henrique Cardoso já anunciou que NÃO será mais candidato. 
 
 
FRASE 2 – Apesar de toda polêmica em torno da reeleição, o presidente Fernando 
Henrique Cardoso JÁ ANUNCIOU que não será mais candidato. 
 
 
FRASE 3 – Apesar de TODA polêmica em torno da reeleição, o presidente Fernando 
Henrique Cardoso já anunciou que não será mais candidato. 
 
 
FRASE 4 – Apesar de toda polêmica em torno da reeleição, o presidente FERNANDO 
HENRIQUE CARDOSO Já anunciou que não será mais candidato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 31 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
Técnicas de Locução de Comerciais 
 
 Leitura, leitura, leitura, todos os dias, em todo o tempo livre. Durante a leitura 
separe, pelo menos, 15 minutos para fazê-la em voz alta. Diversifique bastante, leia 
jornais, poesias, textos publicitários, narrativas, historinhas de crianças etc. 
 
 Não leia apenas para praticar dicção e respiração, leia para adquirir cultura, estar 
atualizado, bem informado. A leitura enriquece o vocabulário e a prática da leitura 
diária é essencial na formação de um profissional de comunicação. 
 
Que técnicas devo empregar para vender um texto durante a locução? 
 
Quando um locutor lê um texto se torna um vendedor das idéias que estão ali nas linhas 
e entrelinhas, em cada palavra, em cada vírgula, em cada ponto. Idéias que exprimem 
sentimentos, experiências, anseios, expectativas do autor. Idéias que devem ser 
traduzidas e interpretadas da melhor maneira possível pelo locutor. 
 
Reconhecer palavras de DESTAQUE. 
 
Certifique-se das palavras que deverão receber maior destaque durante sua locução, 
então, faça sua locução baseando-se nestas palavras de sentido relevante. Recomenda-se 
sublinhar estas palavras, este recurso é muito habitual entre os locutores,a partir daí, 
você poderá organizar melhor suas idéias e efetuar sua locução consolidada neste 
projeto. Utilizando está técnica, seu estilo será menos tenso e conseguirá produzir uma 
locução que passará credibilidade e despertará o interesse do ouvinte. 
 
Basicamente estas técnicas resumem-se em: Articular bem as palavras, dar ritmo e 
tom adequado a cada leitura ou locução, saber respirar acertadamente, conhecer e saber 
utilizar seu timbre vocal e ter boa noção de todo o aparelho fonatório. Sempre deve-se 
levar em conta o conteúdo da mensagem, entender o teor do que se está lendo e dar o 
"peso" adequado a cada palavra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 32 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
 
Durante a locução a respiração deve ser feita da seguinte forma: 
 
Encha os pulmões de ar, de preferência pelo nariz, principalmente em ambientes abertos 
ou frios. 
 
Faça-o estendendo o diafragma para baixo, de modo que sua barriga pareça encher-se de 
ar. 
 
Você notará que a parte superior dos seus pulmões, também se inflará. Mas de forma 
Correta, ou seja, somente no final de sua inspiração. Isto quer dizer, que você conseguiu 
Inflar todo o seu pulmão. 
 
O processo de comunicação se efetiva quando o emissor da mensagem se faz entender, 
por gestos, por sinais, por escrita, ou pela voz. 
Ao emitir a mensagem publicitária, jornalística, política, religiosa ou de qualquer 
natureza, o locutor profissional faz uso de técnicas que tornam a comunicação mais 
eficiente. Sua fala convence, vende idéias, conceitos, produtos etc. 
 
É claro que você não vai fazer nenhum mergulho em profundidade. 
Entretanto, é necessário que as pessoas que trabalham com a voz, 
dominem esta técnica. Dosando a quantidade de ar a ser inspirado, 
de acordo com a frase a ser lida ou cantada. 
 
Toda a produção do som e todas as técnicas da fala estão 
baseadas na respiração, que influi na dicção , volume da voz e 
resistência do locutor. 
 
Vamos praticar com um pequeno texto. 
 
Durante sua leitura, você encontrará, frases ou períodos mais longos, que deverão ser 
lidos de uma só vez. ou seja: num só fôlego. Para isso você terá que controlar melhor 
sua respiração. A primeira coisa a fazer é estudar o texto, e identificar frases onde será 
necessário o emprego de maiores ou menores tomadas de ar. 
Quando estava aprendendo a respirar durante a locução, aprendi uma técnica que me 
ajudou consideravelmente. Está técnica se baseia em marcar o texto que será lido com 
barras simples ou duplas. As barras simples marcam as menores tomadas de ar. As 
barras duplas marcam as maiores tomadas de ar. 
Como exemplo tomaremos este texto publicitário da Golden Cross. 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 33 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
Texto: Comercial 30” 
Breafing: Golden Cross 
Título: Institucional 
Locução: Voz Clássica 
 
 
 
A VITÓRIA DE UM LIDER/ É UMA CONQUISTA DIÁRIA/ FEITA 
DE PEQUENOS GESTOS E ATITUDES// A GOLDEN 
CROSS REAFIRMA ESTA VERDADE A CADA DIA/ SE 
EMPENHANDO AO MÁXIMO/ PARA QUE VOCÊ POSSA 
USUFRUIR DE NOSSA LIDERANÇA/ COM TODA A 
TRANQUILIDADE QUE A SUA VIDA MERECE.// 
GOLDEN CROSS AVENTURE - SE!// 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Comunicação 2011 Página 34 
Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
Jingle - É uma mensagem publicitária musicada e elaborada com um refrão simples e 
de curta duração, a fim de ser lembrado com facilidade. Na linguagem profissional são 
chamados de jingles. 
 
Springle - Surgiu há pouco tempo no meio publicitário. Ele nada mais é do que a junção 
do spot com o jingle, ou seja, tem partes cantadas e partes faladas. 
 
Spot 
Anúncio gravado com voz e efeitos sonoros, mas sem música, apenas com trilhas 
sonoras (geralmente chamados como fundos musicais) que inspirem a idéia proposta.Jingle, Música de Propaganda ou o quê? 
 
O termo jingle vem do inglês e significa tinir, retinir, soar. 
Na linguagem publicitária, entretanto, ele é definido como uma composição musical, 
geralmente tem a duração de 15 a 30 segundos, às vezes, mais, contendo as 
características de uma canção. 
 
Ou curta duração, nesse caso já não são chamados jingles, mas, vinhetas cantadas (uma 
frase ou fragmento de frase musical associado a um nome de marca ou de um slogan; há 
pessoas que o chamam respectivamente jingle-assinatura e jingle-slogan, jingle com 
cabeça e fim cantados com janela ou espaço para locução feita especificamente para um 
produto ou serviço. 
 
 
Primeiro Jingle - O primeiro jingle foi produzido em 1926, nos EUA, para um cereal 
matinal chamado Wheaties, cujo slogan principal é "Para um café da manhã de 
campeões". O auge do jingle foi na década de 50, nos EUA, no boom econômico. Era 
usado em diversos produtos, como cereais matinais, doces, tabaco, bebidas alcoólicas, 
carros e produtos de higiene pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Oficina de Rádio e TV – apresentação/reportagem 
 
 
 
O efeito de um Jingle na sua marca ou produto. 
 
 Está comprovado, a propagação de comercial no Rádio, na TV e agora na 
internet aumentam as vendas! 
 Ficou provado, através de pesquisas, que os “jingles” são sempre 
lembrados, pois se baseiam em música e a música exerce um grande poder sobre todas 
as pessoas e seus sentimentos. 
"Pipoca na panela, começa arrebentar, pipoca com sal, que sede que dá...” Isso lhe 
parece familiar? 
 É meio do dia, você está trabalhando, já faz tempo que almoçou e nada de 
importante está acontecendo. 
 
 Então, do nada, você ouve uma voz na sua cabeça cantando "Pipoca na 
panela, começa arrebentar, pipoca com sal, que sede que dá..." repetidas vezes e não 
consegue fazer parar. 
 
 E agora você está com vontade de beber guaraná antártica. 
 É isso o que o jingle faz. Ele entra em sua cabeça e não sai. 
 
 Em 1932 Ademar Casé que injustamente ficou rotulado como "o homem 
que prostituiu o rádio no Brasil", em seu programa de variedades foi criado o 1º 
jingle do Rádio no Brasil. Nássara um dos redatores do programa compôs o 1º jingle da 
história no Brasil. Albino, um senhor português, dono da padaria Bragança, foi 
abordado por Casé para ter seu comércio anunciado, no entanto Albino não se 
interessava pelo negócio, foi quando ademar Casé lançou a proposta de anunciar sem 
compromisso. Com a simples condição de que Albino só pagaria se gostasse. Nássara 
não perdeu tempo, aproveitando a nacionalidade do cliente e fez trêz quadrinhas em 
ritmo de fado, que foi cantado com sotaque português na voz de Luís Barbosa, 
nascendo assim o 1º jingle da Padaria Bragança: 
 
OH, PADEIRO DESTA RUA// TENHA SEMPRE NA LEMBRANÇA// NÃO ME 
TRAGA OUTRO PÃO QUE NÃO SEJA O PÃO BRAGANÇA// PÃO INIMIGO 
DA FOME/ FOME INIMIGA DO PÃO// ENQUANTO OS DOIS NÃO SE MATAM// 
A GENTE NÃO FICA NA MÃO// DE NOITE, QUANDO ME DEITO E FAÇO A 
ORAÇÃO// PEÇO COM TODO O RESPEITO QUE NUNCA ME FALTE O PÃO/// 
 
 
 
 
 
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Script e Roteiro 
 
 
 A nossa vida é precedida de uma série de informações antes de nascermos. 
Essas informações requerem um cuidado muito sério por parte de nossos pais, que 
chamamos de Planejamento Familiar. 
 
 O mundo está preocupado com a questão ambiental, e os veículos de 
comunicação estão passando para a sociedade, informações a todo o momento como 
deveremos proceder para tais situações. Isto significa que não podemos ir ou vir sem 
uma direção, não importa aonde você for, mas tem que ter uma linha, ou seja, um 
OBJETIVO. O Script e o Roteiro são situações adversas, mas, com o mesmo propósito 
há serem seguidos com cuidado, ordem e planejamento. 
 
Script - Texto há ser interpretado por um interpretador específico para essa linguagem. 
 
Exemplo: “Cerimonial” 
 
Senhoras e Senhores, boa noite. 
 
Neste momento vamos dar início à apresentação do desfile que irá definir nesta noite a 
escolha da Garota e Garoto Catatau... Segue... 
 
Roteiro - É a forma escrita de qualquer audiovisual. No entanto, sem material escrito 
não se pode dizer nada. Por isso um bom roteiro não é garantia de um bom filme, mas 
sem um roteiro não existe um bom filme. 
 
Exemplo: “Programa de Rádio - variedades” 
 
1) Abertura / Apresentação 
2) Participação do ouvinte / Promoção 
3) Promoção / Horóscopo / Dicas / Flash ao vivo 
4) Resultado Promoção / Encerramento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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PRODUZINDO UM PROGRAMA DE RÁDIO 
(Seguindo esta Estrutura) 
 
 
 
Nome do Programa: _______________________________ 
 
Temática: _______________________________ 
 
Apresentador: _______________________________ 
 
Perfil: _______________________________ 
 
Duração: 1 Hora 
 
Dia: ______________________________ 
 
 
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BLOCO I - 15’ 
(Abertura / Apresentação) 
 
 
 
BLOCO II - 15’ 
(Conteúdo / Desenvolvimento) 
 
 
 
BLOCO III - 15’ 
(Conteúdo / Desenvolvimento) 
 
 
 
BLOCO IV - 15’ 
(Encerramento / Fechamento) 
 
 
Nome: ________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICAS DE REDAÇÃO 
 
Como todo mundo sabe na maioria de vestibulares, concursos ou quaisquer outras 
provas, a redação é dissertativa. Dissertação pode ser considerada uma narrativa, pois 
você deve escrever de forma clara e objetiva, como se fosse um texto de um jornal. 
Mas você não pode dar a sua opinião (nada de “eu acho” ou coisa parecida), deve 
esclarecer o tema de forma objetiva, mas não pode ter o uso de pronomes (eu, ele, ela, 
nós, tu), ou seja, nada disso. Você não pode se referir a você! 
Mas tente fazer a prova da forma mais criativa que conseguir, argumente, pois quanto 
mais você escrever melhorserá, mas não fique enrolando muito, pois se não pode ficar 
um pouco cansativo, e não é isso que deve ser feito em uma dissertação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 A redação dissertativa vem acompanhada de conhecimentos gerais que você 
tem que ter sobre o assunto abordado, pois é nela que você usa toda a sua força de 
expressão para dar a opinião ou solução de um problema. É através dos seus 
conhecimentos perante o assunto que você terá o argumento inicial para uma redação de 
sucesso. 
Uma dissertação tem a simples estrutura de: 
INTRODUÇÃO – apresenta a síntese do ponto de vista a ser discutido. 
DESENVOLVIMENTO – amplia e explica o parágrafo introdutório. Expõe argumentos 
críticos, analíticos, reflexivos, interpretativos e de opinião sobre o assunto. 
CONCLUSÃO – retoma as reflexões críticas ou aponta as perspectivas de solução. 
Utilizando as devidas dicas, com certeza montara uma redação dissertativa adequada 
para a realização da prova, porem dependerá também do conhecimento que você tem do 
assunto abordado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Impostação Vocal 
 
 
 A voz determina a própria personalidade de quem fala. Quando estamos tristes, 
alegres, apressados, seguros, etc..., a primeira identificação deste comportamento é 
transmitida pela voz. Por que será que a voz reflete com tanta nitidez o que se passa no 
interior das pessoas? Desde o nosso aparecimento na terra até os dias atuais, adaptamos 
certas partes do nosso aparelho digestivo e certas partes do nosso aparelho respiratório 
para a fabricação da fala e construímos, assim, o nosso aparelho fonador. Nota-se, 
entretanto, que o aparelho fonador – embora exista para a fabricação da fala – é uma 
adaptação do nosso organismo, e qualquer problema de ordem física ou emocional será 
imediatamente revelado através da voz. 
 É exatamente ai que o locutor deve trabalhar uma correta impostação vocal. Ela 
deve ser efetivada para um maior envolvimento com o ouvinte. Na verdade chega a ser 
um aspecto subjetivo na locução. Em princípio, um ouvinte “comum” não desliga o 
rádio simplesmente porque “não gostou” de sua impostação. Uma má impostação não o 
envolve e ele, inconscientemente, acaba desligando o rádio ou mudando de estação. 
 Para trabalharmos uma correta impostação é preciso – antes de qualquer coisa – 
entendermos o correto conceito de impostação de voz para o rádio atual. A idéia de 
“mudar a voz”, ainda muito comum ao teatro (em função dos personagens), não é mais 
interessante para veículo rádio. Tempos atrás, só as “ grande vozes” trabalhavam no 
rádio. O que se faz hoje em relação à impostação é a correta colocação da voz ao 
microfone sem, necessariamente, “mudar a voz”. Mais importante que uma bela voz é a 
comunicação. 
 Uma boa impostação vocal está intimamente ligada à pratica diária de locução e a 
uma certa dose de sensibilidade por parte do locutor. Pode-se, entretanto, valorizar 
certos aspectos da fala para aproximar-se de uma “impostação ideal”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 A velocidade da fala - É fundamental para se efetivar uma boa impostação. Cada 
individuo tem um ritmo próprio, e isso tem de ser respeitado. Agora, se você está com 
as vogais bem colocadas, o risco da sua mensagem não ser entendida é bem menor. 
Cuidado para não ser nem muito lento nem muito rápido. Você pode ser lento o 
suficiente para ser entendido sem ser “para baixo”. Uma outra dica: tente pronunciar 
bem as vogais finais de cada palavra. 
 
 
 O pique - Felizmente quem está começando no rádio erra mais por excessos do 
que por desconhecimento técnico. Principiantes costumam confundir o que os 
radialistas chamam de pique por um “ritmo muito corrido”, às vezes se aproximando do 
grito. Tenha calma. Usando uma correta impostação vocal você poderá ser alegre, 
energético – sem exagerar no pique. O excesso de pique compromete não só sua 
locução como a comunicação, como um todo. Hoje, pode-se entender o termo “pique” 
como “rica inflexão vocal”. 
 
 
Pontuação Gramatical X Pontuação Expressiva 
 
 
 Rádio é, antes de tudo, som. É onde se dá a valorização da oralidade. A pontuação 
gramatical existe no texto escrito. Mas quando falamos a pontuação que “aparece” é a 
expressiva (ver textos informativos da rádio). Os sinais do ponto (.), vírgula (,), dois 
pontos (:), e ponto e virgula (;), entre outros, surgiram para tentar “traduzir” pontuações 
expressivas. Esta pontuação é usada, também, para a respiração do locutor. É uma 
pequena pausa que ajuda no entendimento do que está sendo dito. Procure definir, 
antecipadamente, onde será feita a pontuação expressiva. Para tanto leia sempre o texto 
antes de ir ao ar. É importante que o locutor saiba o que está lendo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Trabalho de voz 
 
 
 Outra parte de extrema importância no rádio é o trabalho de voz. Ao contrário do 
que se possa imaginar, este exercício sistemático não consiste em “mudar” a voz do 
locutor. Tenta-se neutralizar excessos regionais, aproximando-se do que chamamos de 
“nacionalização da locução”. De uma forma meio involuntária, o rádio institucionalizou 
um modo de se falar ao microfone, neutralizando os sotaques de cada região. 
Genericamente, há pouca diferença entre, por exemplo, um locutor do Espírito Santo e 
um de Pernambuco, em se tratando de trabalho de voz. 
 
 Cuidado com as letras “D” e “T”. 
 
 Por exemplo: bom dia; a oficina de rádio acontecerá de 05 à 09 de maio; boa 
tarde; 
 
 Cuidado também para não trocar o som do “S” pelo som do “X”, algo muito 
comum no nordeste brasileiro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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