Buscar

capitulo do livro tecnica obturaçao

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1
TÉCNICAS DE OBTURAÇÃO PELA 
TERMOPLASTIFICAÇÃO DA GUTA-PERCHA
Indubitavelmente, a obturação representa 
uma imprescindível etapa do tratamento dos canais 
radiculares. Do ponto de vista físico-químico tem 
como principal objetivo isolar, tridimensionalmente, 
a cavidade pulpar do ambiente periodontal e da 
cavidade bucal, em caráter permanente. Inicialmente, 
é oportuno reprisar que uma das melhores estratégias 
de obturação resulta, essencialmente, da associação 
da guta-percha à reduzida quantidade de cimento 
endodôntico. Por conseguinte, praticada há mais de 
100 anos, cones de guta-percha compactados pela 
técnica da condensação lateral ativa é considerada 
o Gold Standard das obturações.5,31 Trata-se de uma 
técnica simplificada e de fácil execução, sendo a mais 
ensinada na maioria das Universidades Nacionais31 e 
Estrangeiras.5 Não obstante, a complicada morfologia 
do sistema de canais radiculares, a exemplo da Figura 
1 (A, B, C e D) traduzida pelo reduzido espaço, 
irregularidades anatômicas, curvaturas, atresias e 
inúmeras ramificações, aliados ao baixo escoamento 
da guta-percha comparativamente aos cimentos, 
dificultam, sobremaneira, a obturação tridimensional 
de todo este sistema.8,41
 Do ponto de vista físico-químico e radiográfico 
a qualidade das obturações tem sido avaliada em termos 
de selamento marginal, homogeneidade, conicidade e 
limite apical. De longa data, vários estudos radiográficos 
e pela diafanização têm demonstrado inúmeros espaços 
vazios na massa obturadora e na interface obturação/
parede do canal radicular, principalmente quando 
executada pela técnica da condensação lateral ativa.40 
Neste aspecto é oportuno salientar que recentes estudos 
epidemiológicos de diversas partes do mundo têm 
evidenciado uma premente necessidade de melhora 
de sua qualidade, tanto em tratamentos conduzidos 
em nível de graduação ou pós-graduação, ou seja, 
na atualidade a excelência na obturações dos canais 
radiculares ainda é um desafio na clínica endodôntica. 
1, 9, 10, 17, 23, 27,32 
Historicamente, almejando preencher 
tridimensionalmente o sistema de canais radiculares 
por uma massa densa e homogênea, HERBERT 
Hélio Pereira Lopes
José Freitas Siqueira Jr.
Janir Alves Soares
Frank Ferreira Silveira
Eduardo Nunes
Carlos Augusto Santos César
SCHILDER (1967)29 teve a idéia de plastificar o cone 
de guta-percha no canal radicular, mediante a inserção 
de um instrumento aquecido – condutor de calor (heat 
carrier) seguido de imediata compactação vertical 
da guta-percha. Esses dois princípios constituem 
os fundamentos da Técnica da Compactação da 
Guta-percha Termoplastificada. Essa contribuição 
de Schilder revolucionou a concepção de obturação 
de sistema de canais radiculares, e constituiu o 
fundamento para as futuras evoluções tecnológicas. 
A guta-percha plastificada apresenta maior 
escoamento e melhor embricamento mecânico às 
paredes dentinárias. A compactação com Pluggers 
de diâmetros compatíveis gera efeito hidráulico no 
material e promove o movimento apical e lateral da 
massa obturadora, preenchendo detalhes anatômicos 
como, istmos, canais laterais e acessórios, bem como 
irregularidades conseqüentes de reabsorção interna 
e acidentes ocorridos durante a instrumentação dos 
canais radiculares, a exemplo de degraus, desvios e 
perfurações. 
1. Técnica de Schilder
A Técnica de Schilder29 é, aparentemente, 
complexa, e por vezes julgada como de difícil execução 
clínica. Essencialmente compreende um conjunto de 
manobras realizadas, primeiramente, no sentido coroa-
ápice (downpack), complementada pela progressiva 
inserção/compactação da guta-percha previamente 
plastificada, no sentido ápice-coroa (backfill). 
Similarmente à outras técnicas, o treinamento pré-
clínico é fundamenal e progressivamene, propiciará 
o domínio e segurança para a sua correta execução 
(Figura 2). A partir de então os resultados radiográficos 
obtidos no dia-a-dia da clínica endodôntica serão 
realmente muito compensadores. É oportuno salientar 
que a qualidade da formatação do canal radicular 
influencia, sobremaneira, em vários aspectos da 
obturação, podendo torná-la simples, de fácil execução, 
e maximizando as particulares vantagens da técnica 
2
utilizada.26,39
O material utilizado consta de cones de guta-
percha, cimento endodôntico, fonte geradora de calor, 
conjunto de condutores de calor e compactadores 
verticais. Geometricamente, os cones de guta-percha 
devem apresentar acentuada conicidade e, quanto 
à composição química, a preferência recai pela fase 
alfa, que aquecida torna-se pegajosa, aderente e com 
maior escoamento. Mormente, a técnica é compatível 
com todos os cimentos atualmente disponíveis no 
mercado. 
Conforme descrito adiante nesta secção, a 
ação dos condutores de calor e compactadores se 
restringem aos terços cervical e médio, permanecendo 
o remanescente apical com 5 a 7mm de cone de guta-
percha. O condutor de calor eleva a temperatura 
da guta-percha para 40 a 45oC. No entanto, a baixa 
condutividade térmica da guta-percha limita a 
propagação da plastificação a uma extensão de 
aproximadamente 4-5mm, que é suficiente para 
plastificá-la e obter sua efetiva compactação em todo 
o segmento apical do sistema de canais radiculares. 
Também, durante o resfriamento da guta-percha à 
temperatura corpórea, a manutenção da compactação 
vertical com o Plugger reduz a contração volumétrica 
do material.
Aspectos a serem considerados na execução 
da Técnica de Schilder:
1. O canal radicular deve apresentar adequada 
formatação envolvendo os três princípios 
propostos por Schilder: Constrição apical, 
regularidade das paredes laterais e conicidade 
tridimensional (Figura. 4A).
 
2. Aquecimento da guta-percha: o excessivo 
aquecimento é desnecessário e prejudicial por 
dois motivos principais: 1º- possível dano aos 
tecidos do ligamento periodontal3,11,34, 2º- acelera 
a decomposição da guta-percha e o consequente 
fracasso do tratamento em longo prazo.22
3. Seleção dos compactadores verticais: São 
utilizados, em média, três pluggers de diâmetros 
progressivos (Figura 4C, D e E). O importante 
é compatibilizar o seu diâmetro com o do 
segmento do canal radicular.7 Obviamente, o mais 
calibroso será utilizado no segmento cervical, o 
intermediário no terço médio, e o mais delgado no 
terço apical. A correta seleção desses instrumentos 
influencia na qualidade do preenchimento do 
sistema de canais radiculares.7,39 Como regra, 
nunca podem exercer efeito de cunha diretamente 
sobre as paredes dentinárias. Esse fato poderá 
acarretar fratura radicular vertical.2 Para tanto, 
devem ser inseridos passivamente até o limite 
seguro e demarcar essa extensão com cursor de 
silicone.
4. Controle longitudinal do material obturador: O 
extravasamento periapical, quer seja de cimento 
e/ou cone de guta-percha, é indesejável sob 
vários aspectos. Do ponto de vista histológico 
da reparação, a sobreobturação mantêm reação 
inflamatória no periápice.12 Clinicamente, 
também resulta em dor pós-operatória.33 Esse 
inconveniente é de difícil controle clínico em 
qualquer técnica de obturação. 
Especificamente, na Técnica de SCHILDER, 
a compressão hidráulica no terço apical impulsiona 
cimento e guta-percha em todas as direções, resultando, 
na maioria das vezes, em extrusão foraminal da 
massa obturadora. Como manobra compensatória 
recomenda-se travar o cone principal a 1-2mm 
aquém do comprimento de trabalho. A parada apical 
(ombro dentinário, parada apical ou batente apical) 
se corretamente executada, atua fisicamente como 
um anteparo para a guta-percha e consequentemente 
reduzindo a sua extrusão no periápice. 
A
3
Sequência Técnica
Primeiramente seleciona-se um conjunto de 
três compactadores verticais compatíveis com os terços 
cervical, médioe apical do respectivo canal radicular 
(Figura 4C, 4D, 4E). Embora eles apresentem ranhuras 
padronizadas em sua parte ativa (Endoprime – Belo 
Horizonte, Brasil - Figura 4B), é prudente delimitar 
com cursor de silicone a correta profundidade a ser 
alcançada com cada instrumento. Em seguida, o 
cone de guta-percha principal deve ser, inicialmente, 
posicionado de 1 a 2mm do comprimento de trabalho 
(Figura 4F), porque o material plástico se desloca no 
sentido apical durante a compactação vertical da guta-
percha. 
Na seleção do cone de guta-percha, a preferência 
é por aqueles com taper acentuado, geralmente M ou 
FM7, seguido de tomada radiográfica (Figura 4G). 
Após secar o canal radicular, o terço apical do cone 
é envolvido pelo cimento e em seguida inserido no 
canal radicular até a extensão planejada. Em canais 
radiculares irregulares, com conformação ovalar ou 
elipsóide, pode-se utilizar um cone complementar de 
tamanho FM ou MF, lateralmente ao cone principal.
Figura 1- A. Obturação de vários canais secundários com 
o Sistema Resilon. B. Obturação de istmo C. Obturação 
de canais laterais. D. Obturação de istmo na raiz mesial de 
molar.
Figura 3- A e B. Segundo premolares com 3 canais 
radiculares; C. Ramificações na raiz mesiovestibular 
(Gentileza Prof. João Américo Normanha) e D. Acentuada 
curvatura apical (Gentileza Prof. Alex Carvalho Quintino).
Figura 2 - Adequado limite apical, conicidade e 
 homogeneidade da obturação.
D
A
C
B
D
C
B
4
Fase Coroa-ápice (Downpack)
Esta fase corresponde à obturação do 
terço apical do canal radicular no sentido coroa-
ápice. Por conseguinte, após cimentação do cone 
principal, o instrumento condutor de calor (heat 
carrier) é aquecido em lamparina de álcool e inserido 
até a entrada do canal radicular (Figura 4H). O 
simultâneo movimento de retirada remove toda a 
guta-percha cervical. Momentaneamente procede-se 
a compactação vertical com o respectivo instrumento 
previamente selecionado (Figura 4I). É recomendado 
cobrir a ponta do compactador com pó do cimento 
objetivando evitar adesão da guta-percha plastificada. 
Na sequência, com o condutor de calor remove-
se a guta-percha do terço médio (Figura 4J) com 
simultânea compactação vertical da massa amolecida 
(Figura 4 K). Nesta etapa pode-se obter a obturação 
de canais laterais. Finalizando essa etapa, remove-se 
uma pequena porção da guta-percha apical, deixando 
um remanescente de 4 a 5mm (Figura 4L), seguido da 
sua pronta compactação (Figura 4M). Nesta etapa é 
importante obter tomada radiográfica para averiguar 
a qualidade da obturação e providenciar necessária 
correção. Caso tenha-se planejado a cimentação de um 
retentor intra-radicular, a obturação está concluída. 
 
Fase Ápice-Coroa (Backfill)
Corresponde ao preenchimento dos terços 
médio e cervical no sentido ápice-coroa. Pode ser 
realizado mediante introdução de pequenos segmentos 
de cones de guta-percha cortados (Figura 4N). Assim, 
após a plastificação da guta-percha apical com 
condutor de calor (Figura 4O), cones de guta-percha 
plastificados são inseridos próximos ao terço apical 
(Figura 4P) e compactados verticalmente (Figura 
4Q). Esses procedimentos são repetidos nos terços 
médio (Figura 4R, S, T) e cervical (Figura 4U, V, X), 
utilizando-se pedaços de guta-percha progressivamente 
mais calibrosos, seguido de uma radiografia final para 
avaliar a qualidade da obturação (Figura 4Y). 
A
D
B
E
C
F
5
G
J
M
H
K
N
I
L
O
6
P
S
V
Q
T
X
R
U
W
7
Figura 4- A. Canal radicular formatado. B. Compactadores verticais. C, D, E. 
Seleção dos compactadores nos terços cervical, médio e apical. F. Prova clínica 
do cone principal. G. Prova radiográfica do cone principal. H. Remoção da guta-
percha no terço cervical. I. Compactação cervical da guta-percha. J. Remoção 
da guta-percha no terço médio. K. Compactação da guta-percha. L. Remoção 
da guta-percha no terço apical. M. Compactação da guta-percha. N. Radiografia 
para verificação da qualidade da obturação. O. Segmentos de guta-percha alfa. 
P. Condutor de calor no terço apical. Q. Inserção de segmento de guta-percha. R. 
Compactação da guta-percha. S. Condutor de calor no terço médio. T. Inserção de 
guta-percha com condutor de calor. U. Compactação da guta-percha. V. Condutor 
de calor no terço cervical. X. Inserção de guta-percha. W. Compactação da guta-
percha. Y. Radiografia final.
Figura 5- Casos clínicos representativos da Técnica de Schilder - A. canal radicular obturado deixando espaço para cimentação 
de retentor intra-radicular. B. Segundo molar superior com adequada obturação e restauração coronária. C. Terceiro molar 
inferior com 3 canais radiculares obturados. 
Y
A
C
B
8
Originariamente, utilizava-se lamparina 
a álcool como fonte geradora de calor. Com o 
aperfeiçoamento da técnica, como fonte geradora de 
calor podem ser utilizados aparelhos especiais, como o 
System B e o Touch’N Heat. Ademais, a fase backfilling 
envolvendo a Figura 4P–Y pode ser executada em sua 
plenitude pela aplicação do Sistema Obtura II. 
2 - Técnica de onda contínua de compactação 
Proposta em 1994 por Buchanan4 é uma 
variação da técnica da compactação vertical da guta-
percha aquecida, em que se utiliza menos instrumentos, 
podendo ser executada num tempo relativamente curto. 
A fonte de calor é gerada por um aparelho, denominado 
System B (Analytic Tecnology, USA Figura 6), que 
promove um aquecimento controlado dos condutores 
que também atuam como compactadores (calcadores). 
Por conseguinte, esse sistema propicia uma única onda 
de aquecimento e compactação, sendo denominada de 
Técnica de Onda Contínua de Compactação. 
Os condutores são projetados para aquecer da 
ponta para o cabo, diminuindo o risco de deslocamento 
da massa obturadora. Assim, após a plastificação/
compactação da guta-percha no canal radicular, segue-
se a compactação a frio com imediata complementação 
dos terços médio e cervical com uma modalidade de 
guta-percha termoplastificada, a exemplo dos sistemas 
de injeção. Os calcadores são de aço inoxidável e 
disponíveis em calibres similares aos cones acessórios 
F, FM, M e ML (Figura 7). A fase de remoção da 
guta-percha nos terços médio e cervical é denominada 
downpack. Opcionalmente, também pode ser realizada 
com o aparelho Touch’N Heat (SybronEndo, USA 
Figura 8), sendo oportuno salientar a necessidade da 
utilização das pontas do System B neste equipamento.
A fonte de calor ajustada a uma temperatura 
de 200 ºC propicia um uso seguro38 constatando-se 
que a temperatura externa não excede 10ºC.34 Parece 
oportuno salientar que temperaturas acima de 250ºC 
podem produzir danos ao ligamento periodontal11,40 
e não contribui para a melhora da qualidade da 
obturação.19
Na complementação da obturação nos terços 
cervicais e médio, chamada fase backfill, pode-se 
adotar os seguintes procedimentos alternativos:
1º. Originalmente utiliza-se o sistema de injeção de 
guta-percha denominado Obtura II (Figura 9). 
2º. Pode ser feita com pequenos incrementos de 
guta-percha ajustados à ponta do aparelho System 
B em 100ºC ou, à ponta de calcadores. 
 
3º. Pelo sistema Ultrafil 3D.
4º. Manualmente, conforme na técnica original de 
Schilder.
Figura 6- System B 
Figura 7- Pontas do System B 
Figura 8- Touch’N Heat 
9
Sequência Técnica
1. Seleção clínica e comprovação radiográfica da 
adaptação do cone de guta-percha principal no 
comprimento de trabalho (CT) ( Figura 10A).
2. Na seleção da ponta do System B deve-se 
verificar se a sua conicidade é compatível com 
a do cone escolhido. A ponta System B deve ser 
previamente selecionada no nívelde corte da 
guta-percha, ou seja, de 5 a 7mm do CT (Figura 
10B). Este ponto deve ser demarcado com cursor 
do condutor/compactador.
3. Secagem; pincelamento de cimento obturador 
e posicionamento do cone principal no canal 
radicular.
4. Aparelho ajustado para o modo Use e Touch, 
com temperatura de 200ºC Em sequência o 
aparelho é acionado no Holder, e o condutor/
compactador, pré-aquecido, é direcionado 
através do cone de guta-percha, exercendo-se 
uma compressão até 3-4mm aquém da posição 
de travamento apical (Figura 10C).
5. Libera-se o dispositivo acionador (Holder) 
mantendo-se a compressão apical por 10 
segundos, com o objetivo de: 
1º. reduzir o efeito da contração volumétrica 
da guta-percha; 
2º. aumentar o embricamento do cimento 
endodôntico às paredes dentinárias;
3º. maximizar a qualidade do selamento 
apical. 
Figura 9- Bomba Obtura II 
 
6. Previamente à remoção do condutor/
compactador (Figura 10D), deve-se acionar 
o Holder para facilitar o seu desgarramento 
da guta-percha. Caso seja indicado confecção 
de espaço para retentor intra-radicular, a 
obturação está concluída (Figura 10E). Nesta 
fase, recomenda-se a realização de uma 
radiografia para verificação da qualidade da 
obturação.
7. Fase de preenchimento dos terços médio e 
cervicais (fase backfill). Adapta-se a ponta 
da bomba Obtura II, aperta-se o gatilho para 
liberar gradualmente a guta-percha (Figura 
10F).
8. Compactação a frio com calcadores (Figura 
10G).
9. Novo incremento de guta-percha com a bomba 
Obtura II (Figura 10H).
10. Compactação a frio (Figura 10I).
Considerações importantes
• Em canais curvos, a penetração dos calcadores 
até a profundidade desejada é mais difícil, 
sendo necessária uma maior dilatação dos 
terços cervical e médio, o que pode levar ao 
enfraquecimento radicular.
• Em tratamento de dentes com maior 
comprimento, também haverá dificuldade na 
adaptação do condutor em níveis desejados, 
o que poderá inviabilizar a utilização desta 
técnica.
10
Figura 10- A. Adaptação do cone de guta-percha. B. ponta do System B ajustada em nível de corte da guta-percha. C. ponta 
do aparelho introduzida aquecida até a 7 mm do CT; D. aquecimento por 2 segundos e remoção da ponta do System B; 
E. segmento apical obturado; F. preenchimento dos terços médio e cervicais (Backfill); G. compactação a frio com calcadores; 
H. novo incremento de guta-percha com o Obtura II; I. compactação a frio.
 
A
D
G
B
E
H
C
F
I
11
Figura 11- Casos clínicos representativos da obturação pela 
Técnica de onda contínua de compactação. A. dente 25 com 
canal secundário obturado. B. Dentes 43 e 44 obturados e 
com espaço remanescente para retentor intra-radicular. 
C e D. Ramificações obturadas e controle de 36 meses no 
dente 48. E. Extensa reabsorção interna no dente 11. 
F. Controle de 12 meses.
D
C
A
E F
B 3. Técnica da injeção de guta-percha 
termoplastificada
Apresenta-se como uma variação das técnicas 
de guta-percha termoplastificada por meio de 
aparelhos especiais, seguido da sua compactação a 
frio com instrumentos manuais. Classicamente são 
representadas pelo Sistema Obtura II (Texceed Co, 
USA) e Ultrafil 3D (Hygienic Co, USA). 
O Sistema Obtura II, considerado de alta 
temperatura, contém uma câmara onde a guta-percha 
em bastões é adicionada, e plastificada em torno de 
160 ºC num intervalo de 2 minutos. A fluidez adquirida 
permite a sua aplicação no canal radicular por meio de 
uma pistola acoplada à agulhas de prata com calibres 
#20, #23 e #25. 
Em contrapartida, o Sistema Ultrafill 3D plastifica 
a guta-percha alfa em torno de 70ºC. O aquecimento 
acontece numa câmara portátil. Neste sistema, a guta-
percha apresenta três diferentes consistências e são 
acondicionadas em cânulas. A Regular Set é um 
material de baixa viscosidade que após injetada no 
canal radicular leva em torno de 30 minutos para 
solidificar. Na consistência Firme Set a guta-percha 
endurece em torno de 4 minutos, embora apresente 
viscosidade similar a Regular Set. A formulação Endo 
Set apresenta alta viscosidade e baixo escoamento. 
Cada cânula possui uma agulha de aço inoxidável 
calibre 22 e comprimento de 21mm. Estando o 
aquecedor preparado, o tempo de plastificação da 
guta-percha é de 3 minutos. Para facilitar a aplicação 
no canal radicular a agulha pode ser previamente 
encurvada. 
Sequência Técnica do sistema Obtura II:
1. Ligar o aparelho e definir a temperatura de 
plastificação (normalmente entre 150 e 200 ºC). 
Colocar a guta-percha na câmara de plastificação, 
aguardar por 2 minutos. 
 
2. Pré-encurvar a agulha de aplicação de modo a 
favorecer a sua inserção no canal radicular.
3. Teste de fluidez. Com a guta-percha plastificada, 
pressionar suavemente a pistola e dispensar uma 
pequena quantidade do material obturador.
4. Proceder a lubrificação das paredes do canal 
radicular com cimento endodôntico.
12
5. Inserir a agulha, no máximo, 3 a 5mm aquém 
do comprimento de trabalho. Apertando-se o gatilho 
do aparelho, a guta-percha é injetada passivamente 
no canal radicular, gerando uma resistência que tende 
deslocar a agulha cervicalmente. A obturação pode 
ser realizada gradualmente ou em incrementos, sendo 
a guta-percha compactada com calcadores manuais 
frios. 
Considerações importantes:
 
Como em toda técnica de obturação • 
por termoplastificação, o preparo apical 
deve ser idealmente o menor possível, 
para minimizar a possibilidade de 
extravasamento de material obturador.
Preferencialmente opta-se pelas agulhas • 
mais finas, a fim de facilitar a inserção nos 
canais radiculares. 
Os calcadores devem ser embebidos em • 
álcool ou com pó de cimento obturador na 
ponta, a fim de evitar que a guta-percha 
seja removida.
Em dentes longos a introdução da ponta da • 
agulha próxima à região apical torna-se 
inviável.
Usualmente observa-se sobre ou sub-• 
obturação, devido à dificuldade de controlar 
a extensão do preenchimento pela guta-
percha. 
Com relação ao aquecimento gerado pelo • 
sistema, a temperatura de extrusão da 
guta-percha na ponta da agulha fica em 
torno de 60ºC.16 No interior do dente, foi 
constatado variação de 26,6ºC à 6mm da 
região apical,34 enquanto o aumento de 
temperatura no osso circundante ficou em 
torno de 1.1ºC por 60 segundos16 sendo 
considerado segura para o órgão dentário 
essa temperatura de plastificação da guta-
percha. 
Em obturações de dentes com ápice • 
incompletamente formado, situações em 
que houve sobre-instrumentação ou em 
casos de acentuadas reabsorções apicais, 
uma barreira apical (plug apical) com MTA 
pode ser indicada, com objetivo de impedir 
o extravasamento de material obturador e 
induzir selamento biológico.30
Especificamente nos casos de rizogênese • 
incompleta,comparativamente ao estendido 
tratamento com hidróxido de cálcio13,21 o emprego 
do MTA apresenta várias vantagens:
1ª. Reduz o número de sessões do 
tratamento;
2ª. Minimiza o risco de fratura dentária;
3ª. Diminui a possibilidade de perda de 
restauração temporária e concomitante 
contaminação do canal radicular.
Na Figura 12A, B e C observa-se um caso 
clínico de plug apical com MTA em dente com ápice 
incompletamente formado, seguido do preenchimento 
de guta-percha termoplastificada, utilizando o Sistema 
Obtura II. Nestas circunstâncias, essa combinação de 
técnica e biomateriais permite a obturação imediata 
do canal radicular.
Figura 12- A. Rizogênese 
incompleta dente 21; 
B. Barreira apical com MTA; 
C. Obturação do canal 
radicular na mesma sessão 
com o Sistema Obtura II.
A B
C
13
4. Técnica Híbridade Tagger
 
Coube a John McSpadden25 a idéia de plastificar 
e compactar a guta-percha no canal radicular 
mediante a ação mecânica de um instrumento 
apropriado, acionado em rotação contínua. Todavia, a 
adaptação do cone de guta-percha principal, seguido 
da utilização do termocompactador, promovia 
frequente extravasamento periapical, de certa maneira 
inviabilizando a sua aplicação clínica. Esse problema 
foi estrategicamente contornado pela proposta 
de Tagger35 e Tagger et al.36 que, essencialmente 
recomendaram a combinação da compactação lateral 
a frio seguida da termoplastificação da guta-percha. 
Desta maneira, após a obturação do terço apical 
pela compactação lateral, completa-se a obturação 
dos terços médio e cervical mediante a aplicação de 
um compactador. Disso resultou a denominação de 
Técnica Termomecânica de Compactação ou Técnica 
de Tagger. Originalmente, o instrumento idealizado 
por McSpadden apresentava o design de parte ativa 
semelhante a uma lima tipo Kerr invertida, denominado 
Engine Plugger (Zipper VDW, Munique, Alemanha). 
Posteriormente foi desenvolvido um compactador 
semelhante a uma lima Hedstrom invertida, o Gutta-
condenser (Maillefer, Ballaigues, Suíça). (Figura. 13A 
e B). 
Mecanicamente, o compactador acionado no 
canal radicular, a 8.000rpm, no sentido horário, gera 
calor por atrito, plastificando a guta-percha, e em 
virtude do seu design, promove a sua compactação 
lateral e apical. Sendo o sentido das hélices da esquerda 
para a direita, o compactador tende a se movimentar 
em direção cervical, ou seja, a sair do canal radicular. 
O profissional ao oferecer uma resistência a esse 
movimento realiza em poucos segundos, a simultânea 
plastificação/compactação da guta-percha.
Os compactadores disponíveis são fabricados 
em aço inoxidável, nos diâmetros nominais de 25 
a 80, nos comprimentos de 21 e 25mm, sendo mais 
utilizados os de diâmetros #35 a #55 (Figura 14). 
Modificações no compactador, a exemplo de espiras 
com angulações diminuídas e liga de níquel-titânio 
(Miltex, MK Dent, Porto Alegre - Brasil - Figura 
15), permitem trabalhar com menor risco de fratura e 
extravasamento. Ademais, os de NiTi, por apresentarem 
maior flexibilidade, permitem a termoplastificação em 
canais radiculares curvos. Comercialmente, a Analytic 
Endodontics (Glendora, USA) lançou o Sistema 
Microseal de obturação composto de contra-ângulo, 
cones de guta-percha de baixa fusão e guta-percha 
de ultra-baixa fusão acondicionada em cartuchos, 
utilizadas pela técnica de termoplastificação mediante 
utilização de espaçadores e compactadores à base de 
NiTi. Satisfatórios resultados radiográficos tem sido 
relatado com esse sistema.24
Vantagens: 
Dispensa equipamentos especiais, • 
proporcionando uma alternativa de baixo 
custo para quem deseja realizar a obturação 
com a guta-percha termoplastificada.
 
Possibilidade de correção da obturação (Figura • 
16A e B), quantas vezes se fizerem necessário, 
evitando a remoção de todo o material 
obturador.15 
É de rápida execução, com reduzido consumo • 
de material e promove satisfatório selamento 
apical.6
Seqüência técnica:
1. Prova do cone principal de guta-percha, semelhante 
à técnica de compactação lateral.
 
2. Aplicação do cimento obturador no canal radicular 
seguido da adaptação do cone principal também 
envolto no cimento obturador.
3. Faz-se a compactação lateral do terço apical, 
utilizando-se dois ou três cones acessórios (Figura 
17A). É recomendada tomada radiográfica para 
averiguar a homogeneidade e o limite apical da 
obturação.
 
4. Introdução do espaçador seguido de imediata 
inserção do compactador no espaço estabelecido 
(Figura 17B). O compactador deverá apresentar 
diâmetro nominal igual ou superior ao respectivo 
cone principal, nunca menor. O compactador, 
acoplado a um contra-ângulo de baixa rotação, 
é inserido no canal radicular até o ponto onde 
encontra resistência e, então, retrocedido por cerca 
de 1mm e acionado no sentido horário. Após 1 
segundo, o compactador é conduzido em direção 
apical por 1 a 2mm, seguido de sua lenta remoção 
do canal radicular, com suave pressão lateral. 
Todo este procedimento é realizado em não mais 
que 10 segundos (Figura 17C).
5. Compactação da massa obturadora na embocadura 
14
do canal radicular, com calcadores de Schilder 
(Figura 17D), precedida de remoção de 
remanescentes de guta-percha na câmara pulpar, se 
houver. Na sequência, faz-se a limpeza da câmara 
pulpar como descrita previamente, seguido de 
selamento coronário.
6. Radiografia final
Posteriormente, Tagger et al.37 propuseram uma 
modificação na técnica original, a qual consiste em 
realizar, logo após a utilização do termocompactador, 
novo espaçamento lateral seguido da inserção de um 
ou dois cones de guta-percha, reutilizando-se então 
o termocompactador, com o objetivo de melhorar 
a densidade da obturação. Cabe salientar, que esta 
manobra pode também ser utilizada na correção 
de outras técnicas de obturação, especialmente na 
eliminação de porosidades. (Figura 16A e B).
Considerações importantes:
1. O compactador de aço inox deve ater-se à porção 
reta do canal radicular.
 
2. Preventivamente, conferir o sentido de rotação do 
contra-ângulo, pois o compactador, em nenhuma 
hipótese, deve girar no sentido anti-horário. Pelo 
design da sua parte ativa, a rotação anti-horária 
resulta na rápida remoção da guta-percha do 
canal radicular e no imediato avanço do mesmo 
em direção apical, com risco de travamento, 
perfuração radicular, transpasse foraminal ou 
fratura do instrumento. 
3. Preferencialmente a guta-percha fase alfa deve 
ser utilizada quando do emprego do compactador 
por ser mais plástica, possivelmente diminuindo 
o tempo de trabalho. 
4. O compactador deve ser acionado somente após 
ser posicionado no canal radicular, e removido 
com o micromotor em funcionamento.
5. A termoplastificação deve limitar-se aos terços 
cervical e médio do canal radicular, ou seja, ficar 
4-5mm aquém do comprimento de trabalho.
 
6. O profissional não deve impedir, mas, 
simplesmente, controlar o movimento de 
retrocesso do compactador, o que, do contrário, 
pode favorecer a sua fratura.
Figura 13- A. Compactador de 
guta-percha; B. Lima Hedstrom. 
Figura 15 - Compactador de Níquel-titânio.
Figura 16 - A. Falha na obturação dos canais radiculares 
da raiz mesial do dente 37; B. Melhor homogeneidade após 
uso do termocompactador. (Gentileza Prof. Manoel Brito Jr.)
Figura 14: Compactador 
de aço inoxidável.
A
A
B
B
15
Figura 17 - A. Canal radicular com cones de guta-percha; 
B. Termocompactador nos terços médio e cervical; 
C. Termoplastificação da guta-percha; D. Compactação 
vertical da guta-percha.
Figura 18 - A. Dente 21 
com rizogênese incompleta; 
B. Carregador de MTA 
no terço apical; C. Plug 
apical de MTA; D. Cone 
medium invertido, seguido 
de condensação lateral; 
E. Canal obturado pela 
termocompactação da guta-
percha.
C
D
A
B
A B
E
C D
16
5. Técnica do Thermafil
O sistema Thermafil se caracteriza por apresentar 
um núcleo central com dimensões padronizadas, 
revestido por guta-percha. O protótipo do thermafil 
foi proposto por Johnson18, em 1978, cujo núcleo 
carregador da guta-percha era constituído por limas 
de aço inoxidável. Esse sistema representa uma 
interessante alternativa de obturação dada a sua 
facilidade de uso. Não obstante, durante a inserção 
no canal radicular a guta-percha era frequentemente 
deslocada do carreador metálico, o qual passava a 
constituir a obturação no terço apical. Ademais, o 
núcleo metálico representava um obstáculo a confecção 
de espaço para retentores intra-radiculares e nos casos 
de retratamentos endodônticos. Posteriormente,a 
lima foi substituída por núcleos condutores plásticos 
- carregadores (Figura 19) revestidos de guta-percha 
termoplastificada em fornos específicos (Figura 20).
 
O carregador é recoberto por guta-percha na 
fase alfa, possuindo um limitador de penetração de 
silicone (Figura 21) e demarcações de 18, 19, 20, 22, 
24, 27 e 29 mm. São produzidos para corresponder 
as especificações dos instrumentos endodônticos, 
inclusive no que tange ao código de cores. Podem ser 
encontrados nos calibres de 20 a 140. Para certificar 
as dimensões do canal radicular preparado, em termos 
de limite apical e conicidade, introduziram no sistema 
os verificadores. Esses instrumentos correspondem 
ao respectivo carregador sem a guta-percha e durante 
o uso devem atingir, passivamente, o comprimento. 
Portanto, são imprescindíveis na seleção do carregador 
Thermafil.
A técnica do Thermafil é bastante simples e 
oferece resultados similares aos das demais técnicas 
de guta-percha termoplastificada. Ela consiste, 
basicamente, dos seguintes passos:
Um verificador, usualmente do calibre da 1. 
última lima usada no preparo apical, ou 
um imediatamente inferior, é conduzido no 
canal até o CT.
Ajusta-se o limitador de silicone do carregador 2. 
de acordo com as demarcações existentes. 
O carregador deve ser descontaminado por 
imersão em solução de hipoclorito de sódio 
a 5,25% por um minuto, seguida por um 
enxágüe em álcool etílico a 70%.
Após a secagem, aplica-se uma camada 3. 
fina de cimento nos 2/3 coronários do canal 
radicular. Os cimentos ideais para se utilizar 
nesta técnica são aqueles cuja presa não é 
demasiadamente acelerada pelo calor. Os 
cimentos thermaSeal, AH26, Sealer 26, AH 
Plus e o Kerr Pulp Canal Sealer oferecem 
bons resultados com essa técnica.
Na plastificação do carregador Thermafil, 4. 
liga-se o forno Therma Prep Plus 20 minutos 
antes do uso. Coloca-se o carregador no 
local indicado do aparelho. O tempo para a 
correta plastificação variará em função do 
diâmetro do carregador. Sabe-se que a guta-
percha devidamente plastificada apresenta-
se levemente expandida e com superfície 
brilhante. 
Na seqüência o carregador é introduzido 5. 
no canal radicular com firme pressão apical 
até o CT (Figura 22). Uma velocidade de 
inserção rápida melhora a qualidade da 
obturação, com melhor preenchimento de 
irregularidades. Radiografa-se.
O corte do carregador é efetuado 1 a 2mm 6. 
acima da embocadura do canal radicular 
mantendo pressão em direção apical no seu 
cabo. Após a remoção, o cabo é descartado. 
Os carregadores plásticos são cortados pelo 
atrito com o auxílio de brocas especiais em 
alta rotação, as quais possuem extremidades 
não cortantes. Os menos calibrosos podem 
ser cortados, opcionalmente, com espátula 
#1 aquecida.
Se um preparo para pino é requerido, o 7. 
carregador plástico pode ser removido até 
a extensão desejada por meio das brocas 
Prepi (Dentsply Tulsa Dental), esféricas, 
de haste longa, sem corte, em alta rotação. 
Opcionalmente, previamente a sua inserção 
no canal radicular, pode-se fazer um 
entalhe (sulco) transversal no terço apical 
do carregador, no local correspondente 
ao corte da obturação (Figura 23). Após 
o resfriamento da guta-percha, por 2 a 4 
minutos, faz-se ligeira torção, remove-se o 
remanescente do carregador.
Compacta-se verticalmente a guta-8. 
percha em volta do carregador, usando-se 
compactadores de Schilder.
17
Considerações importantes:
O carregador deve ser imediatamente aquecido • 
em fornos apropriados, que permitem maior 
controle da temperatura para plastificação da 
guta-percha.
Deve-se deixar 1 a 2mm de carregador protruindo • 
na câmara, o que facilita posteriormente, se 
houver a necessidade de retratamento.
Após o aquecimento, o carregador deve ser • 
imediatamente inserido no canal, não permitindo 
que resfrie.
A inserção do carregador deve ser feita sem • 
rotação, pois pode remover a guta-percha do 
mesmo.14
Figura 19 - Conjunto de obturadores Thermafil.
Figura 20 - Aquecedor de guta-percha Therma Prep Plus.
Figura 23 - Premolar obturado com Thermafil .
Figura 21 - Obturador Thermafil 
inserido no canal radicular.
Figura 22 - Canal secundário 
obturado. 
18
6. Outros sistemas de termoplastificação da 
guta-percha
Objetivando simplificar a obturação do 
sistema de canais radiculares pela guta-percha 
termoplastificada, vários sistemas têm sido propostos. 
No sistema Successfil (Coltone/Whaledent, Inc. USA) 
a guta-percha vem acondicionada em seringa, e após 
plastificada é aplicada diretamente no condutor que 
é inserido no canal radicular previamente lubrificado 
com o cimento endodôntico. Atingido o comprimento 
de trabalho, a guta-percha pode ser compactada 
lateralmente ao condutor. Similarmente ao Thermafil, 
o corte do condutor se faz ligeiramente aquém da 
entrada do canal radicular.
O Sistema EQ Plus (Figura 1 – Driller, São Paulo, 
Brasil) apresenta uma interessante combinação de 
funções num mesmo aparelho, pois possui uma ponta 
condutora de calor pelo principio da Onda Contínua 
de Compactação associada a uma bomba de injeção de 
guta-percha termoplastificada – em alusão ao Sistema 
Obtura II. 
Figura 24 - Sistema EQ Plus.
19
Referencias:
Bierenkrant DE. The technical quality of non-1. 
surgical root canal treatment performed by a 
selected cohort of Australian endodontists. Int 
Endod J 2008; 41,561-70.
Blum JY, Machtou P, Micallef JP. Analysis of 2. 
forces developed during obturations. Wedg-
ing effect. II. J Endod 1998; 24:223-5.
Blum JY Parahy E, Machtou P. Warm vertical 3. 
compaction sequences in relation to guta-per-
cha temperature. J Endod 1997;23:307-11.
Buchanan LS. The continuous wave of con-4. 
densation technique: a convergence of con-
ceptual and procedural advances in obtura-
tion. Dent Today 1994; 13:80-5.
Cailleteau JG, Mullaney TP. Prevalence 5. 
of teaching apical patency and various in-
strumentation and obturation techniques in 
United States Dental Schools. J Endod 1997; 
23:394-6.
De Moor RJ, Hommez GM. The long-term 6. 
sealing ability of an epoxy resin root canal 
sealer used with five gutta percha obturation 
techniques. Int Endod J 2002; 35:275-82
Diemer F, Sinan A, Calas P. Penetration depth 7. 
of warm vertical Gutta-Percha pluggers: im-
pact of apical preparation. J Endod 2006; 
32:123-6.
Dulac KA, Nielsen CJ, Tomazic TJ, Ferrillo 8. 
PJ, Hatton JF. Comparison of the obturation 
of lateral canals by six techniques. J Endod 
1999; 25:376-9.
Eleftheriadis ÇI, Lambrianidis TP. Technical 9. 
quality of root canal treatment and detection 
of iatrogenic errors in an undergraduate den-
tal clinic. Int Endod J 2005; 38:725-34.
Er O, Sagsen B, Maden M, Cinar S, Kahra-10. 
man Y. Radiographic technical quality of root 
fillings performed by dental students in Tur-
key. Int Endod J 2006; 39:867-72.
Floren JW, Weller RN, Pashley DH, Kim-11. 
brough WF. Changes in the root surface tem-
peratures with in vitro use of the system B 
heat source. J Endod 1999; 25:593-5.
Geurtsen W, Leyhsusen G. Bilogical aspects 12. 
of root canal filling materials: histocompati-
bility, citotoxicity and mutagenicity. Clin Oral 
Invest. 1997; 1:5-11.
Giuliani V, Baccetti T, Pace R, Pagavino G. 13. 
The use of MTA in teeth with necrotic pulps 
and open apices. Dent Traumatol 2002; 
18:216-217.
Glickman GN, Gutmann JL. Contemporary 14. 
perpesctives on canal obturation. Dent Clin 
North Am 1992; 36:327-47.
Guimarães, MAM, Brito Júnior M, Silvei-15. 
ra FF, Nunes E. Correção da Obturação do 
Sistema de Canais Radiculares empregando 
a Técnica Híbrida de Tagger. Relato de caso 
clínico. JBC 2004; 43:37-40.
Gutmann JL, Rakusin H, Powe R, Bowles W 16. 
H.. Evaluation of heat transfer during root ca-
nal obturation withthermoplasticized gutta-
percha. Part II. In vivo response to heat levels 
generated. J Endod 1987; 13:441-5.
Imura N, Pinheiro ET, Gomes BP, Zaia AA, 17. 
Ferraz CC, Souza-Filho FJ. The outcome of 
endodontic treatment: a retrospective study of 
2000 cases performed by a specialist. J Endod 
2007; 33:1278-82. 
Johnson WB. A new gutta-percha filling tech-18. 
nique. J Endod 1978; 4:184-8.
Jung IY, Lee SB, Kim ES, Lee CY, Lee SJ. Ef-19. 
fect of different temperatures and penetration 
depths of a System B plugger in the filling of 
artificially created oval canals. Oral Surg Oral 
Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2003; 
96:453-7.
Karabucak B, Kim A, Chen V, Iqbal MK. The 20. 
comparison of gutta-percha and Resilon pen-
etration into lateral canals with different ther-
moplastic delivery systems. J Endod 2008; 
34:847-9.
Levenstein H. Obturation teeth with wide 21. 
open apices using mineral trioxide aggregate: 
20
a case report. S Afr Dent J. 2002; 57:270-73.
Maniglia-Ferreira C, Silva JB Jr, Paula RC, 22. 
Feitosa JP, Cortez DG, Zaia AA, Souza-Filho 
FJ. Brazilian gutta-percha points. Part II: ther-
mal properties. Braz Oral Res. 2007; 21:29-
34.
Lynch CD, Burke FM Quality of root canal 23. 
fillings performed by undergraduate dental 
students on single-rooted teeth. Eur J Dent 
Educ 2006; 10:67–72.
Mazotti D, Sivieri-Araújo G, Berbert FL, 24. 
Bonetti-Filho I. In vitro evaluation of the ob-
turation ability, adaptation and compaction of 
gutta-percha in the root canal system employ-
ing different filling techniques. Acta Odontol 
Latinoam. 2008; 21:3-9.
McSpadden JTR. Self-study course for the 25. 
thermatic condensation of gutta-percha. Ran-
som e Randolph 1980.
Nagas E, Altundasar E, Serper A. The effect 26. 
of master point taper on bond strength and 
apical sealing ability of different root canal 
sealers. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral 
Radiol Endod. 2009; 107:61-4.
Peciuliene V, Rimkuviene J, Maneliene R, 27. 
Ivanauskaite D. Apical periodontitis in root 
filled teeth associated with the quality of root 
fillings. J Stomatol 2006; 4:122-6.
Ford TR, Torabinejad M, Abedi HR, Bakland 28. 
LK, Kariyawasam SP. Using mineral trioxide 
agreggate as a pulp-capping material. JADA 
1996; 127:1491-4.
Schilder H. Filling root canals in three dimen-29. 
sions. Dent Clin North Am.1967;11:723-44.
Shabahang S, Torabinejad M. Treatment of 30. 
teeth with open apices using mineral trioxide 
aggregate. Prac Periodontics Aesthet Dent 
2000; 12:315-20.
Silveira FF, Carvalho MG, Moraes VR. Aná-31. 
lise crítica da filosofia do tratamento endodôn-
tico nas Faculdades de Odontologia Brasile-
iras. RBO 2003; 60:44-6.
Siqueira JF Jr, Rôças IN, Alves FR, Campos 32. 
LC . Periradicular status related to the qual-
ity of coronal restorations and root canal fill-
ings in a Brazilian population. Oral Surg Oral 
Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2005; 
100:369-74.
Soares JÁ, Cesar CAS, Aguiar CF, Pires Ju-33. 
nior DR, Souza MSG, Silva PRME. Soluções 
irrigadoras versus dor após endodontia em 
sessão única, em dentes com patologias peria-
picais. Rev APCD. 2001;55:125-9.
Sweatman TL, Baumgartner JC, Sakagu-34. 
chi RL. Radicular temperatures associated 
with thermoplasticized gutta-percha. J Endod 
2001; 27:512-5.
Tagger M. Use of thermo-mechanical com-35. 
pactors as an adjunct to lateral condensation. 
Quint Int 1984;15:27-30.
Tagger M, Tamse A, Katz A, Korzen BH. 36. 
Evaluation of the apical seal produced by a 
hybrid root canal filling method, combining 
lateral condensation and thermatic compac-
tion. J Endod 1984; 10:299-303. 
Tagger M, Santa Cecilia M, Moraes IG. “Téc-37. 
nica híbrida de Tagger - modificações do mé-
todo original”. RGO 1994; 42: 207-8.
Venturi M, Pasquantonio G, Falconi M, Bre-38. 
schi L. Temperature change within gutta-per-
cha induced by the System-B Heat Source. Int 
Endod J 2002; 35: 740-6.
Venturi M. Evaluation of canal filling after us-39. 
ing two warm vertical gutta-percha compac-
tion techniques in vivo: a preliminary study. 
Int Endod J 2006; 39:538-46.
Weller RN, Kimbrough WF, Anderson RW. A 40. 
comparison of thermoplastic obturation tech-
niques: adaptation to the canal walls. J Endod 
1997; 23:703-6.
Wu MK, Kast’áková A, Wesselink PR. Qual-41. 
ity of cold and warn gutta-percha fillings in 
oval canals in mandibular premolars. Int En-
dod J 2001; 34:485-8.

Outros materiais