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Fonte: http://www.ub.edu/geocrit/sn/sn11962.htm *http://www.iets.inf.br/biblioteca/O_sentido_do_trabalho_informal_na_construcao_de_alternativa s_socioeconomicas_e_o_seu_perfil_no_RJ.PDF *http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S141380502008000300001 *http://www.iets.inf.br/biblioteca/O_sentido_do_trabalho_informal_na_construcao_de_alternativa s_socioeconomicas_e_o_seu_perfil_no_RJ.PDF http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/suppme /analiseresultados2.shtm http://www.ibge.gov.br/confest_e_confege/pesquisa_trabalhos/CD/mesas_redondas/2331.ppt http://www.portalseer.ufba.br/index.php/revnexeco/article/download/9247/6705 No Brasil, a crise econômica se acentua no início da década de 80, quando a economia se torna cada vez mais internacionalizada e a sua dinâmica interna cada vez mais limitada pela exclusão e concentração de renda perdendo fôlego de crescimento, mergulhando numa profunda recessão. A conjuntura política reforçou o caráter autoritário das relações capital/trabalho, com controle rígido por parte do Estado sobre os salários e remunerações sempre estabelecidas abaixo das taxas de inflação. Nesse período foi instituído o FGTS que abolia a estabilidade no emprego, aumentando a rotatividade da mão de obra, contribuindo para aumentar a superexploração e o caráter predatório da força do trabalho, pela intensificação do trabalho e pelo aumento da jornada de trabalho (instituição da hora extra) além do congelamento dos salários. No final dos anos 70 e início dos 80 [...] o mercado internacional de crédito entrou em colapso! ao ocorrer a elevação dos juros norteamericanos, gerando a crise internacional do endividamento e a subseqüente retração dos fluxos financeiros internacionais, tendo o Brasil mergulhado num profundo impasse que se estendeu pela década de 1980. Num primeiro momento, as medidas de austeridade fiscais e monetárias levaram a economia a recessão e, com isso, o desemprego exacerbouse e os salários reais sofreram perdas. O desemprego e a precarização do trabalho cresceram no período de retração das atividades[...] pois nos períodos de crise a primeira medida das empresas é a redução dos custos com a redução da mão de obra [....] o desemprego e a precarização do trabalho eram relativamente baixos. No início dos anos 90 ocorre uma acentuada queda do emprego com carteira assinada, elevandose o assalariamento sem carteira assinada e, principalmente, o trabalho por conta própria. Os anos 90 vão se caracterizar pela ampla desestruturacao dos mercado de trabalho As condições de trabalho tornaramse crescentemente informais, precárias, com trabalhos e salários descontínuos e de curta duração. Segundo pesquisas do IBGE, encontramse em algum tipo de informalidade, sem registro de carteira e garantias mínimas de saúde! aposentadoria! seguro desemprego, FGTS. *****tabela 3 colocar As dificuldades enfrentadas pelas indústrias são resultantes dos efeitos de oscilação do ciclo econômico, com efeito dramático sobre o mercado de trabalho, com taxas de desemprego aberto(pessoadeve está sem ocupação e sem rendimento tendo buscado trabalho ativamente) bastante elevadas [...] outro fator importante que contribui para o fraco desempenho industrial foi a abertura da economia aumentando o nível da competição internacional, associado a importante processo de modernização, principalmente em termos organizacionais, elevando consideravelmente o nível de produtividade, sem ampliar, contudo, novas oportunidades de emprego O deslocamento de uma profissão para outra pressupõe uma base de escolaridade superior a do brasileiro médio. A requalificação profissional modifica a oferta de trabalho, mas não expande a demanda. ***texto do Diego sobre desemprego estrutural**** Uma grande ameaça das transformações tecnológicas é o fato de serem excludentes, porque marginalizam uma parte importante da mão de obra e tornam o mercado de trabalho cada vez mais seletivo e competitivo. A maioria dessas novas profissões exige formação e qualificação, impedindo os trabalhadores menos qualificados de conseguirem emprego. Além disso, mesmo para os que estão empregados, há necessidade de treinamento constante, participação em cursos de atualização e requalificação, em função das transformações tecnológicas que prometem maior produtividade com menor custo;assim, grande parte das empresas privadas não possuem interesse em fornecer especialização e incentivar os seus funcionários a submeteremse a essa. Entendesse por economia informal o conjunto de atividades não registradas legalmente, ignoradas nos números oficiais que indicam o desempenho da economia, como o PIB. Em relação a economia informal, no Brasil, é visível o comércio ambulante, que não deixa de ser também uma das faces do desemprego estrutural. Os dados da OIT sinalizam o contínuo crescimento do trabalho informal na América Latina e no Brasil, em detrimento do trabalho regulamentado e/ou protegido por legislações específicas. Por outro lado, é preciso relembrar que o crescimento da informalidade do/no trabalho se inscreve em um período marcado pelo desemprego contínuo no mercado formal. Circunscrito ao nosso país, ele atingia 7 milhões de pessoas no início da década de 90, contra 2 milhões em 1980. Assim, o trabalho informal parece despontar como um recurso e abrigo dos trabalhadores face à escalada do desemprego O trabalho informal também inscrevese, para a organização, no campo da ausência de relações contratuais regidas por legislação trabalhista e fiscal entre os agentes econômicos. Logo, a OIT não se limita à observação de atributos intrínsecos à empresa ou ao empreendimento. Desse modo, o trabalho informal é interpretado no âmbito de relações sociais onde vigoram os baixos salários, as longas jornadas de trabalho e, sobretudo, a completa falta de direitos sociais por parte dos trabalhadores. Os trabalhadores informais representariam, então, a parcela ativa do exército industrial constituída pelos sem trabalho. Diante das dificuldades de conseguirem um novo emprego (ou mesmo o primeiro emprego), eles acabariam sujeitados a ganhar a vida de qualquer modo. Por isso, se submeteriam a longas jornadas de trabalho e baixas remunerações em atividades geralmente irregulares e ocasionais de pequena ou nenhuma qualificação técnica. Explicase, dessa forma, a alocação dessa população estagnada, em sua grande maioria, no pequeno comércio e nos serviços de baixa qualificação, atividades que não exigem níveis elevados de escolaridade. As análises sobre o mercado informal sustentadas no paradigma da exclusão consideram, tradicionalmente, que a inserção no mercado informal é provocada pela incapacidade dos trabalhadores que o integram em conseguir emprego no mercado formal. Os dados do IBGE revelam o contrário: pouco mais de 20% alega a restrição da economia formal como elemento fundamental para a criação de seu negócio. Na verdade, na ampla diversidade de razões que impulsionaram cerca de um milhão de trabalhadores fluminenses para a informalidade, destacase a busca de independência e de melhoria dos seus rendimentos. Além disso, encontramse alegações que se situam no campo da tradição familiar, na experiência profissional adquirida, no desejo de escapar do “relógiodeponto” etc. A economia informal sustenta uma parcela da população mundial que por falta de oportunidades de emprego passa a viver à margem da formalidade. É considerada parte integrante da população economicamente ativa. O emprego informal é aquele no qual a pessoa trabalha sem condições regulamentadas pelo governo, ou seja, é aquele em que não há vínculo empregatício, o trabalhador não possui registro em carteira, nem usufrui dos benefícios que lhessão de direito, como FGTS, direito à licença maternidade, auxílio do governo em caso de desemprego. São incluídas nessa situação as pequenas empresas que não pagam taxas e impostos. Também é chamado de subemprego. Os anos 90 foram marcados por mudanças substanciais no mercado de trabalho brasileiro. A recessão econômica do período 1990/92, a abertura comercial, o ajustamento no setor privado em busca de maior competitividade, o plano de estabilização econômica e a privatização repercutiram sobre a ocupação, a desocupação e o rendimento dos indivíduos. Reduziuse substancialmente o número de trabalhadores na indústria de transformação e, em contrapartida, expandiuse o número de trabalhadores nos setores de "prestação de serviços" e do comércio. Assim como, declinou o número de pessoas trabalhando com carteira assinada e aumentou o número de pessoas trabalhando sem carteira assinada e por conta própria, como mostram os resultados da Pesquisa Mensal de Emprego. O avanço da tecnologia é apontado como o principal motivo da eliminação de postos de trabalho na indústria. As novas tecnologias de informática e de comunicação provocaram o desaparecimento de várias categorias de ocupação. O setor de serviços que absorvia a mãodeobra liberada na indústria também está sendo invadido por novas tecnologias e, por isso, não consegue gerar postos de trabalho em quantidade suficientes para impedir o crescimento do desemprego. O argumento é de que as organizações, em busca de maior competitividade, fizeram a reestruturação administrativa e introduziram novas técnicas de racionalização do trabalho que geraram maior produtividade, maiores lucros e mais desemprego. O trabalho autônomo expandiuse enormemente nos anos 90, quando comparado à década anterior. A qualidade desse trabalho é outro ponto de questionamento dos estudiosos do assunto. Nos anos 90, assistiuse a um aumento de produtividade bem superior a dos anos 80. O setor industrial liderou o processo de automação e reestruturação produtiva, cujo objetivo é de reduzir os custos de produção e aumentar a competitividade internacional, como mencionamos anteriormente, mas os avanços tecnológicos se fizeram presentes em todos os setores de atividade. Até o setor de serviços que tradicionalmente absorvia mãodeobra liberada pela indústria foi invadido por novas tecnologias, como a da informática. No caso do Brasil, as mudanças nos 90 foram no sentido do trabalho ilegal (sem carteira de trabalho assinada) e informal (trabalho autônomo ou por conta própria), mais representativos nos setores da construção civil, do comércio e de serviços. Trabalhadores negros, pardos, jovens, idosos e com baixa escolaridade têm mais chance de estar no informal São muitas as razões que levam as pessoas à informalidade. Uma das principais surge do descompasso existente entre as exigências do merca do de trabalho formal e as condições de qualificação, de disciplina e de hábitos de parte substancial da mão de obra. Não se pode negar que a impossibilidade de encontrar um emprego formal e/ou a perspectiva de baixos salários condicionam a formação de relações econômicas informais. Mas, ainda que a entrada na informalidade possa ser voluntária ou invo luntária, muitas vezes, as pessoas escolhem permanecer na informalidade como forma de vida e não como momento de espera de oportunidades no mercado formal. Com essa decisão, essas pessoas esperam naturalmente alcançar melhores níveis de renda, fato que efetivamente ocorre em nú mero mais elevado do que normalmente se imagina. A estrutura ocupacional da informalidade é complexa e heterogênea, mas, pelo menos para muitas pessoas, ela oferece muitas possibilidades. É natural, portanto que muitos indivíduos prefiram ficar na informalidade, exatamente porque aí encontram suas melhores oportunidades de trabalho e renda; outros tantos, por não disporem dos requisitos necessários ao mercado formal, acabam ficando na informalidade por absoluta falta de alternativa; e, outros ainda entram e saem da informalidade conforme as altas e baixas conjunturais do nível da atividade econômica como um todo.
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