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Latrocínio: Crime Complexo

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A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. 
A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. 
Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: (67) 9959-0304 
 
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Latrocínio é um tipo penal, em alguns sistemas jurídicos, derivado do crime de roubo — o crime-fim —, 
onde o homicídio é o crime-meio, ou seja, mata-se para roubar. Em países de direito britânico, está 
englobado no delito de roubo. É considerado, doutrinariamente, um crime complexo, aquele em que há dois 
tipos criminais para sua configuração (delito pluriofensivo). 
Ocorre o latrocínio quando, para consumar o roubo, a violência empregada pelo agente causa a morte 
da vítima. Além da tipificação contida no artigo 157, §3º (in fine) do Código Penal Brasileiro, está ainda 
previsto no rol taxativo dos crimes hediondos (artigo 1º, II, da lei nº 8.072 de 1990). 
"Art. 157, § 3º - Se da violência (…) resulta morte (latrocínio), a reclusão é de 20 a 30 anos, sem 
prejuízo da multa." 
Figura, portanto, entre os delitos de maior pena privativa de liberdade, no país. 
Para a configuração do tipo criminal - latrocínio - é preciso que se demonstre a vontade do agente 
(dolo) em matar a vítima para dela subtrair algo. No Brasil o evento morte (qualificadora) é admitida na 
modalidade culposa - ou seja, o agente não tinha a intenção de matar, mas a vítima veio a falecer. 
Sendo o roubo um delito em que a violência contra a vítima integra o próprio conceito jurídico deste 
crime, o homicídio surge aqui como um qualificador - ou seja - dá ao delito razões para ampliação de 
sua pena mínima e máxima prevista abstratamente. 
Imprescindível, portanto, para configurar o latrocínio a lesão a dois direitos: a vida e o patrimônio. 
Ao largo da forma consumada do delito, admite-se ainda a tentativa de latrocínio. Neste caso, o sistema 
jurídico brasileiro - através de decisões da sua Corte Suprema construiu o entendimento seguinte, 
resumido nas fórmulas: 
Tentativa 
 Quando o autor tenta roubar e tenta matar - latrocínio tentado; 
 Quando efetua o roubo e tenta matar - latrocínio tentado. 
Consumação 
 Quando mata e rouba - latrocínio consumado; 
 Quanto mata e tenta roubar - latrocínio consumado. 
Parte da doutrina, entretanto, sustenta que por ser um crime complexo para ser configurado como 
consumado é necessário a realização plena de ambos os delitos (meio e fim), como ocorre em Júlio 
Fabrini Mirabete ("no crime complexo, consuma-se o crime quando estiverem inteiramente realizados 
os crimes componentes" e Damásio Evangelista de Jesus (para quem há tentativa quando apenas um dos 
delitos integrantes do crime complexo se consuma ).

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