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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS RURAIS - CCR DEPARTAMENTO DE DEFESA FITOSSANITÁRIA DFS 1025 – Entomologia Agrícola Helicoverpa armigera ASPECTOS LEGAIS, IMPACTO E MANEJO. Integrantes: Leidiana da Rocha Mirian Barbieri Santa Maria, 10 de junho de 2013. Helicoverpa armigera é uma lagarta considerada praga quarentenária, a qual na última safra veio a atacar lavouras de algodão, soja e feijão no Brasil, causando grandes prejuízos aos produtores, pois é a primeira vez que se registra a presença da lagarta no país. A Embrapa considera que o crescimento populacional de lagartas do gênero Helicoverpa e consequentes prejuízos aos sistemas de produção, foram ocasionados por um processo cumulativo de práticas de cultivo inadequadas, caracterizadas pelo plantio sucessivo de espécies vegetais hospedeiras (milho, soja e algodão) em áreas muito extensas e contiguas associadas ao manejo inapropriado dos agrotóxicos. Isso tornou o agrossistema suscetível a doenças e aos insetos-praga devido à farta disponibilidade de alimento, sítios de reprodução e abrigo durante quase todo o ano. Além de causar desfolha nas plantas da cultura, a lagarta causa danos diretos na produtividade, pois se alimenta de flores e vagens. Na tentativa de controle o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), autorizou a implantação e aplicação de defensivos que contenham como ingrediente ativo único a substância benzoato de emamectina, e sejam registrados em outros países. Essa medida de autorização que libera estes produtos tem caráter emergencial e foi negociada entre os Ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente no âmbito do comitê técnico para assessoramento de agrotóxicos (CTA). O produtor deve continuar a realizar o monitoramento constante das pragas e considerar o nível de dano econômico para a tomada de decisão para a intervenção durante todo o ciclo da cultura. O controle químico ou biológico (desde que não a base de Bt) deve ser realizado respeitando doses e recomendações descritas na bula do produto. Outra medida de controle é a implantação da cultura no limpo, ou seja, evitar o máximo a presença de planta daninhas. Deve ser feita a dessecação antecipada para o controle de plantas daninhas e o manejo de pragas residentes na palhada antes da implantação da cultura. Também pode-se fazer o tratamento de sementes com fungicidas e inseticidas, que é uma prática recomendada para evitar a incidência de pragas e de patógenos oportunistas.
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