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Ferrovias - Janaina Lima de Araújo - Aula 08 - Principais Defeitos da Via Permanente

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Ferrovias 13/03/2015 
1 
1 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
 
Principais Defeitos da Via Permanente 
Continuação... 
 
EMPENO 
DEFEITOS EM TRILHOS 
DEFEITOS EM DORMENTES 
 
Ferrovias 
 
AULA 08 
Principais Defeitos da Via Permanente 
2 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
EMPENO 
 
Definição: É uma variação da superlevação num determinado 
comprimento de base. 
Limite da relação dos esforços laterais e 
verticais – L/V para que acontecesse um 
descarrilhamento (Nadal, 1908) 
Dinâmica ferroviárias 
(Efeito canivete) 
V esforços verticais 
L esforços laterais 
Ferrovias 13/03/2015 
2 
Principais Defeitos da Via Permanente 
3 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
EMPENO 
 
Definição: É uma variação da superlevação num determinado 
comprimento de base. 
O empeno em um truque ferroviário age 
deformando a grade longitudinal de forma 
que um dos “pés” (rodeiro) do truque fique 
aliviado. 
Facilitando o descarrilhamento pela 
ação de qualquer força lateral. 
V esforços verticais 
L esforços laterais 
Principais Defeitos da Via Permanente 
4 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
EMPENO NA BASE DO TRUQUE 
 
• Uma vez que: empeno é uma variação da superlevação num 
determinado comprimento de base. 
 
 
 
Os esforços do vagão nas curvas e tangentes, apresentam diferentes 
características: 
 
• Curvas: ação da força centrífuga; 
• Tangentes: ação é nula 
 
A altura do centro de gravidade do vagão influi diretamente nos 
esforços para alívio das rodas. 
Qual o efeito da SUPERELEVAÇÃO da linha? 
Ferrovias 13/03/2015 
3 
Principais Defeitos da Via Permanente 
5 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
Resultante das forças atuante em um veículo ferroviário 
 
Segundo normativos: a resultante das forças que atuam em um veículo 
ferroviário estacionado ou em movimento deve passar dentro do 
TERÇO MÉDIO da bitola da via. 
Vetor resultante dos esforços deve passar no sexto da bitola 
 (Normativo Brasileiro ) 
Bitola métrica ~1/3 ~0,33m 
Bitola larga ~0,53 m 
 
 
A componente final no centro 
da via estará variando de 1/6 
da bitola, para cada lado em 
relação a seu equilíbrio. 
Principais Defeitos da Via Permanente 
6 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
EMPENO NA BASE DO TRUQUE - TANGENTE 
 
Valor limite para empeno por metro de via: 
 
 
 
 
• TANGENTES 
 
γ = 0 → 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑚𝑝𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑢𝑙𝑎 
 
𝐸 =
𝛾
𝑔 . 𝐵𝑐 . 3 . 6
𝑉
 
𝐸 = 𝑒𝑚𝑝𝑒𝑛𝑜 𝑙𝑖𝑚𝑖𝑡𝑒 
γ = 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑚𝑝𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑎 
𝐵𝑐 = 𝑏𝑖𝑡𝑜𝑙𝑎 𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑡𝑟𝑖𝑙ℎ𝑜𝑠 
𝑉 = 𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑣𝑒í𝑐𝑢𝑙𝑜 
𝑔 = 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑎𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 
Uma vez que não há ação da 
aceleração centrífuga = nula 
Assim, se faz necessário calcular a 
ACELERAÇÃO CENTRÍFIUGA 
DESCOMPENSADA 
Gerada por uma 
excentricidade limite 
Ferrovias 13/03/2015 
4 
Principais Defeitos da Via Permanente 
7 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
EMPENO NA BASE DO TRUQUE - TANGENTE 
 
Aceleração centrífuga descompensada 
 
 
 
 
 
Bitola Métrica 
 
 
 
𝛾 =
𝑔 . 𝐵𝑐 . 𝑒
ℎ
 
γ = 𝑎𝑐𝑒𝑙𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟í𝑓𝑢𝑔𝑎 𝑑𝑒𝑠𝑐𝑜𝑚𝑝𝑒𝑛𝑠𝑎𝑑𝑎 
𝐵𝑐 = 𝑏𝑖𝑡𝑜𝑙𝑎 𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑡𝑟𝑖𝑙ℎ𝑜𝑠 
ℎ = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 
e = excentricidade (
b
6
) 
𝛾 =
9,81. 1,06 . 0,17
ℎ
=
1,8
ℎ
 
Bitola Larga 
 
 
 𝛾 =
9,81. 1,66 . 0,27
ℎ
=
4,4
ℎ
 
Principais Defeitos da Via Permanente 
8 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
EMPENO NA BASE DO TRUQUE - TANGENTE 
 
Aceleração centrífuga descompensada 
 
Bitola Métrica 
 
 
 
𝛾 =
1,8
ℎ
 
Bitola Larga 
 
 
 
𝛾 =
4,4
ℎ
 
𝐸 =
𝛾
𝑔 . 𝐵𝑐 . 3 . 6
𝑉
 
𝐸𝑡 =
700. 𝐷
𝑉. ℎ
 𝐸𝑡 =
2680. 𝐷
𝑉. ℎ
 
 
D = 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜𝑠 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑢𝑞𝑢𝑒 
ℎ = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 do vagão 
Ferrovias 13/03/2015 
5 
Principais Defeitos da Via Permanente 
9 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
EMPENO NA BASE DO TRUQUE - CURVAS 
 
Os esforços do vagão nas curvas e tangentes, apresentam diferentes 
características: 
 
• Curvas: ação da força centrífuga 
 
 
 
 
Compensada em 
virtude da criação 
da superelevação 
Existe uma parcela da 
aceleração que não é 
totalmente compensada. 
 
ACELERAÇÃO 
DESCOMPENSADA 
Principais Defeitos da Via Permanente 
10 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
EMPENO NA BASE DO TRUQUE - CURVAS 
 
 
 
 
 
 
É necessário reduzir as tolerâncias de excentricidade máxima e = b/6 
 
• Normativos AREA orienta: Bitola larga a aceleração descompensada 
máxima para qualquer tipo de trem de carga deve ser igual a 0,497 
m/s² 
 
e = 0,07 m por metro de bitola 
ACELERAÇÃO DESCOMPENSADA 
Gera esforços transversais 
que aumentam as 
chances de 
descarrilhamento. 
Ferrovias 13/03/2015 
6 
Principais Defeitos da Via Permanente 
11 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
EMPENO NA BASE DO TRUQUE - CURVAS 
 
Bitola Métrica 
 
 
 
 
 
 
 
• O grau de instabilidade da via aumenta exponencialmente com o 
aumento da bitola. 
aumentando 60% a bitola (métrica apara larga) 
 
𝐸 =
307. 𝐷
𝑉. ℎ
mm
m
 
 
sem efeito de balanço harmônico 
Bitola Larga 
 
 
 𝐸 =
1111. 𝐷
𝑉. ℎ
mm
m
 
 
sem efeito de balanço harmônico 
D = 𝑑𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑜𝑠 𝑒𝑖𝑥𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑢𝑞𝑢𝑒 
ℎ = 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑔𝑟𝑎𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 do vagão m 
V = velocidade do trecho (km/h) 
Limites de descarrilhamento por empeno do truque 
aumentam em 360% 
Principais Defeitos da Via Permanente 
12 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
EMPENO E SUPERELEVAÇÃO 
 
• O equilíbrio entre superelevação e empeno é o ponto em que as 
curvas teóricas de segurança se cruzam. 
 
• É preciso ter uma superelevação adequadamente suficiente para 
equilibrar a distribuição dos esforços verticais ao mesmo tempo em 
que deve ser mínimo para evitar o alívio das rodas. 
 
• A manutenção utiliza a superelevação prática. 
 
Prefere-se por segurança, o desequilíbrio de tensões para o lado 
externo do trilho do que para o lado interno, forçando a superpressão 
no trilho de fora. 
Ferrovias 13/03/2015 
7 
Principais Defeitos da Via Permanente 
13 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM DORMENTES 
 
 Um dormente inservível é aquele que: Não possui mais as 
propriedades de manter o nivelamento ou a bitola da via. 
 
Os defeitos que podem ser gerados a partir da deficiência do 
dormente: 
 
1. Via desbitolada 
2. Desalinhamento da via 
3. Desnivelamento da via 
4. Empeno da via 
5. Lastro colmatado 
Principais Defeitos da Via Permanente 
14 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM DORMENTES 
 
• Cada ferrovia utiliza uma taxa própria de dormentes inservíveis. 
Evitando o aparecimento de malhas – dormentes inservíveis em 
sequência 
 
• As malhas de dormentes podres multiplicam exponencialmente os 
efeitos danosos dos esforços. 
Uma vez que: a tensão aplicada no lastro é dividida em um número 
muito menor de dormentes . 
 
• As malhas também reduzem a vida útil dos trilhos. 
Pois fazem o trilho trabalhar apoiado em bases posicionadas muito 
mais distantes, podendo incidir em fraturas de trilho. 
 
Aceleração de todos os defeitos que podem ser gerados 
Ferrovias 13/03/2015 
8 
Principais Defeitos da Via Permanente 
15 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
LASTRO COLMATADO 
 
Um lastro contaminado é um dos piores defeitos que podem 
acometer uma via. Danificandotodos os componentes da grade. 
 
A colmatação do lastro pode acontecer a partir de 3 fatores: 
 
1. Contaminação pela plataforma 
 
2. Degradação da própria pedra de lastro 
 
3. Contaminação externa 
Principais Defeitos da Via Permanente 
16 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
LASTRO COLMATADO 
 
1. Contaminação pela plataforma 
 O aumento do volume e da carga por eixo transportada em 
uma plataforma: incialmente dimensionada para 16 – 18 ton. por eixo, 
hoje tem que suportar 30 a 32 ton. por eixo. 
 
Terraplanagem antiga não suporta  fazendo que as pedras do lastro 
penetrem na plataforma, e a primeira camada (sublastro) percole 
verticalmente na brita. 
 
Solução: 
• Medida paliativa: injeção de estaca de solo cimento por ex. 
• Medida definitiva: desmontar a superestrutura e realização uma 
recompactação da plataforma. 
Ferrovias 13/03/2015 
9 
Principais Defeitos da Via Permanente 
17 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
LASTRO COLMATADO 
 
2. Degradação da própria pedra de lastro 
A decomposição da pedra britada 
do lastro é um processo natural de 
desgaste do material e está ligado 
a vida útil do material. 
Ensaios na Brita: 
 
• Dureza 
• Abrasão 
 
Granulometria inadequada 
% de material passante nas peneiras 
com diâmetro menor é muito 
elevado. 
A elevada quantidade de material miúdo  provoca contaminação. 
Principais Defeitos da Via Permanente 
18 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
LASTRO COLMATADO 
 
3. Contaminação externa 
 
Linhas que transportam produtos a granel  tem seu lastro bastante 
contaminado, mais gravemente na origem de seu carregamento. 
 
Produtos agrícolas: fazem com que sejam necessário um ciclo rigoroso 
e adequado de capina química para controlar o crescimento da 
vegetação oriunda do próprio produto transportado. 
 
Produtos inertes (minério): Provocam uma contaminação que enrijece 
o lastro, transformando-o, praticamente me uma peça de concreto. 
Ferrovias 13/03/2015 
10 
Principais Defeitos da Via Permanente 
19 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
• Abordados segundo os aspectos internos ou superficiais. 
 
1. Defeitos internos: tem mais ligação com segurança, em que é alto 
o risco de se transformarem em fraturas e ocasionarem acidentes. 
 
2. Defeitos superficiais: também levam a fraturas em médio e longo 
prazo, sendo mais comum que seus aspectos estejam ligados à 
manutenção e à vida útil do componente. 
 
ORIGEM: fabricação ou serem decorrentes da utilização em campo. 
Principais Defeitos da Via Permanente 
20 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
• Defeito originado na fabricação 
 
Inclusão de materiais que deveriam ter sido expelido na laminação. 
 
 Hidrogênio (por ex.) 
 
 Composição do aço com concentração de materiais residuais 
indesejáveis que permanecem no corpo do trilho 
 
 Altas tensões residuais deixadas no corpo do material sem o devido 
processo de alívio. 
Ferrovias 13/03/2015 
11 
Principais Defeitos da Via Permanente 
21 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
Caracterizados de acordo com a norma utilizada. Sua nomenclatura 
esta ligada à forma como os defeitos ocorrem no interior do trilho. 
 
COMO DETECTÁ-LOS: Equipamentos de ultrassom 
Principais Defeitos da Via Permanente 
22 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
 TRINCA VERTICAL NO BOLETO (VSH) 
 
 
• A trinca interna percorre o boleto longitudinalmente no sentido 
vertical. 
 
• Consequência: fragmentação do boleto com abertura de bitola. 
Ferrovias 13/03/2015 
12 
Principais Defeitos da Via Permanente 
23 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
 TRINCA HORIZONTAL NO BOLETO (HSH) 
 
• A trinca interna percorre o boleto longitudinalmente no sentido 
horizontal. 
 
• Consequência: fragmentação do boleto que solta sua parte 
superior. 
 
Principais Defeitos da Via Permanente 
24 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
 TRINCA DE PATINAGEM DE RODA (EBF) 
 
• Trinca pelo destemperamento superficial do aço quando ocorre uma 
patinagem das rodas da locomotiva. 
 
• Consequência: propagação da trinca interna podendo levar ao 
rompimento completo do perfil. 
 
Ferrovias 13/03/2015 
13 
Principais Defeitos da Via Permanente 
25 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
 TRINCA SEPARANDO ALMA BOLETO (HWS) 
 
• A trinca se propaga na ligação da alma com o boleto. 
 
• Consequência: soltura completa do boleto, ocasionando perda de 
contato e bitola. 
 
Principais Defeitos da Via Permanente 
26 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
 TRINCA TRANSVERSAL NO BOLETO (TTF) 
 
• A trinca ocorre transversalmente ao perfil, reduzindo sua área de 
contato real. 
 
• Consequência: fratura completa da seção 
 
Ferrovias 13/03/2015 
14 
Principais Defeitos da Via Permanente 
27 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
 TRINCA DE FRAGMENTAÇÃO NO BOLETO (TDF) 
 
• Normalmente ocorre no boleto por motivos de fabricação do 
material. 
 
• Consequência: Soltura de partes dos trilhos com diferentes 
diâmetros. 
 
Principais Defeitos da Via Permanente 
28 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
 TRINCA COMPOSTA (TDCF) 
 
 
• MAIS PERIGOSA 
 
• Sua ocorrência pode levar a fraturas de grandes comprimentos de 
trilhos em diversas direções. 
 
 
Ferrovias 13/03/2015 
15 
Principais Defeitos da Via Permanente 
29 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
 TRINCA EM SOLDA ELÉTRICA (DWP) 
 
• Defeito que acontece em soldas elétricas, tanto no sentido 
horizontal quanto transversal. 
 
 TRINCA EM SOLDA ALUMINOTÉRMICA (DWF) 
 
• Defeito que acontece em soldas aluminotérmica, tanto no sentido 
horizontal quanto transversal. 
 
Principais Defeitos da Via Permanente 
30 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
 TRINCA VERTICAL EM ALMA (VSH) 
 
• Trincas longitudinal que acontece na alma. Apresenta-se no sentido 
vertical e pode ter grandes extensões. 
 
• Consequência: ligada à fratura completa da seção. 
 
Ferrovias 13/03/2015 
16 
Principais Defeitos da Via Permanente 
31 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
 TRINCA NOS FUROS DAS JUNTAS (BHJ) 
 
• Trincas de propagação que normalmente acontece entre os furos 
por ser a região mais fragilizada pelos impactos das rodas na região 
de transição. 
Principais Defeitos da Via Permanente 
32 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
1. Defeitos internos 
 
 TRINCA NOS FUROS FORA DA SOLDA (BHO) 
 
• Defeitos ligando furos não pertencentes a região de junta. Muito 
comuns próximos às soldas em que houve destemperamento por 
aquecimento do aço durante o processo de união. 
 
Ferrovias 13/03/2015 
17 
Principais Defeitos da Via Permanente 
33 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
 Gravidade dos defeitos 
 
 O grau de urgência para solução de um defeito poderá ser 
definido conforme características e recursos de correção da ferrovia. 
 
• Classificação de risco: 
 
1. Condição 0 – tráfego interditado 
2. Condição 1 – tráfego com restrição de velocidade 
3. Condição 2 – tráfego em Velocidade Máxima Autorizada - VMA 
para o trecho de forma provisória.4. Condição normal – tráfego com velocidade normal, sem restrições 
por defeitos em trilhos 
Principais Defeitos da Via Permanente 
34 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
 Gravidade dos defeitos 
 
 O grau de urgência para solução de um defeito poderá ser 
definido conforme características e recursos de correção da ferrovia. 
 
• Prazo de atendimento: 
 
1. Condição 0 – atendimento imediato 
2. Condição 1 – atendimento em médio prazo ( 1 a 2 dias) 
3. Condição 2 – atendimento é maior que 7 dias 
Ferrovias 13/03/2015 
18 
Principais Defeitos da Via Permanente 
35 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
2. Defeitos Superficiais 
 
Defeitos que ocorrem na superfície de rolamento do trilho Origem 
na sua própria utilização 
 
• Surgem em decorrência do passar das rodas dos ativos ao mesmo 
tempo em que também são danificadas as respectivas rodas. 
 
• Defeito cíclico  solução está ligada à melhoria de todo o conjunto 
roda-trilho. 
 
Principais Defeitos da Via Permanente 
36 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
2. Defeitos Superficiais 
 
Defeitos mais comuns: 
 
• Head check 
• Shelling 
• Spalling 
• Squat 
• Ondulações ou corrugações 
 
Ferrovias 13/03/2015 
19 
Principais Defeitos da Via Permanente 
37 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
2. Defeitos Superficiais 
 
Head check 
 
• Primeiro sintomas dos danos superficiais  ocorre com o 
surgimento do head check 
 
• Corresponde a microfissuras localizadas na zona de contato onde a 
roda exerce maior pressão. 
 
• Trafégo unidirencional fácil perceber o sentido da ruptura 
representado pelo esforço de tração e frenagem dos rodeiros 
sempre da mesma forma (aparência de descamação) 
 
Verificação da cabeça 
Principais Defeitos da Via Permanente 
38 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
2. Defeitos Superficiais 
 
Head check 
 
 
 
 
 
 
 
 
A eliminação de suas trincas subsuperficiais evita a perda do trilho pela 
fratura precoce. 
Dado mais atenção ao Processo do 
esmerilhamento 
Ferrovias 13/03/2015 
20 
Principais Defeitos da Via Permanente 
39 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
2. Defeitos Superficiais 
 
Shelling 
 
• Mecanismo de formação é o mesmo iniciado pelo head check  
estado de degradação é mais avançado  observa-se soltura de 
fragmentos do boleto do trilho pela formação das trincas 
subsuperficiais. 
 
• Ocorrência: devido o aumento da tensão de contato, que pode 
ocorrer pelo passeio de rodas com bandagem de rolamento 
deformada (friso falso) 
Bombardeamento de fragmentos 
Principais Defeitos da Via Permanente 
40 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
2. Defeitos Superficiais 
 
Spalling 
 
• Defeitos causados normalmente pela patinagem de rodas  que 
promovem o destemperamento do aço 
 
• A continuidade do tráfego por esta zona fragilizada incide em 
defeitos superficiais que causam o desagregamento do material  
solta pedaços do boleto. 
 
• Shelling avançado  formato é mais aleatório devido a dinâmica 
do aquecimento sofrido. 
Escamação 
Ferrovias 13/03/2015 
21 
Principais Defeitos da Via Permanente 
41 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
2. Defeitos Superficiais 
 
Squat 
 
• Defeitos que ocorrem em trilhos posicionados nas tangentes. 
 
• Caracterizado pelo surgimento de uma área escura 
 
• Propagação ocorre longitudinalmente ao trilho. Acima de 20 mm 
podem se propagar transversalmente  fratura completa 
 
• Início em problemas na própria composição do aço ou por esforços 
de tração das locomotivas. 
Achatamento 
Principais Defeitos da Via Permanente 
42 
ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
2. Defeitos Superficiais 
 
Ondulações ou corrugações (fadiga superficial) 
 
• São áreas polidas que ocorrem na superfície de rolamento dos 
trilhos, guardando entre si distâncias regulares de 4 a 5 cm. 
 
• Apresentam contorno circulares ou elípticos – mais comum 
 
• As áreas polidas formam ressaltos  surgimento de depressões 
escuras  acúmulo de pó de óxido de ferro. 
 
Ferrovias 13/03/2015 
22 
Principais Defeitos da Via Permanente 
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ENGENHARIA CIVIL 
Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
2. Defeitos Superficiais 
 
Ondulações ou corrugações 
 
• Diferença de nível entre ressaltos e depressões  0,1 a 0,4 mm 
 
• Diferença de nível entre ressaltos e depressões  8 a 40 cm  
ondas  ocorrendo em trechos em tangentes ou em curvas de 
grandes raios 
 
• Localizadas no arredondamento interno dos boletos de ambos os 
trilhos de uma linha 
Principais Defeitos da Via Permanente 
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Ferrovias 
DEFEITOS EM TRILHOS 
 
2. Defeitos Superficiais 
Fatores na formação das Ondulações ou corrugações 
 
• Superelevação da linha 
• Lubrificação 
• Contato roda-trilho 
• Efeitos de bitola 
• Desgaste do trilho 
• Rigidez da linha 
• Vibração vertical do truque 
• Transferência da ondulação 
• Volume de tráfego 
• Curva com raios apertados 
Ferrovias 13/03/2015 
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Manutenção da Via Permanente 
 
 
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